Jake La Motta é um dos personagens mais odiosos do cinema. Beberrão, falastrão, violento, machista, misógino, paranoico. Nem sei se podemos chama-lo de anti-herói, já que é difícil achar seu lado positivo. E quando lembramos que se trata de uma história real, baseado na biografia escrita pelo próprio La Motta, fica difícil não pensar se ele não era ainda pior, se determinadas passagens não foram romantizadas para não torná-lo mais fdp ainda.
Penso este filme como uma grande metáfora. Assim como os Replicantes, os humanos vivem em busca da eternidade, de si, de suas ideias e de suas vivências. Assim como Roy, vemos muitas coisas incríveis e únicas durante nossa existência, que um dia se perderão para sempre. Destaque para Rutger Hauer na sua melhor atuação, a fotografia escura e esfumaçada que remete ao cinema noir e para a trilha sonora sexy e elegante criada pelo Vangelis (o mesmo que fez a épica trilha de "Carruagens de Fogo").
"Pena que ela não vai viver. Mas, na verdade, quem vai?"
Quando você para prá pensar em como esse filme é visionário, entende porque Kubrick é um gênio. Este filme foi feito um ano antes do homem ir à lua. A primeira estação espacial só surgiu quase 20 anos depois. Ligações por vídeo e sistema de identificação por voz, então, nem se fala. Pessoas viajando ao espaço como turistas é algo que ainda estamos vendo surgir. Todas essas coisas devem ter soado imensamente loucas naquele longínquo 1968, e hoje são tão comuns que se tornaram até banais. E, além de tudo, é a única ficção científica que já assisti a respeitar aquele princípio básico da física que diz que o som não se propaga no vácuo.
Os chefões mais antigos da máfia, como o Paulie do filme, tinham grandes restrições sobre a questão do envolvimento com o tráfico de drogas, pois sabiam que seria algo que poderia derrubar várias famílias criminosas. Dito e feito.
É inacreditável a força e a precisão desse roteiro, capaz de segurar um filme de uma hora e meia que se passa totalmente em uma única sala fechada. Genial!
Mais um grande filme brasileiro que vem de Pernambuco. Impressionante o que eles vem fazendo lá em termos de cinema. Um filme cheio de cenas maravilhosas.
O personagem do Irandhir Santos performando Ney Matogrosso em plena caatinga foi lindo. Na cidade grande ele já não seria compreendido por muitos, então imagine num lugar como aquele. Depois ele levando Afonsina para "conhecer o mar" sem sair do sertão foi algo tão poético e sutil. Assim como a cena da avó que amamentou o neto adulto para aliviar o medo que o rapaz tinha da morte. Para completar, aquele final com uma sequencia de tragédias e a esperança representada pelo retorno de Querência com o que eu imagino ser sua filha com o sanfoneiro cego.
Um belo exemplo de utilização da metalinguagem, com atuações precisas de William Hurt e Raul Julia. Não a toa Hurt levou o Oscar. Serve para mostrar a qualidade de nosso cinema, mesmo com parcos recursos. Apesar dos atores hollywoodianos, é um filme brasileiro. É preciso respeitar mais o cinema nacional. Só o que me incomodou foram as vozes de alguns atores brasileiros terem sido dubladas, como o Nuno Leal Maia, por exemplo.
A cena dos soldados avançando no front de batalha para tentar tomar o monte foi muito bonita e bem feita. Imagino como deve ter sido difícil gravá-la, ainda mais numa época em que havia bem menos recursos. Da mesma forma, foi muito tocante e simbólica a cena da moça alemã captura que é obrigada a se apresentar para a diversão dos soldados. Quando ela aparece, parecem seres animalizados. Mas a beleza da canção como que os toca e os traz, aos poucos, de volta à condição humana.
Já disse isso em um comentário sobre outro filme, mas vale repetir aqui: podemos intuir que assistiremos a um grande filme quando a primeira cena já é uma das mais clássicas do cinema. A floresta sendo destruída ao som de The Doors com as imagens do fogo se mesclando à do protagonista... sensacional. É um filme cruel, denso, intenso, psicológico, insano... Um grito contra todo o terror da guerra. Um dos grandes méritos, na minha visão, é não mostrar os soldados como heróis, mas como o que eles realmente são: seres humanos. São garotos que tiveram suas vidas, seus sonhos e histórias roubadas para morrer em uma luta que nem era realmente deles. A fotografia brilhante somando-se a direção sempre precisa de Copolla, um roteiro afiado e cheio de frases marcantes. Martin Sheen (incrivelmente igual ao Charlie) e Marlon Brando nas grandes atuações de suas carreiras (os deuses do cinema me perdoem pela heresia, mas esta foi a maior atuação de Marlon Brando. Para mim, maior que a de O Poderoso Chefão e Sindicato de Ladrões). A trilha sonora é destruidora. A clássica cena dos helicópteros ao som da "Cavalgada das Orquídeas", de Wagner, é inesquecível. Os diálogos entre Sheen e Brando são colossais. E o jogo de sombra e luz nas cenas de Brando na caverna são uma aula como você jamais teria em qualquer faculdade. A cena final é a representação maior da coisificação do homem diante de todo aquele terror e loucura, quando começamos a ter nossos semelhantes como animais que são simplesmente abatidos. "O horror... O horror..." Por tudo isso este é um dos maiores filmes do século XX e meu filme de guerra favorito. Um clássico que influenciou tudo o que veio depois com esta temática.
"O exército ensina nossos jovens a matar e soltar bombas. Mas os comandantes não permitem escrever “foda-se” nos aviões porque é obsceno".
Um dos musicais mais deliciosos da história, tanto que mal sentimos as mais de 2h40 de filme. Todos os números, especialmente com as crianças, são excelentes. E consegue tratar com leveza de um assunto áspero como a invasão nazista à Áustria, uma das marcas iniciais da Segunda Guerra Mundial. Um clássico absoluto. Interessante notar a mudança de luz do início da história para o final, com o avanço dos nazistas e o drama dos Von Trapp. Marca muito bem a transição da animada cantoria e dança da primeira metade, para a tensão da reta final. Faço uma crítica apenas para a tradução do título para o português, que é uma das piores que já se fez. O original "The Sound of Music" (O Som da Música) é muito mais poético e fala muito mais sobre o que é a história do que "A Noviça Rebelde", título típico de filmes da Sessão da Tarde, o que não é o caso aqui.
OBS: O Ministério da Saúde adverte: A músiquinha do Do-Re-Mi gruda na mente e vai fazer você cantarolar sem perceber por muitos dias depois de ver o filme (A música é tão marcante que já conhecia antes de assistir).
Uma história simples, perfeita para uma deliciosa comédia musical. Os números de canto e dança são inesquecíveis. E ninguém fala do Donald O'Connor, perfeito como o pianista dançarino Cosmo. Para mim os números dele são os melhores.
"Que coisa mais traiçoeira pensar que uma pessoa é mais que uma pessoa"... quem nunca cometeu este erro? Triste, mas verdadeiro. Pessoa ideal é algo que não existe e nunca existirá.
Todos queriam apenas lucrar com a história do homem da cruz, cada um a seu modo. O padre, para melhorar a imagem da Igreja. Bonitão que pensava em ganhar a esposa do devoto. O comerciante que lucrava com a quantidade de gente que ia ver o evento. O escritor de cordel que pensava em lucrar com seu ABC. Os capoeiristas que viam nele um líder social. Os doentes que começaram a fazer fila para ter suas chagas curadas.
Um filme daqueles que são obrigatórios. A pobreza, a humilhação, a falta de esperança, levam os homens a tentar se apegar a algo. Dai nascem boa parte dos fanatismos, sejam eles políticos, sociais, religiosos. No caso do filme tempos o do beato Sebastião, uma espécie de novo Antonio Conselheiro, e o do cangaceiro Corisco, inconformado com a morte de Lampião. Roubado e humilhado pelo senhor de terras, obrigado a deixar sua terra para salvar sua vida e a da esposa, Manoel se vê primeiro com um, e depois com o outro, sempre em busca de uma tábua de salvação para sua existência miserável. É um tema bastante atual para nosso tempo, onde vemos tantos fanatismos tomando forma pelo mundo, em todas as matizes políticas e sociais. Vale ressaltar a interpretação maravilhosa de Othon Bastos como Corisco, o discípulo enlouquecido de Lampião. É um ator imenso, que infelizmente a TV não tem sabido aproveitar. Também indico assistirem "O Anjo da Morte contra o Santo Guerreiro", outro filme do Glauber onde surge o matador Antonio das Mortes.
Houve uma queda muito grande da primeira para a segunda temporada, tanto na qualidade das histórias quanto no carisma dos personagens. Adotaram a estratégia de criar personagens com características iguais às dos que saíram da temporada anterior, certamente para evitar que o público sentisse falta. Mas não funcionou, já que não havia o mesmo carisma e as histórias foram muito fracas e forçadas.
Impressiona ir percebendo como Elena vai definhando ao longo do filme. A menina alegre, cheia de sonhos, perspectivas e planos dos primeiros áudios vai, aos poucos, se tornando cada vez mais triste, sem esperança, sem forças, mergulhada em águas turvas, que por fim a envolveu de forma definitiva. Esse declínio de Elena em poucos meses é muito chocante. Assim como o sentimento de culpa que parece dominar a mãe e a irmã. Poucas vezes vi um filme tocar em emoções tão profundas. Certamente por serem emoções reais.
"Você, é a minha memória inconsolável... feita de pedra e de sombra... e dela é que tudo nasce.... e dança!''
A perda da inocência. Morrem os sonhos e nascem os anjos. E que final chocante e surpreendente. Um dos meus filmes brasileiros favoritos desde que o vi pela primeira vez há muitos anos atrás na sessão de filmes nacionais da BAND.
Touro Indomável
4.2 707 Assista AgoraJake La Motta é um dos personagens mais odiosos do cinema. Beberrão, falastrão, violento, machista, misógino, paranoico. Nem sei se podemos chama-lo de anti-herói, já que é difícil achar seu lado positivo. E quando lembramos que se trata de uma história real, baseado na biografia escrita pelo próprio La Motta, fica difícil não pensar se ele não era ainda pior, se determinadas passagens não foram romantizadas para não torná-lo mais fdp ainda.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraPenso este filme como uma grande metáfora. Assim como os Replicantes, os humanos vivem em busca da eternidade, de si, de suas ideias e de suas vivências. Assim como Roy, vemos muitas coisas incríveis e únicas durante nossa existência, que um dia se perderão para sempre. Destaque para Rutger Hauer na sua melhor atuação, a fotografia escura e esfumaçada que remete ao cinema noir e para a trilha sonora sexy e elegante criada pelo Vangelis (o mesmo que fez a épica trilha de "Carruagens de Fogo").
"Pena que ela não vai viver. Mas, na verdade, quem vai?"
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraQuando você para prá pensar em como esse filme é visionário, entende porque Kubrick é um gênio. Este filme foi feito um ano antes do homem ir à lua. A primeira estação espacial só surgiu quase 20 anos depois. Ligações por vídeo e sistema de identificação por voz, então, nem se fala. Pessoas viajando ao espaço como turistas é algo que ainda estamos vendo surgir. Todas essas coisas devem ter soado imensamente loucas naquele longínquo 1968, e hoje são tão comuns que se tornaram até banais. E, além de tudo, é a única ficção científica que já assisti a respeitar aquele princípio básico da física que diz que o som não se propaga no vácuo.
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraOs chefões mais antigos da máfia, como o Paulie do filme, tinham grandes restrições sobre a questão do envolvimento com o tráfico de drogas, pois sabiam que seria algo que poderia derrubar várias famílias criminosas. Dito e feito.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraÉ inacreditável a força e a precisão desse roteiro, capaz de segurar um filme de uma hora e meia que se passa totalmente em uma única sala fechada. Genial!
E aquela cena onde o jurado começa a proferir insultos aos pobres e todos se levantam e viram as costas é sublime.
O Maravilhoso Agora
3.2 808 Assista AgoraEsse final em aberto me deixou querendo uma sequência para saber se Sutter realmente vai encontrar a redenção.
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraImpressiona a grandiosidade deste filme feito em uma época em que o cinema falado e colorido ainda engatinhava e os recursos técnicos eram mínimos.
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraUm belo conto de natal. A verdadeira riqueza está no amor, não no dinheiro.
A História da Eternidade
4.3 448Poema do Torquato Neto, um dos grandes poetas do tropicalismo, declamado pelo Irandhir no filme:
Cogito
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.
A História da Eternidade
4.3 448Mais um grande filme brasileiro que vem de Pernambuco. Impressionante o que eles vem fazendo lá em termos de cinema. Um filme cheio de cenas maravilhosas.
O personagem do Irandhir Santos performando Ney Matogrosso em plena caatinga foi lindo. Na cidade grande ele já não seria compreendido por muitos, então imagine num lugar como aquele. Depois ele levando Afonsina para "conhecer o mar" sem sair do sertão foi algo tão poético e sutil. Assim como a cena da avó que amamentou o neto adulto para aliviar o medo que o rapaz tinha da morte. Para completar, aquele final com uma sequencia de tragédias e a esperança representada pelo retorno de Querência com o que eu imagino ser sua filha com o sanfoneiro cego.
O Beijo da Mulher-Aranha
3.9 258 Assista AgoraUm belo exemplo de utilização da metalinguagem, com atuações precisas de William Hurt e Raul Julia. Não a toa Hurt levou o Oscar. Serve para mostrar a qualidade de nosso cinema, mesmo com parcos recursos. Apesar dos atores hollywoodianos, é um filme brasileiro. É preciso respeitar mais o cinema nacional. Só o que me incomodou foram as vozes de alguns atores brasileiros terem sido dubladas, como o Nuno Leal Maia, por exemplo.
Glória Feita de Sangue
4.4 448 Assista AgoraA cena dos soldados avançando no front de batalha para tentar tomar o monte foi muito bonita e bem feita. Imagino como deve ter sido difícil gravá-la, ainda mais numa época em que havia bem menos recursos. Da mesma forma, foi muito tocante e simbólica a cena da moça alemã captura que é obrigada a se apresentar para a diversão dos soldados. Quando ela aparece, parecem seres animalizados. Mas a beleza da canção como que os toca e os traz, aos poucos, de volta à condição humana.
Sob Pressão
3.8 93 Assista AgoraEletrizante. Não deve nada aos melhores filmes médicos americanos.
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraJá disse isso em um comentário sobre outro filme, mas vale repetir aqui: podemos intuir que assistiremos a um grande filme quando a primeira cena já é uma das mais clássicas do cinema. A floresta sendo destruída ao som de The Doors com as imagens do fogo se mesclando à do protagonista... sensacional. É um filme cruel, denso, intenso, psicológico, insano... Um grito contra todo o terror da guerra. Um dos grandes méritos, na minha visão, é não mostrar os soldados como heróis, mas como o que eles realmente são: seres humanos. São garotos que tiveram suas vidas, seus sonhos e histórias roubadas para morrer em uma luta que nem era realmente deles. A fotografia brilhante somando-se a direção sempre precisa de Copolla, um roteiro afiado e cheio de frases marcantes. Martin Sheen (incrivelmente igual ao Charlie) e Marlon Brando nas grandes atuações de suas carreiras (os deuses do cinema me perdoem pela heresia, mas esta foi a maior atuação de Marlon Brando. Para mim, maior que a de O Poderoso Chefão e Sindicato de Ladrões). A trilha sonora é destruidora. A clássica cena dos helicópteros ao som da "Cavalgada das Orquídeas", de Wagner, é inesquecível. Os diálogos entre Sheen e Brando são colossais. E o jogo de sombra e luz nas cenas de Brando na caverna são uma aula como você jamais teria em qualquer faculdade. A cena final é a representação maior da coisificação do homem diante de todo aquele terror e loucura, quando começamos a ter nossos semelhantes como animais que são simplesmente abatidos. "O horror... O horror..." Por tudo isso este é um dos maiores filmes do século XX e meu filme de guerra favorito. Um clássico que influenciou tudo o que veio depois com esta temática.
"O exército ensina nossos jovens a matar e soltar bombas. Mas os comandantes não permitem escrever “foda-se” nos aviões porque é obsceno".
A Noviça Rebelde
4.2 802 Assista AgoraUm dos musicais mais deliciosos da história, tanto que mal sentimos as mais de 2h40 de filme. Todos os números, especialmente com as crianças, são excelentes. E consegue tratar com leveza de um assunto áspero como a invasão nazista à Áustria, uma das marcas iniciais da Segunda Guerra Mundial. Um clássico absoluto. Interessante notar a mudança de luz do início da história para o final, com o avanço dos nazistas e o drama dos Von Trapp. Marca muito bem a transição da animada cantoria e dança da primeira metade, para a tensão da reta final. Faço uma crítica apenas para a tradução do título para o português, que é uma das piores que já se fez. O original "The Sound of Music" (O Som da Música) é muito mais poético e fala muito mais sobre o que é a história do que "A Noviça Rebelde", título típico de filmes da Sessão da Tarde, o que não é o caso aqui.
OBS: O Ministério da Saúde adverte: A músiquinha do Do-Re-Mi gruda na mente e vai fazer você cantarolar sem perceber por muitos dias depois de ver o filme (A música é tão marcante que já conhecia antes de assistir).
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraUma história simples, perfeita para uma deliciosa comédia musical. Os números de canto e dança são inesquecíveis. E ninguém fala do Donald O'Connor, perfeito como o pianista dançarino Cosmo. Para mim os números dele são os melhores.
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraInstigante. É fascinante pensar o que o ser humano poderia fazer, para o bem e para o mal, se usasse algo além destes ínfimos 10% de seu cérebro.
Cidades de Papel
3.0 1,3K"Que coisa mais traiçoeira pensar que uma pessoa é mais que uma pessoa"... quem nunca cometeu este erro? Triste, mas verdadeiro. Pessoa ideal é algo que não existe e nunca existirá.
O Pagador de Promessas
4.3 365 Assista AgoraTodos queriam apenas lucrar com a história do homem da cruz, cada um a seu modo. O padre, para melhorar a imagem da Igreja. Bonitão que pensava em ganhar a esposa do devoto. O comerciante que lucrava com a quantidade de gente que ia ver o evento. O escritor de cordel que pensava em lucrar com seu ABC. Os capoeiristas que viam nele um líder social. Os doentes que começaram a fazer fila para ter suas chagas curadas.
Além da Eternidade
3.5 125O último filme de Audrey Hepburn, linda e elegante como sempre.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 430 Assista AgoraUm filme daqueles que são obrigatórios. A pobreza, a humilhação, a falta de esperança, levam os homens a tentar se apegar a algo. Dai nascem boa parte dos fanatismos, sejam eles políticos, sociais, religiosos. No caso do filme tempos o do beato Sebastião, uma espécie de novo Antonio Conselheiro, e o do cangaceiro Corisco, inconformado com a morte de Lampião. Roubado e humilhado pelo senhor de terras, obrigado a deixar sua terra para salvar sua vida e a da esposa, Manoel se vê primeiro com um, e depois com o outro, sempre em busca de uma tábua de salvação para sua existência miserável. É um tema bastante atual para nosso tempo, onde vemos tantos fanatismos tomando forma pelo mundo, em todas as matizes políticas e sociais. Vale ressaltar a interpretação maravilhosa de Othon Bastos como Corisco, o discípulo enlouquecido de Lampião. É um ator imenso, que infelizmente a TV não tem sabido aproveitar. Também indico assistirem "O Anjo da Morte contra o Santo Guerreiro", outro filme do Glauber onde surge o matador Antonio das Mortes.
Emergências Médicas 2
4.7 5Houve uma queda muito grande da primeira para a segunda temporada, tanto na qualidade das histórias quanto no carisma dos personagens. Adotaram a estratégia de criar personagens com características iguais às dos que saíram da temporada anterior, certamente para evitar que o público sentisse falta. Mas não funcionou, já que não havia o mesmo carisma e as histórias foram muito fracas e forçadas.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraImpressiona ir percebendo como Elena vai definhando ao longo do filme. A menina alegre, cheia de sonhos, perspectivas e planos dos primeiros áudios vai, aos poucos, se tornando cada vez mais triste, sem esperança, sem forças, mergulhada em águas turvas, que por fim a envolveu de forma definitiva. Esse declínio de Elena em poucos meses é muito chocante. Assim como o sentimento de culpa que parece dominar a mãe e a irmã. Poucas vezes vi um filme tocar em emoções tão profundas. Certamente por serem emoções reais.
"Você, é a minha memória inconsolável... feita de pedra e de sombra... e dela é que tudo nasce.... e dança!''
Como Nascem os Anjos
3.6 61A perda da inocência. Morrem os sonhos e nascem os anjos. E que final chocante e surpreendente. Um dos meus filmes brasileiros favoritos desde que o vi pela primeira vez há muitos anos atrás na sessão de filmes nacionais da BAND.