Conseguiram fazer um Príncipe Goro que choraria no cantinho quando visse o Goro dos anos 90. Mas torço por uma continuação, e que apresentem uma Sindel digna.
Embora esteticamente lindo e muito bem dirigido, trazendo a sensação de estarmos realmente vendo um filme da Old Hollywood, Mank não deixa de ser decepcionante. Está longe de ser o melhor filme (ou de estar entre os melhores) da carreira do Fincher, primeiramente pelo fato de ser bastante restrito em termos de público. Não basta apenas assistir Cidadão Kane para ter uma boa compreensão de Mank, é preciso entender bastante do funcionamento da indústria hollywoodiana naquele momento histórico, e também do contexto social e político. Isso não necessariamente seria um problema, mas como é um filme do Fincher, pra Netflix, com um buzz enorme e feito pras premiações, ser tão nichado pode decepcionar parte do público. Outro problema está no tratamento sem muitas ponderações e entrelinhas em relação ao papel de Orson Welles na narrativa. Isso pode inclusive ser um tiro no pé se o objetivo for voar alto no Oscar. É um assunto, certamente, muito polêmico.
Qualidades? Muitas também. A direção de arte é maravilhosa, a fotografia idem, e Amanda Seyfried é a cereja no bolo de um elenco inspirado. A sua presença no filme é tão iluminada que ajuda a tornar a experiência com o filme um pouco mais leve. Por isso, se vencer o Oscar de Atriz Coadjuvante será muito merecido.
Entre as muitas qualidades desse filme, destaco duas: a atuação de Paul Raci, e o trabalho primoroso de som que nos deixa com a sensação de surdez também.
Embora não apresente nada de realmente novo, como muitos falaram nos comentários anteriores, achei que me fez questionar mais a forma como minha vida é manipulada pelas redes sociais. Cheguei a desativar várias notificações dos meus aplicativos.
Para a galera que está criticando uma parcialidade política da produção: curioso, pra mim o documentário mais criticou a forma como as mídias nos colocam uns contra os outros do que aderiu a alguma posição política, de fato. Será que não somos nós que já estamos condicionados a polarizar tudo?
Meus problemas com o documentário estão mais na dramatização paralela mesmo. Não sei se precisava. Ou poderiam ter concluído melhor.
Difícil de entender. Com n possibilidades de interpretação. Mas fantástico, sendo uma das minhas experiências cinematográficas mais marcantes até hoje. Jessie Buckley já se tornou uma atriz que respeito demais. Entre as muitas leituras possíveis, uma das que mais gostei foi a de como a masculinidade tóxica e a cultura da beleza machucam as pessoas, impedem que vivam e cresçam em toda a sua plenitude, e geram estados de solidão e desprezo. Por mais que Jake transpareça superficialmente apenas um cara amargurado, frustrado por não ter tido o relacionamento e a vida dos sonhos, consegui me sensibilizar com a sua dor por acreditar que muitos sofrem com isso, principalmente na velhice. A cereja do bolo está na estética do filme. Uma mise em scène perfeita, em todos os seus elementos.
Um filme que parece ser bobo, mas que permanece muito atual. Uma mulher busca mudar completamente seu estilo de vida e sua personalidade para agradar um homem, e acaba descobrindo que é muito maior que isso e seguindo seu próprio caminho. A despeito de todos os seus privilégios, Elle é uma personagem extremamente carismática, e admirável pela sua bondade, sinceridade e inteligência. Fala muito bem de sororidade, e nisso é totalmente superior a muitas das comédias românticas de sua época.
Visto durante a 46ª edição do Festival Melhores Filmes do Cinesesc. Muito bom! Traz um elenco afinado que dá vida a personagens carismáticos, que te fazem sentir saudades quando o filme acaba. Trata de várias questões sociais e cotidianas, mas de forma natural e sensível, sem soar forçado. As cenas musicais são belíssimas, muito por conta da direção excelente de Caru Alves de Souza. Aliás, como é bom ver um filme sobre mulheres dirigido e roteirizado por mulher!! Vale a pena conferir.
Destacamento Blood tem muitos altos, e alguns baixos. Destaca-se pela originalidade de Spike Lee ao tratar a Guerra do Vietnã sob um ponto de vista que até então era bastante desconhecido, pelo menos pra mim. Em termos de filmes, normalmente o que vemos são perspectivas brancas sobre a guerra. Por meio disso, Lee traz em seu filme uma série de temas urgentes e extremamente atuais envolvendo a representatividade negra na história americana. Em termos de linguagem, gostei demais da forma como o filme inicia comédia e vai adquirindo um tom mais dramático e tenso no decorrer da trama, especialmente após a chocante cena das minas terrestres. O tom documental em certos momentos do filme também acrescentaram na narrativa, e dão mais profundidade ao que vai acontecendo com os 5 bloods. Gostei demais do personagem de Chadwick Boseman e de seu simbolismo na trama. Os pontos baixos ficam por conta da perspectiva caricatural sobre os estrangeiros (vietnamitas e franceses, principalmente). Isso não é novidade nenhuma nos filmes americanos sobre guerras, e Lee parece ser mais uma vítima desta escolha já bastante saturada no cinema. Outro problema foi a situação de encontrar o ouro no meio da selva. Quem já assistiu, sabe que foi bastante forçada a forma como ocorreu. Um momento bastante "wat" no meio do filme.
A grande lição que fica com "Era uma vez em Tóquio" é a de que devemos valorizar ao máximo aquelas pessoas que por nós nutrem afetos, principalmente nossos pais. Ozu consegue nos atravessar com a história do casal de idosos que decide visitar seus filhos em Tóquio, mostrando o egoísmo que os filhos vão adquirindo ao longo da vida, muito preocupados com os seus problemas particulares e esquecendo da importância dos laços familiares e afetivos.
Para mim, nada mais humano do que os diálogos finais envolvendo Noriko, Kyoko e Shukishi, em que Noriko admite a tendência de todas as pessoas de se tornarem cada vez mais egoístas ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que assume suas falhas mesmo sendo a pessoa que mais deu atenção para o casal de idosos enquanto estiveram em Tóquio.
Contudo, não precisamos ser perfeitos para que sejamos melhores.
Ambientação sensacional. Deixa o espectador agonizante. E Robert Pattinson mostrando de vez que é um grande ator, e pode ter uma grande carreira pela frente. Gostei do comentário do Alison Willmore, na Vulture: "O Farol é sobre os horrores de ter um colega de quarto". Faz todo sentido, embora o filme deixe em aberto para muitas interpretações.
Tem alguns furinhos e teve um momento que pareceu vilão de filme de super-herói, mas o resultado final é muito satisfatório. Atuação da Moss sensacional, muita tensão e uma forte crítica social por trás.
Inspirador e encantador! Precisamos de mais pessoas como Fred Rogers no mundo, e precisamos valorizar mais as que já existem.
[Que título tenebroso na versão brasileira. Eu tenho pavor das coisas que colocam depois dos dois pontos [:] nos títulos nacionais. Quando vão começar a optar pela tradução livre?]
Subestimado nas principais premiações da indústria americana. Tem problemas? Sim. Mas a ambientação e representação do holocausto é louvável. História sensível e que destaca o que de melhor existe na humanidade, a compaixão, a empatia e a solidariedade ao próximo.
Em um ano de grandes atuações masculinas, Jonathan Pryce e Anthony Hopkins são mais dois ótimos exemplos desse fato. Pryce consegue trazer toda a simpatia do Papa Francisco para a sua caracterização e Hopkins, igualmente, consegue desenvolver uma humanidade e sensibilidade que, infelizmente, não consegui identificar em Bento XVI. Como não é obrigação do cineasta retratar a realidade tal como ela é, ou foi, julgo que a adaptação feita no filme merece aplausos. Foi importante (pra não dizer "bom") ver um pouco do horror que foi a ditadura militar na Argentina, algo sempre a se relembrar e questionar. Meirelles está de parabéns. Um acerto na direção!
Ótima estreia de Mati Diop na direção ao tratar sobre a temática da exploração do trabalho de forma tão original. Não é um filme que irá agradar a todos pela sua narrativa nada convencional. Para quem estiver aberto, contudo, é uma experiência bastante recompensadora poder conferir um filme africano com tamanha excelência estética. O que mais me cativou foi o olhar feminino que toma conta do filme a partir de um determinado momento. É um drama que envolve homens trabalhadores, mas que é visto sob o ponto de vista feminino. Destaco, dessa forma, a revelação Mame Sane, que atua de forma comedida e ao mesmo tempo extremamente eficaz, encantando com seu olhar. Consegue fazer uma crítica ao capitalismo sem monólogos e didatismos exagerados, apenas nas sensações, na busca por viver um amor impedido, e no desejo dos jovens trabalhadores de terem seu trabalho recompensado, mesmo depois de serem levados para a eternidade no fundo do Oceano Atlântico. Que o cinema africano apareça ao mundo cada vez mais!
Um dos melhores títulos que eu já vi em filmes. Em sintonia com a trajetória errante da personagem de Ellen Burstyn, uma mulher resistente e sonhadora. Não entra para os meus filmes preferidos, mas certamente tem seu valor.
Que filme simples e ao mesmo tempo tão cheio de força e sensibilidade! Assim como Hamaca Paraguaya (que eu recomendo muitíssimo), As Herdeiras foi mais uma grata surpresa do cinema paraguaio. Adorei as personagens e o roteiro. Ao contrário do que pensava, o filme passou tão rápido que nem me dei conta. Até queria mais. E os comentários ácidos da senhorinha que a Chela levava em seu táxi improvisado me lembraram a Violet, de Downton Abbey. Enfim, um retrato muito sutil e interessante do que é a sociedade paraguaia, de uma burguesia decadente e do que é ser mulher homossexual na terceira idade. Já estou na expectativa de um próximo longa de Marcelo Martinessi, revelação do cinema latino.
Roteiro tão bom que você consegue entender e se identificar com os dois lados, ao mesmo tempo em que torce para o casal resolver as coisas da melhor forma possível. Adam Driver e Scarlett Johansson em uma sintonia absurda. E Laura Dern fazendo uma participação à la Renata Klein totalmente oportuna e agradável. Enfim, um filme que justifica toda a aclamação que recebe.
Muita estética e pouco roteiro. História caótica demais, personagens aparecem na trama do nada, sem um desenvolvimento que se preze. Ainda assim tem pontos altos pela qualidade da direção de Scorsese, que não ouso questionar.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraConseguiram fazer um Príncipe Goro que choraria no cantinho quando visse o Goro dos anos 90. Mas torço por uma continuação, e que apresentem uma Sindel digna.
Mank
3.2 462 Assista AgoraEmbora esteticamente lindo e muito bem dirigido, trazendo a sensação de estarmos realmente vendo um filme da Old Hollywood, Mank não deixa de ser decepcionante. Está longe de ser o melhor filme (ou de estar entre os melhores) da carreira do Fincher, primeiramente pelo fato de ser bastante restrito em termos de público. Não basta apenas assistir Cidadão Kane para ter uma boa compreensão de Mank, é preciso entender bastante do funcionamento da indústria hollywoodiana naquele momento histórico, e também do contexto social e político. Isso não necessariamente seria um problema, mas como é um filme do Fincher, pra Netflix, com um buzz enorme e feito pras premiações, ser tão nichado pode decepcionar parte do público. Outro problema está no tratamento sem muitas ponderações e entrelinhas em relação ao papel de Orson Welles na narrativa. Isso pode inclusive ser um tiro no pé se o objetivo for voar alto no Oscar. É um assunto, certamente, muito polêmico.
Qualidades? Muitas também. A direção de arte é maravilhosa, a fotografia idem, e Amanda Seyfried é a cereja no bolo de um elenco inspirado. A sua presença no filme é tão iluminada que ajuda a tornar a experiência com o filme um pouco mais leve. Por isso, se vencer o Oscar de Atriz Coadjuvante será muito merecido.
O Som do Silêncio
4.1 985 Assista AgoraEntre as muitas qualidades desse filme, destaco duas: a atuação de Paul Raci, e o trabalho primoroso de som que nos deixa com a sensação de surdez também.
Os 7 de Chicago
4.0 580 Assista AgoraNetflix começou muito bem a sua rodada de filmes pro Oscar 2021.
O Dilema das Redes
4.0 594 Assista AgoraEmbora não apresente nada de realmente novo, como muitos falaram nos comentários anteriores, achei que me fez questionar mais a forma como minha vida é manipulada pelas redes sociais. Cheguei a desativar várias notificações dos meus aplicativos.
Para a galera que está criticando uma parcialidade política da produção: curioso, pra mim o documentário mais criticou a forma como as mídias nos colocam uns contra os outros do que aderiu a alguma posição política, de fato. Será que não somos nós que já estamos condicionados a polarizar tudo?
Meus problemas com o documentário estão mais na dramatização paralela mesmo. Não sei se precisava. Ou poderiam ter concluído melhor.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraDifícil de entender. Com n possibilidades de interpretação. Mas fantástico, sendo uma das minhas experiências cinematográficas mais marcantes até hoje. Jessie Buckley já se tornou uma atriz que respeito demais.
Entre as muitas leituras possíveis, uma das que mais gostei foi a de como a masculinidade tóxica e a cultura da beleza machucam as pessoas, impedem que vivam e cresçam em toda a sua plenitude, e geram estados de solidão e desprezo. Por mais que Jake transpareça superficialmente apenas um cara amargurado, frustrado por não ter tido o relacionamento e a vida dos sonhos, consegui me sensibilizar com a sua dor por acreditar que muitos sofrem com isso, principalmente na velhice.
A cereja do bolo está na estética do filme. Uma mise em scène perfeita, em todos os seus elementos.
Legalmente Loira
3.1 758 Assista AgoraUm filme que parece ser bobo, mas que permanece muito atual. Uma mulher busca mudar completamente seu estilo de vida e sua personalidade para agradar um homem, e acaba descobrindo que é muito maior que isso e seguindo seu próprio caminho. A despeito de todos os seus privilégios, Elle é uma personagem extremamente carismática, e admirável pela sua bondade, sinceridade e inteligência. Fala muito bem de sororidade, e nisso é totalmente superior a muitas das comédias românticas de sua época.
Meu Nome é Bagdá
3.7 42Visto durante a 46ª edição do Festival Melhores Filmes do Cinesesc. Muito bom! Traz um elenco afinado que dá vida a personagens carismáticos, que te fazem sentir saudades quando o filme acaba. Trata de várias questões sociais e cotidianas, mas de forma natural e sensível, sem soar forçado. As cenas musicais são belíssimas, muito por conta da direção excelente de Caru Alves de Souza. Aliás, como é bom ver um filme sobre mulheres dirigido e roteirizado por mulher!! Vale a pena conferir.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraDestacamento Blood tem muitos altos, e alguns baixos. Destaca-se pela originalidade de Spike Lee ao tratar a Guerra do Vietnã sob um ponto de vista que até então era bastante desconhecido, pelo menos pra mim. Em termos de filmes, normalmente o que vemos são perspectivas brancas sobre a guerra. Por meio disso, Lee traz em seu filme uma série de temas urgentes e extremamente atuais envolvendo a representatividade negra na história americana. Em termos de linguagem, gostei demais da forma como o filme inicia comédia e vai adquirindo um tom mais dramático e tenso no decorrer da trama, especialmente após a chocante cena das minas terrestres. O tom documental em certos momentos do filme também acrescentaram na narrativa, e dão mais profundidade ao que vai acontecendo com os 5 bloods. Gostei demais do personagem de Chadwick Boseman e de seu simbolismo na trama.
Os pontos baixos ficam por conta da perspectiva caricatural sobre os estrangeiros (vietnamitas e franceses, principalmente). Isso não é novidade nenhuma nos filmes americanos sobre guerras, e Lee parece ser mais uma vítima desta escolha já bastante saturada no cinema. Outro problema foi a situação de encontrar o ouro no meio da selva. Quem já assistiu, sabe que foi bastante forçada a forma como ocorreu. Um momento bastante "wat" no meio do filme.
O elenco negro todo está incrível.
Era uma Vez em Tóquio
4.4 187 Assista AgoraA grande lição que fica com "Era uma vez em Tóquio" é a de que devemos valorizar ao máximo aquelas pessoas que por nós nutrem afetos, principalmente nossos pais. Ozu consegue nos atravessar com a história do casal de idosos que decide visitar seus filhos em Tóquio, mostrando o egoísmo que os filhos vão adquirindo ao longo da vida, muito preocupados com os seus problemas particulares e esquecendo da importância dos laços familiares e afetivos.
Para mim, nada mais humano do que os diálogos finais envolvendo Noriko, Kyoko e Shukishi, em que Noriko admite a tendência de todas as pessoas de se tornarem cada vez mais egoístas ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que assume suas falhas mesmo sendo a pessoa que mais deu atenção para o casal de idosos enquanto estiveram em Tóquio.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraAmbientação sensacional. Deixa o espectador agonizante. E Robert Pattinson mostrando de vez que é um grande ator, e pode ter uma grande carreira pela frente. Gostei do comentário do Alison Willmore, na Vulture: "O Farol é sobre os horrores de ter um colega de quarto". Faz todo sentido, embora o filme deixe em aberto para muitas interpretações.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraO que foi aquela cena da tinta, meu pai?
Tem alguns furinhos e teve um momento que pareceu vilão de filme de super-herói, mas o resultado final é muito satisfatório. Atuação da Moss sensacional, muita tensão e uma forte crítica social por trás.
Minha Vida de Abobrinha
4.2 284 Assista AgoraImpossível não favoritar esse filme. Se tornou uma das minhas animações preferidas da vida!
Jeff e as Armações do Destino
3.4 315 Assista AgoraNada de especial, mas a musiquinha e Susan Sarandon dão um toque diferente.
Fred Rogers: O Padrinho da Criançada
4.3 43Inspirador e encantador! Precisamos de mais pessoas como Fred Rogers no mundo, e precisamos valorizar mais as que já existem.
[Que título tenebroso na versão brasileira. Eu tenho pavor das coisas que colocam depois dos dois pontos [:] nos títulos nacionais. Quando vão começar a optar pela tradução livre?]
O Zoológico de Varsóvia
3.9 275 Assista AgoraSubestimado nas principais premiações da indústria americana. Tem problemas? Sim. Mas a ambientação e representação do holocausto é louvável. História sensível e que destaca o que de melhor existe na humanidade, a compaixão, a empatia e a solidariedade ao próximo.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraEm um ano de grandes atuações masculinas, Jonathan Pryce e Anthony Hopkins são mais dois ótimos exemplos desse fato. Pryce consegue trazer toda a simpatia do Papa Francisco para a sua caracterização e Hopkins, igualmente, consegue desenvolver uma humanidade e sensibilidade que, infelizmente, não consegui identificar em Bento XVI. Como não é obrigação do cineasta retratar a realidade tal como ela é, ou foi, julgo que a adaptação feita no filme merece aplausos. Foi importante (pra não dizer "bom") ver um pouco do horror que foi a ditadura militar na Argentina, algo sempre a se relembrar e questionar. Meirelles está de parabéns. Um acerto na direção!
Atlantique
3.6 129Ótima estreia de Mati Diop na direção ao tratar sobre a temática da exploração do trabalho de forma tão original. Não é um filme que irá agradar a todos pela sua narrativa nada convencional. Para quem estiver aberto, contudo, é uma experiência bastante recompensadora poder conferir um filme africano com tamanha excelência estética. O que mais me cativou foi o olhar feminino que toma conta do filme a partir de um determinado momento. É um drama que envolve homens trabalhadores, mas que é visto sob o ponto de vista feminino. Destaco, dessa forma, a revelação Mame Sane, que atua de forma comedida e ao mesmo tempo extremamente eficaz, encantando com seu olhar. Consegue fazer uma crítica ao capitalismo sem monólogos e didatismos exagerados, apenas nas sensações, na busca por viver um amor impedido, e no desejo dos jovens trabalhadores de terem seu trabalho recompensado, mesmo depois de serem levados para a eternidade no fundo do Oceano Atlântico. Que o cinema africano apareça ao mundo cada vez mais!
Alice Não Mora Mais Aqui
3.8 167 Assista AgoraUm dos melhores títulos que eu já vi em filmes. Em sintonia com a trajetória errante da personagem de Ellen Burstyn, uma mulher resistente e sonhadora. Não entra para os meus filmes preferidos, mas certamente tem seu valor.
Dúvida
3.9 1,0K Assista AgoraPor que demorei tanto pra ver esse filme? Essa foi, no final das contas, a minha maior dúvida.
As Herdeiras
3.4 38Que filme simples e ao mesmo tempo tão cheio de força e sensibilidade! Assim como Hamaca Paraguaya (que eu recomendo muitíssimo), As Herdeiras foi mais uma grata surpresa do cinema paraguaio. Adorei as personagens e o roteiro. Ao contrário do que pensava, o filme passou tão rápido que nem me dei conta. Até queria mais. E os comentários ácidos da senhorinha que a Chela levava em seu táxi improvisado me lembraram a Violet, de Downton Abbey.
Enfim, um retrato muito sutil e interessante do que é a sociedade paraguaia, de uma burguesia decadente e do que é ser mulher homossexual na terceira idade. Já estou na expectativa de um próximo longa de Marcelo Martinessi, revelação do cinema latino.
As Golpistas
3.5 538 Assista AgoraRi horrores.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraRoteiro tão bom que você consegue entender e se identificar com os dois lados, ao mesmo tempo em que torce para o casal resolver as coisas da melhor forma possível. Adam Driver e Scarlett Johansson em uma sintonia absurda. E Laura Dern fazendo uma participação à la Renata Klein totalmente oportuna e agradável. Enfim, um filme que justifica toda a aclamação que recebe.
Caminhos Perigosos
3.6 255 Assista AgoraMuita estética e pouco roteiro. História caótica demais, personagens aparecem na trama do nada, sem um desenvolvimento que se preze. Ainda assim tem pontos altos pela qualidade da direção de Scorsese, que não ouso questionar.