"Pensamos que vivemos num mundo civilizado, mas é uma selva. E para viver nesta selva, temos que fazer parte dos animais mais fortes. Se fizer parte dos outros, tem que fugir para salvar o couro."
A Casa que Jack Construiu é um filme sobre serial killer que, na verdade, zomba desse tipo de filme. Ele faz uso de diversos clichês, elementos recorrentes e até mesmo referências clássicas de histórias de suspense/terror e de serial killers. Temos a mulher com o carro quebrado na estrada que pede/aceita carona de um desconhecido; a vítima que literalmente pede para ser morta; o assassino que entra na casa da sua vítima fingindo ser policial (mas, aqui, a vítima é inteligente o suficiente para desconfiar que o cara não é um policial, mas inocentemente o deixa entrar quando este afirma ser um agente de seguro de vida que pode aumentar a quantia que ela receberia pelo recém-falecimento de seu esposo); os policiais burros e incompetentes, que não enxergam o criminoso bem na sua frente, mesmo quando ele mesmo se denomina culpado ou quando uma vítima pede socorro; o atropelamento de uma pessoa na estrada; o assassino com manias estranhas (neste caso, TOC e tirar fotos de suas vítimas depois de mortas); elementos ocasionais improváveis (ou quase absurdos) que favorecem o vilão (como a chuva mais forte que já se viu que lava o rastro de sangue que o corpo arrastado de uma de suas vítimas deixa por todo o caminho até o seu esconderijo de cadáveres); o psicopata que torturava animais quando criança; o assassino que guarda os corpos das vítimas em um frigorífico; o gosto pela taxidermia (em alusão a Norman Bates, de Psicose); a loira gostosa e peituda que se torna vítima de um assassino cruel e impiedoso (com a remoção de seus seios, surpreendentemente naturais, ironizando a frequente presença de siliconadas, bem como a exploração do sexo em filmes do segmento slasher); a vítima que grita incansavelmente por socorro, porém ninguém ouve; a perseguição/o assassinato na floresta; o jogo frio e sádico no piquenique (remetendo a Violência Gratuita); o serial killer que divulga seus crimes para a polícia (como referência ao assassino do Zodíaco); o típico diálogo por meio do qual o vilão revela seus planos malignos para as vítimas antes de exterminá-las.
Lars von Trier compôs um longa-metragem, sobretudo, autorreferente. Seu estilo estético e narrativo se apresenta de modo potente e desenvolvido com propriedade. A peculiar câmera na mão, viva e inquieta, captura os detalhes das feições e dos movimentos, acompanha de perto os personagens, quase entrando em suas peles. O enredo dividido em capítulos, típico de seus filmes, ajuda na construção de mini-histórias, praticamente fechadas em si, por serem acontecimentos isolados, porém unidas por um fio condutor, o que permite explorar, em cada incidente, um estereótipo diferente de serial killer, sem, com isso, desvincular essas personas do mesmo psicopata. O formato confessional reconfigura o formato utilizado em seu último filme, Ninfomaníaca, sendo pertinente ao mergulho interior de Jack em companhia de Virgílio.
A reflexão acerca de sua própria obra e, mais que isso, o deboche às recorrentes críticas tanto às suas produções quanto à sua pessoa surge por meio da abordagem (proposital, irônica e em nenhum momento injustificada) de questões frequentemente associadas ao seu nome: machismo, misoginia, violência e sadismo. Suas protagonistas fortes são substituídas por mulheres estúpidas vítimas de um psicopata, que as culpabiliza com o discurso ácido de que é uma merda nascer homem, pois o homem já nasce culpado e precisa viver carregando o fardo da culpa, enquanto as mulheres são sempre as vítimas. Propositadamente, são contados apenas incidentes envolvendo mulheres. Quando questionado por Virgílio acerca do motivo de apenas matar mulheres, Jack afirma também ter matado homens (porém, em seu relato, notamos que os homens que aparecem são poupados da morte, sendo suas vítimas masculinas duas crianças – ou seja, ainda em fase de formação).
No quesito violência, o espectador também não é poupado. Trabalhando com a analogia entre morte e arte, von Trier apresenta cenas chocantes, entretanto nada gratuitas ou desnecessárias. O uso de gore, a aflição e o desconforto causados são pertinentes às situações narradas. Até mesmo o sadismo se justifica, uma vez que se trata de um psicopata. Escarnecendo da crítica, o dinamarquês coloca o seguinte questionamento nos lábios de Virgílio: “Então, dar com um macaco (hidráulico) no rosto de uma mulher é arte, é isso que devo entender?”.
Após anos em depressão, Lars von Trier retorna com um filme autoanalítico, que se constrói a partir da essência da obra do diretor e roteirista. Do mesmo modo que Jack, de tempos em tempos, se vê diante da necessidade (e não apenas do desejo) de matar para não sucumbir às conturbações internas que lhe afligem, Lars parece ter encontrado na criação a sua válvula de escape, a sua libertação. Assim como o protagonista chega à conclusão de que a casa que construiu não era de madeira, cimento e tijolos, mas feita com os corpos de suas vítimas, ou seja, a sua carreira de assassino, von Trier utiliza o longa como uma forma de refletir acerca de sua cinematografia, alcançando, com isso, uma maturidade sobre o que quer representar. É como se ele estivesse se virando para o público e dizendo: “É isto que eu faço. Esta é a minha arte” (fazendo questão de lembrar outras produções suas, por meio da exibição de cenas de Manderlay, Anticristo, Melancolia e Ninfomaníaca). Portanto, A Casa que Jack Construiu não seria, na verdade, A casa que Lars construiu?
Assisti no Festival do Rio 2018. Eu mais cinco pessoas na sessão. Uma delas dormiu tão profundamente que roncava a ponto de seu ronco ecoar pela sala de cinema. Outra saiu da sessão com pouco mais de 1h de filme. Eu mesmo fiquei constantemente olhando a hora no celular para ver se estava perto de terminar por não aguentar mais.
Em resumo: tédio total. Excelente opção para quem sofre de insônia.
"Vamos ser sinceros: todos queremos ser astros. Mas adivinhe? As pessoas que trabalham de verdade, que fazem a diferença, você não vê na TV ou na primeira página. Estou falando dos guerreiros do dia a dia. Você sabe de quem estou falando: 'os outros caras'."
"Não somos a pior geração. Apenas somos a mais exposta. Vivemos em um constante estado de feedback e julgamento. Talvez, as máscaras sejam uma forma de sobrevivência. Talvez, elas nos forneçam uma camada de proteção, um lugar para crescer, descobrir, reinventar. O importante é ter pessoas que te conhecem sem a máscara e ser feliz com quem você é por baixo dela."
"Não existe essa de bandidos e mocinhos. Nós somos todos gente, que faz coisa boa às vezes e coisa ruim outras vezes. É isso. Tudo o que podemos é tentar fazer menos coisa ruim e mais coisa boa."
"Na tv, personagens imperfeitos mostram que se importam com gestos grandiosos surpreendentes. Acho que uma parte de mim ainda acredita que isso é amor. Mas, na vida real, isso não basta."
Embora descortine e alvitre um debate acerca do preconceito e da transfobia, como o próprio título anuncia, Berenice Procura traz uma mulher em busca, acima de tudo, de se encontrar: Berenice está à procura de espaço, de protagonismo, de liberdade, de independência (financeira, emocional, sexual). Essa procura, essa inconformação a mantém num entrelugar: ela é dona de casa, mas também taxista; ela está convicta de que seu casamento já acabou, porém ainda vive sob o mesmo teto que o marido; ela se preocupa com o filho, quer mais intimidade com ele, mas tem dificuldades para se aproximar; ela lida com parte dos afazeres domésticos, mas relega outros à praticidade (como comprar quentinha para não precisar mais cozinhar). Berenice é uma mulher em processo de transformação e autoconhecimento.
Com uma proposta interessante, discorrendo acerca de temas bastante importantes e em voga, com um elenco, em sua maioria, afiado, o filme assoma entre as atuais produções nacionais. Ainda que seu pretendido diferencial possa se ver esmaecido devido à falta de maior contundência (por não encontrar o tom certo – se um suspense investigativo ou se um drama, deixando de ser melhor aproveitado nos dois quesitos), de todo modo, o longa pode ser considerado como uma grata surpresa em nosso cinema.
"Escutem aqui, seus fodidos, seus merdas: aqui está um cara que não aguenta mais, um cara que enfrentou a escória, os porras, os cães, a sujeira, a merda. Aqui está alguém que reagiu."
Um curta extremamente eficaz. Muito superior à maioria das produções do gênero que são vistas por aí.
Justamente por conta do formato, não tem tem enrolação, preambulação, draminhas desnecessários. Tudo que precisamos saber acerca da história é sugerido pelos detalhes inseridos de modo brilhante e preciso na narrativa.
Os atores apresentam atuações convincentes. Suas poucas cenas são intensas, impregnadas de visceralidade.
Ademais, cumpre exatamente o que se espera de uma boa trama de terror: entrega mortes sangrentas (com uso interessante de gore), instaura medo e tensão, apresenta um personagem maligno com identidade própria e presença marcante, tudo sem um pingo de dó ou compaixão.
Uma animação bastante interessante. Você começa sem entender nada, mas fica intrigado e não consegue parar de assistir. Como os episódios são apenas 10 episódios de pouco mais de 20 minutos, dá para maratonar numa boa.
Uma proposta interessante integrada por um elenco de peso, mas que acabou sendo desenvolvida de forma extremamente enfadonha.
O segundo ato é bastante desnecessário e anticlímax, o que demonstra a falta de inventividade e de visão do diretor, que já não estava conduzindo o longa muito bem até ali e que consegue, com isso, desmotivar ainda mais o espectador.
Retsuko é uma jovem de 25 anos que trabalha na contabilidade de uma empresa. Enquanto seu chefe não faz nada de útil o dia inteiro e boa parte dos demais funcionários lhe empurra diversas tarefas, ela é sobrecarregada com trabalho, trabalho e mais trabalho. Pacata e resignada, ela engole todos os sapos possíveis e procura dar conta de tudo que lhe é delegado, sendo taxada de boa e certinha pelas pessoas. O modo que encontra para extravasar a raiva, a frustração e o estresse é frequentando um karaokê com salas privativas, onde canta (ou melhor, berra) tudo que está engasgado por meio de um metal superpesado. Quando não consegue aguentar até o fim do expediente, ela descarrega todo o seu furor cantando algumas palavras agressivas na cabine do banheiro.
Divertida, com uma puta crítica social ao regime de trabalho semiescravo ao qual muitos de nós somos submetidos diariamente e com episódios curtinhos (de 15 minutos cada), Aggretsuko é o tipo de série que você devora toda a temporada (de apenas 10 episódios) sem notar. Depois o que resta é a imagem dupla da protagonista (doce e pacata, porém furiosa e agressiva), a reflexão suscitada (talvez até pela identificação), bem como a expectativa pela próxima temporada.
Uma versão bem podre de Doce Vingança: atuações horríveis, fotografia estourada, roteirinho clichê, mortes pouco inventivas, ausência de gore e de violência.
O filme não funciona nem como trash (já que estava mais do que nítido que não daria para levá-lo a sério).
Amo as Desventuras em Série! Esta segunda temporada foi ainda melhor que a primeira: fotografia, cenários e efeitos visuais e sonoros maravilhosos (o que alivia o peso dos infortúnios narrados com humor negro refinadíssimo por Lemony Snicket), além de inúmeras referências à literatura de terror e fantástica (como as citações à obra de Edgar Allan Poe com o corvo e o Detetive Dupin na cidade de CSC, assim como as alusões a It e O Iluminado, de Stephen King, no Hospital Hostil Heimlich).
O desenvolvimento da trama (com a divisão de cada livro em dois episódios) mantém o tom exato, com um desenrolar nem massante nem corrido, mas no ponto (provavelmente porque o próprio Daniel Handler está envolvido na produção da série), o que nos leva a querer assistir a um capítulo após o outro, até chegarmos ao fim da temporada ansiosos pela próxima (ainda mais quando se assiste à temporada toda no dia de estreia).
As atuações merecem grandes elogios, com os atores transmitindo e suscitando exatamente as emoções desejadas no espectador. Neil Patrick Harris fabuloso no papel do Conde Olaf!
Agora o que resta é esperar desesperadamente pelo desfecho dessa trama tão desafortunada.
Sozinho Contra Todos
4.0 313"Viver é um ato egoísta. Sobreviver é uma lei genética."
Sozinho Contra Todos
4.0 313"Pensamos que vivemos num mundo civilizado, mas é uma selva. E para viver nesta selva, temos que fazer parte dos animais mais fortes. Se fizer parte dos outros, tem que fugir para salvar o couro."
Irreversível
4.0 1,8K Assista Agora"O tempo destrói tudo."
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraA Casa que Jack Construiu é um filme sobre serial killer que, na verdade, zomba desse tipo de filme. Ele faz uso de diversos clichês, elementos recorrentes e até mesmo referências clássicas de histórias de suspense/terror e de serial killers. Temos a mulher com o carro quebrado na estrada que pede/aceita carona de um desconhecido; a vítima que literalmente pede para ser morta; o assassino que entra na casa da sua vítima fingindo ser policial (mas, aqui, a vítima é inteligente o suficiente para desconfiar que o cara não é um policial, mas inocentemente o deixa entrar quando este afirma ser um agente de seguro de vida que pode aumentar a quantia que ela receberia pelo recém-falecimento de seu esposo); os policiais burros e incompetentes, que não enxergam o criminoso bem na sua frente, mesmo quando ele mesmo se denomina culpado ou quando uma vítima pede socorro; o atropelamento de uma pessoa na estrada; o assassino com manias estranhas (neste caso, TOC e tirar fotos de suas vítimas depois de mortas); elementos ocasionais improváveis (ou quase absurdos) que favorecem o vilão (como a chuva mais forte que já se viu que lava o rastro de sangue que o corpo arrastado de uma de suas vítimas deixa por todo o caminho até o seu esconderijo de cadáveres); o psicopata que torturava animais quando criança; o assassino que guarda os corpos das vítimas em um frigorífico; o gosto pela taxidermia (em alusão a Norman Bates, de Psicose); a loira gostosa e peituda que se torna vítima de um assassino cruel e impiedoso (com a remoção de seus seios, surpreendentemente naturais, ironizando a frequente presença de siliconadas, bem como a exploração do sexo em filmes do segmento slasher); a vítima que grita incansavelmente por socorro, porém ninguém ouve; a perseguição/o assassinato na floresta; o jogo frio e sádico no piquenique (remetendo a Violência Gratuita); o serial killer que divulga seus crimes para a polícia (como referência ao assassino do Zodíaco); o típico diálogo por meio do qual o vilão revela seus planos malignos para as vítimas antes de exterminá-las.
Lars von Trier compôs um longa-metragem, sobretudo, autorreferente. Seu estilo estético e narrativo se apresenta de modo potente e desenvolvido com propriedade. A peculiar câmera na mão, viva e inquieta, captura os detalhes das feições e dos movimentos, acompanha de perto os personagens, quase entrando em suas peles. O enredo dividido em capítulos, típico de seus filmes, ajuda na construção de mini-histórias, praticamente fechadas em si, por serem acontecimentos isolados, porém unidas por um fio condutor, o que permite explorar, em cada incidente, um estereótipo diferente de serial killer, sem, com isso, desvincular essas personas do mesmo psicopata. O formato confessional reconfigura o formato utilizado em seu último filme, Ninfomaníaca, sendo pertinente ao mergulho interior de Jack em companhia de Virgílio.
A reflexão acerca de sua própria obra e, mais que isso, o deboche às recorrentes críticas tanto às suas produções quanto à sua pessoa surge por meio da abordagem (proposital, irônica e em nenhum momento injustificada) de questões frequentemente associadas ao seu nome: machismo, misoginia, violência e sadismo. Suas protagonistas fortes são substituídas por mulheres estúpidas vítimas de um psicopata, que as culpabiliza com o discurso ácido de que é uma merda nascer homem, pois o homem já nasce culpado e precisa viver carregando o fardo da culpa, enquanto as mulheres são sempre as vítimas. Propositadamente, são contados apenas incidentes envolvendo mulheres. Quando questionado por Virgílio acerca do motivo de apenas matar mulheres, Jack afirma também ter matado homens (porém, em seu relato, notamos que os homens que aparecem são poupados da morte, sendo suas vítimas masculinas duas crianças – ou seja, ainda em fase de formação).
No quesito violência, o espectador também não é poupado. Trabalhando com a analogia entre morte e arte, von Trier apresenta cenas chocantes, entretanto nada gratuitas ou desnecessárias. O uso de gore, a aflição e o desconforto causados são pertinentes às situações narradas. Até mesmo o sadismo se justifica, uma vez que se trata de um psicopata. Escarnecendo da crítica, o dinamarquês coloca o seguinte questionamento nos lábios de Virgílio: “Então, dar com um macaco (hidráulico) no rosto de uma mulher é arte, é isso que devo entender?”.
Após anos em depressão, Lars von Trier retorna com um filme autoanalítico, que se constrói a partir da essência da obra do diretor e roteirista. Do mesmo modo que Jack, de tempos em tempos, se vê diante da necessidade (e não apenas do desejo) de matar para não sucumbir às conturbações internas que lhe afligem, Lars parece ter encontrado na criação a sua válvula de escape, a sua libertação. Assim como o protagonista chega à conclusão de que a casa que construiu não era de madeira, cimento e tijolos, mas feita com os corpos de suas vítimas, ou seja, a sua carreira de assassino, von Trier utiliza o longa como uma forma de refletir acerca de sua cinematografia, alcançando, com isso, uma maturidade sobre o que quer representar. É como se ele estivesse se virando para o público e dizendo: “É isto que eu faço. Esta é a minha arte” (fazendo questão de lembrar outras produções suas, por meio da exibição de cenas de Manderlay, Anticristo, Melancolia e Ninfomaníaca). Portanto, A Casa que Jack Construiu não seria, na verdade, A casa que Lars construiu?
Dogville
4.3 2,0K Assista Agora"Eu só estou te perguntando se você tem medo de ser tão humano."
A Cama
2.4 3 Assista AgoraAssisti no Festival do Rio 2018. Eu mais cinco pessoas na sessão. Uma delas dormiu tão profundamente que roncava a ponto de seu ronco ecoar pela sala de cinema. Outra saiu da sessão com pouco mais de 1h de filme. Eu mesmo fiquei constantemente olhando a hora no celular para ver se estava perto de terminar por não aguentar mais.
Em resumo: tédio total. Excelente opção para quem sofre de insônia.
Os Outros Caras
3.0 496 Assista Agora"Vamos ser sinceros: todos queremos ser astros. Mas adivinhe? As pessoas que trabalham de verdade, que fazem a diferença, você não vê na TV ou na primeira página. Estou falando dos guerreiros do dia a dia. Você sabe de quem estou falando: 'os outros caras'."
Verdade ou Desafio
2.6 718 Assista Agora"Demônios possuem pessoas, lugares, objetos e até ideias."
Demônios possuindo ideias... porra, essa foi foda de engolir!! kkkk
A Comédia Divina
2.1 66"Humanos: fazem o que querem, escondem o que sentem e não falam o que pensam."
Vândalo Americano (2ª Temporada)
4.2 53 Assista Agora"Não somos a pior geração. Apenas somos a mais exposta. Vivemos em um constante estado de feedback e julgamento. Talvez, as máscaras sejam uma forma de sobrevivência. Talvez, elas nos forneçam uma camada de proteção, um lugar para crescer, descobrir, reinventar. O importante é ter pessoas que te conhecem sem a máscara e ser feliz com quem você é por baixo dela."
BoJack Horseman (5ª Temporada)
4.5 193 Assista Agora"Não existe essa de bandidos e mocinhos. Nós somos todos gente, que faz coisa boa às vezes e coisa ruim outras vezes. É isso. Tudo o que podemos é tentar fazer menos coisa ruim e mais coisa boa."
BoJack Horseman (5ª Temporada)
4.5 193 Assista Agora"Todos nós usamos máscaras para revelar aspectos de nós mesmos para os mais íntimos, mas nosso verdadeiro eu permanece escondido."
BoJack Horseman (5ª Temporada)
4.5 193 Assista Agora"Na tv, personagens imperfeitos mostram que se importam com gestos grandiosos surpreendentes. Acho que uma parte de mim ainda acredita que isso é amor. Mas, na vida real, isso não basta."
Berenice Procura
3.2 43Embora descortine e alvitre um debate acerca do preconceito e da transfobia, como o próprio título anuncia, Berenice Procura traz uma mulher em busca, acima de tudo, de se encontrar: Berenice está à procura de espaço, de protagonismo, de liberdade, de independência (financeira, emocional, sexual). Essa procura, essa inconformação a mantém num entrelugar: ela é dona de casa, mas também taxista; ela está convicta de que seu casamento já acabou, porém ainda vive sob o mesmo teto que o marido; ela se preocupa com o filho, quer mais intimidade com ele, mas tem dificuldades para se aproximar; ela lida com parte dos afazeres domésticos, mas relega outros à praticidade (como comprar quentinha para não precisar mais cozinhar). Berenice é uma mulher em processo de transformação e autoconhecimento.
Com uma proposta interessante, discorrendo acerca de temas bastante importantes e em voga, com um elenco, em sua maioria, afiado, o filme assoma entre as atuais produções nacionais. Ainda que seu pretendido diferencial possa se ver esmaecido devido à falta de maior contundência (por não encontrar o tom certo – se um suspense investigativo ou se um drama, deixando de ser melhor aproveitado nos dois quesitos), de todo modo, o longa pode ser considerado como uma grata surpresa em nosso cinema.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista Agora"Escutem aqui, seus fodidos, seus merdas: aqui está um cara que não aguenta mais, um cara que enfrentou a escória, os porras, os cães, a sujeira, a merda. Aqui está alguém que reagiu."
Não se Mova
3.6 56Um curta extremamente eficaz. Muito superior à maioria das produções do gênero que são vistas por aí.
Justamente por conta do formato, não tem tem enrolação, preambulação, draminhas desnecessários. Tudo que precisamos saber acerca da história é sugerido pelos detalhes inseridos de modo brilhante e preciso na narrativa.
Os atores apresentam atuações convincentes. Suas poucas cenas são intensas, impregnadas de visceralidade.
Ademais, cumpre exatamente o que se espera de uma boa trama de terror: entrega mortes sangrentas (com uso interessante de gore), instaura medo e tensão, apresenta um personagem maligno com identidade própria e presença marcante, tudo sem um pingo de dó ou compaixão.
O Vazio (1ª Temporada)
3.6 69Uma animação bastante interessante. Você começa sem entender nada, mas fica intrigado e não consegue parar de assistir. Como os episódios são apenas 10 episódios de pouco mais de 20 minutos, dá para maratonar numa boa.
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraUma proposta interessante integrada por um elenco de peso, mas que acabou sendo desenvolvida de forma extremamente enfadonha.
O segundo ato é bastante desnecessário e anticlímax, o que demonstra a falta de inventividade e de visão do diretor, que já não estava conduzindo o longa muito bem até ali e que consegue, com isso, desmotivar ainda mais o espectador.
Aggretsuko (1ª Temporada)
4.3 97 Assista AgoraRetsuko é uma jovem de 25 anos que trabalha na contabilidade de uma empresa. Enquanto seu chefe não faz nada de útil o dia inteiro e boa parte dos demais funcionários lhe empurra diversas tarefas, ela é sobrecarregada com trabalho, trabalho e mais trabalho. Pacata e resignada, ela engole todos os sapos possíveis e procura dar conta de tudo que lhe é delegado, sendo taxada de boa e certinha pelas pessoas. O modo que encontra para extravasar a raiva, a frustração e o estresse é frequentando um karaokê com salas privativas, onde canta (ou melhor, berra) tudo que está engasgado por meio de um metal superpesado. Quando não consegue aguentar até o fim do expediente, ela descarrega todo o seu furor cantando algumas palavras agressivas na cabine do banheiro.
Divertida, com uma puta crítica social ao regime de trabalho semiescravo ao qual muitos de nós somos submetidos diariamente e com episódios curtinhos (de 15 minutos cada), Aggretsuko é o tipo de série que você devora toda a temporada (de apenas 10 episódios) sem notar. Depois o que resta é a imagem dupla da protagonista (doce e pacata, porém furiosa e agressiva), a reflexão suscitada (talvez até pela identificação), bem como a expectativa pela próxima temporada.
Feliz! (1ª Temporada)
4.1 79 Assista AgoraSérie completamente insana, recheada de violência e humor negro, que traz à tona tantas pautas interessantes.
A fotografia, os planos de câmera, a edição, os efeitos visuais e sonoros são excelentes, assim como o roteiro, os diálogos e as atuações.
Devorei a primeira temporada toda de uma vez! Agora é esperar pela próxima!
Mulheres Perigosas
2.1 81 Assista AgoraUma versão bem podre de Doce Vingança: atuações horríveis, fotografia estourada, roteirinho clichê, mortes pouco inventivas, ausência de gore e de violência.
O filme não funciona nem como trash (já que estava mais do que nítido que não daria para levá-lo a sério).
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraQuem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraQuando um filme cria tamanha tensão que consegue te deixar com "medo" até de comer pipoca para não fazer barulho.
Desventuras em Série (2ª Temporada)
4.1 132Amo as Desventuras em Série! Esta segunda temporada foi ainda melhor que a primeira: fotografia, cenários e efeitos visuais e sonoros maravilhosos (o que alivia o peso dos infortúnios narrados com humor negro refinadíssimo por Lemony Snicket), além de inúmeras referências à literatura de terror e fantástica (como as citações à obra de Edgar Allan Poe com o corvo e o Detetive Dupin na cidade de CSC, assim como as alusões a It e O Iluminado, de Stephen King, no Hospital Hostil Heimlich).
O desenvolvimento da trama (com a divisão de cada livro em dois episódios) mantém o tom exato, com um desenrolar nem massante nem corrido, mas no ponto (provavelmente porque o próprio Daniel Handler está envolvido na produção da série), o que nos leva a querer assistir a um capítulo após o outro, até chegarmos ao fim da temporada ansiosos pela próxima (ainda mais quando se assiste à temporada toda no dia de estreia).
As atuações merecem grandes elogios, com os atores transmitindo e suscitando exatamente as emoções desejadas no espectador. Neil Patrick Harris fabuloso no papel do Conde Olaf!
Agora o que resta é esperar desesperadamente pelo desfecho dessa trama tão desafortunada.