Nunca fui muito fã da Muylaert. Acho que no melhor dos casos o cinema dela consegue ser medíocre. Entendo a importância de "Que horas ela volta?" por trazer um tema urgente no momento certo, mas ainda assim não acho um grande filme. Mas todos os outros filmes dela (até a bomba "Chamada a cobrar") tem algo que falta aqui: um bom trabalho em direção de atores. Em "Mãe só há uma" tudo soa prematuro. Os atores parecem perdidos e os diálogos não ajudam. E pra um filme que carrega esse nome, é uma pena que ambas as mães fiquem de segundo plano, impotentes o tempo todo. O jeito que a temática de gênero é inserida na trama também me incomoda bastante. Não consigo deixar de ver uma carga de oportunismo ao inserir o tema, de forma tão mal elaborada, em tempos em que a discussão trans "está na moda". A única estrela que eu dou de nota vai para o personagem do Joca, único a render alguns bons momentos dentro da trama.
Chocado que existe gente que não gostou desse e prefere o primeiro?????? A série só melhorou de filme pra filme, e esta terceira parte é sem dúvida a melhor, em todos os quesitos. "I'm afraid of americans"
Eu odeio ser gente que comenta sobre como a fotografia é linda, mas... tô até agora passado com a beleza plástica desse filme. A fotografia é um caráter técnico que nunca me chamou a atenção em um filme do Allen, mas nesse ela é a melhor parte do espetáculo. Os recortes arquitetônicos, a movimentação sutil, a beleza de Kristen e, principalmente, aquela iluminação linda. Um filme pra provar que as vezes beleza é o que basta.
Acho que as expectativas que eu alimentei por quase um ano me fizeram mal. O filme começa muito bem. Compartilha várias similaridades com o cinema de Larry Clark e Harmony Korine (que eu amo), mas possui uma beleza e um otimismo que não existe na obra destes cineastas. As cenas são muito bonitas, frescas e vivas. Mas o filme peca por se apegar demais a preceitos da heterossexualidade compulsória, e acaba se tornando surpreendentemente moralista. No fim das contas acaba seguindo a fórmula clássica de filmes sobre o despertar da sexualidade. Uma pena.
O fato dos poucos comentários feitos sobre o filme por aqui usarem expressões como "lokão", "pensei que ia vomitar" e "meio perturbador", só comprovam que a sua existência é extremamente necessária. O filme é bem fraco, e até mesmo um pouco amador e mal executado em alguns planos, mas é um filme delicado e trata com respeito o seu tema. O registro das cenas com o Hervé Chenais são quase documentais e ele é o grande trunfo do filme, talvez porque muito do que vemos ali não é atuação: ele experiencia na pele o que é ser um corpo abjeto, paradoxalmente indesejado e sexualizado pela mesma sociedade. Fico triste em ver que o sexo consensual entre adultos possa ser encarado como "perturbador", ou ainda que precise de uma legitimação médico-psicológica só porque um destes indivíduos adultos é portador de deficiência física. Pelo visto não entenderam o que o próprio filme tentou problematizar. Um filme que poderia ter sido muito melhor, mas ainda bem que ele foi feito.
Meu maior drama pra ver filmes asiáticos de um modo geral é que é muito raro achar boas legendas. A que eu usei pra esse filme, por exemplo, não fazia sentido a maior parte do tempo. Perdi muita coisa, mas deu pra sacar o plot principal, e não conseguir parar de ver pois, como todo filme coreano, a estética é tão bonita que me deixou cativado.
QUE FILME MARAVILHOSO SANTA CHER! O terror da gentrificação e os males do assimilacionismo. Primeira incursão do Silva no cinema queer e a gata já veio lacrando! Camp, irônico, cruel e sem piedade na auto crítica. CARALHO!
Estava há tempos ensaiando de ver esse documentário e sempre adiava, mas agora com a polêmica do caso Valentina resolvi assistir. Em termos de cinema é um documentário péssimo, bastante brega e mal dirigido, com ar de matéria pra canais como o Discovery Channel. Tem umas reconstituições e uma narração impactante de dar vergonha alheia. Além disso o filme peca por cair muito no discurso de "nem todo homem é assim" e de recorrer muito a justificativas biológicas e evolutivas pra tal comportamento (afinal, mulher preferir homem alto é questão de seleção natural, não tem nada de construção social nisso, né). Mas o documentário é válido por tocar em alguns pontos interessantes e que precisam sim ser discutidos, como o caso de mulheres pedófilas, a idade de consentimento e a condição da pedofilia enquanto orientação e não prática. Mas o principal mérito aqui é o esclarecimento de que nem toda pessoa que comete abuso sexual contra crianças e adolescentes (ou faz menção de, como no caso de Valentina) sofre de pedofilia, e os problemas oriundos dessa confusão propagada pela mídia.
Daqueles filmes gracinha que são a cara de Sundance, mas que ao mesmo tempo conseguem trazer algo vibrante e novo pra uma fórmula desgastada. Uma mistura de "Restless" e "The Dirties". Só peca por cair demais no estereótipo da manic pixie dream girl, mas ainda assim é um dos melhores ~~filmes indies para jovens desajustados~~ que eu vi em um bom tempo.
Achava que o Scorsese era o diretor mais machista da Nova Hollywood, mas vendo a filmografia do Coppola acho que quem conquista este título é ele. Filmes cheios de ode a masculinidade, muitos "misóginos adoráveis" e pouca densidade pras personagens femininas. Uma pena ver um filme tão bem dirigido mas com tantas problemáticas que chegou a me doer fisicamente...
Uma mistura de "Um Estranho no Lago" com "Deixe ela entrar" que traz de volta a violência sem desculpas para o cinema queer. Peca pela obviedade do final, mas ainda assim tem mais méritos que defeitos.
Direção impecável e um montagem de cair o queixo. Tem umas cenas que me tocaram muito, e eu amei o jeito que ela trata temas como corpo, desejo e intimidade. Nos minutos finais o filme acabou me perdendo, mas ainda assim me deixou uma sensação de desconforto (o que é sempre bom quando se fala de cinema). Anotei o nome da Marquardt, porque o potencial aqui é grande.
Primeiro filme que vejo da Liv na direção, e devo dizer que superou todas minhas expectativas! Senti um certo flerte com o cinema de Catherine Breillat, na medida em que Ullmann monta esse retrato inquieto de uma mulher "estranha" (nas palavras dos próprios personagens), seus desejos e frustrações sexuais. Joga com o público, desconstrói conceitos românticos e zomba de psicologismos, e no meio de tudo isso ainda consegue discutir lutas de classes e questões de gênero. Enfim, um filme simples, mas com tantas camadas que fazem a gente sair do cinema com muita coisa na cabeça e um gosto amargo na boca. E a cena final é de tirar o fôlego. Sem dúvida, um dos melhores filmes do ano!
Pesadíssimo ver este filme no mesmo dia que milhares de pessoas foram às ruas pedir a volta da ditadura militar. Um filme sem nenhuma fala, mas que é um grito muito necessário.
Mãe Só Há Uma
3.5 407 Assista AgoraNunca fui muito fã da Muylaert. Acho que no melhor dos casos o cinema dela consegue ser medíocre. Entendo a importância de "Que horas ela volta?" por trazer um tema urgente no momento certo, mas ainda assim não acho um grande filme.
Mas todos os outros filmes dela (até a bomba "Chamada a cobrar") tem algo que falta aqui: um bom trabalho em direção de atores.
Em "Mãe só há uma" tudo soa prematuro. Os atores parecem perdidos e os diálogos não ajudam. E pra um filme que carrega esse nome, é uma pena que ambas as mães fiquem de segundo plano, impotentes o tempo todo.
O jeito que a temática de gênero é inserida na trama também me incomoda bastante. Não consigo deixar de ver uma carga de oportunismo ao inserir o tema, de forma tão mal elaborada, em tempos em que a discussão trans "está na moda".
A única estrela que eu dou de nota vai para o personagem do Joca, único a render alguns bons momentos dentro da trama.
12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição
3.3 804 Assista AgoraChocado que existe gente que não gostou desse e prefere o primeiro??????
A série só melhorou de filme pra filme, e esta terceira parte é sem dúvida a melhor, em todos os quesitos.
"I'm afraid of americans"
Apesar da Noite
2.7 17"A vida me cega"
O Joelho de Claire
3.9 77 Assista AgoraLaura musa suprema dos daddy issues <3
Café Society
3.3 530 Assista AgoraEu odeio ser gente que comenta sobre como a fotografia é linda, mas... tô até agora passado com a beleza plástica desse filme.
A fotografia é um caráter técnico que nunca me chamou a atenção em um filme do Allen, mas nesse ela é a melhor parte do espetáculo. Os recortes arquitetônicos, a movimentação sutil, a beleza de Kristen e, principalmente, aquela iluminação linda. Um filme pra provar que as vezes beleza é o que basta.
O Monstro Dentro de Você
2.2 137 Assista grátisDivertido, mas toda essa longa espera me deixou bem decepcionado.
Bang Gang
2.9 13Acho que as expectativas que eu alimentei por quase um ano me fizeram mal.
O filme começa muito bem. Compartilha várias similaridades com o cinema de Larry Clark e Harmony Korine (que eu amo), mas possui uma beleza e um otimismo que não existe na obra destes cineastas. As cenas são muito bonitas, frescas e vivas.
Mas o filme peca por se apegar demais a preceitos da heterossexualidade compulsória, e acaba se tornando surpreendentemente moralista. No fim das contas acaba seguindo a fórmula clássica de filmes sobre o despertar da sexualidade. Uma pena.
Looking: O Filme
4.0 250 Assista AgoraBrady continua sendo a melhor pessoa.
Lendas do Crime
3.3 183Faltou viadagem.
Devotee
2.8 7O fato dos poucos comentários feitos sobre o filme por aqui usarem expressões como "lokão", "pensei que ia vomitar" e "meio perturbador", só comprovam que a sua existência é extremamente necessária.
O filme é bem fraco, e até mesmo um pouco amador e mal executado em alguns planos, mas é um filme delicado e trata com respeito o seu tema. O registro das cenas com o Hervé Chenais são quase documentais e ele é o grande trunfo do filme, talvez porque muito do que vemos ali não é atuação: ele experiencia na pele o que é ser um corpo abjeto, paradoxalmente indesejado e sexualizado pela mesma sociedade.
Fico triste em ver que o sexo consensual entre adultos possa ser encarado como "perturbador", ou ainda que precise de uma legitimação médico-psicológica só porque um destes indivíduos adultos é portador de deficiência física. Pelo visto não entenderam o que o próprio filme tentou problematizar. Um filme que poderia ter sido muito melhor, mas ainda bem que ele foi feito.
The Silenced
3.1 116Meu maior drama pra ver filmes asiáticos de um modo geral é que é muito raro achar boas legendas. A que eu usei pra esse filme, por exemplo, não fazia sentido a maior parte do tempo. Perdi muita coisa, mas deu pra sacar o plot principal, e não conseguir parar de ver pois, como todo filme coreano, a estética é tão bonita que me deixou cativado.
Nasty Baby
3.2 17QUE FILME MARAVILHOSO SANTA CHER!
O terror da gentrificação e os males do assimilacionismo. Primeira incursão do Silva no cinema queer e a gata já veio lacrando! Camp, irônico, cruel e sem piedade na auto crítica. CARALHO!
Are All Men Pedophiles?
3.0 7Estava há tempos ensaiando de ver esse documentário e sempre adiava, mas agora com a polêmica do caso Valentina resolvi assistir. Em termos de cinema é um documentário péssimo, bastante brega e mal dirigido, com ar de matéria pra canais como o Discovery Channel. Tem umas reconstituições e uma narração impactante de dar vergonha alheia. Além disso o filme peca por cair muito no discurso de "nem todo homem é assim" e de recorrer muito a justificativas biológicas e evolutivas pra tal comportamento (afinal, mulher preferir homem alto é questão de seleção natural, não tem nada de construção social nisso, né).
Mas o documentário é válido por tocar em alguns pontos interessantes e que precisam sim ser discutidos, como o caso de mulheres pedófilas, a idade de consentimento e a condição da pedofilia enquanto orientação e não prática. Mas o principal mérito aqui é o esclarecimento de que nem toda pessoa que comete abuso sexual contra crianças e adolescentes (ou faz menção de, como no caso de Valentina) sofre de pedofilia, e os problemas oriundos dessa confusão propagada pela mídia.
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraDaqueles filmes gracinha que são a cara de Sundance, mas que ao mesmo tempo conseguem trazer algo vibrante e novo pra uma fórmula desgastada. Uma mistura de "Restless" e "The Dirties". Só peca por cair demais no estereótipo da manic pixie dream girl, mas ainda assim é um dos melhores ~~filmes indies para jovens desajustados~~ que eu vi em um bom tempo.
O Fundo do Coração
3.5 61Achava que o Scorsese era o diretor mais machista da Nova Hollywood, mas vendo a filmografia do Coppola acho que quem conquista este título é ele. Filmes cheios de ode a masculinidade, muitos "misóginos adoráveis" e pouca densidade pras personagens femininas.
Uma pena ver um filme tão bem dirigido mas com tantas problemáticas que chegou a me doer fisicamente...
As Mulheres
3.8 34Uma aula de shade.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraUm 3D tão mal feito que eu me senti em 2006.
Love Steaks
2.5 31Meu tipo de filme de amor. :3
O Samurai
3.1 17 Assista AgoraUma mistura de "Um Estranho no Lago" com "Deixe ela entrar" que traz de volta a violência sem desculpas para o cinema queer. Peca pela obviedade do final, mas ainda assim tem mais méritos que defeitos.
El Divino Influjo de los Secretos
1Saudades notícias dessa produção.
Ela Perdeu o Controle
3.1 11 Assista AgoraDireção impecável e um montagem de cair o queixo. Tem umas cenas que me tocaram muito, e eu amei o jeito que ela trata temas como corpo, desejo e intimidade.
Nos minutos finais o filme acabou me perdendo, mas ainda assim me deixou uma sensação de desconforto (o que é sempre bom quando se fala de cinema).
Anotei o nome da Marquardt, porque o potencial aqui é grande.
O Cheiro da Gente
3.0 74Migas, vamos agilizar uma legenda ai, vamos???
Miss Julie
3.2 82Primeiro filme que vejo da Liv na direção, e devo dizer que superou todas minhas expectativas!
Senti um certo flerte com o cinema de Catherine Breillat, na medida em que Ullmann monta esse retrato inquieto de uma mulher "estranha" (nas palavras dos próprios personagens), seus desejos e frustrações sexuais.
Joga com o público, desconstrói conceitos românticos e zomba de psicologismos, e no meio de tudo isso ainda consegue discutir lutas de classes e questões de gênero.
Enfim, um filme simples, mas com tantas camadas que fazem a gente sair do cinema com muita coisa na cabeça e um gosto amargo na boca.
E a cena final é de tirar o fôlego. Sem dúvida, um dos melhores filmes do ano!
Libera Me
3.4 1Pesadíssimo ver este filme no mesmo dia que milhares de pessoas foram às ruas pedir a volta da ditadura militar. Um filme sem nenhuma fala, mas que é um grito muito necessário.