A Emma é insondável, e muito fora dos padrões. É certamente uma daquelas heroínas, quase românticas apesar da simplicidade, que a gente admira mesmo sem querer. A sua força - um tanto inverossímil - é inspiradora, sensação reforçada pela naturalidade na composição do cenário no qual ela é o elemento principal. Os elementos abjetos presentes no filme (a sujeira da casa, as mãos de Max após depenar a galinha) se contrapõem àquelas imagens bonitas, como se contrapõem também a morte e a alegria, mas de um jeito em que esses elementos - contraditórios num primeiro olhar, coexistam sem causar estranhamento, fazendo com que a experiência de assistir o filme seja muito agradável.
O vampiro é relacionado às sombras, ao escuro do humano, seus vícios, violência e crueldade. Esse filme é perverso.Naturalmente perverso,e doce, como um vampiro, como Eli que desperta a violência de Oskar em forma de vingança. Mas pra mim propõe uma questão: que sentimentos existem/podem existir na escuridão. Aqui não parecem indissociados e tanto crueldade como ternura coexistem.
"Mais uma prova de que Giuseppe Tornatore não sabe terminar filmes [Cinema Paradiso sofre do mesmo problema]." Meu coração, quando li, doeu demais!!!! Cinema Paradiso tem um final simplesmente PERFEITO. Portanto, me perdoe, mas...
Quem disse que o Tornatore não soube terminar Cinema Paradiso deve queimar no inferno eternamente. Grato. [5]
Um filme que fala sobre amor. Lidia e Marco, Benigno e Alícia, Marco e Benigno ... Um sentimento maior paira sobre os personagens do filme, é grande, intransponível. Indiscritivel, mas tem de ser falado. Tira a gente do mundo do esperado-comum-aceitável, faz pensar sobre os limites/não-limites do amor, certo e errado não se separam, apenas há o amor por cima disso. E o filme ainda é uma caixinha de surpresas, sempre alguma música, dança e o curta que vem enriquecer a obra. Mas das coisas que não me saem da cabeça é como o mundo tenta esconder da Alícia oq deveriam gritar para ela: como ela foi amada. Esse amor incomum, mas efetivo que lhe dedicaram. Enfim, é lindo e não tem fim.
Primeiro tem o prólogo, onde se arranca beleza de cada detalhe trivial, da água, da penetração, do menino caindo como um floquinho de neve. É sublime, e disso todos gostamos. Distonando disso tudo tem o filme em si: simplesmente doentio, difícil de gostar pq nós somos conduzidos ao ser humano em extremo, à loucura, jogados no meio desse turbilhão de horror. A quetão é que o filme não é um amontoado de cenas, mas conduzido com maestria, bem construído, e gostando ou não, é genial. Agora, não se pode culpar quem vive bem com sua sanidade e saúde e não quer ser violentado por essa loucura. Eu bem não sei se foi o filme que mais odiei na minha vida, ou se o amei, mas nunca um filme foi tão intenso para mim, e não o filme propriamente, mas o depois, eu tive um medo absurdo da minha cabeça e do que eu sou capaz de pensar, um medo de mim, experimentei o maior medo, sem precisar perder um filho, ou entrar em depressão profunda. Portanto, acho que Von Trier conseguiu oq queria, só não tenho certeza que não o odeio por isso.
"É um mundo estranho". A tensão entre querer desvendar o mistério e não querer que ele acabe nos conduz pelo filme. Tenho a mesma impressão que Syl sobre os dois mundos, o da classe média americana, colegial e brilhante e o submundo escondido das bizarrices e estranhezas. E no final a aparente ordem torna-se o primeiro plano, o submundo é varrido, como se deixasse de existir e resta apenas o american dream, com os pássaros oníricos. O submundo é sempre escondido.
Parece que a qualquer momento algo vai explodir, mas nunca explode, e quando algo horrível acontece, nem parece uma explosão. [3] É exatamente isso.... è que as coisas no filme não acontecem explícitamente, na cara das pessoas, na tela. Elas acontecem dentro da casa, atrás das portas como sugere a câmera. E coisas impressionantes e temerosas acontecem e infelizmente porque não temos o contato visual com a AÇÃO elas parecem NADA. Tal constatação é tão humana e tão natural. A verdade é que essa maldade, que poderia acontecer na Alemanha ou no Brasil, no contexto certo, gera o nazismo. A narrativa é fantástica, tão verdadeira e convincente move um filme de sutilezas perfeitamente. Cenas inesquecíveis, pungentes e dolorosas. É um filme que leva tempo para ser digerido, mas quando acontece, as sensações visuais vêm a tona cheias de sentido. A inocencia, opressão e maldade, e a falta de discernimento estão muito bem representadas no filho do reverendo. E se não mos atentamos corremos o risco de ser condescentes com tudo isso exatamente como o pai que expulsa o professor que se aproxima dos fatos. Estou chocada com o filme até agora.
Propaganda do governo sobre alcolismo!!!! huahauahuah. verdade! A temática é recorrente e o filme não consegue surpreender ou inovar em nada. Nem para sensibilidade apela.
Não é a história de amor o melhor do filme. Mas a beleza está em como a personagem principal vai apreendendo a poesia, e como tudo no filme, especialmente a fotografia, vai encontrando as formas poéticas.
Ser humano, retratado de vários ângulos com o John Merric e especialmente como todas as pessoas interagem com o homem-elefante. O respeito às conveniências aparece em cada um dos personagens, como também a sensibilidade com John. Um filme para aprender sobre a dor do outro, me lembra demais o Frankenstein da mary Sheller, que era uma criatura horrorosa em meio aos perfeitos personagens romântico e cíclicos, criatura extremamente sensivel e bondosa. E solitária graças a sua aparência. Uma lição sobre as pessoas e o que elas realmente são. Vivem de sonho e não são formas.
Não achei o filme raso de maneira nenhuma. Num pequeno ciclo de personagens cujos "destinos" se entrelaçam, as falas de cada um e o ambiente revelam a solidão, incomunicabilidade. A impossibilidade de alcançar o outro apesar das buscas. A solidariedade surge como uma reposta para todos. É tão bonito que mesmo as cenas que deixaram a desejar foram desculpadas. É uma história do sofrimento humano e de pessoas que dividem o mesmo céu.
"Nessa cidade tão cheia de gente, ninguém sabe o que você sente, ninguém quer saber de ninguém"
Durante o filme eu tive todas as opiniões sobre ele: achei bonito, odiei, xinguei - o filme, achei covarde manipulando as fraquezas humanas sem proposito, achei incoerentes os personagens da Bjork (boa demais, senti ódio por essa bondade não-humana) e do David Morse (mau demais). Tudo isso até a cena final. Quando eu finalmente gostei do filme. Ele despertou em mim todas as emoções possíveis, e intensamente, coisa que não me lembro de ter acontecido desse jeito. Com o passar do tempo fui refletindo sobre o filme e gostando cada vez mais dele. E pra mim ficaram duas leituras: A de uma mulher cega que perdendo a visão vai descobrindo através dos sons uma nova relação com o mundo - muito bonita. Como também a crítica aos valores dos Estados Unidos - Seu representante da lei rouba uma mulher cega. Selma, que vem guardando o dinheiro juntado exaustivamente e com trabalhos exploradores para operar seu filho. É necessário que Selma mate Bill, pois assim somos convidados a ver o Estado condenar uma mulher de conduta impecável e nobre. Os jurados condenam uma comunista à morte por enforcamento. E é na cena final que vemos a ironia máxima num grande espetáculo. É num musical que Selma morre injustamente, covardemente. Num musical como nos que tanto amava, “já que nunca são tristes”, contraste entre as produções fantasiosas e os valores cruéis, oriundos do mesmo país. Todas aquelas pessoas assistindo a um enforcamento como se assistem a um filme (a mulher de Bill e outros estão lá). E é assim que as cortinas se fecham magistralmente. Por tudo isso não teria como não adicionar aos meus favoritos.
Que filme bonito! E o melhor nele é sua linguagem. As palavras dizem pouco dos personagens, mas cada elemento externo, ato e olhar diz pra gente sobre os sentimentos das crianças: a ausência , o isolamento, o encantamento pelo mundo de fora, o carinho e cuidado das crianças entre si. Cada cena vale ouro. Como a sequência do esmalte que a Juliana mencionou. Linguagem espetacular que consegue junto com a história alcançar uma delicadeza máxima.
Romances históricos são sempre muito delicados. Mesmo assim foi interessante a construção do filme na tentativa de justificar sua primeira fala: "a história é contada pelos vencedores". Contextualizando a história guerras e perseguições às bruxas, o filme demonstra como o mito é poderoso, já que condenamos Bathory por sua vaidade, mas não os guerreiros por suas lutas pelo poder. Eu lembro da cena em que o rei é comunicado sobre as mortes. Quando lhe dizem que as jovens eram torturadas e assassinadas, ele não se importa minimamente. O caso só lhe interessa quando encontra a possibilidade de se livrar das dívidas com a condessa, riquíssima e poderosa. Um filme com outra perspectiva da famosa condessa do sangue. Quem procura a sádica aqui vai se decepcionar um pouco. Obs.: como eu marco spoiler aqui???
Ao contrário de todos não curti as músicas (mais do mesmo). Mas me encantei com a história, com filme, achei muito verdadeiro e principalmente de um simplicidade cativante. Doce e terno.
A trilha sonora da Rachel Portman tornou-se um dos meus cd´s favoritos. DELICIOSO é a palavra desse filme em música, cenário, cores, fotografia. Prima pela simplicidade, pela humanidade e coerência de cada personagem. Elenco escolhido divinamente, a Juliette Binoche é tudo. Destaque total para o comentário do Filipe "Mostra como a vida é amarga através do drama pessoal de cada personagem (a mulher que apanha do marido, a avó impedida de ver o neto, etc) e de como um pequeno chocolate pode tornar a vida mais doce, ainda que por um breve momento." Por todo esse cuidado nos detalhes, nada pretencioso, é sempre o filme que eu penso em ver num dia enfadonho. Adoro!
Pegue alguns atores, enfie-os num galpão e faça um filme. Quem se arisca? hahaha. Tarantino além de tudo fez um filme movimentado e divertido. Se num filme desse "gênero" o assalto propriamente dito é o clímax da história, nessa aqui ele sequer aparece, é dispensável. Mas o melhor de tudo é o Mr. Pink. De onde vem e para onde irá? Passa totalmente despercebido por nós assim como para os personagens, ele é um grande X na questão, e faz todo um diferencial.
A Alegria de Emma
4.2 56A Emma é insondável, e muito fora dos padrões. É certamente uma daquelas heroínas, quase românticas apesar da simplicidade, que a gente admira mesmo sem querer. A sua força - um tanto inverossímil - é inspiradora, sensação reforçada pela naturalidade na composição do cenário no qual ela é o elemento principal. Os elementos abjetos presentes no filme (a sujeira da casa, as mãos de Max após depenar a galinha) se contrapõem àquelas imagens bonitas, como se contrapõem também a morte e a alegria, mas de um jeito em que esses elementos - contraditórios num primeiro olhar, coexistam sem causar estranhamento, fazendo com que a experiência de assistir o filme seja muito agradável.
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraCoppola nesse momento no programa do Jô!!!!
Deixa Ela Entrar
4.0 1,6KO vampiro é relacionado às sombras, ao escuro do humano, seus vícios, violência e crueldade. Esse filme é perverso.Naturalmente perverso,e doce, como um vampiro, como Eli que desperta a violência de Oskar em forma de vingança. Mas pra mim propõe uma questão: que sentimentos existem/podem existir na escuridão. Aqui não parecem indissociados e tanto crueldade como ternura coexistem.
Baarìa - A Porta do Vento
3.6 95"Mais uma prova de que Giuseppe Tornatore não sabe terminar filmes [Cinema Paradiso sofre do mesmo problema]." Meu coração, quando li, doeu demais!!!! Cinema Paradiso tem um final simplesmente PERFEITO. Portanto, me perdoe, mas...
Quem disse que o Tornatore não soube terminar Cinema Paradiso deve queimar no inferno eternamente. Grato. [5]
Bata na minha cara [3].
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraUm filme que fala sobre amor. Lidia e Marco, Benigno e Alícia, Marco e Benigno ... Um sentimento maior paira sobre os personagens do filme, é grande, intransponível. Indiscritivel, mas tem de ser falado. Tira a gente do mundo do esperado-comum-aceitável, faz pensar sobre os limites/não-limites do amor, certo e errado não se separam, apenas há o amor por cima disso. E o filme ainda é uma caixinha de surpresas, sempre alguma música, dança e o curta que vem enriquecer a obra. Mas das coisas que não me saem da cabeça é como o mundo tenta esconder da Alícia oq deveriam gritar para ela: como ela foi amada. Esse amor incomum, mas efetivo que lhe dedicaram. Enfim, é lindo e não tem fim.
Manequim
3.1 127 Assista AgoraSessão da Tarde!!!
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraPrimeiro tem o prólogo, onde se arranca beleza de cada detalhe trivial, da água, da penetração, do menino caindo como um floquinho de neve. É sublime, e disso todos gostamos. Distonando disso tudo tem o filme em si: simplesmente doentio, difícil de gostar pq nós somos conduzidos ao ser humano em extremo, à loucura, jogados no meio desse turbilhão de horror. A quetão é que o filme não é um amontoado de cenas, mas conduzido com maestria, bem construído, e gostando ou não, é genial. Agora, não se pode culpar quem vive bem com sua sanidade e saúde e não quer ser violentado por essa loucura. Eu bem não sei se foi o filme que mais odiei na minha vida, ou se o amei, mas nunca um filme foi tão intenso para mim, e não o filme propriamente, mas o depois, eu tive um medo absurdo da minha cabeça e do que eu sou capaz de pensar, um medo de mim, experimentei o maior medo, sem precisar perder um filho, ou entrar em depressão profunda. Portanto, acho que Von Trier conseguiu oq queria, só não tenho certeza que não o odeio por isso.
Veludo Azul
3.9 776 Assista Agora"É um mundo estranho".
A tensão entre querer desvendar o mistério e não querer que ele acabe nos conduz pelo filme.
Tenho a mesma impressão que Syl sobre os dois mundos, o da classe média americana, colegial e brilhante e o submundo escondido das bizarrices e estranhezas. E no final a aparente ordem torna-se o primeiro plano, o submundo é varrido, como se deixasse de existir e resta apenas o american dream, com os pássaros oníricos. O submundo é sempre escondido.
A Fita Branca
4.0 756 Assista AgoraParece que a qualquer momento algo vai explodir, mas nunca explode, e quando algo horrível acontece, nem parece uma explosão. [3]
É exatamente isso.... è que as coisas no filme não acontecem explícitamente, na cara das pessoas, na tela. Elas acontecem dentro da casa, atrás das portas como sugere a câmera. E coisas impressionantes e temerosas acontecem e infelizmente porque não temos o contato visual com a AÇÃO elas parecem NADA. Tal constatação é tão humana e tão natural. A verdade é que essa maldade, que poderia acontecer na Alemanha ou no Brasil, no contexto certo, gera o nazismo.
A narrativa é fantástica, tão verdadeira e convincente move um filme de sutilezas perfeitamente. Cenas inesquecíveis, pungentes e dolorosas. É um filme que leva tempo para ser digerido, mas quando acontece, as sensações visuais vêm a tona cheias de sentido. A inocencia, opressão e maldade, e a falta de discernimento estão muito bem representadas no filho do reverendo. E se não mos atentamos corremos o risco de ser condescentes com tudo isso exatamente como o pai que expulsa o professor que se aproxima dos fatos. Estou chocada com o filme até agora.
Um Novo Caminho
3.2 8Propaganda do governo sobre alcolismo!!!! huahauahuah. verdade!
A temática é recorrente e o filme não consegue surpreender ou inovar em nada. Nem para sensibilidade apela.
A Volta do Todo Poderoso
2.7 589 Assista Agora"A virgem de quarenta anos" .... É a única piada decente do filme!!!
Brilho de uma Paixão
3.7 383 Assista AgoraNão é a história de amor o melhor do filme. Mas a beleza está em como a personagem principal vai apreendendo a poesia, e como tudo no filme, especialmente a fotografia, vai encontrando as formas poéticas.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraFilme construído pela força dos personagens, diálogos ótimos. Bonito pela fotografia e os cenários. Encantador pela história simples e convincente.
O Homem Elefante
4.4 1,0K Assista AgoraSer humano, retratado de vários ângulos com o John Merric e especialmente como todas as pessoas interagem com o homem-elefante. O respeito às conveniências aparece em cada um dos personagens, como também a sensibilidade com John. Um filme para aprender sobre a dor do outro, me lembra demais o Frankenstein da mary Sheller, que era uma criatura horrorosa em meio aos perfeitos personagens romântico e cíclicos, criatura extremamente sensivel e bondosa. E solitária graças a sua aparência. Uma lição sobre as pessoas e o que elas realmente são. Vivem de sonho e não são formas.
O Signo da Cidade
3.3 129Não achei o filme raso de maneira nenhuma. Num pequeno ciclo de personagens cujos "destinos" se entrelaçam, as falas de cada um e o ambiente revelam a solidão, incomunicabilidade. A impossibilidade de alcançar o outro apesar das buscas. A solidariedade surge como uma reposta para todos. É tão bonito que mesmo as cenas que deixaram a desejar foram desculpadas. É uma história do sofrimento humano e de pessoas que dividem o mesmo céu.
"Nessa cidade tão cheia de gente, ninguém sabe o que você sente, ninguém quer saber de ninguém"
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista Agoraobs.: "a Selma diz "gosto de musicais pq nunca são tristes" ela precisa assistir esse =s " ... Estou rindo até agora Tássio!
SPOILER \/
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraDurante o filme eu tive todas as opiniões sobre ele: achei bonito, odiei, xinguei - o filme, achei covarde manipulando as fraquezas humanas sem proposito, achei incoerentes os personagens da Bjork (boa demais, senti ódio por essa bondade não-humana) e do David Morse (mau demais). Tudo isso até a cena final. Quando eu finalmente gostei do filme. Ele despertou em mim todas as emoções possíveis, e intensamente, coisa que não me lembro de ter acontecido desse jeito.
Com o passar do tempo fui refletindo sobre o filme e gostando cada vez mais dele.
E pra mim ficaram duas leituras: A de uma mulher cega que perdendo a visão vai descobrindo através dos sons uma nova relação com o mundo - muito bonita. Como também a crítica aos valores dos Estados Unidos - Seu representante da lei rouba uma mulher cega. Selma, que vem guardando o dinheiro juntado exaustivamente e com trabalhos exploradores para operar seu filho. É necessário que Selma mate Bill, pois assim somos convidados a ver o Estado condenar uma mulher de conduta impecável e nobre. Os jurados condenam uma comunista à morte por enforcamento. E é na cena final que vemos a ironia máxima num grande espetáculo. É num musical que Selma morre injustamente, covardemente. Num musical como nos que tanto amava, “já que nunca são tristes”, contraste entre as produções fantasiosas e os valores cruéis, oriundos do mesmo país.
Todas aquelas pessoas assistindo a um enforcamento como se assistem a um filme (a mulher de Bill e outros estão lá). E é assim que as cortinas se fecham magistralmente.
Por tudo isso não teria como não adicionar aos meus favoritos.
Ninguém Pode Saber
4.3 228Que filme bonito! E o melhor nele é sua linguagem. As palavras dizem pouco dos personagens, mas cada elemento externo, ato e olhar diz pra gente sobre os sentimentos das crianças: a ausência , o isolamento, o encantamento pelo mundo de fora, o carinho e cuidado das crianças entre si. Cada cena vale ouro. Como a sequência do esmalte que a Juliana mencionou. Linguagem espetacular que consegue junto com a história alcançar uma delicadeza máxima.
A Condessa
3.6 104Romances históricos são sempre muito delicados. Mesmo assim foi interessante a construção do filme na tentativa de justificar sua primeira fala: "a história é contada pelos vencedores". Contextualizando a história guerras e perseguições às bruxas, o filme demonstra como o mito é poderoso, já que condenamos Bathory por sua vaidade, mas não os guerreiros por suas lutas pelo poder. Eu lembro da cena em que o rei é comunicado sobre as mortes. Quando lhe dizem que as jovens eram torturadas e assassinadas, ele não se importa minimamente. O caso só lhe interessa quando encontra a possibilidade de se livrar das dívidas com a condessa, riquíssima e poderosa. Um filme com outra perspectiva da famosa condessa do sangue. Quem procura a sádica aqui vai se decepcionar um pouco.
Obs.: como eu marco spoiler aqui???
O Último Portal
3.2 461 Assista AgoraA temática me agrada, tem cenários bonitos e o final é bom. Mas as cenas são inverossímeis, e o filme não surpreende. Bem mediano.
Apenas Uma Vez
4.0 1,4K Assista AgoraAo contrário de todos não curti as músicas (mais do mesmo). Mas me encantei com a história, com filme, achei muito verdadeiro e principalmente de um simplicidade cativante. Doce e terno.
Chocolate
3.7 773A trilha sonora da Rachel Portman tornou-se um dos meus cd´s favoritos. DELICIOSO é a palavra desse filme em música, cenário, cores, fotografia. Prima pela simplicidade, pela humanidade e coerência de cada personagem. Elenco escolhido divinamente, a Juliette Binoche é tudo.
Destaque total para o comentário do Filipe "Mostra como a vida é amarga através do drama pessoal de cada personagem (a mulher que apanha do marido, a avó impedida de ver o neto, etc) e de como um pequeno chocolate pode tornar a vida mais doce, ainda que por um breve momento."
Por todo esse cuidado nos detalhes, nada pretencioso, é sempre o filme que eu penso em ver num dia enfadonho. Adoro!
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraPegue alguns atores, enfie-os num galpão e faça um filme. Quem se arisca? hahaha. Tarantino além de tudo fez um filme movimentado e divertido. Se num filme desse "gênero" o assalto propriamente dito é o clímax da história, nessa aqui ele sequer aparece, é dispensável. Mas o melhor de tudo é o Mr. Pink. De onde vem e para onde irá? Passa totalmente despercebido por nós assim como para os personagens, ele é um grande X na questão, e faz todo um diferencial.
Cidadão Kane
4.3 990 Assista AgoraExcelente crítica do filme: