Filme que é uma verdadeira mistura de gêneros. Dá primeira vez que eu assisti eu achei que eu ia ver um filme de terror, mas é um filme que alterna bastante entre o drama, a comédia e a tensão, sendo eficiente em todos esses gêneros. É curiosos assistir este filme dez anos depois da primeira vez que eu vi ele, considerando que é do mesmo diretor de Parasita, fica muito mais evidente que toda a história é apenas o pano de fundo para várias críticas, principalmente às políticas externas do governo estadounidense (mas também há críticas ao capitalismo, não é a toa que um mendigo tem um papel importante na história). Bong Joon-ho também conta com atores com bom timming para a comédia, além de ser um ótimo diretor para construir tensão, usando principalmente o recurso de focar a câmera primeiro na reação dos personagens, para depois de um longo tempo, cortar para um plano mais aberto, revelando a situação como um todo (o recurso é usados várias vezes, mas sempre de forma eficiente).
O filme é totalmente expositivo e mesmo assim consegue ser extremamente confuso e sem sentido. São universos paralelos? Viagem no tempo? São aliens ou humanos do futuro? O que são aqueles avatares? Por que existem pessoas iguais em épocas diferentes? E os pais do protagonista? Ele era original da década de 80? Por que tantas citações de Einstein? Enfim, se você não pensar muito, pode até se divertir, se você pensar, se diverte ainda mais com a bagunça absurda que é o roteiro. Em alguns momentos, claro, fica inassitível (o jogo de apostas não explica quem está controlando quem), mas possui algumas críticas que acabam sendo uma boa surpresa (à política de guerra e à religião). Uma curiosidade é que o ator principal, que se chama Jesse, tem apenas três créditos no IMDB, todos por personagens chamados Jesse! Enfim, sessão da tarde total (incluindo a criança prodígio que sabe tratar estado febril ocasionado por ferimentos). *Edit: Olhei agora e vi que todos os filmes que esse tal de Jesse fez foram dirigidos pelo próprio pai. Pelo jeito ele planejava os personagens para serem interpretados pelo filho.
Um dos filmes de terror mais superestimados de todos os tempos, pois por mais que seja bom, acrescenta muito pouco ao subgênero que pertence e possui algumas falhas de roteiro que o tornam bem forçado. O ponto alto aqui é a violência, cujos efeitos de maquiagem são ótimos e fogem daquele padrão vermelho ketchup, tendo o sangue uma tonalidade bem mais realista (a cena do liquidificador é a mais memorável). Os dois principais problemas do filme estão na protagonista e no motivo.
[/spoiler] Tudo bem ela ser fodona, mas porque ela já não tomou as rédeas no início? Já revelou quem ela era e assumiu o controle? Isso sem contar a explicação completamente sem nexo para ela ser desse jeito. Sério, além da explicação não ter sentido nenhum, ela é introduzida, explanada e finalizada em menos de cinco minutos, sem jamais ser retomada de novo. Além disso, ela pode ter feito esse treinamento de sobrevivência pro fim do mundo (foi isso que eu entendi) mas isso não a torna uma assassina fria, torna? Era mais fácil falar que ela era um ex-espiã fugindo do seu país, ou tinha pertencido ao exército, ou ter dado indícios dessas habilidades dela durante o filme. E por que ela não contou pro namorado? Por que manter segredo? Além disso, não tem muita lógica o namorado dela levar ela para a reunião (a Zee podia muito bem ser a testemunha externa, ora). Sobre a motivação, ela é pouco criativa e sem sentido. Quem contrataria assassinos de aluguel para matar toda a sua família por causa da herança? Ainda se você tivesse um ou dois parentes seria aceitável, mas quando você é o mais baixo da linha sucessória isso não tem muito sentido. Por que não matar só os pais e dividir a herança? O valor recebido seria mais baixo, mas você não precisaria custear os três assassinos de aluguel e matar várias pessoas correndo um risco enorme do plano dar errado. Aliás, por mais que a protagonista seria um elemento para não se desconfiar do Crispian, com certeza haveria alguma investigação, visto o alto valor da herança e a falta aparente de motivo dos assassinos (não estavam roubando a casa e não tinha nenhum outro motivo, então a polícia claramente desconfiaria dos irmãos mais novos, que ficaram milionários com as mortes). [spoiler]
Enfim, até a metade estava um ótimo filme, mas tentaram colocar história e as coisas ficaram extremamente forçadas.
Um velho oeste completamente diferente dos outros da época (que quase sempre seguiam um roteiro completamente padrão). Talvez o elemento de velho oeste aqui seja John Wayne interpretando John Wayne. É um filme que sofre um pouco por causa do ritmo, afinal, sabemos que o conflito com os índios irá acontecer mais cedo ou mais tarde, então ficamos meio que apenas aguardando este acontecimento, que, felizmente, não decepciona, configurando uma excelente e bem filmada cena de ação, que acaba sendo o ponto alto do filme.
O filme mais "sujo" que eu já vi, em todos os sentidos, incluindo cenários, história, etc. Peter Jackson é um dos diretores mais aleatórios de todos. Difícil acreditar que a pessoa por trás deste filme é também a mesma por trás de Almas Gêmeas, O Senhor dos Anéis e Espíritos. Me lembro o quanto eu estranhei quando a 7, 8 anos atrás eu fiquei sabendo da trilogia gore de Peter Jackson e fiquei muito curioso para assistir e hoje eu finalmente vi este Meet The Feebles. Confesso que não gostei tanto assim de Bad Taste, achei Meet The Feebles bem superior pelo fato de ser uma espécie de paródia sem o tom de comédia exagerada (como Tudo Mundo Em Pânico, por exemplo). É curioso assistir um filme que contem drogas, estupro, sexo e a mais alta violência de forma explícita sendo realizado por bonecos, gerando um dos filmes mais bizarros já feitos (uma morsa com uma gata é algo que eu não vou esquecer tão cedo). Não foi o primeiro a ter a ideia de fazer um filme adulto com bonecos, Let My Puppets Come já tinha feito algo nesse sentido, mas este é mais pornográfico, enquanto Meet The Feebles esta mais para um tom Scarface, talvez até extremamente exagerado (nunca trabalhei no teatro, mas acho que ele não é unicamente composto por produtores corruptos, gente absurdamente depravada e um nível de stress que faz todos parecerem que vão te metralhar). Claro, a ideia em si é interessante e isso aliado à boa condução das várias histórias paralelas de cada um dos personagens acaba sendo eficiente para gerar um ótimo filme com uma sangrenta conclusão. Por fim, a referência ao filme O Franco Atirador é ótima.
Típico filme feito para a TV que não possui grandes atrativos mas acabou ganhando uma versão em VHS no Brasil (e, se não fosse isso, eu nunca teria ouvido falar deste filme). A trama tem uma ideia muito boa, mas é esticada ao máximo para gerar suspense e preencher a duração do filme, prejudicando o filme. Vale mesmo é pela presença de Donald Sutherland, que se encaixa muito bem no típico papel do "Cientista Louco" moderno.
Filme bem descompromissado, sendo as melhores partes as atualizações da história original da Cinderela (embora não tenha sido o primeiro filme a fazer algo do tipo, o filme Primeiro Amor, de 1939, também segue a mesma linha). As atuações são até boazinhas, com exceção do Chad, que é tão expressivo quanto um bloco de mármore. Outro ponto legal é Simon Helberg interpretando uma versão mais jovem do Howard, de The Big Bang Theory. Enfim, assistam sem compromisso que é até divertidinho.
Temos aqui uma das ideias mais aleatórias da história da animação. Um grupo composto por uma patricinha, um mauricinho, uma nerd, um hippie e um dogue alemão resolvem casos em que pessoas se fantasiam de monstros para cometer crimes. Surpreendentemente, essa ideia randômica gerou o melhor desenho animado da história (e um dos com maior número de episódios, atrás apenas de Simpsons), tendo ainda sido produzido mesmo depois de completar 50 anos. A animação é ótima para a época, com cenários bem desenhados e cenas de ação e perseguição bem produzidas. A mistura de humor e mistério funciona muito bem e o visual dos monstros é ótimo, alternando entre os clássicos (vampiros, múmias) e os mais modernos (fantasma do espaço, robôs). Vale comentar também uma das primeiras (se não a primeira) vez em que um palhaço foi usado de forma assustadora, como um monstro de terror (ideia esta que só seria popularizada 20 anos depois, em It).Além disso, o desenho fez tanto sucesso, que gerou uma revolução nas animações, originando várias outras que copiariam o formato de grupo de adolescentes com seu animal, padrão que permaneceria por décadas.
Scooby-Doo é sempre bom, ainda mais com o respeito à história da série, como é o caso aqui, embora, claro, algumas mudanças foram realizadas (Vila Legal vira Baía Cristal, o visual dos personagens está atualizado, etc). Está foi a segunda série do Scooby a ter uma continuidade entre os episódios (uma tendência tipicamente atual) e a história usada para a continuidade entre os episódios (o envolvimento com a antiga mistério S/A) é boa, mantendo a curiosidade e culminando em uma satisfatória resolução no fim da temporada. Senti falta das clássicas cenas de perseguição, que ocorrem em pouca quantidade. Referências aos montes (algo também típico das séries e filmes atuais) sendo boas as relativas aos filmes de Vincent Price, além de resgatarem o personagem Vincent Van Ghoul (ou Van Doido) dos 13 fantasmas de Scooby-Doo (tem também uma das referências mais aleatórias de todas, ao Flin Flan) e também homenagens à Hanna-Barbera no geral. O grande ponto negativo desta temporada é mesmo a Velma, que está com a personalidade toda mudada, sendo absolutamente chata com tudo que se move. Se fosse apenas com o Salsicha, até tudo bem, mas ela é grossa com tudo que se move. Aparentemente, algum roteirista não deve gostar nem um pouco da Velma.
Não entendo a negatividade deste aqui. Para uma continuação está até bom. As cenas de susto são meio padrão da década passada (bem ao estilo Invocação do Mal), e possui algumas falas pavorosas, mas no geral foi bem feito, trazendo elementos do filme anterior em uma história nova, bem diferente do Entidade 1. Geralmente as continuações não planejadas são bem remakizadas do filme anterior, mas neste caso Entidade 2 possui uma identidade própria em todos os elementos (além da história, os elementos da produção são bem diferentes, a fotografia, por exemplo, em nada lembra o tom cinzento do filme anterior). As atuações no geral simplesmente não comprometem. Este também não dá medo como o anterior dava, falhando um pouco no quesito "criar clima", principalmente pela estranha escolha de trocar o barulho dos 8mm (que são a parte que mais ajuda a criar clima nos vídeos de assassinato) por uns sons genéricos saindo de um disco 78 rpm (ainda se tivesse o chiado típico dos 78 rpm talvez fosse mais assustador). Enfim, uma boa continuação, que não apresenta nada de extraordinário, mas também não é o lixo que pregam.
As portas do firmamento foram abertas e o apocalipse chegou em forma de filme, se é que podemos chamar esse amontoado de cenas de filme. A história é péssima (alguns pontos interessantes em relação ao tempo, mas bem confusos) a maioria das falas parece ter sido feitas por uma criança brincando de Ben 10 e os efeitos são em maioria bem falhos. Falho também é o roteiro. Você tem que ver o filme várias vezes para pegar todas as falhas (que são em quantidade impressionante para um filme com pouco mais de uma hora). Conta também com a PIOR ATUAÇÃO DA HISTÓRIA JÁ REGISTRADA PELAS LENTES DE UMA CÂMERA. O cara que faz o vovô Max é pavoroso, resultando em cenas absurdamente hilárias em que o ator faz uma cara em que parece que ele está gastando um enorme esforço para fazer as expressões, como se atuar fizesse os músculos do rosto doerem. E a presença desse ator nem é justificável, pois eles sequer se parece o vovô Max. Além disso, o filme carece de emoção, em que cenas cruciais (a explosão de um objeto familiar e a tentativa fajuta de um sacrifício) são absolutamente frustrantes. Como resultado temos um filme que vale a pena ser assistido pois é um dos filmes mais engraçados já feitos, claro, de forma totalmente involuntária. E aquelas armas, claramente de plástico, são tão malfeitas que vão me causar pesadelo por anos.
Não entendo os elogios para este filme, achei a condução geral bem previsível (uma surpresinha ou duas e só). Talvez o filme seja perfeitinho demais, tudo é extremamente funcional (todas as falas, até as mais triviais, tem um motivo), a direção, a condução, tudo tão redondinho que o filme acaba não revelando muitas surpresas, algum diferencial que justificasse alguma adoração, resultando, assim, em um ótimo filme, mas ao me ver sem alma. O grande ponto deste filme é mesmo a excelente discussão da temática da desigualdade social do capitalismo, dos contrastes entre as famílias e da ótima escolha para o título do filme. Detalhe que eu assisti este filme sem saber absolutamente nada, sequer uma linha da trama, sem ter visto trailer nenhum. Talvez apenas a expectativa gerada tenha estragado um pouco.
Tirando a ideia geral (escritor aluga casa e se interessa pela filha pré-adolescente da caseira), este filme tem pouquíssima coisa de Lolita. A edição é bem ruim e a trilha sonora é pavorosa (sério, porque esses filmes eróticos tem essas trilhas sonoras horrendas?). A atuação do Vladimir Sorokin é igualmente enfadonha, ele simplesmente não transmite NADA. Não sabia que era fisicamente possível ser tão nulo expressivamente. Além disso, a caracterização dele é péssima (que roupas são aquelas, meu senhor?). Já a Valeria Nemchenko é o completamente oposto. Apesar de magérrima (a atriz mais magra da história do cinema), ela consegue entregar uma interpretação de "nymphett" absolutamente perfeita. A caracterização dela também é excelente. Enfim, o filme parece ser a realização do sonho erótico do diretor, que não ficou satisfeito com os rumos mais sensatos que o "Lolita" original segue e acabou fazendo a sua própria versão.
Bom found footage, embora "pegue" muita coisa de "A Bruxa De Blair", ele traz algumas diferenças, como uma história mais complexa, além de contá-la de forma não linear (uma ótima decisão). É difícil um found footage contar uma boa história sem soar muito forçado, afinal são gravações em primeira pessoa, mas este consegue realizar isto bem. O elemento "Slender" poderia ser descartado por qualquer outro ser, parecendo ser apenas uma decisão comercial. Aparentemente os diálogos foram em algumas partes improvisados e na maioria das vezes não funcionam, sendo culpa dos atores, que gaguejam e pensam demais antes de improvisar, embora nos momentos mais de terror eles se saem mais eficientes em suas performances. Recomendo se você gostar de found footage ou se tiver curiosidade pelo terror nacional.
Mais um ótimo filme da pixar. Uma boa prequel é aquela que nos faz querer rever o filme original, pois agora entendemos mais a mecânica das relações entre os personagens. É o que acontece aqui, explicando como a personalidade dos personagens, jovens adultos, foi moldada para o que vemos no Monstros S.A. (embora, em certos momentos, acabe soando um pouco expositiva e artificial, principalmente no caso do Randall). O filme possui também um ótimo humor e cenas memoráveis (como a da biblioteca). O filme também segue bastante o roteiro pré-estabelecido de filmes de universidade e de competição (como American Pie 6, claro, amenizado para o público infantil),
Um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Embora não tenha sido o primeiro found footage, foi o primeiro a atingir um público maior, graças à bem pensada estratégia de marketing. Infelizmente, é um filme que ficou datado, pois a grande graça do mesmo, o que o torna assustador, é o fato de se vender como uma gravação real. Isso pode ter enganado todos na época, mas hoje em dia todos sabem que se trata de um filme, e por isso perde grande parte da graça. Quer dizer, como o filme se vendia como uma gravação real, não podia mostrar nada explicito, não podia mostrar bruxas ou coisas do tipo, senão o público facilmente perceberia se tratar de atores ou duvidaria da veracidade do mesmo. O grande mérito deste filme está no implícito, na sugestão, que são colocados de forma eficiente, afinal, se tratam de gravações de um grupo em desespero e dificilmente algo seria captado de forma clara. É um filme cuidadosamente pensado para ser o mais realista possível (ao contrário da onda de found footage pós Atividade Paranormal, em que não há mais sentido em fingir que as gravações são reais, pois todos sabem que não são, e por isso são mais apelativas). Outro ponto positivo está nos improvisos, nos personagens que vão enlouquecendo aos poucos e nas atuações, principalmente na de Heather Donahue, que entrega uma das melhores performances em um filme de terror de baixo orçamento, culminando na cena que marcou o longa e virou capa do filme.
O final também foi bem pensado, uma cena em que os personagens morrem e mesmo assim o filme ainda não perde o seu tom implícito, tendo as explicações para o final sendo encontradas em falas do início do filme (e por isso grande parte do público não entendeu). Aliás, é cabível até questionar se a Bruxa realmente existe. Talvez seja apenas alguém imittando os ataques de Rustin Parr, ou talvez o fantasma dele.
Facilmente um dos melhores filmes de terror de todos os tempos, embora tenha se tornado datado, devido à consequente onda de found footage originada dez anos depois.
Bom filme de terror, embora possua diversas falhas. Tem um roteiro até razoável, embira excessivamente expositivo e por isso acaba por tornar o filme meio sonolento. Possui bastante "gore", algo que eu não esperava e foi até bem empregado. Acaba não tendo uma conclusão satisfatória, tornando o filme bem genérico. Surpresa mesmo é ser do diretor dos bons "celular" e "premonição 2", que acaba errando bastante a mão nesse. Mas esses pontos não me incomodaram tanto. O que realmente incomoda são as atuações PAVOROSAS, que passam a impressão de o filme ter sido gravado apenas com um take em cada cena.
A continuação do melhor filme do Scooby-doo acaba soando meio desnecessária, além de passar a sensação de dois filmes costurados em um só, mas as homenagens e as piadas foram suficientemente eficientes (principalmente as envolvendo a gravação do filme).
O que dizer sobre O Tribunal de Emily Rose... Perdão. Quer dizer, O Exorcismo de Emily Rose. Bom, o filme trás uma boa história, boas atuações e alguns bons sustos. Entretanto, a divulgação do filme foi feita como se se tratasse de um filme de terror e não um filme de tribunal, o que pode gerar expectativas erradas. Como filme de tribunal ele é até eficiente, embora possua alguns clichês e "puxe" muita coisa de As Duas Vidas de Audrey Rose (embora nesse caso não seja uma história real). Outro ponto positivo é a decisão de mostrar os dois lados, sempre mostrando que os eventos supostamente paranormais poderiam ter explicações científicas. Também positiva é a cena de exorcismo, que poderia ser mais apelativa ou simplesmente copiar situações do filme O Exorcista, mas não, fizeram um exorcismo sem exageros, mais realista.
Ótimo filme no estilão dos clássicos do terror, com a boa presença de três lendas do gênero. A história em si não é grandes coisas, mas o visual e as cenas de pesadelo valem o filme.
Excelente filme de terror, com uma das premissas mais interessantes do gênero. Mas apenas uma boa premissa não é suficiente para um bom filme. O grande trunfo de Corrente Do Mal está na ótima condução da premissa. Seria muito fácil transformar a ideia do filme em um mero slasher, em que os personagens morreriam uma a um. Não é o que acontece aqui. As cenas envolvendo a criatura caminhando lentamente estão entre as melhores da década passada e o final ambíguo e a boa condução da câmera completam um filme quase perfeito. Os únicos defeitos são a estranha ausência dos pais (não reclamaram da quantidade de objetos eletrônicos que sumiram?) e a protagonista, que é muito (MUITO) sonsa. Não sei se isso seria passível de reclamação, afinal existem pessoas sonsas nesse nível na vida real, mas isso acaba incomodando um pouco. Além disso, a roteiro pode funcionar como metáfora para muitas coisas, possibilitando também uma boa reflexão em torno do tema do filme.
Filme pouco comentado do estranho diretor Alejandro Jodorowsky, mas que está entre os meus filmes preferidos (um dos poucos que eu vi dar valor pra esse filme foi o crítico Roger Ebert, que deu nota máxima). O filme é uma mistura interessante de gêneros cinematográficos e por isso é difícil de ser definido em poucas palavras (seria um filme de terror?), isso também em função da mistura de nacionalidades na produção (Jodorowsky é chileno, os produtores italianos, gravado no México e falado em inglês). Os elementos do filme são belíssimos (fotografia, cenários e principalmente o figurino) e entrega também uma das minhas trilhas sonoras preferidas, além de uma violência gráfica e quase cartunesca. O único defeito foi uma ligeira falta de ritmo na segunda metade (bem típica de diretores aquarianos, se você acreditar nessas coisas).
A aguardada volta de Sam Raimi para o terror depois da trilogia homem-aranha entrega um filme de terror eficiente e com um bom final (embora isso seja meio discutível). A condução do diretor antecipou vários elementos que seriam lugar comum aos filmes de terror da década subsequente (planos holandeses, por exemplo) enquanto traz outros que seriam meio abandonados, como um gore cartunesco que remete à Evil Dead (reparem que o gore foi meio que abandonado pelo terror mainstream como invocação do mal e outros). Um ótimo filme e se você gosta te terror vale a pena uma assistida.
Uma pena que ela não ficou com Bullit no final (poxa, era só esperar alguns anos). O filme acaba sendo uma espécie de Lolita politicamente correto, mas a performance de Deanna sempre faz os filmes dela valerem a pena.
O Hospedeiro
3.6 550 Assista AgoraFilme que é uma verdadeira mistura de gêneros. Dá primeira vez que eu assisti eu achei que eu ia ver um filme de terror, mas é um filme que alterna bastante entre o drama, a comédia e a tensão, sendo eficiente em todos esses gêneros. É curiosos assistir este filme dez anos depois da primeira vez que eu vi ele, considerando que é do mesmo diretor de Parasita, fica muito mais evidente que toda a história é apenas o pano de fundo para várias críticas, principalmente às políticas externas do governo estadounidense (mas também há críticas ao capitalismo, não é a toa que um mendigo tem um papel importante na história). Bong Joon-ho também conta com atores com bom timming para a comédia, além de ser um ótimo diretor para construir tensão, usando principalmente o recurso de focar a câmera primeiro na reação dos personagens, para depois de um longo tempo, cortar para um plano mais aberto, revelando a situação como um todo (o recurso é usados várias vezes, mas sempre de forma eficiente).
Viajantes do Futuro
2.0 2O filme é totalmente expositivo e mesmo assim consegue ser extremamente confuso e sem sentido. São universos paralelos? Viagem no tempo? São aliens ou humanos do futuro? O que são aqueles avatares? Por que existem pessoas iguais em épocas diferentes? E os pais do protagonista? Ele era original da década de 80? Por que tantas citações de Einstein? Enfim, se você não pensar muito, pode até se divertir, se você pensar, se diverte ainda mais com a bagunça absurda que é o roteiro. Em alguns momentos, claro, fica inassitível (o jogo de apostas não explica quem está controlando quem), mas possui algumas críticas que acabam sendo uma boa surpresa (à política de guerra e à religião). Uma curiosidade é que o ator principal, que se chama Jesse, tem apenas três créditos no IMDB, todos por personagens chamados Jesse! Enfim, sessão da tarde total (incluindo a criança prodígio que sabe tratar estado febril ocasionado por ferimentos).
*Edit: Olhei agora e vi que todos os filmes que esse tal de Jesse fez foram dirigidos pelo próprio pai. Pelo jeito ele planejava os personagens para serem interpretados pelo filho.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraUm dos filmes de terror mais superestimados de todos os tempos, pois por mais que seja bom, acrescenta muito pouco ao subgênero que pertence e possui algumas falhas de roteiro que o tornam bem forçado. O ponto alto aqui é a violência, cujos efeitos de maquiagem são ótimos e fogem daquele padrão vermelho ketchup, tendo o sangue uma tonalidade bem mais realista (a cena do liquidificador é a mais memorável).
Os dois principais problemas do filme estão na protagonista e no motivo.
[/spoiler] Tudo bem ela ser fodona, mas porque ela já não tomou as rédeas no início? Já revelou quem ela era e assumiu o controle? Isso sem contar a explicação completamente sem nexo para ela ser desse jeito. Sério, além da explicação não ter sentido nenhum, ela é introduzida, explanada e finalizada em menos de cinco minutos, sem jamais ser retomada de novo. Além disso, ela pode ter feito esse treinamento de sobrevivência pro fim do mundo (foi isso que eu entendi) mas isso não a torna uma assassina fria, torna? Era mais fácil falar que ela era um ex-espiã fugindo do seu país, ou tinha pertencido ao exército, ou ter dado indícios dessas habilidades dela durante o filme. E por que ela não contou pro namorado? Por que manter segredo? Além disso, não tem muita lógica o namorado dela levar ela para a reunião (a Zee podia muito bem ser a testemunha externa, ora). Sobre a motivação, ela é pouco criativa e sem sentido. Quem contrataria assassinos de aluguel para matar toda a sua família por causa da herança? Ainda se você tivesse um ou dois parentes seria aceitável, mas quando você é o mais baixo da linha sucessória isso não tem muito sentido. Por que não matar só os pais e dividir a herança? O valor recebido seria mais baixo, mas você não precisaria custear os três assassinos de aluguel e matar várias pessoas correndo um risco enorme do plano dar errado. Aliás, por mais que a protagonista seria um elemento para não se desconfiar do Crispian, com certeza haveria alguma investigação, visto o alto valor da herança e a falta aparente de motivo dos assassinos (não estavam roubando a casa e não tinha nenhum outro motivo, então a polícia claramente desconfiaria dos irmãos mais novos, que ficaram milionários com as mortes).
[spoiler]
Enfim, até a metade estava um ótimo filme, mas tentaram colocar história e as coisas ficaram extremamente forçadas.
No Tempo das Diligências
4.1 143 Assista AgoraUm velho oeste completamente diferente dos outros da época (que quase sempre seguiam um roteiro completamente padrão). Talvez o elemento de velho oeste aqui seja John Wayne interpretando John Wayne. É um filme que sofre um pouco por causa do ritmo, afinal, sabemos que o conflito com os índios irá acontecer mais cedo ou mais tarde, então ficamos meio que apenas aguardando este acontecimento, que, felizmente, não decepciona, configurando uma excelente e bem filmada cena de ação, que acaba sendo o ponto alto do filme.
Meet the Feebles
3.9 62O filme mais "sujo" que eu já vi, em todos os sentidos, incluindo cenários, história, etc. Peter Jackson é um dos diretores mais aleatórios de todos. Difícil acreditar que a pessoa por trás deste filme é também a mesma por trás de Almas Gêmeas, O Senhor dos Anéis e Espíritos. Me lembro o quanto eu estranhei quando a 7, 8 anos atrás eu fiquei sabendo da trilogia gore de Peter Jackson e fiquei muito curioso para assistir e hoje eu finalmente vi este Meet The Feebles. Confesso que não gostei tanto assim de Bad Taste, achei Meet The Feebles bem superior pelo fato de ser uma espécie de paródia sem o tom de comédia exagerada (como Tudo Mundo Em Pânico, por exemplo). É curioso assistir um filme que contem drogas, estupro, sexo e a mais alta violência de forma explícita sendo realizado por bonecos, gerando um dos filmes mais bizarros já feitos (uma morsa com uma gata é algo que eu não vou esquecer tão cedo). Não foi o primeiro a ter a ideia de fazer um filme adulto com bonecos, Let My Puppets Come já tinha feito algo nesse sentido, mas este é mais pornográfico, enquanto Meet The Feebles esta mais para um tom Scarface, talvez até extremamente exagerado (nunca trabalhei no teatro, mas acho que ele não é unicamente composto por produtores corruptos, gente absurdamente depravada e um nível de stress que faz todos parecerem que vão te metralhar). Claro, a ideia em si é interessante e isso aliado à boa condução das várias histórias paralelas de cada um dos personagens acaba sendo eficiente para gerar um ótimo filme com uma sangrenta conclusão. Por fim, a referência ao filme O Franco Atirador é ótima.
Morte Programada
2.9 4Típico filme feito para a TV que não possui grandes atrativos mas acabou ganhando uma versão em VHS no Brasil (e, se não fosse isso, eu nunca teria ouvido falar deste filme). A trama tem uma ideia muito boa, mas é esticada ao máximo para gerar suspense e preencher a duração do filme, prejudicando o filme. Vale mesmo é pela presença de Donald Sutherland, que se encaixa muito bem no típico papel do "Cientista Louco" moderno.
A Nova Cinderela
3.0 905 Assista AgoraFilme bem descompromissado, sendo as melhores partes as atualizações da história original da Cinderela (embora não tenha sido o primeiro filme a fazer algo do tipo, o filme Primeiro Amor, de 1939, também segue a mesma linha). As atuações são até boazinhas, com exceção do Chad, que é tão expressivo quanto um bloco de mármore. Outro ponto legal é Simon Helberg interpretando uma versão mais jovem do Howard, de The Big Bang Theory. Enfim, assistam sem compromisso que é até divertidinho.
Scooby Doo, Cadê Você! (1ª Temporada)
4.1 85 Assista AgoraTemos aqui uma das ideias mais aleatórias da história da animação. Um grupo composto por uma patricinha, um mauricinho, uma nerd, um hippie e um dogue alemão resolvem casos em que pessoas se fantasiam de monstros para cometer crimes. Surpreendentemente, essa ideia randômica gerou o melhor desenho animado da história (e um dos com maior número de episódios, atrás apenas de Simpsons), tendo ainda sido produzido mesmo depois de completar 50 anos. A animação é ótima para a época, com cenários bem desenhados e cenas de ação e perseguição bem produzidas. A mistura de humor e mistério funciona muito bem e o visual dos monstros é ótimo, alternando entre os clássicos (vampiros, múmias) e os mais modernos (fantasma do espaço, robôs). Vale comentar também uma das primeiras (se não a primeira) vez em que um palhaço foi usado de forma assustadora, como um monstro de terror (ideia esta que só seria popularizada 20 anos depois, em It).Além disso, o desenho fez tanto sucesso, que gerou uma revolução nas animações, originando várias outras que copiariam o formato de grupo de adolescentes com seu animal, padrão que permaneceria por décadas.
Scooby-Doo! Mistério S/A (1ª Temporada)
4.0 63Scooby-Doo é sempre bom, ainda mais com o respeito à história da série, como é o caso aqui, embora, claro, algumas mudanças foram realizadas (Vila Legal vira Baía Cristal, o visual dos personagens está atualizado, etc). Está foi a segunda série do Scooby a ter uma continuidade entre os episódios (uma tendência tipicamente atual) e a história usada para a continuidade entre os episódios (o envolvimento com a antiga mistério S/A) é boa, mantendo a curiosidade e culminando em uma satisfatória resolução no fim da temporada. Senti falta das clássicas cenas de perseguição, que ocorrem em pouca quantidade. Referências aos montes (algo também típico das séries e filmes atuais) sendo boas as relativas aos filmes de Vincent Price, além de resgatarem o personagem Vincent Van Ghoul (ou Van Doido) dos 13 fantasmas de Scooby-Doo (tem também uma das referências mais aleatórias de todas, ao Flin Flan) e também homenagens à Hanna-Barbera no geral. O grande ponto negativo desta temporada é mesmo a Velma, que está com a personalidade toda mudada, sendo absolutamente chata com tudo que se move. Se fosse apenas com o Salsicha, até tudo bem, mas ela é grossa com tudo que se move. Aparentemente, algum roteirista não deve gostar nem um pouco da Velma.
A Entidade 2
2.7 569 Assista AgoraNão entendo a negatividade deste aqui. Para uma continuação está até bom. As cenas de susto são meio padrão da década passada (bem ao estilo Invocação do Mal), e possui algumas falas pavorosas, mas no geral foi bem feito, trazendo elementos do filme anterior em uma história nova, bem diferente do Entidade 1. Geralmente as continuações não planejadas são bem remakizadas do filme anterior, mas neste caso Entidade 2 possui uma identidade própria em todos os elementos (além da história, os elementos da produção são bem diferentes, a fotografia, por exemplo, em nada lembra o tom cinzento do filme anterior). As atuações no geral simplesmente não comprometem. Este também não dá medo como o anterior dava, falhando um pouco no quesito "criar clima", principalmente pela estranha escolha de trocar o barulho dos 8mm (que são a parte que mais ajuda a criar clima nos vídeos de assassinato) por uns sons genéricos saindo de um disco 78 rpm (ainda se tivesse o chiado típico dos 78 rpm talvez fosse mais assustador). Enfim, uma boa continuação, que não apresenta nada de extraordinário, mas também não é o lixo que pregam.
Ben 10: Corrida Contra o Tempo
2.2 30 Assista AgoraAs portas do firmamento foram abertas e o apocalipse chegou em forma de filme, se é que podemos chamar esse amontoado de cenas de filme. A história é péssima (alguns pontos interessantes em relação ao tempo, mas bem confusos) a maioria das falas parece ter sido feitas por uma criança brincando de Ben 10 e os efeitos são em maioria bem falhos. Falho também é o roteiro. Você tem que ver o filme várias vezes para pegar todas as falhas (que são em quantidade impressionante para um filme com pouco mais de uma hora). Conta também com a PIOR ATUAÇÃO DA HISTÓRIA JÁ REGISTRADA PELAS LENTES DE UMA CÂMERA. O cara que faz o vovô Max é pavoroso, resultando em cenas absurdamente hilárias em que o ator faz uma cara em que parece que ele está gastando um enorme esforço para fazer as expressões, como se atuar fizesse os músculos do rosto doerem. E a presença desse ator nem é justificável, pois eles sequer se parece o vovô Max. Além disso, o filme carece de emoção, em que cenas cruciais (a explosão de um objeto familiar e a tentativa fajuta de um sacrifício) são absolutamente frustrantes. Como resultado temos um filme que vale a pena ser assistido pois é um dos filmes mais engraçados já feitos, claro, de forma totalmente involuntária.
E aquelas armas, claramente de plástico, são tão malfeitas que vão me causar pesadelo por anos.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraNão entendo os elogios para este filme, achei a condução geral bem previsível (uma surpresinha ou duas e só). Talvez o filme seja perfeitinho demais, tudo é extremamente funcional (todas as falas, até as mais triviais, tem um motivo), a direção, a condução, tudo tão redondinho que o filme acaba não revelando muitas surpresas, algum diferencial que justificasse alguma adoração, resultando, assim, em um ótimo filme, mas ao me ver sem alma. O grande ponto deste filme é mesmo a excelente discussão da temática da desigualdade social do capitalismo, dos contrastes entre as famílias e da ótima escolha para o título do filme. Detalhe que eu assisti este filme sem saber absolutamente nada, sequer uma linha da trama, sem ter visto trailer nenhum. Talvez apenas a expectativa gerada tenha estragado um pouco.
Russian Lolita
2.0 16Tirando a ideia geral (escritor aluga casa e se interessa pela filha pré-adolescente da caseira), este filme tem pouquíssima coisa de Lolita. A edição é bem ruim e a trilha sonora é pavorosa (sério, porque esses filmes eróticos tem essas trilhas sonoras horrendas?). A atuação do Vladimir Sorokin é igualmente enfadonha, ele simplesmente não transmite NADA. Não sabia que era fisicamente possível ser tão nulo expressivamente. Além disso, a caracterização dele é péssima (que roupas são aquelas, meu senhor?). Já a Valeria Nemchenko é o completamente oposto. Apesar de magérrima (a atriz mais magra da história do cinema), ela consegue entregar uma interpretação de "nymphett" absolutamente perfeita. A caracterização dela também é excelente. Enfim, o filme parece ser a realização do sonho erótico do diretor, que não ficou satisfeito com os rumos mais sensatos que o "Lolita" original segue e acabou fazendo a sua própria versão.
Frenesi: Uma História Slenderman
3.6 2Bom found footage, embora "pegue" muita coisa de "A Bruxa De Blair", ele traz algumas diferenças, como uma história mais complexa, além de contá-la de forma não linear (uma ótima decisão). É difícil um found footage contar uma boa história sem soar muito forçado, afinal são gravações em primeira pessoa, mas este consegue realizar isto bem. O elemento "Slender" poderia ser descartado por qualquer outro ser, parecendo ser apenas uma decisão comercial. Aparentemente os diálogos foram em algumas partes improvisados e na maioria das vezes não funcionam, sendo culpa dos atores, que gaguejam e pensam demais antes de improvisar, embora nos momentos mais de terror eles se saem mais eficientes em suas performances.
Recomendo se você gostar de found footage ou se tiver curiosidade pelo terror nacional.
Universidade Monstros
3.9 1,8K Assista AgoraMais um ótimo filme da pixar. Uma boa prequel é aquela que nos faz querer rever o filme original, pois agora entendemos mais a mecânica das relações entre os personagens. É o que acontece aqui, explicando como a personalidade dos personagens, jovens adultos, foi moldada para o que vemos no Monstros S.A. (embora, em certos momentos, acabe soando um pouco expositiva e artificial, principalmente no caso do Randall). O filme possui também um ótimo humor e cenas memoráveis (como a da biblioteca). O filme também segue bastante o roteiro pré-estabelecido de filmes de universidade e de competição (como American Pie 6, claro, amenizado para o público infantil),
mas reserva uma boa surpresa no final, quebrando o clichê.
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KUm dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Embora não tenha sido o primeiro found footage, foi o primeiro a atingir um público maior, graças à bem pensada estratégia de marketing. Infelizmente, é um filme que ficou datado, pois a grande graça do mesmo, o que o torna assustador, é o fato de se vender como uma gravação real. Isso pode ter enganado todos na época, mas hoje em dia todos sabem que se trata de um filme, e por isso perde grande parte da graça. Quer dizer, como o filme se vendia como uma gravação real, não podia mostrar nada explicito, não podia mostrar bruxas ou coisas do tipo, senão o público facilmente perceberia se tratar de atores ou duvidaria da veracidade do mesmo. O grande mérito deste filme está no implícito, na sugestão, que são colocados de forma eficiente, afinal, se tratam de gravações de um grupo em desespero e dificilmente algo seria captado de forma clara. É um filme cuidadosamente pensado para ser o mais realista possível (ao contrário da onda de found footage pós Atividade Paranormal, em que não há mais sentido em fingir que as gravações são reais, pois todos sabem que não são, e por isso são mais apelativas). Outro ponto positivo está nos improvisos, nos personagens que vão enlouquecendo aos poucos e nas atuações, principalmente na de Heather Donahue, que entrega uma das melhores performances em um filme de terror de baixo orçamento, culminando na cena que marcou o longa e virou capa do filme.
O final também foi bem pensado, uma cena em que os personagens morrem e mesmo assim o filme ainda não perde o seu tom implícito, tendo as explicações para o final sendo encontradas em falas do início do filme (e por isso grande parte do público não entendeu). Aliás, é cabível até questionar se a Bruxa realmente existe. Talvez seja apenas alguém imittando os ataques de Rustin Parr, ou talvez o fantasma dele.
Facilmente um dos melhores filmes de terror de todos os tempos, embora tenha se tornado datado, devido à consequente onda de found footage originada dez anos depois.
Asylum: Não Estamos Sozinhos
1.8 82 Assista AgoraBom filme de terror, embora possua diversas falhas. Tem um roteiro até razoável, embira excessivamente expositivo e por isso acaba por tornar o filme meio sonolento. Possui bastante "gore", algo que eu não esperava e foi até bem empregado. Acaba não tendo uma conclusão satisfatória, tornando o filme bem genérico. Surpresa mesmo é ser do diretor dos bons "celular" e "premonição 2", que acaba errando bastante a mão nesse. Mas esses pontos não me incomodaram tanto. O que realmente incomoda são as atuações PAVOROSAS, que passam a impressão de o filme ter sido gravado apenas com um take em cada cena.
Scooby-Doo De Volta à Ilha dos Zumbis
2.9 17A continuação do melhor filme do Scooby-doo acaba soando meio desnecessária, além de passar a sensação de dois filmes costurados em um só, mas as homenagens e as piadas foram suficientemente eficientes (principalmente as envolvendo a gravação do filme).
O Exorcismo de Emily Rose
3.5 1,5K Assista AgoraO que dizer sobre O Tribunal de Emily Rose... Perdão. Quer dizer, O Exorcismo de Emily Rose. Bom, o filme trás uma boa história, boas atuações e alguns bons sustos. Entretanto, a divulgação do filme foi feita como se se tratasse de um filme de terror e não um filme de tribunal, o que pode gerar expectativas erradas. Como filme de tribunal ele é até eficiente, embora possua alguns clichês e "puxe" muita coisa de As Duas Vidas de Audrey Rose (embora nesse caso não seja uma história real). Outro ponto positivo é a decisão de mostrar os dois lados, sempre mostrando que os eventos supostamente paranormais poderiam ter explicações científicas. Também positiva é a cena de exorcismo, que poderia ser mais apelativa ou simplesmente copiar situações do filme O Exorcista, mas não, fizeram um exorcismo sem exageros, mais realista.
A Maldição do Altar Escarlate
3.4 27 Assista AgoraÓtimo filme no estilão dos clássicos do terror, com a boa presença de três lendas do gênero. A história em si não é grandes coisas, mas o visual e as cenas de pesadelo valem o filme.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraExcelente filme de terror, com uma das premissas mais interessantes do gênero. Mas apenas uma boa premissa não é suficiente para um bom filme. O grande trunfo de Corrente Do Mal está na ótima condução da premissa. Seria muito fácil transformar a ideia do filme em um mero slasher, em que os personagens morreriam uma a um. Não é o que acontece aqui. As cenas envolvendo a criatura caminhando lentamente estão entre as melhores da década passada e o final ambíguo e a boa condução da câmera completam um filme quase perfeito. Os únicos defeitos são a estranha ausência dos pais (não reclamaram da quantidade de objetos eletrônicos que sumiram?) e a protagonista, que é muito (MUITO) sonsa. Não sei se isso seria passível de reclamação, afinal existem pessoas sonsas nesse nível na vida real, mas isso acaba incomodando um pouco. Além disso, a roteiro pode funcionar como metáfora para muitas coisas, possibilitando também uma boa reflexão em torno do tema do filme.
Santa Sangre
4.2 151Filme pouco comentado do estranho diretor Alejandro Jodorowsky, mas que está entre os meus filmes preferidos (um dos poucos que eu vi dar valor pra esse filme foi o crítico Roger Ebert, que deu nota máxima). O filme é uma mistura interessante de gêneros cinematográficos e por isso é difícil de ser definido em poucas palavras (seria um filme de terror?), isso também em função da mistura de nacionalidades na produção (Jodorowsky é chileno, os produtores italianos, gravado no México e falado em inglês). Os elementos do filme são belíssimos (fotografia, cenários e principalmente o figurino) e entrega também uma das minhas trilhas sonoras preferidas, além de uma violência gráfica e quase cartunesca. O único defeito foi uma ligeira falta de ritmo na segunda metade (bem típica de diretores aquarianos, se você acreditar nessas coisas).
Arraste-me para o Inferno
2.8 2,8KA aguardada volta de Sam Raimi para o terror depois da trilogia homem-aranha entrega um filme de terror eficiente e com um bom final (embora isso seja meio discutível). A condução do diretor antecipou vários elementos que seriam lugar comum aos filmes de terror da década subsequente (planos holandeses, por exemplo) enquanto traz outros que seriam meio abandonados, como um gore cartunesco que remete à Evil Dead (reparem que o gore foi meio que abandonado pelo terror mainstream como invocação do mal e outros). Um ótimo filme e se você gosta te terror vale a pena uma assistida.
Idade Perigosa
3.6 2Mais uma divertidíssima comédia de de Deanna Durbin, que traz mais uma performance viva e também nos presenteia com sua bela voz em ótimas canções.
Uma pena que ela não ficou com Bullit no final (poxa, era só esperar alguns anos). O filme acaba sendo uma espécie de Lolita politicamente correto, mas a performance de Deanna sempre faz os filmes dela valerem a pena.