Radiografia familiar bastante pessoal. É como ver um álbum de fotografias de pessoas desconhecidas: a alguns fascina, a outros entedia. Se vc pertence ao primeiro grupo, assista!
Álex De La Iglesia imprimindo seu costumeiro ritmo e deixando a sua marca personalíssima em mais um grande filme. Não me ocorrem muitos diretores que dá pra vc falar com segurança que dirigiram um filme determinado sem que você tenha conhecimento prévio deste fato. Mas, quando vc reconhece a "mão" do diretor, seja na escolha dos ângulos, no figurino, no ritmo ou em escolhas outras, então você pode dizer que está diante de um diretor que é mais que um artífice, mas sim um artista, alguém coerente e preocupado em deixar uma obra na história da sétima arte, algo que funcione para além do entretenimento. No que vejo do De La Iglesia, estas características estão lá e permanecem intocadas a cada novo filme lançado. Não posso dizer que eu não fico satisfeito.
O filme, por si só, é fraco. Levando em conta que foi dirigido por um mestre, aí sim, ele vira uma retumbante bomba!!! Aquém do que o Carpenter já mostrou que sabe e pode, até mesmo em um passado recente, com o seu "Cigarette Burns"... Ficou devendo e MUITO!
A premissa, apesar de absurda, é muito interessante e toma até o cuidado de se amparar em uma teoria sociológica - debilitada, é verdade, mas só a preocupação com este tipo de respaldo já é digna de aplausos. Tem momentos de tensão bem criados, embora resvale no lugar-comum em uma mesma proporção, ou seja, ele te oferece situações que surpreendem num momento determinado para, mais adiante, te tratar como um imbecil, confirmando os indícios que já havia dado anteriormente. Em um cenário tão desolador quanto o do horror atual, este exemplar não deixa de ter o seu charme... embora esteja longe de ser mais que bom entretenimento para os aficionados.
Intertextualidade e um riquíssimo jogo de simbolismos - alguns inclusive desvelados pelos próprios atores, ao tecerem comentários durante o ensaio - fazem deste aqui uma grande pedida para quem curte filmes mais cerebrais, que te jogam fora da zona de conforto do entretenimento puro e simples. Tão econômico quando em "O Deus da Carnificina", porém com resultados muito superiores, Polanski aqui só não pode ser comparado ao vinho porque sua carreira sempre teve pontos altos em diversas fases, e não apenas agora. Uma das minhas boas surpresas de 2014.
James Franco ainda empresta alguma credibilidade ao seu papel, mas o roteiro é irregular demais e muito previsível, além de o ritmo ser completamente equivocado, dando a impressão de que as situações foram mal desenvolvidas. Dependendo do seu poder de imersão, acaba sendo uma diversão razoável, mas os defeitos são bastante evidentes.
A adaptação de quadrinhos mais bem sucedida que eu já vi. Não é o melhor filme de super-heróis, mas é a melhor adaptação, a ponto de você ter a sensação de estar "assistindo uma história em quadrinhos", com fidelidade até mesmo ao tom meio moralista que a Marvel inocula em algumas falas dos seus personagens. Uma agradável surpresa, repleta de referências para os mais fanáticos pescarem!!!
Esse título nacional... o filme chegou a ser exibido nos cinemas daqui, alguém sabe? Pq acredito que em VHS ele nunca tenha sido oficialmente lançado e, em DVD/BD, tenho certeza que nunca foi.
Bobagem americanófila de exaltação ao FBI. Dada a época em que foi feito, não é de se estranhar estas características e deve ter cumprido bem o seu papel. Hoje em dia, soa ufanista, ingênuo e datado.
Em geral, concordo com as críticas ao filme feitas aqui embaixo, mas uma estrela e meia ele ganhou só pela escalação da Maggie Grace. Linda demais, embeleza qualquer roteiro fraco!!!
Um elenco estelar completamente desperdiçado! E pensar que os Spierig Bros já chegaram a ser saudados como uma das grandes promessas do horror vindo da Austrália na época do ótimo "Canibais"...
Pra começo de conversa: aventura com vampiros não dá! Não mesmo!!! Lugar de vampiro é em filme de terror e "2019 - O Ano da Extinção" pode ser qualquer coisa, menos um filme de terror. Não que a premissa não seja interessante, mas se força a mitologia dos sanguessugas no limite do suportável e o resultado fica bem abaixo da média.
O grande problema que eu vejo no Malick é que a narrativa fragmentada por imagens, apesar de poética e muito bem realizada, com a fotografia primorosa, como já salientaram aqui, acaba soando prolixa. Aqui especificamente, o filme parece ser mais longo do que realmente é. Muito bonito, um recorte dos momentos vividos a dois pelos protagonistas que é recheado de poesia, mesmo em meio aos problemas, mas com uma séria carência de ritmo.
A primeira metade do filme é bem ambientada, claustrofóbica, com locações escuras e com um clima perturbador, sem precisar recorrer à paranormalidades e afins. As coisas simplesmente acontecem e não há razão para tal, é até um pouco angustiante e incômodo! Daí, à medida em que o filme começa a explicar as coisas, tudo vai desmoronando; as explicações desvalorizam o bom suspense que vinha sendo criado, uma vez que não convencem. Pra coroar, o final é digno de um filme do SyFy Channel.
E foi só eu que achei o protagonista MUITO IGUAL ao Elijah Wood?!?
Sensível; tem bom ritmo e alguns planos são plasticamente muito bonitos. Em contrapartida, a radiografia familiar é superficial - não me entendam mal, talvez até seja esta a intenção do filme, apenas acredito que ele poderia pesar mais a mão no drama sobre o divórcio.
Aliás, um dos pontos altos, e que me remeteu diretamente ao atual cinema argentino, foi o monólogo sobre divórcio no bar, com divagações sobre as etapas, num misto de boemia e filosofia de botequim maravilhoso.
Um filme sobre superação, com um personagem que luta para vencer as dificuldades e provar para todos que é capaz e que merece ser feliz, mesmo enfrentando a reprovação de alguns, que se sentem ameaçados pelas suas qualidades.
É, o resumo acima foi escrito de forma bem derivativa por uma razão simples: é isso o que o filme é! Você já viu este filme MILHARES de vezes, com outras personagens. Poderia ser até Cinderella!!! E tudo, absolutamente tudo, é o clichê do clichê do clichê elevado à enésima potência, tudo muito manjado e previsível. Caberia na Sessão da Tarde e mereceria figurar entre os filmes que eu enquadro em um subgênero particular que chamo de "filmes inofensivos".
Situações enfadonhas, personagens sem carisma e pouco desenvolvidos, reforçando a impressão de superficialidade geral. Além de tudo, tenta forçar um ritmo mais acelerado através das falas-metralhadora das personagens, mas não convence. Ruim!
O filme é fraco, mas há algum charme na ambientação e nos sotaques truncados. Os monstros alternam momentos em que a precariedade das fantasias é evidenciada com outros em que correm e demonstram grande mobilidade. Seria um bom entretenimento para um filme de lobisomens feito para a TV, mas nunca irá se destacar neste subgênero, verdade seja dita.
O Verão do Skylab
3.6 47Radiografia familiar bastante pessoal. É como ver um álbum de fotografias de pessoas desconhecidas: a alguns fascina, a outros entedia. Se vc pertence ao primeiro grupo, assista!
Olhos Azuis
3.7 140 Assista AgoraMais uma franca demonstração do grande talento que Irandhir Santos tem. A credibilidade que ele passa em cada papel é invejável.
As Bruxas de Zugarramurdi
3.3 124Álex De La Iglesia imprimindo seu costumeiro ritmo e deixando a sua marca personalíssima em mais um grande filme. Não me ocorrem muitos diretores que dá pra vc falar com segurança que dirigiram um filme determinado sem que você tenha conhecimento prévio deste fato. Mas, quando vc reconhece a "mão" do diretor, seja na escolha dos ângulos, no figurino, no ritmo ou em escolhas outras, então você pode dizer que está diante de um diretor que é mais que um artífice, mas sim um artista, alguém coerente e preocupado em deixar uma obra na história da sétima arte, algo que funcione para além do entretenimento. No que vejo do De La Iglesia, estas características estão lá e permanecem intocadas a cada novo filme lançado. Não posso dizer que eu não fico satisfeito.
Aterrorizada
2.8 540O filme, por si só, é fraco. Levando em conta que foi dirigido por um mestre, aí sim, ele vira uma retumbante bomba!!! Aquém do que o Carpenter já mostrou que sabe e pode, até mesmo em um passado recente, com o seu "Cigarette Burns"... Ficou devendo e MUITO!
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraA premissa, apesar de absurda, é muito interessante e toma até o cuidado de se amparar em uma teoria sociológica - debilitada, é verdade, mas só a preocupação com este tipo de respaldo já é digna de aplausos. Tem momentos de tensão bem criados, embora resvale no lugar-comum em uma mesma proporção, ou seja, ele te oferece situações que surpreendem num momento determinado para, mais adiante, te tratar como um imbecil, confirmando os indícios que já havia dado anteriormente. Em um cenário tão desolador quanto o do horror atual, este exemplar não deixa de ter o seu charme... embora esteja longe de ser mais que bom entretenimento para os aficionados.
A Pele de Vênus
4.0 218 Assista AgoraIntertextualidade e um riquíssimo jogo de simbolismos - alguns inclusive desvelados pelos próprios atores, ao tecerem comentários durante o ensaio - fazem deste aqui uma grande pedida para quem curte filmes mais cerebrais, que te jogam fora da zona de conforto do entretenimento puro e simples. Tão econômico quando em "O Deus da Carnificina", porém com resultados muito superiores, Polanski aqui só não pode ser comparado ao vinho porque sua carreira sempre teve pontos altos em diversas fases, e não apenas agora. Uma das minhas boas surpresas de 2014.
Oz: Mágico e Poderoso
3.2 2,1K Assista AgoraJames Franco ainda empresta alguma credibilidade ao seu papel, mas o roteiro é irregular demais e muito previsível, além de o ritmo ser completamente equivocado, dando a impressão de que as situações foram mal desenvolvidas. Dependendo do seu poder de imersão, acaba sendo uma diversão razoável, mas os defeitos são bastante evidentes.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraA adaptação de quadrinhos mais bem sucedida que eu já vi. Não é o melhor filme de super-heróis, mas é a melhor adaptação, a ponto de você ter a sensação de estar "assistindo uma história em quadrinhos", com fidelidade até mesmo ao tom meio moralista que a Marvel inocula em algumas falas dos seus personagens. Uma agradável surpresa, repleta de referências para os mais fanáticos pescarem!!!
Os Meninos
4.0 104Esse título nacional... o filme chegou a ser exibido nos cinemas daqui, alguém sabe? Pq acredito que em VHS ele nunca tenha sido oficialmente lançado e, em DVD/BD, tenho certeza que nunca foi.
A Máscara do Demônio
3.6 17Maravilha!!!
Madrid, 1987
3.6 23Um achado!
A Casa da Rua 92
3.4 10Bobagem americanófila de exaltação ao FBI. Dada a época em que foi feito, não é de se estranhar estas características e deve ter cumprido bem o seu papel. Hoje em dia, soa ufanista, ingênuo e datado.
Sequestro no Espaço
2.9 305 Assista AgoraEm geral, concordo com as críticas ao filme feitas aqui embaixo, mas uma estrela e meia ele ganhou só pela escalação da Maggie Grace. Linda demais, embeleza qualquer roteiro fraco!!!
2019: O Ano da Extinção
3.0 808Um elenco estelar completamente desperdiçado! E pensar que os Spierig Bros já chegaram a ser saudados como uma das grandes promessas do horror vindo da Austrália na época do ótimo "Canibais"...
Pra começo de conversa: aventura com vampiros não dá! Não mesmo!!! Lugar de vampiro é em filme de terror e "2019 - O Ano da Extinção" pode ser qualquer coisa, menos um filme de terror. Não que a premissa não seja interessante, mas se força a mitologia dos sanguessugas no limite do suportável e o resultado fica bem abaixo da média.
Amor Pleno
3.0 558O grande problema que eu vejo no Malick é que a narrativa fragmentada por imagens, apesar de poética e muito bem realizada, com a fotografia primorosa, como já salientaram aqui, acaba soando prolixa. Aqui especificamente, o filme parece ser mais longo do que realmente é. Muito bonito, um recorte dos momentos vividos a dois pelos protagonistas que é recheado de poesia, mesmo em meio aos problemas, mas com uma séria carência de ritmo.
O Sushi dos Sonhos de Jiro
4.2 83Poema visual sobre simplicidade e perseverança.
Citadel
3.0 101A primeira metade do filme é bem ambientada, claustrofóbica, com locações escuras e com um clima perturbador, sem precisar recorrer à paranormalidades e afins. As coisas simplesmente acontecem e não há razão para tal, é até um pouco angustiante e incômodo! Daí, à medida em que o filme começa a explicar as coisas, tudo vai desmoronando; as explicações desvalorizam o bom suspense que vinha sendo criado, uma vez que não convencem. Pra coroar, o final é digno de um filme do SyFy Channel.
E foi só eu que achei o protagonista MUITO IGUAL ao Elijah Wood?!?
Superclássico
3.2 11Sensível; tem bom ritmo e alguns planos são plasticamente muito bonitos. Em contrapartida, a radiografia familiar é superficial - não me entendam mal, talvez até seja esta a intenção do filme, apenas acredito que ele poderia pesar mais a mão no drama sobre o divórcio.
Aliás, um dos pontos altos, e que me remeteu diretamente ao atual cinema argentino, foi o monólogo sobre divórcio no bar, com divagações sobre as etapas, num misto de boemia e filosofia de botequim maravilhoso.
Pra ver e rever.
Morada do Perigo
2.3 102Começa muito bem, mas a conclusão... acho que esqueceram de filmar ou acabou o orçamento!!!
Um Time Especial
3.2 11Um filme sobre superação, com um personagem que luta para vencer as dificuldades e provar para todos que é capaz e que merece ser feliz, mesmo enfrentando a reprovação de alguns, que se sentem ameaçados pelas suas qualidades.
É, o resumo acima foi escrito de forma bem derivativa por uma razão simples: é isso o que o filme é! Você já viu este filme MILHARES de vezes, com outras personagens. Poderia ser até Cinderella!!! E tudo, absolutamente tudo, é o clichê do clichê do clichê elevado à enésima potência, tudo muito manjado e previsível. Caberia na Sessão da Tarde e mereceria figurar entre os filmes que eu enquadro em um subgênero particular que chamo de "filmes inofensivos".
A Praga Assassina
2.8 6Se não tem o charme tosco da direção do Bert I. Gordon, ao menos consegue ser bem mais divertido.
Descobrindo o Amor
2.5 97 Assista AgoraSituações enfadonhas, personagens sem carisma e pouco desenvolvidos, reforçando a impressão de superficialidade geral. Além de tudo, tenta forçar um ritmo mais acelerado através das falas-metralhadora das personagens, mas não convence. Ruim!
Campo Selvagem
2.3 6O filme é fraco, mas há algum charme na ambientação e nos sotaques truncados. Os monstros alternam momentos em que a precariedade das fantasias é evidenciada com outros em que correm e demonstram grande mobilidade. Seria um bom entretenimento para um filme de lobisomens feito para a TV, mas nunca irá se destacar neste subgênero, verdade seja dita.
Kill List
3.3 198Intenso e perturbador, ainda que todas as pistas apontassem para um final próximo do que acontece, isso nunca resvala na previsibilidade. Sufocante!!!