O Homem que Virou Suco - 1980 - Brasil - visto no dia 05.02.21 Adorei esse filme. Retrata uma realidade dura e crua: O preconceito que existe em SP contra os nordestinos que muitos fazem migração para a capital mais rica do país para ter melhor estrutura financeira, melhorar de vida e procurar emprego. Mas muitos chegam aqui são tratados com muito desdém desde as empresas (chefes) que tratam a pessoa com desrespeito em vários aspectos: péssimas condições de trabalho, preconceito pela origem da pessoa, que exploram do funcionário pela inocência, necessidade do mesmo. Aproveitadores mesmo. Aqui mostra isso: como há uma desigualdade pois muitos nordestinos chegam a SP com falta de instrução, suporte, alguns nem sabendo escrever, ler, e ficam a mercê de aproveitadores canalhas e tem muitos lugares que tem muita escravidão, pessoas são exploradas, são escravas, com inexistência de respeito as leis trabalhistas, segurança do trabalho, condições de trabalho praticamente nulas, uma ótima crítica social. Tem cenas marcantes, impactantes onde mostra o
quando na alimentação (em um refeitório), onde não há um pingo de higienização pois ele encontra barata na comida,
isso mostra o total descaso com os trabalhadores manuais (semi qualificado ou não) nesse país. Assim: Há pessoas que saíram do seu lugar de origem (principalmente do Norte, Nordeste) que veio para SP, como disse, sem instruções, sem estudos, buscar uma nova vida melhor, pessoas simples, humildes e são elas que são mais maltratadas por 'n' fatores ainda mais nas grandes capitais como SP. Pessoas que são excluídas, tratadas com desdém por grande parte da sociedade. Enfim, esse foi um dos melhores trabalhos de José Dumont, ele fez um dos trabalhos mais marcantes da carreira. As situações foram bem exploradas, acabaram na hora certa, pois se alongasse mais, ficaria cansativo e repetitivo. Enfim, tem gente comentando que o protagonista não tem carisma, mas se coloca no lugar dele, obviamente a raiva, nervosismo, ódio vai dominar entre os sentimentos principais dele. É uma pena que o filme seja tão atual mesmo feito há mais de 40 anos atrás. Grande filme. Roteiro muito bom, fotografia realista, simples em cada parte social retratada, além da direção, elenco de primeira linha sem dúvidas. Só poderia ter falado mais dos coadjuvantes mas filme ótimo. Um dos meus favoritos do nosso Brasilzão. Nota: 9,0
Adolescente - 2019 - França - visto no dia 02.02.21 Vendo o filme pela primeira vez imaginei que seria um ficção sobre adolescentes, a construção da vida dos mesmos nessa fase de vida. Mas não é ficção o que dizem, e sim um documentário. Esse filme não tem características, nem visual de ser um documentário. Tem nada haver com esse gênero, o filme aborda temas bem mais profundos (invasivos) do que documentar apenas o momento em que os adolescentes estão inseridos. Filmagem, montagem não tem nada haver com documentário. Tem cenas forçadas sim, momentos que sim parecem ensaiados, não condiz com uma realidade de um possível formato documental. Aqui tem
certos acontecimentos íntimos das meninas como intimidade, política, problemas familiares
que parece que foram ensaiados. Aqui o contexto principal é mostrar o relacionamento entre Ana e Emma durante 5 anos. Desde dos 13 até os 18 anos de idade.
A dúvida do que trabalhar, se formar em uma profissão, estudar e surgimento de mais dúvidas, problemas pessoais, amorosos que
todo adolescente passa. Mostrar mesmo a visão de vida delas, como é um pouco o seu dia a dia, amizade das meninas. Coisas básicas, comuns de todo adolescente, o interesse romântico, problemas com o corpo, auto estima etc. Além de um retrato da França nesse cinco anos tanto socialmente, culturalmente, politicamente falando. E outra coisa que o filme falhou: A linha temporal é muito mal construído, não temos noção de tempo nenhum, parece que tudo acontece em uma única forma linear, sem salto temporal, não sentimos essa diferença de ano para ano. Enfim foi bem comum, e com essas falhas narrativas, também na confusão do gênero da obra, penso que é um longa metragem bem mediano. Nota: 6,0
Desagradável - Brasil - 2013 - visto no dia 01.02.21 Adoro documentários relacionado ao mundo da música e claro do heavy metal que é meu gênero favorito. Aqui é a banda Gangrena Gasosa que de original tem é tudo: No nome, na temática, concepção visual, temática da banda que é única. A banda pega elementos das religiões africanas como a identidade de entidades como Exu Caveira, Pomba Gira e entre outros seres. Umbanda, candomblé, caracterização dos despachos, montagem do palco, ritual que acontecem nos shows deles. Visual da banda é muito dahora. Então, o documentário vai mostrando a entrevista deles, um pouco do histórico da banda, desde dos primórdios e seu desenvolvimento. Impacto da banda no local onde surgiram, e no Brasil e no mundo. E os depoimentos sobre a banda são os melhores e inclusive o depoimento dos familiares e de pessoas próximas, das próprias religiões quando vêem a banda tocando. Gostei da estrutura mesmo tradicional do documentário, da história contada, um pouco da construção do grupo musical, seu sucesso e legado por trazer um pouco mais de originalidade no mundo musical. Uma identidade diferente, original, tanto no visual, como também na música. Os integrantes da banda são bem simpáticos, cada um falando a sua história, sua construção na banda são bem legais. As músicas é um show a parte. O modo como eles enfrentam as dificuldades é único. Resistem, lutam pela música, pelas suas ideias enfrentando tudo e a todos. Música é liberdade de expressão, metal permite essa liberdade de ter essa diversidade de gêneros, temas para falar. Depois desse documentário, uma abordagem simples sobre os integrantes, um pouco da historia da banda, seu significado e sua criatividade, para conhecer um pouco do seu trabalho. Valeu muito a pena, aprendi muito com a banda sem dúvidas. Nota: 9,0
Tangerine - EUA - 2015 - visto no dia 31.01.21 Um dos primeiros filmes (poucos até o momento) que vi sobre a representatividade da comunidade LGBTQIAP+ nos EUA. Gostei da forma como foi conduzido o filme: de forma divertida, leve, e que aborda a história da transexual Sin Dee, que é a protagonista da história, mas para mim o maior destaque da obra: a Alexandra. Mais carismática, tem uma vida de história mais construída, mais sofrida e mais desenvolvida que a Sin Dee. Enfim, adorei a fotografia, ambientação de uma Los Angeles caótica, agitada, belíssima cheia de composições sociais, lugares únicos, incríveis. Os dramas dos personagens são conduzidos com melancolia, caótica, com muito drama, com humor ácido e cheio de reviravoltas e loucuras. A vida agitada, corrida, cheia de surpresas. O mais surpreendente é que todo filme foi filmado, gravado em iPhone S5, com esse celular que tem uma potência de filmagem mas voce se surpreende com qualidade da produção, das partes técnicas z da fotografia. Enfim, filme importante onde vi na mostra mix trazendo voz a representatividade e aos problemas diários e comuns dessas pessoas como qualquer outra: prisões, brigas, desafetos. Cita a prostituição que é o trabalho onde Sin Dee consegue seus recursos financeiros e traz uma reflexão: o quão o mercado de trabalho é preconceituoso, excludente referente a certas pessoas infelizmente. Bom filme. Faltou se aprofundar mais na Sin Dee, em certos acontecimentos que ficaram um pouco rasos, uma comédia não foi tão funcional aqui e em algumas cenas ficou meio exagerado. Os coadjuvantes são meio descartáveis. Enfim, mesmo assim, recomendo. Filme sobre a diversidade. Nota: 7,0
Vento Seco - Brasil - 2020 - visto no dia 31.01.21 Filme bem interessante e bastante sensorial. Aqui é um filme para sentir, verificar todas as sensações e algo bem subjetivo e íntimo. Então além de falar de sensações, fala do sentimentos, desejos dos homens mas em si do ser humano de se satisfazer sexualmente. Satisfazer profundamente em algo que tem fetiche sexual, desejo quente e árduo que é de todo ser humano precisa, tem. O filme retrata isso, retrata a profundidade do sentimento, do desejo carnal do ser humano. As cenas de sexo explícito pode chocar em muito uma sociedade conservadora como a nossa, mas tem a função de caracterizar e especificar essas sensações no formato audiovisual. Sentimos várias sensações diferentes vendo essas filmagens e a proposta do filme foi alcançada e bem colocada na tela. Gosto dos enquadramentos de câmera, movimentos de câmera, narrativa, trilha sonora que é incrível, bem feita. Gostei muito da ambientação do longa onde mostra um ambiente fechado, sufocante e aqui os personagens buscam de toda forma se libertarem de todas as correntes internas e sociais na qual estão presos e inseridos. Imagine o preconceito que estão inseridos? O preconceito por serem homossexuais? A crise existencial interna, conflito interno, social e familiar, ainda mais no trabalho deles que é um ambiente conservador, tradicional dominado por homens heterossexuais no comando e no ambiente de trabalho? Enfim várias reflexões importantes esse longa traz. Além de esteticamente da fotografia ser belíssima, atuações incríveis, a técnica de usar o silêncio como sentir, refletir. Adoro quando o silêncio diz muitas palavras. Enfim recomendo. Poderia falar mais dos personagens, poderia? O assunto é bem simples não tem muita criatividade? Não. Mas aqui é citar o erotismo e refletir, sentir sobre. Vale a pena. Nota: 9,0
O Grande Cortejo da Memória Paulistana- Brasil - 2019 - visto no dia 31.01.21 Falou de pessoas importantes na área cultural de São Paulo como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e citou brevemente Oswald de Andrade, além de fibras históricas paulistas como Tebas, Marquesa de Santos, Andoniran Ribeiro, além de pontos históricos, Patrimônio de SP, como Praça da Sé, Pateo do colégio, Lago do Paissandu, Praça Antonio Prado lugares que a maioria dos paulistas estão habituados a ir mas não conhecem quase nada. Poucos conhecem a história do lugar onde nasceu. Esse exemplo é São Paulo onde tem muita gente que não conhece a cidade onde vive. Citou a história de uma cidade incrível, que amo que é SP, dos pontos mais importantes do centro de SP que eu sempre frequentava antes da pandemia (frequento menos) mas que fez parte e continua fazendo parte da minha vida essa cidade cheio de cultura, história, experiência, aprendizado, evolução pessoal e profissional. Amo SP, esse filme foi uma singela, simples e belíssima homenagem conduzido por grandes atores da nossa TV, teatro e cinema: Ailton Graça, Cássio Scapin entre outros que fizeram grandes apresentações sobre os personagens e a cidade. Cada ponto histórico foi bem selecionado (poderia ter selecionado mais) porém o tempo, a quantidade de local seria muito difícil sintetizar e colocar todos em um filme mas os locais foram bem selecionados, bem contados a sua trajetória, personagens. Além de um detalhe: a história ter sido contada em céu aberto, no meio da cidade, do povo, da agitação eufórica. Ponto positivo a mais pois para falar de uma cidade, seria melhor vivencia-la ao mesmo tempo, em meio de uma população diversificada, miscigenada. A fotografia foi ótima, belas paisagens, belos enquadramentos. Só uma coisa que achei fora de sintonia quando vi: a questão do hip-hop. Ficou meio deslocado. Claro que é importante falar sobre, mas em comparação com o restante da obra, senti deslocado. O registro da Memória de São Paulo. Grande filme de uma cidade única, que apesar de seus problemas, sempre amei de coração. Nota: 9,0
Copacabana Mon Amour - Brasil - 1970 - visto no dia 29.01.21 Filme diferente, único, peculiar, pois eu gostei muito. Ele é tanto lento, mas uma lentidão que desenvolve bem os diálogos, certos personagens e seu contexto, claro a crítica bem posta sobre a ditadura militar. Crítica inteligente, falas afiadas. Crítica a polícia dessa época tbm. Filme tipo transgressor, ousado que deve ter deixado os moralistas, hipócritas, regime militar escandalizado. Aqui a Helena Ignez faz uma personagem sonhadora, ingênua, com seu jeito peculiar. Meia esquisita. Ela tomando cerveja é engraçado. Ela é personificação da mulher que busca
independência, liberdade para fazer o que quer. Tem referência ao candomblé, macumba de um personagem que tenta manipular um homem através a amarração, feitiço, algo do gênero. Que manage a trois.
Que cenas lentas, arrepiantes, impactantes naquele apartamento, cama. Penso que o filme sintetizou a uma parte da cultura do povo carioca de Copacabana, incluindo a religião, música, pensamento da época, a situação de pobreza, miséria, desigualdade sempre presente no Brasil e que o povo sempre viveu (maioria), aqui mostrado na região carioca. 4 obras do diretor que vejo, essa foi única, criativa, escancara muito bem a nossa realidade nua e crua, da época da ditadura que prometia o milagre econômico, oportunidades, promovia aqueles lemas que nunca cumpriam o que prometiam. Amei a fotografia, os cenários, locações e os personagens tão anárquicos, críticos, muito bem interpretados por atores veteranos nacionais. Um dos melhores filmes do diretor, do cinema nacional sem dúvidas. Só tem algumas partes que nada agregam, meio arrastadas, mas são poucas. Grande filme. Filme diferente, crítico, ousado, estranho. Nota: 9,0
O Bandido da Luz Vermelha - Brasil - 1968 - visto no dia 28.01.21 Como o próprio diretor Rogério Sganzella disse: É um filme que mescla vários gêneros que inclui: Faroeste, drama, policial, ação, ficção científica, comédia, tem uma crítica bem acentuada. Eu conheço poucos filmes do seu trabalho como diretor, e esse filme até agora é o meu favorito dele junto com o Copacabana Mon Amour. Filmes muito bem dirigidos, produzidos, bem construídos como esse aqui. Um filme diferente que tem inúmeras camadas, tem uma ambientação, clima único e original. 1967, período tenso no Brasil que é a ditadura militar na qual o diretor criticou arduamente e aqui a crítica permanece: Crítica aos políticos hipócritas, incompetentes, a polícia, o bandido da luz vermelha que é
transgressor, anarquista, violento, que é incontrolável na qual a polícia demora para fazer uma investigação
decente, pois quando faz geralmente é de forma bem pobre. Aí tem outros detalhes que destaco: a fotografia esplêndida, com destaques nas cores bem brilhantes, bem retratadas, os detalhes dos letreiros, das frases de acordo com a conexão com a história do filme. Além do humor ácido, inteligente, crítico, outro ponto a destacar, é a importância do rádio na narrativa:
Ele nos notificar a notícia de cada momento no caso, nos mantém atualizados, atualiza a população colocando um alerta de pânico,
alerta na população que chega a ser hilário. O quão é sensacionalista, apelão para conseguir audiência. Muito engraçado, bem destacado esse detalhe. Gostei da trilha sonora, as características bem ressaltada da época. Um filme bem marcante, bem original, que foi uma grata surpresa. Foi o segundo filme que vi do Rogério, adorei. O próprio diretor disse que queria experimentar, realizar vários gêneros em um único lugar. Mas para mim o principal alvo do filme é criticar a política brasileira, seus representantes e a incompetência em pegar e prender um criminoso, os interesses mesquinhos e intrigas dos poderosos de Brasília. As características do bandido tbm são de destaque: Parece realmente um
cara tirado das histórias em quadrinhos, tanto na sua concepção visual, preferência por certas vítimas: Pessoas de alto padrão de vida, alto poder aquisitivo para roubos e até as mulheres para prática do estupro. Gostei da concepção do personagem, ainda mas com a questão da máscara, seu método de ataque, invasão
. Os atores no geral foram bem convincentes nos respectivos papéis, mas gostei mais do ator que fez o ministro, o político interesseiro, onde cai o humor ácido, crítico: Foi genial. E além do protagonista que atuou bem no geral, só esperava maior construção dele na sua personalidade, no seu histórico. Enfim, o filme tem muita qualidade, à frente do seu tempo, criativo e é uma grande produção de 1967. Imagino na época que o filme foi lançado na época da ditadura onde censurar, para os 'militontos', era a resolução para todos os problemas. Grande exemplar do cinema nacional. Nota: 9,0
O Signo do Caos - Brasil - 2003 - visto no dia 28.01.21 Que filmaço. Gostando muito do trabalho de Rogério Sganzella: se mostra um grande diretor de cinema nacional ao longo das décadas, um transgressor, crítico, inteligente e com filmes muito bem construídos e dirigidos. Esse é o signo do caos onde mostra as consequências negativas de uma ditadura opressora, que destrói a vida de inúmeras pessoas, que sim, arregaçou, detonou a área cultural. O cinema que é o foco aqui também sofreu muito com a censura. Aqui o filme é um deboche, um anti-filme, um caos total em todo o filme. Uma crítica a ditadura militar, seu retrocesso na época onde a censura picotou inúmeros filmes na época por ser considerados 'imorais'. Helena Ignez uma lenda do cinema brasileiro está linda aqui, uma personagem de destaque e marcante. Gostei da concepção fotográfica, preto e branco, da questão sensorial, todo contexto do filme onde Sganzella trabalha vários elementos e um momentos histórico importante e que gera sempre bom conteúdo: Ditadura militar. Grande diretor, grande filme. Um humor ácido, inteligente que compensa ver. Nota: 8,0
O Caso do Homem Errado - Brasil - 2017 - visto no dia 27.01.21 Filmes aborda temas pesados mas atuais afinal conta a história de um assassinato cruel, revoltante de Júlio César que foi morto pela polícia onde há muito racismo, caso gravíssimo de negligencia, desrespeito policial e injustiça e preconceito. Ocorreu que no ano de 1987, operário Júlio César de Melo Pinto foi assassinado por policiais ao ser confundido com assaltante. Nesse caso como muitos outros, nos mostra o quanto acontece de inúmeras vítimas de assassinatos de pessoas negras pelas autoridades que deveriam proteger a população, mas cometem um racismo estrutural, a maioria das vítimas são negras onde morrem 2 ou 3 vezes mais na mão dos policiais que vítimas brancas por ex. E além da maioria dos indivíduos presos serem negros. Revoltante mas muito real. Brasil sempre foi um país racista. Enfim nesse caso aqui, graças ao trabalho de fotografia de Ronaldo Bernardi, de Zero Hora que descobriu que Júlio foi morto pelos policiais.
Ele tirou fotos importantes onde mostra que o operário foi algemado e colocado em uma viatura da Brigada Militar, na Avenida Bento Gonçalves, tempo depois o corpo dele chega no pronto socorro praticamente morto
. Muito triste isso. Uma vida destruída de forma fútil, com muito ódio e preconceito, além da família do Júlio que foi destruída, ele sendo inocente, e marcado como assaltante, é muito revoltante. Confundido por assaltante? pensando bem, o Júlio foi usado como bode expiatório por esses assassinos infelizmente. Gostei do documentário, tema muito importante para conhecermos e estudarmos, além de trazer o retrato do maldito racismo, do abuso do poder policial, ignorância e violência desgeneralizada. A morte se tornou banal e descontrolável. Os movimentos sociais foram um dos responsáveis para desvendar o caso. Penso que como o Bruno falou, a linguagem é muito formal do documentário, além da parte da diretora entrevistar algumas pessoas para lembrar do caso e que essa estratégia não deu certo. Muito válido revisitar esse caso, pois caiu no esquecimento, e muitos nem a justiça é colocada em prática como é algo infelizmente comum nesse país. Triste que esses eventos ocorrem com frequencia entre policiais cometendo genocídio contra pobres, negros, favelados, onde eles são tratados como um dos maiores inimigos da sociedade. É de uma tremendo preconceito, nojeira que reviro o estômago. Outro ponto: faltou ter mais entrevistas para enriquecer mais o caso em si (de envolvidos), mais aprofundamento e mais participação de outras pessoas dentro do caso. Mas enfim, bom documentário, importante retrato e fiel do caso revoltante do RS. Nota: 7,0
Histórias que só existem quando lembradas - Brasil - 2011 - visto no dia 26.01.21 Belo filme falando de memórias, da juventude, velhice e morte. É um longa lento, sensível, delicado em uma cidade pacata e clássica. Uma fotógrafa que vai até a região para fazer inúmeros registros, vai em uma região isolada para fazer registros e aprender com a população local. Pessoas simples, isoladas do mundo exterior que é ultra globalizado, tecnológico e moderno. Mas são pessoas que têm história de vida, tem desenvolvimento, tem uma trajetória de vida, grande experiência para compartilhar. Cada pessoa tem a sua individualidade, força, construção. Eles orbitam na nova geração, na nova juventude que vemos na jovem estudante, fotógrafa que tem uma sede, fala por buscar experiência, aprendizado, registrar cada momento em uma cidade distante. Ela tem um foco diferente naquilo que almeja, é seu objetivo, ela absorve tudo que as pessoas ao redor possuem (intelectualmente, o significado da vida falando). Gostei do andamento do filme, aprendi bastante com a simplicidade em cada cena conduzida, em cada cena, em cada montagem e trabalho feito pela direção de fotografia, direção cinematográfica. Um filme tocante, profundo cheio de significado e reflexão. É pouco conteúdo? É... Mas é bastante agregador sem dúvidas. Um ótimo filme nacional que muitas pessoas deveriam conhecer. Elenco que interpretaram os atores locais, principalmente a senhora protagonista foram sensacionais: com muita simpatia, naturalidade. Cada cenário, acontecimento, com simplicidade, leveza, atores bem reais e momentos bem crus e muito realismo. Adorei cada momento, filme lento e contemplativo. Nota: 9,0
Camille - França - 2019 - visto no dia 11.01.21 Filme muito interessante. Primeiramente pela sua temática documental jornalística abordando tensões políticas, culturais no continente africano em constante conflito, tbm da essência do trabalho de um fotojornalismo em retratar realmente os fatos que acontecem sem distorções sensacionalistas, da construção da jornalista e sua interação com as pessoas locais, sua coragem, empoderamento e esforço da moça na sua profissão, gana e a vontade de vencer, retratar, crescer na sua profissão, ter mais destaque onde é o sonho de toda pessoa em sua respectiva área. Gostei da fotografia, do seu contexto de tensão do começo ao fim, fotografia que mostra bem o desastre em geral. Penso que foi uma boa adaptação sobre um arco narrativo real que realmente aconteceu de forma muito mais brutal, onde o filme deu uma roupagem mais suave sobre os eventos chocantes no local. Outro ponto é que um filme que desenvolve devagar os acontecimentos, tem bastante diálogo e pode parecer um pouco morno mas gostei do clima. Outros pontos que gostei foi a interação dela com os outros fotógrafos mais gabaritados no ramo. Onde ela adquiriu experiência, aprendizado. Gostei das cenas mais tensas, de impacto da população local. Ponto negativo penso que tirando a protagonista, ou até mesmo a personagem principal não foram bem desenvolvidos em si, mas são apenas papéis secundários do acontecimento em si, são figuras do grande evento no continente africano, esperava mais dessa aprofundamento em si, mas deixa claro que o evento merece todo o foco, construção. Penso que os atores foram bem nos seus respectivos papéis. Penso que o filme é um bom lembrete desses acontecimentos tensos, do papel do fotojornalismo, sua importância no mundo, entender o contexto histórico, cultural de uma região em tensão. Valeu a pena. Nota: 8,0
Antologia de uma Cidade Fantasma - Canadá- 2009 - visto no dia 10.01.21 Achei um filme bastante original, bem escrito, bem reflexivo, atuado e narrado, pela temática e abordagem diferente e criativa. Fora do comum. Claro que temas referentes a "fantasmas", "memórias" são bem recorrentes, mas esse longa se destaca pela sua abordagem, pela cidade em si no Canadá. O lugar é belíssimo, ele traz grandes momentos e cenários. O tema, tom do filme é de suspense, dor, mágoas, ressentimentos ao seu todo. Não é atoa que começa com uma cena marcante - de
Daí para frente essa morte é retratada, aos poucos, devagar o filme vai nos mostrando toda a sua história, concepção após esse acontecimento. Esse começo é importantíssimo para entendermos o contexto do filme, pois essa
fantasmas parecem 'guardiões' do lugar vigiando todos a
cada instante. Cada antepassado, cada membro da família que já se foi. Assim, desenrola a trama para buscar entender pq acontece aqueles fenômenos que são sobrenaturais. O filme não explica o por que acontece, como acontece mas fico imaginando que seja algo íntimo de cada morador local, assim:
cada pessoa que perdeu alguém, nunca esquece o seu ente querido, amigo ou alguém especial morto. Então os moradores mantém vivos os mortos através das suas memórias, dores, lembranças.
Sempre lembrando deles, chorando, sofrendo pelos que foram. Assim acontece com a família
protagonista que perdeu o filho, um irmão, este inclusive reaparece atormentando a filha.
Aqui cita tbm um tema que gosto muito que é casa assombrada, cheia de espíritos da família. Há uma história atormentadora por trás. Gostei dos momentos mórbidos, quando apareciam, maquiagem simples na qual estavam caracterizados. Mas faltou ser mais assustador, atormentador. Além da singela presença deles na casa. Aqui cita a figura manipuladora, falsa da prefeita e o ótimo clima de uma cidade pequena, pacata, cheia de mistérios e problemas. Pontos baixo, além da falta de algo mais aterrorizante, de alta tensão, tem alguns personagens que foram mal desenvolvidos, irritantes e que agregam pouco e nada para a trama. Para mesmo assim, filme muito bom, melhor do diretor que vi até aqui. Nota: 8,0
Wilcox - Canadá - 2019 - visto no dia 13.01.21 Filme básico, cru, simples, íntimo sobre uma pessoa que vive remotamente e em meio a natureza, vivendo de forma mais "selvagem", desconectado do mundo exterior. Mostra a sua rotina, seu hábito natural, a sua alimentação, sua moradia, seu trajeto para seu objetivo, autodescobrimento tbm por que não? Viver remotamente, longe da sociedade nos faz olharmos para nós mesmos, nos dar uma oportunidade para refletir sobre um novo direcionamento para a vida. Aqui o protagonista busca isso. E a forma como diretor retratou ele de forma íntima, lenta, gradual, devagar cada cena, cada momento. Pode ser considerado arrastado, mas é o retrato íntimo de um homem estrangeiro conhecendo novas terras, territórios e esses lugares se designam como partes da natureza, do lugar. O interessante é que mostra onde ele dorme todos os dias em um lugar improvisado, que é
Aqui tem uma pequena interação dele com a sociedade ao redor. Filme bem comum, que tem um conteúdo nada demais, bem simples, um tema já tratado em exaustão, aqui parece mais algo experimental, sem diálogos, sendo uma experiência totalmente sensorial, visual, sensível. Talvez o diretor estava aprendendo técnicas de filmagem, tentando novos caminhos na sua carreira, não é? Mas dá para vê-lo de boa, traz reflexão sobre a situação, condição da vida da pessoa pois, querendo ou não, é algo radical de escolher na vida. Recomendo. Nota: 5,5
Bestiário - Canadá - 2012 - visto no dia 09.01.21 Um filme diferente do Canadá? Sim. Pela sua abordagem, concepção, construção referente a visão dos homens diante dos animais, de como o ser humano manipula, controla, usa esses animais para benefício próprio. Cada animal retratado, cada cativeiro concebido de acordo com a estatura, personalidade. Cada espécie diferente e uma mais bela que a outra:
cabra, hipopótamo, Buffalo, animais silvestres, selvagens em geral das grandes florestas, vivendo em uma espécie de um enorme zoológico.
No filme parece que esses animais são mantidos, são cuidados, controlados para se recuperarem, será que posteriormente eles serão soltos na natureza? Será que serão colocados no seu habitat natural? Esperamos que sim. O filme ele penetra na rotina de vários animais, mas concretizando o que falei, o foco não é no animal em si, e sim na construção do ambiente ao redor feito por nós humanos, como isso manipula a rotina dos animais, como eles reagem a isso no seu dia a dia. Tem o lado do lucro também obviamente para manter o lugar onde os animais são cuidados, para os humanos lucrarem em cima, então o local tem logicamente muitos visitantes. Fotografia é o que destaco mais pois ele penetra, detalha cada nuance, traço desses belíssimos animais, a rotina das pessoas que trabalham no local. Claro tudo é muito simples, o diretor ele se omite totalmente dos fatos registrados, se preocupando apenas em filmar um dia a dia de um santuário de animais de várias espécies. Não tem diálogo mas as imagens em si diz muita coisa. Os sons são dos animais vivendo naturalmente. Por isso que tudo é bem cru, natural, como se fosse um vídeo filmado por pessoas comuns de uma rotina comum. Mesmo assim gostei da variedade dos bichos, do local retratado. Dar para trazer bastante reflexão, mas claro que poderia ter contado mais coisas, mas gostei da proposta do diretor: simples visualmente, analítico. Mas é básico, simples, sendo sincero: é pouco mas é um pouco que diz até coisas interessantes. Mas esperava mais sem dúvidas. Nota: 6,0
FilmeFobia - Brasil - 2008 - visto no dia 26.01.21 Gostei do conceito do filme, achei a ideia bem criativa, bem interessante em abordar vários tipos de fobias que o ser humano tem, inclusive algumas bem peculiares e diferentes fugindo totalmente fora do comum. Aqui é um pseudo documentário ou Mockumentary, então quer dizer, ele finge que é real, tem uma roupagem realista mas não é. Ele faz o telespectador pensar que é real mas não é. Tem muitos filmes desse gênero que são muito bem feitos, criativos e surpreendente realista que até desconfiamos que é real ou não. Amo esse gênero, acho que a tensão, dor, tudo muito bem realçado, tornando a experiência mais realista possível, aterrorizante. Voltando a obra, penso que pecou um pouco na execução pois teve partes mal adaptadas. Faltou uma construção melhor de contexto e além de melhor condução da direção em algumas partes do filme mas no geral eu achei o filme mediano, mas gostei sim das fobias citadas:
separadas,colocadas em lugares vulneráveis e de grande perigo para elas, estando amarradas, vendadas ou não, em situações de medo e tensão, para que consigam testar os seus medos ou traumas, mesmo em posições desconfortáveis ou constrangedoras.
Definição certeira que a pessoa fez, essas cenas foram uma das melhores do longa metragem. Se tivessem trabalhado melhor a direção, algumas fobias que foram rasas em suas abordagens, seria um filme mais marcante, épico e com mais qualidade sem dúvidas. Essa frase me marcou: "A única imagem verdadeira é a de um fóbico diante de sua fobia". Filme com grande ideia sem dúvidas, gosto muito desses temas, é uma pena que o filme foi interpretado de forma rasa, incorreta por muitas pessoas que não entenderam o que filme quis mostrar e analisar. Uma pena. Nota: 7,0
Lembro Mais dos Corvos - Brasil - 2018 - visto no dia 25.01.21 Gostei do filme. A sua ideia é simples e funcional porque a personagem (atriz real) que conduz o filme é muito simpatica, carismática, cativa a atenção do público. Não é atoa que vemos o filme e nem sentimos o tempo acabar, e além de ser curto. Ela vai narrando a sua história, seus pensamentos, inclusive sobre atores, atrizes, filmes que gosta de ver, viu inclusive com a sua mãe e que a marcou na sua vida. É um filme íntimo onde a Julia é a cara do filme, ela é o significado e o ícone de todo o filme do começo ao fim. Gustavo Vinagre fez coisas pontuais como acompanhar o andamento da narrativa, citar até perguntas e ver o script. O legal que a atriz se sentiu confortável em até falar de assuntos mais delicados, da sua personalidade, da sua vida, do seu trabalho de atriz e do andamento da sua carreira onde começou fazendo curtas metragens e das dificuldades que apareceram ao longo do tempo. Há também partes que chegam a exagerar no contexto das histórias para trazer mais impacto, como também a parte de filmagem onde a câmera se mexeu demais perdendo o foco. Pequenas falhas técnicas, vou ser sincero: Faltou se aprofundar mais na história de vida, e que realmente é compreensível por ser sensível. Mas Julia tem uma importância enorme para a diversidade (comunidade LGBTQIA): Foi a primeira cineasta transexual do Brasil a entrar no circuito comercial na direção de um curta metragem: Tea for Two. Aqui na entrevista cita os preconceitos que sofreu, da sua transição (transexualidade), o significado do cinema na sua vida por ter sido um refúgio e o seu trabalho e sua identidade. Grande documentário. Me senti muito feliz em conhecer a história de Julia, e das suas superações, referências cinematográficas, um pouco da sua história, pela importância. Recomendo. Nota: 7,0
Uma Garota Chamada Marina - Brasil - 2019 - visto no dia 24.01.21 Um documentário simples sobre uma cantora brasileira dos anos 80, na qual gostei do seu trabalho e pretendo conhecer mais profundamente sobre a sua discografia. Aqui foi o documentário dito como 'Chapa Branca' onde só mostrou o lado bom da cantora e seu 'siginificado', ' personalidade', 'ícone' da música brasileira. Uma Ícone menor comparada com as grandes Rita Lee, Gal Costa mas ela tem a sua importância, tem uma carreira de mais de 40 anos com vários discos de estúdio lançados. Mas pelo que eu entendi a proposta do documentário é falar do processo de gravação, de criação do álbum “Climax” (2011), a mudança da cantora para a cidade de São Paulo e lembranças de toda a carreira. Essas lembranças são claro todas boas e nenhuma se aprofundou nas fases difíceis da cantora como a depressão que foi nos anos 90 que a cantora ficou muito mal psicologicamente pela perda do pai e fim do relacionamento. Não lembro que isso foi citado no documentário, então muita coisa é cortada. Claro que o foco é no disco Climax mas senti muita falta de saber mais da Marina, da sua personalidade e da sua história, suas referências musicais etc... O filme mostrou vários conceitos desse álbum do Climax, um pouco das suas ideias, do gostaria de abordar nesse novo trabalho. Esse foi o 19º disco de estúdio lançado em 2011. Aqui cita de forma breve como falei da carreira dela, como certos discos anteriores dela mais famosos "Olhos Felizes", 'Desta Vida, Desta Arte' que fizeram sucesso, um pouco da história de felicidade dela na música, na vida pessoal. Enfim esperava mais em certos aspectos, aqui o filme é uma pincelada simples, rápida, breve da Marina Lima. Senti que a Marina é uma mulher forte, empoderada, que ama o que faz, tem personalidade ainda mais pela carreira que tem (sólida no mercado musical). Gostei de certos tópicos citados, da fotografia, do processo criativo do disco, mas como no geral faltou aprofundamento, pois tem vários elementos citados de forma bem curta, rasa. Nota: 6,5
Fala de filosofia (dos pensamentos) dele referente a vida, música, todo conceito e sentido das coisas.
Achei um filme interessante mas meio maçante e um pouco longo mas no geral vale pela experiência para entender um pouco o pensamento, trabalho de guitarrista, de composição do Lanny. Ele traz um processo bastante filosófico e profundo no qual se isola da sociedade, tornando-o foco de uma grande jornada de compor. Cita também um pouco do local onde nasceu: Xangai, China, um pouco da cultural de sua terra natal. Mas o mais importante aqui foi mostrar a importância do guitarrista para música brasileira: Desde da época do
que tocou com grandes nomes da MPB (música brasileira) como Gal Costa, Caetano Veloso, o também com o grande Gilberto Gil, essas três lendas da música nacional. Infelizmente passa por problemas de saúde graves mas não foi o foco do documentário que quis ressaltar mesmo a sua importância para a construção da música nacional, seus pensamentos, processos de trabalho, a sua essência como ser e viver. Cita um pouco da sua infância onde
passou certas dificuldades e viu na música - uma ferramenta de grande expressão para viver e assim ter uma identidade e o propósito na sua vida pessoal e profissional. Ele também trabalhou com o grande multi-instrumentista Hermeto Pascoal que é uma lenda, figura da nossa música. Lanny é considerado pelos críticos um dos mais importantes guitarristas do Brasil e virtuosos que elevou a música para outro nível. Enfim é uma pena que o público conhece tão pouco o seu trabalho. O documentário fez uma bela homenagem onde mostra a sua intimidade de pensamento, profundidade filosófica, espiritual e musical. Mostra uma pessoa bem culta, calma, com vasto conhecimento na sua área e em outras áreas. Gostei do documentário, de me aprofundar mais nesse grande homem da música brasileira. Um cara que sempre se preocupou em se aperfeiçoar e estudar a guitarra mais profundamente possível. Aqui fala da sua fé, e crença em Deus e seu conceito sobre a vida. Interessante reflexão. Só senti falta em falar mais das suas viagens, experiências com os grandes nomes da MPB que foram vários além dos que citei, não só da MPB: Erasmo Carlos, Tim Maia e Elis Regina por exemplo que com eles, Lanny trabalhou e acompanhou em turnês e estúdios de gravação. E também mais das suas influências e construção musical, enfim mas um bom documentário para começarmos e nos adentrarmos nos pensamentos, da lenda de Lanny Goldin. vale a pena. Nota: 7,0
Ônix - Argentina - 2017 - visto no dia 22.01.21 - Filme simpático, carismático, com cenas divertidas, interessantes porém tem falhas narrativa como o termo 'Ônix' que é mal explorado. Sintetizo esse filme dessa forma, pois é tipo, um filme estilo sessão da tarde para família. Realmente é um filme leve, descontraído para o público infantil, adolescente que vai atrair a grande parte desse público. Aqui a história/roteiro é simples, onde há um
desentendimento familiar dentro de uma empresa familiar, tem o encontro entre os adolescentes (primos) que não se viam há muito tempo, começam a se interagir, se divertir e entender mais o contexto de ônix
que já foi muito mal explorado. Desde da empresa familiar, como também o mármore ônix em si que foi muito mal contado, o roteiro e contexto histórico raso. Fiquei curioso sobre o onix e o filme deixou isso sem resposta, sem desenvolvimento. Gostei de ser um filme da Argentina pois pretendo conhecer mais o cinema argentino que tem grandes exemplares clássicos e atuais. Um cinema que cresce cada vez mais... Música tema (trilha sonora principal do filme) é bem divertido, que traz momentos descontraídos. As brincadeiras e as aventuras dos primos nos lembra um pouco da nossa infância, adolescência. Mas a história principal desenvolveu muito pouco, foi decepcionante. Mas dá para ver de boa, para relaxar, descontrair mesmo pois a comédia do filme funciona em muitas partes. Nota: 6,0
Astracã - Brasil - 2017 - visto no dia 22.01.21 Filme torturante, cansativo, sem nexo, cenas aleatórias, sem interligação. rebeldia de cinema sem ser rebeldia, um fiasco total em se tornar diferenciado. Isso que sintetizo essa obra. Muito maçante, o tempo passa e não via a hora de acabar, tortura do começo ao fim. Nada nesse filme funcionou. Foi ruim do começo ao fim. Dificil de acompanhar. Nada se desenvolve, tudo flui para o nada. É um conjunto de cenas aleatórias e sem sentido. Aqui é uma direção confusa, roteiro confuso e raso. Não soube aproveitar ao tentar contar sobre o mito das pérolas, do canto das sereias. Pois na teoria queriam falar sobre isso mas foi um total desastre. Para não dá um '0', a única parte técnica que gostei desse filme foi a fotografia, os cenários (lugares onde era locação do filme), apenas isso. O que obviamente é muito pouco, pois o resto foi totalmente mal feito, muito ruim. Um dos piores filmes que vi na minha vida. Perca de tempo total. Belos lugares apenas, fotografia (direção de fotografia) conseguiram registrar belas paisagens e iluminação. Mas não deixa de ser perca de tempo. Nota: 1,0.
Antes do Fim - Brasil - 2017 - visto no dia 22.01.21 Primeiramente não gostei muito desse filme. Achei muito difícil de acompanhar, um ritmo muito cansativo, muito fatigoso onde tem cenas no filme que não há um desenvolvimento ou sentido concreto. Tem cenas vazias, sem nexo algum (cenas superficiais), o ritmo do filme ainda não ajuda tornando-o uma experiência torturante em acompanhar essa obra audiovisual. Maçante. A história tem até uma ideia muito interessante mas foi mal adaptado. Aqui cita como o conceito de morte e vida é interpretado pelo personagem de Jean onde ele chega em um consenso de forma racional e consciente:
O tema é um tabu social há muito tempo, gostei da ousadia do diretor. E aqui mostra a sua interação íntima e companheira com Helena, que é o inverso dele:
Ela simboliza a vida, inclusive viverá bem se precisar viver sozinha. Ela o ajuda nas preparações e inclusive no funeral.
Legal a interação entre eles, alguns dos seus diálogos inclusive que foram originados de uma peça teatral e algumas são aproveitáveis. O Jean se mostra mais carismático ao invés da Helena que é mais rígida, não demonstra muito carisma. Outro ponto: Aqui tem cenas aleatórias que não agregam praticamente nada como falei: Não foi para simbolizar ou enaltecer algo como a mente jovem e o corpo envelhecido, ou os sentimentos do personagem, mas se foi para realizar isso, não deu certo. Foi um vazio grande nesse retrato. Amo a fotografia preto e branco característica do filme para mostrar um mundo cinza, meio melancólico. A trilha sonora é bacana mas se não fosse esse ritmo maçante e cenas mal construídas, sem nexo, o filme teria outro patamar. Tentaram ser poéticas mas falharam no caminho. Segunda obra que vejo de Burlan depois de Elegia de um crime. Com certeza ele deve ter obras melhores do que esse regular Antes do Fim que realmente é maçante, monotonia da vida e seu conceito com cenas superficiais. Pena. Nota: 5,0
Atos dos Homens - Brasil - 2005 - visto no dia 20.01.21 Antes de ver esse filme, eu particularmente não tinha conhecimento sobre esse caso. Realmente eu tinha 9 anos e não lembro de ter acompanhado mas vi o filme e refletindo-o, realmente é triste e desesperador esse contexto e essa história que todos estavam envolvidos e para os moradores da Baixada Fluminense. Fico imaginando o impacto na família das vítimas que foram dilaceradas após esse massacre e o impacto também na região e o retrato real do que realmente acontece principalmente no Rio de Janeiro: Muitos lugares vivendo em uma profunda insegurança, violência generalizada, onde quem sofre são realmente as pessoas inocentes que lutam no seu dia a dia para ter uma vida melhor mas são as que mais apanham e não tem o devido valor. RJ vive em uma calamidade em vários aspectos, restante do Brasil não vive longe dessa realidade. Voltando ao documentário, gostei da sua abordagem, aqui cita além do massacre em si, as pessoas envolvidas no caso, como o próprio fotógrafo criminal do local que viu cenas aterrorizantes das consequências do terrorismo. Foi a maior chacina da história do Rio de Janeiro onde os assassinos mataram 29 pessoas a sangue frio. Eles fizeram isso para criar caos mesmo pois estavam insatisfeitos com o comando da corporação da PM do Rio pela rigidez das regras, condutas a serem seguidas. Assim resolvendo fazer o que fez com muita brutalidade, destruição. Atiraram sem critério em pessoas aleatórias apenas para chocar. Difícil história que tem impacto e lembranças ruins até hoje. O filme (documentário) conseguiu transmitir essa essência de desolação e tristeza. Aqui cita também os moradores da Baixada Fluminense que vivem com seus sonhos, desejos de ter uma vida tranquila, satisfatória para si e para a família. Pessoas comuns que desejam dignidade, acordam cedo e pegam o metrô e com uma rotina cansativa e angustiante. Gostei das entrevistas e como elas agregaram mas poderiam ser aprofundado nesse ponto. Outro ponto: achei o filme com muitos focos e objetivos, faltou fazer o mais simples: Focar em uma coisa só. Nisso ficou um pouco vago mas citou também a desigualdade social do local, mostrou os pontos onde ocorreram o ato. O filme seria como 'denunciador' ou que 'expõe' as mazelas da violência no estado. Gostei do ritmo do documentário apesar de essas ressalvas. Um bom ponto de vista, visão documental externa (pessoa que mora fora do RJ). Um retrato real, cru da nossa realidade que só mostra o quão o Brasil é violento e desigual. Aqui mostra um pouco dos assassinos que dá nojo nos seus depoimentos e seus pensamentos genocidas. Enfim um bom documentário como porta de entrada para entendermos um pouco o histórico desse massacre e como a Baixada Fluminense vive no seu dia a dia com a sua população a mercê de tanta violência inclusive policial. Um bom documentário para entender o contexto. Nota: 7,5
Que Os Olhos Ruins Não Te Enxerguem - Brasil - 2019 - visto no dia 20.01.21. FIlme simples mas importantíssimo para retratar uma camada da população brasileira que sofre com violência física, verbal (preconceito) perante a nossa sociedade preconceituosa. Aqui conta a história de várias pessoas por ela mesmas são contadas, onde cada pessoa tem seu tempo de fala na entrevista para da sua história, dos sonhos e desejos. Aqui conta a dificuldade que essas pessoas passaram como: O desprezo das outras pessoas, comentários maldosos, agressões físicas onde a mulher trans do documentário foi espancada e que ficou praticamente por isso mesmo por conta da impunidade que existe nesse país. Aqui mostra o gay que viu olhares maldosos das outras pessoas, com nojo e asco (sinais de preconceito) e além de mais diversidade que o filme tanto foca, dá voz essas pessoas onde já tem a voz anulada em meio a sociedade excludente. Cada história de cada pessoa nós aprendemos algo. A luta, a resistência, o trabalho no dia a dia, esforço em ter uma vida normal e decente, a história com a família que geralmente não aceita a comunidade LGBTQIAP+ e despreza o membro da família. Aqui cita a religião e seus membros que
jorram ódio em cima da comunidade e mostra aqui em um dos últimos depoimentos onde a moça lésbica recebeu uma agressão de um pastor que a agrediu com a biblia na mão.
Um absurdo e hipocrisia, afinal, essas pessoas se dizem tão boas, que tem o amor de cristo. Enfim, cada pessoa com seu fardo para carregar, com a sua visão de vida, de mundo e seus sonhos. Pessoas simples, trabalhadoras e estudiosas e comuns como eu e você. Vendo esses documentário teremos mais empatia com o próximo onde é fundamental em um mundo cada vez mais egoísta e medíocre. Aqui deixa claro que a felicidade é para todos, há sol para todos. Gostei do formato do documentário, do seu significado pois é a mensagem que é poderosa, bem atual e necessária. Claro que a simplicidade demais deixou em aberto certas possibilidade que poderiam explorar no filme, mas no geral compensa bastante. ótima reflexão, ótimas entrevistas com participantes bem a vontade e contando, narrando a sua vida, além da edição do filme que ajudou a exemplificar o contexto da obra muito bem, em até detalhar a narração dos entrevistados para melhor entendimento dos telespectadores. Diversidade de vozes trouxe mais coletividade, miscigenação que é a pluralidade da comunidade LGBTQIAP+.Ainda mais sendo o documentário em SP que é um lugar tão diversificado, lotado de gente de vários gêneros. Recomendo. Nota: 8,0
O Homem que Virou Suco
4.1 182O Homem que Virou Suco - 1980 - Brasil - visto no dia 05.02.21
Adorei esse filme. Retrata uma realidade dura e crua: O preconceito que existe em SP contra os nordestinos que muitos fazem migração para a capital mais rica do país para ter melhor estrutura financeira, melhorar de vida e procurar emprego. Mas muitos chegam aqui são tratados com muito desdém desde as empresas (chefes) que tratam a pessoa com desrespeito em vários aspectos: péssimas condições de trabalho, preconceito pela origem da pessoa, que exploram do funcionário pela inocência, necessidade do mesmo. Aproveitadores mesmo. Aqui mostra isso: como há uma desigualdade pois muitos nordestinos chegam a SP com falta de instrução, suporte, alguns nem sabendo escrever, ler, e ficam a mercê de aproveitadores canalhas e tem muitos lugares que tem muita escravidão, pessoas são exploradas, são escravas, com inexistência de respeito as leis trabalhistas, segurança do trabalho, condições de trabalho praticamente nulas, uma ótima crítica social. Tem cenas marcantes, impactantes onde mostra o
Deraldo perseguindo o seu chefe explorador onde ele explodiu de raiva pela situação humilhante que na qual ele e seus colegas
quando na alimentação (em um refeitório), onde não há um pingo de higienização pois ele encontra barata na comida,
Nota: 9,0
Adolescentes
3.1 2Adolescente - 2019 - França - visto no dia 02.02.21
Vendo o filme pela primeira vez imaginei que seria um ficção sobre adolescentes, a construção da vida dos mesmos nessa fase de vida. Mas não é ficção o que dizem, e sim um documentário. Esse filme não tem características, nem visual de ser um documentário. Tem nada haver com esse gênero, o filme aborda temas bem mais profundos (invasivos) do que documentar apenas o momento em que os adolescentes estão inseridos. Filmagem, montagem não tem nada haver com documentário.
Tem cenas forçadas sim, momentos que sim parecem ensaiados, não condiz com uma realidade de um possível formato documental. Aqui tem
certos acontecimentos íntimos das meninas como intimidade, política, problemas familiares
A dúvida do que trabalhar, se formar em uma profissão, estudar e surgimento de mais dúvidas, problemas pessoais, amorosos que
Nota: 6,0
Gangrena Gasosa: Desagradável
4.3 36Desagradável - Brasil - 2013 - visto no dia 01.02.21
Adoro documentários relacionado ao mundo da música e claro do heavy metal que é meu gênero favorito. Aqui é a banda Gangrena Gasosa que de original tem é tudo: No nome, na temática, concepção visual, temática da banda que é única. A banda pega elementos das religiões africanas como a identidade de entidades como Exu Caveira, Pomba Gira e entre outros seres. Umbanda, candomblé, caracterização dos despachos, montagem do palco, ritual que acontecem nos shows deles. Visual da banda é muito dahora. Então, o documentário vai mostrando a entrevista deles, um pouco do histórico da banda, desde dos primórdios e seu desenvolvimento. Impacto da banda no local onde surgiram, e no Brasil e no mundo. E os depoimentos sobre a banda são os melhores e inclusive o depoimento dos familiares e de pessoas próximas, das próprias religiões quando vêem a banda tocando. Gostei da estrutura mesmo tradicional do documentário, da história contada, um pouco da construção do grupo musical, seu sucesso e legado por trazer um pouco mais de originalidade no mundo musical. Uma identidade diferente, original, tanto no visual, como também na música. Os integrantes da banda são bem simpáticos, cada um falando a sua história, sua construção na banda são bem legais. As músicas é um show a parte. O modo como eles enfrentam as dificuldades é único. Resistem, lutam pela música, pelas suas ideias enfrentando tudo e a todos. Música é liberdade de expressão, metal permite essa liberdade de ter essa diversidade de gêneros, temas para falar. Depois desse documentário, uma abordagem simples sobre os integrantes, um pouco da historia da banda, seu significado e sua criatividade, para conhecer um pouco do seu trabalho. Valeu muito a pena, aprendi muito com a banda sem dúvidas.
Nota: 9,0
Tangerina
4.0 278 Assista AgoraTangerine - EUA - 2015 - visto no dia 31.01.21
Um dos primeiros filmes (poucos até o momento) que vi sobre a representatividade da comunidade LGBTQIAP+ nos EUA. Gostei da forma como foi conduzido o filme: de forma divertida, leve, e que aborda a história da transexual Sin Dee, que é a protagonista da história, mas para mim o maior destaque da obra: a Alexandra. Mais carismática, tem uma vida de história mais construída, mais sofrida e mais desenvolvida que a Sin Dee. Enfim, adorei a fotografia, ambientação de uma Los Angeles caótica, agitada, belíssima cheia de composições sociais, lugares únicos, incríveis. Os dramas dos personagens são conduzidos com melancolia, caótica, com muito drama, com humor ácido e cheio de reviravoltas e loucuras. A vida agitada, corrida, cheia de surpresas. O mais surpreendente é que todo filme foi filmado, gravado em iPhone S5, com esse celular que tem uma potência de filmagem mas voce se surpreende com qualidade da produção, das partes técnicas z da fotografia. Enfim, filme importante onde vi na mostra mix trazendo voz a representatividade e aos problemas diários e comuns dessas pessoas como qualquer outra: prisões, brigas, desafetos. Cita a prostituição que é o trabalho onde Sin Dee consegue seus recursos financeiros e traz uma reflexão: o quão o mercado de trabalho é preconceituoso, excludente referente a certas pessoas infelizmente. Bom filme. Faltou se aprofundar mais na Sin Dee, em certos acontecimentos que ficaram um pouco rasos, uma comédia não foi tão funcional aqui e em algumas cenas ficou meio exagerado. Os coadjuvantes são meio descartáveis. Enfim, mesmo assim, recomendo. Filme sobre a diversidade.
Nota: 7,0
Vento Seco
3.2 91Vento Seco - Brasil - 2020 - visto no dia 31.01.21
Filme bem interessante e bastante sensorial. Aqui é um filme para sentir, verificar todas as sensações e algo bem subjetivo e íntimo. Então além de falar de sensações, fala do sentimentos, desejos dos homens mas em si do ser humano de se satisfazer sexualmente. Satisfazer profundamente em algo que tem fetiche sexual, desejo quente e árduo que é de todo ser humano precisa, tem. O filme retrata isso, retrata a profundidade do sentimento, do desejo carnal do ser humano. As cenas de sexo explícito pode chocar em muito uma sociedade conservadora como a nossa, mas tem a função de caracterizar e especificar essas sensações no formato audiovisual. Sentimos várias sensações diferentes vendo essas filmagens e a proposta do filme foi alcançada e bem colocada na tela. Gosto dos enquadramentos de câmera, movimentos de câmera, narrativa, trilha sonora que é incrível, bem feita. Gostei muito da ambientação do longa onde mostra um ambiente fechado, sufocante e aqui os personagens buscam de toda forma se libertarem de todas as correntes internas e sociais na qual estão presos e inseridos. Imagine o preconceito que estão inseridos? O preconceito por serem homossexuais? A crise existencial interna, conflito interno, social e familiar, ainda mais no trabalho deles que é um ambiente conservador, tradicional dominado por homens heterossexuais no comando e no ambiente de trabalho? Enfim várias reflexões importantes esse longa traz. Além de esteticamente da fotografia ser belíssima, atuações incríveis, a técnica de usar o silêncio como sentir, refletir. Adoro quando o silêncio diz muitas palavras. Enfim recomendo. Poderia falar mais dos personagens, poderia? O assunto é bem simples não tem muita criatividade? Não. Mas aqui é citar o erotismo e refletir, sentir sobre. Vale a pena.
Nota: 9,0
O Grande Cortejo da Memória Paulistana
4.0 1O Grande Cortejo da Memória Paulistana- Brasil - 2019 - visto no dia 31.01.21
Falou de pessoas importantes na área cultural de São Paulo como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e citou brevemente Oswald de Andrade, além
de fibras históricas paulistas como Tebas, Marquesa de Santos, Andoniran Ribeiro, além de pontos históricos, Patrimônio de SP, como Praça da Sé, Pateo do colégio, Lago do Paissandu, Praça Antonio Prado lugares que a maioria dos paulistas estão habituados a ir mas não conhecem quase nada. Poucos conhecem a história do lugar onde nasceu. Esse exemplo é São Paulo onde tem muita gente que não conhece a cidade onde vive. Citou a história de uma cidade incrível, que amo que é SP, dos pontos mais importantes do centro de SP que eu sempre frequentava antes da pandemia (frequento menos) mas que fez parte e continua fazendo parte da minha vida essa cidade cheio de cultura, história, experiência, aprendizado, evolução pessoal e profissional. Amo SP, esse filme foi uma singela, simples e belíssima homenagem conduzido por grandes atores da nossa TV, teatro e cinema: Ailton Graça, Cássio Scapin entre outros que fizeram grandes apresentações sobre os personagens e a cidade. Cada ponto histórico foi bem selecionado (poderia ter selecionado mais) porém o tempo, a quantidade de local seria muito difícil sintetizar e colocar todos em um filme mas os locais foram bem selecionados, bem contados a sua trajetória, personagens. Além de um detalhe: a história ter sido contada em céu aberto, no meio da cidade, do povo, da agitação eufórica. Ponto positivo a mais pois para falar de uma cidade, seria melhor vivencia-la ao mesmo tempo, em meio de uma população diversificada, miscigenada. A fotografia foi ótima, belas paisagens, belos enquadramentos. Só uma coisa que achei fora de sintonia quando vi: a questão do hip-hop. Ficou meio deslocado. Claro que é importante falar sobre, mas em comparação com o restante da obra, senti deslocado. O
registro da Memória de São Paulo. Grande filme de uma cidade única, que apesar de seus problemas, sempre amei de coração.
Nota: 9,0
Copacabana Mon Amour
3.9 78Copacabana Mon Amour - Brasil - 1970 - visto no dia 29.01.21
Filme diferente, único, peculiar, pois eu gostei muito. Ele é tanto lento, mas uma lentidão que desenvolve bem os diálogos, certos personagens e seu contexto, claro a crítica bem posta sobre a ditadura militar. Crítica inteligente, falas afiadas. Crítica a polícia dessa época tbm. Filme tipo transgressor, ousado que deve ter deixado os moralistas, hipócritas, regime militar escandalizado. Aqui a Helena Ignez faz uma personagem sonhadora, ingênua, com seu jeito peculiar. Meia esquisita. Ela tomando cerveja é engraçado. Ela é personificação da mulher que busca
independência, liberdade para fazer o que quer. Tem referência ao candomblé, macumba de um personagem que tenta manipular um homem através a amarração, feitiço, algo do gênero. Que manage a trois.
Filme diferente, crítico, ousado, estranho.
Nota: 9,0
O Bandido da Luz Vermelha
3.9 270O Bandido da Luz Vermelha - Brasil - 1968 - visto no dia 28.01.21
Como o próprio diretor Rogério Sganzella disse: É um filme que mescla vários gêneros que inclui: Faroeste, drama, policial, ação, ficção científica, comédia, tem uma crítica bem acentuada. Eu conheço poucos filmes do seu trabalho como diretor, e esse filme até agora é o meu favorito dele junto com o Copacabana Mon Amour. Filmes muito bem dirigidos, produzidos, bem construídos como esse aqui. Um filme diferente que tem inúmeras camadas, tem uma ambientação, clima único e original. 1967, período tenso no Brasil que é a ditadura militar na qual o diretor criticou arduamente e aqui a crítica permanece: Crítica aos políticos hipócritas, incompetentes, a polícia, o bandido da luz vermelha que é
transgressor, anarquista, violento, que é incontrolável na qual a polícia demora para fazer uma investigação
Ele nos notificar a notícia de cada momento no caso, nos mantém atualizados, atualiza a população colocando um alerta de pânico,
cara tirado das histórias em quadrinhos, tanto na sua concepção visual, preferência por certas vítimas: Pessoas de alto padrão de vida, alto poder aquisitivo para roubos e até as mulheres para prática do estupro. Gostei da concepção do personagem, ainda mas com a questão da máscara, seu método de ataque, invasão
Nota: 9,0
O Signo do Caos
3.8 34O Signo do Caos - Brasil - 2003 - visto no dia 28.01.21
Que filmaço. Gostando muito do trabalho de Rogério Sganzella: se mostra um grande diretor de cinema nacional ao longo das décadas, um transgressor, crítico, inteligente e com filmes muito bem construídos e dirigidos. Esse é o signo do caos onde mostra as consequências negativas de uma ditadura opressora, que destrói a vida de inúmeras pessoas, que sim, arregaçou, detonou a área cultural. O cinema que é o foco aqui também sofreu muito com a censura. Aqui o filme é um deboche, um anti-filme, um caos total em todo o filme. Uma crítica a ditadura militar, seu retrocesso na época onde a censura picotou inúmeros filmes na época por ser considerados 'imorais'. Helena Ignez uma lenda do cinema brasileiro está linda aqui, uma personagem de destaque e marcante.
Gostei da concepção fotográfica, preto e branco, da questão sensorial, todo contexto do filme onde Sganzella trabalha vários elementos e um momentos histórico importante e que gera sempre bom conteúdo: Ditadura militar. Grande diretor, grande filme. Um humor ácido, inteligente que compensa ver.
Nota: 8,0
O Caso do Homem Errado
4.0 10O Caso do Homem Errado - Brasil - 2017 - visto no dia 27.01.21
Filmes aborda temas pesados mas atuais afinal conta a história de um assassinato cruel, revoltante de Júlio César que foi morto pela polícia onde há muito racismo, caso gravíssimo de negligencia, desrespeito policial e injustiça e preconceito. Ocorreu que no ano de 1987, operário Júlio César de Melo Pinto foi assassinado por policiais ao ser confundido com assaltante. Nesse caso como muitos outros, nos mostra o quanto acontece de inúmeras vítimas de assassinatos de pessoas negras pelas autoridades que deveriam proteger a população, mas cometem um racismo estrutural, a maioria das vítimas são negras onde morrem 2 ou 3 vezes mais na mão dos policiais que vítimas brancas por ex. E além da maioria dos indivíduos presos serem negros. Revoltante mas muito real. Brasil sempre foi um país racista. Enfim nesse caso aqui, graças ao trabalho de fotografia de Ronaldo Bernardi, de Zero Hora que descobriu que Júlio foi morto pelos policiais.
Ele tirou fotos importantes onde mostra que o operário foi algemado e colocado em uma viatura da Brigada Militar, na Avenida Bento Gonçalves, tempo depois o corpo dele chega no pronto socorro praticamente morto
Nota: 7,0
Histórias Que Só Existem Quando Lembradas
4.1 283 Assista AgoraHistórias que só existem quando lembradas - Brasil - 2011 - visto no dia 26.01.21
Belo filme falando de memórias, da juventude, velhice e morte. É um longa lento, sensível, delicado em uma cidade pacata e clássica. Uma fotógrafa que vai até a região para fazer inúmeros registros, vai em uma região isolada para fazer registros e aprender com a população local. Pessoas simples, isoladas do mundo exterior que é ultra globalizado, tecnológico e moderno. Mas são pessoas que têm história de vida, tem desenvolvimento, tem uma trajetória de vida, grande experiência para compartilhar. Cada pessoa tem a sua individualidade, força, construção. Eles orbitam na nova geração, na nova juventude que vemos na jovem estudante, fotógrafa que tem uma sede, fala por buscar experiência, aprendizado, registrar cada momento em uma cidade distante. Ela tem um foco diferente naquilo que almeja, é seu objetivo, ela absorve tudo que as pessoas ao redor possuem (intelectualmente, o significado da vida falando). Gostei do andamento do filme, aprendi bastante com a simplicidade em cada cena conduzida, em cada cena, em cada montagem e trabalho feito pela direção de fotografia, direção cinematográfica. Um filme tocante, profundo cheio de significado e reflexão. É pouco conteúdo? É... Mas é bastante agregador sem dúvidas. Um ótimo filme nacional que muitas pessoas deveriam conhecer. Elenco que interpretaram os atores locais, principalmente a senhora protagonista foram sensacionais: com muita simpatia, naturalidade. Cada cenário, acontecimento, com simplicidade, leveza, atores bem reais e momentos bem crus e muito realismo. Adorei cada momento, filme lento e contemplativo.
Nota: 9,0
Camille
3.6 5Camille - França - 2019 - visto no dia 11.01.21
Filme muito interessante. Primeiramente pela sua temática documental jornalística abordando tensões políticas, culturais no continente africano em constante conflito, tbm da essência do trabalho de um fotojornalismo em retratar realmente os fatos que acontecem sem distorções sensacionalistas, da construção da jornalista e sua interação com as pessoas locais, sua coragem, empoderamento e esforço da moça na sua profissão, gana e a vontade de vencer, retratar, crescer na sua profissão, ter mais destaque onde é o sonho de toda pessoa em sua respectiva área. Gostei da fotografia, do seu contexto de tensão do começo ao fim, fotografia que mostra bem o desastre em geral. Penso que foi uma boa adaptação sobre um arco narrativo real que realmente aconteceu de forma muito mais brutal, onde o filme deu uma roupagem mais suave sobre os eventos chocantes no local. Outro ponto é que um filme que desenvolve devagar os acontecimentos, tem bastante diálogo e pode parecer um pouco morno mas gostei do clima. Outros pontos que gostei foi a interação dela com os outros fotógrafos mais gabaritados no ramo. Onde ela adquiriu experiência, aprendizado. Gostei das cenas mais tensas, de impacto da população local. Ponto negativo penso que tirando a protagonista, ou até mesmo a personagem principal não foram bem desenvolvidos em si, mas são apenas papéis secundários do acontecimento em si, são figuras do grande evento no continente africano, esperava mais dessa aprofundamento em si, mas deixa claro que o evento merece todo o foco, construção. Penso que os atores foram bem nos seus respectivos papéis. Penso que o filme é um bom lembrete desses acontecimentos tensos, do papel do fotojornalismo, sua importância no mundo, entender o contexto histórico, cultural de uma região em tensão. Valeu a pena.
Nota: 8,0
Antologia da Cidade Fantasma
3.1 8Antologia de uma Cidade Fantasma - Canadá- 2009 - visto no dia 10.01.21
Achei um filme bastante original, bem escrito, bem reflexivo, atuado e narrado, pela temática e abordagem diferente e criativa. Fora do comum. Claro que temas referentes a "fantasmas", "memórias" são bem recorrentes, mas esse longa se destaca pela sua abordagem, pela cidade em si no Canadá. O lugar é belíssimo, ele traz grandes momentos e cenários. O tema, tom do filme é de suspense, dor, mágoas, ressentimentos ao seu todo. Não é atoa que começa com uma cena marcante - de
um enterro, funeral de uma morte misteriosa.
vítima
pessoas mortas, onde começa por um que viu, que espalha, depois todos começam a ver.
fantasmas parecem 'guardiões' do lugar vigiando todos a
cada pessoa que perdeu alguém, nunca esquece o seu ente querido, amigo ou alguém especial morto. Então os moradores mantém vivos os mortos através das suas memórias, dores, lembranças.
protagonista que perdeu o filho, um irmão, este inclusive reaparece atormentando a filha.
Nota: 8,0
Wilcox
2.7 1 Assista AgoraWilcox - Canadá - 2019 - visto no dia 13.01.21
Filme básico, cru, simples, íntimo sobre uma pessoa que vive remotamente e em meio a natureza, vivendo de forma mais "selvagem", desconectado do mundo exterior. Mostra a sua rotina, seu hábito natural, a sua alimentação, sua moradia, seu trajeto para seu objetivo, autodescobrimento tbm por que não? Viver remotamente, longe da sociedade nos faz olharmos para nós mesmos, nos dar uma oportunidade para refletir sobre um novo direcionamento para a vida. Aqui o protagonista busca isso. E a forma como diretor retratou ele de forma íntima, lenta, gradual, devagar cada cena, cada momento. Pode ser considerado arrastado, mas é o retrato íntimo de um homem estrangeiro conhecendo novas terras, territórios e esses lugares se designam como partes da natureza, do lugar. O interessante é que mostra onde ele dorme todos os dias em um
lugar improvisado, que é
ônibus enferrujado, abandonado, tomado pelo mato.
Nota: 5,5
Bestiário
3.3 10 Assista AgoraBestiário - Canadá - 2012 - visto no dia 09.01.21
Um filme diferente do Canadá? Sim. Pela sua abordagem, concepção, construção referente a visão dos homens diante dos animais, de como o ser humano manipula, controla, usa esses animais para benefício próprio. Cada animal retratado, cada cativeiro concebido de acordo com a estatura, personalidade. Cada espécie diferente e uma mais bela que a outra:
cabra, hipopótamo, Buffalo, animais silvestres, selvagens em geral das grandes florestas, vivendo em uma espécie de um enorme zoológico.
sendo sincero: é pouco mas é um pouco que diz até coisas interessantes. Mas esperava mais sem dúvidas.
Nota: 6,0
FilmeFobia
2.7 58FilmeFobia - Brasil - 2008 - visto no dia 26.01.21
Gostei do conceito do filme, achei a ideia bem criativa, bem interessante em abordar vários tipos de fobias que o ser humano tem, inclusive algumas bem peculiares e diferentes fugindo totalmente fora do comum. Aqui é um pseudo documentário ou Mockumentary, então quer dizer, ele finge que é real, tem uma roupagem realista mas não é. Ele faz o telespectador pensar que é real mas não é. Tem muitos filmes desse gênero que são muito bem feitos, criativos e surpreendente realista que até desconfiamos que é real ou não. Amo esse gênero, acho que a tensão, dor, tudo muito bem realçado, tornando a experiência mais realista possível, aterrorizante. Voltando a obra, penso que pecou um pouco na execução pois teve partes mal adaptadas. Faltou uma construção melhor de contexto e além de melhor condução da direção em algumas partes do filme mas no geral eu achei o filme mediano, mas gostei sim das fobias citadas:
Fobia de anões, bichos, insetos
José Mojica Marins dando uma opinião sincera, peculiar
separadas,colocadas em lugares vulneráveis e de grande perigo para elas, estando amarradas, vendadas ou não, em situações de medo e tensão, para que consigam testar os seus medos ou traumas, mesmo em posições desconfortáveis ou constrangedoras.
Nota: 7,0
Lembro Mais dos Corvos
3.8 12Lembro Mais dos Corvos - Brasil - 2018 - visto no dia 25.01.21
Gostei do filme. A sua ideia é simples e funcional porque a personagem (atriz real) que conduz o filme é muito simpatica, carismática, cativa a atenção do público. Não é atoa que vemos o filme e nem sentimos o tempo acabar, e além de ser curto. Ela vai narrando a sua história, seus pensamentos, inclusive sobre atores, atrizes, filmes que gosta de ver, viu inclusive com a sua mãe e que a marcou na sua vida. É um filme íntimo onde a Julia é a cara do filme, ela é o significado e o ícone de todo o filme do começo ao fim. Gustavo Vinagre fez coisas pontuais como acompanhar o andamento da narrativa, citar até perguntas e ver o script. O legal que a atriz se sentiu confortável em até falar de assuntos mais delicados, da sua personalidade, da sua vida, do seu trabalho de atriz e do andamento da sua carreira onde começou fazendo curtas metragens e das dificuldades que apareceram ao longo do tempo. Há também partes que chegam a exagerar no contexto das histórias para trazer mais impacto, como também a parte de filmagem onde a câmera se mexeu demais perdendo o foco. Pequenas falhas técnicas, vou ser sincero: Faltou se aprofundar mais na história de vida, e que realmente é compreensível por ser sensível. Mas Julia tem uma importância enorme para a diversidade (comunidade LGBTQIA): Foi a primeira cineasta transexual do Brasil a entrar no circuito comercial na direção de um curta metragem: Tea for Two. Aqui na entrevista cita os preconceitos que sofreu, da sua transição (transexualidade), o significado do cinema na sua vida por ter sido um refúgio e o seu trabalho e sua identidade. Grande documentário. Me senti muito feliz em conhecer a história de Julia, e das suas superações, referências cinematográficas, um pouco da sua história, pela importância. Recomendo.
Nota: 7,0
Uma Garota Chamada Marina
3.3 6Uma Garota Chamada Marina - Brasil - 2019 - visto no dia 24.01.21
Um documentário simples sobre uma cantora brasileira dos anos 80, na qual gostei do seu trabalho e pretendo conhecer mais profundamente sobre a sua discografia. Aqui foi o documentário dito como 'Chapa Branca' onde só mostrou o lado bom da cantora e seu 'siginificado', ' personalidade', 'ícone' da música brasileira. Uma Ícone menor comparada com as grandes Rita Lee, Gal Costa mas ela tem a sua importância, tem uma carreira de mais de 40 anos com vários discos de estúdio lançados. Mas pelo que eu entendi a proposta do documentário é falar do processo de gravação, de criação do álbum “Climax” (2011), a mudança da cantora para a cidade de São Paulo e lembranças de toda a carreira. Essas lembranças são claro todas boas e nenhuma se aprofundou nas fases difíceis da cantora como a depressão que foi nos anos 90 que a cantora ficou muito mal psicologicamente pela perda do pai e fim do relacionamento. Não lembro que isso foi citado no documentário, então muita coisa é cortada. Claro que o foco é no disco Climax mas senti muita falta de saber mais da Marina, da sua personalidade e da sua história, suas referências musicais etc... O filme mostrou vários conceitos desse álbum do Climax, um pouco das suas ideias, do gostaria de abordar nesse novo trabalho. Esse foi o 19º disco de estúdio lançado em 2011. Aqui cita de forma breve como falei da carreira dela, como certos discos anteriores dela mais famosos "Olhos Felizes", 'Desta Vida, Desta Arte' que fizeram sucesso, um pouco da história de felicidade dela na música, na vida pessoal. Enfim esperava mais em certos aspectos, aqui o filme é uma pincelada simples, rápida, breve da Marina Lima. Senti que a Marina é uma mulher forte, empoderada, que ama o que faz, tem personalidade ainda mais pela carreira que tem (sólida no mercado musical). Gostei de certos tópicos citados, da fotografia, do processo criativo do disco, mas como no geral faltou aprofundamento, pois tem vários elementos citados de forma bem curta, rasa.
Nota: 6,5
Inaudito
3.8 6Filme - Inaudito - Brasil - 2017 - visto no dia 24.01.21
Filme que mergulha no pensamento de Lanny, um guitarrista histórico da música brasileira.
Fala de filosofia (dos pensamentos) dele referente a vida, música, todo conceito e sentido das coisas.
Tropicalismo,
foi um garoto gago,
Nota: 7,0
Onyx
2.7 1Ônix - Argentina - 2017 - visto no dia 22.01.21 -
Filme simpático, carismático, com cenas divertidas, interessantes porém tem falhas narrativa como o termo 'Ônix' que é mal explorado. Sintetizo esse filme dessa forma, pois é tipo, um filme estilo sessão da tarde para família. Realmente é um filme leve, descontraído para o público infantil, adolescente que vai atrair a grande parte desse público. Aqui a história/roteiro é simples, onde há um
desentendimento familiar dentro de uma empresa familiar, tem o encontro entre os adolescentes (primos) que não se viam há muito tempo, começam a se interagir, se divertir e entender mais o contexto de ônix
Nota: 6,0
Astracã
1.2 2Astracã - Brasil - 2017 - visto no dia 22.01.21
Filme torturante, cansativo, sem nexo, cenas aleatórias, sem interligação. rebeldia de cinema sem ser rebeldia, um fiasco total em se tornar diferenciado. Isso que sintetizo essa obra. Muito maçante, o tempo passa e não via a hora de acabar, tortura do começo ao fim. Nada nesse filme funcionou. Foi ruim do começo ao fim. Dificil de acompanhar. Nada se desenvolve, tudo flui para o nada. É um conjunto de cenas aleatórias e sem sentido. Aqui é uma direção confusa, roteiro confuso e raso. Não soube aproveitar ao tentar contar sobre o mito das pérolas, do canto das sereias. Pois na teoria queriam falar sobre isso mas foi um total desastre. Para não dá um '0', a única parte técnica que gostei desse filme foi a fotografia, os cenários (lugares onde era locação do filme), apenas isso. O que obviamente é muito pouco, pois o resto foi totalmente mal feito, muito ruim. Um dos piores filmes que vi na minha vida. Perca de tempo total. Belos lugares apenas, fotografia (direção de fotografia) conseguiram registrar belas paisagens e iluminação. Mas não deixa de ser perca de tempo.
Nota: 1,0.
Antes do Fim
3.3 8Antes do Fim - Brasil - 2017 - visto no dia 22.01.21
Primeiramente não gostei muito desse filme. Achei muito difícil de acompanhar, um ritmo muito cansativo, muito fatigoso onde tem cenas no filme que não há um desenvolvimento ou sentido concreto. Tem cenas vazias, sem nexo algum (cenas superficiais), o ritmo do filme ainda não ajuda tornando-o uma experiência torturante em acompanhar essa obra audiovisual. Maçante. A história tem até uma ideia muito interessante mas foi mal adaptado. Aqui cita como o conceito de morte e vida é interpretado pelo personagem de Jean onde ele chega em um consenso de forma racional e consciente:
planejamento de um suicídio realmente consciente.
Ela simboliza a vida, inclusive viverá bem se precisar viver sozinha. Ela o ajuda nas preparações e inclusive no funeral.
Nota: 5,0
Atos dos Homens
3.7 3Atos dos Homens - Brasil - 2005 - visto no dia 20.01.21
Antes de ver esse filme, eu particularmente não tinha conhecimento sobre esse caso. Realmente eu tinha 9 anos e não lembro de ter acompanhado mas vi o filme e refletindo-o, realmente é triste e desesperador esse contexto e essa história que todos estavam envolvidos e para os moradores da Baixada Fluminense. Fico imaginando o impacto na família das vítimas que foram dilaceradas após esse massacre e o impacto também na região e o retrato real do que realmente acontece principalmente no Rio de Janeiro: Muitos lugares vivendo em uma profunda insegurança, violência generalizada, onde quem sofre são realmente as pessoas inocentes que lutam no seu dia a dia para ter uma vida melhor mas são as que mais apanham e não tem o devido valor. RJ vive em uma calamidade em vários aspectos, restante do Brasil não vive longe dessa realidade. Voltando ao documentário, gostei da sua abordagem, aqui cita além do massacre em si, as pessoas envolvidas no caso, como o próprio fotógrafo criminal do local que viu cenas aterrorizantes das consequências do terrorismo. Foi a maior chacina da história do Rio de Janeiro onde os assassinos mataram 29 pessoas a sangue frio. Eles fizeram isso para criar caos mesmo pois estavam insatisfeitos com o comando da corporação da PM do Rio pela rigidez das regras, condutas a serem seguidas. Assim resolvendo fazer o que fez com muita brutalidade, destruição. Atiraram sem critério em pessoas aleatórias apenas para chocar. Difícil história que tem impacto e lembranças ruins até hoje. O filme (documentário) conseguiu transmitir essa essência de desolação e tristeza. Aqui cita também os moradores da Baixada Fluminense que vivem com seus sonhos, desejos de ter uma vida tranquila, satisfatória para si e para a família. Pessoas comuns que desejam dignidade, acordam cedo e pegam o metrô e com uma rotina cansativa e angustiante. Gostei das entrevistas e como elas agregaram mas poderiam ser aprofundado nesse ponto. Outro ponto: achei o filme com muitos focos e objetivos, faltou fazer o mais simples: Focar em uma coisa só. Nisso ficou um pouco vago mas citou também a desigualdade social do local, mostrou os pontos onde ocorreram o ato. O filme seria como 'denunciador' ou que 'expõe' as mazelas da violência no estado. Gostei do ritmo do documentário apesar de essas ressalvas. Um bom ponto de vista, visão documental externa (pessoa que mora fora do RJ). Um retrato real, cru da nossa realidade que só mostra o quão o Brasil é violento e desigual. Aqui mostra um pouco dos assassinos que dá nojo nos seus depoimentos e seus pensamentos genocidas. Enfim um bom documentário como porta de entrada para entendermos um pouco o histórico desse massacre e como a Baixada Fluminense vive no seu dia a dia com a sua população a mercê de tanta violência inclusive policial. Um bom documentário para entender o contexto.
Nota: 7,5
Que Os Olhos Ruins Não Te Enxerguem
4.1 8Que Os Olhos Ruins Não Te Enxerguem - Brasil - 2019 - visto no dia 20.01.21.
FIlme simples mas importantíssimo para retratar uma camada da população brasileira que sofre com violência física, verbal (preconceito) perante a nossa sociedade preconceituosa. Aqui conta a história de várias pessoas por ela mesmas são contadas, onde cada pessoa tem seu tempo de fala na entrevista para da sua história, dos sonhos e desejos. Aqui conta a dificuldade que essas pessoas passaram como: O desprezo das outras pessoas, comentários maldosos, agressões físicas onde a mulher trans do documentário foi espancada e que ficou praticamente por isso mesmo por conta da impunidade que existe nesse país. Aqui mostra o gay que viu olhares maldosos das outras pessoas, com nojo e asco (sinais de preconceito) e além de mais diversidade que o filme tanto foca, dá voz essas pessoas onde já tem a voz anulada em meio a sociedade excludente. Cada história de cada pessoa nós aprendemos algo. A luta, a resistência, o trabalho no dia a dia, esforço em ter uma vida normal e decente, a história com a família que geralmente não aceita a comunidade LGBTQIAP+ e despreza o membro da família. Aqui cita a religião e seus membros que
jorram ódio em cima da comunidade e mostra aqui em um dos últimos depoimentos onde a moça lésbica recebeu uma agressão de um pastor que a agrediu com a biblia na mão.
Nota: 8,0