Por quê a Leticia Lima sempre mantém esse tom de interpretação do Porta dos Fundos? Não é só aqui. Essa semana mesmo eu a vi na novela Amor de Mãe, e está a mesma coisa. Acho estranho. Não que não seja engraçado, mas é estranho.
Uma versão brasileira de Os Outros Caras. Divertidíssimo. Fizeram uma obra cheia de referências aos policiais americanos, mas sem nunca esquecer do humor brasileiro.
E boa escolha de juntarem novamente o Edmilson Filho e o Matheus Nachtergaele, que demonstraram uma ótima química na série Cine Holliúdy.
Urge a necessidade de uma continuação. É franquia potencial. Netflix, não perca a oportunidade!
Era outra época, né? Porque eu com quatorze anos já tinha preocupações mais maduras do que as que ele tinha. Doinel se encaixaria mais no típico moleque de 10 anos de hoje em dia.
Às vezes injustiçado, incompreendido; outras vezes só uma mala sem alça mesmo.
A Isabelle manteve uma constância: foi a personagem mais intragável em todos os 3 filmes. Cheia de caras e bocas e atuando sempre com a muleta de escancarar as pernas quando se sentava. Havia outros personagens em Albergue Espanhol muito mais interessantes e que ficaram pelo meio do caminho.
Não ombreia com Albergue Espanhol, mas ao menos consegue superar Bonecas Russas.
O bom aqui é que o Xavier voltou a ser um personagem interessante, pois o roteiro tirou toda a chatice e involução que ele apresentara em Bonecas. Sejamos sinceros, um protagonista irritante estraga a experiência em 50%.
Agora, que pena, que pena mesmo que estragaram a Wendy, transformando-a na típica ex-esposa chata de galocha.
Claro, fizeram isso para que nós, espectadores, não ficássemos indignados com a escolha final do Xavier pela Martine. A maioria sempre preferiu a Wendy, mas com um roteiro estragando a personagem e adicionando o papel maternal para Martine, transformando essa numa mãe carinhosa, trabalhadora e responsável, a gente vai falar o quê? Três filmes pro cara terminar com a mulher errada. Devo parabenizar o diretor?
E o que mais me revoltou foi não trazerem a galera companheira do Albergue. Já não tinham falado nada sobre o destino deles no segundo filme, e ficamos totalmente no escuro nesse terceiro. Pois é, torço para que o Klapisch faça um quarto filme para consertar as coisas e finalmente o Xavier possa voltar para a Wendy, dessa vez menos insuportável do que retratada em Enigma.
O Laessio é interessantíssimo. Poucos criminosos tem/teriam esse desembaraço ao contar detalhadamente sua jornada de crimes no Brasil. Natural, portanto, que surja interesse em documentar esses relatos. E o diretor o faz muito bem em relação a esse quesito. Acompanhando o entre-e-sai da cadeia nós vamos conhecendo mais sobre a personalidade e o modus operandi nas bibliotecas, museus e centros culturais.
Há psicopatia estampada ali, um desapego a normas básicas de convívio em sociedade. E o documentário peca ao glamorizar em alguns pontos, como quando dá espaço para uma narrativa à la Robin Hood, onde ele mesmo (contraditoriamente) diz sobre uma espécie de ética que separaria o roubo do Estado - indulgente e que não zelaria pelo acervo sob sua tutela - e o crime direto contra a residência ou vida de um cidadão.
Claro que a obra dá voz a profissionais e policiais envolvidos, mas a balança nunca é equilibrada. Sem falar na roupa de "peixe-pequeno" e que os verdadeiros ladrões, as pessoas ricas e que movimentam o mercado estariam soltas, transformando Laessio dessa maneira em injustiçado também pelos mecanismos judiciais. O que só é verdade em parte. Sim, os ricos estão impunes, mas não vi o documentário em nenhum momento com coragem para citar esses nomes. Li diversas reportagens na internet citando os cidadãos, então pergunto: o documentarista estava com medo? Ora bolas, quem não consegue segurar o rojão não se meta a querer contar a história. Já imaginaram o Michael Moore com medo de citar quem deveria nas obras dele? Pois então. Daí eu achar que o documentário acabou sendo extremamente bunda-mole, chegando ao absurdo de colocar uma tarja preta na boca do entrevistado. Isso sem falar nas diversas vezes em que transeuntes tem as caras borradas em locais públicos. Olha o absurdo!
Entendo muito as pessoas que ficaram indignadas com o financiamento estatal. O cara ganha a vida dilapidando patrimônio cultural do Estado, e tem a história da sua vida bancada por dinheiro (ou renúncia fiscal, eu sei, eu entendo de fomento, não me encham o saco) da própria cultura, e justamente o cara que não vê legitimidade no Estado como protetor da cultura. Sim, é revoltante. E eu nem sou um bolsonarista, essa galera que abre a boca pra regurgitar falácias sobre o crime que seria dinheiro público em qualquer manifestação cultural. Eu apenas acho que nesse caso específico é muita ousadia, muito desrespeito com o cidadão. A história tem motivos de sobra pra ser contada, mas o país já perdeu valores (incalculáveis, lembre-se, trata-se de obras raras) para despender mais dinheiro nesse cara.
Achei esse aqui inferior ao anterior (Inferno no Gama) por não concluir as cenas de ação. Elas são incompletas. Há um caso notável, a da lagoa, onde a cena é confusa, sem inicio. Obviamente o Brazza não quis/pode gravar outros takes ou cenas de cobertura.
Tu, caro leitor, que chegaste, aqui, e estás deveras impressionado com a nota e a quantidade de comentários positivos, empolgados e - principalmente- empesteado de superlativos, tranquiliza!
Há algumas considerações a serem feitas inicialmente. Eu ainda não assisti. Eu estou, como direi, bastante saturado dessa cultura pop/nerdola que vem dominando os sites de entretenimento, eclodindo emoções que em tempos mais saudáveis seriam ridicularizados, mas, hoje em dia, é festejado como manifestação "espontânea" dos jovens antenados. Tenho, sim, uma admiração por filmes feitos pelo estúdio Marvel, divertidos e empolgantes, mas não me considero um fã de herói de gibi no sentido nerdola do termo.
A maioria que desponta aqui é formada por fãs de gibis, aquela galerinha que tem bonequinhos do Batman e do Superman enfeitando a estante, a mesa de trabalho, essas coisas. O que nós devemos ter em conta que são o público-alvo da obra, portanto é absolutamente natural que eles estejam distribuindo 5 estrelas a torto e a direita. Acalma-te. As reações aqui na página estão viciadas. Eu vou assistir com o pé atrás. Não sei quando, tenho muitos filmes na lista de espera que são mais importantes, mas pretendo assistir.
Joel Zito Araújo faz aqui um documentário que foge do tradicional chapa-branquismo que empesteia as obras biográficas ao redor do mundo. E Carlos Moore é tão interessante que merece um documentário só focado na vida dele. Já as ex-esposas do Fela tentam fechar os olhos a muitos crimes que ele cometeu.
A protagonista aqui não tem o mesmo carisma de A Morte te dá Parabéns, então fica toda a graça nas costas do Vince Vaughn. Sorte do diretor ter escolhido logo ele pro papel.
Mesmo levando em consideração os parcos recursos financeiros e de pessoal, não entendo o porquê do Brazza simplesmente ignorar coisas básicas de um filme, como estabelecimento de 1º/2º/3º atos e construção da personalidade dos personagens. O que custava ter gastado 10 minutos iniciais para apresentar quem afinal de contas era o Régis. O diretor já havia trabalhado em produções da Boca do Lixo, não era um neófito no metiê.
De todo modo o filme é divertido, feito na raça, e abraça o gênero da ação sem medo de ser feliz.
Comédia divertida graças ao texto ágil e elenco carismático. Betse de Paula é uma diretora subestimada e precisa se mais valorizada. Entrega ótimas comédias com poucos recursos financeiros.
O que eu mais gostei foi a relação de amizade entre o Benigno e o Marco! É tão bonita a preocupação e a empatia que o Marco demonstra mesmo num momento em que todos os outros personagem (e maioria do público) estão condenando o enfermeiro. Eu não considero esse um filme sobre as mulheres (algo habitual na filmografia do Almodovar), mas um filme sobre os homens.
Fiquei triste ao saber da notícias que a produção matou 4 touros durante as filmagens. Não sou vegetariano/vegano, e sou um dos maiores combatentes desse modismo que o Cinema vem fazendo em abarrotar as obras com animais em CGI, mas qualquer cena de violência precisa ser encenada, não feita na prática. O Almodovar e os outros envolvidos nesse crime deveriam ter sido presos, só que, pelo que eu pesquisei na internet, nada aconteceu, feijoada, ou melhor, paella.
Pra quem gostou da citação ao Jobim, a música a que o Marco se refere chama-se Amor Em Paz (Once I Loved). Aliás, que bela homenagem a música brasileira o Almodovar realiza. É sempre reconfortante saber que a nossa cultura é valorizada lá fora. Aqui, ao contrário, o brasileiro consome o esgoto artístico da indústria cultural (funk carioca, sertanejo universitário, música eletrônica, hip hop, etc).
E, por favor, o cartaz do filme não tem tanta semelhança assim entre as atrizes e Paola Oliveira e Andrea Beltrão. Não forcem a barra. Além do mais, essa "piadinha" já foi feita umas 50 vezes aqui no espaço de comentários. Portanto, pense duas vezes antes de repeti-la, ou corra o risco de ser julgado de pouco original.
Esse filme aí eu já até desisti de assistir. Eu só posso imaginar que o diretor queimou as cópias ou então o filme é proibido de circular no país. Não é possível.
Há uma arrogância nos três jovens que acaba afastando uma identificação por parte do público, chegando a fazer com que nós nos identifiquemos com o empresário. As atitudes dos três mostram um descolamento completo da realidade. Mas é legal ver um espírito juvenil querendo mudanças e se indignando com o que existe ao redor e o sistema falho que aliena o cidadão.
Não chega nem ao menos a ombrear com o remake de 78. Tem muita cara daqueles filmes feitos exclusivamente para TV que passavam no saudoso Cinema em Casa, do SBT, durante as tarde dos anos 90.
Não que história seja ruim, ela possui bons momentos, como a do Forest Whitaker, mas no geral é muito apressada e não sabe segurar as cenas de tensão satisfatoriamente, sempre com um corte abrupto. Um bom passatempo que estaria esquecido totalmente não fosse ter o nome do Abel Ferrada. Aqui ele, inclusive, parece bastante enquadrado pelos produtores.
Obs: Nem sabia que a Jennifer Tilly tinha uma irmã atriz com voz normal
Inferior ao primeiro. Sem a menor sombra de dúvida. E, de antemão, já deixo claro que não se trata da comparação óbvia que eu vejo nas outras críticas, tanto aqui no site quando de profissionais nos portais de cinema, que busca justificar a menor empolgação do público em geral por causa da temática focando no amadurecimento. Segundo essa patota, não haveria como competir com Albergue, já que se trata de jovens descobrindo a vida, o que traria uma maior identificação e uma maior popularidade. Não me venham com essa conversa pra boi dormir. Eu acho inferior porque o diretor transfere todo o foco do filme para o Xavier, e todos nós sabemos que a melhor coisa de Albergue era justamente a interação entre os diversos personagens no apartamento, ora bolas.
Xavier aqui se apresenta, aliás, mais infantilizado e babaca do que há 5 anos. E é justamente esse personagem enchatecido pelo novo roteiro que somos obrigados a acompanhar quase que exclusivamente pelos 60 minutos iniciais.
A coisa só melhora (e muito!) quando Wendy e William aparecem. Sério, a qualidade cresce tão bruscamente que eu cheguei a imaginar que o diretor deveria ter pensado seriamente em cortar e jogar no lixo todo o inicio. Desnecessário.
Chega ser frustrante quando analisamos que o restante dos personagens originais só fizeram uma ponta aqui. Todo mundo queria ver mais da interação dessa galera, não das aventuras amorosas bobas do Xavier. Diretor vacilou, e vacilou feio.
Fiquei feliz que pelo menos o Xavier terminou ficando com a Wendy. Embora eu ache que a Wendy é uma mulher que merecia alguém melhor, ele é o protagonista, e a gente torce para a conciliação do casal. Eu espero (ainda não vi) que não estraguem esse relacionamento em Enigma Chinês. Principalmente se for para juntá-lo com a intragável da Martine ou com alguma personagem surgida do nada, tal aconteceu com a obra do Truffaut sobre o Doinel.
Eu não tenho acesso aos dados internos para saber o perfil demográfico dos usuários do filmow com absoluta certeza. Chuto que o site é formado em sua maior parte por uma galera da classe média. Aquela galera que já fez ou tem o sonho de fazer mochilão pela Europa, fazer intercâmbio, essas paradas. Ok. O filme atinge bem no coração dessa patota. Gostaria de saber como ele é recebido entre as classes C e D. Há uma identificação com os personagens? Ou parece papinho de classe média? Fica aqui a minha sugestão para que outros possam levar adiante esses estudos. Eu mesmo não posso fazer, estou muito ocupado nesse momento.
Outra coisa, desde o lançamento de Albergue Espanhol, no inicio dos anos 2000, quando eu assisti pela primeira vez, venho me perguntando qual seria o filme que se aproximaria com alguma estética sul-americana. Nunca encontrei. Acho que nunca foi feito. Não é estranho que não tenhamos uma contraparte, uma obra que represente o microcosmo sul-americano? Deixo aqui outra sugestão, que os cineastas e produtores encampem essa ideia. Precisamos de um representante desse tipo. É um absurdo que após 20 anos ainda não tenhamos nada parecido.
Mas, deixada minhas considerações externas, e até sugestões para terceiros, vamos diretamente ao filme. É divertido, os personagens cativantes. E, por incrível que pareça, o Xavier é o menos interessante dos principais, e funciona muito melhor quando já está introduzido no apartamento dividindo a vida com os amigos.
É um filme otimista no final das contas, algo que deve encantar os olhos das agências de turismo ou intercâmbio que vendem pacotes para a Europa.
Obs: a personagem da Audrey Tautou é muito chata, aliás, como é algo recorrente com os papeis dela.
Ao assistir a uma continuação do filme Um Príncipe em Nova York, eu esperava ouvir/ver Chocolate Sensual, e não a números bollywoodianos de (argh!) "hip hop". Minha nota caiu muito devido a trilha sonora. Mas é aquilo, tem que agradar esses jovens atuais que não sabem o que é música de verdade.
Gostei de rever os personagens de volta. Grandes talentos como Eddie Murphy e Arsenio Hall estavam bissextos no cinema.
Agora, o que me irrita verdadeiramente são as concessões feitas para ganhar dinheiro e ampliar o público-alvo! E toma inclusão de personagens da nova geração, os herdeiros, e seus conflitos rasos. E toma números bollywoodianos de hip hop. Pronto. A galera quer enfiar essa tosqueira de hip hop em tudo quando é obra atualmente. Ninguém aguenta mais! E toma empoderamento feminino de garotas adolescentes. E toma cutucadas em relação as piadas sexistas do primeiro filme.
Ah, sério, que encheção de saco. O filme poderia ter sido bem melhor se concentrasse atenção em quem realmente importa: Eddie Murphy, Arsenio Hall, Wesley Snipes, Shari Headley entre outros personagens mais interessantes. Mas, não, tenho que ficar acompanhando o Jermaine Fowler e a família dele, sem graça até a tampa!
Valeu pela nostalgia, tira boas risadas em alguns momentos, mas eu não aguento mais continuações que não focam apenas no público antigo. Os gostos dessa galera de menos de 25 anos são horríveis. Tentar agradar a geração leite com pera e ovomaltine é um erro! Por favor, parem!
Uma pena. Realmente uma pena. Eu já havia notado uma certa artificialidade das atuações no próprio lançamento do trailer, há alguns meses; mas o clima de horror sobrenatural misturado com discussões sociais à la Corra! me empolgou consideravelmente.
Assisti agora e nem sombra de influência dos trabalhos de Jordan Pele. Aliás, se me dissessem que o diretor Jefferson De nunca assistiu nada dele, eu não ficaria espantado.
A história tinha muito potencial para discutir a temática do racismo através do sobrenatural. Precisaria para isso, claro, primeiramente de um roteiro mais estruturado contendo diálogos mais naturais. Não ocorreu. A cena da mãe e do filho conversando sobre os problemas da faculdade escancara a deficiência. Soa institucional, travado.
O protagonista é outro ponto fraco. O Maurício recita os diálogos de maneira mecânica, sem o menor indício de interpretação, transparecendo apatia para o espectador. A deficiência é perceptível quando ele conversa com a Suzana, que não é uma atriz de destaque, mas ao menos consegue entregar o arroz com feijão. Quando ele está do lado do Ailton Graça então...
E ainda tem essa: possui atores do quilate de Zezé Motta, Lea Garcia e Ailton Graça fazendo personagens mais inúteis do que cinzeiro em motocicleta. Sem falar no Lázaro Ramos, figurante de luxo!
Graças a uma direção preguiçosa - o protagonista repete ciclos de pesadelos sempre da mesma maneira, levantando da cama; e a criação de um vilão que nunca diz a que veio - por exemplo, o filme torna-se esquecível. E o pior, muitos deliquentes intelectuais atacarão o filme como se o problema tivesse sido a temática, aquele papinho de "ai, quiseram lacrar"; e não a execução.
Acabará soterrado no catálogo da Netflix. Mais uma vez, eu digo: que pena
Cabras da Peste
3.2 255Por quê a Leticia Lima sempre mantém esse tom de interpretação do Porta dos Fundos? Não é só aqui. Essa semana mesmo eu a vi na novela Amor de Mãe, e está a mesma coisa. Acho estranho. Não que não seja engraçado, mas é estranho.
Cabras da Peste
3.2 255Uma versão brasileira de Os Outros Caras. Divertidíssimo. Fizeram uma obra cheia de referências aos policiais americanos, mas sem nunca esquecer do humor brasileiro.
E boa escolha de juntarem novamente o Edmilson Filho e o Matheus Nachtergaele, que demonstraram uma ótima química na série Cine Holliúdy.
Urge a necessidade de uma continuação. É franquia potencial. Netflix, não perca a oportunidade!
Labirinto de Paixões
3.4 108Quando o Almodovar erra a mão sai isso aqui, história confusa, sem pé nem cabeça.
Os Incompreendidos
4.4 645 Assista AgoraEra outra época, né? Porque eu com quatorze anos já tinha preocupações mais maduras do que as que ele tinha. Doinel se encaixaria mais no típico moleque de 10 anos de hoje em dia.
Às vezes injustiçado, incompreendido; outras vezes só uma mala sem alça mesmo.
O Enigma Chinês
3.9 130A Isabelle manteve uma constância: foi a personagem mais intragável em todos os 3 filmes. Cheia de caras e bocas e atuando sempre com a muleta de escancarar as pernas quando se sentava. Havia outros personagens em Albergue Espanhol muito mais interessantes e que ficaram pelo meio do caminho.
O Enigma Chinês
3.9 130Não ombreia com Albergue Espanhol, mas ao menos consegue superar Bonecas Russas.
O bom aqui é que o Xavier voltou a ser um personagem interessante, pois o roteiro tirou toda a chatice e involução que ele apresentara em Bonecas. Sejamos sinceros, um protagonista irritante estraga a experiência em 50%.
Agora, que pena, que pena mesmo que estragaram a Wendy, transformando-a na típica ex-esposa chata de galocha.
Claro, fizeram isso para que nós, espectadores, não ficássemos indignados com a escolha final do Xavier pela Martine. A maioria sempre preferiu a Wendy, mas com um roteiro estragando a personagem e adicionando o papel maternal para Martine, transformando essa numa mãe carinhosa, trabalhadora e responsável, a gente vai falar o quê? Três filmes pro cara terminar com a mulher errada. Devo parabenizar o diretor?
E o que mais me revoltou foi não trazerem a galera companheira do Albergue. Já não tinham falado nada sobre o destino deles no segundo filme, e ficamos totalmente no escuro nesse terceiro. Pois é, torço para que o Klapisch faça um quarto filme para consertar as coisas e finalmente o Xavier possa voltar para a Wendy, dessa vez menos insuportável do que retratada em Enigma.
Cartas para um Ladrão de Livros
4.0 16Um documentário que acaba sendo bunda-mole!
O Laessio é interessantíssimo. Poucos criminosos tem/teriam esse desembaraço ao contar detalhadamente sua jornada de crimes no Brasil. Natural, portanto, que surja interesse em documentar esses relatos. E o diretor o faz muito bem em relação a esse quesito. Acompanhando o entre-e-sai da cadeia nós vamos conhecendo mais sobre a personalidade e o modus operandi nas bibliotecas, museus e centros culturais.
Há psicopatia estampada ali, um desapego a normas básicas de convívio em sociedade. E o documentário peca ao glamorizar em alguns pontos, como quando dá espaço para uma narrativa à la Robin Hood, onde ele mesmo (contraditoriamente) diz sobre uma espécie de ética que separaria o roubo do Estado - indulgente e que não zelaria pelo acervo sob sua tutela - e o crime direto contra a residência ou vida de um cidadão.
Claro que a obra dá voz a profissionais e policiais envolvidos, mas a balança nunca é equilibrada. Sem falar na roupa de "peixe-pequeno" e que os verdadeiros ladrões, as pessoas ricas e que movimentam o mercado estariam soltas, transformando Laessio dessa maneira em injustiçado também pelos mecanismos judiciais. O que só é verdade em parte. Sim, os ricos estão impunes, mas não vi o documentário em nenhum momento com coragem para citar esses nomes. Li diversas reportagens na internet citando os cidadãos, então pergunto: o documentarista estava com medo? Ora bolas, quem não consegue segurar o rojão não se meta a querer contar a história. Já imaginaram o Michael Moore com medo de citar quem deveria nas obras dele? Pois então. Daí eu achar que o documentário acabou sendo extremamente bunda-mole, chegando ao absurdo de colocar uma tarja preta na boca do entrevistado. Isso sem falar nas diversas vezes em que transeuntes tem as caras borradas em locais públicos. Olha o absurdo!
Entendo muito as pessoas que ficaram indignadas com o financiamento estatal. O cara ganha a vida dilapidando patrimônio cultural do Estado, e tem a história da sua vida bancada por dinheiro (ou renúncia fiscal, eu sei, eu entendo de fomento, não me encham o saco) da própria cultura, e justamente o cara que não vê legitimidade no Estado como protetor da cultura. Sim, é revoltante. E eu nem sou um bolsonarista, essa galera que abre a boca pra regurgitar falácias sobre o crime que seria dinheiro público em qualquer manifestação cultural. Eu apenas acho que nesse caso específico é muita ousadia, muito desrespeito com o cidadão. A história tem motivos de sobra pra ser contada, mas o país já perdeu valores (incalculáveis, lembre-se, trata-se de obras raras) para despender mais dinheiro nesse cara.
Gringo Não Perdoa, Mata
3.9 3Achei esse aqui inferior ao anterior (Inferno no Gama) por não concluir as cenas de ação. Elas são incompletas. Há um caso notável, a da lagoa, onde a cena é confusa, sem inicio. Obviamente o Brazza não quis/pode gravar outros takes ou cenas de cobertura.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KTu, caro leitor, que chegaste, aqui, e estás deveras impressionado com a nota e a quantidade de comentários positivos, empolgados e - principalmente- empesteado de superlativos, tranquiliza!
Há algumas considerações a serem feitas inicialmente. Eu ainda não assisti. Eu estou, como direi, bastante saturado dessa cultura pop/nerdola que vem dominando os sites de entretenimento, eclodindo emoções que em tempos mais saudáveis seriam ridicularizados, mas, hoje em dia, é festejado como manifestação "espontânea" dos jovens antenados. Tenho, sim, uma admiração por filmes feitos pelo estúdio Marvel, divertidos e empolgantes, mas não me considero um fã de herói de gibi no sentido nerdola do termo.
A maioria que desponta aqui é formada por fãs de gibis, aquela galerinha que tem bonequinhos do Batman e do Superman enfeitando a estante, a mesa de trabalho, essas coisas. O que nós devemos ter em conta que são o público-alvo da obra, portanto é absolutamente natural que eles estejam distribuindo 5 estrelas a torto e a direita. Acalma-te. As reações aqui na página estão viciadas. Eu vou assistir com o pé atrás. Não sei quando, tenho muitos filmes na lista de espera que são mais importantes, mas pretendo assistir.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KAcabei de ler a crítica do site Omelete, do Marcelo Hessel. Ih, rapaz, parece que deu ruim novamente. Vamos aguardar.
Meu Amigo Fela
4.2 8Joel Zito Araújo faz aqui um documentário que foge do tradicional chapa-branquismo que empesteia as obras biográficas ao redor do mundo. E Carlos Moore é tão interessante que merece um documentário só focado na vida dele. Já as ex-esposas do Fela tentam fechar os olhos a muitos crimes que ele cometeu.
O Homem que Virou Suco
4.1 182Deraldo é um dos maiores personagens da história do Cinema Brasileiro
Freaky: No Corpo de um Assassino
3.2 464A protagonista aqui não tem o mesmo carisma de A Morte te dá Parabéns, então fica toda a graça nas costas do Vince Vaughn. Sorte do diretor ter escolhido logo ele pro papel.
Inferno no Gama
3.8 11Mesmo levando em consideração os parcos recursos financeiros e de pessoal, não entendo o porquê do Brazza simplesmente ignorar coisas básicas de um filme, como estabelecimento de 1º/2º/3º atos e construção da personalidade dos personagens. O que custava ter gastado 10 minutos iniciais para apresentar quem afinal de contas era o Régis. O diretor já havia trabalhado em produções da Boca do Lixo, não era um neófito no metiê.
De todo modo o filme é divertido, feito na raça, e abraça o gênero da ação sem medo de ser feliz.
O Casamento de Louise
3.0 21Comédia divertida graças ao texto ágil e elenco carismático. Betse de Paula é uma diretora subestimada e precisa se mais valorizada. Entrega ótimas comédias com poucos recursos financeiros.
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraO que eu mais gostei foi a relação de amizade entre o Benigno e o Marco! É tão bonita a preocupação e a empatia que o Marco demonstra mesmo num momento em que todos os outros personagem (e maioria do público) estão condenando o enfermeiro. Eu não considero esse um filme sobre as mulheres (algo habitual na filmografia do Almodovar), mas um filme sobre os homens.
Fiquei triste ao saber da notícias que a produção matou 4 touros durante as filmagens. Não sou vegetariano/vegano, e sou um dos maiores combatentes desse modismo que o Cinema vem fazendo em abarrotar as obras com animais em CGI, mas qualquer cena de violência precisa ser encenada, não feita na prática. O Almodovar e os outros envolvidos nesse crime deveriam ter sido presos, só que, pelo que eu pesquisei na internet, nada aconteceu, feijoada, ou melhor, paella.
Pra quem gostou da citação ao Jobim, a música a que o Marco se refere chama-se Amor Em Paz (Once I Loved). Aliás, que bela homenagem a música brasileira o Almodovar realiza. É sempre reconfortante saber que a nossa cultura é valorizada lá fora. Aqui, ao contrário, o brasileiro consome o esgoto artístico da indústria cultural (funk carioca, sertanejo universitário, música eletrônica, hip hop, etc).
E, por favor, o cartaz do filme não tem tanta semelhança assim entre as atrizes e Paola Oliveira e Andrea Beltrão. Não forcem a barra. Além do mais, essa "piadinha" já foi feita umas 50 vezes aqui no espaço de comentários. Portanto, pense duas vezes antes de repeti-la, ou corra o risco de ser julgado de pouco original.
O Cobrador: In God We Trust
3.6 7Esse filme aí eu já até desisti de assistir. Eu só posso imaginar que o diretor queimou as cópias ou então o filme é proibido de circular no país. Não é possível.
Edukators: Os Educadores
4.1 663Há uma arrogância nos três jovens que acaba afastando uma identificação por parte do público, chegando a fazer com que nós nos identifiquemos com o empresário. As atitudes dos três mostram um descolamento completo da realidade. Mas é legal ver um espírito juvenil querendo mudanças e se indignando com o que existe ao redor e o sistema falho que aliena o cidadão.
Os Invasores de Corpos: A Invasão Continua
3.0 83 Assista AgoraNão chega nem ao menos a ombrear com o remake de 78. Tem muita cara daqueles filmes feitos exclusivamente para TV que passavam no saudoso Cinema em Casa, do SBT, durante as tarde dos anos 90.
Não que história seja ruim, ela possui bons momentos, como a do Forest Whitaker, mas no geral é muito apressada e não sabe segurar as cenas de tensão satisfatoriamente, sempre com um corte abrupto. Um bom passatempo que estaria esquecido totalmente não fosse ter o nome do Abel Ferrada. Aqui ele, inclusive, parece bastante enquadrado pelos produtores.
Obs: Nem sabia que a Jennifer Tilly tinha uma irmã atriz com voz normal
Bonecas Russas
3.7 142Inferior ao primeiro. Sem a menor sombra de dúvida. E, de antemão, já deixo claro que não se trata da comparação óbvia que eu vejo nas outras críticas, tanto aqui no site quando de profissionais nos portais de cinema, que busca justificar a menor empolgação do público em geral por causa da temática focando no amadurecimento. Segundo essa patota, não haveria como competir com Albergue, já que se trata de jovens descobrindo a vida, o que traria uma maior identificação e uma maior popularidade. Não me venham com essa conversa pra boi dormir. Eu acho inferior porque o diretor transfere todo o foco do filme para o Xavier, e todos nós sabemos que a melhor coisa de Albergue era justamente a interação entre os diversos personagens no apartamento, ora bolas.
Xavier aqui se apresenta, aliás, mais infantilizado e babaca do que há 5 anos. E é justamente esse personagem enchatecido pelo novo roteiro que somos obrigados a acompanhar quase que exclusivamente pelos 60 minutos iniciais.
A coisa só melhora (e muito!) quando Wendy e William aparecem. Sério, a qualidade cresce tão bruscamente que eu cheguei a imaginar que o diretor deveria ter pensado seriamente em cortar e jogar no lixo todo o inicio. Desnecessário.
Chega ser frustrante quando analisamos que o restante dos personagens originais só fizeram uma ponta aqui. Todo mundo queria ver mais da interação dessa galera, não das aventuras amorosas bobas do Xavier. Diretor vacilou, e vacilou feio.
Fiquei feliz que pelo menos o Xavier terminou ficando com a Wendy. Embora eu ache que a Wendy é uma mulher que merecia alguém melhor, ele é o protagonista, e a gente torce para a conciliação do casal. Eu espero (ainda não vi) que não estraguem esse relacionamento em Enigma Chinês. Principalmente se for para juntá-lo com a intragável da Martine ou com alguma personagem surgida do nada, tal aconteceu com a obra do Truffaut sobre o Doinel.
Albergue Espanhol
3.9 313Eu não tenho acesso aos dados internos para saber o perfil demográfico dos usuários do filmow com absoluta certeza. Chuto que o site é formado em sua maior parte por uma galera da classe média. Aquela galera que já fez ou tem o sonho de fazer mochilão pela Europa, fazer intercâmbio, essas paradas. Ok. O filme atinge bem no coração dessa patota. Gostaria de saber como ele é recebido entre as classes C e D. Há uma identificação com os personagens? Ou parece papinho de classe média? Fica aqui a minha sugestão para que outros possam levar adiante esses estudos. Eu mesmo não posso fazer, estou muito ocupado nesse momento.
Outra coisa, desde o lançamento de Albergue Espanhol, no inicio dos anos 2000, quando eu assisti pela primeira vez, venho me perguntando qual seria o filme que se aproximaria com alguma estética sul-americana. Nunca encontrei. Acho que nunca foi feito. Não é estranho que não tenhamos uma contraparte, uma obra que represente o microcosmo sul-americano? Deixo aqui outra sugestão, que os cineastas e produtores encampem essa ideia. Precisamos de um representante desse tipo. É um absurdo que após 20 anos ainda não tenhamos nada parecido.
Mas, deixada minhas considerações externas, e até sugestões para terceiros, vamos diretamente ao filme. É divertido, os personagens cativantes. E, por incrível que pareça, o Xavier é o menos interessante dos principais, e funciona muito melhor quando já está introduzido no apartamento dividindo a vida com os amigos.
É um filme otimista no final das contas, algo que deve encantar os olhos das agências de turismo ou intercâmbio que vendem pacotes para a Europa.
Obs: a personagem da Audrey Tautou é muito chata, aliás, como é algo recorrente com os papeis dela.
Um Príncipe em Nova York 2
2.8 460 Assista AgoraAo assistir a uma continuação do filme Um Príncipe em Nova York, eu esperava ouvir/ver Chocolate Sensual, e não a números bollywoodianos de (argh!) "hip hop". Minha nota caiu muito devido a trilha sonora. Mas é aquilo, tem que agradar esses jovens atuais que não sabem o que é música de verdade.
Um Príncipe em Nova York 2
2.8 460 Assista AgoraGostei de rever os personagens de volta. Grandes talentos como Eddie Murphy e Arsenio Hall estavam bissextos no cinema.
Agora, o que me irrita verdadeiramente são as concessões feitas para ganhar dinheiro e ampliar o público-alvo! E toma inclusão de personagens da nova geração, os herdeiros, e seus conflitos rasos. E toma números bollywoodianos de hip hop. Pronto. A galera quer enfiar essa tosqueira de hip hop em tudo quando é obra atualmente. Ninguém aguenta mais! E toma empoderamento feminino de garotas adolescentes. E toma cutucadas em relação as piadas sexistas do primeiro filme.
Ah, sério, que encheção de saco. O filme poderia ter sido bem melhor se concentrasse atenção em quem realmente importa: Eddie Murphy, Arsenio Hall, Wesley Snipes, Shari Headley entre outros personagens mais interessantes. Mas, não, tenho que ficar acompanhando o Jermaine Fowler e a família dele, sem graça até a tampa!
Valeu pela nostalgia, tira boas risadas em alguns momentos, mas eu não aguento mais continuações que não focam apenas no público antigo. Os gostos dessa galera de menos de 25 anos são horríveis. Tentar agradar a geração leite com pera e ovomaltine é um erro! Por favor, parem!
M8 – Quando a Morte Socorre a Vida
3.6 220Uma pena. Realmente uma pena. Eu já havia notado uma certa artificialidade das atuações no próprio lançamento do trailer, há alguns meses; mas o clima de horror sobrenatural misturado com discussões sociais à la Corra! me empolgou consideravelmente.
Assisti agora e nem sombra de influência dos trabalhos de Jordan Pele. Aliás, se me dissessem que o diretor Jefferson De nunca assistiu nada dele, eu não ficaria espantado.
A história tinha muito potencial para discutir a temática do racismo através do sobrenatural. Precisaria para isso, claro, primeiramente de um roteiro mais estruturado contendo diálogos mais naturais. Não ocorreu. A cena da mãe e do filho conversando sobre os problemas da faculdade escancara a deficiência. Soa institucional, travado.
O protagonista é outro ponto fraco. O Maurício recita os diálogos de maneira mecânica, sem o menor indício de interpretação, transparecendo apatia para o espectador. A deficiência é perceptível quando ele conversa com a Suzana, que não é uma atriz de destaque, mas ao menos consegue entregar o arroz com feijão. Quando ele está do lado do Ailton Graça então...
E ainda tem essa: possui atores do quilate de Zezé Motta, Lea Garcia e Ailton Graça fazendo personagens mais inúteis do que cinzeiro em motocicleta. Sem falar no Lázaro Ramos, figurante de luxo!
Graças a uma direção preguiçosa - o protagonista repete ciclos de pesadelos sempre da mesma maneira, levantando da cama; e a criação de um vilão que nunca diz a que veio - por exemplo, o filme torna-se esquecível. E o pior, muitos deliquentes intelectuais atacarão o filme como se o problema tivesse sido a temática, aquele papinho de "ai, quiseram lacrar"; e não a execução.
Acabará soterrado no catálogo da Netflix. Mais uma vez, eu digo: que pena