Pela história e pelos personagens este filme não vale um figo seco, a menos que quem assiste seja muito fã desse gênero slasher e não se incomode com a fórmula extremamente clichê dele. O roteiro não tem furos: tem crateras, e isso atrapalha que se tenha um pingo de empatia pelas vítimas ou medo do vilão. Aliás, esse filme tem um dos finais mais patéticos que já vi; faltou uma justificativa sobre as motivações do assassino e no fim tentaram dar uma espécie de "quase-explicação" totalmente ridícula.
Não basta ele ter "evaporado" em questão de segundos depois de ser esfaqueado (parece até que ele tem os poderes do Jason!), ainda somos obrigados a crer que ele é um pai dedicado que sai nas noites de Halloween para matar uns adolescentes imbecis; mas, com que propósito? Para colecionar máscaras?!
Porém, nem tudo está perdido; surpreendeu-me a qualidade da fotografia e da direção de arte; realmente tive alguns sustos, não por causa do assassino patético, mas sim devido à ambientação sombria onde imprevisivelmente saltava um boneco ou um ator maquiado perseguindo os frequentadores do parque. Além disso, a maquiagem e a edição até que são razoáveis; duas cenas de morte, em especial, ficaram muito bem feitas:
Gente reclamando que este filme é esquerdista e "demoniza os militares"... daqui a pouco vão dizer que Graciliano Ramos mentiu, que na verdade ele e os demais prisioneiros foram tratados a pão-de-ló.
... E o pôster ainda traz descaradamente o elogio de um crítico alto nível: "dirigido impecavelmente." Como dizem nas novelas: quem não te conhece que te compre!
Não li o livro, então, como muitos desinformados por aqui, eu esperava que este filme seguisse o estilo de terror psicológico da série da Netflix "A maldição da residência Hill" ou do livro "A volta do parafuso", o que não foi o caso. Apesar da atmosfera sombria e pessimista, e da suposta "presença" na típica mansão isolada, para mim a história é mais um drama com ambientação gótica. Não achei chato nem cansativo, só não gostei do médico; não sei se o problema foi a escolha de Domhnall Gleeson para o papel, ou se o personagem era apático e inexpressivo daquele jeito no livro também, mas me pareceu que ele passou o filme todo atuando no modo zumbi.
Eu esperava mais originalidade desse filme, depois dos elogios que ouvi a respeito. Para mim ele bem poderia se chamar "A british film", porque me pareceu uma cópia de "A serbian film", substituindo apenas o tema, mas mantendo a mesma fórmula. Família com problemas financeiros, confere. Pai, mãe, filho único pequeno, confere. O marido decide voltar à ativa, para um trabalho moralmente condenável, no qual ele era muito bom, confere. Ele se envolve com um grupo da pesada e quando tenta desistir do negócio, percebe que é impossível, confere. Me pareceu tão previsível que
eu fiquei pensando: Por favor, deuses do roteiro criativo, não permitam que o cara mate o filho e a mulher no final, "sem saber". Tsc, tsc, tsc. Não deu outra.
Lembra uma mistura de "Despertar dos mortos" com "A Dança da Morte", só que bem menos pretensiosa (e isso é o acerto do filme, porque se tentasse se levar a sério, seria um fiasco). Como mais um exemplar do trash oitentista, com aquela trilha sonora marcante e cenas e diálogos divertidos, com o bônus de uma ótima fotografia "pós-apocalíptica" avermelhada, não decepciona.
Jason Statham no papel de Aquaman careca, se jogando na água a cada cinco minutos para salvar o mundo, até que dá para engolir, mas o que é intragável e inverossímil (além do tubarão monstruoso, claro) é aquele monte de personagens altruístas: se a situação fica feia logo aparece um mártir para se sacrificar pelo bem geral da família, da nação e do planeta. Cada vez que um personagem tinha essa atitude eu ficava esperando ele dizer "God save the Queen", para suas mortes serem genuinamente heroicas. Pena que esse mantra é dos ingleses, não dos americanos.
É difícil aceitar que o Joel Schumacher responsável por este que é um dos melhores e mais populares filmes de vampiro já produzidos seja o mesmo sujeito que realizou aquelas duas atrocidades execráveis com o Batman. Parece que ele só se dá bem com os "homens-morcego" literais, não os justiceiros fantasiados.
Considerando que é um filme da Netflix, até que é uma produção razoável. Lembrou-me um cruzamento de "Colheita maldita" com "As ruínas"; é sombrio e na segunda metade se torna satisfatoriamente sangrento para quem curte um gore. Só achei desnecessariamente longo (poderiam tirar de vinte minutos a meia hora da duração), além de ter uma trama secundária de casalzinho adolescente meloso insuportável que, se era para ter aquele desfecho grotesco, era melhor ter sido excluída do roteiro. Deixaria o desenrolar da história bem mais focado.
Vou deixar este filme sem nota porque sinceramente eu não sei dizer se ele é bom ou ruim. Explico: gostei muito dos aspectos técnicos (fotografia, trilha sonora, efeitos visuais na concepção dos "monstros"), mas o roteiro e as atuações (principalmente a do ator de mesmo nome que interpreta Max) não me convenceram nem um pouco. A história me lembrou vagamente "As aventuras de Pi", devido ao tom alegórico, mas achei bem inferior ao filme de Ang Lee. Quanto ao protgonista, eu não posso dizer se o ator não deu conta do papel ou se o Max é apático e insensível daquele jeito mesmo; o fato é que não senti nenhuma empatia por ele. Na verdade, justiça seja feita, não gostei de quase nenhum personagem; a única exceção foi o "Bode" Alexander, que eu achei realmente adorável e lamentei que ele recebesse tão pouca atenção; cada vez que ele aparecia me dava vontade de botá-lo no colo! Por mim, bem poderia haver um filme solo dele; eu ia adorar!
O Alexander Skarsgård em breve vai estar com escoliose, de tanto carregar nas costas essas bombas da Netflix: primeiro, "Mute" e agora esse; não sei qual é menos ruim.
Suponho que a intenção deste "Hold the dark" era causar apreensão e tensão, mas não pude deixar de rir nas cenas com Skarsgård usando a máscara e tocando o terror com facas, arcos e flechas, bem ao estilo Jason no remake de "Sexta-feira 13". Como se não bastasse, ainda tem uma cena com um outro personagem mandando bala numa sequência extremamente longa e maçante, que parece ter sido inspirada no desembarque na Normandia retratado no início de "O resgate do soldado Ryan".
Em resumo: é enfadonho, arrastado, longo e, o pior de tudo, pretensioso em sua narrativa supostamente complexa. Minha nota é pela fotografia.
A princípio eu tive medo de que este filme fosse tão pretensioso, do tipo "sou cult, tenho um drama familiar com fotografia escura" quanto "Ao cair da noite" (que considero o filme mais superestimado do gênero deste ano). Porém, respirei aliviado quando este "Hereditário" terminou: achei tão bom quanto "A Bruxa". Toni Collette está incrível, atuação inspiradíssima. Só achei o final um tanto confuso e abrupto, mas nada que precise de um perito para entender. De modo geral, é um trabalho muito promissor de Ari Aster e dá vontade de ficar de olho nos próximos projetos dele. Aguardemos!
Minha nota é pela trilha sonora, porque o filme em si não vale um figo seco. Com um roteiro que não tem furos, e sim crateras, junto com um elenco que parece formado por sobras daquelas séries bobas da CW (exceto o vilão: esse parece ter acabado de gravar um comercial de Prestobarba), esse filme é uma bomba total, mais preocupado em mostrar rostinhos bonitos do que contar uma história minimamente plausível. Não há nenhum mistério ou tensão em torno das motivações do assassino; é tudo extremamente superficial e explícito, atirado mastigado para que o espectador não precise pensar. A ideia de um assassino de cara limpa, isto é, sem máscara, até seria interessante se, apesar disso o roteiro conseguisse criar algum suspense sobre ele, o que não é o caso. Basicamente ele se resume a ficar de tocaia escondido, esperando sua "amada"; enquanto ela não vem, ele mata quem aparece. Aparece alguém, leva facada; vem outro, mais uma facada; o próximo, facada de novo... e assim incansavelmente. Ou melhor, "incansável" para o assassino, porque quem assiste fica de saco cheio rapidinho com a monotonia do modus operandi dele. Não tem variação nas mortes (a não ser uma em que ele asfixia uma vítima e olhe lá) e o sangue é risível: um pingo de molho de tomate aqui e ali, tudo muito higiênico. Mas o pior de tudo é aquela protagonista que só sabe se espantar com a própria sombra e com o velho clichê do reflexo que aparece no espelho.
É um filme interessante para quem gosta da temática (meu caso), mas a duração excessiva de quase 2 horas e 15 minutos compromete o ritmo e o entusiasmo de acompanhá-lo; o começo, por sinal, é bem arrastado. A meu ver, um corte de meia hora na duração dele tornaria o resultado mais ágil bem mais palatável.
Fiquei surpreso por ainda não conhecer este filme; assistindo agora, me surpreendeu bastante. Achei muito "charmoso", com todos os elementos do velho terror que eu adoro: mansão assustadora numa floresta no meio do nada, anfitriões misteriosos, noite chuvosa, bonecas assustadoras, segredo macabro: ótima combinação! O fato de ele ser curtinho, com menos de 1 hora e 18 minutos faz ele ser ainda mais divertido porque não fica enrolando. Claro, tem aqueles personagens detestáveis que merecem morrer (madrasta má, pai tapado, meninas delinquentes), mas em compensação tem um adulto adorável. É uma pena que este filme tenha caído no esquecimento; merecia um remake: pelo menos atrairia a atenção para o original.
Este é um dos poucos filmes de terror/suspense em que o policial chega na hora certa (um deles, pelo menos). Na maioria dos casos eles são extremamente estúpidos e ficam só dando tempo e oportunidade para serem massacrados. É para louvar Pascal Laugier de pé.
Para mim os filmes de assombração do James Wan já deram o que tinham que dar e agora estão no modo automático: família é atormentada por uma entidade maligna, chama os caça-fantasmas, tem uns sustos aqui e ali... The End. É assim nos dois "Invocação do mal" e é assim nesses filmes da franquia "Sobrenatural": mais do mesmo. Só que para "diferenciá-los", ele teve a péssima ideia de introduzir nesta franquia uma dupla de ajudantes paranormais paspalhos para servir apenas de alívio cômico.
Eu sou fã dessa franquia, mas isso não significa ser cego, de modo que achei este filme quase tão fraco quanto aquela atrocidade que foi o 3º. A nota que eu dou é basicamente pelas cenas de ação, pelos efeitos visuais e sonoros... e pela Blue! O que mais me irrita em filmes de ação, aventura ou terror, e que este filme faz demais, infelizmente, é aquela sucessão de situações forçadas e repetitivas de perigo do tipo "salvo por um triz":
[/spoiler] a menina está prestes a ser atacada por um dinossauro, a porta do elevador trava, tudo parece perdido... mas no último segundo ela consegue fechar a porta; depois o dinossauro invade o quarto dela e no exato momento em que vai atacá-la na cama, Owen aparece para salvá-la; Owen está dopado, prestes a ser queimado pela lava, mas no último instante consegue se safar; em outro momento, ele está encurralado por um dinossauro e quase é atacado, mas no último segundo Blue chega para salvar o dia. [spoiler]
No começo são momentos emocionantes, sem dúvida, mas de tão repetitivos (além de improváveis, claro), acabam ficando cansativos. Isso sem falar na estupidez de personagens que ficam "admirando" os dinossauros quando eles aparecem, e só se lembram de fugir quando é tarde demais (na cena de abertura e no desfecho do vilão, por exemplo). Os rumos da trama também não me convenceram. Tanto essa preocupação toda em salvar os dinossauros (incluindo os predadores em potencial que podem dizimar a raça humana) quanto aquele discurso de coexistência com eles (True Blood Jurássico?!) soaram bem absurdos. Enfim, apesar dos efeitos, defeitos não faltam no roteiro e no encadeamento dos fatos, mas... manda o próximo, que está pouco! Tendo o T-Rex e a Blue (e, se possível, outros raptores, porque ninguém merece viver só), já valerá a diversão.
O começo é muito interessante e o final também: o problema é o "meio", que é extremamente arrastado e onde pouca coisa acontece. Este é um dos casos em que achei o remake muito melhor, mais impactante e assustador. Ao contrário da refilmagem, que assume uma perspectiva sobrenatural no estilo "O exorcista" a partir da segunda metade, neste original a história é muito "burocrática", passa tempo demais com a polícia investigando os crimes ocorridos na loja de departamentos, não necessariamente os assassinatos, mas o esquema de corrupção e outras maracutaias envolvendo gente graúda com interesses pessoais naquele lugar. Como mencionei acima, só volta a ficar interessante no último ato, mas até lá já se passaram quase duas horas de tédio.
Parque do Inferno
2.6 311 Assista AgoraPela história e pelos personagens este filme não vale um figo seco, a menos que quem assiste seja muito fã desse gênero slasher e não se incomode com a fórmula extremamente clichê dele. O roteiro não tem furos: tem crateras, e isso atrapalha que se tenha um pingo de empatia pelas vítimas ou medo do vilão. Aliás, esse filme tem um dos finais mais patéticos que já vi; faltou uma justificativa sobre as motivações do assassino e no fim tentaram dar uma espécie de "quase-explicação" totalmente ridícula.
Não basta ele ter "evaporado" em questão de segundos depois de ser esfaqueado (parece até que ele tem os poderes do Jason!), ainda somos obrigados a crer que ele é um pai dedicado que sai nas noites de Halloween para matar uns adolescentes imbecis; mas, com que propósito? Para colecionar máscaras?!
Porém, nem tudo está perdido; surpreendeu-me a qualidade da fotografia e da direção de arte; realmente tive alguns sustos, não por causa do assassino patético, mas sim devido à ambientação sombria onde imprevisivelmente saltava um boneco ou um ator maquiado perseguindo os frequentadores do parque. Além disso, a maquiagem e a edição até que são razoáveis; duas cenas de morte, em especial, ficaram muito bem feitas:
o "bom moço" com a cabeça estourada como melancia e o idiotinha de olho perfurado.
Memórias do Cárcere
3.8 49 Assista AgoraGente reclamando que este filme é esquerdista e "demoniza os militares"... daqui a pouco vão dizer que Graciliano Ramos mentiu, que na verdade ele e os demais prisioneiros foram tratados a pão-de-ló.
Perdas e Danos
3.4 288 Assista Agora... E o pôster ainda traz descaradamente o elogio de um crítico alto nível: "dirigido impecavelmente." Como dizem nas novelas: quem não te conhece que te compre!
Operação Overlord
3.3 502 Assista AgoraAlguém pode me informar se esse filme é estilo found footage?
Faz tempo que ouço falar muito nele, mas para evitar spoilers eu não vi nem o trailer.
O Jardim de Cimento
3.8 65Desconcertante é a palavra...
Estranha Presença
2.4 62Não li o livro, então, como muitos desinformados por aqui, eu esperava que este filme seguisse o estilo de terror psicológico da série da Netflix "A maldição da residência Hill" ou do livro "A volta do parafuso", o que não foi o caso. Apesar da atmosfera sombria e pessimista, e da suposta "presença" na típica mansão isolada, para mim a história é mais um drama com ambientação gótica. Não achei chato nem cansativo, só não gostei do médico; não sei se o problema foi a escolha de Domhnall Gleeson para o papel, ou se o personagem era apático e inexpressivo daquele jeito no livro também, mas me pareceu que ele passou o filme todo atuando no modo zumbi.
Luxúria
2.9 13Gabriel Garko loiro está parecendo o William Levy nas trocentas novelas mexicanas reprisadas infinitamente no SBT.
Kill List
3.3 199Eu esperava mais originalidade desse filme, depois dos elogios que ouvi a respeito. Para mim ele bem poderia se chamar "A british film", porque me pareceu uma cópia de "A serbian film", substituindo apenas o tema, mas mantendo a mesma fórmula. Família com problemas financeiros, confere. Pai, mãe, filho único pequeno, confere. O marido decide voltar à ativa, para um trabalho moralmente condenável, no qual ele era muito bom, confere. Ele se envolve com um grupo da pesada e quando tenta desistir do negócio, percebe que é impossível, confere.
Me pareceu tão previsível que
eu fiquei pensando: Por favor, deuses do roteiro criativo, não permitam que o cara mate o filho e a mulher no final, "sem saber". Tsc, tsc, tsc. Não deu outra.
A Noite do Cometa
2.8 84Lembra uma mistura de "Despertar dos mortos" com "A Dança da Morte", só que bem menos pretensiosa (e isso é o acerto do filme, porque se tentasse se levar a sério, seria um fiasco). Como mais um exemplar do trash oitentista, com aquela trilha sonora marcante e cenas e diálogos divertidos, com o bônus de uma ótima fotografia "pós-apocalíptica" avermelhada, não decepciona.
Megatubarão
2.8 842Jason Statham no papel de Aquaman careca, se jogando na água a cada cinco minutos para salvar o mundo, até que dá para engolir, mas o que é intragável e inverossímil (além do tubarão monstruoso, claro) é aquele monte de personagens altruístas: se a situação fica feia logo aparece um mártir para se sacrificar pelo bem geral da família, da nação e do planeta. Cada vez que um personagem tinha essa atitude eu ficava esperando ele dizer "God save the Queen", para suas mortes serem genuinamente heroicas. Pena que esse mantra é dos ingleses, não dos americanos.
Garotos Perdidos 2: A Tribo
2.1 158 Assista AgoraÉ melhor ir servir de lanche numa festa de vampiros do que assistir a Os Goonies. Tá certo.
Os Garotos Perdidos
3.8 708 Assista AgoraÉ difícil aceitar que o Joel Schumacher responsável por este que é um dos melhores e mais populares filmes de vampiro já produzidos seja o mesmo sujeito que realizou aquelas duas atrocidades execráveis com o Batman. Parece que ele só se dá bem com os "homens-morcego" literais, não os justiceiros fantasiados.
Apóstolo
3.0 426Considerando que é um filme da Netflix, até que é uma produção razoável. Lembrou-me um cruzamento de "Colheita maldita" com "As ruínas"; é sombrio e na segunda metade se torna satisfatoriamente sangrento para quem curte um gore. Só achei desnecessariamente longo (poderiam tirar de vinte minutos a meia hora da duração), além de ter uma trama secundária de casalzinho adolescente meloso insuportável que, se era para ter aquele desfecho grotesco, era melhor ter sido excluída do roteiro. Deixaria o desenrolar da história bem mais focado.
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista AgoraVou deixar este filme sem nota porque sinceramente eu não sei dizer se ele é bom ou ruim. Explico: gostei muito dos aspectos técnicos (fotografia, trilha sonora, efeitos visuais na concepção dos "monstros"), mas o roteiro e as atuações (principalmente a do ator de mesmo nome que interpreta Max) não me convenceram nem um pouco. A história me lembrou vagamente "As aventuras de Pi", devido ao tom alegórico, mas achei bem inferior ao filme de Ang Lee. Quanto ao protgonista, eu não posso dizer se o ator não deu conta do papel ou se o Max é apático e insensível daquele jeito mesmo; o fato é que não senti nenhuma empatia por ele. Na verdade, justiça seja feita, não gostei de quase nenhum personagem; a única exceção foi o "Bode" Alexander, que eu achei realmente adorável e lamentei que ele recebesse tão pouca atenção; cada vez que ele aparecia me dava vontade de botá-lo no colo! Por mim, bem poderia haver um filme solo dele; eu ia adorar!
Noite de Lobos
2.5 304 Assista AgoraO Alexander Skarsgård em breve vai estar com escoliose, de tanto carregar nas costas essas bombas da Netflix: primeiro, "Mute" e agora esse; não sei qual é menos ruim.
Suponho que a intenção deste "Hold the dark" era causar apreensão e tensão, mas não pude deixar de rir nas cenas com Skarsgård usando a máscara e tocando o terror com facas, arcos e flechas, bem ao estilo Jason no remake de "Sexta-feira 13". Como se não bastasse, ainda tem uma cena com um outro personagem mandando bala numa sequência extremamente longa e maçante, que parece ter sido inspirada no desembarque na Normandia retratado no início de "O resgate do soldado Ryan".
Em resumo: é enfadonho, arrastado, longo e, o pior de tudo, pretensioso em sua narrativa supostamente complexa. Minha nota é pela fotografia.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraA princípio eu tive medo de que este filme fosse tão pretensioso, do tipo "sou cult, tenho um drama familiar com fotografia escura" quanto "Ao cair da noite" (que considero o filme mais superestimado do gênero deste ano). Porém, respirei aliviado quando este "Hereditário" terminou: achei tão bom quanto "A Bruxa". Toni Collette está incrível, atuação inspiradíssima. Só achei o final um tanto confuso e abrupto, mas nada que precise de um perito para entender. De modo geral, é um trabalho muito promissor de Ari Aster e dá vontade de ficar de olho nos próximos projetos dele. Aguardemos!
A Morte Convida Para Dançar
2.3 300 Assista AgoraMinha nota é pela trilha sonora, porque o filme em si não vale um figo seco. Com um roteiro que não tem furos, e sim crateras, junto com um elenco que parece formado por sobras daquelas séries bobas da CW (exceto o vilão: esse parece ter acabado de gravar um comercial de Prestobarba), esse filme é uma bomba total, mais preocupado em mostrar rostinhos bonitos do que contar uma história minimamente plausível. Não há nenhum mistério ou tensão em torno das motivações do assassino; é tudo extremamente superficial e explícito, atirado mastigado para que o espectador não precise pensar. A ideia de um assassino de cara limpa, isto é, sem máscara, até seria interessante se, apesar disso o roteiro conseguisse criar algum suspense sobre ele, o que não é o caso. Basicamente ele se resume a ficar de tocaia escondido, esperando sua "amada"; enquanto ela não vem, ele mata quem aparece. Aparece alguém, leva facada; vem outro, mais uma facada; o próximo, facada de novo... e assim incansavelmente. Ou melhor, "incansável" para o assassino, porque quem assiste fica de saco cheio rapidinho com a monotonia do modus operandi dele. Não tem variação nas mortes (a não ser uma em que ele asfixia uma vítima e olhe lá) e o sangue é risível: um pingo de molho de tomate aqui e ali, tudo muito higiênico. Mas o pior de tudo é aquela protagonista que só sabe se espantar com a própria sombra e com o velho clichê do reflexo que aparece no espelho.
Sede de Sangue
3.7 338É um filme interessante para quem gosta da temática (meu caso), mas a duração excessiva de quase 2 horas e 15 minutos compromete o ritmo e o entusiasmo de acompanhá-lo; o começo, por sinal, é bem arrastado. A meu ver, um corte de meia hora na duração dele tornaria o resultado mais ágil bem mais palatável.
Bonecas Macabras
3.2 117Fiquei surpreso por ainda não conhecer este filme; assistindo agora, me surpreendeu bastante. Achei muito "charmoso", com todos os elementos do velho terror que eu adoro: mansão assustadora numa floresta no meio do nada, anfitriões misteriosos, noite chuvosa, bonecas assustadoras, segredo macabro: ótima combinação! O fato de ele ser curtinho, com menos de 1 hora e 18 minutos faz ele ser ainda mais divertido porque não fica enrolando. Claro, tem aqueles personagens detestáveis que merecem morrer (madrasta má, pai tapado, meninas delinquentes), mas em compensação tem um adulto adorável. É uma pena que este filme tenha caído no esquecimento; merecia um remake: pelo menos atrairia a atenção para o original.
À Espera de Um Milagre
4.4 2,1K Assista AgoraMais triste do que esse filme é não terem dado o Oscar de melhor ator coadjuvante para Michael Clarke Duncan: injustiça total.
A Casa do Medo: Incidente em Ghostland
3.5 750Este é um dos poucos filmes de terror/suspense em que o policial chega na hora certa (um deles, pelo menos). Na maioria dos casos eles são extremamente estúpidos e ficam só dando tempo e oportunidade para serem massacrados. É para louvar Pascal Laugier de pé.
Sobrenatural: Capítulo 2
3.4 1,2K Assista AgoraPara mim os filmes de assombração do James Wan já deram o que tinham que dar e agora estão no modo automático: família é atormentada por uma entidade maligna, chama os caça-fantasmas, tem uns sustos aqui e ali... The End. É assim nos dois "Invocação do mal" e é assim nesses filmes da franquia "Sobrenatural": mais do mesmo. Só que para "diferenciá-los", ele teve a péssima ideia de introduzir nesta franquia uma dupla de ajudantes paranormais paspalhos para servir apenas de alívio cômico.
Jurassic World: Reino Ameaçado
3.4 1,1K Assista AgoraEu sou fã dessa franquia, mas isso não significa ser cego, de modo que achei este filme quase tão fraco quanto aquela atrocidade que foi o 3º. A nota que eu dou é basicamente pelas cenas de ação, pelos efeitos visuais e sonoros... e pela Blue! O que mais me irrita em filmes de ação, aventura ou terror, e que este filme faz demais, infelizmente, é aquela sucessão de situações forçadas e repetitivas de perigo do tipo "salvo por um triz":
[/spoiler]
a menina está prestes a ser atacada por um dinossauro, a porta do elevador trava, tudo parece perdido... mas no último segundo ela consegue fechar a porta; depois o dinossauro invade o quarto dela e no exato momento em que vai atacá-la na cama, Owen aparece para salvá-la; Owen está dopado, prestes a ser queimado pela lava, mas no último instante consegue se safar; em outro momento, ele está encurralado por um dinossauro e quase é atacado, mas no último segundo Blue chega para salvar o dia.
[spoiler]
No começo são momentos emocionantes, sem dúvida, mas de tão repetitivos (além de improváveis, claro), acabam ficando cansativos. Isso sem falar na estupidez de personagens que ficam "admirando" os dinossauros quando eles aparecem, e só se lembram de fugir quando é tarde demais (na cena de abertura e no desfecho do vilão, por exemplo). Os rumos da trama também não me convenceram. Tanto essa preocupação toda em salvar os dinossauros (incluindo os predadores em potencial que podem dizimar a raça humana) quanto aquele discurso de coexistência com eles (True Blood Jurássico?!) soaram bem absurdos.
Enfim, apesar dos efeitos, defeitos não faltam no roteiro e no encadeamento dos fatos, mas... manda o próximo, que está pouco! Tendo o T-Rex e a Blue (e, se possível, outros raptores, porque ninguém merece viver só), já valerá a diversão.
Espelho
3.3 36O começo é muito interessante e o final também: o problema é o "meio", que é extremamente arrastado e onde pouca coisa acontece. Este é um dos casos em que achei o remake muito melhor, mais impactante e assustador. Ao contrário da refilmagem, que assume uma perspectiva sobrenatural no estilo "O exorcista" a partir da segunda metade, neste original a história é muito "burocrática", passa tempo demais com a polícia investigando os crimes ocorridos na loja de departamentos, não necessariamente os assassinatos, mas o esquema de corrupção e outras maracutaias envolvendo gente graúda com interesses pessoais naquele lugar. Como mencionei acima, só volta a ficar interessante no último ato, mas até lá já se passaram quase duas horas de tédio.