Gregg Araki, mais queer e anárquico do que nunca, mostrando que garotas-brancas-e-bonitas-cis-hétero de famílias perfeitas também comem o pão que o diabo amassou, como todes nós.
Adorei essa crônica da classe média pernambucana. Todo mundo que mora nesse país sabe que a gente não se suporta. Curto muito ver isso escancarado na tela.
Nós somos o que somos. Aqui e agora. Não há pátria, sexo, sexualidade, hora pra viver ou pra morrer e tanto faz a nossa orientação política. Tudo pode fluir, ser experimentado e acabar. Quem saca que as coisas funcionam assim aproveita mais isso que a gente chama de vida e beija quem ama na boca!
O escárnio com a masculinidade dos nossos tempos e como esta se constrói sempre no binômio pai/filho fazem desse filme uma declaração ultrajante da bancarrota humana. Imperdível!
Muito interessante o contraste entre os corpos juvenis estonteantes e cheirosos, com os velhos caquéticos e fedidos. E todos podres por dentro. Assisti meio com receio de desgostar, mas que nada. O filme mixa muito bem as linguagens documental e dramática.
Um belíssimo tratado sobre masculinidades e os desejos impossíveis de serem realizados, como o encontro amoroso e as fantasias edipianas. Mike sempre estará no meu coração como um dos meus heróis trágicos mais queridos.
Achei um belo retrato cinematográfico do nosso país, fora do eixo Rio-São Paulo-Recife, mas não consegui gostar tanto quanto eu imaginei que gostaria. As cenas da cidade gauchesca, dos colonos velhinhos em contraste com a juventude - e, principalmente, o uso acertado da tecnologia da época, que com certeza resistirá ao tempo, dá ao filme um tom melancólico muito bonito, mas a insistência em muitas cenas etéreas cansa. Enfim, gostei, mas não amei. Edit - amei sim. nunca mais esqueci do filme.
É incrível como esses filmes bons que estão na Netflix são achincalhados aqui. A galera acha que cinema é Hollywood e precisa entregar tudo de mão beijada. No caso de um terror, esperam sustos, muito sangue e um final que dê conta de suplantar o pavor, ou que fique em aberto para uma sequência que o faça. Isso não acontece aqui. O filme é uma pérola da nova safra de filmes de horror com muitas subtramas.
[/spoiler] A mais interessante, sem dúvida, é o coming of age do filho, Travis e seu luto pela sexualidade e masculinidade que jamais serão realizadas devido à pandemia. [spoiler]
Um filme que fala muito sobre o conceito de castração freudiana. Para os fãs do gênero, uma obra imperdível!
Inspirado pela vivência de sua diretora e atriz, o filme retrata com profundidade as marcas da violência sexual e também algumas das estratégias de sobrevivência à elas, como a denuncia, a terapia psicanalítica e a arte. Só aplausos para a realizadora pela coragem de levar aos palcos e às telas sua história de vida.
Como é lindo ver um homem se render a um amor homossexual. A luta para superar as barreiras sociais e psicológicas que isso implica rende momentos em que a atuação do personagem principal expressa com sutileza essa batalha selvagem. Meu romance gay favorito de todos os tempos.
Esse filme me tocou muito. Desconfortável e assustador em certos momentos, o longa também exibe, na figura da Kayla, um pouco da tenacidade de todos os que sobreviveram a adolescência.
Um dos roteiros mais feministas do cinema. Apesar das atitudes nefastas do diretor macularem um pouco esse fato, o longa - inspirado na obra do, aqui sim, feminista Ira Levin, pode ser entendido como uma metáfora do suplício feminino ocidental que começa com a educação cristã repressora, passa pelo recalque da sexualidade juvenil e atinge situações limítrofes com o casamento e a maternidade. E o que dizer do final retumbante? A quantidade de moralistas ultrajados pelo desfecho da obra é, ainda hoje, motivo de celebração desse revolucionário longa metragem.
Concebido por um diretor transgênero, Adam não é um filme feito para a comunidade LGBTQA+. O propósito parece ser normalizar as idiossincrasias dessas pessoas para o grande público, principalmente o adolescente. Por isso, como mulher trans e apreciadora de coming of ages com essa estética indie, o filme me decepcionou um pouco. Ainda assim vale a pena conferir como esse espectro da narrativa queer vem sendo contado nas telas.
Nós, os progressistas, vivendo as nossas vidas do jeito que podemos. Dando liberdade pro feminino se manifestar e voltar a imantar com força a tessitura da sociedade.
Gostei da melancolia do roteiro e principalmente de conhecer a beleza estonteante do Jack Kilmer. Quem achou entediante e sem sentido não passou pelos 16 anos?
Qual é o seu lugar no mundo? A sua natureza? Tem muita gente como a Tina e o Vore por aí - eu me sinto muito próxima a eles - mas quem disse que juntos estaríamos menos sós? Um filme que versa sobre a força selvagem da vida que persevera, ainda que com tanto conflito, sujeira e solidão.
As Bodas de Satã
3.7 77Um clássico que vale pelo Baphomet e pelo capricho com as simbologias ocultistas.
Quando as Luzes se Apagam
3.1 1,1K Assista AgoraA dinâmica do claro/escuro da movimentação da entidade é algo que realmente mete medo. O final é seco como todo filme de terror deve terminar.
King Jack
3.6 27Se tornar homem é um trabalho tão difícil pra um menino que aquele que consegue vira rei.
Pássaro Branco na Nevasca
3.6 442Gregg Araki, mais queer e anárquico do que nunca, mostrando que garotas-brancas-e-bonitas-cis-hétero de famílias perfeitas também comem o pão que o diabo amassou, como todes nós.
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraAdorei essa crônica da classe média pernambucana. Todo mundo que mora nesse país sabe que a gente não se suporta. Curto muito ver isso escancarado na tela.
A Vila
3.3 1,6KÉ o tipo de filme megalomaníaco para que o cinema foi inventado.
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132Nós somos o que somos. Aqui e agora. Não há pátria, sexo, sexualidade, hora pra viver ou pra morrer e tanto faz a nossa orientação política. Tudo pode fluir, ser experimentado e acabar. Quem saca que as coisas funcionam assim aproveita mais isso que a gente chama de vida e beija quem ama na boca!
O Estrangulador Seboso
3.2 23O escárnio com a masculinidade dos nossos tempos e como esta se constrói sempre no binômio pai/filho fazem desse filme uma declaração ultrajante da bancarrota humana. Imperdível!
O Cheiro da Gente
3.0 74Muito interessante o contraste entre os corpos juvenis estonteantes e cheirosos, com os velhos caquéticos e fedidos. E todos podres por dentro. Assisti meio com receio de desgostar, mas que nada. O filme mixa muito bem as linguagens documental e dramática.
E que pé medonho.
E os franceses desde cedo queimando carros!
Garotos de Programa
3.6 385 Assista AgoraUm belíssimo tratado sobre masculinidades e os desejos impossíveis de serem realizados, como o encontro amoroso e as fantasias edipianas. Mike sempre estará no meu coração como um dos meus heróis trágicos mais queridos.
O Ritual
3.2 476 Assista AgoraPoderia ser um filme bom se os atores fossem bons.
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraAchei um belo retrato cinematográfico do nosso país, fora do eixo Rio-São Paulo-Recife, mas não consegui gostar tanto quanto eu imaginei que gostaria. As cenas da cidade gauchesca, dos colonos velhinhos em contraste com a juventude - e, principalmente, o uso acertado da tecnologia da época, que com certeza resistirá ao tempo, dá ao filme um tom melancólico muito bonito, mas a insistência em muitas cenas etéreas cansa. Enfim, gostei, mas não amei. Edit - amei sim. nunca mais esqueci do filme.
Jovens, Loucos e Rebeldes
3.7 447 Assista AgoraEm tempos de isolamento social, esse filme vale como uma sexta-feira à noite. Divertidíssimo!
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraÉ incrível como esses filmes bons que estão na Netflix são achincalhados aqui. A galera acha que cinema é Hollywood e precisa entregar tudo de mão beijada. No caso de um terror, esperam sustos, muito sangue e um final que dê conta de suplantar o pavor, ou que fique em aberto para uma sequência que o faça. Isso não acontece aqui. O filme é uma pérola da nova safra de filmes de horror com muitas subtramas.
[/spoiler]
A mais interessante, sem dúvida, é o coming of age do filho, Travis e seu luto pela sexualidade e masculinidade que jamais serão realizadas devido à pandemia.
[spoiler]
Um filme que fala muito sobre o conceito de castração freudiana. Para os fãs do gênero, uma obra imperdível!
Inocência Roubada
4.0 65 Assista AgoraInspirado pela vivência de sua diretora e atriz, o filme retrata com profundidade as marcas da violência sexual e também algumas das estratégias de sobrevivência à elas, como a denuncia, a terapia psicanalítica e a arte. Só aplausos para a realizadora pela coragem de levar aos palcos e às telas sua história de vida.
Canastra Suja
3.8 117Família tradicional brasileira é isso aqui.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraComo é lindo ver um homem se render a um amor homossexual. A luta para superar as barreiras sociais e psicológicas que isso implica rende momentos em que a atuação do personagem principal expressa com sutileza essa batalha selvagem. Meu romance gay favorito de todos os tempos.
Oitava Série
3.8 336 Assista AgoraEsse filme me tocou muito. Desconfortável e assustador em certos momentos, o longa também exibe, na figura da Kayla, um pouco da tenacidade de todos os que sobreviveram a adolescência.
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraUm dos roteiros mais feministas do cinema. Apesar das atitudes nefastas do diretor macularem um pouco esse fato, o longa - inspirado na obra do, aqui sim, feminista Ira Levin, pode ser entendido como uma metáfora do suplício feminino ocidental que começa com a educação cristã repressora, passa pelo recalque da sexualidade juvenil e atinge situações limítrofes com o casamento e a maternidade. E o que dizer do final retumbante? A quantidade de moralistas ultrajados pelo desfecho da obra é, ainda hoje, motivo de celebração desse revolucionário longa metragem.
O Verão de Adam
3.1 6 Assista AgoraConcebido por um diretor transgênero, Adam não é um filme feito para a comunidade LGBTQA+. O propósito parece ser normalizar as idiossincrasias dessas pessoas para o grande público, principalmente o adolescente. Por isso, como mulher trans e apreciadora de coming of ages com essa estética indie, o filme me decepcionou um pouco. Ainda assim vale a pena conferir como esse espectro da narrativa queer vem sendo contado nas telas.
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraNós, os progressistas, vivendo as nossas vidas do jeito que podemos. Dando liberdade pro feminino se manifestar e voltar a imantar com força a tessitura da sociedade.
A cena em que o Billy lê um texto feminista para sua mãe e ela se sente ultrajada é uma das mais belas que já vi em um filme.
Indico fortemente.
Palo Alto
3.2 429Gostei da melancolia do roteiro e principalmente de conhecer a beleza estonteante do Jack Kilmer. Quem achou entediante e sem sentido não passou pelos 16 anos?
Border
3.6 219 Assista AgoraQual é o seu lugar no mundo? A sua natureza? Tem muita gente como a Tina e o Vore por aí - eu me sinto muito próxima a eles - mas quem disse que juntos estaríamos menos sós? Um filme que versa sobre a força selvagem da vida que persevera, ainda que com tanto conflito, sujeira e solidão.
Crash: No Limite
3.9 1,2KO primeiro ato é sensacional, mas o restante é lamentável.