A direção de Meirelles tem uma marca que é impossível não identificar. Seu estilo que circula entre ficção e o documental fez desse filme um belo trabalho de construção de dois tipos emblemáticos na história do Clero. Uma bela fotografia, um roteiro bem cuidado e uma direção que faz toda a diferença contribuem para que os pouco mais de 120 minutos de projeção não tornem o longa cansativo. Destaco os diálogos na casa de verão e os flashbacks a respeito do passado do padre Jorge e como a ditadura na América Latina foi nociva inclusive para os párocos. Ansioso pela noite de premiação do Globo de Ouro e pela consagração desse belo filme e do grande diretor Fernando Meirelles.
Nos mesmos moldes que Krammer vs Krammer, História de um casamento aborda um divórcio quase litigioso tamanha a tensão, os gastos e o envolvimento de uma criança no meio de tanta pressão psicológica, parecido com o que ocorre naquele. Este não é tão enxuto quanto o protagonizado pela Meryl Streep, mas tem uma carga dramática muito maior e se aprofunda menos na relação com a criança e mais na relação do casal. Tem seus pontos altos e baixos e poderia ter menos tempo de projeção, para não se tornar tão monótono em alguns pontos e enfadonho. Todavia, cumpre bem seu papel.
Os anti-cristos da vida real estão sendo exaltados tal como no filme. E no espetáculo da realidade todos nós estamos sendo palhaços e plateia; ora vítimas, ora algozes.
É um filme que discute, entre outras coisas, o lugar em que a gente decide se colocar enquanto cidadãos brasileiros no cenário mundial e até mesmo dentro da nossa sociedade. O povo de Bacurau se colocava em uma zona de conforto, votando em um político que eles sabiam que era corrupto e sofrendo com a falta de água e a escassez de alimentos. Não tinham muita escolha, inclusive. Até que tudo muda... Porque houve uma necessidade de mudança. Em outro momento, os brasileiros, em contato com os americanos, são ridicularizados, colocados como “menores”, latinos de feições negroides (algo terrível para um caucasiano, pois!) e aceitam essa situação, além de se aliarem e pagarem um preço alto por isso.
Logo, pode-se notar que Bacurau é atual, necessário. Suscita emoções diversas, catarses múltiplas - choro, riso, satisfação, indignação. O texto é muito bom, mas a fotografia e a direção são IMPECÁVEIS.
Vide a cena do velório, captada do alto, com todos acenando com o lenço branco. Além dos corpos decapitados, posteriormente tendo suas cabeças expostas em praça pública. Um achado!
Finalmente, mais uma vez, Silvero Pereira mostra, desde A força do querer, porque é um dos atores mais gabaritados dessa geração. Ele é versátil, encara qualquer desafio. Ademais, mostrou na figura de seu cangaceiro uma contradição necessária condizente como uma releitura do banditismo social.
A banda, o Freddie e a trajetória de todos ali poderia ter dado um filme superior ao que foi mostrado. A direção foi um pouco preguiçosa (achei o Rocket Man mais bem dirigido) e exploraram de maneira bastante superficial a relação de Mercury com a doença, com os integrantes do Queen, com a família e, principalmente, com seus cônjuges. O destaque um pouco maior foi do relacionamento com Mary. De resto, tudo muito sem profundidade. Eu esperava mais catarse, mais emoção e mais intensidade que só - e tão somente - encontra-se na atuação e construção muito bem cuidada de Rami Malek.
É uma poesia projetada, em movimento, da maneira mais sensível possível. Em tempo, além do bom texto, da direção bem cuidada e de excelentes atuações, é impossível não mencionar o grande trabalho da Yalitza Aparicio. A personagem dela é daquelas que não precisam de nada além de uma boa atriz para ser interpretada. Não há exageros, não há um figurino ou uma maquiagem grandiosa: tudo está na medida certa e centrado na construção dela! E talvez pela jovem personagem ser tão comedida, Cleo se torna verossímil, pois se trata de uma empregada doméstica/babá à moda antiga e que passa por todo o processo de silenciamento enquanto profissional do lar, quase coisificada, quase um aparato que está sempre ali, pronto para ser utilizado por aquela família. Todavia, ela cresce na trama e se torna fundamental para a película e para a família. Os dramas familiares ao seu redor tornam-se coadjuvantes perantes ao seu drama. Os fatos políticos são o pano de fundo para seus dilemas, os quais se engrandecem diante a todo o processo de opressão sofrido pela população daquela época. E o espaço da empregada doméstica oprimida? Onde ela se encontrava durante todo esse tempo? Ali, no bairro, na sua vizinhança ou na casa da família burguesa, limpando fezes do cachorro e sofrendo humilhação de seus patrões. É lindo de se ver tamanha construção! De baixa estatura, ela cresce enquanto mulher, mãe, funcionária daquele lar e parente daquelas crianças e daquelas duas mulheres adultas, solitárias e no ostracismo da vida. Roma é poético. Aquele bairro é, acima de tudo, uma metáfora da devoção, da amizade, do amor ao próximo unilaterais. Roma é, portanto, metonímia do mundo desigual.
Trata-se de uma comédia romântica, leve, singela e descompromissada. Vale muito a pena assistir aos 105 minutos de projeção por entretenimento e para refletir a respeito de amizades, a relação entre pai e filho e o perdão. São essas coisas aparentemente simples que fazem toda a diferença na vida real e na tela do cinema.
Nanda Costa tomou para si o papel da costureira e, posteriormente, cangaceira. Ela se reinventou e mostrou maturidade e está em sua melhor fase, interpretando também no folhetim que termina hoje, Pega Pega, Sandra Helena. Além dela, impossível não destacar a sempre excelente Marjorie Estiano, que já vem numa cadeia de grandes personagens, vide A vida da gente e Sob Pressão. Marjorie chegou no apogeu e merece ser premiado e reconhecida por isso.
Um filme que discute a manutenção do machismo em todas as esferas sociais: no casamento, não educação dos filhos, nas relações interpessoais... É louvável é atuação de DiCaprio, mas Robert DeNiro rouba a cena!!! E no final da projeção acabamos por torcer que Tobias e Carol possam amadurecer e sair daquela situação que os oprime.
É um filme simples e com uma temática corriqueira: o amor na juventude. Vai na contramão do senso comum (que bom!) por apresentar homens jovens de 15 anos que se apaixonam. É bonito, é delicado e é singelo.
É um filme, sobretudo, sobre o amor. O amor à profissão, o amor ao próximo e o amor à vida. Autêntica lição de sobrevivência, altruísmo e companheirismo (Felicity e sua Jane personificaram tal gesto). Bravo!
Eu me identifiquei muito com esse filme. E não há como não se envolver e torcer para que a trajetória que Chiron trilhou tenha um resultado satisfatório para o telespectador. Destaco a atuação que fez o papel dele enquanto adolescente: esse jovem merecia ser premiado! Inclusive as melhores cenas do filme são protagonizaras por ele. Enfim, saí muito satisfeito ao fim dos cento e onze minutos de projeção.
Um filme envolvente e motivador. A dicotomia França x Índia esteve sensível, tênue e muito bem traçada sob a ótica daquela. Além disso, a cozinha foi palco das maiores lições, construção de relações, amores e qualquer tipo de afetividade. Cabe salientar, primeiramente a sensível construção do personagem Hassam (ótima atuação de Manish Dayal) e a chef de cousine interpretada por Hellen Mirren. Final previsível, no entanto não esperávamos nada muito diferente daquilo. E faz valer cerca de 140 minutos de projeção.
Uma história de luta, de militância, de bravura e garra. Vejo incontáveis vezes e incontáveis vezes eu me apaixono por Sean Penn e essa atuação tão visceral.
Ter a Elza como ídolo te transforma num ser que sabe bem a diferença na voz do amor e na dor. Tê-la como ícone é sentir na pele "a dor e a delícia de ser o que é". Ser fã da Elza é um privilégio e "O gingado da Nega", é um presente para apaixonados como eu. A parte dos números musicais é um achado e os depoimentos são tendenciosamente reveladores.
A projeção é arrastada e a técnica utilizada para contar a história, in media res, poderia ter sido mais bem utilizada. Além disso, o enlace de Sofia e Stingo era previsível, tal como o reconhecimento e a premiação da sempre-ótima Meryl Streep - Ao contrário do que aconteceu em Kramer vs Kramer cuja atuação eu considero superestimada e aquém do que eu esperava diante do menino e do marido dela no longa-metragem. O roteiro tem um mote muito denso e que foi explorado de maneira quase desleixada. Ademais, a atriz supracitada soube absorver a carga emotiva necessária para o papel, aprendendo inclusive a língua materna da personagem e imprimindo uma verdade singular. Logo, a leitura que eu faço desse título é múltipla: a escolha não só pelo filho que deveria ser salvo, mas do seu próprio destino, que rumo seguir ao lado do homem que amava ainda que essa relação fosse nociva ou ao lado de um homem apaixonante e protagonista de uma relação tranquila. Razoavelmente bom pelo texto em alguns momentos, pelo argumento original e pelas atuações impecáveis.
É um roteiro que parece ser melhor no papel do que na tela. Primeiramente, porque demora a acontecer. Digo isso pois são 50 minutos em que as coisas acontecem lentamente ou simplesmente não acontecem. Ele passa a ter uma agilidade e, diria, talvez, inicia-se a partir do fim desses cinquenta minutos iniciais de projeção. Aí sim, fica tão lindo quanto merecia o último filme de Babenco. E Bárbara Paz só deixou ainda mais belo, como a cereja do bolo. Cabe salientar que o fato de o idioma original ser em inglês não me incomodou nem um pouco. Senti falta de uma trilha sonora mais requintada, no sentindo de existir mais música mesmo, para marcar as cenas, torná-las mais catárticas. Senti falta também de uma fotografia mais emblemática, como a das últimas cenas protagonizadas por Bárbara Paz. De resto, só fica a saudade de um homem que viveu de arte, para a arte e com a arte.
É difícil não se encantar por esse musical que se aproxima mais de uma comédia romântica. Porém, há um quê de previsibilidade, uma sensação de déja vu, além das claras referências a filmes passados e o romance clichê entre Mia e Sebastian. Ainda assim, conseguiu-se tornar crível aquele amor contemporâneo que atravessa estações e o final é surpreendentemente bom, lindo e apoteótico, Em relação ao elenco, a escolha de Emma Stone não poderia ser mais acertada. Ela encarna bem a atriz frustrada que sonha com o estrelato. Já Ryan Gosling, em uma atuação um pouco mais comedida, todavia não menos importante, faz a gente se vê ali no Sebastian, com seus anseios e projetos. Quem não se viu ali, desejando realizar um projeto dos sonhos e sem um incentivo, um pontapé inicial. A comunhão de Mia e Sebastian, portanto, ia além da profundidade daquela paixão avassaladora. Ela acreditou e embarcou no sonho dele e adiou o seu sonho. Tudo poderia ter sido diferente, como é mostrado ao fim da projeção, mas o destino não reconhece os "se" dos pensamentos... Filme bonito, singelo, poderia ter uma durabilidade menor, uma vez que se torna um tanto cansativo, e possuir mais cenas com números musicais, Logo, o saldo final é bastante positivo, apesar das ressalvas,
Diversão do início ao fim. O roteiro é fraco e cinematograficamente sem ousadia, porém vale a pena por conta da construção sensível das personagens e a química e entrosamento do elenco. Dá a sensação de que todos estão se divertindo!!! Vale muito a pena conferir.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraMe deu sono.
Dois Papas
4.1 963 Assista AgoraA direção de Meirelles tem uma marca que é impossível não identificar. Seu estilo que circula entre ficção e o documental fez desse filme um belo trabalho de construção de dois tipos emblemáticos na história do Clero. Uma bela fotografia, um roteiro bem cuidado e uma direção que faz toda a diferença contribuem para que os pouco mais de 120 minutos de projeção não tornem o longa cansativo.
Destaco os diálogos na casa de verão e os flashbacks a respeito do passado do padre Jorge e como a ditadura na América Latina foi nociva inclusive para os párocos.
Ansioso pela noite de premiação do Globo de Ouro e pela consagração desse belo filme e do grande diretor Fernando Meirelles.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraNos mesmos moldes que Krammer vs Krammer, História de um casamento aborda um divórcio quase litigioso tamanha a tensão, os gastos e o envolvimento de uma criança no meio de tanta pressão psicológica, parecido com o que ocorre naquele. Este não é tão enxuto quanto o protagonizado pela Meryl Streep, mas tem uma carga dramática muito maior e se aprofunda menos na relação com a criança e mais na relação do casal. Tem seus pontos altos e baixos e poderia ter menos tempo de projeção, para não se tornar tão monótono em alguns pontos e enfadonho. Todavia, cumpre bem seu papel.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraOs anti-cristos da vida real estão sendo exaltados tal como no filme. E no espetáculo da realidade todos nós estamos sendo palhaços e plateia; ora vítimas, ora algozes.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraÉ um filme que discute, entre outras coisas, o lugar em que a gente decide se colocar enquanto cidadãos brasileiros no cenário mundial e até mesmo dentro da nossa sociedade.
O povo de Bacurau se colocava em uma zona de conforto, votando em um político que eles sabiam que era corrupto e sofrendo com a falta de água e a escassez de alimentos. Não tinham muita escolha, inclusive. Até que tudo muda... Porque houve uma necessidade de mudança.
Em outro momento, os brasileiros, em contato com os americanos, são ridicularizados, colocados como “menores”, latinos de feições negroides (algo terrível para um caucasiano, pois!) e aceitam essa situação, além de se aliarem e pagarem um preço alto por isso.
Logo, pode-se notar que Bacurau é atual, necessário. Suscita emoções diversas, catarses múltiplas - choro, riso, satisfação, indignação. O texto é muito bom, mas a fotografia e a direção são IMPECÁVEIS.
Vide a cena do velório, captada do alto, com todos acenando com o lenço branco. Além dos corpos decapitados, posteriormente tendo suas cabeças expostas em praça pública. Um achado!
Finalmente, mais uma vez, Silvero Pereira mostra, desde A força do querer, porque é um dos atores mais gabaritados dessa geração. Ele é versátil, encara qualquer desafio. Ademais, mostrou na figura de seu cangaceiro uma contradição necessária condizente como uma releitura do banditismo social.
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraA banda, o Freddie e a trajetória de todos ali poderia ter dado um filme superior ao que foi mostrado. A direção foi um pouco preguiçosa (achei o Rocket Man mais bem dirigido) e exploraram de maneira bastante superficial a relação de Mercury com a doença, com os integrantes do Queen, com a família e, principalmente, com seus cônjuges. O destaque um pouco maior foi do relacionamento com Mary. De resto, tudo muito sem profundidade. Eu esperava mais catarse, mais emoção e mais intensidade que só - e tão somente - encontra-se na atuação e construção muito bem cuidada de Rami Malek.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraÉ uma poesia projetada, em movimento, da maneira mais sensível possível. Em tempo, além do bom texto, da direção bem cuidada e de excelentes atuações, é impossível não mencionar o grande trabalho da Yalitza Aparicio. A personagem dela é daquelas que não precisam de nada além de uma boa atriz para ser interpretada. Não há exageros, não há um figurino ou uma maquiagem grandiosa: tudo está na medida certa e centrado na construção dela! E talvez pela jovem personagem ser tão comedida, Cleo se torna verossímil, pois se trata de uma empregada doméstica/babá à moda antiga e que passa por todo o processo de silenciamento enquanto profissional do lar, quase coisificada, quase um aparato que está sempre ali, pronto para ser utilizado por aquela família. Todavia, ela cresce na trama e se torna fundamental para a película e para a família. Os dramas familiares ao seu redor tornam-se coadjuvantes perantes ao seu drama. Os fatos políticos são o pano de fundo para seus dilemas, os quais se engrandecem diante a todo o processo de opressão sofrido pela população daquela época. E o espaço da empregada doméstica oprimida? Onde ela se encontrava durante todo esse tempo? Ali, no bairro, na sua vizinhança ou na casa da família burguesa, limpando fezes do cachorro e sofrendo humilhação de seus patrões. É lindo de se ver tamanha construção! De baixa estatura, ela cresce enquanto mulher, mãe, funcionária daquele lar e parente daquelas crianças e daquelas duas mulheres adultas, solitárias e no ostracismo da vida. Roma é poético. Aquele bairro é, acima de tudo, uma metáfora da devoção, da amizade, do amor ao próximo unilaterais. Roma é, portanto, metonímia do mundo desigual.
Entre Idas e Vindas
2.7 118Trata-se de uma comédia romântica, leve, singela e descompromissada. Vale muito a pena assistir aos 105 minutos de projeção por entretenimento e para refletir a respeito de amizades, a relação entre pai e filho e o perdão. São essas coisas aparentemente simples que fazem toda a diferença na vida real e na tela do cinema.
Madame Satã
3.9 422 Assista Agora“É uma danada a minha irmã!”
Ó Paí, Ó
3.2 477"E você está fazendo o quê aí, Beyoncé?"
"Medindo espaço!!"
"Agora que eu tô bonita!!"
Que filme, meus caros! Que filme!
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraUma aula de pouco mais de cem minutos.
Entre Irmãs
4.2 206 Assista AgoraNanda Costa tomou para si o papel da costureira e, posteriormente, cangaceira. Ela se reinventou e mostrou maturidade e está em sua melhor fase, interpretando também no folhetim que termina hoje, Pega Pega, Sandra Helena.
Além dela, impossível não destacar a sempre excelente Marjorie Estiano, que já vem numa cadeia de grandes personagens, vide A vida da gente e Sob Pressão. Marjorie chegou no apogeu e merece ser premiado e reconhecida por isso.
A Condenação
4.0 558 Assista AgoraHilary como sempre correta em cena.
O Despertar de um Homem
3.7 260 Assista AgoraUm filme que discute a manutenção do machismo em todas as esferas sociais: no casamento, não educação dos filhos, nas relações interpessoais... É louvável é atuação de DiCaprio, mas Robert DeNiro rouba a cena!!! E no final da projeção acabamos por torcer que Tobias e Carol possam amadurecer e sair daquela situação que os oprime.
Garotos
3.8 604 Assista AgoraÉ um filme simples e com uma temática corriqueira: o amor na juventude. Vai na contramão do senso comum (que bom!) por apresentar homens jovens de 15 anos que se apaixonam. É bonito, é delicado e é singelo.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraÉ um filme, sobretudo, sobre o amor. O amor à profissão, o amor ao próximo e o amor à vida. Autêntica lição de sobrevivência, altruísmo e companheirismo (Felicity e sua Jane personificaram tal gesto). Bravo!
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraEu me identifiquei muito com esse filme. E não há como não se envolver e torcer para que a trajetória que Chiron trilhou tenha um resultado satisfatório para o telespectador. Destaco a atuação que fez o papel dele enquanto adolescente: esse jovem merecia ser premiado! Inclusive as melhores cenas do filme são protagonizaras por ele. Enfim, saí muito satisfeito ao fim dos cento e onze minutos de projeção.
A 100 Passos de Um Sonho
3.8 215Um filme envolvente e motivador. A dicotomia França x Índia esteve sensível, tênue e muito bem traçada sob a ótica daquela. Além disso, a cozinha foi palco das maiores lições, construção de relações, amores e qualquer tipo de afetividade.
Cabe salientar, primeiramente a sensível construção do personagem Hassam (ótima atuação de Manish Dayal) e a chef de cousine interpretada por Hellen Mirren.
Final previsível, no entanto não esperávamos nada muito diferente daquilo. E faz valer cerca de 140 minutos de projeção.
Milk: A Voz da Igualdade
4.1 878Uma história de luta, de militância, de bravura e garra. Vejo incontáveis vezes e incontáveis vezes eu me apaixono por Sean Penn e essa atuação tão visceral.
Elza Soares - O Gingado da Nega
3.7 7Ter a Elza como ídolo te transforma num ser que sabe bem a diferença na voz do amor e na dor.
Tê-la como ícone é sentir na pele "a dor e a delícia de ser o que é".
Ser fã da Elza é um privilégio e "O gingado da Nega", é um presente para apaixonados como eu.
A parte dos números musicais é um achado e os depoimentos são tendenciosamente reveladores.
A Escolha de Sofia
4.0 515 Assista AgoraA projeção é arrastada e a técnica utilizada para contar a história, in media res, poderia ter sido mais bem utilizada. Além disso, o enlace de Sofia e Stingo era previsível, tal como o reconhecimento e a premiação da sempre-ótima Meryl Streep - Ao contrário do que aconteceu em Kramer vs Kramer cuja atuação eu considero superestimada e aquém do que eu esperava diante do menino e do marido dela no longa-metragem.
O roteiro tem um mote muito denso e que foi explorado de maneira quase desleixada. Ademais, a atriz supracitada soube absorver a carga emotiva necessária para o papel, aprendendo inclusive a língua materna da personagem e imprimindo uma verdade singular.
Logo, a leitura que eu faço desse título é múltipla: a escolha não só pelo filho que deveria ser salvo, mas do seu próprio destino, que rumo seguir ao lado do homem que amava ainda que essa relação fosse nociva ou ao lado de um homem apaixonante e protagonista de uma relação tranquila.
Razoavelmente bom pelo texto em alguns momentos, pelo argumento original e pelas atuações impecáveis.
Meu Amigo Hindu
2.6 108 Assista AgoraÉ um roteiro que parece ser melhor no papel do que na tela. Primeiramente, porque demora a acontecer. Digo isso pois são 50 minutos em que as coisas acontecem lentamente ou simplesmente não acontecem. Ele passa a ter uma agilidade e, diria, talvez, inicia-se a partir do fim desses cinquenta minutos iniciais de projeção. Aí sim, fica tão lindo quanto merecia o último filme de Babenco. E Bárbara Paz só deixou ainda mais belo, como a cereja do bolo.
Cabe salientar que o fato de o idioma original ser em inglês não me incomodou nem um pouco. Senti falta de uma trilha sonora mais requintada, no sentindo de existir mais música mesmo, para marcar as cenas, torná-las mais catárticas. Senti falta também de uma fotografia mais emblemática, como a das últimas cenas protagonizadas por Bárbara Paz.
De resto, só fica a saudade de um homem que viveu de arte, para a arte e com a arte.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraÉ difícil não se encantar por esse musical que se aproxima mais de uma comédia romântica. Porém, há um quê de previsibilidade, uma sensação de déja vu, além das claras referências a filmes passados e o romance clichê entre Mia e Sebastian. Ainda assim, conseguiu-se tornar crível aquele amor contemporâneo que atravessa estações e o final é surpreendentemente bom, lindo e apoteótico,
Em relação ao elenco, a escolha de Emma Stone não poderia ser mais acertada. Ela encarna bem a atriz frustrada que sonha com o estrelato. Já Ryan Gosling, em uma atuação um pouco mais comedida, todavia não menos importante, faz a gente se vê ali no Sebastian, com seus anseios e projetos. Quem não se viu ali, desejando realizar um projeto dos sonhos e sem um incentivo, um pontapé inicial. A comunhão de Mia e Sebastian, portanto, ia além da profundidade daquela paixão avassaladora. Ela acreditou e embarcou no sonho dele e adiou o seu sonho. Tudo poderia ter sido diferente, como é mostrado ao fim da projeção, mas o destino não reconhece os "se" dos pensamentos...
Filme bonito, singelo, poderia ter uma durabilidade menor, uma vez que se torna um tanto cansativo, e possuir mais cenas com números musicais, Logo, o saldo final é bastante positivo, apesar das ressalvas,
Minha Mãe é Uma Peça 2
3.5 807Diversão do início ao fim. O roteiro é fraco e cinematograficamente sem ousadia, porém vale a pena por conta da construção sensível das personagens e a química e entrosamento do elenco. Dá a sensação de que todos estão se divertindo!!! Vale muito a pena conferir.