Apesar de algumas falhas e de ter sido um fracasso de bilheteria esse é um épico de respeito e está à altura do personagem que retratou.
Pra começar a fotografia é exuberante com uma recriação cenográfica impecável de cenários como a Babilônia, Egito e Grécia. As cenas das batalhas são brutais e passam um realismo absurdo pela excelente caracterização de milhares de figurantes e pelo uso adequado de CGI, sem exageros.
A forma como a história é narrada a partir dos relatos do Ptolomeu também é bem pensada e permite uma certa liberdade histórica ao que é mostrado em tela, afinal representaria apenas a versão de um historiador sobre os acontecimentos e não teria necessariamente uma precisão de documentário.
De negativo, apesar das quase 3 horas de duração o filme tem algumas passagens e cortes feitos de forma apressada, isso vai incomodar ou confundir aqueles que não tem um conhecimento prévio sobre os fatos históricos relacionados ao personagem. Por outro lado é compreensível que alguns pontos sejam mais destacados e outros omitidos em favor da dinâmica do filme e de sua duração limitada. (Aparentemente essas questões foram amenizadas com a versão de três horas e 34 minutos lançada pelo diretor em 2007.)
Por fim vale ressaltar que Alexandre sempre foi um personagem muito complexo e controverso, considerado intransigente e megalomaníaco por alguns ou um estrategista genial e diplomático por outros, neste aspecto Oliver Stone consegue retratar muito bem esses dois lados sem fazer julgamentos morais.
Polêmicas à parte, o fato é que com seus feitos "Alexandre, o Grande" conseguiu gravar seu nome na história sendo até hoje comparado ao mitológico Hércules, como sempre desejou.
Apenas mais uma sequência desnecessária que foi lançada direto para vídeo, seguindo o padrão de qualidade dos lixos produzidos pelo canal Syfy.
Esse filme consegue a façanha de ser ainda mais tenebroso que a segunda parte, a história é patética e genérica com "defeitos" especiais que só servem como comédia involuntária. O nível do elenco é amador e desta vez até os nudes, que eram a única coisa que prestou no filme anterior, foram reduzidos...
Se é pra fazer esse tipo de palhaçada seria mais honesto admitir logo que é só uma paródia, mas preferem fingir que levam a sério o projeto.
Tem muito "filme de tubarão" ruim mas esse sem dúvidas está entre os piores. Tentaram fazer um filme cheio de "ativismo", empoderamento feminista e mensagens ambientais alarmistas, mas esqueceram do principal que é mostrar um entretenimento de qualidade.
Tem umas duas ou três cenas de ataques que são aceitáveis, mas no geral os efeitos são muito fracos com personagens caricatos e um trabalho ridículo de figurantes fazendo força pra cair na água de propósito, proporcionando o tipo de humor involuntário que o filme não precisava.
Saudades dos tempos em que se podia explodir animais assassinos nos finais dos filmes das formas mais absurdas possíveis. O politicamente correto tirou a graça até desse gênero de filme que sempre foi divertido justamente por ter esse tipo "acerto de contas" no final.
Desta vez pra agradar a militância não puderam nem matar a "tubaroa" nem mostrar a vilã humana sendo devidamente devorada, afinal a prefeita era a mulher empoderada da história...
Pelo jeito a nova geração será obrigada a se contentar com essas porcarias "family friendly" sem graça, porém cheias de "mensagens" pra galera se conscientizar....
O filme foi vagamente baseado na história real de Tom e Eileen Lonergan que em 1998 saíram com um grupo de mergulho na Grande Barreira de Corais e foram acidentalmente deixados para trás porque a tripulação do barco de mergulho não conseguiu fazer uma contagem precisa dos mergulhadores. Suas ausências só foram notadas pela tripulação dois dias depois e embora os esforços de busca tenham descoberto alguns objetos pessoais do casal, os corpos nunca foram encontrados.
Considerando o orçamento precário de apenas US$ 120.000 (rendendo assombrosos US$ 55 milhões de bilheteria), no geral o resultado final é até aceitável, dentro das limitações técnicas da produção. Os produtores optaram por usar tubarões reais nas filmagens, para não dependerem de algum CGI ruim que prejudicaria o realismo das cenas.
O ritmo do filme oscila muito, com algumas partes extremamente entediantes e diálogos constrangedores. O nível de atuação do casal não é grande coisa mas é suficiente para dar alguma credibilidade para as cenas mais tensas e aflitivas, quando os personagens estão impotentes sendo rodeados por tubarões, fazendo o espectador se imaginar naquela situação por algum momento.
O final trágico apesar de ser anticlimático, procurou manter relação com os fatos reais. Umas das teorias sobre a morte do casal diz que eles podem ter sofrido delírios resultantes da desidratação, o que teria levado eles a retirar voluntariamente os trajes de mergulho, se afogando em seguida.
P.s: No fim a grande moral da história é: Nunca desperdice uma chance de transar, nunca se sabe quando será a última oportunidade...
Tecnicamente o filme tem um ritmo alucinante, são muitas sequências de ação e lutas incessantes que acabam deixando várias cenas confusas e executadas de forma apressada só para caber nos 90 minutos de duração do filme. A computação gráfica também deixa a desejar na maioria das vezes.
Além disso as conveniências de roteiro são muitas e a resolução final parece muito óbvia a partir da entrada do Stallone na prisão. Mas por outro lado isso é o que garante o protagonismo do ator dentro do filme, que é o que o público espera na final.
Mesmo com seus altos e baixos pelo menos é sequência coerente. Repetindo parte do elenco, fazendo uma boa conexão com o enredo do filme anterior além de deixar gancho para um terceiro episódio que encerrará a trilogia. Então quem curtiu o filme anterior poderá encontrar alguns motivos para gostar deste também.
Curiosidade: O próprio Sylvester Stallone esculhambou o filme em sua rede social. Após receber um comentário de um fã, Sly se referiu ao longa de ação como “Beyond Awful”(algo como” além do péssimo”) e prometeu melhorias para a terceira parte. Veremos...
Mais um bom trabalho do Ricky Gervais que desta vez aparece como coadjuvante de luxo, se dedicando mais à direção. O filme pode ser considerado uma dramédia, trazendo todos os elementos que caracterizam o estilo do Gervais, com foco nos bons diálogos que utilizam sempre sarcasmo e humor negro para passar as mensagens.
Neste sentido a Companhia de Seguros surge simbolizando a segurança e comodismo que incentivam a não se sair da zona de conforto. Por outro lado é visto como isso pode limitar a forma como se encara a vida, como na sequência irônica onde um casal ia sair de férias para se divertir mas é convencido a usar o dinheiro para pagar o seguro, em seguida o velho morre de acidente justamente por ter ficado em casa ao invés de viajar.
Vale destacar também como são construídas as situações de desconforto dos personagens que se veem no dilema de permanecer ou não em suas zonas de conforto e qual o preço que essa decisão pode cobrar. A vida passa rápido e na dúvida aquele velho provérbio árabe que é repetido ao longo do filme serve como um bom conselho: "Jogue seu coração na sua frente e corra para pegá-lo... tudo o que você desejar, imagine que está na sua frente e agarre-o"...
Não é uma comédia típica do Ricky Gervais mas cumpre seu propósito. No geral é um filme surpreendente que vai despertar boas reflexões em quem souber assisti-lo com o olhar certo.
Tipo de produção semi amadora, baseada em humor de constrangimento que mesmo diante das mais baixas expectativas ainda decepciona.
O esboço de roteiro é medonho e preguiçoso, tem uma trama envolvendo o sumiço da mãe que é tão mal elaborada e desconexa que o melhor é nem tentar achar muita lógica. As pseudo piadas que já eram naturalmente mal escritas perdem ainda mais a graça com os improvisos forçados das atrizes. Se só tivessem jogado no ChatGPT saía coisa melhor.
A coitada da Ingrid Guimarães até se esforça com o texto medíocre que recebeu, mas a Tatá é fraquíssima parece estar sempre "interpretando" ela própria com seus improvisos sem graça, mostrando total falta de talento para compor um personagem cômico. Pode ser uma boa piadista de stand up mas chamar isso de atriz é até uma ofensa à profissão.
Enquanto esse tipo de porcaria continuar dando bilheteria e sendo aplaudido por idiotas descerebrados não existe muita esperança do cinema nacional evoluir mesmo...
O filme foi dirigido por Steven Spielberg que sempre declarou ser um grande fã do personagem Tintin. E dá para notar que houve muito cuidado da direção em não perder a essência das histórias em quadrinhos originais de Tintin.
E de fato o estilo dos quadrinhos é replicado no filme, são muitas aventuras investigativas em diversos cenários ao redor do mundo. Mas parece que houve uma empolgação exagerada dos produtores deixando o filme frenético demais, com cenas de ação se sobrepondo umas às outras de forma incessante. Depois de algum tempo isso acaba tornando cansativa a tarefa de acompanhar uma trama com tanta correria.
O desfecho também é broxante, como apostaram em uma sequência que nunca veio a questão da descoberta do tesouro no navio afundado ficou mal resolvida. Dando uma sensação de que toda a correria vista durante o filme foi em vão.
Tecnicamente os efeitos de animação gráfica usando técnicas de captura de movimentos foram inovadores para a época, mas em comparação com a tecnologia atual já se mostram bastante defasados, como por exemplo ao exibir os rostos dos personagens sem tanta expressão. Por outro lado os cenários construídos por computação gráfica realmente impressionam.
No geral é uma animação com muitos altos e baixos, tecnicamente entrega o prometido mas o conteúdo tem seus problemas. Enfim, não chega nem perto de ficar entre os principais trabalhos do Steven Spielberg...
Dá pra imaginar como essa sequência deve ter sido decepcionante pra quem curtiu o primeiro filme e esperava algo no mesmo nível. No início existe até uma tentativa de fazer uma conexão lógica com o filme de 1999, com algumas referências aos acontecimentos e personagens anteriores.
Mas a falta de criatividade é gritante, tentam repetir descaradamente a estrutura do filme original com os mesmos tipos de personagens e diálogos em um quase remake, só que o novo elenco não chega nem perto em termos de atuação ou carisma. Além disso o ponto mais deplorável são os efeitos gráficos toscos que parecem um retrocesso impressionante quando se compara com um filme de quase 10 antes.
No fim o único ponto que supera o primeiro filme é algumas boas cenas com gostosas de topless, o que sempre costuma ser um atrativo a mais nesse tipo de produção barata. Tirando isso é um filme totalmente descartável que pode ser considerado até um desrespeito ao primeiro "Pânico no Lago" que ao longo do tempo se tornou quase um clássico do gênero.
Com produção executiva de Spielberg esse filme se tornou um clássico, tendo contribuído para provocar uma aracnofobia permanente em muitos que o assistiram na infância.
O roteiro é bem amarrado, mostrando uma explicação plausível e coerente para o surgimento da infestação de aranhas mortais na cidade, sem apelar para as bobagens de contaminação radioativa ou alteração genética que geralmente sempre são usadas nesse tipo de filme. O elenco é entrosado com Jeff Daniels fazendo uma ótima parceria com John Goodman, que trouxe um alívio cômico na medida certa para não deixar o filme cair no pastelão.
Mas talvez o maior destaque do filme seja a qualidade dos efeitos especiais que combinam o uso tanto de animatrônicos artesanais quanto aranhas reais adestradas que permitiram gerar cenas ainda mais realísticas e aflitivas, principalmente quem já tinha alguma fobia dos aracnídeos.
Consta que foram utilizadas mais de 300 aranhas Avondale da Nova Zelândia, escolhidas pelo seu grande tamanho, por serem sociáveis e inofensivas aos humanos. Essas aranhas não gostavam de ar quente, então, para fazer as aranhas atingirem suas "marcas" durante as filmagens secadores de cabelo foram usados para motivar as aranhas a se moverem.
Ótimo melodrama noventista que se tornou um clássico do "Supercine". A trama da cuidadora que se apaixona pelo paciente parecia inovadora para a época, mas atualmente já é um tema meio saturado pelos vários filmes recentes que reaproveitaram a fórmula.
A junção de boa direção, bela fotografia, enredo instigante e as atuações convincentes de Julia Roberts e do Campbell Scott fazem o drama funcionar muito bem dentro daquilo que se propõe. A história também tem algumas boas viradas que servem para deixar em dúvida se o "Tudo por Amor" do título se confirmaria.
O desfecho inconclusivo é acertado pois faz um meio termo entre o final feliz padrão e o final trágico anticlimático, essa indefinição foi uma escolha mais verossímil do que se fosse mostrada uma cura improvável apenas para conveniência do roteiro.
Por fim ainda temos a bela trilha sonora criada especialmente para o filme que traz o som inconfundível do Kenny G criando a atmosfera comovente que o filme pedia.
O enredo envolvendo gangues e máfia é só "mais do mesmo", para tentar dar uma inovada colocam o Van Damme como um padrasto atormentado tentando proteger seu enteado.
Mas o resultado não é tão interessante. O filme é arrastado e aposta em uma uma estética melancólica para combinar com o personagem depressivo do interpretado por Van Damme. Apresenta também uma narrativa não cronológica para os acontecimentos que não tem grande utilidade no resultado final, servindo apenas para deixar o filme mais confuso.
As poucas cenas de lutas protagonizadas pelo Jean-Claude Van Damme que seriam um atrativo para o filme já não causam impacto. O cara tem que aceitar o fato que ele não aguenta mais fazer esse tipo de trabalho para não virar uma caricatura de si próprio. Talvez mudar o foco para gêneros de filmes menos físicos fosse uma alternativa.
No fim é só mais um dos filmes esquecíveis do Van Damme.
O filme é vagamente baseado na vida do comandante de Auschwitz Rudolf Höss e sua esposa Hedwig, que durante a 2º Guerra viveram com a família em uma casa na "Zona de Interesse", que eram áreas residenciais próximas aos campos de concentração.
O grande atrativo do filme é provocar reflexões sobre a banalização do mal. Para alcançar este objetivo é mostrada a existência de um tipo de convivência mórbida, onde famílias de nazistas moravam e desfrutavam dos prazeres da vida ao lado de campos de concentração onde os horrores do holocausto eram praticados. Neste contexto bizarro ouvir tiros, gritos e sons de trens e fornalhas passavam a fazer parte da rotina familiar.
Essa situação esdrúxula e pouco conhecida do público até serve para chocar e captar a atenção logo de início.
Mas após meia hora esse fator surpresa se perde e o restante do filme se torna extremamente enfadonho e monótono. Os conflitos se resumem aos draminhas domésticos entre o comandante Rudolf Höss e sua esposa que tentam superar crises irrelevantes do casamento em meio à guerra.
Por tudo isso é um filme bastante superestimado. Pode até abordar um tema relevante mas a forma entediante como isto é feito estraga totalmente a experiência, tornando "Zona de Interesse" bem desinteressante...
Continuação razoável, desta vez pelo menos souberam dar uma continuação coerente ao que foi visto no 2º filme e ainda fazendo referência ao filme original de 1999. Com isso a trama científica, mesmo continuando forçada, é funcional dentro da história ao explicar o motivo da inteligência incomum dos tubarões e o perigo de eles reproduzirem e se espalharem.
O CGI é mais decente e o design dos tubarões está mais realístico. Existem algumas cenas de mortes que são criativas e bem executadas. E o fato de não terem insistindo com a baboseira dos ataques dos filhotes do último filme também foi acertado.
De mais negativo temos a decisão dos produtores de matar alguns personagens "do bem" só por serem homens, o que é meio estranho e só serve para destacar a sobrevivência de todo elenco feminino no final. Todo esse esforço narrativo apenas para priorizar uma agenda militante chega a ser meio patético, mas parece que "tá na moda".
Filme bastante mediano, fica no meio do caminho entre comédia e drama familiar, não sendo efetivo em nenhum dos dois. A parte dramática é muito superficial para causar alguma conexão com o público e a comédia fica perdida entre alguns temas mais sérios que o filme aborda como separação e doenças.
Se o Tom Hanks tivesse tido coragem de sair da zona de conforto e assumido o filme como um drama sério, provavelmente o resultado seria menos medíocre. Mas Tom Hanks em início de carreira ainda não estava preparado para abandonar as comédias inofensivas e alçar voos mais altos em questão de interpretação dramática.
Apesar disso em uma entrevista o ator admitiu que este filme foi onde ele mais aprendeu e que lhe deu mais experiência no começo da carreira, fazendo com que ele tivesse uma nova visão sobre o que seria preciso para se tornar um ator completo.
Apesar das estrelas que compõe o elenco a produção deixa muito a desejar. Cheio de diálogos desconexos e subtramas inúteis é tarefa difícil chegar ao final deste filme que certamente merece estar na lista dos piores faroestes já filmados na história.
As duas estrelas do filme pouco podem fazer diante do roteiro medíocre. Marlon Brando interpreta um personagem bizarro e exótico que parecia uma versão dele próprio na vida real. Nicholson parece meio perdido no filme interpretando mais um de seus personagens excêntricos, desta vez como um cowboy desorientado. O romance entre a ninfomaníaca Jane e Logan é esquisito, mal desenvolvido e pouco acrescenta de útil ao resto da trama. No fim sua atuação não compromete mas ele não consegue salvar o filme da mediocridade com o roteiro tosco que recebe.
Piora ainda na parte final onde o esperado acerto de contas entre Logan e Robert E. Lee Clayton (que deveria ser o tal "Duelo de Gigantes" do título) é broxante e sem qualquer impacto.
Talvez o único atrativo do filme fique por conta da curiosidade de se ver Brando e Nicholson contracenando pela única vez, mas de resto não se salva nada aqui.
O filme parece ter se tornado cult pela temática feminista mas chega a ser até banal em comparação ao nível dos filmes panfletários mais atuais. A trama é mediana e segue a fórmula padrão, cheia dos velhos clichês de filmes adolescentes escolares, com bullying e romances não correspondidos.
A dinâmica das vinganças usando bruxaria e da "lei do retorno" são desenvolvidas de forma confusa, pois no final com exceção da Nancy, todas as bruxas ficam impunes apesar das maldades que também cometeram usando seus feitiços. Então faltou coerência em relação a essa mensagem sobre "Karmas".
Os efeitos especiais também são bem básicos em relação ao que já havia disponível na época mas estão dentro do aceitável e cumprem o seu papel.
Realmente não há nada que se destaque ou que faça esse filme merecer uma atenção especial. No geral é só mais uma produção adolescente inofensiva com aquelas mensagens de "grandes poderes com grandes responsabilidades", companheirismo e superação típicos...
O enredo é uma salada onde tem a volta do magnata Murdoch que continua financiando experimentos usando a tal Orquídea de Sangue do 2º filme para produção de um soro da imortalidade, desta vez a pesquisa utiliza o filhote de cobra do filme anterior.
É baseado nessa premissa bagunçada que o filme se desenvolve. São vários grupos entre arqueólogos e militares envolvidos na história, que pouco tem a acrescentar de útil à trama e só estão ali para servir de lanche para a anaconda.
O CGI da anaconda não é tão ruim quanto no filme anterior mas por outro lado as cenas dos ataques são patéticas e só prestam mesmo como comédia involuntária.
O desfecho é bizarro, após explodirem a cobra o grupo conclui que os pedaços não se regenerariam mais. Mas na cena seguinte aparece uma anaconda novinha em folha deslizando alegremente pela floresta, não se sabe se os pedaços se juntaram de repente ou se era outra cobra da família, que apareceu convenientemente só como pretexto para novas continuações.
Mas felizmente tiveram o bom senso de interromper o vexame por aqui. É impressionante como conseguiram avacalhar uma franquia que tinha até um certo potencial, levando em consideração os dois primeiros filmes.
Visualmente o filme realmente chama a atenção trazendo um Godzilla com um visual clássico fazendo o que se espera dele que é destruir tudo por onde passa. As cenas de destruição na cidade são excelentes e mostram como o Oscar de Melhores Efeitos Visuais ficou em boas mãos.
O ponto fraco do filme é seu roteiro simplório demais e focado exageradamente em dramas humanos cafonas. Mostrar o Godzilla desde o início como uma criatura invulnerável tira bastante a graça da história, pois já sabemos com antecedência que qualquer ataque militar seria inútil. O plano exótico desenvolvido para matá-lo por "afogamento" é ridículo demais para ser levado a sério e obviamente também seria fadado ao fracasso, tanto que o "plano B" Kamikaze já é desenvolvido em paralelo.
Não se sabe também o motivo do Godzilla ter surgido exatamente no pós-guerra do Japão e nem de onde ele viria. É o tipo de filme onde a proposta é simplesmente soltar um monstro para espalhar o caos por onde passa, sem maiores explicações nem justificativas. Neste ponto as versões americanas se saem muito melhor ao dar motivações mais criativas e bem elaboradas para justificar os acontecimentos.
Mas para quem não se importa com roteiros medíocres o filme vai agradar. O filme pode ser superestimado mas ainda é divertido e presta boa homenagem aos clássicos do gênero.
Curiosidade: Sobre a explicação para o título, o diretor Yamazaki disse que seria pelo filme se passar antes do filme original de Godzilla de 1954.
O filme é ambientado durante a Batalha de Stalingrado em novembro de 1942, três meses após o início da batalha. Essa foi um dos combates mais famosos da Segunda Guerra e definiu os rumos do conflito. Durou seis meses e causou quase 2 milhões de vítimas totais entre russos e alemães.
A história tem seus bons momentos mas o ritmo do filme oscila muito, entre as boas cenas de ação existem dramas enfadonhos que estragaram bastante a experiência para quem esperava um filme de guerra mais dinâmico.
Também é frustrante que o cenário fique restrito a disputa por um único prédio e não se tem uma visão geral do que realmente foi a famosa batalha de Stalingrado. A dublagem dos diálogos apenas dos russos causa estranheza e tira a credibilidade das cenas.
De mais positivo temos a cenografia da cidade destruída que impressiona por ser fielmente reproduzida. As sequências de ação são grandiosas e graficamente impactantes, dando uma noção real da brutalidade dos combates e dos do poder de destruição dos bombardeios. O resultado é tão bom que tem muito blockbuster atual de Hollywood que não consegue ter essa mesma qualidade de efeitos especiais...
Pode não ser o melhor filme sobre o tema mas vale a pena conhecer.
Não dá para entender a classificação tão baixa, o filme é divertido e mesmo tendo sido produzido no século passado ainda supera DE LONGE muita porcaria que é lançada atualmente.
Os personagens são carismáticos e o elenco é bem entrosado. Os diálogos espirituosos tem uma certa dose de sarcasmo que funciona muito bem dentro da trama. E ainda tem a participação da velha rabugenta que é memorável ("Se eu tivesse um pau, é aqui que eu diria para você chupá-lo!").
O roteiro é simples mas funcional. Ao contrário de outros filmes do gênero, esse muito mais verossímil sem precisar apelar para baboseiras de engenharia genética e mutações para explicar as criaturas assassinas. Todas as explicações para o aparecimento dos crocodilos fora do seu habitat e do motivo de eles terem aprendido a atacar humanos são devidamente esclarecidos dentro do enredo.
Os efeitos visuais também são excelentes. Mesmo com seus 25 anos de idade as cenas dos ataques do crocodilo envelheceram com dignidade e ainda impressionam pelo realismo. Mas foram muito econômicos na quantidade de mortes...
Este filme já é um clássico e está acima da média para a categoria de animais assassinos. Pena que apesar do final em aberto para futuras sequências nunca tiveram a competência de fazer uma continuação no mesmo nível.
Produção barata que usa a mesma fórmula batida do projeto ultrassecreto envolvendo tubarões transgênicos inteligentes que de repente sai do controle e causa estragos. A novidade bizarra que inventaram desta vez é que os experimentos seriam para que o cérebro humano não ficasse defasado em relação à inteligência artificial!
No desespero pra tentar inovar de algum jeito os produtores chegaram à estúpida conclusão que fazer um filme focando no ataque de filhotes de tubarão parecendo piranhas seria uma ideia brilhante...
Outro ponto negativo que chamou a atenção é que não existe muita lógica que um cientista que está fazendo experimentos altamente questionáveis convidasse estranhos pra contar sobre o projeto, correndo o risco de se denunciado a qualquer momento. E o mais espantoso é que esse imbecil já estaria com a inteligência anabolizada pelos remédios que tomava.
Na parte de efeitos gráficos o resultado não é tão desastroso quanto o esperado, os tubarões em CGI são realistas e algumas mortes são bem produzidas e causam impacto. Por outro lado o barulho que os filhotes fazem quando atacam é tão ridículo e cômico que acaba tirando qualquer clima de tensão das cenas.
No final é um filme que só serviu pra decepcionar os fãs que aguardaram por longos 18 anos por uma sequência digna do filme original.
É o tipo de comédia que falha no essencial, que é ser divertida. Além da falta de graça e inspiração, chama a atenção também a trama de espionagem que é totalmente desconexa e sem uma lógica mínima para sustentar o resto da comédia ou servir de paródia.
O que se salva são as belas locações tanto na Noruega quanto no Saara que deram ao filme uma qualidade estética que é incomum nesse tipo de comédia pastelão.
Chevy Chase e Dan Aykroyd proporcionam alguns raros bons momentos como as cenas de treinamento, sala de provas e a cirurgia no deserto. Eles fazem o que podem com o lixo que recebem do John Landis, mas não é o suficiente pra salvar o produto final da mediocridade.
Curiosidade: A música título "Spies Like Us" que foi escrita interpretada por Paul McCartney chegou a alcançar a 7ª posição entre as mais tocadas nos Estados Unidos. John Landis dirigiu o videoclipe da música, onde Aykroyd e Chase podem ser vistos tocando com McCartney.
Dá pra notar que o filme é bem intencionado em tentar passar uma mensagem de positividade mas falha por ser pessimamente executado.
As subtramas que acontecem paralelamente são rasas e desinteressantes, e a forma como são conectadas no final do filme é patética.
Vergonhosa também é a participação aleatória do Stallone que aparece umas três vezes durante o filme soltando frases completamente desconexas. O diretor so conseguiu convencer ele a participar por eles terem sido colegas de quarto quando estudaram na Universidade de Miami. E quando Stallone aceitou participar outros atores famosos concordaram em se juntar ao elenco, aceitando salários simbólicos.
A premissa do autor renegado de livro de autoajuda que cumpre seu objetivo das maneiras mais improváveis tinha potencial e talvez pudesse ter rendido um filme melhor em mãos mais capacitadas.
Alexandre
3.1 582 Assista AgoraApesar de algumas falhas e de ter sido um fracasso de bilheteria esse é um épico de respeito e está à altura do personagem que retratou.
Pra começar a fotografia é exuberante com uma recriação cenográfica impecável de cenários como a Babilônia, Egito e Grécia. As cenas das batalhas são brutais e passam um realismo absurdo pela excelente caracterização de milhares de figurantes e pelo uso adequado de CGI, sem exageros.
A forma como a história é narrada a partir dos relatos do Ptolomeu também é bem pensada e permite uma certa liberdade histórica ao que é mostrado em tela, afinal representaria apenas a versão de um historiador sobre os acontecimentos e não teria necessariamente uma precisão de documentário.
De negativo, apesar das quase 3 horas de duração o filme tem algumas passagens e cortes feitos de forma apressada, isso vai incomodar ou confundir aqueles que não tem um conhecimento prévio sobre os fatos históricos relacionados ao personagem. Por outro lado é compreensível que alguns pontos sejam mais destacados e outros omitidos em favor da dinâmica do filme e de sua duração limitada. (Aparentemente essas questões foram amenizadas com a versão de três horas e 34 minutos lançada pelo diretor em 2007.)
Por fim vale ressaltar que Alexandre sempre foi um personagem muito complexo e controverso, considerado intransigente e megalomaníaco por alguns ou um estrategista genial e diplomático por outros, neste aspecto Oliver Stone consegue retratar muito bem esses dois lados sem fazer julgamentos morais.
Polêmicas à parte, o fato é que com seus feitos "Alexandre, o Grande" conseguiu gravar seu nome na história sendo até hoje comparado ao mitológico Hércules, como sempre desejou.
Pânico no Lago 3
1.7 142 Assista AgoraApenas mais uma sequência desnecessária que foi lançada direto para vídeo, seguindo o padrão de qualidade dos lixos produzidos pelo canal Syfy.
Esse filme consegue a façanha de ser ainda mais tenebroso que a segunda parte, a história é patética e genérica com "defeitos" especiais que só servem como comédia involuntária. O nível do elenco é amador e desta vez até os nudes, que eram a única coisa que prestou no filme anterior, foram reduzidos...
Se é pra fazer esse tipo de palhaçada seria mais honesto admitir logo que é só uma paródia, mas preferem fingir que levam a sério o projeto.
Sob as Águas do Sena
2.5 157 Assista AgoraTem muito "filme de tubarão" ruim mas esse sem dúvidas está entre os piores. Tentaram fazer um filme cheio de "ativismo", empoderamento feminista e mensagens ambientais alarmistas, mas esqueceram do principal que é mostrar um entretenimento de qualidade.
Tem umas duas ou três cenas de ataques que são aceitáveis, mas no geral os efeitos são muito fracos com personagens caricatos e um trabalho ridículo de figurantes fazendo força pra cair na água de propósito, proporcionando o tipo de humor involuntário que o filme não precisava.
Saudades dos tempos em que se podia explodir animais assassinos nos finais dos filmes das formas mais absurdas possíveis. O politicamente correto tirou a graça até desse gênero de filme que sempre foi divertido justamente por ter esse tipo "acerto de contas" no final.
Desta vez pra agradar a militância não puderam nem matar a "tubaroa" nem mostrar a vilã humana sendo devidamente devorada, afinal a prefeita era a mulher empoderada da história...
Pelo jeito a nova geração será obrigada a se contentar com essas porcarias "family friendly" sem graça, porém cheias de "mensagens" pra galera se conscientizar....
Mar Aberto
2.4 410 Assista AgoraO filme foi vagamente baseado na história real de Tom e Eileen Lonergan que em 1998 saíram com um grupo de mergulho na Grande Barreira de Corais e foram acidentalmente deixados para trás porque a tripulação do barco de mergulho não conseguiu fazer uma contagem precisa dos mergulhadores. Suas ausências só foram notadas pela tripulação dois dias depois e embora os esforços de busca tenham descoberto alguns objetos pessoais do casal, os corpos nunca foram encontrados.
Considerando o orçamento precário de apenas US$ 120.000 (rendendo assombrosos US$ 55 milhões de bilheteria), no geral o resultado final é até aceitável, dentro das limitações técnicas da produção. Os produtores optaram por usar tubarões reais nas filmagens, para não dependerem de algum CGI ruim que prejudicaria o realismo das cenas.
O ritmo do filme oscila muito, com algumas partes extremamente entediantes e diálogos constrangedores. O nível de atuação do casal não é grande coisa mas é suficiente para dar alguma credibilidade para as cenas mais tensas e aflitivas, quando os personagens estão impotentes sendo rodeados por tubarões, fazendo o espectador se imaginar naquela situação por algum momento.
O final trágico apesar de ser anticlimático, procurou manter relação com os fatos reais. Umas das teorias sobre a morte do casal diz que eles podem ter sofrido delírios resultantes da desidratação, o que teria levado eles a retirar voluntariamente os trajes de mergulho, se afogando em seguida.
P.s: No fim a grande moral da história é: Nunca desperdice uma chance de transar, nunca se sabe quando será a última oportunidade...
Rota de Fuga 2: Hades
1.8 135 Assista AgoraTecnicamente o filme tem um ritmo alucinante, são muitas sequências de ação e lutas incessantes que acabam deixando várias cenas confusas e executadas de forma apressada só para caber nos 90 minutos de duração do filme. A computação gráfica também deixa a desejar na maioria das vezes.
Além disso as conveniências de roteiro são muitas e a resolução final parece muito óbvia a partir da entrada do Stallone na prisão. Mas por outro lado isso é o que garante o protagonismo do ator dentro do filme, que é o que o público espera na final.
Mesmo com seus altos e baixos pelo menos é sequência coerente. Repetindo parte do elenco, fazendo uma boa conexão com o enredo do filme anterior além de deixar gancho para um terceiro episódio que encerrará a trilogia. Então quem curtiu o filme anterior poderá encontrar alguns motivos para gostar deste também.
Curiosidade: O próprio Sylvester Stallone esculhambou o filme em sua rede social. Após receber um comentário de um fã, Sly se referiu ao longa de ação como “Beyond Awful”(algo como” além do péssimo”) e prometeu melhorias para a terceira parte. Veremos...
Caindo no Mundo
3.6 96 Assista AgoraMais um bom trabalho do Ricky Gervais que desta vez aparece como coadjuvante de luxo, se dedicando mais à direção. O filme pode ser considerado uma dramédia, trazendo todos os elementos que caracterizam o estilo do Gervais, com foco nos bons diálogos que utilizam sempre sarcasmo e humor negro para passar as mensagens.
Neste sentido a Companhia de Seguros surge simbolizando a segurança e comodismo que incentivam a não se sair da zona de conforto. Por outro lado é visto como isso pode limitar a forma como se encara a vida, como na sequência irônica onde um casal ia sair de férias para se divertir mas é convencido a usar o dinheiro para pagar o seguro, em seguida o velho morre de acidente justamente por ter ficado em casa ao invés de viajar.
Vale destacar também como são construídas as situações de desconforto dos personagens que se veem no dilema de permanecer ou não em suas zonas de conforto e qual o preço que essa decisão pode cobrar. A vida passa rápido e na dúvida aquele velho provérbio árabe que é repetido ao longo do filme serve como um bom conselho: "Jogue seu coração na sua frente e corra para pegá-lo... tudo o que você desejar, imagine que está na sua frente e agarre-o"...
Não é uma comédia típica do Ricky Gervais mas cumpre seu propósito. No geral é um filme surpreendente que vai despertar boas reflexões em quem souber assisti-lo com o olhar certo.
Minha Irmã e Eu
3.1 142 Assista AgoraTipo de produção semi amadora, baseada em humor de constrangimento que mesmo diante das mais baixas expectativas ainda decepciona.
O esboço de roteiro é medonho e preguiçoso, tem uma trama envolvendo o sumiço da mãe que é tão mal elaborada e desconexa que o melhor é nem tentar achar muita lógica. As pseudo piadas que já eram naturalmente mal escritas perdem ainda mais a graça com os improvisos forçados das atrizes. Se só tivessem jogado no ChatGPT saía coisa melhor.
A coitada da Ingrid Guimarães até se esforça com o texto medíocre que recebeu, mas a Tatá é fraquíssima parece estar sempre "interpretando" ela própria com seus improvisos sem graça, mostrando total falta de talento para compor um personagem cômico. Pode ser uma boa piadista de stand up mas chamar isso de atriz é até uma ofensa à profissão.
Enquanto esse tipo de porcaria continuar dando bilheteria e sendo aplaudido por idiotas descerebrados não existe muita esperança do cinema nacional evoluir mesmo...
As Aventuras de Tintim
3.7 1,8K Assista AgoraO filme foi dirigido por Steven Spielberg que sempre declarou ser um grande fã do personagem Tintin. E dá para notar que houve muito cuidado da direção em não perder a essência das histórias em quadrinhos originais de Tintin.
E de fato o estilo dos quadrinhos é replicado no filme, são muitas aventuras investigativas em diversos cenários ao redor do mundo. Mas parece que houve uma empolgação exagerada dos produtores deixando o filme frenético demais, com cenas de ação se sobrepondo umas às outras de forma incessante. Depois de algum tempo isso acaba tornando cansativa a tarefa de acompanhar uma trama com tanta correria.
O desfecho também é broxante, como apostaram em uma sequência que nunca veio a questão da descoberta do tesouro no navio afundado ficou mal resolvida. Dando uma sensação de que toda a correria vista durante o filme foi em vão.
Tecnicamente os efeitos de animação gráfica usando técnicas de captura de movimentos foram inovadores para a época, mas em comparação com a tecnologia atual já se mostram bastante defasados, como por exemplo ao exibir os rostos dos personagens sem tanta expressão. Por outro lado os cenários construídos por computação gráfica realmente impressionam.
No geral é uma animação com muitos altos e baixos, tecnicamente entrega o prometido mas o conteúdo tem seus problemas. Enfim, não chega nem perto de ficar entre os principais trabalhos do Steven Spielberg...
Pânico no Lago 2
1.9 117 Assista AgoraDá pra imaginar como essa sequência deve ter sido decepcionante pra quem curtiu o primeiro filme e esperava algo no mesmo nível. No início existe até uma tentativa de fazer uma conexão lógica com o filme de 1999, com algumas referências aos acontecimentos e personagens anteriores.
Mas a falta de criatividade é gritante, tentam repetir descaradamente a estrutura do filme original com os mesmos tipos de personagens e diálogos em um quase remake, só que o novo elenco não chega nem perto em termos de atuação ou carisma. Além disso o ponto mais deplorável são os efeitos gráficos toscos que parecem um retrocesso impressionante quando se compara com um filme de quase 10 antes.
No fim o único ponto que supera o primeiro filme é algumas boas cenas com gostosas de topless, o que sempre costuma ser um atrativo a mais nesse tipo de produção barata. Tirando isso é um filme totalmente descartável que pode ser considerado até um desrespeito ao primeiro "Pânico no Lago" que ao longo do tempo se tornou quase um clássico do gênero.
Aracnofobia
2.9 601Com produção executiva de Spielberg esse filme se tornou um clássico, tendo contribuído para provocar uma aracnofobia permanente em muitos que o assistiram na infância.
O roteiro é bem amarrado, mostrando uma explicação plausível e coerente para o surgimento da infestação de aranhas mortais na cidade, sem apelar para as bobagens de contaminação radioativa ou alteração genética que geralmente sempre são usadas nesse tipo de filme. O elenco é entrosado com Jeff Daniels fazendo uma ótima parceria com John Goodman, que trouxe um alívio cômico na medida certa para não deixar o filme cair no pastelão.
Mas talvez o maior destaque do filme seja a qualidade dos efeitos especiais que combinam o uso tanto de animatrônicos artesanais quanto aranhas reais adestradas que permitiram gerar cenas ainda mais realísticas e aflitivas, principalmente quem já tinha alguma fobia dos aracnídeos.
Consta que foram utilizadas mais de 300 aranhas Avondale da Nova Zelândia, escolhidas pelo seu grande tamanho, por serem sociáveis e inofensivas aos humanos. Essas aranhas não gostavam de ar quente, então, para fazer as aranhas atingirem suas "marcas" durante as filmagens secadores de cabelo foram usados para motivar as aranhas a se moverem.
Tudo Por Amor
3.7 339Ótimo melodrama noventista que se tornou um clássico do "Supercine". A trama da cuidadora que se apaixona pelo paciente parecia inovadora para a época, mas atualmente já é um tema meio saturado pelos vários filmes recentes que reaproveitaram a fórmula.
A junção de boa direção, bela fotografia, enredo instigante e as atuações convincentes de Julia Roberts e do Campbell Scott fazem o drama funcionar muito bem dentro daquilo que se propõe. A história também tem algumas boas viradas que servem para deixar em dúvida se o "Tudo por Amor" do título se confirmaria.
O desfecho inconclusivo é acertado pois faz um meio termo entre o final feliz padrão e o final trágico anticlimático, essa indefinição foi uma escolha mais verossímil do que se fosse mostrada uma cura improvável apenas para conveniência do roteiro.
Por fim ainda temos a bela trilha sonora criada especialmente para o filme que traz o som inconfundível do Kenny G criando a atmosfera comovente que o filme pedia.
Colateral
2.4 12 Assista AgoraO enredo envolvendo gangues e máfia é só "mais do mesmo", para tentar dar uma inovada colocam o Van Damme como um padrasto atormentado tentando proteger seu enteado.
Mas o resultado não é tão interessante. O filme é arrastado e aposta em uma uma estética melancólica para combinar com o personagem depressivo do interpretado por Van Damme. Apresenta também uma narrativa não cronológica para os acontecimentos que não tem grande utilidade no resultado final, servindo apenas para deixar o filme mais confuso.
As poucas cenas de lutas protagonizadas pelo Jean-Claude Van Damme que seriam um atrativo para o filme já não causam impacto. O cara tem que aceitar o fato que ele não aguenta mais fazer esse tipo de trabalho para não virar uma caricatura de si próprio. Talvez mudar o foco para gêneros de filmes menos físicos fosse uma alternativa.
No fim é só mais um dos filmes esquecíveis do Van Damme.
Zona de Interesse
3.6 611 Assista AgoraO filme é vagamente baseado na vida do comandante de Auschwitz Rudolf Höss e sua esposa Hedwig, que durante a 2º Guerra viveram com a família em uma casa na "Zona de Interesse", que eram áreas residenciais próximas aos campos de concentração.
O grande atrativo do filme é provocar reflexões sobre a banalização do mal. Para alcançar este objetivo é mostrada a existência de um tipo de convivência mórbida, onde famílias de nazistas moravam e desfrutavam dos prazeres da vida ao lado de campos de concentração onde os horrores do holocausto eram praticados. Neste contexto bizarro ouvir tiros, gritos e sons de trens e fornalhas passavam a fazer parte da rotina familiar.
Essa situação esdrúxula e pouco conhecida do público até serve para chocar e captar a atenção logo de início.
Mas após meia hora esse fator surpresa se perde e o restante do filme se torna extremamente enfadonho e monótono. Os conflitos se resumem aos draminhas domésticos entre o comandante Rudolf Höss e sua esposa que tentam superar crises irrelevantes do casamento em meio à guerra.
Por tudo isso é um filme bastante superestimado. Pode até abordar um tema relevante mas a forma entediante como isto é feito estraga totalmente a experiência, tornando "Zona de Interesse" bem desinteressante...
Do Fundo do Mar 3
2.2 49 Assista AgoraContinuação razoável, desta vez pelo menos souberam dar uma continuação coerente ao que foi visto no 2º filme e ainda fazendo referência ao filme original de 1999. Com isso a trama científica, mesmo continuando forçada, é funcional dentro da história ao explicar o motivo da inteligência incomum dos tubarões e o perigo de eles reproduzirem e se espalharem.
O CGI é mais decente e o design dos tubarões está mais realístico. Existem algumas cenas de mortes que são criativas e bem executadas. E o fato de não terem insistindo com a baboseira dos ataques dos filhotes do último filme também foi acertado.
De mais negativo temos a decisão dos produtores de matar alguns personagens "do bem" só por serem homens, o que é meio estranho e só serve para destacar a sobrevivência de todo elenco feminino no final. Todo esse esforço narrativo apenas para priorizar uma agenda militante chega a ser meio patético, mas parece que "tá na moda".
Nada em Comum
3.0 24 Assista AgoraFilme bastante mediano, fica no meio do caminho entre comédia e drama familiar, não sendo efetivo em nenhum dos dois. A parte dramática é muito superficial para causar alguma conexão com o público e a comédia fica perdida entre alguns temas mais sérios que o filme aborda como separação e doenças.
Se o Tom Hanks tivesse tido coragem de sair da zona de conforto e assumido o filme como um drama sério, provavelmente o resultado seria menos medíocre. Mas Tom Hanks em início de carreira ainda não estava preparado para abandonar as comédias inofensivas e alçar voos mais altos em questão de interpretação dramática.
Apesar disso em uma entrevista o ator admitiu que este filme foi onde ele mais aprendeu e que lhe deu mais experiência no começo da carreira, fazendo com que ele tivesse uma nova visão sobre o que seria preciso para se tornar um ator completo.
Duelo de Gigantes
3.3 46 Assista AgoraApesar das estrelas que compõe o elenco a produção deixa muito a desejar. Cheio de diálogos desconexos e subtramas inúteis é tarefa difícil chegar ao final deste filme que certamente merece estar na lista dos piores faroestes já filmados na história.
As duas estrelas do filme pouco podem fazer diante do roteiro medíocre. Marlon Brando interpreta um personagem bizarro e exótico que parecia uma versão dele próprio na vida real. Nicholson parece meio perdido no filme interpretando mais um de seus personagens excêntricos, desta vez como um cowboy desorientado. O romance entre a ninfomaníaca Jane e Logan é esquisito, mal desenvolvido e pouco acrescenta de útil ao resto da trama. No fim sua atuação não compromete mas ele não consegue salvar o filme da mediocridade com o roteiro tosco que recebe.
Piora ainda na parte final onde o esperado acerto de contas entre Logan e Robert E. Lee Clayton (que deveria ser o tal "Duelo de Gigantes" do título) é broxante e sem qualquer impacto.
Talvez o único atrativo do filme fique por conta da curiosidade de se ver Brando e Nicholson contracenando pela única vez, mas de resto não se salva nada aqui.
Jovens Bruxas
3.3 711 Assista AgoraO filme parece ter se tornado cult pela temática feminista mas chega a ser até banal em comparação ao nível dos filmes panfletários mais atuais. A trama é mediana e segue a fórmula padrão, cheia dos velhos clichês de filmes adolescentes escolares, com bullying e romances não correspondidos.
A dinâmica das vinganças usando bruxaria e da "lei do retorno" são desenvolvidas de forma confusa, pois no final com exceção da Nancy, todas as bruxas ficam impunes apesar das maldades que também cometeram usando seus feitiços. Então faltou coerência em relação a essa mensagem sobre "Karmas".
Os efeitos especiais também são bem básicos em relação ao que já havia disponível na época mas estão dentro do aceitável e cumprem o seu papel.
Realmente não há nada que se destaque ou que faça esse filme merecer uma atenção especial. No geral é só mais uma produção adolescente inofensiva com aquelas mensagens de "grandes poderes com grandes responsabilidades", companheirismo e superação típicos...
Anaconda 4
1.7 247 Assista AgoraO enredo é uma salada onde tem a volta do magnata Murdoch que continua financiando experimentos usando a tal Orquídea de Sangue do 2º filme para produção de um soro da imortalidade, desta vez a pesquisa utiliza o filhote de cobra do filme anterior.
É baseado nessa premissa bagunçada que o filme se desenvolve. São vários grupos entre arqueólogos e militares envolvidos na história, que pouco tem a acrescentar de útil à trama e só estão ali para servir de lanche para a anaconda.
O CGI da anaconda não é tão ruim quanto no filme anterior mas por outro lado as cenas dos ataques são patéticas e só prestam mesmo como comédia involuntária.
O desfecho é bizarro, após explodirem a cobra o grupo conclui que os pedaços não se regenerariam mais. Mas na cena seguinte aparece uma anaconda novinha em folha deslizando alegremente pela floresta, não se sabe se os pedaços se juntaram de repente ou se era outra cobra da família, que apareceu convenientemente só como pretexto para novas continuações.
Mas felizmente tiveram o bom senso de interromper o vexame por aqui. É impressionante como conseguiram avacalhar uma franquia que tinha até um certo potencial, levando em consideração os dois primeiros filmes.
Godzilla: Minus One
4.0 455Visualmente o filme realmente chama a atenção trazendo um Godzilla com um visual clássico fazendo o que se espera dele que é destruir tudo por onde passa. As cenas de destruição na cidade são excelentes e mostram como o Oscar de Melhores Efeitos Visuais ficou em boas mãos.
O ponto fraco do filme é seu roteiro simplório demais e focado exageradamente em dramas humanos cafonas. Mostrar o Godzilla desde o início como uma criatura invulnerável tira bastante a graça da história, pois já sabemos com antecedência que qualquer ataque militar seria inútil. O plano exótico desenvolvido para matá-lo por "afogamento" é ridículo demais para ser levado a sério e obviamente também seria fadado ao fracasso, tanto que o "plano B" Kamikaze já é desenvolvido em paralelo.
Não se sabe também o motivo do Godzilla ter surgido exatamente no pós-guerra do Japão e nem de onde ele viria. É o tipo de filme onde a proposta é simplesmente soltar um monstro para espalhar o caos por onde passa, sem maiores explicações nem justificativas. Neste ponto as versões americanas se saem muito melhor ao dar motivações mais criativas e bem elaboradas para justificar os acontecimentos.
Mas para quem não se importa com roteiros medíocres o filme vai agradar. O filme pode ser superestimado mas ainda é divertido e presta boa homenagem aos clássicos do gênero.
Curiosidade: Sobre a explicação para o título, o diretor Yamazaki disse que seria pelo filme se passar antes do filme original de Godzilla de 1954.
Stalingrado
3.3 70 Assista AgoraO filme é ambientado durante a Batalha de Stalingrado em novembro de 1942, três meses após o início da batalha. Essa foi um dos combates mais famosos da Segunda Guerra e definiu os rumos do conflito. Durou seis meses e causou quase 2 milhões de vítimas totais entre russos e alemães.
A história tem seus bons momentos mas o ritmo do filme oscila muito, entre as boas cenas de ação existem dramas enfadonhos que estragaram bastante a experiência para quem esperava um filme de guerra mais dinâmico.
Também é frustrante que o cenário fique restrito a disputa por um único prédio e não se tem uma visão geral do que realmente foi a famosa batalha de Stalingrado. A dublagem dos diálogos apenas dos russos causa estranheza e tira a credibilidade das cenas.
De mais positivo temos a cenografia da cidade destruída que impressiona por ser fielmente reproduzida. As sequências de ação são grandiosas e graficamente impactantes, dando uma noção real da brutalidade dos combates e dos do poder de destruição dos bombardeios. O resultado é tão bom que tem muito blockbuster atual de Hollywood que não consegue ter essa mesma qualidade de efeitos especiais...
Pode não ser o melhor filme sobre o tema mas vale a pena conhecer.
Pânico no Lago
2.4 215Não dá para entender a classificação tão baixa, o filme é divertido e mesmo tendo sido produzido no século passado ainda supera DE LONGE muita porcaria que é lançada atualmente.
Os personagens são carismáticos e o elenco é bem entrosado. Os diálogos espirituosos tem uma certa dose de sarcasmo que funciona muito bem dentro da trama. E ainda tem a participação da velha rabugenta que é memorável ("Se eu tivesse um pau, é aqui que eu diria para você chupá-lo!").
O roteiro é simples mas funcional. Ao contrário de outros filmes do gênero, esse muito mais verossímil sem precisar apelar para baboseiras de engenharia genética e mutações para explicar as criaturas assassinas. Todas as explicações para o aparecimento dos crocodilos fora do seu habitat e do motivo de eles terem aprendido a atacar humanos são devidamente esclarecidos dentro do enredo.
Os efeitos visuais também são excelentes. Mesmo com seus 25 anos de idade as cenas dos ataques do crocodilo envelheceram com dignidade e ainda impressionam pelo realismo. Mas foram muito econômicos na quantidade de mortes...
Este filme já é um clássico e está acima da média para a categoria de animais assassinos. Pena que apesar do final em aberto para futuras sequências nunca tiveram a competência de fazer uma continuação no mesmo nível.
Do Fundo do Mar 2
1.7 110 Assista AgoraProdução barata que usa a mesma fórmula batida do projeto ultrassecreto envolvendo tubarões transgênicos inteligentes que de repente sai do controle e causa estragos. A novidade bizarra que inventaram desta vez é que os experimentos seriam para que o cérebro humano não ficasse defasado em relação à inteligência artificial!
No desespero pra tentar inovar de algum jeito os produtores chegaram à estúpida conclusão que fazer um filme focando no ataque de filhotes de tubarão parecendo piranhas seria uma ideia brilhante...
Outro ponto negativo que chamou a atenção é que não existe muita lógica que um cientista que está fazendo experimentos altamente questionáveis convidasse estranhos pra contar sobre o projeto, correndo o risco de se denunciado a qualquer momento. E o mais espantoso é que esse imbecil já estaria com a inteligência anabolizada pelos remédios que tomava.
Na parte de efeitos gráficos o resultado não é tão desastroso quanto o esperado, os tubarões em CGI são realistas e algumas mortes são bem produzidas e causam impacto. Por outro lado o barulho que os filhotes fazem quando atacam é tão ridículo e cômico que acaba tirando qualquer clima de tensão das cenas.
No final é um filme que só serviu pra decepcionar os fãs que aguardaram por longos 18 anos por uma sequência digna do filme original.
Os Espiões que Entraram Numa Fria
3.3 23 Assista AgoraÉ o tipo de comédia que falha no essencial, que é ser divertida. Além da falta de graça e inspiração, chama a atenção também a trama de espionagem que é totalmente desconexa e sem uma lógica mínima para sustentar o resto da comédia ou servir de paródia.
O que se salva são as belas locações tanto na Noruega quanto no Saara que deram ao filme uma qualidade estética que é incomum nesse tipo de comédia pastelão.
Chevy Chase e Dan Aykroyd proporcionam alguns raros bons momentos como as cenas de treinamento, sala de provas e a cirurgia no deserto. Eles fazem o que podem com o lixo que recebem do John Landis, mas não é o suficiente pra salvar o produto final da mediocridade.
Curiosidade: A música título "Spies Like Us" que foi escrita interpretada por Paul McCartney chegou a alcançar a 7ª posição entre as mais tocadas nos Estados Unidos. John Landis dirigiu o videoclipe da música, onde Aykroyd e Chase podem ser vistos tocando com McCartney.
Lute Por Sua Vida
2.4 21 Assista AgoraDá pra notar que o filme é bem intencionado em tentar passar uma mensagem de positividade mas falha por ser pessimamente executado.
As subtramas que acontecem paralelamente são rasas e desinteressantes, e a forma como são conectadas no final do filme é patética.
Vergonhosa também é a participação aleatória do Stallone que aparece umas três vezes durante o filme soltando frases completamente desconexas. O diretor so conseguiu convencer ele a participar por eles terem sido colegas de quarto quando estudaram na Universidade de Miami. E quando Stallone aceitou participar outros atores famosos concordaram em se juntar ao elenco, aceitando salários simbólicos.
A premissa do autor renegado de livro de autoajuda que cumpre seu objetivo das maneiras mais improváveis tinha potencial e talvez pudesse ter rendido um filme melhor em mãos mais capacitadas.