Visionários da Quebrada - Brasil - 2018 - visto no dia 19.01.21 Gostei de todo contexto do filme. Muito importante abordarmos a quebrada, a favela e seus componentes que geralmente são pessoas que lutam, batalhadoras, comuns como qualquer um de nós que vão atrás dos seus objetivos. Infelizmente há um estereótipo na favela: criminosos, cheio de drogas e vagabundos. Sempre houve esse pensamento preconceituoso há muito tempo, tem até hoje. Enfim, o longa mostra as conquistas que veio das quebradas (favelas paulistas). Mostra um rapaz que trabalha com moda e tem um crescimento na área que ama atuar, e seu esforçado compensado e assim mostra outras pessoas da quebrada que também está tendo sucesso e reconhecimento na sua área em meio as dificuldades. Tem projetos sociais que é bastante característico na área popular, que ajudam os moradores a ter uma vida melhor, um paronama melhor para o futuro, ter maior acesso a educação, saúde, entre outras necessidades básicas. As conquistas são bonitas e importantes de ver. Mas uma coisa me incomodou igual o Altieri é o retrato e a abordagem unica aos negros e a comunidade LGBTQIAP+ que foram os únicos praticamente focados. Não devemos excluir ninguém e há pessoas brancas, asiáticas, amarelas, pardas também na comunidade multiracial e que elas mereciam voz também nesse longa metragem. Eu imagino que eles fizeram isso para dar maior voz às minorias mas a ideia do filme deveria ser quebrada em geral, informando e falando sobre todas as pessoas diferentes que compõem o local. O formato do documentário é legal acompanhar, o entrevistado ficou a vontade nas entrevistas, produção simples mas eficaz em sua proposta em trazer reflexão e mostrar um pouco da funcionalidade da quebrada para o mundo. Fotografia em geral simples, comum mas funcional. Gostei mesmo assim das entrevistas, das histórias, do documentário em geral apesar da falha principal citada multiracial que deveria ter citado melhor. Recomendo, documentário importante para reflexão no seu tema no dia a dia. Nota: 7,0
Operações de Garantia da Lei e da Ordem - 2017 - Brasil - visto no dia 19.01.21 Gostei do filme, esse documentário é importante relembrarmos um dos momentos tensos de manifestações que teve ao redor do Brasil. Eventos que ficaram marcados pela manipulação da mídia, e suas cartas sendo jogadas para manipular a população, fazer manobra de gado. Os movimentos sociais e suas manifestações sempre foram criminalizados pela polícia, e pela mídia e assim essa luta era julgada, massacrada, vista como algo ruim pela mídia e pelo grande público que julga esses manifestantes como vândalos, bandidos e vagabundos graças a manipulação da mídia que geralmente apoia a polícia bruta, assassina, violenta para impor a lei e a ordem no estado. Mas o documentário ele tem a preocupação em apenas mostrar como esses fatos vem ocorrendo, apontar as falhas no sistema, em mostrar as mazelas e o desserviço que as grandes mídias tradicionais vem fazendo com seu jornalismo raso, sensacionalista e medíocre. Globo, Record, Estadão, Folha de São Paulo, Jornal Nacional são manipuladores de informações em prol de suas próprias ideologias e interesses corporativos e estatais. É um problema que não se resolve, o documentário traz mais uma mostra de todo esse problema sem tomar nenhuma dianteira para uma possível correção do problema posteriormente. Não trouxe uma análise, não tomou posicionamento, nada, só mostrou o que a mídia tradicional, alternativa já tinha mostrado antes de forma muito frequente nas telas do computador, celular e TV. Nada de novo, nada de mais. Aqui cita a Mídia Ninja, uma mídia alternativa com narrativas independentes de jornalismo e que ganharam repercussão na manifestação em 2013 por ter transmitido os protestos no Brasil nesse período. Podem ter um olhar diferenciado, um jornalismo alternativo diferente do tradicional, mas também não é uma fonte muito confiável da mesma forma. Atuam também no fotojornalismo. Mas enfim, é um documentário bom para estudarmos e entendermos o que houve nessa época, você como cidadão precisa refletir: golpe que tirou a Dilma, Temer no seu lugar no poder, aumentos das taxas e impostos, população brasileira passando por perrengues, corrupção tomando conta. Aonde vamos parar? Duas coisas me incomodou no documentário: A forma como é rasa abordado certos assuntos, como é superficial, ainda mais sobre cita certos políticos daquele período de quem estava no poder. Tirando isso, dá para ver como primeiro contato para se inteirar com certas partes principais de certos retalhos de notícias da época e certos acontecimentos mas de forma mais básica sem aprofundamento. Vale a pena mesmo assim... Nota: 6,5
No Meio da Rua - Brasil - 2006 - visto no dia 14.01.2021 Gostei do filme mas o achei muito simples, comum e bem mediano. Mas aqui tem belas mensagens simples mas que pode ser colocada no nosso dia a dia para reflexão no que acontece no nosso cotidiano. Aqui conta a história de dois meninos que constroem uma amizade muito forte com o tempo, onde a verdadeira amizade nasce independente da condição financeira da pessoa, ao se conhecerem, e eles tem uma diversidade bem característica:
um menino é rico e outro é pobre, um vive no conforto e em uma bela casa e o outro vive na favela,
no meio das dificuldades constantes do dia a dia. Eles se conhecem, se convivem e se divertem juntos sem levar esse ponto da classe social em consideração, criança tem aquele há inocente, mais puro e sem maldade. Aqui mostra o convívio diário entre eles, as cenas divertidas deles juntos se divertindo, as aventuras que passam juntos. Aqui mostra o quanto há pessoas boas e ruins tanto na favela, ou no bairro rico independente de onde você veio, sua classe social. Ideia simples demais mas é o conceito central da obra. É isso: caráter não se compra e nem se adquire com dinheiro, bens materiais. O elenco em cena é fraco sendo sincero, o fiapo do roteiro é fraco, mas sintetiza um pouco dos universos de ambas as crianças:
Um tem a agenda cheia com várias atividades, aulas para fazer ao longo do dia: aula de inglês, tênis, informática, típica rotina de crianças ricas
onde os pais também sobrecarregam os seus filhos com atividades para eles fazerem e se tornarem intelectualmente mais inteligentes ou diferenciados. Claro que tem casos que são feitos de forma natural e outros que força a criança a determinada situação. Enquanto isso mostra o
menino pobre fazendo malabarismo na rua para conseguir dinheiro para ajudar a família e sobreviver.
Sempre nos deparamos com esse tipo de situação quando andamos pela cidade não é verdade? Alguns vendem bala no farol para ajudar a família etc... Tensão social bem retratada. E para fechar gostei da trilha sonora principalmente no final: a música do João Bosco que se encaixou muito bem no contexto. Aqui a visão do Antônio Carlos é mostrar que há humanidade entre os pobres e ricos, que o menino pobre e favelado (que tem uma visão estereótipada e negativa da sociedade) não é só isso, ele é também gente boa e de caráter, por isso que falo: existe pessoas e pessoas e ninguém é igual a ninguém. Aqui gostei mais da personagem da grande atriz Flavia Alessandra, melhor atriz do elenco. Recomendo o filme, tem mensagens reflexivas e interessantes, mas tudo bem simples, podendo ser um pouco bobo e é infantil, mas compensa pela experiência e os momentos que ambas as crianças nos entregam aqui no filme. Nota: 5,5
Vic+Flo Viram um urso - Canadá - 2013 - visto no dia 12.01.21 Gostei do filme, pois é um pouco diferente do que estamos acostumados, além de ser de um diretor canadense na qual vi vários filmes e acho esse diretor mediano com obras bem contemplativas e algumas dificeis de assistir e outras vazias. Aqui mostra o valor da liberdade para
, nesse clima inóspito e passam por certos obstáculos, nos trazem várias reflexões além da liberdade: A necessidade de seguir em frente, medo de que algo ocorra, companheirismo, atritos etc. Oficial da condicional é o personagem mais carismático, que realmente demonstra sentimentos no longa, é ótima adição para mostrar e evidenciar a realidade dessas duas mulheres onde estão com liberdade condicional primeiramente. A fotografia é um dos pontos altos do filme onde retrata bem a frieza, melancolia da obra, a
história das duas mulheres fora da prisão, da sua liberdade condicional.
O medo bem retrato também das personagens. Gostei do trabalho das atrizes. Sabe que você tem aquela sensação que faltou construir mais na obra certos tópicos que ficaram sem respostas? Então foi o que senti aqui, além de certas partes que nada agregaram, além de arrastadas. Mas compensa ver o filme. Recomendo pelo todo contexto explorado. Nota: 6,5
O Cineasta da Selva - 1997 - Brasil - visto no dia 22.10.20 Filme essencial para entendermos e estudarmos o desenvolvimento do cinema nacional, afinal Silvino dos Santos foi um pioneiro do cinema nacional principalmente em retratar a amazonia. Primeiro documentarista ao retratar a amazonia. Quando vi esse filme na mostra do Ecofalante achei sensacional pois nunca ouvido falar antes desse diretor e sua história. Gostei muito do filme com participação de Denise Fraga e a ótima narração de José de Abreu que conduziu bem a narrativa e além de ser um ótimo ator. É uma pena mesmo que muito das suas obras se perderam ao longo do tempo, pois o material de rolo de filme é muito sensível, naquela época era muito comum os insetos comerem os componentes do filme, assim a obra se perdia. Aqui a melhor do longa é quando mostra as filmagens do Silvino que tem uma grande importância histórica sobre a amazonia, os indígenas e toda a sua composição do local. Registros incríveis, importantes para entendermos todo o contexto da amazonia naquela época. Silvino, um português fascinado pela Amazonia, pelo Brasil, veio criança para cá para conhecer esse lugar incrível e histórico, pois imaginava a amazonia através da ótica européia e aqui no Brasil tem essa experiência que imagino deve ter sido gratificante e marcante. No próprio filme cita que ele foi lembrado, teve uma premiação e reconhecimento, mas o mais importante reconhecimento infelizmente do grande público foi muito pouco, ele infelizmente é um diretor muito desconhecido por grande parte da população, uma pena. As partes de encenação trouxe um pouco do imaginário, do pensamento do Silvino e além de mostrá-lo e evidenciar seus pensamentos sobre o trabalho de cineasta e no registro da amazonia que imagino que tenha sido um prazer do começo ao fim. Bela homenagem do filme, narrativa interessante e importante. Poderia ter explorado mais da vida pessoal do Silvino que vi que era uma pessoa reservada, também mostrar mais das suas obras pioneiras das que sobraram. Filme fundamental para entedermos dois contextos importantes> um pioneiro do cinema nacional, além de documentarista da amazonia. Nota: 8,0
Para o meu filme assistido Nº 500 - 502º Comentário de filmes aqui no Filmow: Jari - 1979 - Brasil - visto no dia 22.09.20
Documentário fundamental para entendermos uma parte triste, mas real até os dias de hoje sobre a Amazonia. Por que há tanta devastação na amazonia? Aqui está uma das respostas pois aqui cita, conta a história, o articulamento sobre o projeto Jari, onde um monte de empresas com diversos interesses econômicos para sugar a amazonia em seus prol interesse corporativo, desenvolveram esse projeto para ocupar as terras e fazer de tudo para obter lucro: Desmatamento para pecuária, comércio de madeira e as consequências que isso traz na região, na biodiversidade. Não só na natureza em si mas também há vários casos de escravidão sendo efetuada na região, onde isso não é nenhuma novidade pois acontece até os dias de hoje. Esse projeto pertence ao milionário norte americano Daniel Ludwig.E aqui mostra o acordo secreto com o Estado que é omisso, conivente e ainda apoia a situação para se lucrar em cima. Como já foi dito, nos vendem há muito tempo, é quem realmente sofre é o povo Brasileiro, onde uma riqueza natural sem precedentes, vai se perdendo e acabando cada vez mais rápido. Decepcionante. Jorge Bodansky é um grande diretor que já fez outras obras relacionado a amazonia, documentos importantes para entendermos a realidade e o contexto na qual a região se encontra, além dos personagens que compõem todo esqueleto da Amazônia. Excelente película que todo brasileiro deveria ver para entender o que aconteceu no Brasil, esse um dos maiores escândalos no período do regime militar. Isso nos trazendo uma reflexão de como isso aconteceu na época, como isso continua repetindo nos dias atuais. Só penso que deveria ser maior, usar mais tempo para explorar melhor certas partes, pois achei o filme curto, enquadrando como curta metragem, mas no geral muito bom e importante documentário. Nota: 9,0
Os Estados Nórdicos - Canadá - 2005 - visto no dia 08.01.2021 Dá para ver que o filme desse diretor "Denis Cotè" é um filme morno, lento, contemplativo. Não que seja esse ponto ruim, mas o ruim dele, que praticamente nada ou muita coisa não é bem aproveitada, poucas coisas são desenvolvidas, não são bem aproveitadas, desenvolve pouco, então é algo raso. Assim, poderia render muito mais, não rende. Aqui conta o básico de história de um
rapaz que tem antecedentes criminais e perde a mãe, então passa por momentos delicados na vida, tenta superar isso indo para outro lugar,
em uma nova região e tentar se reestruturar mentalmente falando. Aqui mostra o seu contato com as pessoas da região, conhece os pontos mais conhecidos do lugar isolado e remoto, tem uma vida nova e se reestrutura aos poucos. Mostra cenas simples de ele
cuidando da mãe, da sua despedida referente a ela, da sua vida.
Tem cenas reflexivas, simples, bem feitas. Gostei de algumas cenas (maioria) narrando a sua história, sua trajetória. Mostra um pouco a sua personalidade quieta, retraída, e ao mesmo tempo que gosta de diversão, música etc. A interação com a
é retratada de forma meio rasa mas tem cenas que rendem momentos interessantes. O filme é bem visual, nem quase tem diálogo, ele desfila pelas belas paisagens, lugares canadenses do interior pacato, quieto. Lugares bonito sem dúvidas. Esperava mais profundidade da trama em certos pontos, esperava mais do seu histórico tenebroso, que marcou a sua vida mas isso é pouco citado em relação ao
é pouquissimo citado, sendo algo raso, a trama em si é rasa, bem básica sobre a complexidade desse personagem. Ele é muito misterioso, então tem uma mina de informações que no filme foram mal aproveitados vários tópicos. Bom ator protagonista sem dúvidas. O final é reflexo da vida real: A vida continua, ela deve ser vivida, a vida é assim mesmo: monótona, repetitiva, lenta, gradualmente acontece coisas difíceis, outras mais agradáveis e assim vai. Aqui retratou o cotidiano simples de uma pessoa comum no Canadá, que claro tem as suas particularidades porém no fundo é a mesma rotina, coisa citada em outros lugares, que acontece com inúmeras pessoas. Não quer dizer que não é interessante mas o retrato do diretor que pode se sobressair e aqui consegue pois é um filme íntimo, pessoal, reflexivo apesar dos altos e baixos. Vale a pena mesmo assim. Nota: 6,0
Curling - Canadá - 2010 - visto no dia 07.01.2021 Não gostei quase do filme. Não pela sua lentidão, nem nada do gênero, mas pela sua história que não chega a lugar algum. Filme anda, anda e não conta nada, não fala nada e é quase vazio completo, sem sentido. Não vejo sentido ficar contemplando cenas que não agregam nada durante minutos no filme. Cenas sem conexão entre si, só para ficar admirando? Ah me poupe. Se trouxesse reflexão pelo menos. Aqui tem várias cenas descartáveis que desagregou na trama. Tem uma cena ou outra que se salva: Fala da
mãe da menina que fala da real personalidade do pai da menina e nada mais.
Ela seria a personagem que daria um fôlego de vida nesse filme morto, morno, apático. Amei os cenários, a cidade do interior do Canadá dominada pela neve branquinha e fantástica (quem dera se tivesse em SP), e a referência aos jogos de inverno que também tem um ponto aqui importante: Curling, o jogo, que é o título do longa, agregou o que na história? Nada. Mostrou a população jogando Curling para quê? Para nada. Só perca de tempo. Isso que resume esse filme tbm: cheio de cenas inúteis. O elenco é fraquíssimo, a suposta história que praticamente não existe não caminha, mas pode trazer outra análise tbm: O diretor quis retratar o filme como se fosse o nosso dia a dia, nosso cotidiano normal de muitas pessoas. Uma vida sem novidade, vivendo um dia de cada vez na rotina. Entendo esse ponto mas mesmo assim esperava mais: nos saímos do filme sem saber quase nada dos personagens, nem do seus históricos problemáticos que seriam importantes saber. E tbm tem outra coisa que achei mal feita: O
cara encontra um corpo, põe no carro, o esconde em outro lugar e fica por isso mesmo?
Ah patético. Agregou nada. Filme fraco, tem que paciência para ver e para não cair no sono. Tem filmes muito melhores que abordam esse tipo de conteúdo com muita propriedade. Amo filmes contemplativos, lentos mas não desse jeito: começa com nada, termina com nada. Nem o cotidiano mostrou direito só salvando algumas cenas ou outra. As cenas da festa do boliche foram interessantes, como o relacionamento inexistente entre pai e filha, os cenários, fotografia, a pequena participação da mãe da garota que foi uma das melhores partes do filme. Só. O resto é descartável. Rendeu muito pouco obviamente. Nota: 3,0
Os Muckers- 1978 - Brasil - visto no dia 31.12.2020 Antes do filme, nunca tinha ouvido falar dessa seita cristã do séc XIX, denominada "Os Muckers" de imigrantes alemães. Foi uma boa experiência cinematográfica, uma boa produção, mas pesquisando por fontes externas, o filme realmente aborda a 'superficialidade' dessa comunidade cristã que provavelmente tem muito pano na manga para explorar. Começo a falar da produção, pois parece tudo muito simples, artesanal, a preocupação com a naturalidade dos acontecimentos e dos seus desdobramentos, nos detalhes me encantou também: A preocupação em escolher os atores que são descendentes dos Muckers e que participaram do longa, de grandes atores veteranos consagrados como (Paulo César Pereio) que inclusive fez o grande clássico "Iracema, a transamazônica", ainda no pronunciamento do alemão da época que pareceu bem natural em meio ao ambiente aonde viviam. Como falei, a história é simples, básica, focando em alguns pontos da interpretação da realidade: o filme tem o clima de documentário (que adorei inclusive) porém é ficcional, pois, como falei, é baseado em fatos reais. Aqui foca em tipo de uma sacerdote, pastora, emerdita desse grupo, aí mostra o funcionamento, os hábitos religiosos desse grupo: de como vivem, um pouco da sua fé, dos seus pensamentos, dos fiéis e claro o que ganha espaço, presença é o discurso da líder religiosa, onde os discursos são bem escritos, bem pronunciados que catalisa, chama a atenção, além das suas supostas "visões", (incrível como em toda religião tem sempre alguém que viu Deus, viu espíritos etc) que tipo previa o futuro, antecedia cada acontecimento de impacto na obra, na sua história. Claro que por capricho de roteiro, por respeito a fé dessa comunidade, o diretor e sua equipe colocaram, adaptaram como se a maioria das suas previsões realmente aconteceram, casando com os acontecimentos seguintes da história, como se ela contasse o futuro. Em minha sincera humilde opinião como agnóstico: penso que foi mais uma charlatão, mas como meu foco é falar da obra, não em fé alheia, ela é uma grande personagem firme, com personalidade, carisma, popularidade, sabia falar com as pessoas e hipnotizá-las e conquistá-las igual: só
ver como os seus fiéis a seguiam cegamente, a defendiam, inclusive, convence incrivelmente, principalmente uma senhora de que ela é a Jesus Cristo encarnada.
Essa parte eu ri da ousadia da mulher rsrsrsrs... Enfim, além de mostrar a construção da comunidade mesmo de forma superficial, mas foi ponto positivo para termos como base para entender, fala de um outro ponto principal que mostra em toda obra: o
E mostrou os graves, mortais desdobramentos disso, que foi impactante na época. Fala do pensamento de repulsiva raiva que as autoridades e grande parte da população tinha perante a essa seita, principalmente contra a líder que era difamada em público. Inclusive o filme retrata detalhes da atitude dessa mulher, vou ver mais detalhes por fora mas fica a pergunta: por que ela
com vários homens ao longo da vida? Para atrair a confiança deles para servir a igreja? Manipulação, chantagem, comprar alguém? Esquisito, mas reflexivo ao mesmo tempo sem dúvidas. Além do foco do confronto, o final também pode surpreender com o desfecho desolador, podendo ser algo como esperado. Penso que o foco na arrogância da seita foi muito bem abordado, como também nos seus desejos de se desligarem do mundo e viverem entre si, sem tecnologia, na simplicidade do campo, me lembrando de outra linha religiosa radical como os "amish" que viviam dessa forma isolada. Traz bastante reflexão. Edição, pós produção para época teve suas limitações, dificuldades sentidas, sendo o filme, imagino feito na base da raça, enfrentando os obstáculos, igual tem filmagens e cenas mal feitas, mas que prejudicam um pouco só o resultado final, muitos personagens que vai e vem sem sabermos direito que são, mal construídos, sem foco direito. Mas é sem dúvidas, um bom exemplar nacional de 1978 que merecia muito mais reconhecimento do povo brasileiro, que com certeza, pouquíssimas pessoas conhecem. Nota: 7,5
Aqui narra o contexto de uma cidade afastada, monótona, parada e que tem poucos habitantes, tem um clima mórbido, além de citar, desenvolver os adolescentes que são os protagonistas da história. Aqui a obra disseca, detalha a trajetória de vida de cada um, igual:
um rapaz deprimido que foi abandonado pelos pais, não ver razão da sua existência, se mata (aqui tem duas versões do acontecimento - uma deve ter sido que o rapaz planejou consigo mesmo, outra que realmente ocorreu), para mim a que realmente ocorreu foi a do suicídio com arma de fogo.
Enfim, o filme trabalha muito bem com psicológico, real, misturando a alucinação, mente que está doente com a realidade. O interessante é que mostrou como isso interferiu na escola e para os colegas de classe do garoto, além da sua namorada íntima que:
minha vontade é entrar armado aqui dentro e matar todo mundo em frente da freira.
(Penso que a rigidez de uma escola religiosa, tradicional, conservadora, deve também mexer mentalmente com os estudantes e além da cidade que nada tem para oferecer). Fala também do histórico, da rotina dele que é praticamente idêntica a do rapaz suicida. Você ver que as coisas da cidade, rotina é a mesmice para todo mundo, os mesmos lugares, mesma escola tudo frequentado por todos, todos os estudantes seguem uma rotina monótona e sem novidades. Há questionamento, análises sobre a vida da cidade como o título sugere: são dias vazios na cidade, como na vida dessas pessoas que sentem um vazio existencial por dentro, consumido pela tristeza, ódio, falta de lazer e de novidades. Cenas perto do final e o fim em si, sintetizaram bem a brutalidade do longa. Ponto negativo do filme penso que ele é cansativo no sentido de que tem partes bem lentas, arrastadas mesmo, algumas sem necessidade disso. Desenvolve e mostra cenas bem devagar, é contemplativa, o elenco para mim é fraco em suma maioria, tem uma pequena coisa e outra sem resposta. Mas o filme tem assuntos bem atuais, fundamentais para estudo, análise e reflexão. Um grande filme nacional envolvendo problemas delicados na adolescência. Nota: 8,0
Uma Carta para Ferdinand - Brasil - 2019 - visto no dia 29.12.2020 Sempre tive vontade, tenho de conhecer Santa Catarina, principalmente Florianópolis. Mas tbm tenho o desejo de visitar um dia a cidade clássica, histórica de Joinville. Esse longa "ativou" esse meu lado turístico de conhecer a região e toda a sua cultura. Eu particularmente gostei de algumas coisas no filme, outras já achei fraco, com vários furos de roteiro. Mas falando dos pontos positivos: Gostei do foco em partes turísticas e dos estabelecimentos de Joinville: as partes da natureza retratada que atrai muitos turistas, dos estabelecimentos em geral, da composição da cidade, então a fotografia é belíssima, bem construída. Gostei dos personagens (apesar de serem vazios, mal adaptados) pelos seus carismas, caráter, personalidade e atuação principalmente de (Frederico), do engraçado e espontâneo (Tonico), além dos coadjuvantes que contribuíram para o longa, além das participações esporádicas. O personagem (Tonico) que é carismático, engraçado nos trouxe cenas únicas, que foi uma boa sacada do filme:
moderna tecnologia de dar descarga, de usar a torneira e sabão no banheiro, além de outros pontos igual na admiração da cidade globalizada, das vestimentas das pessoas.
Igual os seus deslumbramentos e suas comparações com as coisas do seu tempo, foram um dos melhores pontos do filme, em comparar como uma sociedade pode mudar tanto ao longo do tempo. É o conceito do protagonista lembrar do passado, um pouco do histórico da região, relembrando memórias enterradas há muito tempo. Essas partes foram bem pensadas, trazidas no longa, que gostei bastante. Gostei quando mostrou centros culturais de Joinville. A iniciativa de promover o cinema catarinense é muito importante e interessante, pois, o local tem muitos profissionais e além de muita história para contar. Agora focando nos pontos negativos: apesar de certos locais retratados, eu penso que o filme é algo muito institucional, com intuito principalmente de promover o turismo local. A parte da
para mim não agregou nada pelos motivos: Em nenhum momento o tema música foi abordado em tela, a cena foi tão jogada na tela que pareceu deslocada do restante do filme. Não digo que a batalha foi ruim, não, foi legal, divertido e teve algumas músicas interessantes e rimas bem feitas, mas falo que para a narrativa ela não contribuiu em nada, pareceu sem sentido. Não teve motivo para ela existir ali. Se é para mostrar a nova linguagem dos jovens, da modernidade, falhou muito. É isso: O filme fica capengando entre o ruim e os acertos, o funcional ou não, então significando que ele nem narrativa tem direito, é frágil, no fim fiquei com a sensação de muito pouco. Talvez veria novamente em um futuro, pois a parte técnica, de produção, belas paisagens e entre outros motivos citados salvam o filme de um desastre total. Regular para baixo vai, consegui me identificar em algumas partes. Nota: 5,0
Canções em Pequim - Brasil - 2017 - visto no dia 29.12.2020 Falar do impacto da música no nosso dia a dia é muito bom, é isso que esse simples, mas belíssimo longa nos mostrou: O foco em inúmeras entrevistas de chineses em específico, que falam o que a música significa em suas vidas, além da história de vida de cada pessoa. Cada história é mais única que a outra, é difícil não nos identificarmos com essas pessoas simples que são quem nem eu e você. Como a música modificou, agregou em suas vidas. Eles cantam também com muita expressividade e sentimento. Tem histórias algumas mais impactantes que as outras de pessoas de várias faixa etária e de personalidade, gostos, culturas diferentes. Gostei da naturalidade de como falam, se pronunciam, mesmo o filme tendo um formato de entrevista tradicional, ele é bem conduzido e nos indaga reflexões sobre as nossas próprias vidas e na nossa história, na jornada até aqui. Não tem muito o que falar, só ver, sentir, refletir sobre cada diálogo, cada música, cada história. Filme simples mas foi uma boa experiência sem dúvidas.
Canção do filme (uma das canções de destaque): As verdes pradarias As estrelas brilhando O rosto materno em meu sonho Suas rugas preocupadas Com meu caminho até o céu Desejando-me bênçãos Ela olha para o horizonte
Na planície hulunbuir Nuvens e flores brancas flutuam Flutuam no meu coração Meu coração ama e tem saudades. Nota: 8,0
Meu nome é Daniel - Brasil - 2018 - visto no dia 29.12.2020 Um filme de superação, luta diária. Isso que concluo, sintetizo desse longa. Um rapaz com uma condição rara, que enfrentou, enfrenta os obstáculos diários, até hoje não sabe o que tem, que o provoca a ter uma condição física dessa maneira, nenhum médico descobre que tipo de deficiência ou anomalia ou doença que ele tem. Um caso raro da medicina. Achei isso: como é possível, a medicina moderna não descobre o que essa rapaz tem? Enfim, gostei do documentário íntimo, sincero dele, da sua simplicidade, do seu histórico de vida, relação com os pais, garra e raça que teve desde de pequeno, deixa claro seus pensamentos sobre a sociedade como o enxerga, tira ideias precipitadas, ignorantes sobre a sua pessoa, além das dificuldades em geral. Ele nunca abaixou a cabeça e sempre enfrentou a vida. Não mostra, não há uma única ele vez reclamando da vida (como geralmente fazemos). Realmente é um símbolo de resistência. Gostei quando ele responde em um momento quando uma mulher (quando ele criança) diz sobre ele: -
" falsos. Enfim, fala dos seus gostos pessoais, da história da infância como de qualquer outra criança: brincadeiras, colegas, depois do relacionamento etc. Aqui ele cita como
certas mulheres são "maldosas", preconceituosas e sem educação
. Mas o foco aqui sempre foi na sua condição, superação, além da superação, Vitória ao produzir, lançar esse filme e trazendo representatividade. Ele citando as suas conquistas é realmente emocionante:
etc. A produção é básica, simples, a maioria das filmagens da película são de fitas caseiras do registro da sua família (trazendo muito mais naturalidade, autenticidade no longa). Uma realidade bem retratada, ponto positivo. Poderia ter falado mais coisa? Poderia, mas aí eu seria chato demais, achar pêlo no ovo. Só esperava falar mais da sua "condição ", assim mais detalhes das informações que se sabe até o momento. Grande filme nacional, merece o reconhecimento, trazendo grande análise, reflexão sobre um tema importante, atual: Eu espero que os deficientes em geral recebam mais respeito, acessibilidade, melhores condições de vida. Grande documentário sem dúvidas. Nota: 9,0
Vamos nos Divorciar - Rússia - 2019 - visto no dia 27.12.2020 Um filme de crise de um casal chato, com pitada de humor que na verdade é sem humor nenhum, pois é totalmente sem graça, personagens sem carisma, insuportáveis e apagados. Tem uma cena ou outra que consegue ser legalzinha mas no geral o filme é desinteressante, fraquíssimo. Pretendo parar de ver filmes desse tipo, que no geral são horríveis, ainda mais com "comédia". Se isso é comédia hj em dia, é melhor enterrar de vez esse gênero que atualmente está um fiasco no mundo todo. Trama é um vai e vem desinteressante de casais, que mal aparece uma mulher, outra. Homens dos filmes são tão babacas, mongos que existindo ou não, nada faz diferença. A cena de um
cara com aquele 'galho' tentando trazer um pouco do 'sobrenatural'
para o longa, o motivo de ele estar fazendo isso, é patético. Sem sentido algum. A mulher tentando fazer "feitiço" para "amarrar o marido": é muito legal trazer esse tipo de referência no longa, falar das crenças, superstição, mas aqui é jogado, mostrado tbm de forma tão patética que perde todo o seu significado, sentido, contexto. Fiasco total o filme. E o policial que participa. É muita vergonha alheia, puro ser patético tbm, tem um vizinho da família, que é o ser mais patético de todos os tempos: ele só
aparece para pedir silêncio para o filho dele dormir
. Só para isso, mais nada. Sua existência no longa resume -se a uma coisa tão insignificante, patética. Sim, o filme consegue fazer isso. Que ridículo, surreal. Decepcionante. Como falei: Gostei da fotografia, dos cenários russos, de uma cena ou outra só. No geral, uma perca de tempo, pois a estrutura principal não funciona: roteiro, personagem, sentido da história que não há nenhum, nem uma construção decente referente ao divórcio, briga de casal tem, não há nenhum drama referente a isso. Nota: 1,0
Um Casamento - Brasil - 2017 - visto no dia 27.12.2020 Vou ser sincero: primeiro pensei que o filme seria uma coisa mas na verdade é algo bem diferente. Penso que foi um filme nada demais, pois contar a história de uma pessoa que casou e teve um relacionamento difícil (que é uma coisa bem comum) da forma que contou foi brochante. Pensei que seria uma análise sobre o tema "casamento", seu histórico, seus costumes, influência no Brasil e na sociedade da época. Seria muito mais interessante que esse filme. Não desmereço totalmente o longa: Contar um casamento dos anos 50, machismo da época, costume social das aparências do casamento naquele tempo, pois casamento era tratado e é ainda como dever social, contar a história de vida de uma pessoa e do seu ex-marido, teve seus momentos bons. Mostra como um homem pode
sequelas que fica na mulher. O que me incomoda no filme é a forma como foi contado, para mim foi desinteressante essa entrevista ( A mãe e filha não sabendo conduzir direito uma entrevista), sessão de fotos extremamente longa e que agregou nada, tentou citar
e foi um fiasco, além da superficialidade que tratou o tema casamento, relacionamento: foi raso demais, muito básico e comum (para mim não foi bom o suficiente para falar desse casamento - olha que esse casório não tinha muito tempo de união para render muitas histórias). Legal também são os registros da época da família com vídeos, fotos, que inclusive é interessante quando mostra a juventude da protagonista idosa. Gostei da fotografia, dos registros que disse mas a temática do casamento foi um fiasco, fraco. Só uma pequena e análise em alguns momentos, o que é muito pouco. Nota: 4,5
A Parte do Mundo que me Pertence - Brasil - 2018 - visto no dia 27.12.2020 Caracas. Que filme diferente mas ao mesmo tempo tão comum, tão cotidiano, real. Aqui vemos uma grande simplicidade, um grande cuidado em retratar o cotidiano dessas pessoas. Aqui retrata o "mundo" dessas pessoas de inúmeras faixa etária, personalidade, idades, cultura diferente, cada um com a sua vida, característica peculiar:
tem o lutador de artes marciais, tem a senhora que trabalha na rotina administrativa, tem a moça com síndrome de down que sonha em ser bailarina, tem um senhor da terceira idade que a dança faz parte da sua vida
(uma dança clássica, típica da cultura brasileira), tem a
violinista que toca trechos maravilhosos da música clássica, tem uma mulher que fiquei impressionado pelo seu amor ao cantor Fábio Júnior
. Enfim, é o dia a dia de várias pessoas que compõe o nosso Brasil como eu e você, que tem sonhos, lutas diárias, tem uma vida profissional, pessoal e que fazem coisas que lhe dão prazer. Vi que a
foram os componentes principais, maioria citados entre os personagens reais. Para alguns pode se tornar meio monótono, pelo seu ritmo pois o diretor, ele se preocupa em registrar de forma fiel a realidade do dia a dia dessas pessoas, então são coisas corriqueiras, comuns que compõem a vida de várias pessoas. Então tem cenas paradas, lentas de pura contemplação, de outras que há as pessoas em ação, em constante atividade (na onde a vida nunca é intensa o tempo inteiro), na maioria das vezes, há um equilíbrio entre a atividade constante e a quietude. É isso: o retrato do povo brasileiro, é diferente mas gostei de como o diretor se preocupou com cada detalhe nas filmagens, nos sons, imagens, na sequência das cenas e nas montagens. Um documentário dá naturalidade do "ser brasileiro". Recomendo para quem gosta de algo diferente, ter uma experiência única e bem vinda. Mas vou ser sincero: tem algumas partes meio repetitivas mesmo mas normal. A ideia do filme e seu significado total compensa muito. Nota: 7,5
Francês - Rússia - 2019 - visto no dia 25.12.2020 Que filme diferente mas ao mesmo, tem muitas partes chatas. O pior: no fim, o filme caminha praticamente para lugar algum. Monótono, ritmo quebrado, extremamente lento, cenas que não agregam nada (algumas são assim), um sonífero. Tudo bem ser lento mas que tenha objetividade, sentido, aqui tem partes que não tem. Não me adaptei muito no filme. Só sei que foi difícil termina-lo pois para mim se tornou entediante, chato. O tema, a época que se passa, o seu contexto é bem interessante. Tipo um intercambista francês que vai até a
Rússia comunista (União Soviética) através do seu progenitor (seu pai), busca informações dele, pois o protagonista nunca soube quem era seu pai, e assim mostra a árdua tarefa, trajetória para buscar o seu
paradeiro. Aqui mostra tipo a sua linhagem familiar, familiares distantes, aqui rende diálogos interessantes, inclusive isso é o ponto alto do filme. Tem diálogos bem escritos. Uma pena que a sua forma de se apresentar se tornou entediante. Diálogo dele com o pai foram um dos melhores do filme: reflexivo, lento, profundo. A trajetória do rapaz tem partes que agregam outras não: tem cenas que agregaram nada, igual alguns personagens (igual as cenas iniciais, em algumas na tal República francesa). Também a maioria dos personagens serviram para ilustrar, figurar na tela, um ou outro tiveram desenvolvimento incluindo o protagonista. O contexto histórico da época, toda a estética preto e branco, lugares de décadas atrás, são tbm o que me atraiu para continuar vendo o longa, terminar. O elenco, principalmente o protagonista trabalhou bem, gostei da produção tbm. É uma pena que o roteiro seja fraco, seu andamento seja chatissimo, tem partes que não leva a lugar algum e outras são rasas. São poucas que tem profundidade, o filme que aborda o ambiente que é da época, que aí é muito importante para ressaltar o período, nesse pequeno detalhe, deu certo em retratar o passado. Fotografia que se ilustra, que gostei, apesar de não entender nada de fotografia e sua parte técnica. Sei muito pouco. Outro ponto ressaltar do filme: ele tentou abordar um romance, ou iniciar um romance, que para mim foi um fracasso, não deu certo. Gostaria de falar tbm do contexto do comunista: A maioria todos ricos, intelectuais, vivem viajando, ostentando vida de capitalista. Um detalhe a ressaltar. Pelas partes que gostei, valeu a pena sim. Nota: 5,5
O Texto - Rússia - 2019 - visto no dia 24.12.2020 Um filme único que pode trazer várias reflexões sobre a nossa vida, e o uso da tecnologia, internet, das redes sociais no dia a dia, como isso pode ser usados como armas contra a própria pessoa. Gostei da temática do longa russo, porém eu o achei desnecessariamente longo, arrastado e cansativo. Faltou desenvolver melhor certos momentos, faltou objetividade. O começo do longa é interessante, também as próximas cenas de grande impacto para o protagonista que aqui lhe acontece inúmeras coisas indesejadas igual:
Ser preso injustamente por um policial imaturo corrupto que buscava um bode expiatório para ter a "missão cumprida" de qualquer forma sem ética profissional.
E gostei muito da construção dele, da sua personalidade, da sua vida arruinada, das consequências disso em
, no seu futuro (fico imaginando a quantidade de pessoas inocentes presas que existem por ai). E após esse golpe do destino, mostra a sua busca por vingança e aí trazerá consequências mais graves e letais na sua vida graças a sua impulsividade: A parte
onde ele "espanca" o sujeito responsável por destruir a sua vida, foi muito bem filmada, com gore e sangue, mas aqui mostra como as suas atitudes estão fora de controle, se tornando alguém destrutivo e violento, que é o inverso do que ele foi anos atrás na sua vida normal de adolescente no ensino médio.
Um ponto que não vi muito sentido, mas que traz "n" possibilidades de conclusão que podemos tirar:
Enfim, cheguei essa conclusão, em uma outra de como as redes sociais, a internet tem expostas a vida pessoal de inúmeras pessoas, que consequentemente postam a sua vida pessoal para o público sem pensar nas consequências. Por isso que é fácil encontrar informações valiosas de pessoas de qualquer lugar do mundo, igual o que fez esse rapaz no filme: ele
mãe, pai, namorada do cara do morto foram bem construídos em conteúdo e nos momentos que foram abordados.
Se o filme não fosse tão arrastado, o filme teria nos proporcionado experiência melhor. Algumas cenas sentia raiva do protagonista pela sua falta de objetividade, planos e pelas "brechas" que ele dava para os elementos perigosos. Através do personagem do policial, você ver como o suposto policial era um indivíduo
barra pesada que como são a maioria dos policiais na realidade: envolvido com o tráfico em geral, corrupção como falei, que manipula o seu trabalho para seu próprio benefício.
O filme demorou tanto para mostrar um fim já esperado e que demorou para acontecer. O filme é lento mesmo, contemplativo, partes arrastadas sem sentido para tal. Mas o filme traz reflexões sobre o mundo moderno, tecnológico que dificilmente tem privacidade, de como uma
Cita aqui até traços de depressão e do desespero sem dúvidas. Gostei do tema (mesmo simples comum é importante para estudo, análise), do elenco, fotografia, cenários, umas ideias inteligentes sobre a vida virtual, problemas familiares e corrupção policial. Só as partes cansativas, desnecessariamente longo de duração que é esse filme. Veja com paciência, pois mesmo assim vale a pena. Nota: 7,0
O Homem que Surpreendeu a Todos - Rússia - 2018 - visto no dia 24.12.2020 Ótimo filme. Eu amo filmes desse gênero que mostra, sobressai o que realmente acontece nos lugares isolados, do interior, da área rural sobre o preconceito, homofobia. A maioria é tudo preconceituoso, ainda mais falando de Rússia. Enfim, o filme tem um símbolo, uma filosofia muito forte e não é atoa que o complexo personagem se adentra nessa lenda como uma saída para o seu problema. Primeiro: O cara
Mas o protagonista submisso, resistente referente a situação, se submete, reage de forma magistral a tudo e a todos. Ele passa por cada situação, uma pior que a outra: É
dança, se sente livre e fica alheio a toda aquela situação
, com uma bela trilha sonora foi momentos únicos de reflexão e contemplação. Os olhares raivosos dos seus amigos reagindo a tudo isso, cada detalhe do filme é bem pensado, executado. O fim é o resultado único de tudo isso:
Primeiro ignora, xinga o marido, depois analisa a situação, cuida dele, pois mostra (ficou subentendido) que ela entendeu, talvez o marido, o ajuda na trajetória.
Parece que o amor que ela tem por ele é muito maior que um preconceito imbecil que não gera, não leva ninguém a nada. O filme é lento, mas é muito bom de acompanhar, pode ter uma cena ou outra que não precisava se alongar tanto, mas a trajetória do personagem do começo ao fim é muito interessante de acompanhar, sentimos apreensão perante a sua situação. Um grande filme russo que mostra a realidade de forma simples, com muita reflexão. Entrou no hall de filmes favoritos que tenho desse país. Nota: 9,5
O Coração do Mundo - Rússia - 2018 - visto no dia 24.12. 2020 Bom filme russo. Gostei da sua abordagem, da sua construção. É um filme reflexivo, analisa, mostra a interação entre os humanos e os animais, como os humanos manipulam o ambiente ao seu redor. E tbm o filme retrata a vida do campo, a vida de pessoas simples que dependem da agricultura, pecuária, entre outras ferramentas que o fazendeiro faz para viver. E mostra o atrito entre essas pessoas da mesma família. E inclusive mostra a rotina, mesmice da vida pacata do protagonista, aí desenvolve a sua personalidade, até a instabilidade emocional, social, a sua decadência que ele emerge ao longo do tempo. Uma das partes mais envolventes, interessantes é quando
chega uma organização de defesa dos animais silvestres na fazenda e começam a investigar o local de diversas formas com invasões, drones de espionagem, argumentações e tentativas de entrevistas e coletar depoimentos
etc. Aí o filme detalha como isso afeta a sua personalidade e toma atitudes drásticas: essa cena foi impactante- ele
ele cuida dos animais, ajuda-os na jornada da vida deles, trabalho como veterinário e dos cuidados que a Fazenda exige.
Gostei dessas partes. É um filme lento, que desenvolve bem alguns de seus personagens (principalmente o protagonista), coadjuvantes tbm agregam para o ambiente e desenvolvimento da história. Belíssima fotografia, belíssimos cenários- únicos e cativantes. A região, local bucólico é bem peculiar e além dos animais que o compõem. Então traz uma reflexão: O quanto os humanos convivem com os animais, o quão é o relacionamento entre as pessoas, além de ser um dos arcos principais, o conflito entre ONG's, militância de direitos dos animais com os fazendeiros, ou empresas que lucram com a vida animal. Filme com temática, conteúdo interessante e bem construído. Teve algumas coisas que não responderam, mas não diminui o bom filme que é. Nota: 7,5
Leite e Ferro - Brasil - 2009 - visto no dia 22.12.2020 Um filme simples mas impactante, reflexivo. Fala de uma realidade delicada, triste, dura de que poucas pessoas dão atenção onde em um país (muitas pessoas pensam que bandido bom é bandido morto) pensam dessa forma generalizada incluindo todos os criminosos no mesmo barco. Generalização nunca é bom, é uma visão rasa e superficial. Então esse filme dá um choque de realidade tão comum no Brasil que parece se preocupar em fazer mais presídios do que escolas, empregos, que como disse, nós acabamos ignorando. O longa conta o dia a dia de
É imagine a complexidade. Aqui conta a rotina dessas mulheres. O filme não tem interferência externa, então ele registra de forma autêntica os diálogos, os afazeres, os hábitos, as entrevistas bem conduzidas pelas direção. Aqui foca na história de várias mulheres, algumas histórias são mais tristes, brutais que outras. Mais triste no meu ponto de vista é quando envolve
memórias de vida delas, conta (principal foco no longa) do seu papel de mãe e como isso é feito e regularizado, afinal, elas cometeram delitos e estão presas.
. Você ver que a determinação da justiça é brava (dependendo da situação, é justa, afinal, pode acontecer que o bebê seja prejudicado pela própria mãe no processo, talvez). Aqui refletirmos sobre como papel da mãe é universal, igual independente da situação. Senti também que algumas mães realmente demonstram que querem mudar de vida, principalmente pelos filhos, algumas se adentram na religião para serem pessoas melhores através da fé (isso não quer dizer, pouco eficaz no ponto de vista). Mas penso que são os seus filhos que dão esperança para essas mulheres seguirem em frente, afinal a realidade mudou drasticamente nas suas vidas como progenitoras. Cita tbm sobre relacionamentos (típico homem covarde novamente) e além do já citado dia a dia. Reflexivo, importante vermos um ponto importante da realidade não só do Brasil como do mundo. Eu torço sinceramente que essas mulheres tenham mudado de vida nessa época, estejam hoje aproveitando a vida melhor longe de problemas. Um grande soco na cara. Poderia ter sido outras coisas, se aprofundado mais nesse universo da prisão feminina pois tem alguns trechos que citam a violência, machismo, repressão policial. Seria muito interessante isso mais citado mas grande filme sem dúvidas. Nota: 8,0
Era Uma Vez Iracema - Brasil - 2005 - visto no dia 22.12.2020 Uma pequena obra que recapitula, tenta analisar, explorar como o filme "Iracema - Transa amazônica" foi impactante na época da ditadura militar e é até hj, uma referência para o cinema brasileiro. Referência no sentido de como foi feito, produzido, além da realidade nua e crua que explora e que acontece até os dias de hoje no Brasil. Aqui penso que a parte mais interessante é os atores dando entrevista, falando da experiência de trabalhar no filme, fala dos bastidores e dos colegas de trabalho. Me surpreendeu a historia da atriz que fez a Iracema. Hoje ela é muita pessoa comum que saiu das telas há muito tempo. O ator veterano que fez o Tião (Paulo César) é sensacional até nas entrevistas. Um cara sincero, claro. Gostei de como funcionava a improvisação na hora de produzir e fazer a película e as cenas. Isso demonstra o quão natural, real é o filme, tudo que envolve a sua produção. Falou das dificuldades peculiares nos lugares onde rodou a equipe de filmagem: falta de
adaptação da atriz que fez Iracema no seu trabalho de interpretar. Afinal era a sua primeira experiência atuando e ainda muito nova (15 anos).
Você ver o desconforto da moça. E além de problemas territoriais, áreas de difícil acesso, ambiente etc. Problemas técnicos que dificultaram (uma coisa normal). O legal, interessante que citou que os atores se davam muito bem nos bastidores e eram grandes amigos, tinha um clima descontraído, leve. Isso é importante. Citou como o longa metragem sofreu com a censura, foi
. E assim foi exibido internacionalmente falando. Acho isso ridículo. Foi bem interessante tbm onde um diretor diz que só se tornou cineasta após ter sido impactado ao assistir o filme. O longa o influenciou profundamente na sua carreira artística profissional. Só não concordo quando ele
que é o "maior filme nacional de todos os tempos". Eu responderia: perai, vai devagar. Eu sei que ele trabalha na área, entende de cinema mais do que eu, tem mais conhecimento e experiência do que uma pessoa que só colaborou em um site de séries, cinema na vida, mas penso, que há filmes melhores e de melhor construção, produção que Iracema. Não tiro nenhum mérito de Iracema. Gostei do tom das entrevistas, do curto filme para termos um panorama simples, básico de como era um pouco dos bastidores desse grande filme. Poderia ter citado outras coisas mas valeu a pena. Você sente o impacto até hoje e ao longo das décadas desse clássico nacional atemporal. Nota: 7,0
Bolshoi - Rússia - 2016 - visto no dia 20.12.2020 Filme com uma ótima ideia, temática porém chato, arrastado e difícil de acompanhar. Isso que senti acompanhando esse longa interminável. Desnecessariamente longo, tendo cenas totalmente sem sentido (
igual àquela da delegacia por exemplo, entre outras
) e que não agregaram nada. Mas o seu ritmo mesmo que atrapalha a experiência com filme. Pode ser lento, mas tem que ter conteúdo, suprir bem o tempo, não tem lógica, explicação para ter tanto tempo que não foi suprido. Além das personagens no geral serem para mim chatas, apáticas e sem sal. Não senti conexão com ninguém. Personagens chatas isso sim. Só tem a senhora aqui do Conservatório Bolshoi que é simpática, carismática, que tem a sua personalidade muito bem destacada por ser rígida por querer extrair o melhor de cada pessoa, além de sofrer de alzheimer. Uma pessoa que tem presença, onde passa, marca. Fala do seu trabalho de anos, anos no Bolshoi. Enfim, ela é interessante. Outros pontos que gostei é os belíssimos cenários cinematográficos russos, beleza do mundo do balé (da dança), das roupas (vestuário belíssimo e único), maquiagem, toda a estética visual, principalmente das apresentações de dança são de encantar. Adoro apresentações de dança em mega teatros como no longa, além da grande produção e da temática da peça. O filme é bom para entendermos um pouco o rígido, difícil universo do dançarino e de quem quer ser dançarino, onde a pessoa tem que ter muita garra, disciplina, esforços em manter uma rotina extremamente equilibrada, saudável para o corpo e da exigência nas apresentações. Mesmo assim recomendo. Nota: 6,5
Arritmia - Rússia - 2017 - visto no dia 20.12.2020 Um filme que sem dúvidas tem a sua qualidade apesar de ter certas falhas na narrativa ou tem partes do roteiro que são frágeis. O ponto forte do filme, com certeza é focar na rotina diária dos paramédicos. Aqui o protagonista que é uma pessoa comum que tem problemas que muita gente tem, tem uma profissão específica que realmente muita gente não tem familiaridade com a rotina de trabalho da profissão de paramédicos. Aqui mostra a
correria, desespero, a dor dos médicos e dos pacientes, a falta de tempo e as consequências fatais da profissão: mortes de pessoas em geral inevitavelmente acontecem, pois somos humanos e não é sempre que
podemos fazer o impossível. Aí os parentes caindo na raiva, dor, sofrimento e que culpam o médico pelo atraso, pela suposta ineficácia em salvar a vida debilitada etc. Contratempos que acontecem e não tem muito o que fazer. A rotina deles foi mostrada com muita naturalidade, simplicidade, mostrando a real face das situações desesperadoras para todos. Abordagem bem feita. Tem uma cena que me impactou bastante:
quando os paramédicos são chamados para um píer e ali tem inúmeros retardados se espancando, se matando, sangue jorrando para todo lado, ao mesmo tempo os médicos tenta salvar os retardados.
Penso que a cena foi muito bem bolada, bem filmada. Pegou um plano aberto e acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo. Os atores tanto o principal, os coadjuvantes foram muito bem, como também a questão da
, pessoa, também achei algo bem vindo, válido e o atrito que isso pode ocorrer. Bela fotografia, cenas bem filmadas, que mostram os verdadeiros nuances dos personagens. Ponto negativo que cito é a construção da vida pessoal do protagonista: se o lado profissional foi bem feito, o lado pessoal foi um desastre. Aqui seu
foi raso, desinteressante, forçado, mal construído, que no fim, não agregou nada. Foi totalmente sem sal. Casal sem identidade nenhuma. As cenas deles juntos são muito chatas, vazias. Até as cenas de
sexo são tão brochantes, as cenas do jantar familiar foi tão brochante.
Ridículo. O final foi mal construído tbm. A esposa dele, participou muito pouco do filme, foi mal desenvolvida. Enfim, essas partes estragava a história, mas no geral, dá para ver tranquilo, é um bom filme russo com um drama comum mas tem arco narrativo bem construído, tirando claro o drama pessoal, amoroso do protagonista que foi um horror. Nota: 7,0
Visionários da Quebrada
3.9 2Visionários da Quebrada - Brasil - 2018 - visto no dia 19.01.21
Gostei de todo contexto do filme. Muito importante abordarmos a quebrada, a favela e seus componentes que geralmente são pessoas que lutam, batalhadoras, comuns como qualquer um de nós que vão atrás dos seus objetivos. Infelizmente há um estereótipo na favela: criminosos, cheio de drogas e vagabundos. Sempre houve esse pensamento preconceituoso há muito tempo, tem até hoje. Enfim, o longa mostra as conquistas que veio das quebradas (favelas paulistas). Mostra um rapaz que trabalha com moda e tem um crescimento na área que ama atuar, e seu esforçado compensado e assim mostra outras pessoas da quebrada que também está tendo sucesso e reconhecimento na sua área em meio as dificuldades. Tem projetos sociais que é bastante característico na área popular, que ajudam os moradores a ter uma vida melhor, um paronama melhor para o futuro, ter maior acesso a educação, saúde, entre outras necessidades básicas. As conquistas são bonitas e importantes de ver. Mas uma coisa me incomodou igual o Altieri é o retrato e a abordagem unica aos negros e a comunidade LGBTQIAP+ que foram os únicos praticamente focados. Não devemos excluir ninguém e há pessoas brancas, asiáticas, amarelas, pardas também na comunidade multiracial e que elas mereciam voz também nesse longa metragem. Eu imagino que eles fizeram isso para dar maior voz às minorias mas a ideia do filme deveria ser quebrada em geral, informando e falando sobre todas as pessoas diferentes que compõem o local. O formato do documentário é legal acompanhar, o entrevistado ficou a vontade nas entrevistas, produção simples mas eficaz em sua proposta em trazer reflexão e mostrar um pouco da funcionalidade da quebrada para o mundo. Fotografia em geral simples, comum mas funcional. Gostei mesmo assim das entrevistas, das histórias, do documentário em geral apesar da falha principal citada multiracial que deveria ter citado melhor. Recomendo, documentário importante para reflexão no seu tema no dia a dia.
Nota: 7,0
Operações de Garantia da Lei e da Ordem
4.0 2Operações de Garantia da Lei e da Ordem - 2017 - Brasil - visto no dia 19.01.21
Gostei do filme, esse documentário é importante relembrarmos um dos momentos tensos de manifestações que teve ao redor do Brasil. Eventos que ficaram marcados pela manipulação da mídia, e suas cartas sendo jogadas para manipular a população, fazer manobra de gado. Os movimentos sociais e suas manifestações sempre foram criminalizados pela polícia, e pela mídia e assim essa luta era julgada, massacrada, vista como algo ruim pela mídia e pelo grande público que julga esses manifestantes como vândalos, bandidos e vagabundos graças a manipulação da mídia que geralmente apoia a polícia bruta, assassina, violenta para impor a lei e a ordem no estado. Mas o documentário ele tem a preocupação em apenas mostrar como esses fatos vem ocorrendo, apontar as falhas no sistema, em mostrar as mazelas e o desserviço que as grandes mídias tradicionais vem fazendo com seu jornalismo raso, sensacionalista e medíocre. Globo, Record, Estadão, Folha de São Paulo, Jornal Nacional são manipuladores de informações em prol de suas próprias ideologias e interesses corporativos e estatais. É um problema que não se resolve, o documentário traz mais uma mostra de todo esse problema sem tomar nenhuma dianteira para uma possível correção do problema posteriormente. Não trouxe uma análise, não tomou posicionamento, nada, só mostrou o que a mídia tradicional, alternativa já tinha mostrado antes de forma muito frequente nas telas do computador, celular e TV. Nada de novo, nada de mais. Aqui cita a Mídia Ninja, uma mídia alternativa com narrativas independentes de jornalismo e que ganharam repercussão na manifestação em 2013 por ter transmitido os protestos no Brasil nesse período. Podem ter um olhar diferenciado, um jornalismo alternativo diferente do tradicional, mas também não é uma fonte muito confiável da mesma forma. Atuam também no fotojornalismo. Mas enfim, é um documentário bom para estudarmos e entendermos o que houve nessa época, você como cidadão precisa refletir: golpe que tirou a Dilma, Temer no seu lugar no poder, aumentos das taxas e impostos, população brasileira passando por perrengues, corrupção tomando conta. Aonde vamos parar? Duas coisas me incomodou no documentário: A forma como é rasa abordado certos assuntos, como é superficial, ainda mais sobre cita certos políticos daquele período de quem estava no poder. Tirando isso, dá para ver como primeiro contato para se inteirar com certas partes principais de certos retalhos de notícias da época e certos acontecimentos mas de forma mais básica sem aprofundamento. Vale a pena mesmo assim...
Nota: 6,5
No Meio da Rua
2.4 24 Assista AgoraNo Meio da Rua - Brasil - 2006 - visto no dia 14.01.2021
Gostei do filme mas o achei muito simples, comum e bem mediano. Mas aqui tem belas mensagens simples mas que pode ser colocada no nosso dia a dia para reflexão no que acontece no nosso cotidiano. Aqui conta a história de dois meninos que constroem uma amizade muito forte com o tempo, onde a verdadeira amizade nasce independente da condição financeira da pessoa, ao se conhecerem, e eles tem uma diversidade bem característica:
um menino é rico e outro é pobre, um vive no conforto e em uma bela casa e o outro vive na favela,
Aqui mostra o quanto há pessoas boas e ruins tanto na favela, ou no bairro rico independente de onde você veio, sua classe social. Ideia simples demais mas é o conceito central da obra. É isso: caráter não se compra e nem se adquire com dinheiro, bens materiais.
O elenco em cena é fraco sendo sincero, o fiapo do roteiro é fraco, mas sintetiza um pouco dos universos de ambas as crianças:
Um tem a agenda cheia com várias atividades, aulas para fazer ao longo do dia: aula de inglês, tênis, informática, típica rotina de crianças ricas
menino pobre fazendo malabarismo na rua para conseguir dinheiro para ajudar a família e sobreviver.
Nota: 5,5
Vic+Flo Viram Um Urso
3.1 26Vic+Flo Viram um urso - Canadá - 2013 - visto no dia 12.01.21
Gostei do filme, pois é um pouco diferente do que estamos acostumados, além de ser de um diretor canadense na qual vi vários filmes e acho esse diretor mediano com obras bem contemplativas e algumas dificeis de assistir e outras vazias.
Aqui mostra o valor da liberdade para
duas ex-prisioneiras que eram companheiras de cela:
não consegue se adaptar muito bem com a ideia de liberdade.
Flo é o inverso: adora a liberdade, quer aproveitá-la ao máximo após conquistá-la.
vilã Jackie
elas andam na floresta
Oficial da condicional é o personagem mais carismático, que realmente demonstra sentimentos no longa, é ótima adição para mostrar e evidenciar a realidade dessas duas mulheres onde estão com liberdade condicional primeiramente.
A fotografia é um dos pontos altos do filme onde retrata bem a frieza, melancolia da obra, a
história das duas mulheres fora da prisão, da sua liberdade condicional.
Nota: 6,5
O Cineasta da Selva
3.6 6O Cineasta da Selva - 1997 - Brasil - visto no dia 22.10.20
Filme essencial para entendermos e estudarmos o desenvolvimento do cinema nacional, afinal Silvino dos Santos foi um pioneiro do cinema nacional principalmente em retratar a amazonia. Primeiro documentarista ao retratar a amazonia. Quando vi esse filme na mostra do Ecofalante achei sensacional pois nunca ouvido falar antes desse diretor e sua história. Gostei muito do filme com participação de Denise Fraga e a ótima narração de José de Abreu que conduziu bem a narrativa e além de ser um ótimo ator. É uma pena mesmo que muito das suas obras se perderam ao longo do tempo, pois o material de rolo de filme é muito sensível, naquela época era muito comum os insetos comerem os componentes do filme, assim a obra se perdia. Aqui a melhor do longa é quando mostra as filmagens do Silvino que tem uma grande importância histórica sobre a amazonia, os indígenas e toda a sua composição do local. Registros incríveis, importantes para entendermos todo o contexto da amazonia naquela época. Silvino, um português fascinado pela Amazonia, pelo Brasil, veio criança para cá para conhecer esse lugar incrível e histórico, pois imaginava a amazonia através da ótica européia e aqui no Brasil tem essa experiência que imagino deve ter sido gratificante e marcante. No próprio filme cita que ele foi lembrado, teve uma premiação e reconhecimento, mas o mais importante reconhecimento infelizmente do grande público foi muito pouco, ele infelizmente é um diretor muito desconhecido por grande parte da população, uma pena.
As partes de encenação trouxe um pouco do imaginário, do pensamento do Silvino e além de mostrá-lo e evidenciar seus pensamentos sobre o trabalho de cineasta e no registro da amazonia que imagino que tenha sido um prazer do começo ao fim. Bela homenagem do filme, narrativa interessante e importante. Poderia ter explorado mais da vida pessoal do Silvino que vi que era uma pessoa reservada, também mostrar mais das suas obras pioneiras das que sobraram. Filme fundamental para entedermos dois contextos importantes> um pioneiro do cinema nacional, além de documentarista da amazonia.
Nota: 8,0
Jari
4.4 2Para o meu filme assistido Nº 500 - 502º Comentário de filmes aqui no Filmow: Jari - 1979 - Brasil - visto no dia 22.09.20
Documentário fundamental para entendermos uma parte triste, mas real até os dias de hoje sobre a Amazonia. Por que há tanta devastação na amazonia? Aqui está uma das respostas pois aqui cita, conta a história, o articulamento sobre o projeto Jari, onde um monte de empresas com diversos interesses econômicos para sugar a amazonia em seus prol interesse corporativo, desenvolveram esse projeto para ocupar as terras e fazer de tudo para obter lucro: Desmatamento para pecuária, comércio de madeira e as consequências que isso traz na região, na biodiversidade. Não só na natureza em si mas também há vários casos de escravidão sendo efetuada na região, onde isso não é nenhuma novidade pois acontece até os dias de hoje. Esse projeto pertence ao milionário norte americano Daniel Ludwig.E aqui mostra o acordo secreto com o Estado que é omisso, conivente e ainda apoia a situação para se lucrar em cima. Como já foi dito, nos vendem há muito tempo, é quem realmente sofre é o povo Brasileiro, onde uma riqueza natural sem precedentes, vai se perdendo e acabando cada vez mais rápido. Decepcionante. Jorge Bodansky é um grande diretor que já fez outras obras relacionado a amazonia, documentos importantes para entendermos a realidade e o contexto na qual a região se encontra, além dos personagens que compõem todo esqueleto da Amazônia. Excelente película que todo brasileiro deveria ver para entender o que aconteceu no Brasil, esse um dos maiores escândalos no período do regime militar. Isso nos trazendo uma reflexão de como isso aconteceu na época, como isso continua repetindo nos dias atuais. Só penso que deveria ser maior, usar mais tempo para explorar melhor certas partes, pois achei o filme curto, enquadrando como curta metragem, mas no geral muito bom e importante documentário.
Nota: 9,0
Os Estados Nórdicos
3.2 1 Assista AgoraOs Estados Nórdicos - Canadá - 2005 - visto no dia 08.01.2021
Dá para ver que o filme desse diretor "Denis Cotè" é um filme morno, lento, contemplativo. Não que seja esse ponto ruim, mas o ruim dele, que praticamente nada ou muita coisa não é bem aproveitada, poucas coisas são desenvolvidas, não são bem aproveitadas, desenvolve pouco, então é algo raso. Assim, poderia render muito mais, não rende. Aqui conta o básico de história de um
rapaz que tem antecedentes criminais e perde a mãe, então passa por momentos delicados na vida, tenta superar isso indo para outro lugar,
cuidando da mãe, da sua despedida referente a ela, da sua vida.
comunidade
crime
mãe
Nota: 6,0
Ondulação
2.7 10 Assista AgoraCurling - Canadá - 2010 - visto no dia 07.01.2021
Não gostei quase do filme. Não pela sua lentidão, nem nada do gênero, mas pela sua história que não chega a lugar algum. Filme anda, anda e não conta nada, não fala nada e é quase vazio completo, sem sentido. Não vejo sentido ficar contemplando cenas que não agregam nada durante minutos no filme. Cenas sem conexão entre si, só para ficar admirando? Ah me poupe. Se trouxesse reflexão pelo menos. Aqui tem várias cenas descartáveis que desagregou na trama. Tem uma cena ou outra que se salva: Fala da
super proteção do pai em cima de uma garota adolescente, que não vive a sua vida pois ela é anulada pelo pai neurótico
nem para a escola foi pelo "medo" do pai
isolar da sociedade,
mãe da menina que fala da real personalidade do pai da menina e nada mais.
cara encontra um corpo, põe no carro, o esconde em outro lugar e fica por isso mesmo?
Nota: 3,0
Os Mucker - O Massacre da Seita do Ferrabrás
3.4 4Os Muckers- 1978 - Brasil - visto no dia 31.12.2020
Antes do filme, nunca tinha ouvido falar dessa seita cristã do séc XIX, denominada "Os Muckers" de imigrantes alemães. Foi uma boa experiência cinematográfica, uma boa produção, mas pesquisando por fontes externas, o filme realmente aborda a 'superficialidade' dessa comunidade cristã que provavelmente tem muito pano na manga para explorar. Começo a falar da produção, pois parece tudo muito simples, artesanal, a preocupação com a naturalidade dos acontecimentos e dos seus desdobramentos, nos detalhes me encantou também: A preocupação em escolher os atores que são descendentes dos Muckers e que participaram do longa, de grandes atores veteranos consagrados como (Paulo César Pereio) que inclusive fez o grande clássico "Iracema, a transamazônica", ainda no pronunciamento do alemão da época que pareceu bem natural em meio ao ambiente aonde viviam. Como falei, a história é simples, básica, focando em alguns pontos da interpretação da realidade: o filme tem o clima de documentário (que adorei inclusive) porém é ficcional, pois, como falei, é baseado em fatos reais. Aqui foca em tipo de uma sacerdote, pastora, emerdita desse grupo, aí mostra o funcionamento, os hábitos religiosos desse grupo: de como vivem, um pouco da sua fé, dos seus pensamentos, dos fiéis e claro o que ganha espaço, presença é o discurso da líder religiosa, onde os discursos são bem escritos, bem pronunciados que catalisa, chama a atenção, além das suas supostas "visões", (incrível como em toda religião tem sempre alguém que viu Deus, viu espíritos etc) que tipo previa o futuro, antecedia cada acontecimento de impacto na obra, na sua história. Claro que por capricho de roteiro, por respeito a fé dessa comunidade, o diretor e sua equipe colocaram, adaptaram como se a maioria das suas previsões realmente aconteceram, casando com os acontecimentos seguintes da história, como se ela contasse o futuro. Em minha sincera humilde opinião como agnóstico: penso que foi mais uma charlatão, mas como meu foco é falar da obra, não em fé alheia, ela é uma grande personagem firme, com personalidade, carisma, popularidade, sabia falar com as pessoas e hipnotizá-las e conquistá-las igual: só
ver como os seus fiéis a seguiam cegamente, a defendiam, inclusive, convence incrivelmente, principalmente uma senhora de que ela é a Jesus Cristo encarnada.
atrito entre as autoridades locais, a religião.
transava
Nota: 7,5
Dias Vazios
3.0 17Dias Vazios - Brasil - 2019 - visto no dia 30.12.2020
Gostei muito do filme, sua abordagem e seu tema delicado e bem atual:
depressão, suicídio na adolescência.
um rapaz deprimido que foi abandonado pelos pais, não ver razão da sua existência, se mata (aqui tem duas versões do acontecimento - uma deve ter sido que o rapaz planejou consigo mesmo, outra que realmente ocorreu), para mim a que realmente ocorreu foi a do suicídio com arma de fogo.
ficou deprimida, ficou grávida dele, desolada, viciada e cheia de problemas.
minha vontade é entrar armado aqui dentro e matar todo mundo em frente da freira.
Nota: 8,0
Uma Carta para Ferdinand
1.8 3Uma Carta para Ferdinand - Brasil - 2019 - visto no dia 29.12.2020
Sempre tive vontade, tenho de conhecer Santa Catarina, principalmente Florianópolis. Mas tbm tenho o desejo de visitar um dia a cidade clássica, histórica de Joinville. Esse longa "ativou" esse meu lado turístico de conhecer a região e toda a sua cultura. Eu particularmente gostei de algumas coisas no filme, outras já achei fraco, com vários furos de roteiro. Mas falando dos pontos positivos: Gostei do foco em partes turísticas e dos estabelecimentos de Joinville: as partes da natureza retratada que atrai muitos turistas, dos estabelecimentos em geral, da composição da cidade, então a fotografia é belíssima, bem construída. Gostei dos personagens (apesar de serem vazios, mal adaptados) pelos seus carismas, caráter, personalidade e atuação principalmente de (Frederico), do engraçado e espontâneo (Tonico), além dos coadjuvantes que contribuíram para o longa, além das participações esporádicas. O personagem (Tonico) que é carismático, engraçado nos trouxe cenas únicas, que foi uma boa sacada do filme:
Mostrar ele, seu amigo como pessoas inocentes, alheias à aquela modernidade,
moderna tecnologia de dar descarga, de usar a torneira e sabão no banheiro, além de outros pontos igual na admiração da cidade globalizada, das vestimentas das pessoas.
batalha dos mc's
Nota: 5,0
Canções em Pequim
3.2 2Canções em Pequim - Brasil - 2017 - visto no dia 29.12.2020
Falar do impacto da música no nosso dia a dia é muito bom, é isso que esse simples, mas belíssimo longa nos mostrou: O foco em inúmeras entrevistas de chineses em específico, que falam o que a música significa em suas vidas, além da história de vida de cada pessoa. Cada história é mais única que a outra, é difícil não nos identificarmos com essas pessoas simples que são quem nem eu e você. Como a música modificou, agregou em suas vidas. Eles cantam também com muita expressividade e sentimento. Tem histórias algumas mais impactantes que as outras de pessoas de várias faixa etária e de personalidade, gostos, culturas diferentes. Gostei da naturalidade de como falam, se pronunciam, mesmo o filme tendo um formato de entrevista tradicional, ele é bem conduzido e nos indaga reflexões sobre as nossas próprias vidas e na nossa história, na jornada até aqui. Não tem muito o que falar, só ver, sentir, refletir sobre cada diálogo, cada música, cada história. Filme simples mas foi uma boa experiência sem dúvidas.
Canção do filme (uma das canções de destaque):
As verdes pradarias
As estrelas brilhando
O rosto materno em meu sonho
Suas rugas preocupadas
Com meu caminho até o céu
Desejando-me bênçãos
Ela olha para o horizonte
Na planície hulunbuir
Nuvens e flores brancas flutuam
Flutuam no meu coração
Meu coração ama e tem saudades.
Nota: 8,0
Meu Nome é Daniel
3.8 9Meu nome é Daniel - Brasil - 2018 - visto no dia 29.12.2020
Um filme de superação, luta diária. Isso que concluo, sintetizo desse longa. Um rapaz com uma condição rara, que enfrentou, enfrenta os obstáculos diários, até hoje não sabe o que tem, que o provoca a ter uma condição física dessa maneira, nenhum médico descobre que tipo de deficiência ou anomalia ou doença que ele tem. Um caso raro da medicina. Achei isso: como é possível, a medicina moderna não descobre o que essa rapaz tem? Enfim, gostei do documentário íntimo, sincero dele, da sua simplicidade, do seu histórico de vida, relação com os pais, garra e raça que teve desde de pequeno, deixa claro seus pensamentos sobre a sociedade como o enxerga, tira ideias precipitadas, ignorantes sobre a sua pessoa, além das dificuldades em geral. Ele nunca abaixou a cabeça e sempre enfrentou a vida. Não mostra, não há uma única ele vez reclamando da vida (como geralmente fazemos). Realmente é um símbolo de resistência. Gostei quando ele responde em um momento quando uma mulher (quando ele criança) diz sobre ele: -
Coitadinho. Em uma festa. E ele, com uma grande resposta diz: - Coitadinho é o C***lho.
peninha
certas mulheres são "maldosas", preconceituosas e sem educação
formatura, faculdade de cinema
Nota: 9,0
Vamos nos Divorciar
1.7 1Vamos nos Divorciar - Rússia - 2019 - visto no dia 27.12.2020
Um filme de crise de um casal chato, com pitada de humor que na verdade é sem humor nenhum, pois é totalmente sem graça, personagens sem carisma, insuportáveis e apagados. Tem uma cena ou outra que consegue ser legalzinha mas no geral o filme é desinteressante, fraquíssimo. Pretendo parar de ver filmes desse tipo, que no geral são horríveis, ainda mais com "comédia". Se isso é comédia hj em dia, é melhor enterrar de vez esse gênero que atualmente está um fiasco no mundo todo. Trama é um vai e vem desinteressante de casais, que mal aparece uma mulher, outra. Homens dos filmes são tão babacas, mongos que existindo ou não, nada faz diferença. A cena de um
cara com aquele 'galho' tentando trazer um pouco do 'sobrenatural'
aparece para pedir silêncio para o filho dele dormir
Nota: 1,0
Um Casamento
3.4 6Um Casamento - Brasil - 2017 - visto no dia 27.12.2020
Vou ser sincero: primeiro pensei que o filme seria uma coisa mas na verdade é algo bem diferente. Penso que foi um filme nada demais, pois contar a história de uma pessoa que casou e teve um relacionamento difícil (que é uma coisa bem comum) da forma que contou foi brochante. Pensei que seria uma análise sobre o tema "casamento", seu histórico, seus costumes, influência no Brasil e na sociedade da época. Seria muito mais interessante que esse filme. Não desmereço totalmente o longa: Contar um casamento dos anos 50, machismo da época, costume social das aparências do casamento naquele tempo, pois casamento era tratado e é ainda como dever social, contar a história de vida de uma pessoa e do seu ex-marido, teve seus momentos bons. Mostra como um homem pode
mudar com o tempo durante o casamento,
gerações da família
Nota: 4,5
A Parte do Mundo Que Me Pertence
3.5 3A Parte do Mundo que me Pertence - Brasil - 2018 - visto no dia 27.12.2020
Caracas. Que filme diferente mas ao mesmo tempo tão comum, tão cotidiano, real. Aqui vemos uma grande simplicidade, um grande cuidado em retratar o cotidiano dessas pessoas. Aqui retrata o "mundo" dessas pessoas de inúmeras faixa etária, personalidade, idades, cultura diferente, cada um com a sua vida, característica peculiar:
tem o lutador de artes marciais, tem a senhora que trabalha na rotina administrativa, tem a moça com síndrome de down que sonha em ser bailarina, tem um senhor da terceira idade que a dança faz parte da sua vida
violinista que toca trechos maravilhosos da música clássica, tem uma mulher que fiquei impressionado pelo seu amor ao cantor Fábio Júnior
música, dança
Nota: 7,5
O Francês
2.8 1Francês - Rússia - 2019 - visto no dia 25.12.2020
Que filme diferente mas ao mesmo, tem muitas partes chatas. O pior: no fim, o filme caminha praticamente para lugar algum. Monótono, ritmo quebrado, extremamente lento, cenas que não agregam nada (algumas são assim), um sonífero. Tudo bem ser lento mas que tenha objetividade, sentido, aqui tem partes que não tem. Não me adaptei muito no filme. Só sei que foi difícil termina-lo pois para mim se tornou entediante, chato. O tema, a época que se passa, o seu contexto é bem interessante. Tipo um intercambista francês que vai até a
Rússia comunista (União Soviética) através do seu progenitor (seu pai), busca informações dele, pois o protagonista nunca soube quem era seu pai, e assim mostra a árdua tarefa, trajetória para buscar o seu
Nota: 5,5
Texto
3.4 3O Texto - Rússia - 2019 - visto no dia 24.12.2020
Um filme único que pode trazer várias reflexões sobre a nossa vida, e o uso da tecnologia, internet, das redes sociais no dia a dia, como isso pode ser usados como armas contra a própria pessoa. Gostei da temática do longa russo, porém eu o achei desnecessariamente longo, arrastado e cansativo. Faltou desenvolver melhor certos momentos, faltou objetividade. O começo do longa é interessante, também as próximas cenas de grande impacto para o protagonista que aqui lhe acontece inúmeras coisas indesejadas igual:
Ser preso injustamente por um policial imaturo corrupto que buscava um bode expiatório para ter a "missão cumprida" de qualquer forma sem ética profissional.
sua mãe
onde ele "espanca" o sujeito responsável por destruir a sua vida, foi muito bem filmada, com gore e sangue, mas aqui mostra como as suas atitudes estão fora de controle, se tornando alguém destrutivo e violento, que é o inverso do que ele foi anos atrás na sua vida normal de adolescente no ensino médio.
quando ele participa ativamente da vida do rapaz policial que ele tirou a vida
vive o máximo que pode a vida do outro,
ele encontrou de recuperar seu tempo perdido graças a ele?
pela tela de um celular, rede social?
não precisou nem de esforço de se esconder direito pois tudo que ele precisava da vida do seu "inimigo" estava na palma da sua mão.
mãe, pai, namorada do cara do morto foram bem construídos em conteúdo e nos momentos que foram abordados.
barra pesada que como são a maioria dos policiais na realidade: envolvido com o tráfico em geral, corrupção como falei, que manipula o seu trabalho para seu próprio benefício.
vida arruinada não tem conserto.
Nota: 7,0
O Homem Que Surpreendeu Todo Mundo
3.9 8O Homem que Surpreendeu a Todos - Rússia - 2018 - visto no dia 24.12.2020
Ótimo filme. Eu amo filmes desse gênero que mostra, sobressai o que realmente acontece nos lugares isolados, do interior, da área rural sobre o preconceito, homofobia. A maioria é tudo preconceituoso, ainda mais falando de Rússia. Enfim, o filme tem um símbolo, uma filosofia muito forte e não é atoa que o complexo personagem se adentra nessa lenda como uma saída para o seu problema. Primeiro: O cara
tem uma doença terminal, na medicina tradicional, superstição, medicinal não tem reação,
personagens desse conto para se camuflar, enganar principalmente a morte.
externa, interna de acordo com a lenda, o drama da descoberta familiar, até a descoberta dos amigos, vizinhos,
causa de um vestido hein.
agredido de todas as formas, estuprado, humilhado mas seu objetivo maior ele mantém: enganar a morte.
dança, se sente livre e fica alheio a toda aquela situação
deu certo, faz o tratamento para cura
Primeiro ignora, xinga o marido, depois analisa a situação, cuida dele, pois mostra (ficou subentendido) que ela entendeu, talvez o marido, o ajuda na trajetória.
Nota: 9,5
O Coração do Mundo
3.2 1O Coração do Mundo - Rússia - 2018 - visto no dia 24.12. 2020
Bom filme russo. Gostei da sua abordagem, da sua construção. É um filme reflexivo, analisa, mostra a interação entre os humanos e os animais, como os humanos manipulam o ambiente ao seu redor. E tbm o filme retrata a vida do campo, a vida de pessoas simples que dependem da agricultura, pecuária, entre outras ferramentas que o fazendeiro faz para viver. E mostra o atrito entre essas pessoas da mesma família. E inclusive mostra a rotina, mesmice da vida pacata do protagonista, aí desenvolve a sua personalidade, até a instabilidade emocional, social, a sua decadência que ele emerge ao longo do tempo. Uma das partes mais envolventes, interessantes é quando
chega uma organização de defesa dos animais silvestres na fazenda e começam a investigar o local de diversas formas com invasões, drones de espionagem, argumentações e tentativas de entrevistas e coletar depoimentos
pega uma barra de ferro e de noite, encontra os "ativistas" deitados dentro de barracas e ele mete o pau literalmente com uma frieza e ódio
ele cuida dos animais, ajuda-os na jornada da vida deles, trabalho como veterinário e dos cuidados que a Fazenda exige.
Nota: 7,5
Leite e Ferro
4.1 3Leite e Ferro - Brasil - 2009 - visto no dia 22.12.2020
Um filme simples mas impactante, reflexivo. Fala de uma realidade delicada, triste, dura de que poucas pessoas dão atenção onde em um país (muitas pessoas pensam que bandido bom é bandido morto) pensam dessa forma generalizada incluindo todos os criminosos no mesmo barco. Generalização nunca é bom, é uma visão rasa e superficial. Então esse filme dá um choque de realidade tão comum no Brasil que parece se preocupar em fazer mais presídios do que escolas, empregos, que como disse, nós acabamos ignorando. O longa conta o dia a dia de
mulheres presas que são mães de recém nascidos.
usuárias de drogas.
experiências no uso de entorpecentes
memórias de vida delas, conta (principal foco no longa) do seu papel de mãe e como isso é feito e regularizado, afinal, elas cometeram delitos e estão presas.
mãe fica longe do seu filho, vice-versa
Nota: 8,0
Era Uma Vez Iracema
4.0 5Era Uma Vez Iracema - Brasil - 2005 - visto no dia 22.12.2020
Uma pequena obra que recapitula, tenta analisar, explorar como o filme "Iracema - Transa amazônica" foi impactante na época da ditadura militar e é até hj, uma referência para o cinema brasileiro. Referência no sentido de como foi feito, produzido, além da realidade nua e crua que explora e que acontece até os dias de hoje no Brasil. Aqui penso que a parte mais interessante é os atores dando entrevista, falando da experiência de trabalhar no filme, fala dos bastidores e dos colegas de trabalho. Me surpreendeu a historia da atriz que fez a Iracema. Hoje ela é muita pessoa comum que saiu das telas há muito tempo. O ator veterano que fez o Tião (Paulo César) é sensacional até nas entrevistas. Um cara sincero, claro. Gostei de como funcionava a improvisação na hora de produzir e fazer a película e as cenas. Isso demonstra o quão natural, real é o filme, tudo que envolve a sua produção. Falou das dificuldades peculiares nos lugares onde rodou a equipe de filmagem: falta de
adaptação da atriz que fez Iracema no seu trabalho de interpretar. Afinal era a sua primeira experiência atuando e ainda muito nova (15 anos).
proibido de circular no próprio país
fala
Nota: 7,0
Bolshoi
3.5 4Bolshoi - Rússia - 2016 - visto no dia 20.12.2020
Filme com uma ótima ideia, temática porém chato, arrastado e difícil de acompanhar. Isso que senti acompanhando esse longa interminável. Desnecessariamente longo, tendo cenas totalmente sem sentido (
igual àquela da delegacia por exemplo, entre outras
Nota: 6,5
Arritmia
3.2 1Arritmia - Rússia - 2017 - visto no dia 20.12.2020
Um filme que sem dúvidas tem a sua qualidade apesar de ter certas falhas na narrativa ou tem partes do roteiro que são frágeis. O ponto forte do filme, com certeza é focar na rotina diária dos paramédicos. Aqui o protagonista que é uma pessoa comum que tem problemas que muita gente tem, tem uma profissão específica que realmente muita gente não tem familiaridade com a rotina de trabalho da profissão de paramédicos. Aqui mostra a
correria, desespero, a dor dos médicos e dos pacientes, a falta de tempo e as consequências fatais da profissão: mortes de pessoas em geral inevitavelmente acontecem, pois somos humanos e não é sempre que
quando os paramédicos são chamados para um píer e ali tem inúmeros retardados se espancando, se matando, sangue jorrando para todo lado, ao mesmo tempo os médicos tenta salvar os retardados.
análise administrativa, da gestão da profissão que teve uma boa construção.
questões culturais de cada paciente
problema conjugal, familiar
sexo são tão brochantes, as cenas do jantar familiar foi tão brochante.
protagonista que foi um horror.
Nota: 7,0