A desconstrução de um imaginário durante séculos foi o principal ponto positivo do longa, que leva o telespectador ao delírio com as belíssimas cenas, ótima fotografia e maquiagem. Quanto a Angelina Jolie: continuo achando a atriz muito limitada. Apesar disso, não acho que ela tenha comprometido o saldo final do filme. E confesso que torci para o corvo ser o par ideal para a princesa, mas não rolou. De qualquer forma, tudo muito coerente e até esclarecedor.
Extremamente didático, o que não é negativo, mas faltou ousadia.Os atores estão corretos, pois a direção teve um cuidado de escolhê-los a dedo. No mais, é importante conferir e avaliar.
Elenco afinado, esteticamente atraente com uma fotografia diferenciada e uma trilha sonora ótima e vivaz, trazendo a nostalgia de décadas passadas. Sobre o elenco, Amy Adms enfim teve seu devido valor reconhecido pela academia depois de inúmeras indicações anteriores, sem êxito até então. Bale sempre é um show aparte e Bradley Cooper foi correto. Quanto à Lawrence, acho-a uma atriz superestimada e a queridinha da Academia. Entre ela e Adms, prefiro esta útima, por conta de sua versatilidade e entrega que não vejo naquela, apesar de ser boa também. Não se pode negar que Bale e Amy Adms fizeram uma parceria incrível, com muita química, a ponto de conquistar como dupla e como casal também, protagonizando cenas tensas, românticas e divertidas. O roteiro, por sua vez, não é o melhor se comparado a outros que concorreram a premiação naquele ano e menor, se considerarmos outros filmes do mesmo diretor, todavia tem seus méritos ao trazer um texto despreocupado com didatismos e impressionar a crítica especializada. E um grande achado foi alinhavar o texto e a cenografia a grandes sucessos dos anos 70-80.
Em Kramer vs Kramer temos um dilema já anunciado no título: o confronto indiciado é de Joana Kramer vs Joana Kramer e Ted Kramer vs Ted Kramer. Cada um deles experimenta o desafio de conhecer a si mesmos, se reinventarem, terem a capacidade de superar seus medos e tabus. Pela primeira vez, achei Meryl Streep ofuscada pelo gigantesco talento de um pai empenhado, um profissional esmerado e um marido desiludido: Dustin Hoffman, com a sua arrojada construção de Ted. O cineasta favoreceu este ator, ficando com aquela atriz o papel secundário e talvez menor em sua carreira, todavia, não menos reconhecido. Quem também não fica atrás é o ator-mirim que interpreta Bill: no meio de uma disputa judicial, ele transparece a emoção de um menino de 7 anos alijado de toda essa problemática e protagoniza cenas quem beiram entre o sublime e o pitoresco.
"Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais..." Não poderia escolher melhor os versos imortalizados na voz de Elis Regina que sintetizam o espírito inserido no roteiro de Álbum de Família: um retrato de uma família comum de classe média, que vê na morte do patriarca uma tentativa para resgatar segredos e reminiscências de um passado. A exploração de arquétipos bastante corriqueiros e a riqueza do longa-metragem estejam, talvez, esteja nessa simplicidade. Os diálogos, as refeições, as brigas. O nível de tensão atinge o seu máximo mostrando que todos naquela família apresentam problemas no casamento, de relacionamento interpessoal e desvios de conduta, como o uso de drogas. Por conta disso, o roteiro rico e revelador suplanta toda a falta de cuidado da direção. E sem sombra de dúvida a escolha do elenco faz com que possamos julgar com louvor esse grande drama familiar como um dos melhores dos últimos anos.
Esteticamente é um filme belíssimo, bem dirigido e uma fotografia impecável. No entanto, há uma primazia do conteúdo ficcional em detrimento do musical, que se torna sim um problema a partir do momento que não cumpre o papel de situar o leitor, apesar de ter a demarcação do tempo e espaço. Certas lacunas o tornam incoerente: Valjean se torna rico sem mais nem por que, Fantine faz uma mera participação, sendo que a personagem é de suma importância no desenrolar da trama. E falar da atuação de Anne Hathaway é chover no molhado. Dispensa quaisquer comentários, uma vez que a crítica especializada enfim reconheceu e já disse tudo o que deveria ser dito sobre seu talento nato. Sendo assim, ainda que cansativo, é um filme encantador.
Scorsese experimentou o drama com a sutileza do sarcasmo e deboche. Esperava mais, porém não é de todo ruim, salvo algumas atuações louváveis e cenas divertidas.
Jamais vi Matthew McConanughey tão entregue a um papel e tão desprendido de vaidade como em "Clube de Compras Dallas". Perfeita desconstrução de um imaginário machista em um momento em que a AiDS ainda era uma novidade. Afora sua relação com a travesti intrerpretada de forma muito competente por Jared Leto (mais uma grande surpresa do casting), que em momento algum soou forçada ou inverossímil. Ao contrário, houve um cuidado para não fantasiar e maquiar demais o companheirismo movido pelo dinheiro e pelas fraquezas da doença. Em tempo, o trato do tema alinhavado a um texto sóbrio e coerente, desvelou também uma abordagem do tráfico de medicamentos e o descaso da comunidade médica e do governo americano daquela época. Convém salientar também a participação de Jennifer Garner que há um tempo está devendo um personagem em que possa ser cobrado mais dela como atriz. Talento ela tem, só precisa de oportunidade. Sendo assim, com um roteiro forte, atuações verdadeiramente surpreendentes, "Clube de Compras Dallas" é um filme sobre perseverança e companheirismo e esses traços conferem à projeção uma produção digna de Oscar. E os bons frutos, Mattew e Leto, enfim ,colheram.
É incrível como Jamie Foxx não consegue nunca ser mediano; sempre se sobressai e nos rende a um show de talento. Sobre o filme, considero que é muito mais um drama familiar e existencial que um filme de aventura ou ação. A importância que se dá a vida pessoal, aos dilemas do jovem adulto Peter Parker, sua relação com a tia. seu envolvimento com Gwen etc é notável. E as cenas de embate mocinho x vilão ficam em segundo plano. O que não é de todo ruim, apenas muda o enfoque da saga e para o telespectador que deseja ver um filme de ação, talvez não seja essa a melhor opção. De qualquer forma, vale a pena assistir.
"Quem cala sobre o seu corpo consente na sua morte..." É com esses versos da canção imortalizada na voz de Elis Regina que introduzo essa crítica, personalidade esta que, analogamente, podemos estabelecer uma relação entre a cantora, depois de morta teve seus problemas com álcool vindos a público e a personagem densa de Denzel Washington. A sobriedade do texto e da direção é inversamente proporcional ao estado em que se encontrava aquele grande piloto de avião nos pouco mais de 120 minutos de projeção. No entanto, O voo não é um filme apenas sobre alcoolismo. Ele vai além: tangencia o aceitar-se e reconhecer-se como tal, as mentiras e o drama do "eu sozinho". Logo, os vícios de Whitaker eram a materialização de uma depressão que convergiu para o problema enfrentado na profissão. Sua péssima relação com o filho e sua personalidade irritadiça, austera e muitas vezes arrogante para com os colegas de trabalho. Reconhecer-se e aceitar-se. Era essa sua principal dificuldade. E num momento de extrema lucidez, ainda que embriagado, ele pôs tudo a perder. Ou não. Ganhou muito quando, na verdade, parecia ter fracassado perante a lei. Ao contrário de Elis, Whitaker felizmente pôde se redescobrir. Final didático e moralista, porém não menos interessante e reflexivo. "E aí, quem é você?"
Roteiro de qualidade. Destaque para a atriz Noomi Rapace com uma das personagens mais complexas do cinema dos últimos anos. Uma excelente construção de uma heroína real, concreta, cheia de nuances, ambígua. Daniel Craig, por sua vez, esteve em sua zona de conforto. Também não fez feio. E acho que deveria ter sido premiado em outras categorias pela Academia. Mas não rolou. Ainda assim, não perde suas qualidades.
Realmente Rodrigo Santoro esteve visceral e o filme tem uma boa fotografia, comparada à outras de filmes nacionais contemporâneos. Porém se torna um marasmo, com uma sequência de cenas que não contribui para prender o telespectador até o fim, chegando a aniquilar a delicadeza do tema e do enredo.
Cada um lida de uma forma diferente com uma crise. Brandon, por sua vez, lida com a crise dos trinta anos através de uma válvula de escape: a ninfomania. Excelente produção!
J.Lo nos tirou literalmente para dançar e Richard Gere se rendeu à arte, reacendeu a chama de seu casamento e nos proporcionou bons momentos. Típico feijão com arroz bem feito. E você não se daria o prazer dessa contradança?
Um dos melhores filmes de Faroeste de todos os tempos. Christopher Waltz fez um excelente trabalho, de fato, não tiro seu mérito. Mas não há como fechar os olhos para a atuação espetacular de Jamie Foxx, que mais uma vez surpreendeu e roubou a cena. Se a Academia não foi capaz de reconhecer, o público com certeza enxergou naquele negro liberto, ambicioso, com uma habilidade e destreza incríveis com a arma e ótima lábia, um tipo bastante próximo da realidade. Não se pode perder de vista também a construção de Samuel L. Jackson e o evidente amadurecimento de Leonardo Di Caprio como ator, que há tempos vem merecendo um prêmio a altura de seu talento. Afora o desempenho louvável do casting, verificamos um roteiro primoroso que traz à tona uma realidade da América escravagista alijada do cinema hollywoodiano. O ponto negativo foi, talvez, o filme ser um pouco cansativo, podendo ter essa história condensada em alguns poucos minutos a menos. Ainda assim, a produção é de alto padrão. Mais uma vez, Tarantino se sobressaiu.
Lindo e encantador. O casamento do real e do onírico é a peculiaridade de Woody Allen e mais uma vez tivemos o prazer de voltar ao passado e reencontrar grandes nomes da Literatura e das Artes plásticas junto a Owen Wilson, e seu escritor frustrado e triste. A trilha sonora e escolha do casting também foram importantes para a qualidade do filme. Marion Cottilard nunca esteve tão linda e Rachel McAdms jamais esteve tão fútil. Simplesmente mágico o reencontro a cada badalada do sino e o final poético, sensível e apaixonante.
A direção de David O. Russel é definitiva e veementemente diferenciada. Ele tem sua marca e torna os filmes por ele dirigido algo que vai do simples ao sofisticado, aprofundando-se no caráter psicológico de suas personagens de uma forma única.
E com "O lado bom da vida", ele traz mais um drama familiar com um excelente roteiro e uma direção impecável, com direito as suas cenas com personagens praticando corrida, grandes embates e discussões entre pais e filhos e paixões críveis e verossimilhantes.
Ademais, explora temáticas muito caras à classe média, como o consumo de drogas, em O vencedor, e a bipolaridade encarada como doença, neste recente longa-metragem. Embora acredite que em O vencedor ele tenha feito um trabalho superior, O lado bom da vida tem seu mérito ao trazer uma atuação que rendeu o Oscar a Jennifer Lawrence e uma outra faceta de Bradley Cooper, com Pat, um homem bipolar.
Entre outras coisas, acerta também na escolha de Robert de Niro com um pai que também agrega suas manias, toques e vícios e Jacki Weaver como uma mãe presente, preocupada com o bem-estar de sua família e, por isso, extremamente altruísta. Em resumo, ótima produção!
O que não se pode perder de vista é o talento nato da atriz promissora Jennifer Lawrence, que ao lado de Stanley Tucci são responsáveis por cenas muito boas.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraUm belo casal de protagonistas. Ela me comoveu com um choro doído que parecia estar abafado há décadas.
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KDoloroso e agoni(Z)ante.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraA desconstrução de um imaginário durante séculos foi o principal ponto positivo do longa, que leva o telespectador ao delírio com as belíssimas cenas, ótima fotografia e maquiagem. Quanto a Angelina Jolie: continuo achando a atriz muito limitada. Apesar disso, não acho que ela tenha comprometido o saldo final do filme. E confesso que torci para o corvo ser o par ideal para a princesa, mas não rolou. De qualquer forma, tudo muito coerente e até esclarecedor.
Getúlio
3.1 384 Assista AgoraExtremamente didático, o que não é negativo, mas faltou ousadia.Os atores estão corretos, pois a direção teve um cuidado de escolhê-los a dedo. No mais, é importante conferir e avaliar.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraElenco afinado, esteticamente atraente com uma fotografia diferenciada e uma trilha sonora ótima e vivaz, trazendo a nostalgia de décadas passadas. Sobre o elenco, Amy Adms enfim teve seu devido valor reconhecido pela academia depois de inúmeras indicações anteriores, sem êxito até então. Bale sempre é um show aparte e Bradley Cooper foi correto. Quanto à Lawrence, acho-a uma atriz superestimada e a queridinha da Academia. Entre ela e Adms, prefiro esta útima, por conta de sua versatilidade e entrega que não vejo naquela, apesar de ser boa também. Não se pode negar que Bale e Amy Adms fizeram uma parceria incrível, com muita química, a ponto de conquistar como dupla e como casal também, protagonizando cenas tensas, românticas e divertidas.
O roteiro, por sua vez, não é o melhor se comparado a outros que concorreram a premiação naquele ano e menor, se considerarmos outros filmes do mesmo diretor, todavia tem seus méritos ao trazer um texto despreocupado com didatismos e impressionar a crítica especializada.
E um grande achado foi alinhavar o texto e a cenografia a grandes sucessos dos anos 70-80.
Kramer vs. Kramer
4.1 548 Assista AgoraEm Kramer vs Kramer temos um dilema já anunciado no título: o confronto indiciado é de Joana Kramer vs Joana Kramer e Ted Kramer vs Ted Kramer. Cada um deles experimenta o desafio de conhecer a si mesmos, se reinventarem, terem a capacidade de superar seus medos e tabus. Pela primeira vez, achei Meryl Streep ofuscada pelo gigantesco talento de um pai empenhado, um profissional esmerado e um marido desiludido: Dustin Hoffman, com a sua arrojada construção de Ted. O cineasta favoreceu este ator, ficando com aquela atriz o papel secundário e talvez menor em sua carreira, todavia, não menos reconhecido.
Quem também não fica atrás é o ator-mirim que interpreta Bill: no meio de uma disputa judicial, ele transparece a emoção de um menino de 7 anos alijado de toda essa problemática e protagoniza cenas quem beiram entre o sublime e o pitoresco.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista Agora"Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais..." Não poderia escolher melhor os versos imortalizados na voz de Elis Regina que sintetizam o espírito inserido no roteiro de Álbum de Família: um retrato de uma família comum de classe média, que vê na morte do patriarca uma tentativa para resgatar segredos e reminiscências de um passado.
A exploração de arquétipos bastante corriqueiros e a riqueza do longa-metragem estejam, talvez, esteja nessa simplicidade. Os diálogos, as refeições, as brigas. O nível de tensão atinge o seu máximo mostrando que todos naquela família apresentam problemas no casamento, de relacionamento interpessoal e desvios de conduta, como o uso de drogas.
Por conta disso, o roteiro rico e revelador suplanta toda a falta de cuidado da direção. E sem sombra de dúvida a escolha do elenco faz com que possamos julgar com louvor esse grande drama familiar como um dos melhores dos últimos anos.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraEsteticamente é um filme belíssimo, bem dirigido e uma fotografia impecável. No entanto, há uma primazia do conteúdo ficcional em detrimento do musical, que se torna sim um problema a partir do momento que não cumpre o papel de situar o leitor, apesar de ter a demarcação do tempo e espaço. Certas lacunas o tornam incoerente: Valjean se torna rico sem mais nem por que, Fantine faz uma mera participação, sendo que a personagem é de suma importância no desenrolar da trama. E falar da atuação de Anne Hathaway é chover no molhado. Dispensa quaisquer comentários, uma vez que a crítica especializada enfim reconheceu e já disse tudo o que deveria ser dito sobre seu talento nato.
Sendo assim, ainda que cansativo, é um filme encantador.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraScorsese experimentou o drama com a sutileza do sarcasmo e deboche. Esperava mais, porém não é de todo ruim, salvo algumas atuações louváveis e cenas divertidas.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraJamais vi Matthew McConanughey tão entregue a um papel e tão desprendido de vaidade como em "Clube de Compras Dallas". Perfeita desconstrução de um imaginário machista em um momento em que a AiDS ainda era uma novidade. Afora sua relação com a travesti intrerpretada de forma muito competente por Jared Leto (mais uma grande surpresa do casting), que em momento algum soou forçada ou inverossímil. Ao contrário, houve um cuidado para não fantasiar e maquiar demais o companheirismo movido pelo dinheiro e pelas fraquezas da doença.
Em tempo, o trato do tema alinhavado a um texto sóbrio e coerente, desvelou também uma abordagem do tráfico de medicamentos e o descaso da comunidade médica e do governo americano daquela época.
Convém salientar também a participação de Jennifer Garner que há um tempo está devendo um personagem em que possa ser cobrado mais dela como atriz. Talento ela tem, só precisa de oportunidade.
Sendo assim, com um roteiro forte, atuações verdadeiramente surpreendentes, "Clube de Compras Dallas" é um filme sobre perseverança e companheirismo e esses traços conferem à projeção uma produção digna de Oscar. E os bons frutos, Mattew e Leto, enfim ,colheram.
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraÉ incrível como Jamie Foxx não consegue nunca ser mediano; sempre se sobressai e nos rende a um show de talento. Sobre o filme, considero que é muito mais um drama familiar e existencial que um filme de aventura ou ação. A importância que se dá a vida pessoal, aos dilemas do jovem adulto Peter Parker, sua relação com a tia. seu envolvimento com Gwen etc é notável. E as cenas de embate mocinho x vilão ficam em segundo plano. O que não é de todo ruim, apenas muda o enfoque da saga e para o telespectador que deseja ver um filme de ação, talvez não seja essa a melhor opção.
De qualquer forma, vale a pena assistir.
O Voo
3.6 1,4K Assista Agora"Quem cala sobre o seu corpo consente na sua morte..." É com esses versos da canção imortalizada na voz de Elis Regina que introduzo essa crítica, personalidade esta que, analogamente, podemos estabelecer uma relação entre a cantora, depois de morta teve seus problemas com álcool vindos a público e a personagem densa de Denzel Washington.
A sobriedade do texto e da direção é inversamente proporcional ao estado em que se encontrava aquele grande piloto de avião nos pouco mais de 120 minutos de projeção. No entanto, O voo não é um filme apenas sobre alcoolismo. Ele vai além: tangencia o aceitar-se e reconhecer-se como tal, as mentiras e o drama do "eu sozinho".
Logo, os vícios de Whitaker eram a materialização de uma depressão que convergiu para o problema enfrentado na profissão. Sua péssima relação com o filho e sua personalidade irritadiça, austera e muitas vezes arrogante para com os colegas de trabalho.
Reconhecer-se e aceitar-se. Era essa sua principal dificuldade. E num momento de extrema lucidez, ainda que embriagado, ele pôs tudo a perder. Ou não. Ganhou muito quando, na verdade, parecia ter fracassado perante a lei.
Ao contrário de Elis, Whitaker felizmente pôde se redescobrir. Final didático e moralista, porém não menos interessante e reflexivo.
"E aí, quem é você?"
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraEmily Vancamp no elenco já é um motivo plausível para assisti-lo.
Os Homens que não Amavam as Mulheres
4.1 1,5KRoteiro de qualidade. Destaque para a atriz Noomi Rapace com uma das personagens mais complexas do cinema dos últimos anos. Uma excelente construção de uma heroína real, concreta, cheia de nuances, ambígua. Daniel Craig, por sua vez, esteve em sua zona de conforto. Também não fez feio.
E acho que deveria ter sido premiado em outras categorias pela Academia. Mas não rolou. Ainda assim, não perde suas qualidades.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraUm pouco mais realista que os demais em alguns aspectos e um tanto quanto "cafona" e over, por outro lado.
Heleno
3.6 431 Assista AgoraRealmente Rodrigo Santoro esteve visceral e o filme tem uma boa fotografia, comparada à outras de filmes nacionais contemporâneos. Porém se torna um marasmo, com uma sequência de cenas que não contribui para prender o telespectador até o fim, chegando a aniquilar a delicadeza do tema e do enredo.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraCada um lida de uma forma diferente com uma crise. Brandon, por sua vez, lida com a crise dos trinta anos através de uma válvula de escape: a ninfomania.
Excelente produção!
Dança Comigo?
3.2 437 Assista AgoraJ.Lo nos tirou literalmente para dançar e Richard Gere se rendeu à arte, reacendeu a chama de seu casamento e nos proporcionou bons momentos. Típico feijão com arroz bem feito. E você não se daria o prazer dessa contradança?
Bruna Surfistinha
2.9 3,0K Assista AgoraDébora foi Bruna. E vai permanecer no imaginário brasileiro, como segue sendo até então.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraRoteiro acertado e um final surpreendentemente revelador.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraUm dos melhores filmes de Faroeste de todos os tempos.
Christopher Waltz fez um excelente trabalho, de fato, não tiro seu mérito. Mas não há como fechar os olhos para a atuação espetacular de Jamie Foxx, que mais uma vez surpreendeu e roubou a cena. Se a Academia não foi capaz de reconhecer, o público com certeza enxergou naquele negro liberto, ambicioso, com uma habilidade e destreza incríveis com a arma e ótima lábia, um tipo bastante próximo da realidade.
Não se pode perder de vista também a construção de Samuel L. Jackson e o evidente amadurecimento de Leonardo Di Caprio como ator, que há tempos vem merecendo um prêmio a altura de seu talento.
Afora o desempenho louvável do casting, verificamos um roteiro primoroso que traz à tona uma realidade da América escravagista alijada do cinema hollywoodiano.
O ponto negativo foi, talvez, o filme ser um pouco cansativo, podendo ter essa história condensada em alguns poucos minutos a menos. Ainda assim, a produção é de alto padrão. Mais uma vez, Tarantino se sobressaiu.
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraLindo e encantador. O casamento do real e do onírico é a peculiaridade de Woody Allen e mais uma vez tivemos o prazer de voltar ao passado e reencontrar grandes nomes da Literatura e das Artes plásticas junto a Owen Wilson, e seu escritor frustrado e triste.
A trilha sonora e escolha do casting também foram importantes para a qualidade do filme. Marion Cottilard nunca esteve tão linda e Rachel McAdms jamais esteve tão fútil.
Simplesmente mágico o reencontro a cada badalada do sino e o final poético, sensível e apaixonante.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraA direção de David O. Russel é definitiva e veementemente diferenciada. Ele tem sua marca e torna os filmes por ele dirigido algo que vai do simples ao sofisticado, aprofundando-se no caráter psicológico de suas personagens de uma forma única.
E com "O lado bom da vida", ele traz mais um drama familiar com um excelente roteiro e uma direção impecável, com direito as suas cenas com personagens praticando corrida, grandes embates e discussões entre pais e filhos e paixões críveis e verossimilhantes.
Ademais, explora temáticas muito caras à classe média, como o consumo de drogas, em O vencedor, e a bipolaridade encarada como doença, neste recente longa-metragem.
Embora acredite que em O vencedor ele tenha feito um trabalho superior, O lado bom da vida tem seu mérito ao trazer uma atuação que rendeu o Oscar a Jennifer Lawrence e uma outra faceta de Bradley Cooper, com Pat, um homem bipolar.
Entre outras coisas, acerta também na escolha de Robert de Niro com um pai que também agrega suas manias, toques e vícios e Jacki Weaver como uma mãe presente, preocupada com o bem-estar de sua família e, por isso, extremamente altruísta.
Em resumo, ótima produção!
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraO que não se pode perder de vista é o talento nato da atriz promissora Jennifer Lawrence, que ao lado de Stanley Tucci são responsáveis por cenas muito boas.