Cansativo. O visual Nosferatu do Murnau que tomou RedBull e ganhou asas até que é interessante, mas o roteiro é raso e o final é previsível, mesmo para quem não leu "Drácula", porque a cena de abertura já entrega o resultado dessa viagem. Destaque:
Eu jurava que já tinha visto esse documentário, mas ao decidir revê-lo, percebi que havia me enganado: o que eu vi era "Titanic: 20 anos depois", também conduzido pelo James Cameron, e mais focado em comparar os fatos históricos reais com os apresentados no filme dele. Já neste "Fantasmas do Abismo" ele deixa o filme de lado e abraça a paixão pelo Titanic verdadeiro, através das repetidas incursões feitas aos destroços do navio em 2001. E, por falar em anos 2000, não dá para não notar a diferença entre os submersíveis da época e as latas de Red Bull bancadas por bilionários atualmente. Não me refiro apenas à parte física, que era bem mais robusta, mas a todo o suporte para comunicação e assistência, com equipes de prontidão o tempo todo. Mesmo assim, entrar nesses troços é de dar medo e fazer pensar duas vezes, por isso me identifiquei totalmente com o Bill Paxton ansioso perguntando "Que barulho é esse? É normal? Isso é oxigênio? Quanto ainda tem? O que a gente faz numa emergência? Preciso mijar, vire pra lá."
"Moro numa cobertura de luxo com meu amante genérico do Peter Facinelli, que não marca muita presença, mas me deixa liberar o brioco geral pros meus chegados; só que agora eu me apaixonei por um outro genérico do Ryan Goslin e ele também tem namorado, e eu não sei lidar com esse quadrado amoroso."
Tive que dividir em duas prestações para poder ver completo, e o esforço não valeu a pena: além de ser longo demais, o casal protagonista impossibilita qualquer tentativa de empatia, porque são detestavelmente sonsos e egoístas. A única cena que eu gostei foi a do
Ano Novo em que a merda toda vem à tona pra cima do Mark, que é flagrado, desmascarado e surrado pelo namorado do Warren durante a festa na frente de todo mundo.
Forte crítica social, clima tenso, zumbis assustadores e vorazes à moda antiga, cenas sangrentas com ótimos efeitos práticos e um bando de mercenários fodões especialistas em massacrar a zumbizada. Estou falando de "Terra dos mortos", do mestre Romero. Já este projeto do Snyder... o que tem de megalomaníaco tem de vazio.
Tão ruim que depois de assistir eu pesquisei para saber se o Romero perdeu uma aposta ou tinha uma dívida de jogo e aí teve que rodar essa porcaria. É de um amadorismo inacreditável para ter saído da mesma mente brilhante que fez "A noite dos mortos-vivos". Péssimo: Pior ainda que o lixo megalomaníaco "Army of the dead", do Snyder.
sacaneou ao usar "filtro preto e branco" justamente na cena mais sangrenta: a luta da Noiva contra "os 88". Que coisa linda seria ver todas aquelas mutilações em cores vibrantes! Afinal, quando a cor retorna dá para notar que ele não economizou suco de tomate no cenário e nos figurinos.
No mais, é uma produção deliciosamente ágil e divertida, com boas reviravoltas e ótimas sequências de ação com aquela violência estilizada que é marca registrada do Tarantino. Uma Thurman está impecável como protagonista, mas aqui eu só tive olhos para a Lucy Liu: essa mulher ultrapassa qualquer padrão de beleza neste filme.
Eu acho que os filmes de terror convencionais estão tão saturados de mesmice que quando um decide mudar qualquer detalhe da “fórmula” gera um hype absurdo. É o caso deste aqui, que tem youtuber ovacionando como “filmaço” e “cinema autoral”, como se ser produzido pela A24 elevasse o Ti West ao nível do Ari Aster ou do Robert Eggers. OK, faz uma homenagem (nada sutil, por sinal) ao “Massacre da serra elétrica” (turma de idiotas viajando de van pelo Texas dos anos 70) e até subverte o clichê do “quem-trepa-morre”, mas é só isso. É um puta exagero, por exemplo, dizer que os primeiros 2/3 do filme são de “preparação de atmosfera” ou “construção de personagens”: é só encheção de linguiça mesmo. Como slasher, tem bons momentos, com cenas violentas bem sangrentas, mas como eu disse, elas só ocorrem de fato no terceiro ato. Até lá, é um desfile de put@ria (afinal, é o “tema”) e situações imbecis como
jump scares, cenas desnecessárias (o “quase” ataque do jacaré no banho) personagens se separando no meio da noite (um deles descalço e seminu) ou gritando escandalosamente quando deveria estar calada para não chamar atenção.
Enfim, para quem curte o gênero é um exemplar válido, mas para quem estiver se iludindo com a promessa de melhor filme de terror do ano, é melhor diminuir as expectativas.
Não decepciona, mas pelo hype eu esperava muito mais, especialmente do vilão principal. Como os vilões do Batman geralmente não têm superpoderes, eu acho legal manter certo mistério sobre as obsessões e psicoses deles. Então, ver o Charada
explicando suas motivações com discurso coitadista sobre injustiça social foi bem pé no saco.
Sobre a duração, compartilho da opinião de que é exagerada e acaba gerando momentos cansativos, mas por outro lado possibilita que a gente capte muitas referências das HQs, que vão desde enquadramentos e o filtro vermelho até menções do roteiro. Algumas influências: “Ano Zero”, “Ano Um”, “O longo Dia das Bruxas”, “Vitória sombria”, “Cataclismo” e “Terra de ninguém”. Quanto ao protagonista, Pattinson está muito bem no modo emo gótico, e minha única queixa é com o design do uniforme, especificamente da máscara: não gostei da posição das orelhas quase atrás da cabeça porque isso deixou a testa dele muito grande e estufada (parece que tem até uma costura ali, meio "monstro de Frankenstein"). Com uma testa de touro dessas, o Batman não precisa usar os punhos: com uma cabeçada derruba as portas da boate do Pinguim fácil, fácil.
Se em "Shrek Terceiro" a franquia do verdão já demonstrava sinais de cansaço criativo, aqui ela pediu arrego de vez. Esta "parte final" é bem esquecível e sem graça. Faltou criatividade sobretudo na concepção do vilão, que parece um remendo de Farquaad (por ser um nanico ganancioso) com a Fada Madrinha (por usar trapaças mágicas para usurpar um reino). O melhor personagem aqui é o ogro cozinheiro.
OK, a miniatura do Chris Evans ficou uma gracinha, mas eles poderiam ter economizado CG se escalassem o Scott Eastwood para ser o Capitão antes das vitaminas.
Assim como o superestimado "Gravidade", os únicos méritos deste filme estão na fotografia espacial belíssima e nos efeitos visuais exuberantes. Quanto à história, achei a mais absurda das produções do Emmerich, tanto na ameaça em si quanto no drama insosso do personagem do Patrick Wilson, xerocado descaradamente do John Cusack em "2012":
No meu caso, a satisfação de ver esse filme se justificou apenas pela presença da turma de "Sense8" reunida novamente: achei emocionante rever Daniela, Will, Wolfgang, Capheus II, Rajan, Zakia e Amanita trabalhando juntos sob a asa da mamãe Wachowski. Pena que o filme em si não faz jus à participação desse elenco maravilhoso e nem ao hype dos trailers. Até o discurso metalinguístico soa forçado e um tanto datado, devido ao longo intervalo de quase vinte anos desde o último filme da (até então) trilogia.
Por ser um filme independente, até que me surpreendeu. O sr. Zach Salazar se esforçou bastante para produzir, escrever, dirigir e editar isso sozinho. Achei bem melhor do que aquela série horrível da MTV. A história e os personagens são rasos, não tem a metalinguagem da franquia original com piadas sobre os clichês do terror, e o assassino da vez é totalmente óbvio. Mesmo assim, é bem filmado e editado, tem umas cenas sangrentas legais e, o melhor de tudo, é bem curto: menos de 63 minutos; praticamente a duração de um episódio de série.
Jay Oliva fez falta na direção. Gostei do traço e da produção como um todo, mas ela tem o mesmo problema da recente animação de Mortal Kombat "A Batalha dos Reinos": é tudo muito corrido, especialmente na segunda metade. E, considerando
, fiquei confuso sobre o futuro das animações da DC de agora em diante: nos jogos e nos quadrinhos, "Injustice" é uma história alternativa, mas as animações da Warner têm mantido uma noção de continuidade ou de paralelismo entre as histórias. Então, nas próximas animações
não haverá mais Flash, Arqueiro Verde, Cyborg e Asa Noturna (vivo), por exemplo, ou vão mexer no multiverso e/ou nas linhas temporais novamente, como em "Ponto de Ignição"
Sabe aquele filme que no começo você acha que não vale nem um caju chupado, mas que acaba se revelando uma ótima surpresa? No meu caso, foi este filme aqui. Mesmo tendo um orçamento perceptivelmente limitado, souberam criar e (o mais importante) manter a atmosfera de medo e tensão constante ao longo de praticamente todo o filme. As cenas do Diego preso no necrotério “vazio” são um pesadelo claustrofóbico de causar inveja a Hollywood. Tem uma cena em particular, envolvendo um certo vulto e uma lanterna, que é de arrepiar até os cabelos da região onde as costas mudam de nome. Só não é melhor por causa do final; não chega a estragar o filme, mas é realmente decepcionante ver um desfecho tão moralista com
o malandro sendo finalmente punido pelo fantasma do cara que ele matou.
Até aparece uma frase na tela ao estilo "moral da história" alertando sobre colher os frutos dos seus atos. Merecia um final mais subversivo e radical, tipo
ele enlouquecendo enquanto estava preso ou se suicidando para se livrar do tormento daquelas assombrações.
Seja como for, acho essa nota do Filmow injusta. É um filme bem melhor do que muita coisa produzida com orçamentos americanos de luxo, como o recente "Cadáver", que tem plot similar.
Até que é um filme interessante. A sinopse não entrega muito, e pelo pôster e a classificação que inclui comédia, pensei que era uma produção de humor negro, talvez algo como "Mutilados" (Severance), mas não é bem assim. Na verdade, é daqueles filmes que se dividem em duas partes muito distintas, conectadas por um elo de drama. O trailer mesmo evidencia isso. A primeira metade é mais voltada para a comédia mesmo, com um humor politicamente incorreto. Daí, na segunda metade, acontece uma reviravolta e o filme se transforma numa história de vingança por um ato machista. Com certeza não vai entrar nas grandes listas de filmes de vingança, mas para quem curte o gênero vale a conferida. A tensão no terceiro ato é muito bem contruída, John Pollono (que escreveu, dirigiu e atuou) encarna um protagonista crível e o filme tem bons momentos gore, como uma cena de assassinato, esquartejamento e descarte de um personagem.
Nojento, grotesco e extravagante... ou seja, Cronenberg em sua melhor forma. A princípio, parece ser um filme sobre snuff movies, e esse primeiro ato é um tanto arrastado, mas a partir do segundo a trama ganha um novo fôlego quando a temática se revela ainda mais macabra do que a aparentemente proposta no início. A ideia de uma grande conspiração purista para punir quem produz e consome conteúdos audiovisuais ultraviolentos e/ou pornográficos foi muito inteligente e ácida, especialmente levando em conta a época do lançamento (início dos anos 80), quando eram justamente esses conteúdos que impulsionavam o mercado de vídeo. Destaque para as sequências surreais e alucinógenas proporcionadas pelos excelentes efeitos visuais "cronenberguianos" gosmentos e maleáveis. Com certeza merece ser revisto, e eu já o elegi entre os meus preferidos do cineasta, junto com “A Mosca” e “EXistenZ”.
Frankenhooker: Que Pedaço de Mulher
3.4 74"Pobres criaturas" é o caráleo: quem precisa de Lanthimos quando tem Henenlotter?
O tique da boca torta da "criatura" é hilário.
Drácula: A Última Viagem do Deméter
2.9 229 Assista AgoraCansativo. O visual Nosferatu do Murnau que tomou RedBull e ganhou asas até que é interessante, mas o roteiro é raso e o final é previsível, mesmo para quem não leu "Drácula", porque a cena de abertura já entrega o resultado dessa viagem.
Destaque:
a cena do personagem infectado sendo queimado pelo sol no mastro do navio.
Megatubarão 2
2.3 275 Assista AgoraEu torci pelo polvo.
The Rocky Horror Picture Show
4.1 1,3K Assista AgoraQuero um remake desse filme com o Alexander Skarsgård no papel do Rocky!
Vermelho, Branco e Sangue Azul
3.6 293 Assista AgoraO filme está classificado aqui no Filmow como sendo dos gêneros comédia, romance e FAMÍLIA, mas com certeza não é a família tradicional brasileira.
Fantasmas do Abismo
3.6 54Eu jurava que já tinha visto esse documentário, mas ao decidir revê-lo, percebi que havia me enganado: o que eu vi era "Titanic: 20 anos depois", também conduzido pelo James Cameron, e mais focado em comparar os fatos históricos reais com os apresentados no filme dele.
Já neste "Fantasmas do Abismo" ele deixa o filme de lado e abraça a paixão pelo Titanic verdadeiro, através das repetidas incursões feitas aos destroços do navio em 2001. E, por falar em anos 2000, não dá para não notar a diferença entre os submersíveis da época e as latas de Red Bull bancadas por bilionários atualmente. Não me refiro apenas à parte física, que era bem mais robusta, mas a todo o suporte para comunicação e assistência, com equipes de prontidão o tempo todo.
Mesmo assim, entrar nesses troços é de dar medo e fazer pensar duas vezes, por isso me identifiquei totalmente com o Bill Paxton ansioso perguntando "Que barulho é esse? É normal? Isso é oxigênio? Quanto ainda tem? O que a gente faz numa emergência? Preciso mijar, vire pra lá."
Ao Seu Lado
3.0 72 Assista AgoraQue draminha besta, hein?
"Moro numa cobertura de luxo com meu amante genérico do Peter Facinelli, que não marca muita presença, mas me deixa liberar o brioco geral pros meus chegados; só que agora eu me apaixonei por um outro genérico do Ryan Goslin e ele também tem namorado, e eu não sei lidar com esse quadrado amoroso."
Tive que dividir em duas prestações para poder ver completo, e o esforço não valeu a pena: além de ser longo demais, o casal protagonista impossibilita qualquer tentativa de empatia, porque são detestavelmente sonsos e egoístas. A única cena que eu gostei foi
a do
Ano Novo em que a merda toda vem à tona pra cima do Mark, que é flagrado, desmascarado e surrado pelo namorado do Warren durante a festa na frente de todo mundo.
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 954Forte crítica social, clima tenso, zumbis assustadores e vorazes à moda antiga, cenas sangrentas com ótimos efeitos práticos e um bando de mercenários fodões especialistas em massacrar a zumbizada. Estou falando de "Terra dos mortos", do mestre Romero.
Já este projeto do Snyder... o que tem de megalomaníaco tem de vazio.
O Homem do Norte
3.7 931 Assista AgoraShakespeare + Mitologia nórdica? Curti!
A Ilha dos Mortos
2.2 346Tão ruim que depois de assistir eu pesquisei para saber se o Romero perdeu uma aposta ou tinha uma dívida de jogo e aí teve que rodar essa porcaria. É de um amadorismo inacreditável para ter saído da mesma mente brilhante que fez "A noite dos mortos-vivos". Péssimo: Pior ainda que o lixo megalomaníaco "Army of the dead", do Snyder.
Madrugada dos Mortos
3.5 1,4K Assista AgoraSaudades da época em que o Snyder ainda não sabia da existência do slow motion e nem era viciado no comodismo preguiçoso do chroma key.
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraPara mim este filme é quase perfeito. Digo "quase" porque achei que o Tarantino
sacaneou ao usar "filtro preto e branco" justamente na cena mais sangrenta: a luta da Noiva contra "os 88". Que coisa linda seria ver todas aquelas mutilações em cores vibrantes! Afinal, quando a cor retorna dá para notar que ele não economizou suco de tomate no cenário e nos figurinos.
No mais, é uma produção deliciosamente ágil e divertida, com boas reviravoltas e ótimas sequências de ação com aquela violência estilizada que é marca registrada do Tarantino.
Uma Thurman está impecável como protagonista, mas aqui eu só tive olhos para a Lucy Liu: essa mulher ultrapassa qualquer padrão de beleza neste filme.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraEu acho que os filmes de terror convencionais estão tão saturados de mesmice que quando um decide mudar qualquer detalhe da “fórmula” gera um hype absurdo. É o caso deste aqui, que tem youtuber ovacionando como “filmaço” e “cinema autoral”, como se ser produzido pela A24 elevasse o Ti West ao nível do Ari Aster ou do Robert Eggers.
OK, faz uma homenagem (nada sutil, por sinal) ao “Massacre da serra elétrica” (turma de idiotas viajando de van pelo Texas dos anos 70) e até subverte o clichê do “quem-trepa-morre”, mas é só isso. É um puta exagero, por exemplo, dizer que os primeiros 2/3 do filme são de “preparação de atmosfera” ou “construção de personagens”: é só encheção de linguiça mesmo. Como slasher, tem bons momentos, com cenas violentas bem sangrentas, mas como eu disse, elas só ocorrem de fato no terceiro ato. Até lá, é um desfile de put@ria (afinal, é o “tema”) e situações imbecis como
jump scares, cenas desnecessárias (o “quase” ataque do jacaré no banho) personagens se separando no meio da noite (um deles descalço e seminu) ou gritando escandalosamente quando deveria estar calada para não chamar atenção.
Enfim, para quem curte o gênero é um exemplar válido, mas para quem estiver se iludindo com a promessa de melhor filme de terror do ano, é melhor diminuir as expectativas.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraNão decepciona, mas pelo hype eu esperava muito mais, especialmente do vilão principal. Como os vilões do Batman geralmente não têm superpoderes, eu acho legal manter certo mistério sobre as obsessões e psicoses deles. Então, ver o Charada
explicando suas motivações com discurso coitadista sobre injustiça social foi bem pé no saco.
Sobre a duração, compartilho da opinião de que é exagerada e acaba gerando momentos cansativos, mas por outro lado possibilita que a gente capte muitas referências das HQs, que vão desde enquadramentos e o filtro vermelho até menções do roteiro. Algumas influências: “Ano Zero”, “Ano Um”, “O longo Dia das Bruxas”, “Vitória sombria”, “Cataclismo” e “Terra de ninguém”.
Quanto ao protagonista, Pattinson está muito bem no modo emo gótico, e minha única queixa é com o design do uniforme, especificamente da máscara: não gostei da posição das orelhas quase atrás da cabeça porque isso deixou a testa dele muito grande e estufada (parece que tem até uma costura ali, meio "monstro de Frankenstein"). Com uma testa de touro dessas, o Batman não precisa usar os punhos: com uma cabeçada derruba as portas da boate do Pinguim fácil, fácil.
Shrek Para Sempre
3.4 1,3K Assista AgoraSe em "Shrek Terceiro" a franquia do verdão já demonstrava sinais de cansaço criativo, aqui ela pediu arrego de vez. Esta "parte final" é bem esquecível e sem graça. Faltou criatividade sobretudo na concepção do vilão, que parece um remendo de Farquaad (por ser um nanico ganancioso) com a Fada Madrinha (por usar trapaças mágicas para usurpar um reino).
O melhor personagem aqui é o ogro cozinheiro.
Capitão América: O Primeiro Vingador
3.5 3,1K Assista AgoraOK, a miniatura do Chris Evans ficou uma gracinha, mas eles poderiam ter economizado CG se escalassem o Scott Eastwood para ser o Capitão antes das vitaminas.
Moonfall: Ameaça Lunar
2.4 548 Assista AgoraDos mesmos produtores da Terra plana:
a Lua mecânica construída por alienígenas.
Assim como o superestimado "Gravidade", os únicos méritos deste filme estão na fotografia espacial belíssima e nos efeitos visuais exuberantes.
Quanto à história, achei a mais absurda das produções do Emmerich, tanto na ameaça em si quanto no drama insosso do personagem do Patrick Wilson, xerocado descaradamente do John Cusack em "2012":
homem fracassado com um filho problemático e uma ex-esposa que está com um novo marido mauricinho que morre no final.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraNo meu caso, a satisfação de ver esse filme se justificou apenas pela presença da turma de "Sense8" reunida novamente: achei emocionante rever Daniela, Will, Wolfgang, Capheus II, Rajan, Zakia e Amanita trabalhando juntos sob a asa da mamãe Wachowski. Pena que o filme em si não faz jus à participação desse elenco maravilhoso e nem ao hype dos trailers. Até o discurso metalinguístico soa forçado e um tanto datado, devido ao longo intervalo de quase vinte anos desde o último filme da (até então) trilogia.
Scream: Legacy
2.8 8Por ser um filme independente, até que me surpreendeu. O sr. Zach Salazar se esforçou bastante para produzir, escrever, dirigir e editar isso sozinho. Achei bem melhor do que aquela série horrível da MTV. A história e os personagens são rasos, não tem a metalinguagem da franquia original com piadas sobre os clichês do terror, e o assassino da vez é totalmente óbvio. Mesmo assim, é bem filmado e editado, tem umas cenas sangrentas legais e, o melhor de tudo, é bem curto: menos de 63 minutos; praticamente a duração de um episódio de série.
Sempre ao Seu Lado
4.3 4,1K Assista AgoraSe juntar com "Marley & Eu", está formada a dupla do alto-astral ideal para curar momentos de depressão ou de luto. Só que não.
Injustiça: Deuses Entre Nós
3.0 134Jay Oliva fez falta na direção. Gostei do traço e da produção como um todo, mas ela tem o mesmo problema da recente animação de Mortal Kombat "A Batalha dos Reinos": é tudo muito corrido, especialmente na segunda metade. E, considerando
a quantidade de heróis mortos
não haverá mais Flash, Arqueiro Verde, Cyborg e Asa Noturna (vivo), por exemplo, ou vão mexer no multiverso e/ou nas linhas temporais novamente, como em "Ponto de Ignição"
Necrotério
2.7 39 Assista AgoraSabe aquele filme que no começo você acha que não vale nem um caju chupado, mas que acaba se revelando uma ótima surpresa? No meu caso, foi este filme aqui.
Mesmo tendo um orçamento perceptivelmente limitado, souberam criar e (o mais importante) manter a atmosfera de medo e tensão constante ao longo de praticamente todo o filme.
As cenas do Diego preso no necrotério “vazio” são um pesadelo claustrofóbico de causar inveja a Hollywood. Tem uma cena em particular, envolvendo um certo vulto e uma lanterna, que é de arrepiar até os cabelos da região onde as costas mudam de nome.
Só não é melhor por causa do final; não chega a estragar o filme, mas é realmente decepcionante ver um desfecho tão moralista com
o malandro sendo finalmente punido pelo fantasma do cara que ele matou.
Merecia um final mais subversivo e radical, tipo
ele enlouquecendo enquanto estava preso ou se suicidando para se livrar do tormento daquelas assombrações.
Seja como for, acho essa nota do Filmow injusta. É um filme bem melhor do que muita coisa produzida com orçamentos americanos de luxo, como o recente "Cadáver", que tem plot similar.
Reparação
3.1 21 Assista AgoraAté que é um filme interessante. A sinopse não entrega muito, e pelo pôster e a classificação que inclui comédia, pensei que era uma produção de humor negro, talvez algo como "Mutilados" (Severance), mas não é bem assim. Na verdade, é daqueles filmes que se dividem em duas partes muito distintas, conectadas por um elo de drama. O trailer mesmo evidencia isso. A primeira metade é mais voltada para a comédia mesmo, com um humor politicamente incorreto. Daí, na segunda metade, acontece uma reviravolta e o filme se transforma numa história de vingança por um ato machista.
Com certeza não vai entrar nas grandes listas de filmes de vingança, mas para quem curte o gênero vale a conferida. A tensão no terceiro ato é muito bem contruída, John Pollono (que escreveu, dirigiu e atuou) encarna um protagonista crível e o filme tem bons momentos gore, como uma cena de assassinato, esquartejamento e descarte de um personagem.
Videodrome: A Síndrome do Vídeo
3.7 545 Assista AgoraNojento, grotesco e extravagante... ou seja, Cronenberg em sua melhor forma.
A princípio, parece ser um filme sobre snuff movies, e esse primeiro ato é um tanto arrastado, mas a partir do segundo a trama ganha um novo fôlego quando a temática se revela ainda mais macabra do que a aparentemente proposta no início.
A ideia de uma grande conspiração purista para punir quem produz e consome conteúdos audiovisuais ultraviolentos e/ou pornográficos foi muito inteligente e ácida, especialmente levando em conta a época do lançamento (início dos anos 80), quando eram justamente esses conteúdos que impulsionavam o mercado de vídeo.
Destaque para as sequências surreais e alucinógenas proporcionadas pelos excelentes efeitos visuais "cronenberguianos" gosmentos e maleáveis.
Com certeza merece ser revisto, e eu já o elegi entre os meus preferidos do cineasta, junto com “A Mosca” e “EXistenZ”.