Gostei muito! Só através das animações o Constantine já se tornou um dos meus personagens favoritos do universo "adulto" da DC, com sua boca-suja e falta de amor-próprio. No geral, os personagens e seus conflitos são bem construídos, há muita violência em certos momentos grotescos e, apesar disso, o final é emocionante. Triste, mas emocionante.
A princípio, achei essa animação apenas mediana, principalmente porque não gostei do traço simplificado do desenho (por exemplo, os personagens nem têm unhas). Quanto à história, o mistério em torno da identidade do assassino é relativamente bem trabalhado e, obviamente, surpreende quando o mesmo é revelado. É claro que isso só cola mesmo numa história alternativa do Batman, porque no universo "oficial" do Homem-Morcego, seria inaceitável que tal personagem fosse o vilão.
Ótima animação, sombria e sangrenta... e finalmente Constantine tendo o destaque que merece! Se a DC tivesse a brilhante ideia de mandar o Zack Snyder ir pastar e fizesse um live action deste filme, teria capacidade de deixar "Vingadores: Guerra infinita" comendo poeira.
Por abordar o horror da Segunda Guerra e, particularmente, do Nazismo, pela perspectiva ingênua e fantasiosa de uma criança, este filme lembra "O menino do pijama listrado"; e pelo tom cômico, lembra "A vida é bela". E como adoro ambos, assistir "Jojo Rabbit" também foi um novo deleite no gênero! O pequeno Roman Griffin Davis tem futuro!
Assim como Street Fighter, meu conhecimento sobre o universo de Mortal Kombat se baseia somente nos filmes/animações e, seguindo esse critério, "Scorpion's Revenge" foi uma experiência surpreendentemente positiva. Mesmo sendo da WB, que já tem histórico de animações com alto teor de violência gráfica (como o ótimo "Batman: Ataque ao Arkham"), este "Mortal Kombat" vai além e entrega um show explícito de sangue, ossos e tripas que bem merecem a classificação 18+. Scorpion é o fodão, mas Johnny Cage é impagável, mesmo depois que a Sonya o ajuda a fazer uma omelete.
A ideia de um filme de lobisomens dirigido por Wes Craven me empolgou muito, mas logo nos créditos de abertura, quando aparecem Julie Plec e Kevin Williamson (as mentes brilhantes por trás de "The vampire diaries"), minha animação e expectativas foram por água abaixo. Quando trabalhou com Craven em "Pânico", Williamson entregou um roteiro ágil e original, mas o mesmo não pode ser dito da sua parceria com Plec: a enxurrada de clichês adolescentes é medonha. Parece que eles já estavam fazendo o rascunho de TVD: menina insossa e certinha (e órfã, como sempre), que tem um irmão mané que gosta de uma menina que é namorada do valentão da escola. A mocinha é apaixonada por um rapaz misterioso e "perigoso", que é assediado pelas meninas mais populares da cidade, incluindo uma loira magrela. Esse draminha teen é de matar (de tédio). Os únicos bons momentos são quando os tais lobisomens dão as caras (ou focinhos): justiça seja feita, a maquiagem e os efeitos são ótimos, exceto na cena de transformação, onde usaram CGI bem ordinário (decidiram economizar no orçamento justamente aí). O mistério que o filme tenta sustentar é o da identidade dos lobisomens, mas até nisso falha miseravelmente: um deles é extremamente óbvio, logo na primeira cena em que aparece; o outro é até mais ou menos imprevisível, mas quando revela suas motivações à la Malhação, é um clichê dos mais batidos. Só valeu a pena para mim porque vi a versão sem censura, que tem umas migalhas de gore explícito. Mesmo assim, são poucos segundos e não salvam o filme da maldição do esquecimento.
Gostei mais da ideia do que da execução. Eu teria apreciado mais este filme se ele tivesse menos cantoria. Entendo que a música tem uma função ritualística na história, mas acho que foi um recurso exagerado e cansativo. Cheguei a pensar que estava assistindo a uma espécie de musical de terror (e será que não seria pertinente acrescentar "musical" à classificação dele aqui no Filmow?). Poucas foram as cenas em que achei o uso da música realmente importante na trama, como quando
o policial vai à escola e encontra os meninos basicamente cantando sobre sexo e morte em torno de um pênis gigante, enquanto a professora ensina as meninas a venerar tal símbolo. Outra cena bizarra é a da filha do estalajadeiro dançando pelada no quarto com direito a tapa na bunda.
Aliás, a coreografia desta cena foi referenciada no filme "O segredo da cabana". Voltando ao filme, achei o policial muito vacilão: chega à ilha todo marrento, ameaçando todo mundo que o ignora ou não quer ajudá-lo, praticamente alardeia que é virgem e cristão, e nem sequer carrega uma arma! E outra: logo de cara ele percebe as esquisitices daquela gente pagã e continua ali... sozinho? Quero dizer, ao ver como aquele lugar é sinistro e os habitantes ainda mais, o sensato não seria sair daquela ilha rápida e discretamente, voltar ao continente para, pelo menos, trazer reforços? Não, o infeliz nem sequer procura um telefone. Quando tem a brilhante ideia de sair dali, é tarde demais, então decide bancar o herói com um plano absurdo. Bom, pelo menos tem Christopher Lee usando vestido, pó de arroz e peruca de morena. Não é todo dia que se tem uma visão perturbadora dessas.
Nem parece que é do Ruggero Deodato: realmente, eu esperava mais, muito mais, do diretor do polêmico “Holocausto canibal”. Para começar, este nem é um filme sobre canibais: há muitas cenas grotescas de mortes por decapitação e outras mutilações, mas os “selvagens” não comem as “vítimas” (ou, pelo menos, isso não é mostrado nem insinuado em nenhum momento). O roteiro parece confuso na definição do próprio gênero a seguir: é meio terror slasher estilo “Sexta-feira 13” (como sugere o Cabeça de Ovo de “Quadrilha de sádicos” no pôster), meio thriller investigativo sobre tráfico e meio drama familiar de um pai que procura o filho desaparecido, tudo isso batido no liquidificador e jogado na Amazônia e com direito a final água com açúcar. O começo é arrastado, a história demora a engatar e os personagens têm pouco carisma, mas pelo menos tem umas mortes interessantes com boa edição e efeitos práticos.
É uma espécie de "Bacurau" norte-americano, mas muito menos genial, por mais que Damon Lindelof tente fazê-lo ser melhor do que é. O roteiro é meio nonsense e o tom de sátira política oscila entre o superficial e o confuso. Mesmo assim, mas não dá para negar que é um filme divertido, sobretudo na violência gráfica tão criticada por Trump e companhia (como se este fosse o filme mais violento do século, o que é absurdo até de pensar). Seja como for, propaganda negativa ainda é propaganda, e tem a vantagem de ser gratuita.
Antes de assistir a este filme, sempre que eu via o pôster dele, pensava que o cara dos óculos era o Charlie Sheen! Gostei da mensagem de alienação sociopolítica pelo consumismo e o capitalismo nos meios de comunicação ("durma", "assista", "compre", "obedeça"). É basicamente o mesmo que acontece no nosso mundo "real", embora para nós essas propagandas sejam mais subliminares. Também gostei do aspecto "artístico" do filme na apresentação dos extraterrestres. Contudo, a história propriamente não me agradou: a primeira meia hora é um porre, o protagonista é um grande mané vacilão e o Carpenter perde muito tempo com situações embaraçosamente desnecessárias, como aquela ridícula cena de luta no beco, que parece saída do Chapolin. Definitivamente não é um dos melhores trabalhos do lendário diretor de "O enigma do outro mundo" (filme que considero o melhor dele entre os que já vi).
Esse envelheceu mal, muito mal. E pensar que tem youtuber especialista em filme de terror colocando essa produção entre os "mais perturbadores do planeta"... tsc, tsc. O que me perturbou foi o amadorismo dele. Ok, é a estreia oficial de Wes Craven no gênero e pode até ser um dos precursores do torture porn e do "rape and revenge", mas a execução é péssima. Atuações ruins, trilha sonora nada a ver e um roteiro que não sabe se quer chocar com a temática brutal ou se quer forçar a gente a rir com situações absurdas que dão vergonha alheia, não só envolvendo a dupla de policiais patetas (o que foi aquela cena no "caminhão das galinhas"?!), mas também da própria gangue de sádicos, que volta e meia estão falando bobagens ou fazendo caretas para a câmera. Qualquer tentativa de criar tensão vai por água abaixo com a edição malfeita que interrompe as cenas "pesadas" para mostrar alívios cômicos. Definitivamente, não dá para levar isso a sério, mesmo dando o desconto da idade do filme, do orçamento chinfrim e da imaturidade de Craven na época. Vale a pena assistir a título de curiosidade e para constatar que existem sim casos em que o remake é infinitamente superior ao original.
Adoro a animação que introduz e intercala as histórias nessa franquia! Como o anterior, é um filme mais para divertir do que para assustar. É muito interessante ver George Romero trabalhando com humor negro em parceria com Stephen King. Quanto às histórias, a de que mais gostei foi a segunda, "A balsa", que é baseada num dos melhores contos do livro "Tripulação de esqueletos". A criatura carnívora gosmenta foi claramente inspirada em "A bolha assassina", outro filme que eu curto muito. Uma curiosidade: a última história ("O carona") faz propaganda de "IT", que tinha sido recém-publicado.
Quanto à trama, é uma alegoria nada sutil sobre como o egoísmo e a selvageria podem levar o ser humano literalmente ao fundo do poço. De qualquer forma, nesses tempos sombrios que estamos vivendo, hão há mesmo muito espaço para sutileza. A mulher que
Tudo que o Eli Roth produzir (pelo menos em terror) será inevitavelmente qualificado com base em "O albergue", e este (relativamente) novo filme dele não foge à comparação. Trocando a elite criminosa de sádicos ricos nos confins da Europa por uma tribo de canibais na América do Sul, a história acompanha um grupo daqueles estereótipos juvenis que se aventuram por uma terra desconhecida até se verem prisioneiros num verdadeiro "inferno verde". Aliás, o título original "The green inferno" é muito melhor que esse brasileiro genérico. Não é nenhum "Holocausto canibal", mas também não é de todo ruim. Gostei da representação dos canibais como índios "comuns", sem demonizá-los como criaturas sádicas (OK, com exceção da bruxa caolha e do esquisitão cinzento). Além disso, o filme não deixa a desejar no quesito gore em suas cenas grotescas: a maquiagem e efeitos visuais sangrentos estão ótimos. Não poderia ser diferente, em se tratando de Greg Nicotero, responsável pelos efeitos geniais em filmes de George Romero, a série "The walking dead" e o próprio "O albergue", só para citar alguns. Para finalizar, a maior filhadaputagem desse filme foi
Que torre de Babel... Parece que o Joss Whedon caiu naquele erro pretensioso de querer fazer uma sequência mais grandiosa que o original, mas o roteiro ficou uma bagunça e o resto foi junto. O melhor personagem é o martelo do Thor.
Para um filme dos anos 50, acho que envelheceu bem. Steve Reeves está ótimo no papel do protagonista e algumas cenas de ação estão muito bem feitas para a época, (como a luta com o leão). O roteiro parece confuso em alguns momentos, como se estivesse indeciso sobre quem é o real protagonista da história: Hércules ou Jasão; porém, se sai bem melhor do que as versões sem pé nem cabeça (embora divertidas) estreladas por Lou "Hulk" Ferrigno mais de vinte anos depois.
Não é um filme ruim, mas fica a impressão de coisa morna e arrastada, que poderia ser bem melhor. Certamente não é uma das adaptações mais memoráveis de Stephen King, e acho que a culpa não é do Timothy Hutton (que traz uma ótima atuação estilo "O médico e o monstro"), nem do George Romero (diretor e roteirista aqui), mas da própria obra de King, que não é das mais empolgantes. Os efeitos digitais dos pardais no clímax são ridículos, mas a gente releva pela época e pelo orçamento: ILM não é para todos.
Fantástico! Não é à toa que Tarantino, Scorsese e Spike Lee admiram tanto este filme. Longe das câmeras, Mel Gibson pode até ser um ser humano detestável, mas acho que isso não diminui o mérito dele como cineasta: o cara sabe equilibrar muito bem o drama e a ação e o resultado é este espetáculo visual e visceral. Tecnicamente, é uma obra exuberante, com fotografia belíssima e cenas de violência satisfatoriamente cruas (em especial a sequência dos sacrifícios humanos). Vi que, na época, ele concorreu ao Oscar de Melhor maquiagem (que inclui penteados) e achei injusto ele não levar essa estatueta, porque francamente eu nunca vi uma variedade maior de penteados exóticos e criativos do que neste filme. No mais, gostei de quase todas as decisões do Gibson: da escolha do elenco quase totalmente desconhecido ao rigor com a linguagem ao recriar um idioma. Digo "quase" porque a única coisa que me incomodou foi a presença dos famosos deus ex machina hollywoodianos: o maior de todos é quando
Jaguar está prestes a ser sacrificado, o sacerdote maia já está com a faca erguida e, no exato momento de baixá-la, acontece um eclipse muitíssimo conveniente, que é interpretado como sinal de que Kukulcán está satisfeito.
Constantine: Cidade dos Demônios
3.8 99 Assista AgoraGostei muito! Só através das animações o Constantine já se tornou um dos meus personagens favoritos do universo "adulto" da DC, com sua boca-suja e falta de amor-próprio. No geral, os personagens e seus conflitos são bem construídos, há muita violência em certos momentos grotescos e, apesar disso, o final é emocionante. Triste, mas emocionante.
Um Conto de Batman: Gotham City 1889
3.6 104A princípio, achei essa animação apenas mediana, principalmente porque não gostei do traço simplificado do desenho (por exemplo, os personagens nem têm unhas). Quanto à história, o mistério em torno da identidade do assassino é relativamente bem trabalhado e, obviamente, surpreende quando o mesmo é revelado. É claro que isso só cola mesmo numa história alternativa do Batman, porque no universo "oficial" do Homem-Morcego, seria inaceitável que tal personagem fosse o vilão.
Batman & Robin
2.3 992 Assista AgoraOs uniformes do Batman e do Robin têm mamilos, mas o da Batgirl não tem, para não ficar vulgar nem de mau gosto, né, produção?
Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips
4.0 240 Assista AgoraÓtima animação, sombria e sangrenta... e finalmente Constantine tendo o destaque que merece!
Se a DC tivesse a brilhante ideia de mandar o Zack Snyder ir pastar e fizesse um live action deste filme, teria capacidade de deixar "Vingadores: Guerra infinita" comendo poeira.
Ser ou Não Ser
4.4 68Coitado do Schultz.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraPor abordar o horror da Segunda Guerra e, particularmente, do Nazismo, pela perspectiva ingênua e fantasiosa de uma criança, este filme lembra "O menino do pijama listrado"; e pelo tom cômico, lembra "A vida é bela". E como adoro ambos, assistir "Jojo Rabbit" também foi um novo deleite no gênero!
O pequeno Roman Griffin Davis tem futuro!
Casamento Sangrento
3.5 945 Assista AgoraSó a cena
da mão no prego
Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion
3.7 165 Assista AgoraAssim como Street Fighter, meu conhecimento sobre o universo de Mortal Kombat se baseia somente nos filmes/animações e, seguindo esse critério, "Scorpion's Revenge" foi uma experiência surpreendentemente positiva. Mesmo sendo da WB, que já tem histórico de animações com alto teor de violência gráfica (como o ótimo "Batman: Ataque ao Arkham"), este "Mortal Kombat" vai além e entrega um show explícito de sangue, ossos e tripas que bem merecem a classificação 18+.
Scorpion é o fodão, mas Johnny Cage é impagável, mesmo depois que a Sonya o ajuda a fazer uma omelete.
Amaldiçoados
2.3 337 Assista AgoraA ideia de um filme de lobisomens dirigido por Wes Craven me empolgou muito, mas logo nos créditos de abertura, quando aparecem Julie Plec e Kevin Williamson (as mentes brilhantes por trás de "The vampire diaries"), minha animação e expectativas foram por água abaixo. Quando trabalhou com Craven em "Pânico", Williamson entregou um roteiro ágil e original, mas o mesmo não pode ser dito da sua parceria com Plec: a enxurrada de clichês adolescentes é medonha. Parece que eles já estavam fazendo o rascunho de TVD: menina insossa e certinha (e órfã, como sempre), que tem um irmão mané que gosta de uma menina que é namorada do valentão da escola. A mocinha é apaixonada por um rapaz misterioso e "perigoso", que é assediado pelas meninas mais populares da cidade, incluindo uma loira magrela. Esse draminha teen é de matar (de tédio). Os únicos bons momentos são quando os tais lobisomens dão as caras (ou focinhos): justiça seja feita, a maquiagem e os efeitos são ótimos, exceto na cena de transformação, onde usaram CGI bem ordinário (decidiram economizar no orçamento justamente aí). O mistério que o filme tenta sustentar é o da identidade dos lobisomens, mas até nisso falha miseravelmente: um deles é extremamente óbvio, logo na primeira cena em que aparece; o outro é até mais ou menos imprevisível, mas quando revela suas motivações à la Malhação, é um clichê dos mais batidos. Só valeu a pena para mim porque vi a versão sem censura, que tem umas migalhas de gore explícito. Mesmo assim, são poucos segundos e não salvam o filme da maldição do esquecimento.
O Homem de Palha
4.0 483 Assista AgoraGostei mais da ideia do que da execução. Eu teria apreciado mais este filme se ele tivesse menos cantoria. Entendo que a música tem uma função ritualística na história, mas acho que foi um recurso exagerado e cansativo. Cheguei a pensar que estava assistindo a uma espécie de musical de terror (e será que não seria pertinente acrescentar "musical" à classificação dele aqui no Filmow?). Poucas foram as cenas em que achei o uso da música realmente importante na trama, como quando
o policial vai à escola e encontra os meninos basicamente cantando sobre sexo e morte em torno de um pênis gigante, enquanto a professora ensina as meninas a venerar tal símbolo. Outra cena bizarra é a da filha do estalajadeiro dançando pelada no quarto com direito a tapa na bunda.
Voltando ao filme, achei o policial muito vacilão: chega à ilha todo marrento, ameaçando todo mundo que o ignora ou não quer ajudá-lo, praticamente alardeia que é virgem e cristão, e nem sequer carrega uma arma! E outra: logo de cara ele percebe as esquisitices daquela gente pagã e continua ali... sozinho? Quero dizer, ao ver como aquele lugar é sinistro e os habitantes ainda mais, o sensato não seria sair daquela ilha rápida e discretamente, voltar ao continente para, pelo menos, trazer reforços? Não, o infeliz nem sequer procura um telefone. Quando tem a brilhante ideia de sair dali, é tarde demais, então decide bancar o herói com um plano absurdo.
Bom, pelo menos tem Christopher Lee usando vestido, pó de arroz e peruca de morena. Não é todo dia que se tem uma visão perturbadora dessas.
Inferno ao Vivo
3.3 32Nem parece que é do Ruggero Deodato: realmente, eu esperava mais, muito mais, do diretor do polêmico “Holocausto canibal”. Para começar, este nem é um filme sobre canibais: há muitas cenas grotescas de mortes por decapitação e outras mutilações, mas os “selvagens” não comem as “vítimas” (ou, pelo menos, isso não é mostrado nem insinuado em nenhum momento). O roteiro parece confuso na definição do próprio gênero a seguir: é meio terror slasher estilo “Sexta-feira 13” (como sugere o Cabeça de Ovo de “Quadrilha de sádicos” no pôster), meio thriller investigativo sobre tráfico e meio drama familiar de um pai que procura o filho desaparecido, tudo isso batido no liquidificador e jogado na Amazônia e com direito a final água com açúcar. O começo é arrastado, a história demora a engatar e os personagens têm pouco carisma, mas pelo menos tem umas mortes interessantes com boa edição e efeitos práticos.
A Caçada
3.2 642 Assista AgoraÉ uma espécie de "Bacurau" norte-americano, mas muito menos genial, por mais que Damon Lindelof tente fazê-lo ser melhor do que é. O roteiro é meio nonsense e o tom de sátira política oscila entre o superficial e o confuso. Mesmo assim, mas não dá para negar que é um filme divertido, sobretudo na violência gráfica tão criticada por Trump e companhia (como se este fosse o filme mais violento do século, o que é absurdo até de pensar).
Seja como for, propaganda negativa ainda é propaganda, e tem a vantagem de ser gratuita.
Eles Vivem
3.7 728 Assista AgoraAntes de assistir a este filme, sempre que eu via o pôster dele, pensava que o cara dos óculos era o Charlie Sheen!
Gostei da mensagem de alienação sociopolítica pelo consumismo e o capitalismo nos meios de comunicação ("durma", "assista", "compre", "obedeça"). É basicamente o mesmo que acontece no nosso mundo "real", embora para nós essas propagandas sejam mais subliminares. Também gostei do aspecto "artístico" do filme na apresentação dos extraterrestres. Contudo, a história propriamente não me agradou: a primeira meia hora é um porre, o protagonista é um grande mané vacilão e o Carpenter perde muito tempo com situações embaraçosamente desnecessárias, como aquela ridícula cena de luta no beco, que parece saída do Chapolin. Definitivamente não é um dos melhores trabalhos do lendário diretor de "O enigma do outro mundo" (filme que considero o melhor dele entre os que já vi).
Aniversário Macabro
3.1 233 Assista AgoraEsse envelheceu mal, muito mal. E pensar que tem youtuber especialista em filme de terror colocando essa produção entre os "mais perturbadores do planeta"... tsc, tsc. O que me perturbou foi o amadorismo dele. Ok, é a estreia oficial de Wes Craven no gênero e pode até ser um dos precursores do torture porn e do "rape and revenge", mas a execução é péssima. Atuações ruins, trilha sonora nada a ver e um roteiro que não sabe se quer chocar com a temática brutal ou se quer forçar a gente a rir com situações absurdas que dão vergonha alheia, não só envolvendo a dupla de policiais patetas (o que foi aquela cena no "caminhão das galinhas"?!), mas também da própria gangue de sádicos, que volta e meia estão falando bobagens ou fazendo caretas para a câmera. Qualquer tentativa de criar tensão vai por água abaixo com a edição malfeita que interrompe as cenas "pesadas" para mostrar alívios cômicos. Definitivamente, não dá para levar isso a sério, mesmo dando o desconto da idade do filme, do orçamento chinfrim e da imaturidade de Craven na época.
Vale a pena assistir a título de curiosidade e para constatar que existem sim casos em que o remake é infinitamente superior ao original.
Creepshow 2: Show de Horrores
3.5 166Adoro a animação que introduz e intercala as histórias nessa franquia! Como o anterior, é um filme mais para divertir do que para assustar. É muito interessante ver George Romero trabalhando com humor negro em parceria com Stephen King. Quanto às histórias, a de que mais gostei foi a segunda, "A balsa", que é baseada num dos melhores contos do livro "Tripulação de esqueletos". A criatura carnívora gosmenta foi claramente inspirada em "A bolha assassina", outro filme que eu curto muito.
Uma curiosidade: a última história ("O carona") faz propaganda de "IT", que tinha sido recém-publicado.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraGostei da ambientação e do apelo gráfico nas numerosas cenas de violência e
canibalismo.
tenta convencer educadamente o pessoal do 'andar' de baixo a racionar comida que o diga.
Canibais
2.6 518 Assista AgoraTudo que o Eli Roth produzir (pelo menos em terror) será inevitavelmente qualificado com base em "O albergue", e este (relativamente) novo filme dele não foge à comparação. Trocando a elite criminosa de sádicos ricos nos confins da Europa por uma tribo de canibais na América do Sul, a história acompanha um grupo daqueles estereótipos juvenis que se aventuram por uma terra desconhecida até se verem prisioneiros num verdadeiro "inferno verde". Aliás, o título original "The green inferno" é muito melhor que esse brasileiro genérico.
Não é nenhum "Holocausto canibal", mas também não é de todo ruim. Gostei da representação dos canibais como índios "comuns", sem demonizá-los como criaturas sádicas (OK, com exceção da bruxa caolha e do esquisitão cinzento).
Além disso, o filme não deixa a desejar no quesito gore em suas cenas grotescas: a maquiagem e efeitos visuais sangrentos estão ótimos. Não poderia ser diferente, em se tratando de Greg Nicotero, responsável pelos efeitos geniais em filmes de George Romero, a série "The walking dead" e o próprio "O albergue", só para citar alguns.
Para finalizar, a maior filhadaputagem desse filme foi
deixar aquele nojento do Alejandro vivo (ou, pelo menos, não nos deixar vê-lo tendo a morte mais agonizante de todas).
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraQue torre de Babel... Parece que o Joss Whedon caiu naquele erro pretensioso de querer fazer uma sequência mais grandiosa que o original, mas o roteiro ficou uma bagunça e o resto foi junto.
O melhor personagem é o martelo do Thor.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista Agora"Criatura ridícula! Eu sou um deus! Não serei detido por..."
(Interrupção do discurso do Loki)
Hércules
3.0 8 Assista AgoraPara um filme dos anos 50, acho que envelheceu bem. Steve Reeves está ótimo no papel do protagonista e algumas cenas de ação estão muito bem feitas para a época, (como a luta com o leão). O roteiro parece confuso em alguns momentos, como se estivesse indeciso sobre quem é o real protagonista da história: Hércules ou Jasão; porém, se sai bem melhor do que as versões sem pé nem cabeça (embora divertidas) estreladas por Lou "Hulk" Ferrigno mais de vinte anos depois.
A Metade Negra
3.2 66 Assista AgoraNão é um filme ruim, mas fica a impressão de coisa morna e arrastada, que poderia ser bem melhor. Certamente não é uma das adaptações mais memoráveis de Stephen King, e acho que a culpa não é do Timothy Hutton (que traz uma ótima atuação estilo "O médico e o monstro"), nem do George Romero (diretor e roteirista aqui), mas da própria obra de King, que não é das mais empolgantes. Os efeitos digitais dos pardais no clímax são ridículos, mas a gente releva pela época e pelo orçamento: ILM não é para todos.
Curiosa
2.8 76 Assista AgoraO marido da Marie é o corno mais consciente-passivo-sofrido-satisfeito do mundo!
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraA Gwyneth Paltrow já estava acabada antes de pegar o vírus.
Apocalypto
3.8 841Fantástico! Não é à toa que Tarantino, Scorsese e Spike Lee admiram tanto este filme.
Longe das câmeras, Mel Gibson pode até ser um ser humano detestável, mas acho que isso não diminui o mérito dele como cineasta: o cara sabe equilibrar muito bem o drama e a ação e o resultado é este espetáculo visual e visceral. Tecnicamente, é uma obra exuberante, com fotografia belíssima e cenas de violência satisfatoriamente cruas (em especial a sequência dos sacrifícios humanos). Vi que, na época, ele concorreu ao Oscar de Melhor maquiagem (que inclui penteados) e achei injusto ele não levar essa estatueta, porque francamente eu nunca vi uma variedade maior de penteados exóticos e criativos do que neste filme.
No mais, gostei de quase todas as decisões do Gibson: da escolha do elenco quase totalmente desconhecido ao rigor com a linguagem ao recriar um idioma. Digo "quase" porque a única coisa que me incomodou foi a presença dos famosos deus ex machina hollywoodianos: o maior de todos é quando
Jaguar está prestes a ser sacrificado, o sacerdote maia já está com a faca erguida e, no exato momento de baixá-la, acontece um eclipse muitíssimo conveniente, que é interpretado como sinal de que Kukulcán está satisfeito.