Continuando o desafio de assistir um filme para cada país da Copa, confesso que escolhi o filme polonês pela capa (e pela facilidade de já ter ele completo no youtube). Da mesma forma que o filme polonês que eu tinha escolhido para a Copa de 2018 (Hourglass Sanatorium), esse também é bem lento. Tem cenas climáticas, um pouco de violência, mas mesmo assim não deixa de dar um soninho, ainda mais porque a produção não se esforça em deixar a trama mais interessante, apresentando ela bem vagarosamente. Filme 2 de 32. Nota: 7.0.
Na minha humilde opinião, os quadrinhos de Watchmen estão facilmente no top 3 de melhores obras narrativas da história. Aliando universo alternativo, paranoia da guerra fria e uma visão realista dos heróis, tudo isso combinado a uma trama de mistério típica dos noir. Possui ainda conceitos físicos fantásticos (principalmente a concepção de tempo do Dr. Manhattan). Acrescente ainda outras tramas igualmente bem trabalhadas, como O Cargueiro Negro e diversas referências incrivelmente diversas (da filosofia, história antiga e música pop), somadas às ótimas ilustrações e a trama quase sem falhas, temos uma das melhores obras de todos os tempos, ou seja, adapta-la para as telas seria um grande desafio, ainda mais se considerarmos que não tem fandom mais chato do que o do Alan Moore. Para nossa sorte, foi Zack Snyder, fã de quadrinhos, quem realizou a adaptação para as telas e, como resultado, temos um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos. Claro, o maior mérito do filme parece ser esse mesmo, o de conseguir adaptar a história. Praticamente qualquer outro elogio que penso em tecer ao filme é originado, na verdade, da ótima graphic novel, como a concepção psicopata de Roscharch (numa referência a "ser encarado pelo abismo", e que trabalhar combatendo o crime pode te deixar tão louco quanto quem você combate), ou o desenvolvimento dos demais personagens. Aliás, bem legal rever esse filme atualmente em relação aos atores, como Patrick Wilson como Coruja (a cara do personagem nos quadrinhos), ou Jeffrey Dean Morgan como Comediante, já fazendo seu "ensaio" para interpretar Negan em The Walking Dead. Acredito que talvez os maiores pecados do filme tenha sido dois: a tentativa de ser fiel por demais à trama e o fato de suprimir os conceitos políticos. Sobre o primeiro ponto, temos que a adaptação realmente é ótima, conseguindo trazer praticamente tudo de importante da HQ para o filme. Entretanto, acaba por ser excessiva apenas no ponto dos flashbacks, que cortam por demais a trama com informações do passado que, por vezes, não tem muita função para a história e poderiam ter sido retirados (embora a que envolve o Dr Manhattan é simplesmente fantástica). Acredito que poderiam ter suprimido um ou dois flashbacks que ficaria perfeito. O outro ponto, e recorrente nas adaptações cinematográficas para a obra de Moore.é a dimunição de comentários políticos. A ideia do original é mostrar que a maioria dos cidadãos que resolveriam combater o crime nesse visão binária de que apenas "descer porrada" resolve teriam claramente tendências facistas ou conservadoras. Rorscharch, Comedianta, Justiça Encapuzada, Capitão Metrópole, Do outro lado, temos os mais progressistas (Silhouette, Coruja e Espectral, os antigos e os novos), os capitalistas (Dolar Bill, o empresário da Espectral) e, no meio disso tudo, o apático que acredita que ninguém pode fazer nada para mudar e que os dois lados são a mesma coisa, vulgo isentão, representado pela figura do Dr. Manhattan. No final, a trama retira esse contexto político (semelhante com o feito em V de Vingança), gerando aqui uma das críticas dos fãs da HQ (e acho que do próprio Moore), em que os hérois acabam sendo realmente vistos como hérois pela trama, sendo idolatrados pela turma do redpill (e as vezes não só por eles), como acontece principalmente com Rorscharch, em que a visão crítica e política dos vigilantes mascarados cai por terra e cede espaço a idolatria. Certeza que tem vários que acham que
Ozymandias estava certo e acabam por ignorar que seu "salvar o mundo" não iria durar muito tempo e que ele só tinha feito aquilo tudo por puro narcisismo, para se sentir o salvador e dono do mundo (algo ressaltado nas HQs de forma clara por sua idolatria a Alexandre, O Grande, mas também por várias outras sutilezas na história, principalmente a opulência que sempre existe ao seu redor)
. Já no filme esse narcisismo de Ozymandias (o motivo que o fez se tornar herói) não fica escancarado. Bom, na sequência final, o roteiro opta por uma mudança em relação à Graphic Novel, mas que era necessária para deixar mais enxuta a forma como as cidades seriam atacadas, afinal, não dava para inserir também na trama toda aquela questão do autor do Cargueiro Negro. No final, a decisão de fazer essa mudança acaba soando até mais orgânica num contexto cinematográfica e reclamar dela é pura babaquice. Cabe ainda comentar que a trilha sonora é ótima, e também muita violência (me impressionou quando era pré-adolescente, não estava acostumado, ainda mais em um filme de super-herói) e boas cenas de ação. Nota: 9.6.
"Because dead Because dead Because dead it's a shine all night long" Continuando o desafio de um filme para cada país da Copa, decidi rever O Pacto como o representante do filme japonês. Começo comentando essa tradução de título péssima. Primeiro, não temos certeza se existe mesmo um pacto. Segundo, o título fica super genêrico. Terceiro, a trdução era super fácil, bastava traduzir mesmo para Clube do Suicídio, soa bem e tudo. Mas, enfim, esse foi um dos primeiros de terror asiático que assisti e lembro que na época achei fantástica a trama, a forma como cho finaa conclusão confusa e meio aberta chega, etc. Revendo hoje em dia, talvez minha inexperiência na época tenha extrapolado esse trecho final que não é tão incrível assim, embora não deixe de ser aberto e pouco expositivo, deixando muito ainda a se discutir sobre o significado de todo o filme. Ademais, o gore é bem feito, o mistério é bem tramado e a cena inicial é realmente impactante. Um filme sobre um tema delicado, e que com certeza teria sido feito sob outra visão hoje em dia, tendo envelhecido um pouco nesse quesito. Mas, no final, a melhor parte da produção é mesmo a música Suicide Kiss. Filme 8 de 32. Nota: 9.4.
Em 2018, decidi assistir um filme de cada país da Copa daquele ano. Pois bem, nessa Copa de 2022 decidi fazer o mesmo "desafio". Entretanto, apesar de já ter assistido os filmes a algumas semanas, estou postando os comentários com bastante atraso. Mas, lá vai. O filme dos EUA escolhido por mim foi Tenenbaums. O grande charme desse filme está na dosagem bem balanceiada, em que misturam muito bem o roteiro típico de um filme de drama familiar com a direção puxada para a comédia de Wes Anderson. O resultado é uma mistura muito bem feita de drama e comédia, em que rimos de situações quase trágicas, de problemas familiares e até mesmo da depressão. Contribui para isso o óitmo time de atores, a maioria deles famosos por personagens cômicos, além do fato de que a produção consegue dar um tempo e desenvovlimento adequado para todos eles, sem soar bagunçado, apesar de cada um ter personagens, trama, e objetivos diversos. Também achei essa tradução brasileira do título bem ruim. Não tem nada de excêntrico nos Tenenbaums, excêntrica é a forma como o filme trata de dilemas familiares deles, e não há nada de anormal ou estranho na maioria desses dilemas. Filme 1 de 32. Nota: 8.5.
O primeiro ato é uma cópia completa de Massacre da Serra Elétrica. Claro, podemos dizer que é uma homenagem, mas quando há exagero, e são quase ausente elementos próprios, igual nesse caso fica difícil defender. Até os ângulos de câmera chegam a ser iguais. Mas, essa "cópia", ainda bem, perdura apenas nesse primeiro ato. Também não entendi o pessoal falando que o filme é chato. Quase todos os slashers/filmes de canibiais passam os primeiros 40 minutos do filme praticamente sem mortes. E esse daqui até preenche esses minutos iniciais com uma trama legal de produção pornográfica nos anos 1970 (com uso de câmeras antigas, uma discussão legal sobre sexo). Além disso, mantêm oculta durante grande parte da trama qual vai ser o assassino ou os motivos das mortes, o que ajuda a criar um certo interesse para aonde a trama irá seguir. Talvez o motivo por algumas pessoas acharem chato seja a decisão complicada de colocar o
apenas um casal de velhos decrépitos como assassinos. que acaba por matar qualquer chance de termos as famosas cenas de perseguição finais, que geralmente é o qu e trazem ação e melhoram muito os filmes do gênero. Sem essa possibilidade de termos cenas de perseguição, o filme se encontra num impasse, pois para tê-las teriam que trazer um dos tipos assassinos do gênero, mas aí ficariam como cópia mais descarada ainda de Massacre da Serra Elétrica. Então, o filme busca caminhos para contornar isso, e é aqui que acaba sendo a melhor parte, pois a produção realmente se atém a ideia de não ter perseguições, e se sa bem nos elementos que encontrou para substituir isso
. No final, consegue ter alguns elementos suficientemente interessantes para se sobressair levemente a outros exemplares atuais do subgênero, mas não suficientemente para se tornar um clássico. Aliás, esse é mais um dos filmes de terror de 2022 que não tem nada de demais, mas que estão sendo badalados por um surto coletivo bizarro que finalmente resolveu valorizar o terror (barbarias, Pânico 5, M3gan, todos medianos mas com nota maior que 3.0.). Nota: 7.2.
Até adaptaram bem o anime em matéria de roteiro, apesar de um ou outro pequeno deslie nesse ponto (como a ausência injustificável da Akazawa), O grande problema é mesmo que a produção é meio tosca. Os atores não correspondem aos personagens, os cenários, mortes, efeitos, direção, tudo é muito pobre (não necessariamente no sentido financeiro, mas cinematográfico mesmo), o que faz causar bem menos impacto do que o anime causava (o grande exemplo é a cena do guarda-chuva). Outro problema está na identidade visual. Não que eu esteja querendo que os personagens tenham cabelo púrpura igual no anime, mas ajudaria um pouco mais de criatividade no visual dos personagens, parecem todos os mesmos, nem dava para identificar direito quem era quem em relação ao anime. Por fim, faltou um pouco de gore também, que é uma das características marcantes do anime. Em resumo, o mesmo roteiro em uma produção mais cuidadosa poderia ter gerado uma boa adaptação. Nota: 6.7.
Hogwarts tá diferente... Bom, não sabia que A Pior das Bruxas era baseado em uma série de livros, e que já tinha, inclusive, um filme bem desconhecido lançado nos anos 1980. Mais estranho ainda é ninguém mais, ninguém menos que Tim Curry, além de Fairuza Balk (ela já era bruxa, vejam só) estarem nesse filme. É até divertido, cumpre o que promete, embora eu tenha achado os números musicais meio sem graça, e a vilã do filme foi completamente mal encaixada, parece que foi colocada por obrigação numa trama em que não tinha espaço para ela, e toda a resolução desse conflito é rápida e mal desenvolvida. Nota: 6.9.
Esse ano de 2022 foi puro delírio coletivo em matéria de terror. Todo ano são lançados tolenadas de filme do gênero que até são legais/medianos, mas que sempre acabam massacrados ou pouco reconhecidos, como Corrente do Mal, Leprechaun Returns, Amizade Desfeita, Oculus, A Autópsia de Jane Doe, O Chamado 3, A Visita, Puro Sangue, O Despertar, À Espreita do Mal, só para citar alguns poucos títulos de terror da última década que estão no nível, levemente superiores, ou estão até bem acima dos filmes de terror de 2022, em sua maioria bons ou medianos, mas que por algum delírio coletivo bizarro estão sendo badalados por público é crítica de forma que nunca tinham feito antes com esses filmes genéricos e opuco inventivos de terror que saem todos os anos. Filmes como Pânico 5 (argh), X, Sorria e este Noites Brutais. Bom, para mi realmente foi algum surto da crítica, pois Noites Brutais é um filme extremamente problemático. Vejam bem, não é ruim, está apenas no nível das demais produções que povoam o gênero ao longo dos anos. Tem uma única boa ideia ou premissa, algumas boas cenas de perseguição ou violência, repleto de crichês, pouco inventivo e possuindo alguns (ou vários buracos). Nada que um fã de terror já não tenha visto mil vezes, e Noites Brutais seria mais um desses filmes que seria lançado, visto quase que apenas pelos fãs do gênero, mas, sendo um filme esquecível, logo sumiria. O curioso é que por algum motivo este, dentre vários outros, foi escolhido para ser o queridinho do público e da crítica, mas não possuindo nada que o faça se sobressair (como Hereditário, A Bruxa e Corrente do Mal possuiam). Talvez esse filme tenha conseguido enganar por seus 40 primeiros minutos arrebatadores e misteriosos, ou per ter entregado uma campanha de marketing que não nos mostra nada, comprovando que estou certo em evitar ver trailers e ler sinopses. o pessoal do marketing hollywoodiano simplesmente entrega muito da trama, atrapalhandonossa curiosidade sobre até mesmo o próprio tema do filme ou quem serão os vilões ou os mocinhos. Agora, falar que este filme suberte o gênero, tem um roteiro fora do convencional, etc, também faz parte desse surto bizarro, pois não trás quebras de expectativa tão marcantes, ou entrega material que já não tenhámos visto dezenas de vezes. O início, como eu disse, é interessante e climático, num estilo de direção que remete ao filme Hereditário. E só, depois disso, temos um festival de lugares-comum, com algumas falhas. Mas, vejam bem, não vejo falhas de roteiro em si como algo para ser usado para dizer que um filme é ruim. Se for bem dirigido e tiver outro elementos que supram essa falha, não temos um problema grave. E esse é o caso de Noites Brutais. Minha reclamaçãoa aqui vai simplesmente para o fato que falhas de roteiro, conveniências e clichês tem sido usadas e extrapoladas ao longo dos anos para rebaixar o gênero terror e, misteriosamente, no caso de Noites Brutais (e outros filmes de 2022), público e crítica, ineditamente, resolveram relevar esse problemas e elogiar o filme. Por exemplo, vejo várioas pessoas falando que o final de Hereditário é clichê (um mero e discutível detalhe em todo um excelente filme) e por isso não é um bom filme. Qual o motivo de tanta exigência em uma produção e em outra não? São várias questões sem respostas em relação ao roteiro.
Quem construiu aqueles enormes e longos túneis e como foram feitos? Qual foi o problema do Airbnb? É falado que não era alugado a meses, e mesmo assim foi alugado para duas pessoas ao mesmo tempo. Aliás, o dono da casa simplesmente vê que tem supostos invasores no local (vê itens de higiene no banheiro e a mochila no quarto), e simplesmente continua por lá calmamente, ao invés de chamar a polícia para denunciar a invasão. E, sinceramente, estou acostumado e até engulo a ineficácia policia nos filmes do gênero, mas os policiais desse filme ignorarem a protagonista foi a atuação da policia mais absurda que eu já vi no gênero, bizarro. Onde estão, aliás, os corpos das diversas vítimas dos antagonistas? Como nunca notaram o sumiço delas antes? Porque moradores anteriores do AirBnB não foram atacados? De onde surgiu a vilã? A explicação de que foi originada de vários estupros e por isso nasceu deformada daquele jeito é porca, seriam necessários várias gerações para uma deformidade daquela e que não explica a resistência e superforça da antagonista.
Por fim, esse filme clichê e esburacado ter nota maior aqui no Filmow que Corrente do Mal ( vários outros filmes de terror) é um absurdo completo. E, as incosistências por mim apontadas não são tão graves assim e são do tipo que eu normalmente relevo (e relevei em relação a este filme), mas existem, o que torna um completo exagero os elogios tecidos a essa produção, ao mesmo tempo que público e crítica costumam ser tão exigentes quando se trata de outros filmes de terror. Nota: 7.0.
Acredito que se fosse um filme norte americano (EUA/Canadá), teria se tornado um dos clássicos do subgênero slasher, pois é um bom filme em se tratando das produções do tipo. O filme é uma enorme mistura. É divertido, descompromissado, mas não deixa de se levar a sério e ter uma dose brusca de violência (em ótimos efeitos gore, diga-se de passagem). Também mistura, nessa pegada, produções pré-adolescentes típicas dos anos 1980, mais os slashers adolescentes da mesma época. Por fim, e aqui reside o maior problema do filme, mistura, de forma pouco eficiente, os dois expoentes do terror da época, os filmes de zumbis e os slashers. Entretanto, tal miscigenação ocorre de forma pouco calibrada, o que acaba por gerar a sensação de que juntaram dois filmes em um só. Claro, isso acaba por gerar
, acredito que sem querer, uma enorme quebra de expectativa, em que os adolescentes típicos dos slashers acabam por serem todos mortos na metade do filme, ao invés de contarmos com a típica seuqência final de mortes uma atrás da outra, culminando na fuga de encerramente do filme protagonizada pela final girl
. Isso acaba por salvar um pouco a mistura não tão eficiente desses dois subgêneros, e o filme como um todo. Acaba sendo, então uma boa pedida de Halloween e mais um ótimo exemplar do subestimado cinema de terror mexicano. Nota: 8.4.
Já começo comentando que não gostei muito da cena dos bombeiros, exageraram na agilidade do Michael, fora que ele nunca enfrenta várias pessoas de uma vez e nesse cena ele mostra uma habilidade ninja que não condiz com o personagem. Em contrapartida, a cena incial, se passando em 1978, resgata o clima do original. A ideia de se passar na mesma noite do filme de 2018 também é boa, remetendo à primeira continuação, de 1981. A referência a Silver Shamrock (vinda do filme anterior) também é maravilhosa. Outro ponto interessante é estabelcer
que Laurie não era importante assim para Michael, o que põe em conflito e reflexão até mesmo a forma reclusa e cautelosa com que ela levou a vida depois dos eventos de 1978, fazendo agora a motivação do Michael simplesmente ser a de retornar para casa, remetendo à frase do pôster ("The Night He Came Home")
. Esse daqui é foca em 3 pontos. Várias mortes, sendo, talvez, mais violento do que os Hallowens de Rob Zombie, a questão dos personagens tentando revidar os ataques de Michael, e, por fim, o fan service, trazendo basicamente tudo quanto é personagem sobrevivente do filme original. Bom, sobre o revide temos uma coleção de personagens que parecem estar pedindo para morrer. Resolvem conforntar sem pestanejar e muitas vezes sozinhos uma força de puro mal que tinha matado metade da cidade e, obviamente, acabam mortos. Assim como o filme anterior, respeita a franquia, inclusive fazendo bom uso da trilha e trazendo a figura de Michael condizente com o do original (ao contrário do armário que ficava o tempo todo sem máscara dos filmes do Rob Zombie). No final, é ligeiramente inferior ao filme de 2018, tendo um tom semelhante, embora aqui seja mais focado na violência e no pós-halloween, tirando levemente o clima e o foco na data festiva. Nota: 8.2.
Considero Halloween a melhor franquia dos slashers, e talvez a melhor do terror. O primeiro filme é um clássico incontestável e um dos melhores do gênero, possuindo ótimas continuações. Assim, depois das atrocidades de Rob Zombie, foi com receio que fui assistir essa nova parte, mesmo sabendo que o filme estava sendo elogiado. E na época lembro que achei extremamente decepcionante, o colocando no nível das partes 5/6 e inferior ao H20. Pois bem, revendo agora no Halloween de 2022, posso dizer que fui um pouco injusto com o filme. Ele se esforça bastante para respeitar o material original, aprendendo com os erros dos remakes/reboots da primeira década de 2000. Mas, comete o mesmo erro que os filmes do Zombie, que é trazer um aspecto mais "Jason" para o Michael. Myers sempre foi mais focado em construção de tensão, ele é sorrateiro, ficava nas sombras, etc. E esse filme de 2018, na mesma linha dos de Rob Zombie, é mais brutal. A diferença, claro, é que esse filme foi feito por um diretor de cinema, que é extremamente competente ao empregar e contruir essa brutalidade, com cenas de violência abrupta. Revendo agora, vejo que dei ênfase demais a esse aspecto negativo, e ignorei que o filme respeita e continua bem o material original (embora, na minha visão na época, devessem ter forçado esse filme a continuar pelo menos a partir da parte 4, algo que Halloween Kills me mostrou que seria impossível), mesmo que agora o fato de Laurie ser irmã de Michael acabe sendo deixado de lado por isso. Além disso, o filme também resgata alguns bons momentos do Michael Myers mais semelhante ao original, sorrateiro, como a cena do jardim em que as luzes se apagam. No fim, o filme acaba pecando em alguns pequenos pontos, como a cena da máscara no início, com os jornalistas no hospício, que acho meio ruim. Ou todo o plot que envolve o "novo Doutor Loomis", que também é abrupto. Pelo menos a boa presença de Laurie Strode e a forma correta que trataram a personagem compensa essas falhas, além dos aspectos técnicos também serem bem executados. Acaba que me lembra bastante o Sexta-Feira 13 de 2009, por ser um reboot que parece ter sido feito por um cineasta fã da obra original, mas que não é competente o suficiente para fazer um filme excelente. A diferença é que esse daqui foi elogiado enquanto o filme de 2009 foi injustiçado. Então, de memória, o Halloween de 2018 está, para mim, no mesmo nível do H20, sendo, talvez, ligeiramente superior. Nota: 8.4.
É aquele típico filme de terror para passar o tempo, com a proposta de ser uma opção para se assistir no Halloween e depois nem pensar mais nele. As armadilhas são até legais, o filme é bem produzido e coerente na maior parte do tempo, mas carece do "algo a mais". Até mesmo a premissa, por melhor que seja, lembra bastante a de "The Houses October Built". Nota: 7.2.
O início é interessante, a fotografia esverdeada também é boa e ajuda no clima, além da proposta se mostrar interessante no início. Mas, apesar do filme ser acertadinho, cai muito no lugar comum, não se destacando entre os montes de filmes do subgênero que são lançados ano a ano. Nota: 6.9.
Filme bem mediano, inexplicável essa nota "alta" para os padrões aqui do site (a mesma de Corrente do Mal e quase a mesma de O Chamado, filmes infinitamente superiores). Copia muito Corrente do Mal, só que o filme de 2014 tinha o mérito de trazer mais tensão e de evitar cair no lugar comum dos filmes de "correntes espirituais", que se popularizam com O Chamado. Aquela mesma condução, do protagonista amaldiçoado que aos poucos vai pegando informações esparsas, investigando, aí descobre alguém que conseguiu sobreviver, e esse personagem vai estar mentalmente instável, etc, chega um ponto que fica maçante. Mas o que realmente me fez perder um pouco a paciência com esse filme foi aquela criatura gigante, totalmente copiada de Corrente do Mal. No final, tem uma fotografia e violência acima do usual no subgênero, que ajudam a salvar um pouco o filme. A entidade sorrindo achei que poderia ter sido melhor explorada ou ter sido mais assustadora, considerando que é basicamente a premissa/diferencial do filme. Como eu sempre comento, não condeno um filme por ser clichê, desde que ele apresente um ou outro elemento memorável/bem feito, em algum outro quesito, o que praticamente não acontece aqui. Entra na trilogia de filmes inexplicavelmente (na minha humilde opinião) badalados pelo público e crítica em 2022, incluindo Pânico 5 e Barbarian. Nota: 7.2.
É ligeiramente melhor que Lady In White, mas é quase do mesmo nível. Também tem pouca conexão com os originais, no caso, a personagem Mariko. Até que é aceitável essa ideia de explorar possíveis outros fantasmas originados pelo ódio, que não sejam Toshio e Kayako, ainda mais se considerarmos que mantem o formato de segmentos contados fora de ordem. Aqui não senti a construção de tensão tão boa quanto foi feita em Lady In White, enquanto em matéria de história, estão quase no mesmo nível, sendo este daqui ligeiramente inferior neste quesito. Nota: 7.2.
Fazer um filme de origem da Orfã não soava como boa idéia, pelos desafios que usualmente acontecem em filmes de origem, ainda mais se tratando de um em que a grande graça residia exatamente na reviravolta em torno da condição de adulta da protagonista. Assim, a solução encontrada aqui foi explorar bem as poucas informações que tínhamos sobre a Esther para compor a narrativa, além de colocar
outra reviravolta. Entretanto, essa é daquelas reviravoltas que nos faz temer rever o filme, pois causa a asensação de que vai gerar várias falhas, embora, como só assisti uma vez, não sei dizer se isso ocorre. Mas, mesmo numa assistida só, ficamos o tempo todo pensando que o fato da Esther estar morta e da mãe e do irmã saberem que a Leena não é a verdadeira Esther soa um pouco forçado. Mas, como disse, só revendo para ter certeza. Falha mesmo é o policial, que foi morto pela mãe da Esther e ficou por isso. Não é mais citado, ninguém investigou o sumiço do cara, os locais que ele frequentou pela última vez, ets. Mas, apesar disso, no geral, o filme,
que assume uma ideia de filme de origem bem arriscada, possui um roteiro acertado e acaba sendo uma boa experiência de modo geral, padecendo apenas em um ponto: tirando a cena incial, falha bastante em criar suspense e tensão. Aliás, não sei nem mesmo se cabe dizer que ele falha em cumprir esses quesitos, porque o diretor nem mesmo tenta incluir tensão e suspense durante a produção. Nota: 7.3.
Esse é daqueles que você já assiste sabendo que não vai ser bom. Mas, mesmo assim, decide encarar na esperança de que houvesse alguma diversão involuntária. E, bem, ela existe e ajuda a salvar o filme. A produção não chega a ser ruim (tirando o efeito bizarro da Momo, que acho que entra naquele vale da estranheza), mas também não é de qualidade. Já o roteiro é clichê. Na primeira cena já falei: "Quanto você quer apostar que essa criança vai ser quem vai trazer informações no meio do filme? Aposto que a protagonista vai encontrar ele para buscar informações, e o garoto provavelmente vai estar numa camisa de força, em uma manicômio, e vai ser de quase nenhuma ajuda?". Pois bem, dito e certo. Claro, o roteiro tem um acerto gigantesco que ajudou a dar uma salvada na produção, que foi a ideia de que
é a preocupação dos pais que gera e alimenta a Momo, ou o Grimcutty, num paralelo interessante com as preocupações gerais dos pais com os filhos adolescentes, que acaba por gerar o efeito contrário nos jovens rebeldes, ou mesmo o tratamento dado ao rígido controle dos pais no uso do internet por parte dos seus filhos, enquanto os próprios pais caem em qualquer coisa que leêm na rede. Claro, isso não explica algumas incosistências narrativas, como, por exemplo, o porquê de a Momo não ataca no mundo todo. Também não temos explicações sobre sua origem, algo que não é um erro em si quando é feito para manter o mistério sobre a criatura, mas aqui simplesmente soa como preguiça dos roteiristas mesmo
. E temos também a bizarrice que é um fantasma, que não sabemos bem se é fantasma, se é criatura, monstro, etc, porque tem alguns momentos que ele é físico, e que ataca com uma FACA. UMA FACA kkkkkk. A faca parece fazer parte da entidade, o que é bem tosco. Nota: 6.6.
Esse me lembrou You Are Next por um motio: Filme badalado que eu enrolei para ver e quando assisti foi deveras decepcionante. A diferença é que as decepções aqui não se originam do roteiro forçado, como You Are Next, e sim por dois fatos: a conclusão e também porque eu não consegui identificar porque esse filme se destacou entre vários outros do gênero que são lançados ano a ano. A premissa, por mais absurda que seja, acaba sendo interessante. Mas,
a conclusão seria muito melhor se, no final, não houvesse pacto nenhum, nem nada de sobrenatural. Colocar o pacto como algo real acaba por quebrar a própria crítica que o filme parecia tecer sobre os milionários. Presos em paradigmas que fazem pouco sentido, como o de condenar o casamento do filho com alguém só porque não é da alta sociedade, os milionários acabam por condenar os mais pobres e "sugar o sangue" deles por razões realmente paradigmáticas, que perpetuam um status quo que não precisaria existir. Assim, o conservadorismo dos ricaços seria desmascarado ao perceberem que travavam uma luta que não tinha razão de ser, ferindo os inferiores financeiramente por motivos irreais, baseados apenas em seguir cegamente a tradição. Entretanto, no final, o pacto realmente era real. Ou seja, os vilões do filmes estavam lutando pela própria vida, sendo plenamente justificável a perseguição à protagonista. Aliás, não percebi o sentido de todos morrerem ao perder o jogo, numa espécie de erro de roteiro. Fica claro, no início do filme, que ganhar ou perder quaisquer dos jogos não gerava a morte ou o fim do pacto, apenas o fato de se deixar de jogar. Ou seja, os ricos perderam o jogo, mas o jogaram até o fim, mantendo o pacto, não fazendo o menor sentido terem morrido ao final
. Bom, parando para pensar agora, acho que acaba tendo um roteiro tão forçado quanto o de You Are Next. Nota: 7.1.
Achei que seria pior, considerando que não me lembro das pessoas comentarem muito sobre ele na época que lançou. Mas, dentro de sua proposta e de seu gênero, é um filme com mais acertos do que erros. Tem seus exageros e escorregões, mas tem solidez suficiente na condução para ser um filme que faz jus à franquia. Trás uma boa dose de violência, embora, por outro lado, a maioria dos personagens seja sem graça. Em vários momentos parece que vai desandar, como na cena inicial bizarra, ou no fato de fazer pouco sentido dentro do cânone da franquia
os personagens terem sido abduzidos para outro planeta para serem caçados lá, visto que os predadores sempre caçaram os humanos dentro da Terra mesmo, algo que é logo corrigido quando descobrimos se tratar de uma raça superior de predadores, o que justifica a abdução, mas acaba por gerar um filme que o próprio Predador original quase não aparece, sendo substituído por sua versão mais vitaminada.
O filme ainda termina com um gancho para continuação que, infelizmente, não ocorreu. No final, o filme entrega o que promete. Nota: 7.4.
reviravolta criativa o suficiente capaz de ser uma surpresa para o espectador. Entretanto, a própria natureza dessa reviravolta acaba por ser a salvação e o algoz do filme. Por um lado, o coloca acima da maioria dos slashers sem inspiração que pipocam nos cinemas desde os anos 1980. Por outro, acaba por atar a trama e prendê-la de forma que ela não pode trair a natureza de sua reviravolta final. Assim, não tem como ter mortes on screen, por exemplo, pois entregariam a natureza acidental das mesmas. Além disso, é uma ideia que fica difícil de se sustentar por uma hora e meia, por minar quase completamente a possibilidade de cenas de perseguição. Assim, o filme acaba por ter que ser preenchido com muita melação. Discussões intermináveis entre os supostos amigos, que duram minutos e se tratam apenas de acusações recíprocas de fatos desinteressantes para o espectador, sendo este o grande problema do filme. Sobre o final, consegue ser imprevisível, o que em si é um feito. A forma como o filme consegue disfarçar essa reviravolta sem entrega-la foi efetiva na maior parte do tempo, embora, como já disse, tenha sacrificado alguns elementos para isso ser possível. E, confesso que cheguei perto de descobrir a resposta, extamente pelas mortes serem off screen e não termos visto nenhum assasino, no início do terceiro ato pareceu ficar claro para mim que algo estava errado, embora eu achasse que a conclusão seria na linha do slasher April Fool's Day
. No final, é um filme que existe em prol de seu final, e merece pontos pela idéia e por se manter fiel a ela. Nota: 9.0.
A câmera quase sempre está baixa, na altura do protagonista. Também fica em constante movimento. Aí temos cortes em que chapam o rosto dos personagens para vermos suas reações. Além disso, a narrativa segue um rumo caótico, potencializado pelos movimentos constantes de câmera. O resultado é retratar bem a situação de alguém extremamente jovem e que mal entende, a princípio, a situação que se encontra. Assim, nosso protagonista parece ter pouco controle da situação, sendo jogado para lá e para cá durante todo o filme, sendo frágil e quase sem vontade própria. O resultado funciona muito bem para retratar os horrores da guerra, ainda mais se considerarmos as atuações, que foram excelentes e ajudaram a demonstrar toda a tensão e tristeza do conflito. Nota: 9.0.
Uma obra que, mesmo possuindo tudo ao ser desfavor (orçamento e rodada no Brasil), conseguiu acertar com maestria em praticamente todos os elementos, incluindo os mais ínfimos, como o título marcante ou o cartaz, que considero um dos melhores de todos os tempos. Sobre o fato de ser rodado no Brasil, digo porque a nossa nação sempre foi supersticiosa e religiosa nos dogmas cristãos, e, talvez por essa razão, mesmo tendo um cinema avançado na época, ainda não tínhamos tido nenhum filme de terror brasileiro, enquanto outros países, como o Japão, Indonésia, Filipinas, México, por exemplo, já tinham tido seu primeiro filme de terror no máximo nos anos 1940. E, é estranho pensar que se levou tanto tempo para finalmente se lançar um horror nacional e, mesmo assim, José Mojica foi basicamente o único a produzir filmes de terror brasileiros que ficaram famosos ao longo das décadas seguintes. Outras produções até existiam nos anos 1970 e 1980, mas eram bem underground. Bom, o filme em si acaba por não ter o merecido reconhecimento, muito em parte por, se visto hoje, não gerar o mesmo impacto. Tenhamos em mente que o gore, por exemplo, engatinhava lentamente nos Drive-Ins dos EUA, sendo um dos primeiros filmes do tipo, Banquete de Sangue, lançado um ano antes de À Meia-Noite Levarei Sua Alma. E o nível de violência aqui, embora possa não chocar mais hoje em dia, era bem alto para os padrões da época, com sangue e violência mostrados sem cortes. Outro ponto digno de nota está, é claro, no fato de colocar um vilão protagonista e não inserir nenhum outro personagem que seja moralmente bom e importante. Os secundários bonzinhos tem participações pontuais apenas, ou morrem rapidamente. E, não só isso, como a concepção de um vilão que entraria para a história do cinema, por ser um vilão marcante, de seu visual, nome e afins, à sua motivação original, a esposa perfeita para perpetuar seus genes nas futuras gerações, alcançando, assim, "vida eterna" ("O que é o sangue? É a razão da existência"), passando também pela atuação, exagerada e repleta de gritos dramáticos de José Mojica Marins, mas que, mesmo assim, condizem com o tom do filme. No final, ainda temos a questão religiosa. O filme mexe com coisas que hoje podemos ver como banais, mas que, na sociedade da época, eram tabus. Comer carne na sexta-feira santa pode parecer super bobo, ou fazer graça com o nome do demônio, ou pouco caso com ditas superstições religiosas (como vilipendiar objetos sacros), mas para a sociedade ultra religiosa, principalmente a interionana da época, eram sacrilégios assustadores. Certeza que grande parte do público fazia o sinal da cruz a cada momento em que Zé do Caixão desrespeitava a religião de alguma forma. Mas, enfim, não deixa de ser curioso, e esse é até um problema que permeia quase todas as produções de terror, como o ceticismo parece ser condenado pelos filmes do gênero, principalmente os que envolvem exorcismo. O personagem cético e desrespeitoso com a religiosidade, sempre acaba sendo vítima desta, como se as crenças católicas realmente fossem reais, e tal personagem acaba sendo punido por não acreditar em Deus e por seus pecados. Aqui, no caso, a coisa é um pouco mais complexa, pois, querendo ou não, Zé do Caixão não foi punido apenas por seu ceticismo, mas também por seu desrespeito e ódio para as outras pessoas, principalmente as mulheres (Josefel é, além de extremamente chato, um completo machista). Além disso, mesmo que no final acabe por se mostrar que se deve temer os espíritos e outras crenças sobrenaturais, não deixa de ter um certo tom de deboche e de crítiva para com a população extremamente crédula da cidadezinha onde o filme se passa. No final, temos uma produção repleta de boas ideias e bem executada, com alguns vanguardismos, ainda mais se considerarmos o contexto e o país em que foi produzida. E, detalhe, José Mojica seria ainda mais vanguardista em produções posteriores, o que só nos resta agradecer por esse seu primeiro filme como Zé do Caíxão ter feito sucesso e motivado produções posteriores. Nota: 9.6.
O tratamento dado ao tema é bem correto, sem apelar para sensacionalismos e ainda usando de uma visão racional, fazendo um paralelo interessante com a modernidade em seu final. As imagens são fantásticas, com bons efeitos e maquiagem, que retrata rituais, demônios e nudez sem pudores, que poderiam gerar vários GIFS bem legais. Ainda temos umas brincadeiras curiosas, citando os próprios bastidores da produção, que, até onde eu sei, é um dos primeiros docudramas realizados. No final, esperava mesmo que fosse visualmente impressionante, mas não imaginei que também traria um trato bem feito ao tema. Nota: 9.3.
Acho um filme injustiçado, mesmo sendo bom e com atores e diretor de nome, é um filme bem pouco falado/conhecido hoje em dia. Tanto que eu quase tinha me esquecido da existência dele, apesar de ter visto algumas vezes na minha infância. Só lembrei porque tem uma decapitação que me deu um grande susto na época. Enfim, tenta embarcar no sucesso de Piratas do Caribe, misturando humor, fantasia e aventura, e, embora o faça de forma decente, não foi tão extremamente eficiente quanto a outra franquia e talvez por isso não tenha tido reconhecimento. Além dos atores e da mistura eficiente de gêneros, o filme conta com uma premissa interessante e fantasiosa, colocando os Irmãos Grimm numa trama de aventura, além disso, as inserções das histórias que inpirariam os contos de fadas dos autores são bem divertidas e interessantes. Talvez o filme precisasse apenas ser "enxugado" de alguns personagens ou algumas tramas. Uma hora e meia, uma hora e quarenta seria uma duração que beneficiaria bem mais a produção. Nota: 7.7.
Wilczyca
2.8 4Continuando o desafio de assistir um filme para cada país da Copa, confesso que escolhi o filme polonês pela capa (e pela facilidade de já ter ele completo no youtube).
Da mesma forma que o filme polonês que eu tinha escolhido para a Copa de 2018 (Hourglass Sanatorium), esse também é bem lento. Tem cenas climáticas, um pouco de violência, mas mesmo assim não deixa de dar um soninho, ainda mais porque a produção não se esforça em deixar a trama mais interessante, apresentando ela bem vagarosamente.
Filme 2 de 32.
Nota: 7.0.
Watchmen: O Filme
4.0 2,8K Assista AgoraNa minha humilde opinião, os quadrinhos de Watchmen estão facilmente no top 3 de melhores obras narrativas da história. Aliando universo alternativo, paranoia da guerra fria e uma visão realista dos heróis, tudo isso combinado a uma trama de mistério típica dos noir. Possui ainda conceitos físicos fantásticos (principalmente a concepção de tempo do Dr. Manhattan). Acrescente ainda outras tramas igualmente bem trabalhadas, como O Cargueiro Negro e diversas referências incrivelmente diversas (da filosofia, história antiga e música pop), somadas às ótimas ilustrações e a trama quase sem falhas, temos uma das melhores obras de todos os tempos, ou seja, adapta-la para as telas seria um grande desafio, ainda mais se considerarmos que não tem fandom mais chato do que o do Alan Moore.
Para nossa sorte, foi Zack Snyder, fã de quadrinhos, quem realizou a adaptação para as telas e, como resultado, temos um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos. Claro, o maior mérito do filme parece ser esse mesmo, o de conseguir adaptar a história. Praticamente qualquer outro elogio que penso em tecer ao filme é originado, na verdade, da ótima graphic novel, como a concepção psicopata de Roscharch (numa referência a "ser encarado pelo abismo", e que trabalhar combatendo o crime pode te deixar tão louco quanto quem você combate), ou o desenvolvimento dos demais personagens. Aliás, bem legal rever esse filme atualmente em relação aos atores, como Patrick Wilson como Coruja (a cara do personagem nos quadrinhos), ou Jeffrey Dean Morgan como Comediante, já fazendo seu "ensaio" para interpretar Negan em The Walking Dead.
Acredito que talvez os maiores pecados do filme tenha sido dois: a tentativa de ser fiel por demais à trama e o fato de suprimir os conceitos políticos.
Sobre o primeiro ponto, temos que a adaptação realmente é ótima, conseguindo trazer praticamente tudo de importante da HQ para o filme. Entretanto, acaba por ser excessiva apenas no ponto dos flashbacks, que cortam por demais a trama com informações do passado que, por vezes, não tem muita função para a história e poderiam ter sido retirados (embora a que envolve o Dr Manhattan é simplesmente fantástica). Acredito que poderiam ter suprimido um ou dois flashbacks que ficaria perfeito. O outro ponto, e recorrente nas adaptações cinematográficas para a obra de Moore.é a dimunição de comentários políticos. A ideia do original é mostrar que a maioria dos cidadãos que resolveriam combater o crime nesse visão binária de que apenas "descer porrada" resolve teriam claramente tendências facistas ou conservadoras. Rorscharch, Comedianta, Justiça Encapuzada, Capitão Metrópole, Do outro lado, temos os mais progressistas (Silhouette, Coruja e Espectral, os antigos e os novos), os capitalistas (Dolar Bill, o empresário da Espectral) e, no meio disso tudo, o apático que acredita que ninguém pode fazer nada para mudar e que os dois lados são a mesma coisa, vulgo isentão, representado pela figura do Dr. Manhattan.
No final, a trama retira esse contexto político (semelhante com o feito em V de Vingança), gerando aqui uma das críticas dos fãs da HQ (e acho que do próprio Moore), em que os hérois acabam sendo realmente vistos como hérois pela trama, sendo idolatrados pela turma do redpill (e as vezes não só por eles), como acontece principalmente com Rorscharch, em que a visão crítica e política dos vigilantes mascarados cai por terra e cede espaço a idolatria. Certeza que tem vários que acham que
Ozymandias estava certo e acabam por ignorar que seu "salvar o mundo" não iria durar muito tempo e que ele só tinha feito aquilo tudo por puro narcisismo, para se sentir o salvador e dono do mundo (algo ressaltado nas HQs de forma clara por sua idolatria a Alexandre, O Grande, mas também por várias outras sutilezas na história, principalmente a opulência que sempre existe ao seu redor)
Bom, na sequência final, o roteiro opta por uma mudança em relação à Graphic Novel, mas que era necessária para deixar mais enxuta a forma como as cidades seriam atacadas, afinal, não dava para inserir também na trama toda aquela questão do autor do Cargueiro Negro. No final, a decisão de fazer essa mudança acaba soando até mais orgânica num contexto cinematográfica e reclamar dela é pura babaquice.
Cabe ainda comentar que a trilha sonora é ótima, e também muita violência (me impressionou quando era pré-adolescente, não estava acostumado, ainda mais em um filme de super-herói) e boas cenas de ação.
Nota: 9.6.
O Pacto
3.2 265"Because dead
Because dead
Because dead it's a shine all night long"
Continuando o desafio de um filme para cada país da Copa, decidi rever O Pacto como o representante do filme japonês.
Começo comentando essa tradução de título péssima. Primeiro, não temos certeza se existe mesmo um pacto. Segundo, o título fica super genêrico. Terceiro, a trdução era super fácil, bastava traduzir mesmo para Clube do Suicídio, soa bem e tudo.
Mas, enfim, esse foi um dos primeiros de terror asiático que assisti e lembro que na época achei fantástica a trama, a forma como cho finaa conclusão confusa e meio aberta chega, etc. Revendo hoje em dia, talvez minha inexperiência na época tenha extrapolado esse trecho final que não é tão incrível assim, embora não deixe de ser aberto e pouco expositivo, deixando muito ainda a se discutir sobre o significado de todo o filme. Ademais, o gore é bem feito, o mistério é bem tramado e a cena inicial é realmente impactante. Um filme sobre um tema delicado, e que com certeza teria sido feito sob outra visão hoje em dia, tendo envelhecido um pouco nesse quesito. Mas, no final, a melhor parte da produção é mesmo a música Suicide Kiss.
Filme 8 de 32.
Nota: 9.4.
Os Excêntricos Tenenbaums
4.1 856 Assista AgoraEm 2018, decidi assistir um filme de cada país da Copa daquele ano. Pois bem, nessa Copa de 2022 decidi fazer o mesmo "desafio". Entretanto, apesar de já ter assistido os filmes a algumas semanas, estou postando os comentários com bastante atraso. Mas, lá vai. O filme dos EUA escolhido por mim foi Tenenbaums.
O grande charme desse filme está na dosagem bem balanceiada, em que misturam muito bem o roteiro típico de um filme de drama familiar com a direção puxada para a comédia de Wes Anderson. O resultado é uma mistura muito bem feita de drama e comédia, em que rimos de situações quase trágicas, de problemas familiares e até mesmo da depressão. Contribui para isso o óitmo time de atores, a maioria deles famosos por personagens cômicos, além do fato de que a produção consegue dar um tempo e desenvovlimento adequado para todos eles, sem soar bagunçado, apesar de cada um ter personagens, trama, e objetivos diversos. Também achei essa tradução brasileira do título bem ruim. Não tem nada de excêntrico nos Tenenbaums, excêntrica é a forma como o filme trata de dilemas familiares deles, e não há nada de anormal ou estranho na maioria desses dilemas.
Filme 1 de 32.
Nota: 8.5.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraO primeiro ato é uma cópia completa de Massacre da Serra Elétrica. Claro, podemos dizer que é uma homenagem, mas quando há exagero, e são quase ausente elementos próprios, igual nesse caso fica difícil defender. Até os ângulos de câmera chegam a ser iguais. Mas, essa "cópia", ainda bem, perdura apenas nesse primeiro ato.
Também não entendi o pessoal falando que o filme é chato. Quase todos os slashers/filmes de canibiais passam os primeiros 40 minutos do filme praticamente sem mortes. E esse daqui até preenche esses minutos iniciais com uma trama legal de produção pornográfica nos anos 1970 (com uso de câmeras antigas, uma discussão legal sobre sexo). Além disso, mantêm oculta durante grande parte da trama qual vai ser o assassino ou os motivos das mortes, o que ajuda a criar um certo interesse para aonde a trama irá seguir.
Talvez o motivo por algumas pessoas acharem chato seja a decisão complicada de colocar o
apenas um casal de velhos decrépitos como assassinos. que acaba por matar qualquer chance de termos as famosas cenas de perseguição finais, que geralmente é o qu e trazem ação e melhoram muito os filmes do gênero. Sem essa possibilidade de termos cenas de perseguição, o filme se encontra num impasse, pois para tê-las teriam que trazer um dos tipos assassinos do gênero, mas aí ficariam como cópia mais descarada ainda de Massacre da Serra Elétrica. Então, o filme busca caminhos para contornar isso, e é aqui que acaba sendo a melhor parte, pois a produção realmente se atém a ideia de não ter perseguições, e se sa bem nos elementos que encontrou para substituir isso
Nota: 7.2.
Another
3.1 45Até adaptaram bem o anime em matéria de roteiro, apesar de um ou outro pequeno deslie nesse ponto (como a ausência injustificável da Akazawa), O grande problema é mesmo que a produção é meio tosca. Os atores não correspondem aos personagens, os cenários, mortes, efeitos, direção, tudo é muito pobre (não necessariamente no sentido financeiro, mas cinematográfico mesmo), o que faz causar bem menos impacto do que o anime causava (o grande exemplo é a cena do guarda-chuva). Outro problema está na identidade visual. Não que eu esteja querendo que os personagens tenham cabelo púrpura igual no anime, mas ajudaria um pouco mais de criatividade no visual dos personagens, parecem todos os mesmos, nem dava para identificar direito quem era quem em relação ao anime. Por fim, faltou um pouco de gore também, que é uma das características marcantes do anime. Em resumo, o mesmo roteiro em uma produção mais cuidadosa poderia ter gerado uma boa adaptação.
Nota: 6.7.
A Bruxinha Atrapalhada
3.2 3Hogwarts tá diferente...
Bom, não sabia que A Pior das Bruxas era baseado em uma série de livros, e que já tinha, inclusive, um filme bem desconhecido lançado nos anos 1980. Mais estranho ainda é ninguém mais, ninguém menos que Tim Curry, além de Fairuza Balk (ela já era bruxa, vejam só) estarem nesse filme. É até divertido, cumpre o que promete, embora eu tenha achado os números musicais meio sem graça, e a vilã do filme foi completamente mal encaixada, parece que foi colocada por obrigação numa trama em que não tinha espaço para ela, e toda a resolução desse conflito é rápida e mal desenvolvida.
Nota: 6.9.
Noites Brutais
3.4 1,1K Assista AgoraEsse ano de 2022 foi puro delírio coletivo em matéria de terror. Todo ano são lançados tolenadas de filme do gênero que até são legais/medianos, mas que sempre acabam massacrados ou pouco reconhecidos, como Corrente do Mal, Leprechaun Returns, Amizade Desfeita, Oculus, A Autópsia de Jane Doe, O Chamado 3, A Visita, Puro Sangue, O Despertar, À Espreita do Mal, só para citar alguns poucos títulos de terror da última década que estão no nível, levemente superiores, ou estão até bem acima dos filmes de terror de 2022, em sua maioria bons ou medianos, mas que por algum delírio coletivo bizarro estão sendo badalados por público é crítica de forma que nunca tinham feito antes com esses filmes genéricos e opuco inventivos de terror que saem todos os anos. Filmes como Pânico 5 (argh), X, Sorria e este Noites Brutais.
Bom, para mi realmente foi algum surto da crítica, pois Noites Brutais é um filme extremamente problemático. Vejam bem, não é ruim, está apenas no nível das demais produções que povoam o gênero ao longo dos anos. Tem uma única boa ideia ou premissa, algumas boas cenas de perseguição ou violência, repleto de crichês, pouco inventivo e possuindo alguns (ou vários buracos). Nada que um fã de terror já não tenha visto mil vezes, e Noites Brutais seria mais um desses filmes que seria lançado, visto quase que apenas pelos fãs do gênero, mas, sendo um filme esquecível, logo sumiria.
O curioso é que por algum motivo este, dentre vários outros, foi escolhido para ser o queridinho do público e da crítica, mas não possuindo nada que o faça se sobressair (como Hereditário, A Bruxa e Corrente do Mal possuiam). Talvez esse filme tenha conseguido enganar por seus 40 primeiros minutos arrebatadores e misteriosos, ou per ter entregado uma campanha de marketing que não nos mostra nada, comprovando que estou certo em evitar ver trailers e ler sinopses. o pessoal do marketing hollywoodiano simplesmente entrega muito da trama, atrapalhandonossa curiosidade sobre até mesmo o próprio tema do filme ou quem serão os vilões ou os mocinhos.
Agora, falar que este filme suberte o gênero, tem um roteiro fora do convencional, etc, também faz parte desse surto bizarro, pois não trás quebras de expectativa tão marcantes, ou entrega material que já não tenhámos visto dezenas de vezes.
O início, como eu disse, é interessante e climático, num estilo de direção que remete ao filme Hereditário. E só, depois disso, temos um festival de lugares-comum, com algumas falhas. Mas, vejam bem, não vejo falhas de roteiro em si como algo para ser usado para dizer que um filme é ruim. Se for bem dirigido e tiver outro elementos que supram essa falha, não temos um problema grave. E esse é o caso de Noites Brutais. Minha reclamaçãoa aqui vai simplesmente para o fato que falhas de roteiro, conveniências e clichês tem sido usadas e extrapoladas ao longo dos anos para rebaixar o gênero terror e, misteriosamente, no caso de Noites Brutais (e outros filmes de 2022), público e crítica, ineditamente, resolveram relevar esse problemas e elogiar o filme. Por exemplo, vejo várioas pessoas falando que o final de Hereditário é clichê (um mero e discutível detalhe em todo um excelente filme) e por isso não é um bom filme. Qual o motivo de tanta exigência em uma produção e em outra não?
São várias questões sem respostas em relação ao roteiro.
Quem construiu aqueles enormes e longos túneis e como foram feitos? Qual foi o problema do Airbnb? É falado que não era alugado a meses, e mesmo assim foi alugado para duas pessoas ao mesmo tempo. Aliás, o dono da casa simplesmente vê que tem supostos invasores no local (vê itens de higiene no banheiro e a mochila no quarto), e simplesmente continua por lá calmamente, ao invés de chamar a polícia para denunciar a invasão. E, sinceramente, estou acostumado e até engulo a ineficácia policia nos filmes do gênero, mas os policiais desse filme ignorarem a protagonista foi a atuação da policia mais absurda que eu já vi no gênero, bizarro. Onde estão, aliás, os corpos das diversas vítimas dos antagonistas? Como nunca notaram o sumiço delas antes? Porque moradores anteriores do AirBnB não foram atacados? De onde surgiu a vilã? A explicação de que foi originada de vários estupros e por isso nasceu deformada daquele jeito é porca, seriam necessários várias gerações para uma deformidade daquela e que não explica a resistência e superforça da antagonista.
Por fim, esse filme clichê e esburacado ter nota maior aqui no Filmow que Corrente do Mal ( vários outros filmes de terror) é um absurdo completo. E, as incosistências por mim apontadas não são tão graves assim e são do tipo que eu normalmente relevo (e relevei em relação a este filme), mas existem, o que torna um completo exagero os elogios tecidos a essa produção, ao mesmo tempo que público e crítica costumam ser tão exigentes quando se trata de outros filmes de terror.
Nota: 7.0.
O Cemitério do Terror
2.9 26Acredito que se fosse um filme norte americano (EUA/Canadá), teria se tornado um dos clássicos do subgênero slasher, pois é um bom filme em se tratando das produções do tipo. O filme é uma enorme mistura. É divertido, descompromissado, mas não deixa de se levar a sério e ter uma dose brusca de violência (em ótimos efeitos gore, diga-se de passagem). Também mistura, nessa pegada, produções pré-adolescentes típicas dos anos 1980, mais os slashers adolescentes da mesma época. Por fim, e aqui reside o maior problema do filme, mistura, de forma pouco eficiente, os dois expoentes do terror da época, os filmes de zumbis e os slashers. Entretanto, tal miscigenação ocorre de forma pouco calibrada, o que acaba por gerar a sensação de que juntaram dois filmes em um só. Claro, isso acaba por gerar
, acredito que sem querer, uma enorme quebra de expectativa, em que os adolescentes típicos dos slashers acabam por serem todos mortos na metade do filme, ao invés de contarmos com a típica seuqência final de mortes uma atrás da outra, culminando na fuga de encerramente do filme protagonizada pela final girl
Nota: 8.4.
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 684 Assista AgoraJá começo comentando que não gostei muito da cena dos bombeiros, exageraram na agilidade do Michael, fora que ele nunca enfrenta várias pessoas de uma vez e nesse cena ele mostra uma habilidade ninja que não condiz com o personagem. Em contrapartida, a cena incial, se passando em 1978, resgata o clima do original. A ideia de se passar na mesma noite do filme de 2018 também é boa, remetendo à primeira continuação, de 1981. A referência a Silver Shamrock (vinda do filme anterior) também é maravilhosa. Outro ponto interessante é estabelcer
que Laurie não era importante assim para Michael, o que põe em conflito e reflexão até mesmo a forma reclusa e cautelosa com que ela levou a vida depois dos eventos de 1978, fazendo agora a motivação do Michael simplesmente ser a de retornar para casa, remetendo à frase do pôster ("The Night He Came Home")
Esse daqui é foca em 3 pontos. Várias mortes, sendo, talvez, mais violento do que os Hallowens de Rob Zombie, a questão dos personagens tentando revidar os ataques de Michael, e, por fim, o fan service, trazendo basicamente tudo quanto é personagem sobrevivente do filme original. Bom, sobre o revide temos uma coleção de personagens que parecem estar pedindo para morrer. Resolvem conforntar sem pestanejar e muitas vezes sozinhos uma força de puro mal que tinha matado metade da cidade e, obviamente, acabam mortos.
Assim como o filme anterior, respeita a franquia, inclusive fazendo bom uso da trilha e trazendo a figura de Michael condizente com o do original (ao contrário do armário que ficava o tempo todo sem máscara dos filmes do Rob Zombie).
No final, é ligeiramente inferior ao filme de 2018, tendo um tom semelhante, embora aqui seja mais focado na violência e no pós-halloween, tirando levemente o clima e o foco na data festiva.
Nota: 8.2.
Halloween
3.4 1,1KConsidero Halloween a melhor franquia dos slashers, e talvez a melhor do terror. O primeiro filme é um clássico incontestável e um dos melhores do gênero, possuindo ótimas continuações. Assim, depois das atrocidades de Rob Zombie, foi com receio que fui assistir essa nova parte, mesmo sabendo que o filme estava sendo elogiado. E na época lembro que achei extremamente decepcionante, o colocando no nível das partes 5/6 e inferior ao H20.
Pois bem, revendo agora no Halloween de 2022, posso dizer que fui um pouco injusto com o filme. Ele se esforça bastante para respeitar o material original, aprendendo com os erros dos remakes/reboots da primeira década de 2000. Mas, comete o mesmo erro que os filmes do Zombie, que é trazer um aspecto mais "Jason" para o Michael. Myers sempre foi mais focado em construção de tensão, ele é sorrateiro, ficava nas sombras, etc. E esse filme de 2018, na mesma linha dos de Rob Zombie, é mais brutal. A diferença, claro, é que esse filme foi feito por um diretor de cinema, que é extremamente competente ao empregar e contruir essa brutalidade, com cenas de violência abrupta.
Revendo agora, vejo que dei ênfase demais a esse aspecto negativo, e ignorei que o filme respeita e continua bem o material original (embora, na minha visão na época, devessem ter forçado esse filme a continuar pelo menos a partir da parte 4, algo que Halloween Kills me mostrou que seria impossível), mesmo que agora o fato de Laurie ser irmã de Michael acabe sendo deixado de lado por isso. Além disso, o filme também resgata alguns bons momentos do Michael Myers mais semelhante ao original, sorrateiro, como a cena do jardim em que as luzes se apagam.
No fim, o filme acaba pecando em alguns pequenos pontos, como a cena da máscara no início, com os jornalistas no hospício, que acho meio ruim. Ou todo o plot que envolve o "novo Doutor Loomis", que também é abrupto. Pelo menos a boa presença de Laurie Strode e a forma correta que trataram a personagem compensa essas falhas, além dos aspectos técnicos também serem bem executados.
Acaba que me lembra bastante o Sexta-Feira 13 de 2009, por ser um reboot que parece ter sido feito por um cineasta fã da obra original, mas que não é competente o suficiente para fazer um filme excelente. A diferença é que esse daqui foi elogiado enquanto o filme de 2009 foi injustiçado. Então, de memória, o Halloween de 2018 está, para mim, no mesmo nível do H20, sendo, talvez, ligeiramente superior.
Nota: 8.4.
A Casa do Terror
3.0 365 Assista AgoraÉ aquele típico filme de terror para passar o tempo, com a proposta de ser uma opção para se assistir no Halloween e depois nem pensar mais nele. As armadilhas são até legais, o filme é bem produzido e coerente na maior parte do tempo, mas carece do "algo a mais". Até mesmo a premissa, por melhor que seja, lembra bastante a de "The Houses October Built".
Nota: 7.2.
KM 31
2.3 47 Assista AgoraO início é interessante, a fotografia esverdeada também é boa e ajuda no clima, além da proposta se mostrar interessante no início. Mas, apesar do filme ser acertadinho, cai muito no lugar comum, não se destacando entre os montes de filmes do subgênero que são lançados ano a ano.
Nota: 6.9.
Sorria
3.1 854 Assista AgoraFilme bem mediano, inexplicável essa nota "alta" para os padrões aqui do site (a mesma de Corrente do Mal e quase a mesma de O Chamado, filmes infinitamente superiores). Copia muito Corrente do Mal, só que o filme de 2014 tinha o mérito de trazer mais tensão e de evitar cair no lugar comum dos filmes de "correntes espirituais", que se popularizam com O Chamado. Aquela mesma condução, do protagonista amaldiçoado que aos poucos vai pegando informações esparsas, investigando, aí descobre alguém que conseguiu sobreviver, e esse personagem vai estar mentalmente instável, etc, chega um ponto que fica maçante. Mas o que realmente me fez perder um pouco a paciência com esse filme foi aquela criatura gigante, totalmente copiada de Corrente do Mal. No final, tem uma fotografia e violência acima do usual no subgênero, que ajudam a salvar um pouco o filme. A entidade sorrindo achei que poderia ter sido melhor explorada ou ter sido mais assustadora, considerando que é basicamente a premissa/diferencial do filme. Como eu sempre comento, não condeno um filme por ser clichê, desde que ele apresente um ou outro elemento memorável/bem feito, em algum outro quesito, o que praticamente não acontece aqui. Entra na trilogia de filmes inexplicavelmente (na minha humilde opinião) badalados pelo público e crítica em 2022, incluindo Pânico 5 e Barbarian.
Nota: 7.2.
The Grudge: Girl In Black
2.9 17É ligeiramente melhor que Lady In White, mas é quase do mesmo nível. Também tem pouca conexão com os originais, no caso, a personagem Mariko. Até que é aceitável essa ideia de explorar possíveis outros fantasmas originados pelo ódio, que não sejam Toshio e Kayako, ainda mais se considerarmos que mantem o formato de segmentos contados fora de ordem. Aqui não senti a construção de tensão tão boa quanto foi feita em Lady In White, enquanto em matéria de história, estão quase no mesmo nível, sendo este daqui ligeiramente inferior neste quesito.
Nota: 7.2.
Órfã 2: A Origem
2.7 772 Assista AgoraFazer um filme de origem da Orfã não soava como boa idéia, pelos desafios que usualmente acontecem em filmes de origem, ainda mais se tratando de um em que a grande graça residia exatamente na reviravolta em torno da condição de adulta da protagonista. Assim, a solução encontrada aqui foi explorar bem as poucas informações que tínhamos sobre a Esther para compor a narrativa, além de colocar
outra reviravolta. Entretanto, essa é daquelas reviravoltas que nos faz temer rever o filme, pois causa a asensação de que vai gerar várias falhas, embora, como só assisti uma vez, não sei dizer se isso ocorre. Mas, mesmo numa assistida só, ficamos o tempo todo pensando que o fato da Esther estar morta e da mãe e do irmã saberem que a Leena não é a verdadeira Esther soa um pouco forçado. Mas, como disse, só revendo para ter certeza. Falha mesmo é o policial, que foi morto pela mãe da Esther e ficou por isso. Não é mais citado, ninguém investigou o sumiço do cara, os locais que ele frequentou pela última vez, ets. Mas, apesar disso, no geral, o filme,
Nota: 7.3.
O Meme do Mal
1.6 109 Assista AgoraEsse é daqueles que você já assiste sabendo que não vai ser bom. Mas, mesmo assim, decide encarar na esperança de que houvesse alguma diversão involuntária. E, bem, ela existe e ajuda a salvar o filme. A produção não chega a ser ruim (tirando o efeito bizarro da Momo, que acho que entra naquele vale da estranheza), mas também não é de qualidade. Já o roteiro é clichê. Na primeira cena já falei: "Quanto você quer apostar que essa criança vai ser quem vai trazer informações no meio do filme? Aposto que a protagonista vai encontrar ele para buscar informações, e o garoto provavelmente vai estar numa camisa de força, em uma manicômio, e vai ser de quase nenhuma ajuda?". Pois bem, dito e certo.
Claro, o roteiro tem um acerto gigantesco que ajudou a dar uma salvada na produção, que foi a ideia de que
é a preocupação dos pais que gera e alimenta a Momo, ou o Grimcutty, num paralelo interessante com as preocupações gerais dos pais com os filhos adolescentes, que acaba por gerar o efeito contrário nos jovens rebeldes, ou mesmo o tratamento dado ao rígido controle dos pais no uso do internet por parte dos seus filhos, enquanto os próprios pais caem em qualquer coisa que leêm na rede. Claro, isso não explica algumas incosistências narrativas, como, por exemplo, o porquê de a Momo não ataca no mundo todo. Também não temos explicações sobre sua origem, algo que não é um erro em si quando é feito para manter o mistério sobre a criatura, mas aqui simplesmente soa como preguiça dos roteiristas mesmo
Nota: 6.6.
Casamento Sangrento
3.5 952 Assista AgoraEsse me lembrou You Are Next por um motio: Filme badalado que eu enrolei para ver e quando assisti foi deveras decepcionante. A diferença é que as decepções aqui não se originam do roteiro forçado, como You Are Next, e sim por dois fatos: a conclusão e também porque eu não consegui identificar porque esse filme se destacou entre vários outros do gênero que são lançados ano a ano. A premissa, por mais absurda que seja, acaba sendo interessante. Mas,
a conclusão seria muito melhor se, no final, não houvesse pacto nenhum, nem nada de sobrenatural. Colocar o pacto como algo real acaba por quebrar a própria crítica que o filme parecia tecer sobre os milionários. Presos em paradigmas que fazem pouco sentido, como o de condenar o casamento do filho com alguém só porque não é da alta sociedade, os milionários acabam por condenar os mais pobres e "sugar o sangue" deles por razões realmente paradigmáticas, que perpetuam um status quo que não precisaria existir. Assim, o conservadorismo dos ricaços seria desmascarado ao perceberem que travavam uma luta que não tinha razão de ser, ferindo os inferiores financeiramente por motivos irreais, baseados apenas em seguir cegamente a tradição.
Entretanto, no final, o pacto realmente era real. Ou seja, os vilões do filmes estavam lutando pela própria vida, sendo plenamente justificável a perseguição à protagonista. Aliás, não percebi o sentido de todos morrerem ao perder o jogo, numa espécie de erro de roteiro. Fica claro, no início do filme, que ganhar ou perder quaisquer dos jogos não gerava a morte ou o fim do pacto, apenas o fato de se deixar de jogar. Ou seja, os ricos perderam o jogo, mas o jogaram até o fim, mantendo o pacto, não fazendo o menor sentido terem morrido ao final
Bom, parando para pensar agora, acho que acaba tendo um roteiro tão forçado quanto o de You Are Next.
Nota: 7.1.
Predadores
3.0 895 Assista AgoraAchei que seria pior, considerando que não me lembro das pessoas comentarem muito sobre ele na época que lançou. Mas, dentro de sua proposta e de seu gênero, é um filme com mais acertos do que erros. Tem seus exageros e escorregões, mas tem solidez suficiente na condução para ser um filme que faz jus à franquia. Trás uma boa dose de violência, embora, por outro lado, a maioria dos personagens seja sem graça. Em vários momentos parece que vai desandar, como na cena inicial bizarra, ou no fato de fazer pouco sentido dentro do cânone da franquia
os personagens terem sido abduzidos para outro planeta para serem caçados lá, visto que os predadores sempre caçaram os humanos dentro da Terra mesmo, algo que é logo corrigido quando descobrimos se tratar de uma raça superior de predadores, o que justifica a abdução, mas acaba por gerar um filme que o próprio Predador original quase não aparece, sendo substituído por sua versão mais vitaminada.
Nota: 7.4.
Morte Morte Morte
3.1 644 Assista AgoraHá tempos um slasher não trazia uma
reviravolta criativa o suficiente capaz de ser uma surpresa para o espectador. Entretanto, a própria natureza dessa reviravolta acaba por ser a salvação e o algoz do filme. Por um lado, o coloca acima da maioria dos slashers sem inspiração que pipocam nos cinemas desde os anos 1980. Por outro, acaba por atar a trama e prendê-la de forma que ela não pode trair a natureza de sua reviravolta final. Assim, não tem como ter mortes on screen, por exemplo, pois entregariam a natureza acidental das mesmas. Além disso, é uma ideia que fica difícil de se sustentar por uma hora e meia, por minar quase completamente a possibilidade de cenas de perseguição. Assim, o filme acaba por ter que ser preenchido com muita melação. Discussões intermináveis entre os supostos amigos, que duram minutos e se tratam apenas de acusações recíprocas de fatos desinteressantes para o espectador, sendo este o grande problema do filme. Sobre o final, consegue ser imprevisível, o que em si é um feito. A forma como o filme consegue disfarçar essa reviravolta sem entrega-la foi efetiva na maior parte do tempo, embora, como já disse, tenha sacrificado alguns elementos para isso ser possível. E, confesso que cheguei perto de descobrir a resposta, extamente pelas mortes serem off screen e não termos visto nenhum assasino, no início do terceiro ato pareceu ficar claro para mim que algo estava errado, embora eu achasse que a conclusão seria na linha do slasher April Fool's Day
Nota: 9.0.
Vá e Veja
4.5 755 Assista AgoraA câmera quase sempre está baixa, na altura do protagonista. Também fica em constante movimento. Aí temos cortes em que chapam o rosto dos personagens para vermos suas reações. Além disso, a narrativa segue um rumo caótico, potencializado pelos movimentos constantes de câmera. O resultado é retratar bem a situação de alguém extremamente jovem e que mal entende, a princípio, a situação que se encontra. Assim, nosso protagonista parece ter pouco controle da situação, sendo jogado para lá e para cá durante todo o filme, sendo frágil e quase sem vontade própria. O resultado funciona muito bem para retratar os horrores da guerra, ainda mais se considerarmos as atuações, que foram excelentes e ajudaram a demonstrar toda a tensão e tristeza do conflito.
Nota: 9.0.
À Meia-Noite Levarei Sua Alma
3.9 288 Assista AgoraUma obra que, mesmo possuindo tudo ao ser desfavor (orçamento e rodada no Brasil), conseguiu acertar com maestria em praticamente todos os elementos, incluindo os mais ínfimos, como o título marcante ou o cartaz, que considero um dos melhores de todos os tempos. Sobre o fato de ser rodado no Brasil, digo porque a nossa nação sempre foi supersticiosa e religiosa nos dogmas cristãos, e, talvez por essa razão, mesmo tendo um cinema avançado na época, ainda não tínhamos tido nenhum filme de terror brasileiro, enquanto outros países, como o Japão, Indonésia, Filipinas, México, por exemplo, já tinham tido seu primeiro filme de terror no máximo nos anos 1940. E, é estranho pensar que se levou tanto tempo para finalmente se lançar um horror nacional e, mesmo assim, José Mojica foi basicamente o único a produzir filmes de terror brasileiros que ficaram famosos ao longo das décadas seguintes. Outras produções até existiam nos anos 1970 e 1980, mas eram bem underground.
Bom, o filme em si acaba por não ter o merecido reconhecimento, muito em parte por, se visto hoje, não gerar o mesmo impacto. Tenhamos em mente que o gore, por exemplo, engatinhava lentamente nos Drive-Ins dos EUA, sendo um dos primeiros filmes do tipo, Banquete de Sangue, lançado um ano antes de À Meia-Noite Levarei Sua Alma. E o nível de violência aqui, embora possa não chocar mais hoje em dia, era bem alto para os padrões da época, com sangue e violência mostrados sem cortes.
Outro ponto digno de nota está, é claro, no fato de colocar um vilão protagonista e não inserir nenhum outro personagem que seja moralmente bom e importante. Os secundários bonzinhos tem participações pontuais apenas, ou morrem rapidamente. E, não só isso, como a concepção de um vilão que entraria para a história do cinema, por ser um vilão marcante, de seu visual, nome e afins, à sua motivação original, a esposa perfeita para perpetuar seus genes nas futuras gerações, alcançando, assim, "vida eterna" ("O que é o sangue? É a razão da existência"), passando também pela atuação, exagerada e repleta de gritos dramáticos de José Mojica Marins, mas que, mesmo assim, condizem com o tom do filme.
No final, ainda temos a questão religiosa. O filme mexe com coisas que hoje podemos ver como banais, mas que, na sociedade da época, eram tabus. Comer carne na sexta-feira santa pode parecer super bobo, ou fazer graça com o nome do demônio, ou pouco caso com ditas superstições religiosas (como vilipendiar objetos sacros), mas para a sociedade ultra religiosa, principalmente a interionana da época, eram sacrilégios assustadores. Certeza que grande parte do público fazia o sinal da cruz a cada momento em que Zé do Caixão desrespeitava a religião de alguma forma. Mas, enfim, não deixa de ser curioso, e esse é até um problema que permeia quase todas as produções de terror, como o ceticismo parece ser condenado pelos filmes do gênero, principalmente os que envolvem exorcismo. O personagem cético e desrespeitoso com a religiosidade, sempre acaba sendo vítima desta, como se as crenças católicas realmente fossem reais, e tal personagem acaba sendo punido por não acreditar em Deus e por seus pecados.
Aqui, no caso, a coisa é um pouco mais complexa, pois, querendo ou não, Zé do Caixão não foi punido apenas por seu ceticismo, mas também por seu desrespeito e ódio para as outras pessoas, principalmente as mulheres (Josefel é, além de extremamente chato, um completo machista). Além disso, mesmo que no final acabe por se mostrar que se deve temer os espíritos e outras crenças sobrenaturais, não deixa de ter um certo tom de deboche e de crítiva para com a população extremamente crédula da cidadezinha onde o filme se passa.
No final, temos uma produção repleta de boas ideias e bem executada, com alguns vanguardismos, ainda mais se considerarmos o contexto e o país em que foi produzida. E, detalhe, José Mojica seria ainda mais vanguardista em produções posteriores, o que só nos resta agradecer por esse seu primeiro filme como Zé do Caíxão ter feito sucesso e motivado produções posteriores.
Nota: 9.6.
Haxan: A Feitiçaria Através dos Tempos
4.2 183 Assista AgoraO tratamento dado ao tema é bem correto, sem apelar para sensacionalismos e ainda usando de uma visão racional, fazendo um paralelo interessante com a modernidade em seu final. As imagens são fantásticas, com bons efeitos e maquiagem, que retrata rituais, demônios e nudez sem pudores, que poderiam gerar vários GIFS bem legais. Ainda temos umas brincadeiras curiosas, citando os próprios bastidores da produção, que, até onde eu sei, é um dos primeiros docudramas realizados. No final, esperava mesmo que fosse visualmente impressionante, mas não imaginei que também traria um trato bem feito ao tema.
Nota: 9.3.
Os Irmãos Grimm
3.3 571 Assista AgoraAcho um filme injustiçado, mesmo sendo bom e com atores e diretor de nome, é um filme bem pouco falado/conhecido hoje em dia. Tanto que eu quase tinha me esquecido da existência dele, apesar de ter visto algumas vezes na minha infância. Só lembrei porque tem uma decapitação que me deu um grande susto na época.
Enfim, tenta embarcar no sucesso de Piratas do Caribe, misturando humor, fantasia e aventura, e, embora o faça de forma decente, não foi tão extremamente eficiente quanto a outra franquia e talvez por isso não tenha tido reconhecimento. Além dos atores e da mistura eficiente de gêneros, o filme conta com uma premissa interessante e fantasiosa, colocando os Irmãos Grimm numa trama de aventura, além disso, as inserções das histórias que inpirariam os contos de fadas dos autores são bem divertidas e interessantes. Talvez o filme precisasse apenas ser "enxugado" de alguns personagens ou algumas tramas. Uma hora e meia, uma hora e quarenta seria uma duração que beneficiaria bem mais a produção.
Nota: 7.7.