O Cinema é cíclico. Se o filme de 1990 e o livro homenageavam os anos 1950, como, na época do filme a moda era homenagear os anos 1980, fizeram essa curiosa adaptação, em que o período que os personagens estão crianças se passa nos anos 1980, e não nos anos 1950. E o filme, de form justa, recebeu grande destaque na época do seu lançamento. Não só funciona como boa adaptação (ainda não li o livro completo), como é muito eficiente na constração da tensão. As cenas de terror são bem dirigidas e conduzidas, seja pelos aspectos técnicos, seja pelos atores e pelo talento do diretor. A cena na casa, por exemplo, é muito bem feita e eficiente no gênero de terror. Os atores mirins, aliás, entregam o carisma necessário para produções desse tipo (como Stranger Things) e carregam muito bem o filme em suas interações. Já falar sobre a performance de Bill Skarsgård, que entrega um It insano e imprevisível, é "chover no molhado". E, falando em chover, o filme entrega uma violência corajosa para um blockbuster, desde su a cena inicial na chuva, até momentos que envolvem o grupo que fa bullying. No final, minha única ressalva é que a últim cena não é tão marcante quanto o resto do filme, sendo pouco inspirada. Outro pecado foi não terem mantido o paralelo do Lobisomem, que It incorpora para assombrar um dos personagens que tinha assistido um filme dos anos 1950 com esse monstro, com o It incorporando o Freddy Krueger, que seria a figura de terror dos anos 1980 a assombrar esse personagem. Por estes motivos que coloco este no top 10 dos melhores filmes de terror da sua década. Já em relação ao filme de 1990, não vejo ser cabível muitas comparações. Vejo os dois como adaptações da mesma obra, mas que não possuem muita relação entre si. Não é nessa versão de 2017 referências ou se baseia em quase nada da adaptação de 1990. E, sobre a continuação, por algum motivo até hoje não tive a oportunidade de assistir. Nota: 9.4.
A vibe baixo orçamento, o tanto que é um filme obscuro, os punks, a trama caótica, a salada de gêneros, o vilão genérico, os atores completamente desconhecidos (tirando a Marilyn Burns), as cenas escuras fazer deste um filme quase um "mockmovie", como se fosse um filme inventado para brincar com o estilo de uma época. E admito que por mais que seja um filme cheio de problemas, o flerte com o terror e o apocalíptico, e a vibe oitentista, realçada por ter sido visto num VHS me fizeram até gostar do filme. A capa é ótima e foi um dos motivos que me fizeram comprar a fita. Da série "filmes que se eu não tivesse o VHS jamais saberia da existência. Pega bastante de Warriors, aliás. Nota: 6.9.
O primeiro e único (ainda bem) filme de monstros produzido na Dinamarca. Não tenho muito conhecimento de filmes de monstros dos da época, mas acho que consigo perceber que esse está abaixo da qualidade de produções como as japonesas, ou as que envolviam os efeitos de Ray Harryhausen. Até tem alguns pontos interessantes na sua história e no que envolve o monstro, mas na parte da ação não consegue empolgar, talvez não apenas por causa dos efeitos fracos, mas muito pela ausência de um trilha que realmente empolgue, e talvez a montagem também tenha culpa nessa questão. Escolhido como o filme dinamarquês para meu desafio de ver um filme de cada país da Copa, considerando a semelhança entre ambos, o fracasso da campanha da Dinamarca e do filme. Filme 20 de 32. Nota: 6.5.
Escolhi esse como o filme do Senegal para o desafio de assistir um filme para cada país da Copa por ter no Youtube e pelo tema relacionado ao COVID-19. E até que é um filme bem feito, apesar de todas as óbvias limitações de sua produção. Tem a aparência de um filme de faculdade de cinema, ou de baixíssimo orçamento, mas que consegue trazer atuações até naturais (será que os atores são mesmo moradores do lugar ou são atores mesmo?) e algumas situações típicas do dramalhão, mas que funcionam. As únicas partes ruins foram o final abrupto e o papo sobre o coronavírus. No início é até interessante como retrato dessa situação bizarra que passamos, mas fica chato/repetitivo aquele papo de alcóol em gel e distanciamento a cada cinco minutos de filme. Filme 19 de 32. Nota: 6.6.
O primeiro longa de Bong Joon-Ho trás aquilo que já esperamos de um filme do diretor: uma mistura de gêneros cinematográficos permeados de algumas críticas sociais e comédia mórbida. Mas, nesse caso, ao invés de um filme de thriller/suspense/terror, o estilo do diretor é colocado em um filme com ares de comédia romântica, mas que não deixa de possuir flertes em outros gêneros cinematográficos. Além disso, é bem bizarro ver os maus tratos aos animais quase naturalizado e como forma de humor, algo que realmente envelheceu. Visto como o filme sul-coreano no desafio de assistir um filme de cada país da Copa do Mundo. Filme 18 de 32. Nota: 8.1.
É um filme enérgico e que cumpre aquilo a que se propõe, de focar em personagens criminosos que muitas vezes estão presos a circunstâncias e má influências (ou simplesmente são péssimas pessoas mesmo). Escolhi esse como o filme do Equador para o desafio de assistir um filme para cada país da Copa e, aqui eu aprendi que o Equador deve ser o país mais quente do mundo. Todo mundo anda suado, parece que faz sol a pino o dia todo, tudo claro e escaldante. No final, acho que o maior problema foi que achei o final abrupto, quase inconclusivo. Filme 17 de 32. Nota: 7.3.
Escolhi esse filme como o filme de Portugal para meu desafio de ver um filme de cada país da Copa muito pela curiosidade pela forma como abordariam esse tema complicado. E, bom, as únicas partes realmente boas estão nas que envolvem a paixão incestuosa (inclusive a bem filmada sequência final), porque de resto é um filme extremamente chato. Dificilmente eu defino um filme como chato, detesto quando falam isso, muitas vezes dizem isso de produções que apenas não possuem o ritmo hollywoodiano, mas no caso de Como Desenhar Um Círculo Perfeito não tem muita defesa não, tirando os 20 minutos iniciais e os 15 finais nada acontece. E, de certa forma, acredito que toda essa chatice entediante (redundante assim mesmo,para dar ênfase) é INTENCIONAL! Talvez seja uma tentativa do diretor de demonstrar como a vida do pai do protagonista é maçantemente entediante (redundante de novo) e para isso resolveu matar a audiência de tédio. Se for isso, o diretor foi extremamente eficiente. E, sinceramente, qual é a da metáfora do círculo? Parece aquelas coisas que só tem sentido na cabeça do diretor, ou realmente não tem sentido/significado nenhum, mas vai gerar explicações mirabolantes dos metidos a cult. Mas, como eu disse, as cenas absurdas que envolvem irmão e irmã até fazem valer a pena assistir. Filme 16 de 32. Nota: 6.7.
Para o filme da Arábia Saudita no desafio de ver um filme para cada país da Copa escolhi este por estar disponível na Netflix. O cinema saudita era praticamente inexistente até 2018, então são bem poucos filmes e a maioria difícil de encontrar. E foi com curiosidade que fui assisti este que deve ter sido o primeiro longa-metragem de animação (até onde eu sei) feito no país. Não tive contato com a série feita para a internet e que deu origem ao filme, mas isso não faz muita falta. O que realmente senti falta foi de críticas mais incisivas ou diretas, a maioria delas é bem sutil ou não toca no cerne dos problemas da Arábia. claro, acredito que em grande parte pela rigidez da censura que existe no país. Outro ponto a comentar é que o filme acerta no humor, a história, englobando super-heróis, é interessante e a animação é bonita. Mas, achei a personalidade dos protagonistas bem sem graça e pouco desenvolvida, com exceção apenas do cachorro (não lembro o nome do personagem), que possui uma postura quase de vilão, embora esse lado anti-herói seja apenas interessante, não sendo tão desenvolvido assim. Filme 15 de 32. Nota: 7.2.
"There's something really tacky, sutpidy and consumeristic about winter themed Christmas decorations in the middle of a scorching Australian summer." Alguém na Internet. Primeiro, devo agradecer quem cadastrou esse filme aqui. Jurava que não ia ter. Bom, é uma produção de baixo orçamento, mas cujo humor não resulta daquele humor (in)voluntário típico dessas produções, e sim de um humor de fato (exceção são as criaturas, que são realmente toscas). E esse humor é o grande destaque da produção, que possui boas piadas (como a que abre o filme, que citei acima), que são exploradas na trama que também é interessante. No final, é uma boa e divertida surpresa entre a tonelada de produções de terror de baixo orçamento que lançam todos os anos. Nota: 7.6.
GARBAGE DAY! É até difícil dar nota para essa atrocidade. Talvez a continuação mais picareta da história. Ademais, me corrigo. É a continuação mais picareta da história, e talvez seja o filme mais picareta de todos os tempos. E, se isso já não é suficiente, o filme ainda é ruim nos outros aspectos também! Bom, a picaretagem consiste em algo que, até onde sei, não possui outro precedente na história do cinema. Simplesmente metade do filme é composta de cenas do filme anterior, o que faz com que simplesmente reassistamos o primeiro filme quase por completo, algo extremamente maçante (alguns filmes italianos até tinham a picaretagem depegar trechos de outros filmes sem autorização para enchimento, mas nunca em quantidade tão elevada). E tem pouco sentido também, sendo que o irmão do protagonista do primeiro filme não presenciou quase nenhum dos eventos, e não teria porque ter se traumatizado, visto que era apenas um bebê quando os pais deles morreram. Mas, se só isso não era suficiente para gerar um filme péssimo, o resto da produção em que a história do filme efetivamente acontece é igualmente pavoroso. O objetivo seria trazer um desenvolvimento para o protagonista Ricky até o mesmo reviver seu trauma e virar o assassino do filme. Mas tudo isso é pessimamente construído, com um romance nada a ver, além do ator principal ser horrível. Tudo isso acaba por culminar naquela que figura entre uma das piores cenas na história do cinema, quando Ricky finalmente "psicopateia". É TUDO HORRÍVEL NESSA CENA! A forma como a cena inicia é péssima, a trilha é péssima, as falas são péssimas, a fotografia é péssima, as atuações são péssimas (principalmente a do Ricky, que parece que tem o rosto plastificado), a direção é péssima, com um descontrole de câmera, cortes, entre outros, feitos da pior maneira possível. E o roteiro dessa cena é péssimo, pois Ricky devia matar apenas os malvados, mas atirou no pobre rapaz que estava gentilmente colocando o lixo para fora, como bom cidadão (GARBAGE DAY!). No final, o cara ainda penou para tentar matar um freira quase paralítica, apenas para mostrar que esse filme não tinha mesmo salvação nenhuma. Bom, apesar de, talvez, ser a pior continuação da história, ainda vou dar um pontinho a mais por dois motivos: um deles é as risadas involuntárias, e outro é que pelo menos a segunda metade não é maçante como a primeira. Nota: GARBAGE DAY! Uhm, quero dizer, 1.8/10.
Até tem um roteiro minimanente coeso, e tenta ter uma roupagem mais séria (comparem com o Krampus de 2013, por exemplo), mas no final realmente não possui recursos para ser um bom filme. E, sejamos francos, o Krampus não tem muita função aqui. A trama não tem nada a ver com ele, quase como se fosse um thriller em que enfiaram uma criatura que esstava na moda só para tentar vender mais. Outra questão é que a conclusão da questão da Zoe
é extremamente esburacada. Qual o sentido dela estar viva sendo que ela já estava morta? Era um zumbi? Um fantasma físico? Uma manifestação sobrenatural corpórea?
Isso ficou muito mal explicado. E, sinceramente, podiam ter feito um efeitozinho do Krampus melhor, computação gráfica não está tão cara assim, mesmo na época. Nota: 6.4.
Acho que desde que esse filme lançou eu estava curioso para ver ele. mas só fui assistir por agora. Não entrega nada muito além do esperado, embora seja curioso ver Josh novamente numa trama de "prisão", que se passa num único espaço fechado ("Drake, cadê a porta?"). O filme até tenta querer se mostrar como mais do que ele é, tentado adicionar complexidade e diferenciais descabidos naquelas cenas pós-créditos completamente sem sentido, que de forma quase constrangedora parecem querer dar um gancho para uma trama maior. Nota: 7.1.
Acredito que este seja o único filme da história que deveria ser proibido, ou pelo menos severamente censurado. E, sim é bem difícil eu defender a censura de qualquer obra, mas este caso possui peculiariedades. Por exemplo, não defendo que "If Footmen Tires You What Will Horses Do?" deva ser proibido, apesar de claramente trazer informações falsas Ou que filmes como Pretty Baby, Piccole Labbra, Beleza Americana ou outros filmes com nudez de menores sejam proibidos ou censurados. Nesses casos temos, sim, nude de menores de idade, mas são cenas de nudez que servem ao propósito narrativo, além de não serem nada mais do que apenas mostrar nudez. Já Maladolescenza faz algo diferente e um milhão de vezes mais problemático, conforme explanarei a seguir. Dá primeira vez que ouvi falar desse filme, quase dez anos atrás, acreditei que se trataria de uma produção cuja polêmica viria de ter nudez infantil, ou até mesmo a simulação de relações entre adolescentes. Se assim o fosse, ainda poderíamos defender a exibição e produção do filme. Entretanto, assistindo pela primeira vez, percebo que não é apenas isso. O problema de Maladolescenza é que, diferente de Pretty Baby, Piccole Labbra, etc, que são filmes de drama que eventualmente utilizam nudez de menores, Maladolescenza é, EM ESSÊNCIA, um filme ERÓTICO. Sim, se a mera presença de atores mirins (apenas a presença, contracenando em cenas que não envolvem sexo/nudez) em produções eróticas é problemática, que dirá quando o erotismo do filme advém e é encenado por esses atores. E esse é o problema de Maladolescenza, que me faz defender sua censura/proibição. Não se trata de um filme de drama, e sim de um filme erótico protagonizado por duas garotas de 11 anos. possuindo todos os elementos dos filmes do gênero da época, como paixões obsessivas, trilha cafona, cenários oníricos e final trágico, em uma trama que serve ao erotismo. Bom, em matéria de trama o filme até possui seus momentos, e uma ideia de submissão quase doentia da protagonista ajudam a gerar ainda mais desconforto. Por mais que eu tenha criticado a produção, é inegável que a mesma gera uma das raras experiências únicas ao assistir o filme, passando de momentos absurdos, em que todo momento nos questinonamos como, em algum momento da história do cinema, os deuses das artes deixaram, talvez por um lapso de atenção, que se produzisse um filme erótico com pré-adolescentes. "Como isso realmente foi filmado?", você irá se questionar durante toda a produção. Mas, mas estranho ainda, é perceber que por algum motivo bizarro, esse filme que (justamente) foi proibido em todos os lugares, está completo no YOUTUBE, sendo que mal mal filmes eróticos normais são permitidos por lá. Nota: 7.4.
Esperava que fosse até pior nos aspectos técnicos, mas, como filme, até que dá para o gasto, e teve uma produção decente. Só fui perceber que era o Carlos Villagrán por não ter nenhum motivo para o diretor ter sotaque. E, sinceramente, ele é a melhor coisa do filme, inclusive as piadas que o envolvem. Talvez o grande problema da produção seja mesmo Danilo Gentili e o roteiro, que confundem bizarramente o conceito de bullying com zoeira entre amigos. Trazendo diversos "ensinamentos" bizarros, que glorificam a malandragem, o "jeitinho brasileiro", entre outros. Bom, pelo menos o filme desconstroi a ideia de meritocracia com certa razão. No nosso mundo atual, acreditar que apenas ser esforçado o colocará como bem sucedido é pura mentira, pois esse lugar também pode caber aos espertos, aos herdeiros, entre outros. Mas, a questão é que por algum motivo Danilo Gentili se orgulha e defende a ideia de se ser um tremendo babaca. É inexplicável essa ideia defendida pelo filme de naturalizar, como se fosse normal, as pessoas serem delinquentes escrotos. Mas entendo o Danilo. Se, mesmo sendo um completo babaca amoral em conseguisse me tornar bem suscedido, defender e se orgulhar de ser assim seria algo mais que natural. Quero dizer, qual o grande esforço que o protagonista teria que fazer para ser uma pessoa descente e de convivência empática? Doi? Não é tão difícil ser um ser humano descente, e não vejo o sentido de se incentivar o contrário. Aliás, o protagonista praticamente destruiu a escola, cometeu diversos crimes, a troco de nada. Se empregasse tal esforço em atitudes de uma pessoa normal, seria mais benéfico. Mas, enfim, no final o filme ainda tenta passar a lição que está tudo bem, cada um tem sua personalidade, etc, o que realmente não tem muito sentido, pois, como já disse, o protagonsta cometeu crimes, e defender o comportamento criminoso como natural é bizarro. De positivo temos a mensagem de que, realmente, sua nota na escola ou esforços hercúleos e totalmente incondizentes com a mente dos jovens que o sistema de ensino nos empurra não é algo positivo, ou que determina seu caráter ou quem você é, e essa pressão não tem o menor sentido. Por fim, a polêmica em torno do filme e sua quase proibição são absurdos de alguém que sequer se deu ao trabalho de assistir o filme. Embora, sim, o filme não podia ter a classificação indicativa que se tinha determinado para ele originalmente. Nota: 4.6.
Escolhi esse como o filme da Tunísia para o desafio de assistir um filme para cada país da Copa. Confesso que o filme não me prendeu muito. Talvez tenha sido a mistura de fotografia preto e branco somados com a forma metafórica com que se conta a história. De positivo, temos o tema pertinente (violência de gênero e consequências) e a forma como a violência é retratada pelo filme. Filme 14 de 32. Nota: 7.0.
Les Saignantes é, no mínimo, surpreendente. Apresentando uma trama replete de elementos estranhos, para criar uma vibe distópica, o filme trás qualidade não só por essa construção (que é prejudicada pelo baixo orçamento), mas por trazer críticas, questionamentos e várias frases inspiradas. Mistura eficazmente ficção científica, terror, filmes erótico e ação, sem ressaltar por demais esses gêneros, fazendo uma mistura bem sutil, além de possuir, também, uma boa trilha sonora. Talvez o maior problema seja mesmo alguns pontos da trama que ficaram mal explicados (por que trocar a cabeça?) e o final, que fica pastelão demais do nada. Foi, para mim, a grande surpresa positiva da minha lista de filmes que assisti de cada país da Copa, sendo este o exemplar do Camarões. Filme 13 de 32. Nota: 8.6.
A ideia de ser filmado em um take só ajuda a "passar pano" para alguns problemas, afinal, não podemos negar os esforços que são empreendidos e as técnicas que foram muito bem usadas para gravar tudo num take só (ou disfarçar possíveis cortes que ocorrem ao longo da projeção), embora, claro, em um ou outro momento a câmera balance tanto que se assemelha a um "found footage". Mas, de toda forma, isso tudo acaba por ajudar a criar um clima muito bom, além dos cenários e atuações, acompanhar tudo de um ponto só e em sequência colabora para criar um clima tenso e claustrofóbico, contribuindo muito para gerar a sensação de terror semelhante à que deve ter sido experimentada pela protagonista. Vi como o filme uruguaio da minha lista de um filme para cada país da Copa. Filme 12 de 32. Nota: 9.0.
Ótimo filme suíço e na minha opinião uma grande surpresa do meu desafio de assistir um filme para cada país da Copa. A trama trás boas surpresas, ainda mais se você não souber nada da sinopse. A condução do filme toma rumos interessantes, misturando trama policial/investigativa, com terror, além de outros elementos de thrillers e suspenses. Meu único porém é que o filme foca por demais na sua reviravolta final, que considerei por demais óbvia para servir de muleta narrativa na forma como foi feita. Mas, não é suficiente para estragar esse ótimo e injustiçadamente pouco conhecido filme. Filme 11 de 32. Nota: 9.4.
Assim como o México, a Austrália possui uma boa produção de terror e, como tal, resolvi escolher um filme do gênero para ser o meu filme australiano da lista de um filme para cada país da Copa. Apesar de eu esperar mais, é até um bom filme, que se salva pelos seus últimos 20 minutos. Porque os 2 primeiros atos são bem sem graça. A cena inicial até é boa, mas depois disso o filme fica óbvio, não há nenhum segredo na intencionalidade dos personagens e essa ausência de mistério quase faz o filme naufragar e ficar por demais moroso. Pelo menos, como já disse, a sequência final (incluindo a perseguição no cemitério) é suficientemente boa para valer a assistida. Filme 10 de 32. Nota: 7.1.
Achei melhor do que eu esperava. Tem seus problemas, mas possui mais acertos que erros. Sim, o roteiro é um pouco fantasioso e possui alguns clichês, mas remete aquela falta de verossimilhança tão comum ao anos 1980, com tendências ao exagero na ação e à simplicidade (quase irrealidade mesmo) do roteiro. O filme trabalha muito bem as emoções, começando como um passatempo divertido e ficando mais sério (e até violento) ao longo da projeção. O maior problema mesmo foi que a conclusão
Para o filme da Costa Rica, do desafio de um filme para cada país da Copa, escolhi o que estava mais a mão (disponível no TubiTV). E, talvez seja o piorzinho entre os filmes desse desafio. Lento, mas não para cliar clima, e simplesmente por não ter nada a mostrar. No final, a reviravolta também não é nada inspirada. Filme 7 de 32. Nota: 6.5.
O Fantasma do Soho é típico dos filmes policiais de assassinatos da época. Trás elementos dos Giallos, mas mistura com bastante trama policial de investigação, não focando tanto nas mortes gráficas como nos exemplares italianos. No final, é aquele filme de investigação divertido de se assistir, mas nada marcante entre tantos exemplares do gênero. Escolhi como o exemplar alemão do desafio de ver um filme para cada país da Copa. Filme 5 de 32. Nota: 7.0.
O México tem um ótimo cinema de terror, e bastante subestimado. Entretanto, este exemplar é mediano, apenas assitível. Infelizmente, não foi boa a minha escolha para o exemplar mexicano do desafio de assistir um filme para cada país da Copa. A batalha final é meio ruinzinha, apesar de não ter medo de matar alguns personagens. O plot de possessão é aquele mesmo que já vimos mil vezes, e o Padre possuído poderia ter rendido um bom diferencial, mas a execução não foi muito boa em relação a ele. Filme 4 de 32. Nota: 6.5.
A história é meio clichê (com certeza ela ia acabar envolvida com prostituição), mas até que é curioso pelo cenário em que se passa, ajudando a compreendermos um pouco mais a situação de miséria que muitas pessoas em Gana passam, além de algumas questões culturais do país (como na tribo). Conheci uma princesa ganesa na faculdade e o filme ajudou a visualizar melhor as histórias que ela contou. A reviravolta final até poderia ser boa, mas é mal dirigida e montada, o que foi um pecado terrível, ainda mais se considerarmos que o resto do filme até tinha sido bem conduzido, o que só faz ser mais estranho ainda a diretora escorregar justo na cena crucial da produção. Visto como o filme da Gana para o desafia de um filme para cada pais da Copa. Obs.: Mais uma vez a prova de que filmes de drama são os únicos que tem salvo conduto para serem clichês e genéricos. Se fosse um filme de terror teria 2.5 para baixo. Filme 3 de 32. Nota: 6.6.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraO Cinema é cíclico. Se o filme de 1990 e o livro homenageavam os anos 1950, como, na época do filme a moda era homenagear os anos 1980, fizeram essa curiosa adaptação, em que o período que os personagens estão crianças se passa nos anos 1980, e não nos anos 1950. E o filme, de form justa, recebeu grande destaque na época do seu lançamento. Não só funciona como boa adaptação (ainda não li o livro completo), como é muito eficiente na constração da tensão. As cenas de terror são bem dirigidas e conduzidas, seja pelos aspectos técnicos, seja pelos atores e pelo talento do diretor. A cena na casa, por exemplo, é muito bem feita e eficiente no gênero de terror.
Os atores mirins, aliás, entregam o carisma necessário para produções desse tipo (como Stranger Things) e carregam muito bem o filme em suas interações. Já falar sobre a performance de Bill Skarsgård, que entrega um It insano e imprevisível, é "chover no molhado". E, falando em chover, o filme entrega uma violência corajosa para um blockbuster, desde su a cena inicial na chuva, até momentos que envolvem o grupo que fa bullying. No final, minha única ressalva é que a últim cena não é tão marcante quanto o resto do filme, sendo pouco inspirada. Outro pecado foi não terem mantido o paralelo do Lobisomem, que It incorpora para assombrar um dos personagens que tinha assistido um filme dos anos 1950 com esse monstro, com o It incorporando o Freddy Krueger, que seria a figura de terror dos anos 1980 a assombrar esse personagem. Por estes motivos que coloco este no top 10 dos melhores filmes de terror da sua década.
Já em relação ao filme de 1990, não vejo ser cabível muitas comparações. Vejo os dois como adaptações da mesma obra, mas que não possuem muita relação entre si. Não é nessa versão de 2017 referências ou se baseia em quase nada da adaptação de 1990. E, sobre a continuação, por algum motivo até hoje não tive a oportunidade de assistir.
Nota: 9.4.
A Violência do Futuro
3.2 7A vibe baixo orçamento, o tanto que é um filme obscuro, os punks, a trama caótica, a salada de gêneros, o vilão genérico, os atores completamente desconhecidos (tirando a Marilyn Burns), as cenas escuras fazer deste um filme quase um "mockmovie", como se fosse um filme inventado para brincar com o estilo de uma época. E admito que por mais que seja um filme cheio de problemas, o flerte com o terror e o apocalíptico, e a vibe oitentista, realçada por ter sido visto num VHS me fizeram até gostar do filme. A capa é ótima e foi um dos motivos que me fizeram comprar a fita. Da série "filmes que se eu não tivesse o VHS jamais saberia da existência. Pega bastante de Warriors, aliás.
Nota: 6.9.
Reptilicus
2.3 17 Assista AgoraO primeiro e único (ainda bem) filme de monstros produzido na Dinamarca. Não tenho muito conhecimento de filmes de monstros dos da época, mas acho que consigo perceber que esse está abaixo da qualidade de produções como as japonesas, ou as que envolviam os efeitos de Ray Harryhausen. Até tem alguns pontos interessantes na sua história e no que envolve o monstro, mas na parte da ação não consegue empolgar, talvez não apenas por causa dos efeitos fracos, mas muito pela ausência de um trilha que realmente empolgue, e talvez a montagem também tenha culpa nessa questão. Escolhido como o filme dinamarquês para meu desafio de ver um filme de cada país da Copa, considerando a semelhança entre ambos, o fracasso da campanha da Dinamarca e do filme.
Filme 20 de 32.
Nota: 6.5.
Cas Communautaire
3.5 1Escolhi esse como o filme do Senegal para o desafio de assistir um filme para cada país da Copa por ter no Youtube e pelo tema relacionado ao COVID-19. E até que é um filme bem feito, apesar de todas as óbvias limitações de sua produção. Tem a aparência de um filme de faculdade de cinema, ou de baixíssimo orçamento, mas que consegue trazer atuações até naturais (será que os atores são mesmo moradores do lugar ou são atores mesmo?) e algumas situações típicas do dramalhão, mas que funcionam. As únicas partes ruins foram o final abrupto e o papo sobre o coronavírus. No início é até interessante como retrato dessa situação bizarra que passamos, mas fica chato/repetitivo aquele papo de alcóol em gel e distanciamento a cada cinco minutos de filme.
Filme 19 de 32.
Nota: 6.6.
Cão que Ladra não Morde
3.6 31O primeiro longa de Bong Joon-Ho trás aquilo que já esperamos de um filme do diretor: uma mistura de gêneros cinematográficos permeados de algumas críticas sociais e comédia mórbida. Mas, nesse caso, ao invés de um filme de thriller/suspense/terror, o estilo do diretor é colocado em um filme com ares de comédia romântica, mas que não deixa de possuir flertes em outros gêneros cinematográficos. Além disso, é bem bizarro ver os maus tratos aos animais quase naturalizado e como forma de humor, algo que realmente envelheceu. Visto como o filme sul-coreano no desafio de assistir um filme de cada país da Copa do Mundo.
Filme 18 de 32.
Nota: 8.1.
Ratos e Rueiros
3.4 4É um filme enérgico e que cumpre aquilo a que se propõe, de focar em personagens criminosos que muitas vezes estão presos a circunstâncias e má influências (ou simplesmente são péssimas pessoas mesmo). Escolhi esse como o filme do Equador para o desafio de assistir um filme para cada país da Copa e, aqui eu aprendi que o Equador deve ser o país mais quente do mundo. Todo mundo anda suado, parece que faz sol a pino o dia todo, tudo claro e escaldante. No final, acho que o maior problema foi que achei o final abrupto, quase inconclusivo.
Filme 17 de 32.
Nota: 7.3.
Como Desenhar um Círculo Perfeito
2.7 20Escolhi esse filme como o filme de Portugal para meu desafio de ver um filme de cada país da Copa muito pela curiosidade pela forma como abordariam esse tema complicado. E, bom, as únicas partes realmente boas estão nas que envolvem a paixão incestuosa (inclusive a bem filmada sequência final), porque de resto é um filme extremamente chato. Dificilmente eu defino um filme como chato, detesto quando falam isso, muitas vezes dizem isso de produções que apenas não possuem o ritmo hollywoodiano, mas no caso de Como Desenhar Um Círculo Perfeito não tem muita defesa não, tirando os 20 minutos iniciais e os 15 finais nada acontece. E, de certa forma, acredito que toda essa chatice entediante (redundante assim mesmo,para dar ênfase) é INTENCIONAL! Talvez seja uma tentativa do diretor de demonstrar como a vida do pai do protagonista é maçantemente entediante (redundante de novo) e para isso resolveu matar a audiência de tédio. Se for isso, o diretor foi extremamente eficiente.
E, sinceramente, qual é a da metáfora do círculo? Parece aquelas coisas que só tem sentido na cabeça do diretor, ou realmente não tem sentido/significado nenhum, mas vai gerar explicações mirabolantes dos metidos a cult. Mas, como eu disse, as cenas absurdas que envolvem irmão e irmã até fazem valer a pena assistir.
Filme 16 de 32.
Nota: 6.7.
Masameer: O Filme
3.5 2 Assista AgoraPara o filme da Arábia Saudita no desafio de ver um filme para cada país da Copa escolhi este por estar disponível na Netflix. O cinema saudita era praticamente inexistente até 2018, então são bem poucos filmes e a maioria difícil de encontrar. E foi com curiosidade que fui assisti este que deve ter sido o primeiro longa-metragem de animação (até onde eu sei) feito no país. Não tive contato com a série feita para a internet e que deu origem ao filme, mas isso não faz muita falta. O que realmente senti falta foi de críticas mais incisivas ou diretas, a maioria delas é bem sutil ou não toca no cerne dos problemas da Arábia. claro, acredito que em grande parte pela rigidez da censura que existe no país.
Outro ponto a comentar é que o filme acerta no humor, a história, englobando super-heróis, é interessante e a animação é bonita. Mas, achei a personalidade dos protagonistas bem sem graça e pouco desenvolvida, com exceção apenas do cachorro (não lembro o nome do personagem), que possui uma postura quase de vilão, embora esse lado anti-herói seja apenas interessante, não sendo tão desenvolvido assim.
Filme 15 de 32.
Nota: 7.2.
Stuffings
2.2 2 Assista Agora"There's something really tacky, sutpidy and consumeristic about winter themed Christmas decorations in the middle of a scorching Australian summer." Alguém na Internet.
Primeiro, devo agradecer quem cadastrou esse filme aqui. Jurava que não ia ter. Bom, é uma produção de baixo orçamento, mas cujo humor não resulta daquele humor (in)voluntário típico dessas produções, e sim de um humor de fato (exceção são as criaturas, que são realmente toscas). E esse humor é o grande destaque da produção, que possui boas piadas (como a que abre o filme, que citei acima), que são exploradas na trama que também é interessante. No final, é uma boa e divertida surpresa entre a tonelada de produções de terror de baixo orçamento que lançam todos os anos.
Nota: 7.6.
Natal Sangrento 2: Retorno Macabro
2.2 57 Assista AgoraGARBAGE DAY!
É até difícil dar nota para essa atrocidade. Talvez a continuação mais picareta da história. Ademais, me corrigo. É a continuação mais picareta da história, e talvez seja o filme mais picareta de todos os tempos. E, se isso já não é suficiente, o filme ainda é ruim nos outros aspectos também!
Bom, a picaretagem consiste em algo que, até onde sei, não possui outro precedente na história do cinema. Simplesmente metade do filme é composta de cenas do filme anterior, o que faz com que simplesmente reassistamos o primeiro filme quase por completo, algo extremamente maçante (alguns filmes italianos até tinham a picaretagem depegar trechos de outros filmes sem autorização para enchimento, mas nunca em quantidade tão elevada). E tem pouco sentido também, sendo que o irmão do protagonista do primeiro filme não presenciou quase nenhum dos eventos, e não teria porque ter se traumatizado, visto que era apenas um bebê quando os pais deles morreram.
Mas, se só isso não era suficiente para gerar um filme péssimo, o resto da produção em que a história do filme efetivamente acontece é igualmente pavoroso. O objetivo seria trazer um desenvolvimento para o protagonista Ricky até o mesmo reviver seu trauma e virar o assassino do filme. Mas tudo isso é pessimamente construído, com um romance nada a ver, além do ator principal ser horrível.
Tudo isso acaba por culminar naquela que figura entre uma das piores cenas na história do cinema, quando Ricky finalmente "psicopateia". É TUDO HORRÍVEL NESSA CENA! A forma como a cena inicia é péssima, a trilha é péssima, as falas são péssimas, a fotografia é péssima, as atuações são péssimas (principalmente a do Ricky, que parece que tem o rosto plastificado), a direção é péssima, com um descontrole de câmera, cortes, entre outros, feitos da pior maneira possível. E o roteiro dessa cena é péssimo, pois Ricky devia matar apenas os malvados, mas atirou no pobre rapaz que estava gentilmente colocando o lixo para fora, como bom cidadão (GARBAGE DAY!). No final, o cara ainda penou para tentar matar um freira quase paralítica, apenas para mostrar que esse filme não tinha mesmo salvação nenhuma.
Bom, apesar de, talvez, ser a pior continuação da história, ainda vou dar um pontinho a mais por dois motivos: um deles é as risadas involuntárias, e outro é que pelo menos a segunda metade não é maçante como a primeira.
Nota: GARBAGE DAY! Uhm, quero dizer, 1.8/10.
Krampus: O Acordo
1.4 20Até tem um roteiro minimanente coeso, e tenta ter uma roupagem mais séria (comparem com o Krampus de 2013, por exemplo), mas no final realmente não possui recursos para ser um bom filme. E, sejamos francos, o Krampus não tem muita função aqui. A trama não tem nada a ver com ele, quase como se fosse um thriller em que enfiaram uma criatura que esstava na moda só para tentar vender mais. Outra questão é que a conclusão da questão da Zoe
é extremamente esburacada. Qual o sentido dela estar viva sendo que ela já estava morta? Era um zumbi? Um fantasma físico? Uma manifestação sobrenatural corpórea?
Nota: 6.4.
Armadilha
2.2 589Acho que desde que esse filme lançou eu estava curioso para ver ele. mas só fui assistir por agora. Não entrega nada muito além do esperado, embora seja curioso ver Josh novamente numa trama de "prisão", que se passa num único espaço fechado ("Drake, cadê a porta?"). O filme até tenta querer se mostrar como mais do que ele é, tentado adicionar complexidade e diferenciais descabidos naquelas cenas pós-créditos completamente sem sentido, que de forma quase constrangedora parecem querer dar um gancho para uma trama maior.
Nota: 7.1.
Maladolescenza
2.6 68Acredito que este seja o único filme da história que deveria ser proibido, ou pelo menos severamente censurado. E, sim é bem difícil eu defender a censura de qualquer obra, mas este caso possui peculiariedades. Por exemplo, não defendo que "If Footmen Tires You What Will Horses Do?" deva ser proibido, apesar de claramente trazer informações falsas Ou que filmes como Pretty Baby, Piccole Labbra, Beleza Americana ou outros filmes com nudez de menores sejam proibidos ou censurados. Nesses casos temos, sim, nude de menores de idade, mas são cenas de nudez que servem ao propósito narrativo, além de não serem nada mais do que apenas mostrar nudez. Já Maladolescenza faz algo diferente e um milhão de vezes mais problemático, conforme explanarei a seguir.
Dá primeira vez que ouvi falar desse filme, quase dez anos atrás, acreditei que se trataria de uma produção cuja polêmica viria de ter nudez infantil, ou até mesmo a simulação de relações entre adolescentes. Se assim o fosse, ainda poderíamos defender a exibição e produção do filme. Entretanto, assistindo pela primeira vez, percebo que não é apenas isso. O problema de Maladolescenza é que, diferente de Pretty Baby, Piccole Labbra, etc, que são filmes de drama que eventualmente utilizam nudez de menores, Maladolescenza é, EM ESSÊNCIA, um filme ERÓTICO. Sim, se a mera presença de atores mirins (apenas a presença, contracenando em cenas que não envolvem sexo/nudez) em produções eróticas é problemática, que dirá quando o erotismo do filme advém e é encenado por esses atores.
E esse é o problema de Maladolescenza, que me faz defender sua censura/proibição. Não se trata de um filme de drama, e sim de um filme erótico protagonizado por duas garotas de 11 anos. possuindo todos os elementos dos filmes do gênero da época, como paixões obsessivas, trilha cafona, cenários oníricos e final trágico, em uma trama que serve ao erotismo.
Bom, em matéria de trama o filme até possui seus momentos, e uma ideia de submissão quase doentia da protagonista ajudam a gerar ainda mais desconforto. Por mais que eu tenha criticado a produção, é inegável que a mesma gera uma das raras experiências únicas ao assistir o filme, passando de momentos absurdos, em que todo momento nos questinonamos como, em algum momento da história do cinema, os deuses das artes deixaram, talvez por um lapso de atenção, que se produzisse um filme erótico com pré-adolescentes.
"Como isso realmente foi filmado?", você irá se questionar durante toda a produção. Mas, mas estranho ainda, é perceber que por algum motivo bizarro, esse filme que (justamente) foi proibido em todos os lugares, está completo no YOUTUBE, sendo que mal mal filmes eróticos normais são permitidos por lá.
Nota: 7.4.
Como se Tornar o Pior Aluno da Escola
2.5 340Esperava que fosse até pior nos aspectos técnicos, mas, como filme, até que dá para o gasto, e teve uma produção decente. Só fui perceber que era o Carlos Villagrán por não ter nenhum motivo para o diretor ter sotaque. E, sinceramente, ele é a melhor coisa do filme, inclusive as piadas que o envolvem. Talvez o grande problema da produção seja mesmo Danilo Gentili e o roteiro, que confundem bizarramente o conceito de bullying com zoeira entre amigos. Trazendo diversos "ensinamentos" bizarros, que glorificam a malandragem, o "jeitinho brasileiro", entre outros. Bom, pelo menos o filme desconstroi a ideia de meritocracia com certa razão. No nosso mundo atual, acreditar que apenas ser esforçado o colocará como bem sucedido é pura mentira, pois esse lugar também pode caber aos espertos, aos herdeiros, entre outros. Mas, a questão é que por algum motivo Danilo Gentili se orgulha e defende a ideia de se ser um tremendo babaca. É inexplicável essa ideia defendida pelo filme de naturalizar, como se fosse normal, as pessoas serem delinquentes escrotos. Mas entendo o Danilo. Se, mesmo sendo um completo babaca amoral em conseguisse me tornar bem suscedido, defender e se orgulhar de ser assim seria algo mais que natural.
Quero dizer, qual o grande esforço que o protagonista teria que fazer para ser uma pessoa descente e de convivência empática? Doi? Não é tão difícil ser um ser humano descente, e não vejo o sentido de se incentivar o contrário. Aliás, o protagonista praticamente destruiu a escola, cometeu diversos crimes, a troco de nada. Se empregasse tal esforço em atitudes de uma pessoa normal, seria mais benéfico.
Mas, enfim, no final o filme ainda tenta passar a lição que está tudo bem, cada um tem sua personalidade, etc, o que realmente não tem muito sentido, pois, como já disse, o protagonsta cometeu crimes, e defender o comportamento criminoso como natural é bizarro. De positivo temos a mensagem de que, realmente, sua nota na escola ou esforços hercúleos e totalmente incondizentes com a mente dos jovens que o sistema de ensino nos empurra não é algo positivo, ou que determina seu caráter ou quem você é, e essa pressão não tem o menor sentido.
Por fim, a polêmica em torno do filme e sua quase proibição são absurdos de alguém que sequer se deu ao trabalho de assistir o filme. Embora, sim, o filme não podia ter a classificação indicativa que se tinha determinado para ele originalmente.
Nota: 4.6.
Black Medusa
3.1 3Escolhi esse como o filme da Tunísia para o desafio de assistir um filme para cada país da Copa. Confesso que o filme não me prendeu muito. Talvez tenha sido a mistura de fotografia preto e branco somados com a forma metafórica com que se conta a história. De positivo, temos o tema pertinente (violência de gênero e consequências) e a forma como a violência é retratada pelo filme.
Filme 14 de 32.
Nota: 7.0.
Les Saignantes
4.3 2Les Saignantes é, no mínimo, surpreendente. Apresentando uma trama replete de elementos estranhos, para criar uma vibe distópica, o filme trás qualidade não só por essa construção (que é prejudicada pelo baixo orçamento), mas por trazer críticas, questionamentos e várias frases inspiradas. Mistura eficazmente ficção científica, terror, filmes erótico e ação, sem ressaltar por demais esses gêneros, fazendo uma mistura bem sutil, além de possuir, também, uma boa trilha sonora. Talvez o maior problema seja mesmo alguns pontos da trama que ficaram mal explicados (por que trocar a cabeça?) e o final, que fica pastelão demais do nada. Foi, para mim, a grande surpresa positiva da minha lista de filmes que assisti de cada país da Copa, sendo este o exemplar do Camarões.
Filme 13 de 32.
Nota: 8.6.
A Casa
2.6 496A ideia de ser filmado em um take só ajuda a "passar pano" para alguns problemas, afinal, não podemos negar os esforços que são empreendidos e as técnicas que foram muito bem usadas para gravar tudo num take só (ou disfarçar possíveis cortes que ocorrem ao longo da projeção), embora, claro, em um ou outro momento a câmera balance tanto que se assemelha a um "found footage". Mas, de toda forma, isso tudo acaba por ajudar a criar um clima muito bom, além dos cenários e atuações, acompanhar tudo de um ponto só e em sequência colabora para criar um clima tenso e claustrofóbico, contribuindo muito para gerar a sensação de terror semelhante à que deve ter sido experimentada pela protagonista. Vi como o filme uruguaio da minha lista de um filme para cada país da Copa.
Filme 12 de 32.
Nota: 9.0.
A Boneca do Diabo
3.3 50Ótimo filme suíço e na minha opinião uma grande surpresa do meu desafio de assistir um filme para cada país da Copa. A trama trás boas surpresas, ainda mais se você não souber nada da sinopse. A condução do filme toma rumos interessantes, misturando trama policial/investigativa, com terror, além de outros elementos de thrillers e suspenses. Meu único porém é que o filme foca por demais na sua reviravolta final, que considerei por demais óbvia para servir de muleta narrativa na forma como foi feita. Mas, não é suficiente para estragar esse ótimo e injustiçadamente pouco conhecido filme.
Filme 11 de 32.
Nota: 9.4.
Alison's Birthday
3.0 5Assim como o México, a Austrália possui uma boa produção de terror e, como tal, resolvi escolher um filme do gênero para ser o meu filme australiano da lista de um filme para cada país da Copa. Apesar de eu esperar mais, é até um bom filme, que se salva pelos seus últimos 20 minutos. Porque os 2 primeiros atos são bem sem graça. A cena inicial até é boa, mas depois disso o filme fica óbvio, não há nenhum segredo na intencionalidade dos personagens e essa ausência de mistério quase faz o filme naufragar e ficar por demais moroso. Pelo menos, como já disse, a sequência final (incluindo a perseguição no cemitério) é suficientemente boa para valer a assistida.
Filme 10 de 32.
Nota: 7.1.
Torpedo: U-235
3.0 13 Assista AgoraAchei melhor do que eu esperava. Tem seus problemas, mas possui mais acertos que erros. Sim, o roteiro é um pouco fantasioso e possui alguns clichês, mas remete aquela falta de verossimilhança tão comum ao anos 1980, com tendências ao exagero na ação e à simplicidade (quase irrealidade mesmo) do roteiro. O filme trabalha muito bem as emoções, começando como um passatempo divertido e ficando mais sério (e até violento) ao longo da projeção. O maior problema mesmo foi que a conclusão
pareceu glorificar a bomba atômica e que foram os heróis da narrativa quem trouxeram fim à guerra
Filme 9 de 32.
Nota: 7.8.
The Butler
3.5 1Para o filme da Costa Rica, do desafio de um filme para cada país da Copa, escolhi o que estava mais a mão (disponível no TubiTV). E, talvez seja o piorzinho entre os filmes desse desafio. Lento, mas não para cliar clima, e simplesmente por não ter nada a mostrar. No final, a reviravolta também não é nada inspirada.
Filme 7 de 32.
Nota: 6.5.
O Fantasma do Soho
3.5 1O Fantasma do Soho é típico dos filmes policiais de assassinatos da época. Trás elementos dos Giallos, mas mistura com bastante trama policial de investigação, não focando tanto nas mortes gráficas como nos exemplares italianos. No final, é aquele filme de investigação divertido de se assistir, mas nada marcante entre tantos exemplares do gênero. Escolhi como o exemplar alemão do desafio de ver um filme para cada país da Copa.
Filme 5 de 32.
Nota: 7.0.
A Marca do Demônio
1.3 154 Assista AgoraO México tem um ótimo cinema de terror, e bastante subestimado. Entretanto, este exemplar é mediano, apenas assitível. Infelizmente, não foi boa a minha escolha para o exemplar mexicano do desafio de assistir um filme para cada país da Copa. A batalha final é meio ruinzinha, apesar de não ter medo de matar alguns personagens. O plot de possessão é aquele mesmo que já vimos mil vezes, e o Padre possuído poderia ter rendido um bom diferencial, mas a execução não foi muito boa em relação a ele.
Filme 4 de 32.
Nota: 6.5.
O Destino de Amina
3.4 17 Assista AgoraA história é meio clichê (com certeza ela ia acabar envolvida com prostituição), mas até que é curioso pelo cenário em que se passa, ajudando a compreendermos um pouco mais a situação de miséria que muitas pessoas em Gana passam, além de algumas questões culturais do país (como na tribo). Conheci uma princesa ganesa na faculdade e o filme ajudou a visualizar melhor as histórias que ela contou. A reviravolta final até poderia ser boa, mas é mal dirigida e montada, o que foi um pecado terrível, ainda mais se considerarmos que o resto do filme até tinha sido bem conduzido, o que só faz ser mais estranho ainda a diretora escorregar justo na cena crucial da produção. Visto como o filme da Gana para o desafia de um filme para cada pais da Copa.
Obs.: Mais uma vez a prova de que filmes de drama são os únicos que tem salvo conduto para serem clichês e genéricos. Se fosse um filme de terror teria 2.5 para baixo.
Filme 3 de 32.
Nota: 6.6.