Belíssimo! Um documentário rico e que representou uma grande transformação na forma de filmar de Vladimir Carvalho. Imagens belas, ricos depoimentos, arriscando entre informações importantes e pilhérias, sem medo de ser feliz. Definitivamente, Vladimir Carvalho é um dos nossos maiores cineastas documentaristas.
Certamente uma grata surpresa do cinema soviético. As imagens deslumbrantes desse filme dançam na tela comprimidas pelo ar doce e inocente de Sasha, na felicíssima atuação de Igor Fomchenko, nas cores e fotografias da direção, e na discussão entre artistas e operários, trabalho e arte, que se esboça de forma delicada e inteligente. É difícil escrever com um filme que encanta tanto, enquanto as palavras parecem nunca alcançar ou mesmo macular as belezas que só podem ser entendidas pelas suas próprias imagens.
Poético, Masina sempre oferecendo um show de atuação, construindo, sob direção de Felini, fantásticos personagens. A Estrada da Vida nos oferece uma viagem que, ao término do filme, nos questiona se não gostaríamos de ficar naquele universo para sempre, ou continuar com nossa próprio caminho. Poesia, arte, amor, raiva, culpa, dores e morte, atravessam essa travessia de um espetáculo que exibe como a vida pode ser bela e cruel, na realidade, no palco ou nas telas.
Fantástico. Abusando da caricaturação de seus personagens, Lynch cria um épico de um Mágico de Oz dos anos 1990. Imagens que aturdem, impressionam, a loucura e clima de fantasia, onde o inesperado irrompe, mostrando que um filme pode ser bem mais que a organicidade que o cinema sempre lhe ofereceu.
Através de uma alegoria Godard traça uma crítica a guerra voltando-se para as irracionalidades tão frescas de uma Segunda Guerra Mundial, Nazismo e dos conflitos que culminariam no Maio de 68. Homens se tornam soldados em busca de riqueza a qualquer custo, enquanto esposa e mãe o esperam, tranquilamente, embaladas pelo consumo e pela possibilidade de aumentar seu poder aquisitivo. Os soldados, mergulhados na irracionalidade da guerra, não enxergam a própria irracionalidade e violência do conflito em que vivem. Uma guerra de um rei, em algum lugar, por motivos obscuros, que alcançam um caráter universal ao mesmo tempo que reforçam que, na linha de frente ou nas cidades longes dos tiros, pouco se sabe das reais motivações de tais conflitos. Em síntese, uma frande crítica a um tema tão caro a cinema francês da década de 1960.
Deixa a desejar um bocado, especialmente se tratando do período em que se insere o festival, faz parecer que não havia ditadura militar e resume tudo a uma série de curiosidades. Entrevista grandes nomes da nossa cultura e música e retira deles muito pouco do que eles tem a oferecer. Tropicália, nacional-popular, ditadura militar, protestos, tudo tratado superficialmente. Renato Terra e Ricardo Caili deviam aprender mais com Wladimir Carvalho e Eduardo Coutinho, documentaristas brasileiros de vergonha.
Historicamente importante para o nosso cinema. Os enredos deixam a desejar em alguns aspectos, forçando fins e finais felizes (em geral). Mas muito bom o trabalho. Viva à produção desses homens e mulheres e da força dada pelo grande Cacá Diegues! =)
Não li a obra do Nelson e foi o primeiro filme do Arnaldo Jabor que assisti. No entanto, não é à toa que seja considerado um "continuador" do Cinema Novo: rupturas com linguagem cinematográfica comum e forte crítica social - a burguesia carioca. As cores fortes e vibrantes, a trilha sonora evocando a todo instante um sentimento incômodo , enquanto as imagens e falas fazem o mesmo, em um contínuo estranhamento - mas que não se torna banal ou repetitivo durante o filme. Mas, sinto que assistir a uma vez não foi suficiente, há muita coisa a digerir e entender, como a cena da visita a casa da "bicha". Bom, um excelente filme de arte do cinema brasileiro.
Muito bom. Mas não equivale a liberdade estética dos filmes do cinema novo. Não é à toa os conflitos entre CPC (na figura do Carlos Estevam Martins) e do (Cinema Novo) Glauber Rocha: o primeiro apontando este filme como excelente e representante do que deveria ser chamado de CInema Novo, e Glauber Rocha quebrando o pau com uma proposta restritiva de cinema que pensava em questionar atributos estéticos apenas após uma revolução no Brasil. Falta ao Assalto ao Trem Pagador ir além da imagem já consolidada, tornando-se um filme que buscava reproduzir no Brasil Hollywoody. Compará-los com outros files contemporâneos como Vidas Secas torna-se, então, um exercício interessante, para compreender melhor quais as películas e diretores que alcançaram uma real ruptura e propuseram inovações na linguagem cinematográfica brasileira. Ainda assim é um excelente e forte filme.
Documentário excelente, especialmente para nos questionarmos sobre o que é ser brasileiro ou que é o Brasil. A partir da história individual envolvente e improvável de Carapirú, o diretor consegue abordar questões amplas e diversas como o processo de ocupação das terras durante a Ditadura Militar, a continua destruição dos grupos indígenas seja fisica e territorialmente, ou mesmo sua cultura daqueles que ainda se preservaram. Com sua direção fantástica, consegue nos transportar para a situação de quase completa incomunicabilidade que Carapirú fica sujeito durante seu período afastado de sua família, suas falas não são nunca traduzidas, mesmo quando temos o seu filho de intérprete. Assim, mantemos certo distânciamento maior do homem carapirú, aproximando-nos de questões dele como sujeito social. Além de tudo, temos as cenas documentais iniciais fantásticas da família de Carapirú que com naturalidade conviviam com a câmera, em seguida temos a mistura ficcional e documental com os relatos, em uma estética documental muito rica e interessante. Definitivamente um dos maiores documentários brasileiros já realizados.
Não fala apenas de Celso Furtado, mas faz uma excelente retrospectiva dos acontecimentos históricos que acompanharam a vida deste importante intelectual brasileiro. Os depoimentos são ótimos, Chico de Oliveira, Maria da Conceição.... Muito rico! Muito rico! E tem uns extras bem bacanas também!
Excelente documentário nos mais diversos aspectos: o tema escolhido, a forma como desenrola o roteiro fazendo uma comparação entre os sistemas de saúde, desmistificando mitos estadunidenses. O mais interessante é que Michael Moore vai além de criticar apenas a realidade, mas utiliza de um embasamento histórico, fazendo sérias indicações do selvagerismo que torna possível o engodo do American Way Of life. Apesar disso, não gostei de alguns momentos em que o filme se tornou um tanto quanto, não diria panfletário, mas "romantizado". Acho importante inclusive para refletirmos sobre o Sistema de Saúde Pública do Brasil, que embora seja gratuito e universal não chega nem perto destes citados dos países ditos de Primeiro Mundo e de Cuba - e aí cabe uma séria reflexão: como transformar nosso Sistema de Saúde em algo mais humano e eficiente? Sinto que esse filme prova que para fazer um grande documentário não é necessário exatamente um grande tema, mas uma criativiade e, principalmente, sensibilidade para abordar temas das contradições que vivemos no nosso cotidiano.(Re)pensar nossa democracia e instituições sempre será um excelente arguemnto para um bom filme, já que vivemos em tenebrosa realiadade. Para finalizar, acredito que seja urgente fazer outro documentário falando sobre o SUS brasileiro, talvez da América Latina. Quem topa?
Excelente adaptação do livro, principalmente por ir além de apenas reproduzir em filme um texto, mas dando uma dimensão realmente cinematográfica à proposta do Graciliano, ou seja, pensando em cinema enquanto cinema, não forma de ilustrar um livro. Nelson Pereira dos Santos é com certeza um dos nossos diretores mais importantes, e Vidas Secas reflete no conteúdo - pela temática -, na forma - pelo pensamento de uma linguagem cinematográfica própria - e pela história do cinema que se encontra vinculada a um momento extremamente precisoso e tenso da história de nosso país: a conturbada e rica - política e culturalmente - décade de 1960.
Obra-prima. Vi muitos filmes bons nos últimos tempos, mas esta película vale realmente ser chamada de algo Belo. Trilha sonora, atuações, cenários, conteúdo, direção e, principalmente, roteiro e imagens que fazem valer cada minuto. Crítica social inteligente, grande desconstrução de mitos hollywoodyanos. Em suma: essencial para qualquer cinéfilo.
O Engenho de Zé Lins
3.9 11Belíssimo! Um documentário rico e que representou uma grande transformação na forma de filmar de Vladimir Carvalho. Imagens belas, ricos depoimentos, arriscando entre informações importantes e pilhérias, sem medo de ser feliz. Definitivamente, Vladimir Carvalho é um dos nossos maiores cineastas documentaristas.
O Rolo Compressor e o Violinista
4.0 47Certamente uma grata surpresa do cinema soviético. As imagens deslumbrantes desse filme dançam na tela comprimidas pelo ar doce e inocente de Sasha, na felicíssima atuação de Igor Fomchenko, nas cores e fotografias da direção, e na discussão entre artistas e operários, trabalho e arte, que se esboça de forma delicada e inteligente. É difícil escrever com um filme que encanta tanto, enquanto as palavras parecem nunca alcançar ou mesmo macular as belezas que só podem ser entendidas pelas suas próprias imagens.
A Estrada da Vida
4.3 228 Assista AgoraPoético, Masina sempre oferecendo um show de atuação, construindo, sob direção de Felini, fantásticos personagens. A Estrada da Vida nos oferece uma viagem que, ao término do filme, nos questiona se não gostaríamos de ficar naquele universo para sempre, ou continuar com nossa próprio caminho. Poesia, arte, amor, raiva, culpa, dores e morte, atravessam essa travessia de um espetáculo que exibe como a vida pode ser bela e cruel, na realidade, no palco ou nas telas.
Coração Selvagem
3.7 340 Assista AgoraFantástico. Abusando da caricaturação de seus personagens, Lynch cria um épico de um Mágico de Oz dos anos 1990. Imagens que aturdem, impressionam, a loucura e clima de fantasia, onde o inesperado irrompe, mostrando que um filme pode ser bem mais que a organicidade que o cinema sempre lhe ofereceu.
Tempo de Guerra
3.8 34Através de uma alegoria Godard traça uma crítica a guerra voltando-se para as irracionalidades tão frescas de uma Segunda Guerra Mundial, Nazismo e dos conflitos que culminariam no Maio de 68. Homens se tornam soldados em busca de riqueza a qualquer custo, enquanto esposa e mãe o esperam, tranquilamente, embaladas pelo consumo e pela possibilidade de aumentar seu poder aquisitivo. Os soldados, mergulhados na irracionalidade da guerra, não enxergam a própria irracionalidade e violência do conflito em que vivem. Uma guerra de um rei, em algum lugar, por motivos obscuros, que alcançam um caráter universal ao mesmo tempo que reforçam que, na linha de frente ou nas cidades longes dos tiros, pouco se sabe das reais motivações de tais conflitos. Em síntese, uma frande crítica a um tema tão caro a cinema francês da década de 1960.
Maldita Coincidência
3.5 16Um retrato interessante de uma década. Cores interessantes, imagens e diálogos que valem a pena.
No Ritmo da Paixão
3.0 44 Assista AgoraWa, queria ver.. =D
Cronicamente Inviável
4.0 140Excelente, definitivamente um dos melhores filmes nacionais.
Uma Noite em 67
4.2 263Deixa a desejar um bocado, especialmente se tratando do período em que se insere o festival, faz parecer que não havia ditadura militar e resume tudo a uma série de curiosidades. Entrevista grandes nomes da nossa cultura e música e retira deles muito pouco do que eles tem a oferecer.
Tropicália, nacional-popular, ditadura militar, protestos, tudo tratado superficialmente.
Renato Terra e Ricardo Caili deviam aprender mais com Wladimir Carvalho e Eduardo Coutinho, documentaristas brasileiros de vergonha.
Utopia e Barbárie
4.5 85Sílvio Tendler superando=se e garantido seu lugar de melhor documentarista brasileiro.
5x Favela - Agora por Nós Mesmos
3.6 215Historicamente importante para o nosso cinema. Os enredos deixam a desejar em alguns aspectos, forçando fins e finais felizes (em geral). Mas muito bom o trabalho. Viva à produção desses homens e mulheres e da força dada pelo grande Cacá Diegues! =)
5x Favela - Agora por Nós Mesmos
3.6 215Poxa, onde consigo para ver?
Depois do Ensaio
3.9 19Fantástico.
O Casamento
3.3 24Não li a obra do Nelson e foi o primeiro filme do Arnaldo Jabor que assisti. No entanto, não é à toa que seja considerado um "continuador" do Cinema Novo: rupturas com linguagem cinematográfica comum e forte crítica social - a burguesia carioca.
As cores fortes e vibrantes, a trilha sonora evocando a todo instante um sentimento incômodo , enquanto as imagens e falas fazem o mesmo, em um contínuo estranhamento - mas que não se torna banal ou repetitivo durante o filme.
Mas, sinto que assistir a uma vez não foi suficiente, há muita coisa a digerir e entender, como a cena da visita a casa da "bicha".
Bom, um excelente filme de arte do cinema brasileiro.
O Assalto ao Trem Pagador
4.1 91Muito bom. Mas não equivale a liberdade estética dos filmes do cinema novo.
Não é à toa os conflitos entre CPC (na figura do Carlos Estevam Martins) e do (Cinema Novo) Glauber Rocha: o primeiro apontando este filme como excelente e representante do que deveria ser chamado de CInema Novo, e Glauber Rocha quebrando o pau com uma proposta restritiva de cinema que pensava em questionar atributos estéticos apenas após uma revolução no Brasil.
Falta ao Assalto ao Trem Pagador ir além da imagem já consolidada, tornando-se um filme que buscava reproduzir no Brasil Hollywoody.
Compará-los com outros files contemporâneos como Vidas Secas torna-se, então, um exercício interessante, para compreender melhor quais as películas e diretores que alcançaram uma real ruptura e propuseram inovações na linguagem cinematográfica brasileira.
Ainda assim é um excelente e forte filme.
A Chinesa
3.9 135Fantástico - e bem louco, linguagem difusa, assistir uma vez não basta.
As Filhas da Chiquita
4.0 20Fantástico, curioso e cômico.
Serras da Desordem
4.2 32Documentário excelente, especialmente para nos questionarmos sobre o que é ser brasileiro ou que é o Brasil. A partir da história individual envolvente e improvável de Carapirú, o diretor consegue abordar questões amplas e diversas como o processo de ocupação das terras durante a Ditadura Militar, a continua destruição dos grupos indígenas seja fisica e territorialmente, ou mesmo sua cultura daqueles que ainda se preservaram.
Com sua direção fantástica, consegue nos transportar para a situação de quase completa incomunicabilidade que Carapirú fica sujeito durante seu período afastado de sua família, suas falas não são nunca traduzidas, mesmo quando temos o seu filho de intérprete. Assim, mantemos certo distânciamento maior do homem carapirú, aproximando-nos de questões dele como sujeito social.
Além de tudo, temos as cenas documentais iniciais fantásticas da família de Carapirú que com naturalidade conviviam com a câmera, em seguida temos a mistura ficcional e documental com os relatos, em uma estética documental muito rica e interessante.
Definitivamente um dos maiores documentários brasileiros já realizados.
O Longo Amanhecer - Cinebiografia de Celso Furtado
4.1 17Não fala apenas de Celso Furtado, mas faz uma excelente retrospectiva dos acontecimentos históricos que acompanharam a vida deste importante intelectual brasileiro.
Os depoimentos são ótimos, Chico de Oliveira, Maria da Conceição.... Muito rico! Muito rico! E tem uns extras bem bacanas também!
Sicko - S.O.S. Saúde
4.2 301Excelente documentário nos mais diversos aspectos: o tema escolhido, a forma como desenrola o roteiro fazendo uma comparação entre os sistemas de saúde, desmistificando mitos estadunidenses. O mais interessante é que Michael Moore vai além de criticar apenas a realidade, mas utiliza de um embasamento histórico, fazendo sérias indicações do selvagerismo que torna possível o engodo do American Way Of life. Apesar disso, não gostei de alguns momentos em que o filme se tornou um tanto quanto, não diria panfletário, mas "romantizado".
Acho importante inclusive para refletirmos sobre o Sistema de Saúde Pública do Brasil, que embora seja gratuito e universal não chega nem perto destes citados dos países ditos de Primeiro Mundo e de Cuba - e aí cabe uma séria reflexão: como transformar nosso Sistema de Saúde em algo mais humano e eficiente?
Sinto que esse filme prova que para fazer um grande documentário não é necessário exatamente um grande tema, mas uma criativiade e, principalmente, sensibilidade para abordar temas das contradições que vivemos no nosso cotidiano.(Re)pensar nossa democracia e instituições sempre será um excelente arguemnto para um bom filme, já que vivemos em tenebrosa realiadade.
Para finalizar, acredito que seja urgente fazer outro documentário falando sobre o SUS brasileiro, talvez da América Latina. Quem topa?
Vidas Secas
3.9 276Excelente adaptação do livro, principalmente por ir além de apenas reproduzir em filme um texto, mas dando uma dimensão realmente cinematográfica à proposta do Graciliano, ou seja, pensando em cinema enquanto cinema, não forma de ilustrar um livro. Nelson Pereira dos Santos é com certeza um dos nossos diretores mais importantes, e Vidas Secas reflete no conteúdo - pela temática -, na forma - pelo pensamento de uma linguagem cinematográfica própria - e pela história do cinema que se encontra vinculada a um momento extremamente precisoso e tenso da história de nosso país: a conturbada e rica - política e culturalmente - décade de 1960.
Morte e Vida Severina
3.7 23Excelente adaptação da poesia de João Cabral de Melo Neto. Uma obra que certamente enriquece o cinema brasileiro.
Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague
4.1 57Onde a gente consegue isso? xD
Perdidos na Noite
4.2 320 Assista AgoraObra-prima. Vi muitos filmes bons nos últimos tempos, mas esta película vale realmente ser chamada de algo Belo. Trilha sonora, atuações, cenários, conteúdo, direção e, principalmente, roteiro e imagens que fazem valer cada minuto. Crítica social inteligente, grande desconstrução de mitos hollywoodyanos.
Em suma: essencial para qualquer cinéfilo.