Impossível não sair hipnotizada de um filme do Jodorowsky! A busca mitológica que começa em Fando e Lis chega ao ápice aqui. A gente é obrigado a ver tudo o que não quer: desvios sexuais, violência, o feio, grotesco e esquálido! Tudo o que o cinema convencional não dá a ver, e por isso incomoda os mais caretas com as suas alegorias e absurdos.
Caralho, que filme!!! A travessia pós-apocalíptica do casal, em busca da mítica cidade de Tar, me lembrou muito "O Inferno de Dante", de 1911. É um cinema difícil de digerir, com imagens líricas e metafóricas que provocam nojo, repulsas, inquietações, tristeza... sensações entrecortadas por poesia e surrealismo. Mas o que mais me seduz é a parte crítica de algumas passagem, como por exemplo: por ter sido aparentemente abusada na infância, Lis não consegue ter relações sexuais, o que provoca revolta e impaciência em Fando que, por sua vez, a carrega como se fosse uma cruz, um peso nas lombas, afirmando constantemente o quanto "faz por ela". Mas na verdade, é uma relação de co-dependência: Lis precisa de Fando para ser carregada e lembrada; Fando precisa de Lis para preencher o seu vazio. Mesmo sendo abandonada, agredida, rastejada e humilhada diversas vezes, a sua voz ecoa rogando pelo perdão e pela volta do amado "para sobreviver" - e não apenas fisicamente, é uma dependência emocional. Mas também há a alegoria da troca de papéis. Há a parte do sangue muito significativa, na qual o padre deixa os restos para o cego e Fando literalmente "suga" Lis. É triste e pesado.
Paisagens incríveis captadas por uma belíssima direção de fotografia e som, que retrata um mito indiano. Particularmente, achei extremamente lento e fiquei muito desconfortável (o que revela mais sobre mim do que sobre o filme, efetivamente, rs).
Destaque para o texto no qual ela descreve o criminoso estuprador: "(...) Me apaixonei. Eu não queria, mas rolou. (...) Ele é especial. Imagine um homem todo machão, forte, que sempre sabe o que quer. Ele tem uma pegada mais protetora [sim, ela tá falando de um homem que a sequestrou e a enfiou amarrada num avião]. Quando eu tô com ele, eu me sinto uma adolescente. Ele consegue realizar todas as minhas fantasias sexuais. Tem 1,90m de altura, nenhuma gordura corporal e foi desenhado por Deus".
Gente, o que foi isso??? Tortura psicológica e abuso sexual romantizados. Não há nenhuma noção entre o que é erotismo e estupro. Cinematograficamente, tem uma trilha sonora patética (que só serve para preencher os enormes buracos e problemas do roteiro), personagens superficiais, movimentos de câmera de novela mexicana caricata e nenhuma, MAS NENHUMA profundidade temática. Dá pra acreditar que foi uma mulher que dirigiu essa merda??? Pior filme de 2020 e talvez o pior que já vi na vida.
Se ele me perguntasse, eu diria: "É o seguinte, Wim... eu vim do futuro para dizer que em 2020 haverá uma pandemia que provocará um colapso na cadeia de distribuição cinematográfica, os streamers (modalidade que você ainda não conhece) vão montar nisso e colaborarem na destruição do que hoje chamamos "salas de cinema". Minha opinião é essa". Mas provavelmente ele cortaria essa parte do doc e me recomendaria uma clínica psiquiátrica.
2049. Uma tecnologia inimaginável (se eu estiver viva até lá, estarei com 56 anos, o dobro do que tenho hoje, rs). Sim, existem muitos buracos e acontecimentos extremamente previsíveis no roteiro (como um radar quebrado forçar uma expedição para fora da nave, por exemplo). É o típico filme de luta pela sobrevivência em situações de extremo colapso do planeta... mas eu gostei. Me fez pensar muitas coisas e fazer uma série de conexões... o que já valeu o meu tempo. Acho que o filme deveria ter apostado em coisas mais singelas, como a cena do prato de ervilhas, simples mas reveladora (apesar de muita gente ter criticado), mas ficou nessa de grandes eventos clichês do gênero (chuva de meteoro, tempestade de gelo, etc) e se perdeu. Tentou agradar a públicos diferentes e acabou numa espécie de limbo: nem bom o suficiente para surpreender cinéfilos, nem fácil e intrigante o suficiente para se tornar popular. Bom, não dá p/ deixar de pontuar a bela Direção de Fotografia do Martin Ruhe e os excelentes núcleos de atores. Por fim, apesar de tudo, ainda me pergunto: será que entendi esse filme? Será que há algo de muito sagaz escondido ali?
Gente, eu amei ver a Michelle Phillips e Jane Fonda nesse doc, além de tantas mulheres incríveis! ❤ É claro que pós-2ª onda as demandas feministas se tornaram muito mais legítimas, mas aí está o retrato de uma fase do feminismo MUITO IMPORTANTE, mas com problemas. Que bom que hoje conseguimos enxergá-los e conceber feminismos múltiplos.
Esse filme me deixou pensando: ai, como é bom ter dinheiro, kkkkkkk p.s.: quero casar com água entrando por todo o salão tb... negócio é já ir escolhendo que vai carregar os baldes na família...
É a típica fórmula melodramática de uma romance LGBT, no qual o desgaste emocional é considerado uma grande prova de amor. Prefiro filmes gays que não reproduzem a linguagem hollywoodiana, mas criam uma cultura com valores e estética independentes. Ao menos, cabe reconhecer que é muito bem ambientado, tem uma bela direção de fotografia e gostei de conhecer o contexto taiwanês dos anos 80 (e o Brasil de 2021?!). Os atores são carismáticos e entregam bem os papéis. Vale conferir, mas sem grandes expectativas pois... previsível demais.
Que filme! Às vezes a gente dá tanto murro em ponta de faca, e a vida vem e mostra que é sobre... encontrar a quietude. p.s.: se possível, usem fones de ouvido em alguma oportunidade.
Cara, esse foi um dos filmes mais loucos que já vi, haha!!! O meu primeiro "Pinku eiga" (ou "filme rosa", como são chamados os filmes japoneses que apresentam nudez ou conteúdos de sexo explícito - neste caso um musical technopop rosa). Muito bom, passou voando e foi uma experiência surreal: mistura de sexo, reencarnação, folclore, enfim. E a atriz que protagoniza é fantástica!
Que mulher forte! Resistiu à pobreza, à doença, ao marido peste (infelizmente não consigo romantizar este tipo de relacionamento)... e deixou um lindo legado artístico! Me tornei fã do seu trabalho a partir desta obra fílmica! A Sally Hawkins e o Ethan Hawke estão realmente incríveis! E o final, com as cenas documentais da verdadeira Maudie, são realmente muito emocionantes... e é incrível a semelhança com a atriz, até o seu sorriso! Por fim, foi um grato presente conhecer o cinema da Aisling Walsh! "A plenitude da vida já é enquadrada... bem ali!"
A Montanha Sagrada
4.3 466Impossível não sair hipnotizada de um filme do Jodorowsky! A busca mitológica que começa em Fando e Lis chega ao ápice aqui. A gente é obrigado a ver tudo o que não quer: desvios sexuais, violência, o feio, grotesco e esquálido! Tudo o que o cinema convencional não dá a ver, e por isso incomoda os mais caretas com as suas alegorias e absurdos.
Apenas uma Noite
3.5 787 Assista AgoraXiiii... muita gente se identificando... rs
Fando e Lis
3.9 61Caralho, que filme!!!
A travessia pós-apocalíptica do casal, em busca da mítica cidade de Tar, me lembrou muito "O Inferno de Dante", de 1911. É um cinema difícil de digerir, com imagens líricas e metafóricas que provocam nojo, repulsas, inquietações, tristeza... sensações entrecortadas por poesia e surrealismo. Mas o que mais me seduz é a parte crítica de algumas passagem, como por exemplo: por ter sido aparentemente abusada na infância, Lis não consegue ter relações sexuais, o que provoca revolta e impaciência em Fando que, por sua vez, a carrega como se fosse uma cruz, um peso nas lombas, afirmando constantemente o quanto "faz por ela". Mas na verdade, é uma relação de co-dependência: Lis precisa de Fando para ser carregada e lembrada; Fando precisa de Lis para preencher o seu vazio. Mesmo sendo abandonada, agredida, rastejada e humilhada diversas vezes, a sua voz ecoa rogando pelo perdão e pela volta do amado "para sobreviver" - e não apenas fisicamente, é uma dependência emocional. Mas também há a alegoria da troca de papéis. Há a parte do sangue muito significativa, na qual o padre deixa os restos para o cego e Fando literalmente "suga" Lis. É triste e pesado.
As Branquelas
3.7 3,0K Assista AgoraÉ tão ruim que é bom!!!
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista Agora...!
V de Vingança
4.3 3,0K Assista AgoraUm bom filme, fiel aos HQ"s...
Cemetery
3.4 3Paisagens incríveis captadas por uma belíssima direção de fotografia e som, que retrata um mito indiano. Particularmente, achei extremamente lento e fiquei muito desconfortável (o que revela mais sobre mim do que sobre o filme, efetivamente, rs).
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraSuperestimado
Flordelis - Basta uma Palavra para mudar
2.2 53Vocês que deram 1 estrela é pq não conhecem a possibilidade de dar 1/2 aqui no site, né?
365 Dias
1.5 879 Assista AgoraDestaque para o texto no qual ela descreve o criminoso estuprador: "(...) Me apaixonei. Eu não queria, mas rolou. (...) Ele é especial. Imagine um homem todo machão, forte, que sempre sabe o que quer. Ele tem uma pegada mais protetora [sim, ela tá falando de um homem que a sequestrou e a enfiou amarrada num avião]. Quando eu tô com ele, eu me sinto uma adolescente. Ele consegue realizar todas as minhas fantasias sexuais. Tem 1,90m de altura, nenhuma gordura corporal e foi desenhado por Deus".
365 Dias
1.5 879 Assista AgoraGente, o que foi isso??? Tortura psicológica e abuso sexual romantizados. Não há nenhuma noção entre o que é erotismo e estupro. Cinematograficamente, tem uma trilha sonora patética (que só serve para preencher os enormes buracos e problemas do roteiro), personagens superficiais, movimentos de câmera de novela mexicana caricata e nenhuma, MAS NENHUMA profundidade temática. Dá pra acreditar que foi uma mulher que dirigiu essa merda??? Pior filme de 2020 e talvez o pior que já vi na vida.
Quarto 666
3.9 33 Assista AgoraSe ele me perguntasse, eu diria: "É o seguinte, Wim... eu vim do futuro para dizer que em 2020 haverá uma pandemia que provocará um colapso na cadeia de distribuição cinematográfica, os streamers (modalidade que você ainda não conhece) vão montar nisso e colaborarem na destruição do que hoje chamamos "salas de cinema". Minha opinião é essa". Mas provavelmente ele cortaria essa parte do doc e me recomendaria uma clínica psiquiátrica.
O Céu da Meia-Noite
2.7 5102049. Uma tecnologia inimaginável (se eu estiver viva até lá, estarei com 56 anos, o dobro do que tenho hoje, rs). Sim, existem muitos buracos e acontecimentos extremamente previsíveis no roteiro (como um radar quebrado forçar uma expedição para fora da nave, por exemplo). É o típico filme de luta pela sobrevivência em situações de extremo colapso do planeta... mas eu gostei. Me fez pensar muitas coisas e fazer uma série de conexões... o que já valeu o meu tempo. Acho que o filme deveria ter apostado em coisas mais singelas, como a cena do prato de ervilhas, simples mas reveladora (apesar de muita gente ter criticado), mas ficou nessa de grandes eventos clichês do gênero (chuva de meteoro, tempestade de gelo, etc) e se perdeu. Tentou agradar a públicos diferentes e acabou numa espécie de limbo: nem bom o suficiente para surpreender cinéfilos, nem fácil e intrigante o suficiente para se tornar popular. Bom, não dá p/ deixar de pontuar a bela Direção de Fotografia do Martin Ruhe e os excelentes núcleos de atores. Por fim, apesar de tudo, ainda me pergunto: será que entendi esse filme? Será que há algo de muito sagaz escondido ali?
Feministas: O Que Elas Estavam Pensando?
4.3 79 Assista AgoraGente, eu amei ver a Michelle Phillips e Jane Fonda nesse doc, além de tantas mulheres incríveis! ❤ É claro que pós-2ª onda as demandas feministas se tornaram muito mais legítimas, mas aí está o retrato de uma fase do feminismo MUITO IMPORTANTE, mas com problemas. Que bom que hoje conseguimos enxergá-los e conceber feminismos múltiplos.
Podres de Ricos
3.5 507 Assista AgoraEsse filme me deixou pensando: ai, como é bom ter dinheiro, kkkkkkk
p.s.: quero casar com água entrando por todo o salão tb... negócio é já ir escolhendo que vai carregar os baldes na família...
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraUma grande obra de arte!
Seu Nome Gravado em Mim
4.0 180É a típica fórmula melodramática de uma romance LGBT, no qual o desgaste emocional é considerado uma grande prova de amor. Prefiro filmes gays que não reproduzem a linguagem hollywoodiana, mas criam uma cultura com valores e estética independentes. Ao menos, cabe reconhecer que é muito bem ambientado, tem uma bela direção de fotografia e gostei de conhecer o contexto taiwanês dos anos 80 (e o Brasil de 2021?!). Os atores são carismáticos e entregam bem os papéis. Vale conferir, mas sem grandes expectativas pois... previsível demais.
Seu Nome Gravado em Mim
4.0 180Onde tem pra assistir???
Mulher-Maravilha 1984
3.0 1,4K Assista AgoraO filme tem problemas, mas eu sou uma fã cega que não consegue deixar menos do que 5 estrelas, baah!
O Som do Silêncio
4.1 985 Assista AgoraQue filme! Às vezes a gente dá tanto murro em ponta de faca, e a vida vem e mostra que é sobre... encontrar a quietude.
p.s.: se possível, usem fones de ouvido em alguma oportunidade.
Tony Robbins: Eu Não Sou Seu Guru
3.3 42 Assista AgoraÉ bom assistir essas coisas às vezes p/ ir conhecendo cada vez mais as táticas dos picaretas quânticos!
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraFoda!!!
Amor Debaixo D'água
3.2 9Cara, esse foi um dos filmes mais loucos que já vi, haha!!! O meu primeiro "Pinku eiga" (ou "filme rosa", como são chamados os filmes japoneses que apresentam nudez ou conteúdos de sexo explícito - neste caso um musical technopop rosa). Muito bom, passou voando e foi uma experiência surreal: mistura de sexo, reencarnação, folclore, enfim. E a atriz que protagoniza é fantástica!
Maudie: Sua Vida e Sua Arte
4.1 192 Assista AgoraQue mulher forte! Resistiu à pobreza, à doença, ao marido peste (infelizmente não consigo romantizar este tipo de relacionamento)... e deixou um lindo legado artístico! Me tornei fã do seu trabalho a partir desta obra fílmica! A Sally Hawkins e o Ethan Hawke estão realmente incríveis! E o final, com as cenas documentais da verdadeira Maudie, são realmente muito emocionantes... e é incrível a semelhança com a atriz, até o seu sorriso! Por fim, foi um grato presente conhecer o cinema da Aisling Walsh!
"A plenitude da vida já é enquadrada... bem ali!"