O documentário é muito esclarecedor, trazendo várias informações pouco divulgadas sobre o assunto.
É interessante saber que microbiota intestinal age no processo da obesidade e como desde o parto o organismo já é "contaminado" por essas bactérias que vão influenciar a saúde da pessoa pelo resto da vida.
Apesar de todo o tabu envolvido, no futuro o transplante de fezes poderá ser a resposta para muitas questões de saúde que hoje são tratadas com terapias muito mais complexas e pouco eficientes.
O filme está acima das expectativas para um slasher, principalmente pela premissa criativa e bem estruturada e também pelos efeitos gráficos que surpreendem até hoje pela qualidade.
A escalada no clima de tensão também é bem construída ao longo da trama e o contexto das figuras de cera favorece o uso dos bons efeitos práticos que causam bastante impacto se tornando marcantes na memória de quem assiste ao filme.
Algumas conveniências de roteiro incomodam, como a motivação fraca para os irmãos continuarem a fazer as "esculturas" só porque a mãe fazia e a inverossímil situação onde mesmo com dezenas de pessoas sumindo na região as autoridades não tivessem tido a preocupação de investigar aquela cidade nas redondezas.
Mas isso não tira os méritos do filme, que envelheceu bem e mesmo com seus quase 20 anos ainda se mostra eficiente como um bom slasher adolescente. Inclusive valeria a pena uma sequência se a ideia fosse bem trabalhada, já que deixaram um gancho pronto no final para isso.
Por mais controverso que tenha sido, esse foi um experimento aparentemente bem intencionado. Tudo indica que a pesquisa tinha como objetivo entender melhor até que ponto o ambiente e a criação causariam mais impacto no comportamento de uma pessoa do que apenas sua herança genética.
Qualquer pesquisa comportamental envolvendo crianças já seria naturalmente alvo de críticas, mas por tudo que foi mostrado parece que existe um exagero em como associaram os danos psicológicos relatados pelos gêmeos com o fato de terem sido adotados por famílias diferentes.
Afinal é bastante comum e não existem leis contra se colocar irmãos (gêmeos ou não) em famílias adotivas diferentes e nunca houve indícios de que isso causasse danos mentais nos adotados.
Por isso foi uma decisão acertada os pesquisadores escolherem gêmeos entregues para a adoção para o experimento, pois já existiria uma grande probabilidade de eles serem adotados por pais diferentes e nunca mais se reencontrassem durante a vida. Não parece que eles tenham sido separados intencionalmente para a pesquisa, apenas foram acompanhados após o processo de adoção para a coleta de dados. E o resultado da pesquisa não foi publicado antes para não expor os participantes.
Então a menos que surjam provas de que houve má fé dos cientistas na condução da pesquisa, não existem elementos que confirmem que a experiência causou danos psicológicos aos gêmeos, nem que causaria danos em irmãos adotados que não fossem gêmeos.
De qualquer forma, como foi dito no documentário, esse foi um experimento que nunca havia sido feito e provavelmente não será repetido. Por isso seria tão importante que se tivesse acesso irrestrito aos dados do estudo, afinal ainda que tenham sido obtidos de forma polêmica eles poderiam fornecer informações valiosas sobre vários aspectos da psicologia comportamental e do comportamento humano.
Mais um item bizarro da lista constrangedora de filmes que Bruce Willis resolveu participar na reta final da sua carreira.
No geral o filme é um show de horrores, com um enredo absurdo, diálogos constrangedores, atuações amadoras e efeitos visuais toscos principalmente nas simulações de sangramentos.
A tentativa de criar um contexto dramático que desde o início é genérico e não funciona. Além de tudo tem as várias conveniências pra tentar fazer o roteiro estúpido funcionar, como as câmeras terem sido desligadas em uma loja só pq contrataram um novo vigilante, a arma do crime que é jogada no mato e a polícia não acha e as armadilhas na floresta.
No fim o filme é só uma porcaria barata que já teria caído no esquecimento se não tivesse dado a sorte de ser o último da carreira do Bruce Willis.
O único ponto interessante é que talvez seja o único filme em que o personagem do Bruce Willis morre, isso de certa forma acaba simbolizando também o encerramento da vida artística dele.
Apesar da história genérica e tecnicamente não ser grande coisa é um filme divertido que traz uma nostalgia com os astros da pancadaria dos anos 90, que não precisavam de justificativas muito elaboradas pra distribuir seus golpes acrobáticos em quem aparecesse pelo caminho.
A história é uma bagunça, inicialmente cria uma expectativa de que Lyon iria voltar para se vingar dos traficantes que incendiaram o irmão, mas logo se muda o foco para o contexto das lutas clandestinas que serviriam para financiar a família do irmão. A trama da Legião Estrangeira é totalmente descartável e inútil dentro do enredo, parece ter sido colocada ali como retalho de ideias de algum outro filme descartado ou pra justificar o sotaque estranho que o ator sempre teve.
Mas deixando de lado a bagunça narrativa e focando na questão das lutas clandestinas é um filme regular. Van Damme no auge da carreira faz o que se espera, fala pouco e distribui muita pancada. As cenas das lutas tem coreografia duvidosa, com golpes nitidamente passando a quilômetros de distancia dos alvos e provocando reações caricatas dos figurantes sempre que fingem ser atingidos.
Mesmo com seus defeitos é um filme que vai agradar os fãs do Van Damme que pouco vão se importar com pontas soltas de roteiro ou canastrice do elenco, pois o que importa mesmo é ver o cara dando voadoras e seus famosos chutes giratórios em câmera lenta. E nesse ponto o filme não decepciona e vai satisfazer.
No geral o filme pode ser considerado uma homenagem tosca mas bem intencionada para essa banda que foi uma das mais simpáticas e queridas que o cenário musical brasileiro já produziu.
Mas tecnicamente é inegável ser uma produção de nível "novela global". A qualidade dos diálogos e da atuação dos atores protagonistas também deixa muito a desejar, mas pelo menos na caracterização eles se saem melhor pois todos estão bastante semelhantes aos integrantes reais da banda.
Mesmo que retratados de forma meio apressada e bagunçada, todos os principais marcos da história da banda estão presentes. O ponto mais interessante foi podermos ter uma noção de como o processo criativo de criação das músicas eram sempre improvisados na base da zoeira e funcionava perfeitamente na maioria das vezes.
Também ficamos com a certeza de que com o falso moralismo atual 100% daquele repertório nem sequer seria cogitado para ser lançado por alguma gravadora ou tocado em rádios...
"Terrir" bem produzido. O roteiro é criativo e coerente dentro da insanidade que se propõe. As cenas dos ataques apresentam um CGI decente para a época, mostrando uma interação convincente entre as diversas espécies de aranhas gigantes e o elenco.
Não é um filme que gere tensão ou sustos, mas serve como homenagem aos clássicos do gênero e pra dar algumas risadas com o absurdo das situações, como todo bom trash do tipo. Além disso ainda tem o atrativo da presença de Scarlett Johansson em início de carreira.
Curiosidade: O filme foi originalmente intitulado Arach Attack, mas a semelhança com "Ataque no Iraque" pareceu inapropriado após o 11 de setembro e por isso foi alterado.
Mais uma comédia adolescente que tentou se aproveitar da fórmula batida das apostas vingativas de colégio.
Mas a forma como a trama é conduzida deixa a desejar, principalmente por trazer uma "vingança" final não tem nenhum impacto e nem pode ser considerada assim pois o cara não sofre qualquer consequência por seus atos e nem sequer mostra grande mudança em sua essência.
Não que ele precisasse mudar pois aquele estilo libertino estava funcionando bem pra ele, então é isso que importa. Mas a proposta inicial do filme colocava esse comportamento como desonesto e digno de punição. Então é difícil associar essa premissa com o seu desfecho pois a conta não fechou...
Apesar disso o filme tem seus bons momentos, como a cena da menina espiando o vestiário masculino e o planos fracassados pra humilhar o John e como ele reverte todas as situações são os pontos altos do filme.
Então mesmo com suas contradições pode-se dizer que no geral é uma comédia que cumpre seu objetivo e diverte, no fim é isso que interessa.
Esse documentário é surreal ao conseguir mostrar de uma forma bem didática como a zoeira e memes se transformam em realidade absoluta na mente de idiotas.
Uma frase que é dita no final é bem simbólica: "Não importa se é real ou não, é mais divertido que acompanhar uma série"...
E assim os acéfalos manipuláveis se isolam em bolhas de teorias da conspiração, criando realidades paralelas que sejam mais palatáveis do que lidar com a dureza do mundo real.
O mais perturbador é ver como as teorias mais estapafúrdias conseguem se alastrar tão facilmente contaminando tantos indigentes mentais. Seria deprimente imaginar o futuro da humanidade se algum dia essa manada de dementes se tornasse maioria. Pior é que pelos acontecimentos recentes vistos no mundo causados por extremistas esse futuro distópico pode nem estar muito distante...
Filme mediano, mesmo trazendo algumas respostas não foi suficiente para dar o encerramento que a trilogia merecia.
O ponto alto do filme continua por conta das boas cenas de ação que seguem o padrão do que foi visto anteriormente, com um CGI eficiente sendo aplicado nas sequências de correria caótica e combates de guerrilha. Mas isso depois da metade do filme acaba se tornando cansativo, até pela excessiva duração de quase 2 horas e meia. Também é exagerada a apelação ao sentimentalismo dos fãs com a "ressurreição" e mortes dramáticas de personagens simbólicos.
A história oferece respostas para a maioria das questões deixadas em aberto nos filmes anteriores com relação ao funcionamento do CRUEL e seleção das cobaias, nem todas são muito satisfatórias mas estão lá. Para quem esperava alguma explicação surpreendente sobre a função dos labirintos na história foi decepcionante a justificativa genérica de que era apenas um jeito de estimular o cérebro das cobaias para produzir mais anticorpos...
O desfecho é broxante ao parecer que apenas fugiram do problema e todos os sacrifícios para se obter uma cura foram em vão e a humanidade continuaria condenada à extinção. Já que o vírus estaria se espalhando pelo ar e o grupo não teria condições técnicas de desenvolver uma vacina vivendo naquele refúgio precário. Pode ser até que pensaram em desenvolver esse contexto em outros filmes mas pelo jeito isso não acontecerá.
No geral a franquia ficou abaixo das expectativas, o hype foi alto mas o resultado deixou a desejar, não empolgou e ainda ficou a sensação de história incompleta. Mas ainda pode servir como bom passatempo principalmente para os fãs dos livros.
Boa "dramédia", de uma forma bem humorada o filme passa muitas mensagens verdadeiras sobre relacionamentos falidos.
Os diálogos são o ponto alto do filme, Tommy Lee Jones e Meryl Streep conseguem passar com realismo todo o constrangimento que deve existir neste tipo de terapia para casais. Durante o filme se nota um bom equilíbrio entre drama e humor que não deixam o filme cair no tédio. A atuação mais séria do Steve Carel também surpreende, se encaixando perfeitamente no personagem do analista.
Um problema do filme é que inicialmente se cria expectativa de que seria necessária uma mudança mais radical na vida do casal para que o casamento sobrevivesse. Ao longo do filme o analista vai dando sugestões inusitadas para apimentar a vida sexual da dupla, isso poderia deixar o filme mais interessante e engraçado. Mas nada é realmente colocado em prática e a resolução dos problemas acontecem de forma muito repentina sem tanta criatividade, não dá a impressão que a solução seria tão duradoura.
Esse desfecho mais convencional decepciona quem esperava um estilo mais fora do padrão. Seria incrível por exemplo se o casal tentasse aquele ménage com a vizinha do cachorro, mostrando que estavam dispostos a tudo para tirar o relacionamento do marasmo que estava...
"Prometo reclamar menos, mas as vezes vou ter continuar reclamando porque é necessário."
Continuação de bom nível do filme de 2014. Mantendo o mesmo estilo e ritmo frenético do filme original, desta vez ainda são incluídos novos elementos e explicações que ficaram em aberto inicialmente.
O grande problema do filme é a duração mais extensa que o necessário. É muita correria e enrolação até que as informações sobre a organização CRUEL e onde os fugitivos se encaixam no projeto sejam parcialmente reveladas no final.
Mesmo assim ainda restam várias perguntas sem respostas que são deixadas para revelação no próximo filme, como por exemplo, como se deu o início do apocalipse, a função do labirinto na história além do motivo do treinamento e da remoção da memória dos jovens.
Mas no geral é uma sequência satisfatória, tem algumas reviravoltas interessantes e desperta curiosidade sobre como será a finalização da trilogia.
Filme horroroso, com uma história sem nexo que gira em torno de uma perseguição surreal a um misterioso Chevrolet Malibu que estaria ligado a extraterrestres.
Baseado nessa premissa tosca temos uma história totalmente desconexa, com um enredo mal trabalhado que vai do nada ao lugar nenhum. Dá a impressão que esse roteiro saiu durante um surto psicodélico de um roteirista chapado.
Pode até ter alguma crítica social em meio a toda essa insanidade mas essas supostas mensagens ficam perdidas dentro de um trama bagunçada e sem lógica.
E o pior é que inicialmente o filme até mostrava um certo potencial pela premissa cômica dos recuperadores de carros com seus códigos de ética duvidosos. Se tivessem seguido uma fórmula mais tradicional sem a bobagem alienígena o resultado poderia ter sido bem mais satisfatório. Mas do jeito que essa tosqueira saiu é só uma grande perda de tempo...
No geral não desrespeita seu antecessor de 1989, mas o contexto para a pancadaria rolar continua muito artificial e inverossímil, assim como no primeiro filme. Durante o filme são feitas várias referências aos faroestes já tentando justificar a falta de inspiração do roteiro...
Mas ninguém paga ingresso esperando ver um roteiro sofisticado para um filme desse tipo, portanto dentro das expectativas o filme se mostra uma boa diversão. Com destaque para as ótimas sequências de lutas, sempre muito bem coreografadas e alto nível de brutalidade. O confronto final é impressionante pelo realismo da luta e fechou o filme entregando o resultado esperado em termos de violência testosterônica.
O alucinado Connor foi bem escalado como vilão principal e surpreendeu atuando com um personagem que é praticamente uma versão dele próprio na vida real.
Remake esquecível mas que serve como bom passatempo, principalmente se for apreciado apenas como um tipo de homenagem ao filme original.
O filme tem uma boa premissa para uma ficção científica distópica. O roteiro consegue prender a atenção em volta dos mistérios que cercam o tal labirinto e intrigar o espectador sobre o que está do lado de fora também.
O ritmo do filme é ágil e envolve com muita correria e confrontos com criaturas sinistras. O CGI dos verdugos não desaponta e entrega o esperado para um filme de 2014. O enredo deixa muitas lacunas pelo caminho sobre a atuação da Organização e o que causou o cenário distópico que é mostrado. Aparentemente nem faz muito sentido a ideia de se realizar testes mortais com pessoas que deveriam ser consideradas preciosas por serem consideradas imunes a um vírus mortal.
Mas apesar disso, se espera que explicações coerentes sejam apresentadas nos próximos episódios da saga. Deixar explicações para o futuro pode decepcionar alguns mas a maioria não vai se incomodar em segurar a curiosidade, já que a primeira parte da história foi bem contada e deixou muitas perguntas a serem respondidas.
O filme é baseado na história real da ativista ambiental Erin Brockovich-Ellis que foi fundamental na construção de um caso contra a Pacific Gas & Electric Company (PG&E) envolvendo contaminação do lençol freático em Hinkley, Califórnia em 1993. Brockovich trabalhou como assistente jurídica no escritório de advocacia do advogado Ed Masry que recebeu US$ 133,6 milhões como parte do acordo de indenização, com Brockovich recebendo cerca de US$ 2,5 milhões de honorários.
Por ser baseado em fatos reais o ritmo do filme acaba deixando a desejar. Algumas subtramas são desnecessárias como o romance inútil com George, além do excesso de investigações e entrevistas com moradores que se mostram repetitivas demais.
Mas a personagem central é carismática e bem desenvolvida, proporcionando à Julia Roberts (com seu belo decote) dar até um tom cômico ao drama jurídico. Esse é um tipo de filme onde a atriz tem a chance de mostrar tanto seu talento cômico como dramático ao mesmo tempo e Julia Roberts soube aproveitar essa oportunidade com maestria. E como isso conseguiu levar com méritos o Oscar de Melhor Atriz para casa.
De modo geral não é um filme memorável mas que vale a pena conhecer, pois além de ser uma história que merece ser contada ele também é considerado um dos pontos altos tanto da carreira da Julia Roberts como do diretor Steven Soderbergh.
Curiosidade: A verdadeira Erin Brockovich faz uma ponta interpretando uma garçonete que se chama Júlia, em referência à atriz que a interpreta.
A premissa inicial de uma pessoa comum se tornando repentinamente um super dotado é muito instigante e rende os melhores momentos do filme. A suposta conexão com alienígenas também serve para deixar a trama mais imprevisível, mas neste ponto o desfecho desaponta e frustra às expectivas criadas ao longo do filme.
O contexto sentimental e de inadequação social do personagem é muito bem desenvolvido ao longo da história, despertando reflexões sobre como seria a reação de quem assiste se estivesse vivendo aquela situação inusitada. É triste constatar como tudo que foge ao padrão social logo tende a ser temido e hostilizado como se fosse uma ameaça a "normalidade" medíocre da sociedade.
Pena que o desfecho tenha sido tão convencional, ficamos na expectativa de que surja algum acontecimento surpreendente ligado as tais luzes misteriosas, mas esse momento nunca chega. Infelizmente o contexto humano da história acaba sendo priorizando mais do que a parte sobrenatural e isto certamente vai decepcionar a maioria do público e ainda deixar perguntas em aberto. Será que o fenômeno que ocorreu com George foi puramente biológico ou teve participação alienígena?
Apesar de deixar uma sensação de que tinha potencial para ser melhor é um filme interessante que deixa algumas boas reflexões pelo caminho e vale a pena conhecer.
Curiosidade: Na versão original o personagem do Travolta aprende a falar português, mas na versão dublada o idioma escolhido é o francês.
A trama policial não é grande coisa e parece fantasiosa demais, mas o ritmo da história é ágil e tem várias reviravoltas que ajudam a segurar a atenção até o final. Isso acaba deixando a experiência mais divertida, apesar dos furos e falta de lógica.
Os diálogos aleatórios e meio de improviso entre o casal são o ponto alto do filme, mostrando que a dupla encontrou uma sintonia legal. Vale a pena dar uma chance.
Tudo bem que ninguém vai no cinema ver uma comédia nacional esperando um roteiro inteligente ou muito inspirado, mas esse filme abusa da boa vontade do pobre espectador.
A premissa da viagem no tempo/maldição ativada pela música é muito mal contada, desconexa e com o principal defeito de não ser divertida. Fazer referência à Inception chega a ser obsceno...
Algumas considerações: Porchat atua sempre como se estivesse num vídeo de Porta dos Fundos, não existe a menor variação em nenhum personagem abobalhado que ele interpreta. Em alguns momentos até provoca risadas pela insistência, mas não se vê evolução do cara como ator.
Sandy nunca foi atriz, então é constrangedor ver ela tentando lutar contra esse fato da natureza. Ponto alto dela no filme é na primeira cena quando ela canta. No fim a culpa nem é dela e sim de quem escalou o elenco.
A música tema é tocada muito mais do que deveria, depois de 20 minutos de filme já saturou e daí pra frente é só uma chateação pra quem decide seguir até o final.
No fim é um filme que pode até servir como passatempo barato mas na realidade frustra até as mais baixas expectativas que costumamos ter para comédias nacionais. E mesmo assim muita gente ainda parece fazer força pra gostar...
O filme narra uma suposta Terceira Guerra Mundial centrada na invasão dos Estados Unidos por uma aliança da União Soviética e seus aliados latinos. Esta invasão comunista é então prontamente combatida por um grupo de guerrilheiros patriotas infanto-juvenis. E por incrível que pareça essa bobagem foi inspirada em planos que supostamente Hitler teria feito para invadir os EUA durante a Segunda Guerra Mundial...
É um roteiro que até tinha potencial mas é muito mal trabalhado, com a invasão vermelha (que deveria ser o ponto alto da história) sendo jogada de qualquer jeito no começo do filme com uma preguiçosa explicação inicial em forma de texto. Tecnicamente as sequências de combates de guerrilha são toscas e meio ridículas, limitadas geralmente a algumas poucas pirotecnias explosivas.
A verdade é que o filme envelheceu muito mal. Na época de lançamento com o mundo ainda na fase final da Guerra Fria esse conteúdo panfletário podia até ter algum apelo junto ao público, mas visto atualmente parece apenas uma peça de marketing anti-comunista cafona e bizarra, com direito até a campos de "reeducação ideológica"!
O filme começa morno mas a partir da introdução do crime na trama ganha fôlego e consegue prender a atenção ao se criar a expectativa sobre como o crime será punido.
Apesar das referências filosóficas serem encaixadas de forma meio desajeitada no roteiro, os diálogos são espirituosos e despertam algumas boas reflexões ao levantar questões existenciais e dilemas éticos envolvendo o tema "crime e castigo".
A forma como Wood Allen geralmente quebra as expectativas e despreza o politicamente correto em seus filmes deixa sempre uma certa imprevisibilidade sobre a conclusão de seus filmes.
Desta vez Allen opta por um desfecho mais tradicional onde o criminoso recebe uma punição indireta e ao acaso que não tem nada a ver com o crime cometido. Não é um desfecho ruim mas se esperava algo que fugisse mais do padrão e desse um destino mais inusitado ao anti herói da história. Além disso não é explicado se o inocente que tinha sido acusado do crime foi solto ou se o professor recebeu a culpa póstuma.
Dentro dos padrões do Wood Allen o filme tem uma história intrigante bem contada. Então pra que curte o estilo do diretor certamente não irá se decepcionar com esta produção.
Esse é o autêntico filme de macho dos anos, reunindo cuidadosamente todos os elementos básicos pra agradar ao público alvo.
Não existe muita preocupação com lógica do roteiro nem com coerências, tudo é formatado apenas para favorecer a pancadaria descontrolada. É interessante que neste aspecto a intervenção da polícia na trama seria um inconveniente, então simplesmente ela não aparece no filme deixando caminho aberto para que todo tipo de crime e violência corram soltos. Genial...
Mas como não é um filme pra ser levado a sério e sim apreciado como um exemplar icônico do cinema brucutu dos anos 80, qualquer absurdo merece ser relevado. Afinal tudo o que realmente interessa pra quem busca um filme deste tipo é entregue com louvor.
Assim temos: pancadaria desenfreada e de coreografia duvidosa, belos peitos gratuitos aos montes, muita pirotecnia nas explosões e um desfecho exemplar onde o vilão é punido com requintes de crueldade.
É o tipo de filme ruim mas que é impossível não gostar por isso esse "faroeste urbano" ganhou o status de cult ao longo do tempo e será sempre lembrado com carinho pelos fãs.
P.s: O título em português é tão aleatório e bizarro que é difícil acreditar que o idiota responsável por isso tenha realmente assistido ao filme.
Filme razoável, por um lado soube explorar com criatividade essa paranoia das teorias da conspiração que já fazem parte do folclore popular, mas faltou competência pra contar melhor a história.
Foi uma jogada inteligente da produção misturar o projeto secreto real MK-Ultra para dar certa credibilidade à parte fictícia da trama. Afinal as teorias da conspiração também são formadas desta forma, um vestígio de verdade cercado por um mar de bobagens.
O maior problema do filme é que falta coesão do roteiro em vários momentos. A forma como se dá a explicação sobre a participação do Jerry Fletcher no programa de controle da mente e sua posterior deserção é feita muito superficialmente. É confuso até para entender o contexto da morte do pai da Alice Sutton e como isso se conecta com o resto da conspiração. Tudo é apresentado de maneira apressada fazendo parecer que a produção priorizou em excesso a correria nas cenas de ação, deixando o enredo em segundo plano.
Também não parece muito lógico que o personagem do Jerry demonstre tanto cuidado em não ser rastreado e ao mesmo tempo chame tanta a atenção ao sair falando para estranhos sobre conspirações do governo em seu táxi. A conta não fecha.
O filme até serve como um bom passatempo, mas pelas expectativas iniciais deixou muito a desejar.
Mais uma produção barata do tipo que parece ter sido roteirizada via Chatgpt.
A história é pobre e previsível como se fosse um "Diabo Veste Prada" da Shopee. Chama a atenção também a total falta de química do casal e como a Marisa Tomei já tá acabada no final de carreira...
Os Segredos da Alimentação
3.4 8O documentário é muito esclarecedor, trazendo várias informações pouco divulgadas sobre o assunto.
É interessante saber que microbiota intestinal age no processo da obesidade e como desde o parto o organismo já é "contaminado" por essas bactérias que vão influenciar a saúde da pessoa pelo resto da vida.
Apesar de todo o tabu envolvido, no futuro o transplante de fezes poderá ser a resposta para muitas questões de saúde que hoje são tratadas com terapias muito mais complexas e pouco eficientes.
A Casa de Cera
3.1 2,1K Assista AgoraO filme está acima das expectativas para um slasher, principalmente pela premissa criativa e bem estruturada e também pelos efeitos gráficos que surpreendem até hoje pela qualidade.
A escalada no clima de tensão também é bem construída ao longo da trama e o contexto das figuras de cera favorece o uso dos bons efeitos práticos que causam bastante impacto se tornando marcantes na memória de quem assiste ao filme.
Algumas conveniências de roteiro incomodam, como a motivação fraca para os irmãos continuarem a fazer as "esculturas" só porque a mãe fazia e a inverossímil situação onde mesmo com dezenas de pessoas sumindo na região as autoridades não tivessem tido a preocupação de investigar aquela cidade nas redondezas.
Mas isso não tira os méritos do filme, que envelheceu bem e mesmo com seus quase 20 anos ainda se mostra eficiente como um bom slasher adolescente. Inclusive valeria a pena uma sequência se a ideia fosse bem trabalhada, já que deixaram um gancho pronto no final para isso.
Três Estranhos Idênticos
4.0 214 Assista AgoraPor mais controverso que tenha sido, esse foi um experimento aparentemente bem intencionado. Tudo indica que a pesquisa tinha como objetivo entender melhor até que ponto o ambiente e a criação causariam mais impacto no comportamento de uma pessoa do que apenas sua herança genética.
Qualquer pesquisa comportamental envolvendo crianças já seria naturalmente alvo de críticas, mas por tudo que foi mostrado parece que existe um exagero em como associaram os danos psicológicos relatados pelos gêmeos com o fato de terem sido adotados por famílias diferentes.
Afinal é bastante comum e não existem leis contra se colocar irmãos (gêmeos ou não) em famílias adotivas diferentes e nunca houve indícios de que isso causasse danos mentais nos adotados.
Por isso foi uma decisão acertada os pesquisadores escolherem gêmeos entregues para a adoção para o experimento, pois já existiria uma grande probabilidade de eles serem adotados por pais diferentes e nunca mais se reencontrassem durante a vida. Não parece que eles tenham sido separados intencionalmente para a pesquisa, apenas foram acompanhados após o processo de adoção para a coleta de dados. E o resultado da pesquisa não foi publicado antes para não expor os participantes.
Então a menos que surjam provas de que houve má fé dos cientistas na condução da pesquisa, não existem elementos que confirmem que a experiência causou danos psicológicos aos gêmeos, nem que causaria danos em irmãos adotados que não fossem gêmeos.
De qualquer forma, como foi dito no documentário, esse foi um experimento que nunca havia sido feito e provavelmente não será repetido. Por isso seria tão importante que se tivesse acesso irrestrito aos dados do estudo, afinal ainda que tenham sido obtidos de forma polêmica eles poderiam fornecer informações valiosas sobre vários aspectos da psicologia comportamental e do comportamento humano.
No Lugar Errado
1.8 12Mais um item bizarro da lista constrangedora de filmes que Bruce Willis resolveu participar na reta final da sua carreira.
No geral o filme é um show de horrores, com um enredo absurdo, diálogos constrangedores, atuações amadoras e efeitos visuais toscos principalmente nas simulações de sangramentos.
A tentativa de criar um contexto dramático que desde o início é genérico e não funciona. Além de tudo tem as várias conveniências pra tentar fazer o roteiro estúpido funcionar, como as câmeras terem sido desligadas em uma loja só pq contrataram um novo vigilante, a arma do crime que é jogada no mato e a polícia não acha e as armadilhas na floresta.
No fim o filme é só uma porcaria barata que já teria caído no esquecimento se não tivesse dado a sorte de ser o último da carreira do Bruce Willis.
O único ponto interessante é que talvez seja o único filme em que o personagem do Bruce Willis morre, isso de certa forma acaba simbolizando também o encerramento da vida artística dele.
Leão Branco, o Lutador sem Lei
3.1 137 Assista AgoraApesar da história genérica e tecnicamente não ser grande coisa é um filme divertido que traz uma nostalgia com os astros da pancadaria dos anos 90, que não precisavam de justificativas muito elaboradas pra distribuir seus golpes acrobáticos em quem aparecesse pelo caminho.
A história é uma bagunça, inicialmente cria uma expectativa de que Lyon iria voltar para se vingar dos traficantes que incendiaram o irmão, mas logo se muda o foco para o contexto das lutas clandestinas que serviriam para financiar a família do irmão. A trama da Legião Estrangeira é totalmente descartável e inútil dentro do enredo, parece ter sido colocada ali como retalho de ideias de algum outro filme descartado ou pra justificar o sotaque estranho que o ator sempre teve.
Mas deixando de lado a bagunça narrativa e focando na questão das lutas clandestinas é um filme regular. Van Damme no auge da carreira faz o que se espera, fala pouco e distribui muita pancada. As cenas das lutas tem coreografia duvidosa, com golpes nitidamente passando a quilômetros de distancia dos alvos e provocando reações caricatas dos figurantes sempre que fingem ser atingidos.
Mesmo com seus defeitos é um filme que vai agradar os fãs do Van Damme que pouco vão se importar com pontas soltas de roteiro ou canastrice do elenco, pois o que importa mesmo é ver o cara dando voadoras e seus famosos chutes giratórios em câmera lenta. E nesse ponto o filme não decepciona e vai satisfazer.
Mamonas Assassinas: O Filme
2.4 215 Assista AgoraNo geral o filme pode ser considerado uma homenagem tosca mas bem intencionada para essa banda que foi uma das mais simpáticas e queridas que o cenário musical brasileiro já produziu.
Mas tecnicamente é inegável ser uma produção de nível "novela global". A qualidade dos diálogos e da atuação dos atores protagonistas também deixa muito a desejar, mas pelo menos na caracterização eles se saem melhor pois todos estão bastante semelhantes aos integrantes reais da banda.
Mesmo que retratados de forma meio apressada e bagunçada, todos os principais marcos da história da banda estão presentes. O ponto mais interessante foi podermos ter uma noção de como o processo criativo de criação das músicas eram sempre improvisados na base da zoeira e funcionava perfeitamente na maioria das vezes.
Também ficamos com a certeza de que com o falso moralismo atual 100% daquele repertório nem sequer seria cogitado para ser lançado por alguma gravadora ou tocado em rádios...
Malditas Aranhas!
2.3 348 Assista Agora"Terrir" bem produzido. O roteiro é criativo e coerente dentro da insanidade que se propõe. As cenas dos ataques apresentam um CGI decente para a época, mostrando uma interação convincente entre as diversas espécies de aranhas gigantes e o elenco.
Não é um filme que gere tensão ou sustos, mas serve como homenagem aos clássicos do gênero e pra dar algumas risadas com o absurdo das situações, como todo bom trash do tipo. Além disso ainda tem o atrativo da presença de Scarlett Johansson em início de carreira.
Curiosidade: O filme foi originalmente intitulado Arach Attack, mas a semelhança com "Ataque no Iraque" pareceu inapropriado após o 11 de setembro e por isso foi alterado.
Todas Contra John
2.8 412 Assista AgoraMais uma comédia adolescente que tentou se aproveitar da fórmula batida das apostas vingativas de colégio.
Mas a forma como a trama é conduzida deixa a desejar, principalmente por trazer uma "vingança" final não tem nenhum impacto e nem pode ser considerada assim pois o cara não sofre qualquer consequência por seus atos e nem sequer mostra grande mudança em sua essência.
Não que ele precisasse mudar pois aquele estilo libertino estava funcionando bem pra ele, então é isso que importa. Mas a proposta inicial do filme colocava esse comportamento como desonesto e digno de punição. Então é difícil associar essa premissa com o seu desfecho pois a conta não fechou...
Apesar disso o filme tem seus bons momentos, como a cena da menina espiando o vestiário masculino e o planos fracassados pra humilhar o John e como ele reverte todas as situações são os pontos altos do filme.
Então mesmo com suas contradições pode-se dizer que no geral é uma comédia que cumpre seu objetivo e diverte, no fim é isso que interessa.
A Rede Antissocial: Dos Memes ao Caos
3.2 8Esse documentário é surreal ao conseguir mostrar de uma forma bem didática como a zoeira e memes se transformam em realidade absoluta na mente de idiotas.
Uma frase que é dita no final é bem simbólica: "Não importa se é real ou não, é mais divertido que acompanhar uma série"...
E assim os acéfalos manipuláveis se isolam em bolhas de teorias da conspiração, criando realidades paralelas que sejam mais palatáveis do que lidar com a dureza do mundo real.
O mais perturbador é ver como as teorias mais estapafúrdias conseguem se alastrar tão facilmente contaminando tantos indigentes mentais. Seria deprimente imaginar o futuro da humanidade se algum dia essa manada de dementes se tornasse maioria. Pior é que pelos acontecimentos recentes vistos no mundo causados por extremistas esse futuro distópico pode nem estar muito distante...
Maze Runner: A Cura Mortal
3.3 562 Assista AgoraFilme mediano, mesmo trazendo algumas respostas não foi suficiente para dar o encerramento que a trilogia merecia.
O ponto alto do filme continua por conta das boas cenas de ação que seguem o padrão do que foi visto anteriormente, com um CGI eficiente sendo aplicado nas sequências de correria caótica e combates de guerrilha. Mas isso depois da metade do filme acaba se tornando cansativo, até pela excessiva duração de quase 2 horas e meia. Também é exagerada a apelação ao sentimentalismo dos fãs com a "ressurreição" e mortes dramáticas de personagens simbólicos.
A história oferece respostas para a maioria das questões deixadas em aberto nos filmes anteriores com relação ao funcionamento do CRUEL e seleção das cobaias, nem todas são muito satisfatórias mas estão lá. Para quem esperava alguma explicação surpreendente sobre a função dos labirintos na história foi decepcionante a justificativa genérica de que era apenas um jeito de estimular o cérebro das cobaias para produzir mais anticorpos...
O desfecho é broxante ao parecer que apenas fugiram do problema e todos os sacrifícios para se obter uma cura foram em vão e a humanidade continuaria condenada à extinção. Já que o vírus estaria se espalhando pelo ar e o grupo não teria condições técnicas de desenvolver uma vacina vivendo naquele refúgio precário. Pode ser até que pensaram em desenvolver esse contexto em outros filmes mas pelo jeito isso não acontecerá.
No geral a franquia ficou abaixo das expectativas, o hype foi alto mas o resultado deixou a desejar, não empolgou e ainda ficou a sensação de história incompleta. Mas ainda pode servir como bom passatempo principalmente para os fãs dos livros.
Um Divã Para Dois
3.5 755 Assista AgoraBoa "dramédia", de uma forma bem humorada o filme passa muitas mensagens verdadeiras sobre relacionamentos falidos.
Os diálogos são o ponto alto do filme, Tommy Lee Jones e Meryl Streep conseguem passar com realismo todo o constrangimento que deve existir neste tipo de terapia para casais. Durante o filme se nota um bom equilíbrio entre drama e humor que não deixam o filme cair no tédio. A atuação mais séria do Steve Carel também surpreende, se encaixando perfeitamente no personagem do analista.
Um problema do filme é que inicialmente se cria expectativa de que seria necessária uma mudança mais radical na vida do casal para que o casamento sobrevivesse. Ao longo do filme o analista vai dando sugestões inusitadas para apimentar a vida sexual da dupla, isso poderia deixar o filme mais interessante e engraçado. Mas nada é realmente colocado em prática e a resolução dos problemas acontecem de forma muito repentina sem tanta criatividade, não dá a impressão que a solução seria tão duradoura.
Esse desfecho mais convencional decepciona quem esperava um estilo mais fora do padrão. Seria incrível por exemplo se o casal tentasse aquele ménage com a vizinha do cachorro, mostrando que estavam dispostos a tudo para tirar o relacionamento do marasmo que estava...
"Prometo reclamar menos, mas as vezes vou ter continuar reclamando porque é necessário."
Maze Runner: Prova de Fogo
3.4 1,2K Assista AgoraContinuação de bom nível do filme de 2014. Mantendo o mesmo estilo e ritmo frenético do filme original, desta vez ainda são incluídos novos elementos e explicações que ficaram em aberto inicialmente.
O grande problema do filme é a duração mais extensa que o necessário. É muita correria e enrolação até que as informações sobre a organização CRUEL e onde os fugitivos se encaixam no projeto sejam parcialmente reveladas no final.
Mesmo assim ainda restam várias perguntas sem respostas que são deixadas para revelação no próximo filme, como por exemplo, como se deu o início do apocalipse, a função do labirinto na história além do motivo do treinamento e da remoção da memória dos jovens.
Mas no geral é uma sequência satisfatória, tem algumas reviravoltas interessantes e desperta curiosidade sobre como será a finalização da trilogia.
Repo Man: A Onda Punk
3.3 94 Assista AgoraFilme horroroso, com uma história sem nexo que gira em torno de uma perseguição surreal a um misterioso Chevrolet Malibu que estaria ligado a extraterrestres.
Baseado nessa premissa tosca temos uma história totalmente desconexa, com um enredo mal trabalhado que vai do nada ao lugar nenhum. Dá a impressão que esse roteiro saiu durante um surto psicodélico de um roteirista chapado.
Pode até ter alguma crítica social em meio a toda essa insanidade mas essas supostas mensagens ficam perdidas dentro de um trama bagunçada e sem lógica.
E o pior é que inicialmente o filme até mostrava um certo potencial pela premissa cômica dos recuperadores de carros com seus códigos de ética duvidosos. Se tivessem seguido uma fórmula mais tradicional sem a bobagem alienígena o resultado poderia ter sido bem mais satisfatório. Mas do jeito que essa tosqueira saiu é só uma grande perda de tempo...
Matador de Aluguel
3.1 261 Assista AgoraNo geral não desrespeita seu antecessor de 1989, mas o contexto para a pancadaria rolar continua muito artificial e inverossímil, assim como no primeiro filme. Durante o filme são feitas várias referências aos faroestes já tentando justificar a falta de inspiração do roteiro...
Mas ninguém paga ingresso esperando ver um roteiro sofisticado para um filme desse tipo, portanto dentro das expectativas o filme se mostra uma boa diversão. Com destaque para as ótimas sequências de lutas, sempre muito bem coreografadas e alto nível de brutalidade. O confronto final é impressionante pelo realismo da luta e fechou o filme entregando o resultado esperado em termos de violência testosterônica.
O alucinado Connor foi bem escalado como vilão principal e surpreendeu atuando com um personagem que é praticamente uma versão dele próprio na vida real.
Remake esquecível mas que serve como bom passatempo, principalmente se for apreciado apenas como um tipo de homenagem ao filme original.
Maze Runner: Correr ou Morrer
3.6 2,1K Assista AgoraO filme tem uma boa premissa para uma ficção científica distópica. O roteiro consegue prender a atenção em volta dos mistérios que cercam o tal labirinto e intrigar o espectador sobre o que está do lado de fora também.
O ritmo do filme é ágil e envolve com muita correria e confrontos com criaturas sinistras. O CGI dos verdugos não desaponta e entrega o esperado para um filme de 2014. O enredo deixa muitas lacunas pelo caminho sobre a atuação da Organização e o que causou o cenário distópico que é mostrado. Aparentemente nem faz muito sentido a ideia de se realizar testes mortais com pessoas que deveriam ser consideradas preciosas por serem consideradas imunes a um vírus mortal.
Mas apesar disso, se espera que explicações coerentes sejam apresentadas nos próximos episódios da saga. Deixar explicações para o futuro pode decepcionar alguns mas a maioria não vai se incomodar em segurar a curiosidade, já que a primeira parte da história foi bem contada e deixou muitas perguntas a serem respondidas.
Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento
3.8 585 Assista AgoraO filme é baseado na história real da ativista ambiental Erin Brockovich-Ellis que foi fundamental na construção de um caso contra a Pacific Gas & Electric Company (PG&E) envolvendo contaminação do lençol freático em Hinkley, Califórnia em 1993. Brockovich trabalhou como assistente jurídica no escritório de advocacia do advogado Ed Masry que recebeu US$ 133,6 milhões como parte do acordo de indenização, com Brockovich recebendo cerca de US$ 2,5 milhões de honorários.
Por ser baseado em fatos reais o ritmo do filme acaba deixando a desejar. Algumas subtramas são desnecessárias como o romance inútil com George, além do excesso de investigações e entrevistas com moradores que se mostram repetitivas demais.
Mas a personagem central é carismática e bem desenvolvida, proporcionando à Julia Roberts (com seu belo decote) dar até um tom cômico ao drama jurídico. Esse é um tipo de filme onde a atriz tem a chance de mostrar tanto seu talento cômico como dramático ao mesmo tempo e Julia Roberts soube aproveitar essa oportunidade com maestria. E como isso conseguiu levar com méritos o Oscar de Melhor Atriz para casa.
De modo geral não é um filme memorável mas que vale a pena conhecer, pois além de ser uma história que merece ser contada ele também é considerado um dos pontos altos tanto da carreira da Julia Roberts como do diretor Steven Soderbergh.
Curiosidade: A verdadeira Erin Brockovich faz uma ponta interpretando uma garçonete que se chama Júlia, em referência à atriz que a interpreta.
Fenômeno
3.4 164 Assista AgoraA premissa inicial de uma pessoa comum se tornando repentinamente um super dotado é muito instigante e rende os melhores momentos do filme. A suposta conexão com alienígenas também serve para deixar a trama mais imprevisível, mas neste ponto o desfecho desaponta e frustra às expectivas criadas ao longo do filme.
O contexto sentimental e de inadequação social do personagem é muito bem desenvolvido ao longo da história, despertando reflexões sobre como seria a reação de quem assiste se estivesse vivendo aquela situação inusitada. É triste constatar como tudo que foge ao padrão social logo tende a ser temido e hostilizado como se fosse uma ameaça a "normalidade" medíocre da sociedade.
Pena que o desfecho tenha sido tão convencional, ficamos na expectativa de que surja algum acontecimento surpreendente ligado as tais luzes misteriosas, mas esse momento nunca chega. Infelizmente o contexto humano da história acaba sendo priorizando mais do que a parte sobrenatural e isto certamente vai decepcionar a maioria do público e ainda deixar perguntas em aberto. Será que o fenômeno que ocorreu com George foi puramente biológico ou teve participação alienígena?
Apesar de deixar uma sensação de que tinha potencial para ser melhor é um filme interessante que deixa algumas boas reflexões pelo caminho e vale a pena conhecer.
Curiosidade: Na versão original o personagem do Travolta aprende a falar português, mas na versão dublada o idioma escolhido é o francês.
Um Crime Para Dois
3.2 215 Assista AgoraA trama policial não é grande coisa e parece fantasiosa demais, mas o ritmo da história é ágil e tem várias reviravoltas que ajudam a segurar a atenção até o final. Isso acaba deixando a experiência mais divertida, apesar dos furos e falta de lógica.
Os diálogos aleatórios e meio de improviso entre o casal são o ponto alto do filme, mostrando que a dupla encontrou uma sintonia legal. Vale a pena dar uma chance.
Evidências do Amor
3.7 51Tudo bem que ninguém vai no cinema ver uma comédia nacional esperando um roteiro inteligente ou muito inspirado, mas esse filme abusa da boa vontade do pobre espectador.
A premissa da viagem no tempo/maldição ativada pela música é muito mal contada, desconexa e com o principal defeito de não ser divertida. Fazer referência à Inception chega a ser obsceno...
Algumas considerações: Porchat atua sempre como se estivesse num vídeo de Porta dos Fundos, não existe a menor variação em nenhum personagem abobalhado que ele interpreta. Em alguns momentos até provoca risadas pela insistência, mas não se vê evolução do cara como ator.
Sandy nunca foi atriz, então é constrangedor ver ela tentando lutar contra esse fato da natureza. Ponto alto dela no filme é na primeira cena quando ela canta. No fim a culpa nem é dela e sim de quem escalou o elenco.
A música tema é tocada muito mais do que deveria, depois de 20 minutos de filme já saturou e daí pra frente é só uma chateação pra quem decide seguir até o final.
No fim é um filme que pode até servir como passatempo barato mas na realidade frustra até as mais baixas expectativas que costumamos ter para comédias nacionais. E mesmo assim muita gente ainda parece fazer força pra gostar...
Amanhecer Violento
3.0 81 Assista AgoraO filme narra uma suposta Terceira Guerra Mundial centrada na invasão dos Estados Unidos por uma aliança da União Soviética e seus aliados latinos. Esta invasão comunista é então prontamente combatida por um grupo de guerrilheiros patriotas infanto-juvenis. E por incrível que pareça essa bobagem foi inspirada em planos que supostamente Hitler teria feito para invadir os EUA durante a Segunda Guerra Mundial...
É um roteiro que até tinha potencial mas é muito mal trabalhado, com a invasão vermelha (que deveria ser o ponto alto da história) sendo jogada de qualquer jeito no começo do filme com uma preguiçosa explicação inicial em forma de texto. Tecnicamente as sequências de combates de guerrilha são toscas e meio ridículas, limitadas geralmente a algumas poucas pirotecnias explosivas.
A verdade é que o filme envelheceu muito mal. Na época de lançamento com o mundo ainda na fase final da Guerra Fria esse conteúdo panfletário podia até ter algum apelo junto ao público, mas visto atualmente parece apenas uma peça de marketing anti-comunista cafona e bizarra, com direito até a campos de "reeducação ideológica"!
O Homem Irracional
3.5 551 Assista AgoraO filme começa morno mas a partir da introdução do crime na trama ganha fôlego e consegue prender a atenção ao se criar a expectativa sobre como o crime será punido.
Apesar das referências filosóficas serem encaixadas de forma meio desajeitada no roteiro, os diálogos são espirituosos e despertam algumas boas reflexões ao levantar questões existenciais e dilemas éticos envolvendo o tema "crime e castigo".
A forma como Wood Allen geralmente quebra as expectativas e despreza o politicamente correto em seus filmes deixa sempre uma certa imprevisibilidade sobre a conclusão de seus filmes.
Desta vez Allen opta por um desfecho mais tradicional onde o criminoso recebe uma punição indireta e ao acaso que não tem nada a ver com o crime cometido. Não é um desfecho ruim mas se esperava algo que fugisse mais do padrão e desse um destino mais inusitado ao anti herói da história. Além disso não é explicado se o inocente que tinha sido acusado do crime foi solto ou se o professor recebeu a culpa póstuma.
Dentro dos padrões do Wood Allen o filme tem uma história intrigante bem contada. Então pra que curte o estilo do diretor certamente não irá se decepcionar com esta produção.
Matador de Aluguel
3.3 155 Assista AgoraEsse é o autêntico filme de macho dos anos, reunindo cuidadosamente todos os elementos básicos pra agradar ao público alvo.
Não existe muita preocupação com lógica do roteiro nem com coerências, tudo é formatado apenas para favorecer a pancadaria descontrolada. É interessante que neste aspecto a intervenção da polícia na trama seria um inconveniente, então simplesmente ela não aparece no filme deixando caminho aberto para que todo tipo de crime e violência corram soltos. Genial...
Mas como não é um filme pra ser levado a sério e sim apreciado como um exemplar icônico do cinema brucutu dos anos 80, qualquer absurdo merece ser relevado. Afinal tudo o que realmente interessa pra quem busca um filme deste tipo é entregue com louvor.
Assim temos: pancadaria desenfreada e de coreografia duvidosa, belos peitos gratuitos aos montes, muita pirotecnia nas explosões e um desfecho exemplar onde o vilão é punido com requintes de crueldade.
É o tipo de filme ruim mas que é impossível não gostar por isso esse "faroeste urbano" ganhou o status de cult ao longo do tempo e será sempre lembrado com carinho pelos fãs.
P.s: O título em português é tão aleatório e bizarro que é difícil acreditar que o idiota responsável por isso tenha realmente assistido ao filme.
Teoria da Conspiração
3.5 188 Assista AgoraFilme razoável, por um lado soube explorar com criatividade essa paranoia das teorias da conspiração que já fazem parte do folclore popular, mas faltou competência pra contar melhor a história.
Foi uma jogada inteligente da produção misturar o projeto secreto real MK-Ultra para dar certa credibilidade à parte fictícia da trama. Afinal as teorias da conspiração também são formadas desta forma, um vestígio de verdade cercado por um mar de bobagens.
O maior problema do filme é que falta coesão do roteiro em vários momentos. A forma como se dá a explicação sobre a participação do Jerry Fletcher no programa de controle da mente e sua posterior deserção é feita muito superficialmente. É confuso até para entender o contexto da morte do pai da Alice Sutton e como isso se conecta com o resto da conspiração. Tudo é apresentado de maneira apressada fazendo parecer que a produção priorizou em excesso a correria nas cenas de ação, deixando o enredo em segundo plano.
Também não parece muito lógico que o personagem do Jerry demonstre tanto cuidado em não ser rastreado e ao mesmo tempo chame tanta a atenção ao sair falando para estranhos sobre conspirações do governo em seu táxi. A conta não fecha.
O filme até serve como um bom passatempo, mas pelas expectativas iniciais deixou muito a desejar.
Upgrade: As Cores do Amor
2.8 72 Assista AgoraMais uma produção barata do tipo que parece ter sido roteirizada via Chatgpt.
A história é pobre e previsível como se fosse um "Diabo Veste Prada" da Shopee. Chama a atenção também a total falta de química do casal e como a Marisa Tomei já tá acabada no final de carreira...
A finalização também não convence, com uma virada mirabolante da carreira da protagonista que é inverossímil demais pra ser levada a sério...