The Crown segue como obra de arte. Houve um sutil declínio na qualidade da história, é verdade. No entanto, nada que a comprometa, pois a série ainda nos cativa. Imelda, claro, nunca decepciona - meus olhos brilham assistindo-a. No papel de Elizabeth II, essa artista apenas reafirma a singularidade de sua arte: brilha, ofusca, transfigura-se naturalmente. Atriz com A maiúsculo! Nesse sentido, a história Rainha só tem a ganhar. Quanto à Debicki, guardo semelhante fascínio: não se pode distingui-la de Diana.
Vale principalmente pelas falas do Pelé e amigos, além das imagens das antigas copas. Fora isso, o documentário extrapola na abordagem política, que, embora sirva de contextualização, acaba ofuscando muita coisa, a começar pelo próprio Pelé. No mais, bom documentário.
Para uma série que sofreu tantas baixas, o desfecho ficou na medida, então posso dizer que minhas expectativas foram, em sua maioria, supridas. Muito longe de um ponto final, as reticências ficaram no ar, e espero que elas ganhem significado no filme.
Documentário necessário. Vendo-o, confirmo o que sinto quando estou na cidade grande: o completo sentimento de tédio, vazio e abandono. Sinto-me sufocado. Não à toa tais cidades são mais atraentes e autênticas em seus centros históricos, isto é, o núcleo, raiz e coração da urbe. Por isso, fico mais à vontade numa cidade pequena, como as que ainda resistem no interior do Brasil - o Brasil real e profundo. Ora, pensar a cidade como um organismo faz toda a diferença, a começar pelo papel que nós, cidadãos, desempenhamos nesse espaço. Inclusive, gostei de como os entrevistados sintetizaram a função da modernidade no meio urbano: que ela seja assimilada e cresça de modo calmo e flexível, sem varrer para debaixo do tapete séculos e séculos de tradição. Rimar com o passado é o curso natural das coisas. Tem sido assim desde que o mundo é mundo, em toda e qualquer comunidade, sem exclusividade para a arquitetura.
Aplaudo as presenças de Iain McGilchrist e Theodore Dalrymple na composição do argumento. Destaco também a menção ao trabalho de Jane Jacobs, cujo principal livro - Morte e vida de grandes cidades - já consta na minha lista de futuras leituras.
Disse Kafka: "Um livro deve ser um machado de gelo para quebrar o mar congelado dentro de nós.". Pois bem, podemos dizer que "O Pianista" surte o mesmo efeito em nós. Esse é o mérito da arte: arrancar do caos a ordem necessária, pois a vida não basta.
Ao fim do filme, eu, duro que sou, não aguentei. Meus olhos ficaram molhados.
Com certeza um dos melhores filmes que eu já assisti. Sobre a inocência dos protagonistas, devemos ter em mente a pouca idade dos soldados que iam à guerra naqueles tempos. Eram garotos. Num campo de batalha, tudo pode acontecer - até partidas de futebol (aos entendedores a interpretação).
Simples, belo e cruel. Quanta sensibilidade! Hopkins transmitiu toda a fragilidade de uma pessoa com Alzheimer. Para quem testemunha - ou já testemunhou - pessoas com esse problema, a atuação penetra ainda mais em nossos sentimentos, sobretudo quando o filme mescla as percepções do protagonista às de quem assiste. A imersão necessária. Aplausos ainda para a belíssima atuação da Olivia Colman que, junto ao Anthony Hopkins, coroa o filme, tornando-o fundamental para o tempo em que vivemos.
Realmente, como explicaram nos comentários, a série não se propõe a explicar a Partida, mas em desnudar o sofrimento e a resistência dos que ficaram. Para além de crenças ou filosofias, resta a maravilhosa lição de valorizarmos mais as pessoas, de vivermos o hoje, o agora, junto de quem amamos. Uma obra-prima, com todas as letras! Aplausos para o elenco e para toda a equipe.
Série não recomendada para quem sofre do coração, rs. Brincadeiras à parte, gostei da troca de abertura e da nova ambientação dos personagens - uma coisa explica a outra, acredito. As viagens sobrenaturais e as pontas soltas são o charme da história. Elenco, fotografia e sonoplastia impecáveis. Obra-prima: digna de aplausos.
Pouquíssimas séries brasileiras me prenderam tanto como essa. Há certos clichês, é verdade, principalmente nos diálogos e na representação de algumas entidades, mas, no que diz respeito ao elenco, gostei demais: fizeram jus ao trabalho. Os efeitos são caprichados e a histórica conquista pela premissa.
Cientificamente poético. Um filme que trabalha na ciência, deságua na filosofia e aponta para as suas possíveis implicações teológicas. A paciência do amor, o nosso lugar no universo - existencialismo, valores sociais, meio ambiente, ética e moralidade: trabalho impecável! sobretudo quando temos à nossa frente atores como McConaughey e Hathaway, não desmerecendo os demais, é claro, pois o elenco é de primeiríssima ordem.
Ao Nolan e ao Zimmer, toda a minha admiração. Mais um favorito.
Melhor série que eu já assisti. O tipo de produção que pensa no espectador, que promete, faz e cumpre. Soube a hora de parar e cá estou eu, órfão, pensativo, mas satisfeito.
Um espetáculo de série. Olivia e Claire, rainhas da atuação. Aliás, aplausos para todos os atores e demais envolvidos na produção de The Crown, certamente um dos melhores trabalhos da Netflix.
The Crown (5ª Temporada)
3.8 98 Assista AgoraThe Crown segue como obra de arte. Houve um sutil declínio na qualidade da história, é verdade. No entanto, nada que a comprometa, pois a série ainda nos cativa. Imelda, claro, nunca decepciona - meus olhos brilham assistindo-a. No papel de Elizabeth II, essa artista apenas reafirma a singularidade de sua arte: brilha, ofusca, transfigura-se naturalmente. Atriz com A maiúsculo! Nesse sentido, a história Rainha só tem a ganhar. Quanto à Debicki, guardo semelhante fascínio: não se pode distingui-la de Diana.
Pelé
3.6 77Vale principalmente pelas falas do Pelé e amigos, além das imagens das antigas copas. Fora isso, o documentário extrapola na abordagem política, que, embora sirva de contextualização, acaba ofuscando muita coisa, a começar pelo próprio Pelé. No mais, bom documentário.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista AgoraTrabalho de gênio. E novamente: Mike se sobressai em tudo, razão pela qual detém a preferência de boa parte do público.
Better Call Saul (3ª Temporada)
4.4 313 Assista AgoraPelo amor de Deus, que trabalho formidável!
Better Call Saul (1ª Temporada)
4.3 821 Assista AgoraQualidade, eis o nome. E, Mike, você continua sendo o melhor personagem desse universo. Homão da p*!
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (6ª Temporada)
4.1 206Para uma série que sofreu tantas baixas, o desfecho ficou na medida, então posso dizer que minhas expectativas foram, em sua maioria, supridas. Muito longe de um ponto final, as reticências ficaram no ar, e espero que elas ganhem significado no filme.
Obrigado, Cillian. Você nasceu para atuar.
O Fim da Beleza
4.3 7Documentário necessário. Vendo-o, confirmo o que sinto quando estou na cidade grande: o completo sentimento de tédio, vazio e abandono. Sinto-me sufocado. Não à toa tais cidades são mais atraentes e autênticas em seus centros históricos, isto é, o núcleo, raiz e coração da urbe. Por isso, fico mais à vontade numa cidade pequena, como as que ainda resistem no interior do Brasil - o Brasil real e profundo. Ora, pensar a cidade como um organismo faz toda a diferença, a começar pelo papel que nós, cidadãos, desempenhamos nesse espaço. Inclusive, gostei de como os entrevistados sintetizaram a função da modernidade no meio urbano: que ela seja assimilada e cresça de modo calmo e flexível, sem varrer para debaixo do tapete séculos e séculos de tradição. Rimar com o passado é o curso natural das coisas. Tem sido assim desde que o mundo é mundo, em toda e qualquer comunidade, sem exclusividade para a arquitetura.
Aplaudo as presenças de Iain McGilchrist e Theodore Dalrymple na composição do argumento. Destaco também a menção ao trabalho de Jane Jacobs, cujo principal livro - Morte e vida de grandes cidades - já consta na minha lista de futuras leituras.
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraDisse Kafka: "Um livro deve ser um machado de gelo para quebrar o mar congelado dentro de nós.". Pois bem, podemos dizer que "O Pianista" surte o mesmo efeito em nós. Esse é o mérito da arte: arrancar do caos a ordem necessária, pois a vida não basta.
Ao fim do filme, eu, duro que sou, não aguentei. Meus olhos ficaram molhados.
1917
4.2 1,8K Assista AgoraCom certeza um dos melhores filmes que eu já assisti. Sobre a inocência dos protagonistas, devemos ter em mente a pouca idade dos soldados que iam à guerra naqueles tempos. Eram garotos. Num campo de batalha, tudo pode acontecer - até partidas de futebol (aos entendedores a interpretação).
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraSimples, belo e cruel. Quanta sensibilidade! Hopkins transmitiu toda a fragilidade de uma pessoa com Alzheimer. Para quem testemunha - ou já testemunhou - pessoas com esse problema, a atuação penetra ainda mais em nossos sentimentos, sobretudo quando o filme mescla as percepções do protagonista às de quem assiste. A imersão necessária. Aplausos ainda para a belíssima atuação da Olivia Colman que, junto ao Anthony Hopkins, coroa o filme, tornando-o fundamental para o tempo em que vivemos.
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista AgoraRealmente, como explicaram nos comentários, a série não se propõe a explicar a Partida, mas em desnudar o sofrimento e a resistência dos que ficaram. Para além de crenças ou filosofias, resta a maravilhosa lição de valorizarmos mais as pessoas, de vivermos o hoje, o agora, junto de quem amamos. Uma obra-prima, com todas as letras! Aplausos para o elenco e para toda a equipe.
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422 Assista AgoraSérie não recomendada para quem sofre do coração, rs. Brincadeiras à parte, gostei da troca de abertura e da nova ambientação dos personagens - uma coisa explica a outra, acredito. As viagens sobrenaturais e as pontas soltas são o charme da história. Elenco, fotografia e sonoplastia impecáveis. Obra-prima: digna de aplausos.
Trono Manchado de Sangue
4.4 121 Assista AgoraShakespeare e Akira Kurosawa: não tem como dar errado.
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraPersonagens devidamente amarrados em uma trama insana mas apaixonante. Tem tudo para ser a minha mais nova série preferida.
O Garoto
4.5 582 Assista AgoraClássico com C maiúsculo.
Cidade Invisível (1ª Temporada)
4.0 751Pouquíssimas séries brasileiras me prenderam tanto como essa. Há certos clichês, é verdade, principalmente nos diálogos e na representação de algumas entidades, mas, no que diz respeito ao elenco, gostei demais: fizeram jus ao trabalho. Os efeitos são caprichados e a histórica conquista pela premissa.
Amadeus
4.4 1,1KCom todas as letras: soberbo!
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraCientificamente poético. Um filme que trabalha na ciência, deságua na filosofia e aponta para as suas possíveis implicações teológicas. A paciência do amor, o nosso lugar no universo - existencialismo, valores sociais, meio ambiente, ética e moralidade: trabalho impecável! sobretudo quando temos à nossa frente atores como McConaughey e Hathaway, não desmerecendo os demais, é claro, pois o elenco é de primeiríssima ordem.
Ao Nolan e ao Zimmer, toda a minha admiração. Mais um favorito.
Monstros S.A.
4.2 1,5K Assista AgoraO tipo de animação que a gente não enjoa. Envelheceu muito bem.
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraMelhor série que eu já assisti. O tipo de produção que pensa no espectador, que promete, faz e cumpre. Soube a hora de parar e cá estou eu, órfão, pensativo, mas satisfeito.
The Crown (4ª Temporada)
4.5 246 Assista AgoraImpecável. Uma das poucas séries que mantém o ritmo.
The Crown (3ª Temporada)
4.3 217 Assista AgoraUm espetáculo de série. Olivia e Claire, rainhas da atuação. Aliás, aplausos para todos os atores e demais envolvidos na produção de The Crown, certamente um dos melhores trabalhos da Netflix.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraMeu Deus, há quanto tempo eu não via algo tão bom!!!
A Hora da Estrela
3.9 518"A história é de uma inocência pisada, de uma miséria anônima." Clarice Lispector, em entrevista à TV Cultura, falando sobre "A Hora da Estrela".