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Romy Schneider

Nomes Alternativos: Rosemarie Magdalena Albach

274Número de Fãs

Nascimento: 23 de Setembro de 1938 (43 years)

Falecimento: 29 de Maio de 1982

Viena, Áustria - Áustria

Romy Schneider, nome artístico de Rosemarie Magdalena Albach foi uma atriz austríaca que atuou no cinema europeu, especialmente no francês.

Romy Schneider ganhou duas vezes o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz por seus papéis em ''O Importante é Amar (1975) e ''Uma História Simples'' (1978).

Romy Schneider era filha dos atores Magda Schneider e Wolf Albach-Retty, e muito bonita desde pequena. Com uma pele rosada e olhos azuis, Romy chamava muita atenção, mas só estreou no cinema aos catorze anos, no filme Quando voltam a florescer os lilases, ao lado da mãe, que controlou sua carreira até que ela se casasse pela primeira vez.
Aos 17 anos, em 1955, Schneider tornava-se famosa ao viver Sissi, a Imperatriz-adolescente da Áustria, no filme do mesmo nome. Era uma personagem bonita, irreverente e capaz de quebrar todos os protocolos da nobreza européia de forma a conquistar o jovem Imperador austríaco Francisco José e os seus súditos. O filme conquistou as platéias do mundo todo e gerou mais duas continuações, Sissi, a Imperatriz e Sissi E Seu Destino, todos dirigidos por Ernst Marischka e interpretados por Romy, o ator Karlheinz Böhm e a mãe de Romy, Magda Schneider.
Já famosa mundialmente a atriz se recusou a continuar a viver jovens princesas inocentes e partiu para filmes mais adultos, escandalizando seus fãs em 1958 ao participar do filme Senhoritas de uniforme, que contava a história de lesbianismo em um colégio feminino.

No mesmo ano Romy filmou Christine, e se apaixonou perdidamente pelo seu galã, o então também jovem e promissor ator francês Alain Delon.

No início dos anos 1950, por volta dos quinze anos, ela começou sua carreira de atriz no gênero Heimatfilm alemão. De 1955 a 1957, interpretou a imperatriz Isabel da Áustria, apelidada de "Sissi", em três filmes - ''Sissi'' (1955), ''Sissi: A Imperatriz'' (1956) e ''Sissi e Seu Desejo'' (1957) - que lhe valeram sucesso e reconhecimento. internacional.

A reviravolta profissional veio finalmente, quando Delon a apresentou ao diretor Luchino Visconti, que ofereceu o papel principal na sua encenação da peça Tis Pity She’s a Whore (ou Pena que ela é uma prostituta), de John Ford.

Para o drama renascentista, no qual atuou, junto com Delon nos palcos do Théâtre de Paris, ela recebeu aulas de francês com o colega Raymond Gérôme e aulas particulares com uma professora de fonética.

Schneider, que não havia completado sua formação teatral, disse posteriormente sobre a colaboração com Visconti: “Eu tenho quatro mestres: Visconti, Welles, Sautet e Żuławski. O maior é Visconti. Ele me ensinou o que ele ensina a todos que trabalham com ele, isto é, seu modo de tirar o máximo das coisas e sua disciplina”.

A estreia da peça, que contou com Ingrid Bergman, Shirley MacLaine e Jean Cocteau, dentre outros na plateia, aconteceu em 29 de março de 1961 e se tornou para Schneider um grande sucesso. Sua performance rendeu muitas críticas enaltecedoras e o reconhecimento do setor, de modo que não precisou esperar muito por novas propostas de trabalho.

No mesmo ano, ela filmou, novamente sob a direção de Visconti, ''Boccaccio 70'' (1962), e partiu em uma temporada de alguns meses com Sacha Pitoëffs, encenando A Gaivota de Tchekhov, seu segundo e último papel no teatro.

Depois, ela atuou ao lado de Anthony Perkins no filme ''O Processo'' (1962) de Orson Welles no papel de Leni. A própria atriz descreveu a adaptação de Kafka como um de seus filmes mais importantes, pelo qual ela foi reconhecida com a Étoile de Cristal de melhor atriz estrangeira.

Sob a direção de Carl Foreman, no filme ''Os Vitoriosos'' (1963), ela deu vida a uma jovem violinista, que durante a Segunda Guerra é forçada por um soldado a se prostituir. E para ser convincente no papel de musicista, Romy teve aulas de violino com o escocês David McCallum Sr. (pai do ator David McCallum), sobre o que seu colega George Hamilton disse, que ela provavelmente atravessaria o Canal da Mancha se fosse exigido para um papel.

No filme ''O Cardeal'' (1963), de Otto Preminger, ela interpretou a baronesa Annemarie von Hartmann. Além disso, também conseguiu para o seu pai Wolf o papel coadjuvante do Barão de Hartmann. Esta foi a única vez em que pai e filha estiveram juntos diante das câmeras.

Romy Schneider foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama pela sua representação. No entanto, na premiação de 1964, o troféu foi para Leslie Caron pelo seu papel em ''A mulher que Pecou''.

No outono de 1963, Romy Schneider foi para Los Angeles, para as gravações de seu primeiro filme em Hollywood: ''Um Amor de Vizinho'', ao lado de Jack Lemmon, um sucesso. Contudo enquanto a sua carreira se desenvolvia de maneira positiva, começou simultaneamente o que foi até aquele momento o “pior ano” da sua vida pessoal, com o rompimento do relacionamento com Delon. Romy ficou sabendo do seu affair com a atriz Nathalie Barthélemy por meio dos jornais.

Quando a atriz retornou das filmagens nos Estados Unidos para Paris, Delon já havia deixado a casa onde moravam juntos e logo em seguida se casou com Barthélemy. Por isso, ela tentou cometer suicídio e em seguida deu uma longa pausa na carreira. Apesar de tudo, ''Um Amor de Vizinho'' teve a sua estreia mundial em 22 de julho de 1964 e se tornou um blockbuster.

Nesse meio tempo, Romy foi parar mais uma vez na frente das câmeras: ela gravou, sob a direção de Henri-Georges Clouzot o filme ''Inferno''. Contudo, desde o início o projeto estava destinado a não dar certo.O seu colega de elenco Serge Reggiani adoeceu seriamente, o que acabou com todos os planos e três semanas após o início das filmagens o diretor sofreu um infarto. Com isso, o filme nunca foi concluído.

No ano seguinte, Romy filmou ao lado de Peter Sellers e Peter O’Toole em Paris a comédia ''O Que é Que Há Gatinha?'' (1965) escrito por Woody Allen.

O seu trabalho seguinte foi o drama franco-alemão A Ladra (1966), que foi filmado grande parte em Oberhausen e Romy apareceu pela primeira vez ao lado de Michel Piccoli.

Em 15 de julho, durante as filmagens de Espionagem Internacional (1966), Meyen e Romy Schneider se casaram, logo após o seu divórcio da atriz Anneliese Römer. O filho do casal, David Christopher Haubenstock, nasceu em 3 de dezembro do mesmo ano em Berlim e nos dois anos seguintes, Romy se dedicou quase exclusivamente a sua vida de mãe e esposa.

Em fevereiro de 1967, Wolf Albach-Retty teve um infarto que o levou a morte aos 60 anos e, apenas um ano depois, morre o padrasto de Romy pelo mesmo motivo.

O seu primeiro filme após o nascimento do seu filho foi Otley, herói sem vocação, produzido na primavera de 1968 em Londres. No verão do mesmo ano, Romy trabalhou mais uma vez com Alain Delon.

Com ''A Piscina'' (1969), as revistas de fofoca esperavam novas manchetes de um possível revival do antigo romance, contudo Romy escreveu em seu diário: “Se todos os atores que alguma vez já se relacionaram não atuassem mais juntos, logo não haveria filmes. Eu não sinto mais nada, é como se eu abraçasse um muro. Absolutamente!”.A estreia de ''A Piscina'', ocorreu em 31 de janeiro de 1969 em Paris, e o filme se tornou um grande sucesso, tanto de crítica quanto comercial.

Após ''Não Chore Meu Amor'' (1970), Romy Schneider atuou ainda em ''As Coisas da Vida (1970) sob a direção de Claude Sautet. Nisso, ela atuou novamente ao lado de Michel Piccoli. Para a trilha sonora do filme, ela cantou o dueto La Chanson d’Hélène (ou em português A canção de Helène), composta por Philippe Sarde e Jean-Loup Dabadie.

Nos anos 70, Romy Schneider fez filmes principalmente na França, onde se tornou a grande dama do cinema francês. No começo da nova década, foram lançados vários filmes com ela no papel principal: depois de ''Quem é você?'' (1970), foram distribuídos em 1971 os filmes ''Crepúsculo de um Ídolo'', ''A Rebelde'', e ''Sublime Renúncia''.

Além disso, ela encarou as câmeras pela terceira vez com Alain Delon, para o filme histórico ''O Assassinato de Trotsky'', dirigido por Joseph Losey.

Um ano depois, Romy Schneider assumiu o papel, com o qual foi tão abençoada e amaldiçoada nos anos 50. Em ''Ludwig: A Paixão de um Rei'', ela encarnou mais uma vez a imperatriz Elisabeth da Áustria. Entretanto, dessa vez Visconti representou “Sissi” genuinamente e Romy se dedicou intensamente à verdadeira personalidade da personagem histórica durante a sua preparação. As filmagens tiveram início em 1972 em Bad Ischl, e Helmut Berger encarnou o “Rei de conto de fadas” Ludwig II.

O filme foi rodado em inglês, e ela colocou o seu marido Harry Meyen como diretor de dublagem. Do mesmo modo, em 1972 estreou o filme ''César e Rosalie'', no qual ela atuou ao lado de Yves Montand e sob o comando do seu “diretor favorito” Claude Sautet.

Em 1973, Schneider e Meyen -que viviam em Hamburgo por conta de seus compromissos profissionais- decidiram se separar e Romy mudou-se novamente para Paris com o seu filho. Ela estava no auge de sua carreira artística.

Romy pôde escolher os seus papéis livremente (“Eu seleciono apenas as uva-passas para mim”),e trabalhou junto com famosos diretores e atores como Richard Burton, Jean-Louis Trintignant, Klaus Kinski e Jane Birkin.

Entre 1973 e 1974,a atriz rodou 5 filmes no espaço de 10 meses. Em ''O Último Trem'' (1973), ela interpretou Anna Kupfer, ''uma alemã judia em fuga''.

Ao voluptuoso-melancólico romance ''Os Indiscretos Pingos da Chuva'' (1974) se seguiu ''Escalada ao Poder'' (1974), onde ela encarna uma esposa negligenciada, que se envolve em uma aventura, e a extravagante comédia ''Trio Infernal'' (1974), onde ela brilhou ao lado de Michel Piccoli e Mascha Gonska como uma cúmplice de assassinato espirituosa e sem escrúpulos. Em novembro de 1974, Romy Schneider fez ''Os Inocentes de Mãos Sujas'' (1975) e em abril de 1975 começou a rodar o longa-metragem O velho fuzil (1975), baseado no massacre de Oradour-sur-Glane ocorrido em 1944. Romy Schneider interpretou a francesa Clara, que é violentada por soldados alemães e assassinada.

Em abril de 1976, ela ganhou o seu primeiro César de melhor atriz pela sua performance em ''O Importante é Amar'' (1975) e em seu discurso agradeceu o seu “mestre e amigo” Luchino Visconti, que havia falecido poucas semanas antes. Ela foi muito elegiada por tods os críticos.

O casamento com Harry Meyen terminou em 8 de julho de 1975. Nesta altura, Romy já estava em um relacionamento com o seu assistente Daniel Biasini, e em setembro, ela descobriu a sua segunda gravidez.

Em 3 de fevereiro de 1979, ela foi novamente premiada com o César de melhor atriz por ''Uma História Simples'' (1978) e extremamente elogiada.

Sautet disse a respeito de sua atriz principal “ela é a síntese de todas as mulheres. Sua personagem em Uma história simples é inspirada na verdadeira personalidade de Romy. Com essa fragilidade, […], esse jeito orgulhoso no dia a dia, essa dignidade, que ela mostra de uma maneira bastante particular. Ela é sensível,enérgica, receosa e alegre, tudo ao mesmo tempo! Mas acima de tudo, ela também possui força. Ela tem uma certa decência, que irradia de dentro dela e a torna independente. Romy é um desafio".

No fim dos anos 70, Rainer Werner Fassbinder queria a atriz para o papel principal em ''O Casamento de Maria Braun'' (1979), mas a parceria fracassou devido às exigências de cachê exorbitantes e ao seu comportamento inconstante, e por fim, o papel acabou indo para Hanna Schygulla. Em vez disso, Schneider esteve diante das câmeras em novembro de 1978 com Audrey Hepburn, Omar Sharif, Ben Gazzara, James Mason e Gert Fröbe para as filmagens de ''A Herdeira'' (1979), uma adaptação do livro Bloodline de Sidney Sheldon. Apesar de seu grandioso elenco, o thriller policial teve uma chuva de críticas ruins.

No fim do verão de 1979, ''Um Homem, uma Mulher, uma Noite'' chegou aos cinemas e Romy foi nomeada ao César de melhor atriz por sua atuação, um grande sucesso, inclusive no Brasil.

Na ficção-científica-policial ''A Morte ao Vivo'', que chegou às distribuidoras um ano depois, ela interpretou, ao lado de Harvey Keitel, Harry Dean Stanton e Max von Sydow uma mulher com uma doença terminal, que vende os direitos de transmissão de sua morte a um canal de televisão.

Na primavera de 1980, Romy Schneider atuou no filme ''A Banqueira'', situado na Paris dos anos 20 e baseado na biografia da fraudadora fiscal Marthe Hanau. De acordo com Biasini, o início das filmagens do seu filme seguinte, o drama ''Fantasma de Amor'' (1981).

No entanto, o maior golpe do destino aconteceu no verão de 1981: no dia 5 de julho, o seu filho de 14 anos morreu, tentando chegar à propriedade do pais de Biasini por cima da cerca. Ele perdeu o equilíbrio durante a escalada, caiu em cima de uma ponta de metal da cerca e ficou empalado.

O seu penúltimo filme ''Cidadão sob Custódia''' (1981), chegou em 23 de setembro de 1981, no 43º aniversário de Romy Schneider aos cinemas franceses. E embora após a morte do filho, parecia que ela não conseguiria superar a sua perda, a atriz compareceu em outubro de 1981 em Berlim para as filmagens do seu último filme ''La Passante du Sans-Souci''. No filme, ela interpreta Elsa Wiener, que tem o garoto judeu Max Baumstein (intrepretado pelo jovem de apenas treze anos Wendelin Werner) sob sua proteção.

Em março de 1982, ela foi encontrada em Boissy-sans-Avoir,no departamento de Yveline, a 50 quilômetros de distância de Paris, e em abril de 1982, estreou ''La Passante du Sans-Souci''. Romy foi bastante elogiada por sua atuação, e recebeu uma indicação ao César de Melhor Atriz.

A atriz morreu aos 43 anos de uma parada cardíaca, em seu apartamento em Paris, onde vivia com o terceiro marido, a filha e uma empregada.

Ela vinha se tratando de uma profunda depressão pelo suicídio do primeiro marido e, logo depois, pela trágica morte do filho de ambos, que ao pular um portão, foi perfurado pelas setas da grade, onde passava férias, e morreu na hora, com apenas 14 anos.

Alguns dias antes de falecer, Romy se submeteu a uma operação para a retirada de um rim devido a um tumor.

Cônjuge: Daniel Biasini (de 1975 a 1981), Harry Meyen (de 1966 a 1975)
Filhos: Sarah Biasini, David Haubenstock

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