A única parte que me incomodou foi que de certa forma ratificou o preconceito de que todo homofóbico é um gay enrustido, sei que devo levar em consideração a época em que o filme foi feito, mas temos que lembrar que nessa mesma época existiam muitas obras avant garde que conseguiam tratar da questão de gênero com uma maneira diferente e não carregada do preconceito inerente a época.
Como disseram anteriormente, as atuações são ótimas e a fotografia é realmente maravilhosa, mas o roteiro apesar de ser bem desenvolvido não prende e a história é fraquíssima.
Ao assistir você começa a se revoltar contra a sociedade machista-moralista que existe, a vítima é tratada como vadia, "é uma vergonha ela ter aceitado ter feito sexo tão cedo", esta sociedade que existe e persiste até os dias de hoje. Ainda espero uma versão "O Conde de MonteCristo deste filme pra ela se vingar de todos aqueles que a fizeram passar por humilhações, ou que ao menos ela reagisse um pouco mais.
"-Alguma vez quis ele só para você? -Isso seria como beber o oceano inteiro, você se afoga. -Nunca tive medo de me afogar, o que é pior: afogar ou morrer no esquecimento?"
Fotografia belíssima em um filme que mostra o lado obscuro do já conhecido astro James Dean.
Após assistir a este filme é necessário um momento para digerir a história, que por mais minimalista que possa parecer pode ter trocentas interpretações.
"Um Estranho No Lago" possui todo o ar de Nouvelle Vague com aquela profundidade nos personagens que são muito mais do que a forma que falam ou realizam suas ações. A personalidade está implícita em suas interações, e em frases na entrelinha.
É muito difícil para alguém que não conhece o preconceito do próprio mundo gay com ele mesmo, ou até os famosos "aplicativos de sexo" destinados ao público homossexual, conseguir interpretar de uma forma lógica e coerente. O risco que Henri correu e corre é uma realidade existente em grandes metrópoles. No filme a região do lago é utilizada como metáfora para o "Circuito Gay" (neste caso, mais especificamente o do sexo).
Toda nudez utilizada não está ali por acaso, não é crua, não é essencialmente de uma sexualidade brutal. Mas mesmo assim não é possível assistir a história se desenrolar com uma mentalidade moralista e repressora, homens pelados não podem ser motivo de espanto a um filme (imagine o tanto de filmes que desconsideraríamos bons só por causa de uma nudez!)
A fotografia é minimalista, mas muito bela. O menos foi definitivamente mais, e a simbiose entre os corpos nús e o cenário se torna algo digno de Grécia Antiga.
O problema no filme fica por conta do desenvolvimento (neste caso não sei se foi afetado pelo meu "não gostar de Nouvelle Vague") que é muito lento, parado, não prende e entretém e acaba deixando tudo para o final do filme. E no final tudo se desenvolve de forma embolada, jogada ao público, atirada aos 7 ventos. De qualquer forma, é muito bom a experiência e posso dizer que por mais que estejamos em 2013 este filme é exótico.
Minha primeira experiência com Buñuel, e posso dizer que foi muito bom! O filme me surpreendeu porque foge no quesito desenvolvimento do roteiro. É desenvolvido de forma rápida, dinâmica e ágil.
A história me parece uma grande metáfora, na noite em que o filho do animal morre Susana aparece como se fosse um “demônio” (como Felicia sempre ressalta). Com o desenvolver da história ela faz com que “Jesús” seja expulso de casa e desperta o pior dos moradores que lá habitavam. Ao final quando é presa novamente, Jesús retorna ao trabalho na casa.
Este filme é muito interessante, as atuações são ótimas. Os personagens não são muito desenvolvidos mas o filme em nenhum momento se perde ou deixa de ser claro por causa disto. A fotografia não é muito boa, e possui alguns cortes bruscos de câmera (não sei se é característica de Buñuel já que é o primeiro filme dele que vejo).
A película mostra uma maior inteligência ao abordar o período ditatorial se comparada ao Brasil, este parece ter “rabo preso” para falar da repressão, e isto é perceptível durante todo o filme, mas muito diferente do que se possa pensar “A Infância Clandestina” não é filme histórico de guerra, é um drama que tem como pano de fundo.
Talvez o maior problema do filme seja esta romantização, que o transforma em pretensioso e essa pretensiosidade é muito superficial. Creio que é errôneo abordar um sentimento amoroso aos 11 anos, se fosse um homossexual nessa idade diriam que ele não tem idade para escolher. A sexualidade prematura na película o torna forçado e até “norte-americanizado” demais.
A abordagem da Ditadura é o grande acerto de “A Infância Clandestina”, é muito bem reconstituída, as cenas de violência são feitas em forma de HQ’s que o torna de certa forma inovador. O cenário, a música e até a ingenuidade infantil em meio a um período tão repressor é de encher os olhos de lágrimas, além da ótima atuação de TODOS os personagens do filme.
A fotografia é uma das maiores belezas da película, algumas cenas em slow-motion, as cores e os cenários além de bem-fieis mostram de forma crua a realidade de muitos militantes argentinos. Os figurinos são bem verdadeiros e compatíveis com a realidade da época, o que de certa forma tornam o filme bem atrativo.
Em geral, “A Infância Clandestina” é bom, mas poderia ser muito melhor se não fosse toda a pretensiosidade advinda do diretor e do produtor para se tornar um grande sucesso Hollywoodiano, acabou se tornando de certa forma vendido, e até considerado excessivo em alguns aspectos, mas mesmo em meio a tantos tropeços o cinema argentino se mostra quilômetros a frente do brasileiro.
O filme é bom, mas peca pela superficialidade no final, parece que foi feito de última hora, poderia ter um maior desenvolvimento dos casais, mas como é comédia, não dá para cobrar tanto.
“Vidas Privadas” inicialmente parece ser levado por um forte clima de dramalhão mexicano inexplicado (mesmo sendo argentino), mas com o decorrer da história as tramas e os personagens vão se explicando e revelando-se muito mais complexos do que pareciam a priori.
Carmen, a personagem principal, uma rica empresária que se mudou para Madri retorna a Buenos Aires depois de 20 anos o que traz a tona diversos problemas do passado, e assim revelando suas vulnerabilidades e problemas psíquicos, o que a torna de longe a personagem mais interessante na película.
Em meio a esta solidão que chegou junto com a idade, Carmen procura prazer com garotos de programa mas da forma mais incomum possível e acaba se envolvendo com um (até aí parece clichê), contudo, o envolvimento traz muito mais do que um “amor proibido” e um “drama familiar” trazendo enormes conseqüências e afetando todos os personagens do filme.
Nos aspectos técnicos os únicos possíveis de se elogiar são o figurino, a atuação e a movimentação de câmeras, o filme peca quando se trata de sonoplastia (por momentos dava vontade de deixar no mundo com o instrumental irritante de piano descontrolado) e na fotografia, muitos podem dizer que a fotografia escura foi para dar um clima ainda mais cru e real ao filme, mas ao meu ver foi um enorme erro e tornou o filme “feio’ de se ver.
Por sorte o roteiro complexo compensa qualquer um desses erros, não sei se é por eu ser completamente apaixonado pelo psicológico humano mas “Vidas Privadas” é intrigante de uma forma que o transforma em único. Não há novela, filme ou seriado que se compare e creio que se houvesse outra versão não ia chegar aos pés da obra-prima que é.
Um dos filmes mais inteligentes e tocantes que já vi em toda minha (breve) vida. Ele te toca de uma forma em seu inconsciente que te faz refletir sobre todos se sentem, ou podem se sentir de forma semelhante aos personagens. É impossível não se identificar com o drama de luto, que é uma coisa natural, mas o filme consegue sair do clichê pelo seu roteiro bem desenvolvido sem cair em um dramalhão mexicano somado a sua fotografia maravilhosa e belíssima.
Não me recordo de como cheguei a este filme mas não me arrependo. A fotografia é muito bonita, encantadora e elegante (não sei se penso isso porque é o primeiro filme francês antigo que eu assisto ou é assim mesmo), sei que me surpreende muito. As atuações são ótimas, mas tenho que destacar o que muita gente esqueceu de ressaltar: OS DIÁLOGOS SÃO MARAVILHOSOS! Parecem ter sido tirados de algum livro da Clarice Lispector ou de alguma outra literatura. Apesar de durar pouco creio que o roteiro foi desenvolvido da forma mais ideal possível, só acho que deveriam dar mais destaque a história da prostituta e ao desenvolvimento do
Como as opiniões abaixo, eu também não esperava muita coisa em mais uma adaptação da história dos irmãos Grimm. Mas quando alguém faz um filme mudo em 2012 já é uma grande revolução (assim como aconteceu em "O Artista), somado aos maravilhosos takes de câmera do cinema espanhol e uma fotografia invejável a qualquer filme norte-americano. Blancanieves é uma das mais belas e mais criativas homenagens ao conto batido da Branca de Neve.
“Mulheres a beira de um ataque de nervos” possui uma fotografia encantadora e um senso de humor formidável mas o desenvolvimento da história é mediano. O filme do início ao meio é muito lento e termina muito rápido e instantaneamente. É muito bom, mas não é o melhor do Almodóvar de longe, grande destaque para a atuação de Carmen Maura, María Barranco e Rossy de Palma que poderiam muito bem fazer um remake de Faster Pussycat Kill Kill Kill!
Uma história muito bonita, apesar da atmosfera fria os personagens tem uma certa profundida não usual da maioria dos filmes gls. Discordo que a atuação dos protagonistas seja um grande destaque, pois mesmo "apaixonados" os atores parecem não ter química alguma ou facilidade de mostrar algum sentimento.
Documentário obrigatório para qualquer fã de música, o filme consolida a imagem de rainha da maior cantora pop de todos os tempos: Madonna. Oscilando entre bastidores e performances ao vivo, Na Cama Com Madonna mostra um novo lado da cantora: uma super-amiga, super-filha e super-pessoa, desmentindo tudo que há na mídia sobre sua antipatia. As 2 horas de filme passam rapidamente já que é realmente interessante, e possui uma ótima fotografia. Na Cama Com Madonna é um dos melhores, se não o melhor, documentário de artista já feito.
Denso e sentimental, “Laurence Anyways” é uma óde ao amor incondicional. O filme além de possuir um roteiro excelente, tem uma fotografia encantadora que só Xavier Dolan consegue realizar, o único pecado do filme é sua longa duração que o torna cansativo para a maioria do público.
Uma história que de início parece clichê mas depois te surpreende, “Miss Tacuarembó” é uma encantadora comédia / musical. Com uma fotografia impecável poderia facilmente se igualar aos famosos musicais Hollywoodianos. Mas diferentemente de uma história especificamente para adolescentes ou adultos, o filme retrata de uma forma universal e livre a história de Natalia, que em busca de um sonho luta contra todas as limitações possíveis. O enredo por vezes parece confuso, já que alterna em três períodos ( infância, adolescência e fase adulta), e este é apenas o pequeno defeito no meio da grande obra de arte que é esse filme. Diferentemente do que se pode pensar ao ler a sinopse, esse filme não é recheado de músicas para entendiar os “não-amantes” de musical. Com composições de Miranda!, “Miss Tacuarembó” se torna mais um êxito e um orgulho da América Latina do que um simples filme que parece moldado para agradar aos norte-americanos.
Não sou fã do gênero, mas tenho que admitir que esse filme prende muito a atenção, só atuações de peso e um enredo fantástico e bem conduzido. Esse filme mostra como não precisa de milhões de efeitos especiais para se fazer um bom suspense.
A Pele de Vênus
4.0 218 Assista AgoraNão tenho palavras para descrever como esse filme é bom! Ele te prende demais e acaba te trazendo para toda a tensão presente nas telas.
Da Vida das Marionetes
4.3 70A única parte que me incomodou foi que de certa forma ratificou o preconceito de que todo homofóbico é um gay enrustido, sei que devo levar em consideração a época em que o filme foi feito, mas temos que lembrar que nessa mesma época existiam muitas obras avant garde que conseguiam tratar da questão de gênero com uma maneira diferente e não carregada do preconceito inerente a época.
Inverno da Alma
3.5 938Como disseram anteriormente, as atuações são ótimas e a fotografia é realmente maravilhosa, mas o roteiro apesar de ser bem desenvolvido não prende e a história é fraquíssima.
Depois de Lúcia
3.8 1,1KO filme é tão bom que consegue te colocar em toda tensão que Alejandra passa.
Ao assistir você começa a se revoltar contra a sociedade machista-moralista que existe, a vítima é tratada como vadia, "é uma vergonha ela ter aceitado ter feito sexo tão cedo", esta sociedade que existe e persiste até os dias de hoje.
Ainda espero uma versão "O Conde de MonteCristo deste filme pra ela se vingar de todos aqueles que a fizeram passar por humilhações, ou que ao menos ela reagisse um pouco mais.
Crô: O Filme
2.1 489 Assista AgoraAinda bem que fui na sessão que só paga 3 reais
Joshua Tree, 1951 - Um Retrato de James Dean
3.2 47"-Alguma vez quis ele só para você?
-Isso seria como beber o oceano inteiro, você se afoga.
-Nunca tive medo de me afogar, o que é pior: afogar ou morrer no esquecimento?"
Fotografia belíssima em um filme que mostra o lado obscuro do já conhecido astro James Dean.
Um Estranho no Lago
3.3 465 Assista AgoraApós assistir a este filme é necessário um momento para digerir a história, que por mais minimalista que possa parecer pode ter trocentas interpretações.
"Um Estranho No Lago" possui todo o ar de Nouvelle Vague com aquela profundidade nos personagens que são muito mais do que a forma que falam ou realizam suas ações. A personalidade está implícita em suas interações, e em frases na entrelinha.
É muito difícil para alguém que não conhece o preconceito do próprio mundo gay com ele mesmo, ou até os famosos "aplicativos de sexo" destinados ao público homossexual, conseguir interpretar de uma forma lógica e coerente. O risco que Henri correu e corre é uma realidade existente em grandes metrópoles. No filme a região do lago é utilizada como metáfora para o "Circuito Gay" (neste caso, mais especificamente o do sexo).
Toda nudez utilizada não está ali por acaso, não é crua, não é essencialmente de uma sexualidade brutal. Mas mesmo assim não é possível assistir a história se desenrolar com uma mentalidade moralista e repressora, homens pelados não podem ser motivo de espanto a um filme (imagine o tanto de filmes que desconsideraríamos bons só por causa de uma nudez!)
A fotografia é minimalista, mas muito bela. O menos foi definitivamente mais, e a simbiose entre os corpos nús e o cenário se torna algo digno de Grécia Antiga.
O problema no filme fica por conta do desenvolvimento (neste caso não sei se foi afetado pelo meu "não gostar de Nouvelle Vague") que é muito lento, parado, não prende e entretém e acaba deixando tudo para o final do filme. E no final tudo se desenvolve de forma embolada, jogada ao público, atirada aos 7 ventos. De qualquer forma, é muito bom a experiência e posso dizer que por mais que estejamos em 2013 este filme é exótico.
O Que Eu Fiz Para Merecer Isto?
3.7 126 Assista AgoraCarmem Maura mostrando porque é uma das queridinhas de Almodóvar <3 atuação impecável!
Susana, Mulher Diabólica
3.8 13Minha primeira experiência com Buñuel, e posso dizer que foi muito bom! O filme me surpreendeu porque foge no quesito desenvolvimento do roteiro. É desenvolvido de forma rápida, dinâmica e ágil.
A história me parece uma grande metáfora, na noite em que o filho do animal morre Susana aparece como se fosse um “demônio” (como Felicia sempre ressalta). Com o desenvolver da história ela faz com que “Jesús” seja expulso de casa e desperta o pior dos moradores que lá habitavam. Ao final quando é presa novamente, Jesús retorna ao trabalho na casa.
Este filme é muito interessante, as atuações são ótimas. Os personagens não são muito desenvolvidos mas o filme em nenhum momento se perde ou deixa de ser claro por causa disto. A fotografia não é muito boa, e possui alguns cortes bruscos de câmera (não sei se é característica de Buñuel já que é o primeiro filme dele que vejo).
The Theatre Bizarre
2.9 50Uns dois curtas bons e só.
Infância Clandestina
4.0 108A película mostra uma maior inteligência ao abordar o período ditatorial se comparada ao Brasil, este parece ter “rabo preso” para falar da repressão, e isto é perceptível durante todo o filme, mas muito diferente do que se possa pensar “A Infância Clandestina” não é filme histórico de guerra, é um drama que tem como pano de fundo.
Talvez o maior problema do filme seja esta romantização, que o transforma em pretensioso e essa pretensiosidade é muito superficial. Creio que é errôneo abordar um sentimento amoroso aos 11 anos, se fosse um homossexual nessa idade diriam que ele não tem idade para escolher. A sexualidade prematura na película o torna forçado e até “norte-americanizado” demais.
A abordagem da Ditadura é o grande acerto de “A Infância Clandestina”, é muito bem reconstituída, as cenas de violência são feitas em forma de HQ’s que o torna de certa forma inovador. O cenário, a música e até a ingenuidade infantil em meio a um período tão repressor é de encher os olhos de lágrimas, além da ótima atuação de TODOS os personagens do filme.
A fotografia é uma das maiores belezas da película, algumas cenas em slow-motion, as cores e os cenários além de bem-fieis mostram de forma crua a realidade de muitos militantes argentinos. Os figurinos são bem verdadeiros e compatíveis com a realidade da época, o que de certa forma tornam o filme bem atrativo.
Em geral, “A Infância Clandestina” é bom, mas poderia ser muito melhor se não fosse toda a pretensiosidade advinda do diretor e do produtor para se tornar um grande sucesso Hollywoodiano, acabou se tornando de certa forma vendido, e até considerado excessivo em alguns aspectos, mas mesmo em meio a tantos tropeços o cinema argentino se mostra quilômetros a frente do brasileiro.
Rainhas
3.8 29O filme é bom, mas peca pela superficialidade no final, parece que foi feito de última hora, poderia ter um maior desenvolvimento dos casais, mas como é comédia, não dá para cobrar tanto.
Vidas Privadas
3.2 12“Vidas Privadas” inicialmente parece ser levado por um forte clima de dramalhão mexicano inexplicado (mesmo sendo argentino), mas com o decorrer da história as tramas e os personagens vão se explicando e revelando-se muito mais complexos do que pareciam a priori.
Carmen, a personagem principal, uma rica empresária que se mudou para Madri retorna a Buenos Aires depois de 20 anos o que traz a tona diversos problemas do passado, e assim revelando suas vulnerabilidades e problemas psíquicos, o que a torna de longe a personagem mais interessante na película.
Em meio a esta solidão que chegou junto com a idade, Carmen procura prazer com garotos de programa mas da forma mais incomum possível e acaba se envolvendo com um (até aí parece clichê), contudo, o envolvimento traz muito mais do que um “amor proibido” e um “drama familiar” trazendo enormes conseqüências e afetando todos os personagens do filme.
Nos aspectos técnicos os únicos possíveis de se elogiar são o figurino, a atuação e a movimentação de câmeras, o filme peca quando se trata de sonoplastia (por momentos dava vontade de deixar no mundo com o instrumental irritante de piano descontrolado) e na fotografia, muitos podem dizer que a fotografia escura foi para dar um clima ainda mais cru e real ao filme, mas ao meu ver foi um enorme erro e tornou o filme “feio’ de se ver.
Por sorte o roteiro complexo compensa qualquer um desses erros, não sei se é por eu ser completamente apaixonado pelo psicológico humano mas “Vidas Privadas” é intrigante de uma forma que o transforma em único. Não há novela, filme ou seriado que se compare e creio que se houvesse outra versão não ia chegar aos pés da obra-prima que é.
Vivendo
4.0 45Um dos filmes mais inteligentes e tocantes que já vi em toda minha (breve) vida. Ele te toca de uma forma em seu inconsciente que te faz refletir sobre todos se sentem, ou podem se sentir de forma semelhante aos personagens. É impossível não se identificar com o drama de luto, que é uma coisa natural, mas o filme consegue sair do clichê pelo seu roteiro bem desenvolvido sem cair em um dramalhão mexicano somado a sua fotografia maravilhosa e belíssima.
As Damas do Bosque de Boulogne
3.8 22 Assista AgoraNão me recordo de como cheguei a este filme mas não me arrependo. A fotografia é muito bonita, encantadora e elegante (não sei se penso isso porque é o primeiro filme francês antigo que eu assisto ou é assim mesmo), sei que me surpreende muito. As atuações são ótimas, mas tenho que destacar o que muita gente esqueceu de ressaltar: OS DIÁLOGOS SÃO MARAVILHOSOS! Parecem ter sido tirados de algum livro da Clarice Lispector ou de alguma outra literatura. Apesar de durar pouco creio que o roteiro foi desenvolvido da forma mais ideal possível, só acho que deveriam dar mais destaque a história da prostituta e ao desenvolvimento do
romance dela com o marido de Heléne
Branca de Neve
4.1 124 Assista AgoraComo as opiniões abaixo, eu também não esperava muita coisa em mais uma adaptação da história dos irmãos Grimm. Mas quando alguém faz um filme mudo em 2012 já é uma grande revolução (assim como aconteceu em "O Artista), somado aos maravilhosos takes de câmera do cinema espanhol e uma fotografia invejável a qualquer filme norte-americano. Blancanieves é uma das mais belas e mais criativas homenagens ao conto batido da Branca de Neve.
Um Caminho Para Dois
4.1 95Atemporal <3
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 553 Assista Agora“Mulheres a beira de um ataque de nervos” possui uma fotografia encantadora e um senso de humor formidável mas o desenvolvimento da história é mediano. O filme do início ao meio é muito lento e termina muito rápido e instantaneamente. É muito bom, mas não é o melhor do Almodóvar de longe, grande destaque para a atuação de Carmen Maura, María Barranco e Rossy de Palma que poderiam muito bem fazer um remake de Faster Pussycat Kill Kill Kill!
Final de Semana
3.9 518 Assista AgoraUma história muito bonita, apesar da atmosfera fria os personagens tem uma certa profundida não usual da maioria dos filmes gls. Discordo que a atuação dos protagonistas seja um grande destaque, pois mesmo "apaixonados" os atores parecem não ter química alguma ou facilidade de mostrar algum sentimento.
Na Cama com Madonna
3.7 152Documentário obrigatório para qualquer fã de música, o filme consolida a imagem de rainha da maior cantora pop de todos os tempos: Madonna. Oscilando entre bastidores e performances ao vivo, Na Cama Com Madonna mostra um novo lado da cantora: uma super-amiga, super-filha e super-pessoa, desmentindo tudo que há na mídia sobre sua antipatia. As 2 horas de filme passam rapidamente já que é realmente interessante, e possui uma ótima fotografia. Na Cama Com Madonna é um dos melhores, se não o melhor, documentário de artista já feito.
Laurence Anyways
4.1 553Denso e sentimental, “Laurence Anyways” é uma óde ao amor incondicional. O filme além de possuir um roteiro excelente, tem uma fotografia encantadora que só Xavier Dolan consegue realizar, o único pecado do filme é sua longa duração que o torna cansativo para a maioria do público.
Miss Tacuarembó
3.9 9Uma história que de início parece clichê mas depois te surpreende, “Miss Tacuarembó” é uma encantadora comédia / musical. Com uma fotografia impecável poderia facilmente se igualar aos famosos musicais Hollywoodianos. Mas diferentemente de uma história especificamente para adolescentes ou adultos, o filme retrata de uma forma universal e livre a história de Natalia, que em busca de um sonho luta contra todas as limitações possíveis.
O enredo por vezes parece confuso, já que alterna em três períodos ( infância, adolescência e fase adulta), e este é apenas o pequeno defeito no meio da grande obra de arte que é esse filme. Diferentemente do que se pode pensar ao ler a sinopse, esse filme não é recheado de músicas para entendiar os “não-amantes” de musical. Com composições de Miranda!, “Miss Tacuarembó” se torna mais um êxito e um orgulho da América Latina do que um simples filme que parece moldado para agradar aos norte-americanos.
Um Clarão nas Trevas
4.2 186Não sou fã do gênero, mas tenho que admitir que esse filme prende muito a atenção, só atuações de peso e um enredo fantástico e bem conduzido. Esse filme mostra como não precisa de milhões de efeitos especiais para se fazer um bom suspense.
Um Caminho Para Dois
4.1 95Você se apaixona lentamente pelos protagonistas, um filme bem "água com açúcar", mas ao mesmo tempo divertido