Muito aconchegante. As atuações, a história, a curva de dramaticidade. Gostei muito. E tem algo de inocente aqui, quase pueril. É bem bonito. Ótima experiência.
Queria saber mais sobre a vida dela antes de conhecer o Mitchell. Creio que seria importante para traçar um panorama mais justo sobre a personalidade dessa figura histórica. Mesmo assim, esses 40 minutos serviram para que eu lembrasse de algo que a minha avó, Firmina Gomes, sempre dizia:
"Onde tem política, nada presta."
Aqui, é machismo, é corrupção, é ganância, é espetáculo midiático, é tudo junto. Triste e instigante. Martha é um símbolo do que acontece, no passado e ainda hoje em dia, quando as mulheres ousam falar o que pensam. Especialmente, na política. É a louca, a desajustada, desequilibrada, doente, histérica.
E ela tinha razão em tudo o que dizia. Quer maior tapa na cara que esse?
Fiquei surpreso. Não, não é a grande comédia do cinema nacional, mas consegue abraçar, fazer rir sem exageros e, melhor ainda, fez com que eu mordesse a língua, já que eu pensava que seria "mais do mesmo". É "mais do mesmo", ok, mas tem um bom trabalho de roteiro aqui.
Estou de saco cheio de filmes que buscam causar frisson em um público cada vez mais sensível e em choque com idiotices. Essa classificação +18 é uma piada, por favor. Se você tem problemas com menstruação, com homens mostrando a bunda e o pinto, e com cenas simuladas (não explícitas) de sexo, acho que você deve pensar se não anda sensível demais pelas coisas erradas. Por favor, ligue nos jornais. A realidade é chocante, não isso aqui.
Há sete mil crianças mortas em Gaza e você se diz "em choque" por causa de um pinto? Sério?
Se você me disser que sim, então, você está mais fora da realidade do que as pessoas que são retratadas neste filme. E creio que nesse sentido, provocação e sátira, o filme funciona. Porém, e isso eu confesso que não sei traduzir em palavras certeiras, eu senti que há algo vazio aqui. Falta um viço, entende?; algo que de fato me choque. Me prometeram um filme "+18 chocante". Onde ele está?
Eu li muito sobre a "chocante cena da banheira". Sério? E a "chocante cena final". Sério? E a "outra cena da banheira". (olhos revirando). E "Ó, meu Deus, a apatia das pessoas diante do horror que acontece nessa família" e blá, blá, blá... Se aparece o c* de um dos protagonistas, o que você faria?
Em que mundo você vive? De verdade: EM QUE MUNDO VOCÊ VIVE?
E sim, eu fico irritado porque me parece que as pessoas andam tão imersas em suas malditas bolhas das redes sociais, em seus vídeos de dancinhas, que elas, ao invés de abrirem a porta para enxergar e vivenciar o mundo real, precisam de um filme desse, mediano, fundamentado em uma dita beleza clássica de um ator, para que elas fiquem "em choque" com o que não conseguem enxergar na vida real, debaixo do nariz delas.
É nesse lugar de crítica que minha nota subiu para três estrelas e meia. Subiu porque o diretor/roteirista conseguiu fazer com que o público ficasse em choque com a apatia de personagens que nada mais são do que... o próprio público, a própria sociedade atual. O que "Saltburn" mostra é que a sociedade está tão sensível e fingindo que nada está acontecendo e vamos festejar e dançar e beber e transar que está sujeita, estamos todos, ao aparecimento de Olivers-mariposas que destroem todo esse esplendor de dentro para fora.
Eu rejeitei muita coisa do filme, mas eu tenho uma índole crítica social que está nos meus livros, nos meus contos. Nesse ponto, "Saltburn" é um belíssimo de um tapa na cara, cuspindo verdades enquanto a maioria do público, sentadinha no conforto de suas salas, se diz "em choque", ou suspira pelo Jacob Elordi, e depois abrem o celular e esvaziam a mente enquanto o mundo pega fogo.
Se "Saltburn" fosse feito por um diretor como Lars Von Trier, meu amigo e minha amiga, você veria o que significa "em choque" e "+18". Façamos assim: você assiste a "AntiCristo" e a "Ninfomaníaca" e depois nós conversamos sobre "ficar em choque", tá?
O resto é perfumaria limpinha e bobinha só para causar choquinhos em pessoas que andam sensíveis demais para o meu gosto.
Que filmezinho maravilhoso, rapaz... Quando uma trama te faz cair de gargalhada diante de uma cabeça baleada sem querer, há algo interessante aí. Adorei esse humor dark, ousado, bem distante do comum. Acredito que em tempos em que as pessoas, a maioria, andam cheias de não me toques alimentados pela loucura das redes sociais, filmes assim servem para dar aquela chacoalhada bonita. A nota aqui no Filmow reflete muito bem como algumas pessoas, pra variar, não conseguem se desprender de seus mundinhos de falsa perfeição. F*da-se. O filme é muito massa. Assistiria FÁCIL outro no mesmo estilo.
Complexo, inspirador, tenso, poético, emocionante, cativante, humano, genial. Creio que para quem é apaixonado, apaixonada por música, é um tesouro descoberto. Lindo filme. Eu fiquei tão imerso aqui que nem percebi o tempo passar. Tanto que fiquei até o último segundo dos créditos, sedento por mais. Que riqueza é imergir nos bastidores de um álbum tão revelante, gravado em uma época de arte e trabalho árduo, entrega, vômito de música. Quase cinquenta anos depois, estão vivos, ambos, em suas músicas e possibilidades poéticas. Incrível.
Lá pelo meio do filme eu comecei a atentar para o fato de que ele tem a mesma estrutura narrativa de "No Ritmo do Coração" (que é uma cópia melodramática e medíocre do maravilhoso "A Família Belier"), porém, com uma diferença primordial: este aqui não é uma cópia e isso faz toda a diferença. A história de Bea é uma história de amor que não cai no melodrama. Tem seus dramas, mas eles são construídos de modo muito natural. Nas mãos de um diretor dado a fazer algo exagerado, seria um chororô absurdo, cheio de cenas tristes. Não foi. O que experimentei foi um filme tranquilo, bonito, e que nos abraça e conforta. Valeu cada minuto.
Quando você tem um filme que incomoda os "cidadãos de bem" é porque há algo ali de realmente bom e que precisa ser falado. Diante desse contexto e pela questão social, portanto, é um filme lindo. A crueza dele é um encaixe perfeito para contar essa história. Porém, diante da questão técnica, é um filme regular.
Para mim, o maior problema foi a questão do áudio. A mixagem de som é bem irregular. Em muitas partes eu não entendia nada, em outras o áudio simplesmente explodia. Tive que assistir com o controle da TV na mão e a todo momento regular o som. Só isso já me tirou da imersão.
Um segundo ponto é o roteiro. Como mencionei, a premissa é chamativa, mas a execução foi bem capenga. É a vida em sua essência, de fato. Eu consegui me identificar com certas situações. Mas, mesmo em algo tão cru, é necessário um certo trabalho narrativo senão a história fica sem unidade. Algumas cenas me pareceram vazias, o que caracteriza as chamadas "barrigas": cenas que poderiam ser facilmente cortadas.
Sério, fiquei decepcionado. Por mais que eu tenha me emocionado em certas partes, elas são 30% apenas. E, mesmo com a importância social, cultural e política do filme, o áudio e o roteiro não compensam isso para mim.
Por mais que tenha os clichês inerentes à época natalina, acredito que o grande trunfo de "Ritmo de Natal" é peitar os estereótipos com famílias negras, bem-sucedidas, retintas, e que fogem daquele conceito do "sofrimento da população preta no natal". Foi uma diversão serena. eu diria. O filme não aposta da comédia papelão (mais um trunfo) e embarca em uma jornada que traz camadas, entrelinhas, silêncios. É um diferencial. A minha questão é só que faltou aquele "toque cinematográfico", sabe; um tempero que não sei explicar, mas senti. Sabe quando você come algo que é excelente, mas sente que faltou um toque de alguma coisa ali para que ela ficasse divina? Esse é o meu ponto. Mesmo assim, "Ritmo de natal" ganha pelos seus diferenciais e por trazer uma mensagem óbvia, mas esquecida hoje em dia: estamos todos juntos, vestidos com nossas diferenças e precisamos baixar as máscaras e respeitar os outros.
É maravilhoso pensar que esse "entendidos" de cinema que criticam o DeNiro por "fazer um papel menor", se estivessem no lugar dele, fazendo um "papel menor", mas ganhando seus milhões, fariam isso sorrindo. 🤔
O filme é massa sim. Diferente de comédias de humor pastelão, ou que apelam para sexualidade ou escatologia, o que vi aqui foi um filme tranquilo, bem trabalhado, que não apenas versa sobre família como também manda.um importante recado sobre a importância dos imigrantes para os Estados Unidos.
Elenco redondinho, nelas imagens, roteiro com poucas arestas a serem aparadas, "Meu Pai é um Perigo" é sim um filme de Sessão da Tarde. E daí? Quem disse que "filmes de Sessão da Tarde" não podem se bons? Trazer uma mensagem legal? E ter um ator do calibre do DeNiro?
A não ser que você converse diariamente com o Robert DeNiro e me garanta que ele não está feliz com esse filme e só fez mesmo pelo dinheiro, sério, para de falar besteira. Você NÃO conhece a vida íntima desses artistas. Se o cara se sente confortável em fazer "filmes menores", f*da-se. Ele não tem mais que se provar a ninguém. Pega o beco e segue o baile. 👊🏼
O que mais gostei é que não é um filme bobo. Há camadas. À princípio, julguei que seria um daqueles filmes em que a "mulher feia" se embeleza e conquista um homem. E NÃO É! É sororidade, é empoderamento, é equidade. Tem tantas reflexões aqui, tantos aspectos sociais, é um filme tão rico que eu terminei com a mente fervilhando. Incrível.
Uma grata surpresa. Primeiro, pela Fernanda. Que apresentação cativante, leve, humana. Maravilhosa. Segundo, por nos obrigar a lidar com nossos próprios monstros internos. Como a Psicologia diz, é olhando o outro que entendemos quem somos. Ao ver esses conflitos, percebemos bastante quem somos. Fiquei emocionado várias vezes, mas também com raiva. Mas é coisa do jogo. Valeu muito a pena cada segundo. Entretenimento que traz mais do que mera perfumaria.
Palmas ininterruptas para Karine Teles. Eu me emocionei só pelo olhar dela. que atuação direta, real, profunda. O diálogo entre mãe e filha soou tão natural que eu me senti quase invadindo aquele momento de intimidade, senti até vergonha de fazer parte daquilo. É incrível. Incrível! Um curta-metragem que parece simples, mas é um daqueles com uma riqueza social gigantesca. Inspirador é a palavra que me alcança agora.
Não consegui imergir, confesso. Creio que um dos motivos é o fato de terem insistido em retratar a história como se estivessem nos EUA, o que, na minha opinião fecal, não funcionou muito bem. Acredito que se tivessem feito uma trama brasileira que espelhasse o que aconteceu ao Ramon Novarro essa imersão teria sido mais intensa.
Curta com lógica e com propósito, esta é uma obra que versa sobre aqueles encontros casuais com pessoas que se abrem em possibilidades de verdades e mentiras. É a velha história: você coloca a mão no fogo pelas pessoas que você beija?
É meio confuso, creio que isso seja inegável. Porém, acredito (na minha opinião fecal) que seja aquela confusão típica aos relacionamentos: um amar sem ter certeza se há reciprocidade, a troca de olhares que não se sabe de que tipo é, um abraço que fica no meio termo entre o carinho e um "algo mais".
Bonito não só em sua mensagem, mas também na construção da história. Tem seus problemas (para mim, especialmente nos cortes entre as cenas), mas isso não foi impeditivo para que eu imergisse no contexto. Funcionou bem.
Poético e intrigante. Fiquei fascinando pela coreografia e pela condução da trama, apesar de certa confusão. Medo e ódio dançam juntos uma balada de amor.
Lento e beira o melodramático por causa da escolha de músicas, mas entendo que é uma questão de outra escola de cinema, outros olhares. No geral , é bonitinho.
Breaking Fast
4.0 1Muito aconchegante. As atuações, a história, a curva de dramaticidade. Gostei muito. E tem algo de inocente aqui, quase pueril. É bem bonito. Ótima experiência.
Aquarium
3.8 4Fiquei com os olhos marejados. Em menos de dois minutos, este é um curta-metragem que diz muito. Fantástico!
APESAR DO SILÊNCIO
4.5 1Grata surpresa. É uma construção de emoções cadenciada, sutil. Gostei.
O Efeito Martha Mitchell
3.2 36Queria saber mais sobre a vida dela antes de conhecer o Mitchell. Creio que seria importante para traçar um panorama mais justo sobre a personalidade dessa figura histórica. Mesmo assim, esses 40 minutos serviram para que eu lembrasse de algo que a minha avó, Firmina Gomes, sempre dizia:
"Onde tem política, nada presta."
Aqui, é machismo, é corrupção, é ganância, é espetáculo midiático, é tudo junto. Triste e instigante. Martha é um símbolo do que acontece, no passado e ainda hoje em dia, quando as mulheres ousam falar o que pensam. Especialmente, na política. É a louca, a desajustada, desequilibrada, doente, histérica.
E ela tinha razão em tudo o que dizia. Quer maior tapa na cara que esse?
A Sogra Perfeita
2.7 35 Assista AgoraFiquei surpreso. Não, não é a grande comédia do cinema nacional, mas consegue abraçar, fazer rir sem exageros e, melhor ainda, fez com que eu mordesse a língua, já que eu pensava que seria "mais do mesmo". É "mais do mesmo", ok, mas tem um bom trabalho de roteiro aqui.
Saltburn
3.5 869Estou de saco cheio de filmes que buscam causar frisson em um público cada vez mais sensível e em choque com idiotices. Essa classificação +18 é uma piada, por favor. Se você tem problemas com menstruação, com homens mostrando a bunda e o pinto, e com cenas simuladas (não explícitas) de sexo, acho que você deve pensar se não anda sensível demais pelas coisas erradas. Por favor, ligue nos jornais. A realidade é chocante, não isso aqui.
Há sete mil crianças mortas em Gaza e você se diz "em choque" por causa de um pinto? Sério?
Se você me disser que sim, então, você está mais fora da realidade do que as pessoas que são retratadas neste filme. E creio que nesse sentido, provocação e sátira, o filme funciona. Porém, e isso eu confesso que não sei traduzir em palavras certeiras, eu senti que há algo vazio aqui. Falta um viço, entende?; algo que de fato me choque. Me prometeram um filme "+18 chocante". Onde ele está?
Eu li muito sobre a "chocante cena da banheira". Sério? E a "chocante cena final". Sério? E a "outra cena da banheira". (olhos revirando). E "Ó, meu Deus, a apatia das pessoas diante do horror que acontece nessa família" e blá, blá, blá... Se aparece o c* de um dos protagonistas, o que você faria?
Em que mundo você vive? De verdade: EM QUE MUNDO VOCÊ VIVE?
E sim, eu fico irritado porque me parece que as pessoas andam tão imersas em suas malditas bolhas das redes sociais, em seus vídeos de dancinhas, que elas, ao invés de abrirem a porta para enxergar e vivenciar o mundo real, precisam de um filme desse, mediano, fundamentado em uma dita beleza clássica de um ator, para que elas fiquem "em choque" com o que não conseguem enxergar na vida real, debaixo do nariz delas.
É nesse lugar de crítica que minha nota subiu para três estrelas e meia. Subiu porque o diretor/roteirista conseguiu fazer com que o público ficasse em choque com a apatia de personagens que nada mais são do que... o próprio público, a própria sociedade atual. O que "Saltburn" mostra é que a sociedade está tão sensível e fingindo que nada está acontecendo e vamos festejar e dançar e beber e transar que está sujeita, estamos todos, ao aparecimento de Olivers-mariposas que destroem todo esse esplendor de dentro para fora.
Eu rejeitei muita coisa do filme, mas eu tenho uma índole crítica social que está nos meus livros, nos meus contos. Nesse ponto, "Saltburn" é um belíssimo de um tapa na cara, cuspindo verdades enquanto a maioria do público, sentadinha no conforto de suas salas, se diz "em choque", ou suspira pelo Jacob Elordi, e depois abrem o celular e esvaziam a mente enquanto o mundo pega fogo.
Se "Saltburn" fosse feito por um diretor como Lars Von Trier, meu amigo e minha amiga, você veria o que significa "em choque" e "+18". Façamos assim: você assiste a "AntiCristo" e a "Ninfomaníaca" e depois nós conversamos sobre "ficar em choque", tá?
O resto é perfumaria limpinha e bobinha só para causar choquinhos em pessoas que andam sensíveis demais para o meu gosto.
O Urso do Pó Branco
2.9 333 Assista AgoraQue filmezinho maravilhoso, rapaz... Quando uma trama te faz cair de gargalhada diante de uma cabeça baleada sem querer, há algo interessante aí. Adorei esse humor dark, ousado, bem distante do comum. Acredito que em tempos em que as pessoas, a maioria, andam cheias de não me toques alimentados pela loucura das redes sociais, filmes assim servem para dar aquela chacoalhada bonita. A nota aqui no Filmow reflete muito bem como algumas pessoas, pra variar, não conseguem se desprender de seus mundinhos de falsa perfeição. F*da-se. O filme é muito massa. Assistiria FÁCIL outro no mesmo estilo.
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você
3.9 29 Assista AgoraComplexo, inspirador, tenso, poético, emocionante, cativante, humano, genial. Creio que para quem é apaixonado, apaixonada por música, é um tesouro descoberto. Lindo filme. Eu fiquei tão imerso aqui que nem percebi o tempo passar. Tanto que fiquei até o último segundo dos créditos, sedento por mais. Que riqueza é imergir nos bastidores de um álbum tão revelante, gravado em uma época de arte e trabalho árduo, entrega, vômito de música. Quase cinquenta anos depois, estão vivos, ambos, em suas músicas e possibilidades poéticas. Incrível.
Uma Família Extraordinária
3.6 46Lá pelo meio do filme eu comecei a atentar para o fato de que ele tem a mesma estrutura narrativa de "No Ritmo do Coração" (que é uma cópia melodramática e medíocre do maravilhoso "A Família Belier"), porém, com uma diferença primordial: este aqui não é uma cópia e isso faz toda a diferença. A história de Bea é uma história de amor que não cai no melodrama. Tem seus dramas, mas eles são construídos de modo muito natural. Nas mãos de um diretor dado a fazer algo exagerado, seria um chororô absurdo, cheio de cenas tristes. Não foi. O que experimentei foi um filme tranquilo, bonito, e que nos abraça e conforta. Valeu cada minuto.
Marte Um
4.1 305 Assista AgoraQuando você tem um filme que incomoda os "cidadãos de bem" é porque há algo ali de realmente bom e que precisa ser falado. Diante desse contexto e pela questão social, portanto, é um filme lindo. A crueza dele é um encaixe perfeito para contar essa história. Porém, diante da questão técnica, é um filme regular.
Para mim, o maior problema foi a questão do áudio. A mixagem de som é bem irregular. Em muitas partes eu não entendia nada, em outras o áudio simplesmente explodia. Tive que assistir com o controle da TV na mão e a todo momento regular o som. Só isso já me tirou da imersão.
Um segundo ponto é o roteiro. Como mencionei, a premissa é chamativa, mas a execução foi bem capenga. É a vida em sua essência, de fato. Eu consegui me identificar com certas situações. Mas, mesmo em algo tão cru, é necessário um certo trabalho narrativo senão a história fica sem unidade. Algumas cenas me pareceram vazias, o que caracteriza as chamadas "barrigas": cenas que poderiam ser facilmente cortadas.
Sério, fiquei decepcionado. Por mais que eu tenha me emocionado em certas partes, elas são 30% apenas. E, mesmo com a importância social, cultural e política do filme, o áudio e o roteiro não compensam isso para mim.
Ritmo de Natal
2.9 21 Assista AgoraPor mais que tenha os clichês inerentes à época natalina, acredito que o grande trunfo de "Ritmo de Natal" é peitar os estereótipos com famílias negras, bem-sucedidas, retintas, e que fogem daquele conceito do "sofrimento da população preta no natal". Foi uma diversão serena. eu diria. O filme não aposta da comédia papelão (mais um trunfo) e embarca em uma jornada que traz camadas, entrelinhas, silêncios. É um diferencial. A minha questão é só que faltou aquele "toque cinematográfico", sabe; um tempero que não sei explicar, mas senti. Sabe quando você come algo que é excelente, mas sente que faltou um toque de alguma coisa ali para que ela ficasse divina? Esse é o meu ponto. Mesmo assim, "Ritmo de natal" ganha pelos seus diferenciais e por trazer uma mensagem óbvia, mas esquecida hoje em dia: estamos todos juntos, vestidos com nossas diferenças e precisamos baixar as máscaras e respeitar os outros.
Meu Pai É Um Perigo
3.0 30 Assista AgoraÉ maravilhoso pensar que esse "entendidos" de cinema que criticam o DeNiro por "fazer um papel menor", se estivessem no lugar dele, fazendo um "papel menor", mas ganhando seus milhões, fariam isso sorrindo. 🤔
O filme é massa sim. Diferente de comédias de humor pastelão, ou que apelam para sexualidade ou escatologia, o que vi aqui foi um filme tranquilo, bem trabalhado, que não apenas versa sobre família como também manda.um importante recado sobre a importância dos imigrantes para os Estados Unidos.
Elenco redondinho, nelas imagens, roteiro com poucas arestas a serem aparadas, "Meu Pai é um Perigo" é sim um filme de Sessão da Tarde. E daí? Quem disse que "filmes de Sessão da Tarde" não podem se bons? Trazer uma mensagem legal? E ter um ator do calibre do DeNiro?
A não ser que você converse diariamente com o Robert DeNiro e me garanta que ele não está feliz com esse filme e só fez mesmo pelo dinheiro, sério, para de falar besteira. Você NÃO conhece a vida íntima desses artistas. Se o cara se sente confortável em fazer "filmes menores", f*da-se. Ele não tem mais que se provar a ninguém. Pega o beco e segue o baile. 👊🏼
Ela é o Diabo
3.4 392 Assista AgoraO que mais gostei é que não é um filme bobo. Há camadas. À princípio, julguei que seria um daqueles filmes em que a "mulher feia" se embeleza e conquista um homem. E NÃO É! É sororidade, é empoderamento, é equidade. Tem tantas reflexões aqui, tantos aspectos sociais, é um filme tão rico que eu terminei com a mente fervilhando. Incrível.
Ilhados Com a Sogra (1ª Temporada)
3.7 70Uma grata surpresa. Primeiro, pela Fernanda. Que apresentação cativante, leve, humana. Maravilhosa. Segundo, por nos obrigar a lidar com nossos próprios monstros internos. Como a Psicologia diz, é olhando o outro que entendemos quem somos. Ao ver esses conflitos, percebemos bastante quem somos. Fiquei emocionado várias vezes, mas também com raiva. Mas é coisa do jogo. Valeu muito a pena cada segundo. Entretenimento que traz mais do que mera perfumaria.
Serena
3.0 1Bonito. Ao som de Cíciero, cantando Los Hermanos, melhor ainda.
Rafa Eu
2.4 2Confesso que para mim valeu MUITO mais pelos dois relatos ao final do que pelo próprio curta-metragem.
Quinze
3.9 20Palmas ininterruptas para Karine Teles. Eu me emocionei só pelo olhar dela. que atuação direta, real, profunda. O diálogo entre mãe e filha soou tão natural que eu me senti quase invadindo aquele momento de intimidade, senti até vergonha de fazer parte daquilo. É incrível. Incrível! Um curta-metragem que parece simples, mas é um daqueles com uma riqueza social gigantesca. Inspirador é a palavra que me alcança agora.
Novarro, Desejo e Morte
2.0 1Não consegui imergir, confesso. Creio que um dos motivos é o fato de terem insistido em retratar a história como se estivessem nos EUA, o que, na minha opinião fecal, não funcionou muito bem. Acredito que se tivessem feito uma trama brasileira que espelhasse o que aconteceu ao Ramon Novarro essa imersão teria sido mais intensa.
Aqueles Dois, Naquela Manhã
2.5 2Curta com lógica e com propósito, esta é uma obra que versa sobre aqueles encontros casuais com pessoas que se abrem em possibilidades de verdades e mentiras. É a velha história: você coloca a mão no fogo pelas pessoas que você beija?
Laundry Mood
2.2 2Provocador.
SOME
1.2 2É meio confuso, creio que isso seja inegável. Porém, acredito (na minha opinião fecal) que seja aquela confusão típica aos relacionamentos: um amar sem ter certeza se há reciprocidade, a troca de olhares que não se sabe de que tipo é, um abraço que fica no meio termo entre o carinho e um "algo mais".
Eu quero andar com você
2.6 2Bonito não só em sua mensagem, mas também na construção da história. Tem seus problemas (para mim, especialmente nos cortes entre as cenas), mas isso não foi impeditivo para que eu imergisse no contexto. Funcionou bem.
Nuvens Flutuantes
3.5 2Poético e intrigante. Fiquei fascinando pela coreografia e pela condução da trama, apesar de certa confusão. Medo e ódio dançam juntos uma balada de amor.
Morning Boy
3.3 3Lento e beira o melodramático por causa da escolha de músicas, mas entendo que é uma questão de outra escola de cinema, outros olhares. No geral , é bonitinho.