@Fernando Rocha: "Zeitgeist pode ter erros e até mentiras, mas beeeem menos erros e mentiras que a religião e a sociedade atual têm."
HA, deixa eu ver se entendi: é legal mentir, desde que o objetivo seja derrubar outras mentiras já existentes? Isso é que é revolução de pensamento,rs.
Achei fraco demais. As informações contidas no documentário não são novas pra mim e acho que poderia ter sido feito de forma mais clara. Os discursos presentes no filme transbordam uma profundidade aparente mas, na verdade, são muito rasos. Quer dizer, os caras não vêem nada demais em encher o documentário de palavras "complicadas", afim de dar um fundo mais científico à coisa, mas esquecem de explicar em que momento especificamente da História a Economia deixou de ser econômica? Um adendozinho de 3 minutos falando sobre a Crematística grega seria o suficiente.
E a proposta de solução deles? Construir uma sociedade nova em um novo planeta? Bacana, mas, hey, e fazer o quê com essa, desse planeta? Tanto a Terra quanto as sociedades humanas estão exauridas, é verdade, mas isso é solução? "Ah, a porra tá inchando, vou sair daqui antes que exploda". Bizarro, muito bizarro.
Enfim, o filme deve ser bacana pra quem nunca parou pra se perguntar sobre a dinâmica da nossa sociedade. Mas pra quem já pensou sobre o assunto e aprofundou um pouco esse debate, meu conselho: não assista.
Não consigo me lembrar de um filme que consiga misturar ação, mistério e comédia com tamanha maestria. Simon Pegg e Nick Frost tem um entrosamento perfeito e o Edgar Wright é, deifnitivamente, um dos melhores diretores dos últimos anos.
O começo é bacaninha e fiquei empolgado pra ver o Jesse Stanford, já fazia uns anos que eu não via algum filme com ele, e a Elisha Cuthbert, que eu gosto pacas desde "The Girl Next Door"...mas decepcionei. O final é tocante, mas o resto dá vontade de dormir...
As traduções possíveis do título já são "empata foda", porquê tira metade da graça. Esse título então, benza Deus...mas vou assistir. É preciso muito esforço pra estragar algo baseado numa obra de Wilde :)
Gostei muito. A história, o humor, e, principalmente, o caráter um tanto quanto esterotípico do casal (um carinha nerd e meio alternativo e uma guria alternativa e meio nerd)fisgam o espectador pela identificação. Além disso, a trilha sonora é bacana e a fotografia é muito legal. Mas, putz, o que é essa Erika Mader? Menina feia e com uma atuação muito forçada. Fiquei até curioso de ver mais alguma coisa do Gregório Duvivier. Gostei da interpretação dele, mas acho que talvez fato dele contracenar com uma porta o filme todo pode me fazer supervalorizar a interpretação dele.
E, é, lembra um pouco o "Before the Sunrise", do Linklater, só que mais voltado ao público que elegeu como alvo - enquanto os personagens do Ethan Hawke e da Julie Delpy cativam e convencem pelo espírito jovial, Tom e Adriana cativam pelas suas idiossincrasias, que compartilham com a maior parte dos espectadores. E, desculpa, mas não vi nada de Annie Hall no filme; talvez um pouco do Woody Allen no Tom, no seu humor desastrado e sem jeito, mas só.
Mesmo sendo um fanboy da série de jogos, tenho que admitir que a primeira adaptação, apesar de ter "inventado" um pouco, foi um grande filme. Pena que a franquia desandou...
O filme é bacana, como disseram anteriormente: é só uma história de um casal, com amor, sexo e rock 'n roll. Não é uma obra prima, mas acabei de assisistí-lo pela terceira vez e percebi algo interessante: quanto mais velho eu fico, melhor me parecem as atuações desse filme. Deve ser a bagagem de experiências influenciando na hora de interpretar.
E a cena da última foda deles antes dela viajar me faz chorar, admito. Dá pra sentir a saudade antecipada, o arrependimento contido e a raiva dissimulada nos movimentos corporais e gemidos...mas se os indies dizem que é só um "pornô indie", quem sou eu pra discordar, não é mesmo?
Depois de ouvir toda a humanidade falar maravilhas do filme resolvi assistí-lo e não fiquei tão impressionado. O filme tem pontos fortes, fortíssimos, como a atuação do McDowell, cenas antológicas e fotografia exuberante, e eu gostei, mas não achei isso tudo.
A terceira parte do filme, por exemplo, em que o Alex é "curado" do seu instinto trangressor, me pareceu uma tentativa de apelar pra velha máxima do "aqui se faz, aqui se paga".
A crítica à sociedade japonesa é bacana...e só. O filme é chato e, na minha modesta opinião, a tentativa de "assustar e fazer pensar" não foi tão bem sucedida, pelo menos não como um todo. Me decepcionei.
O filme te prende durante todo o tempo, mas o final estraga a expectativa criada no decorrer da história - acho que o se o Travis morresse, seria muito mais bacana; vê-lo elevado à categoria de herói, sendo exaltado pelos tipos que despreza, quebra o caráter "santo revoltado" do personagem. O De Niro tá genial na pele do Travis, excelente atuação. A solidão e a revolta dele são quase palpáveis, impossível não compreender. Mas, no final das contas, achei o filme muito pretensioso. Aborda assuntos bacanas, mas de uma forma que não me agradou muito.
Três estrelas pela atuação do De Niro e pelo contexto histórico da produção: em 1976, depois da contracultura ter vencido a Guerra do Vietnam, lançarem um filme cujo personagem principal é reacionário,preconceituoso e revoltado até o talo, além de representar, até certo ponto, o crescente movimento punk, e ainda conseguir quatro indicações para os prêmios da hipócrita Academia de Cinema, é algo a ser respeitado.
Não conheço muito do Crowe, mas gostei das coisas que vi dele. Acho que qualquer ser humano dotado da capacidade de amar se identifica com as histórias, os personagens e, principalmente, as situações apresentadas em seus filmes.
E eu jurava que essa seria apenas mais uma comédia romântica que me faria sorrir e da qual eu me lembraria de forma doce. Mas a cena em que ela termina com ele no carro por medo de estragar sua carreira e desagradar seu pai me acertou com força, não pelas motivações, mas pela situação em si.
- Don't be a guy. There's plenty of guys out there. Be a man.
Fazia tempo que eu não via uma comédia com o Jim Carrey. Não me arrependi e é bom ver que o Jim ainda tem a mesma disposição pra comédia. Agora, vem cá: é impressão minha ou o Carl Allen é um Stanley Ypkis mais velho?
Fui com muito pouca expectativa pra ver esse filme: assisti o "Night of the Living Dead" de 68 e o "Dawn of the Dead" de 78 e, apesar de perceber claramente a evolução que ocorreu nos dez anos que separam os dois filmes - não apenas tecnólogica, mas principalmente conceitual -, nenhum deles me fez pirar o cabeção e pensei que o mesmo aconteceria em "Day of the Dead": um filme bacaninha de zumbis e nada mais.
No entanto, as reflexões acerca da civilidade, sua conveniência em momentos extremos, e, principalmente, a aceitação da premissa de uma "alma imortal", coisa aliás, que nunca simpatizei, tornam esse um dos melhores filmes de zumbi já feitos. E Bub é, de longe, o melhor zumbi de todos os tempos.
Adoro esse discurso de "se não gostou é porquê não entendeu" - deve funcionar perfeitamente nos mundos de um só habitante.
O filme tem algumas sacadas bem bacanas, como o lance da comunidade anarcossindicalista de camponeses, mas pouquíssimas delas me fizeram rir de fato - em 91 minutos de filme, eu dei, no máximo, umas cinco risadas. E, pra mim, uma comédia que não faz rir não é lá grande coisa, seja um filme do Monty Python, do Jim Carrey ou Didi Mocó.
Impossível assistir esse filme e não passar mal. E o que dói mais é saber que essa história, com algumas modificações, claro, se repete diariamente, ao redor do mundo.
O filme termina com a Summer casada com o primeiro homem que amou na vida - ou que, pelo menos, amou o suficiente para fazê-la abrir mão de seu discurso antiromântico. E o Tom aprende que o protagonista da vida dele tem que ser ele mesmo, que não adianta depositar suas esperanças de felicidade e autorealização nos relacionamento.
Em casos de adaptações de HQs para o cinema, é muito comum ver fanboys histéricos surtando após assistir ao filme, dizendo que a HQ é muito melhor que o filme. Bem, esse não é o caso de Scott Pilgrim.
Li a quase toda a HQ no primeiro semestre, com exceção do último volume, que foi publicado em Agosto, se não me engano, e pirei o cabeção. A epopéia do nerd do jovem Scott me atingiu como um soco no estômago, não apenas por se tratar de uma HQ com inúmeras referências ao mundo dos games, do rock e da cultura nerd em geral, mas por retratar o modelo de jovem ocidental que vem se tornando bem comum: vinte e poucos anos, nenhum emprego, mantido pelos pais, sem nenhuma perspectiva de vida e que se apega com toda a força que tem a pequenos detalhes de sua vida que permitam que ele não se encare como um adulto.
No caso de Scott, essa "Síndrome de Peter Pan" é exteriorizada com seu namoro com a Knives. No entanto, a consciência de que, apesar de não querer, a idade proporciona a ele uma visão um tanto quanto mais profunda que a dela faz com que um abismo suja entre eles, formado não apenas pelo fato dos dramas adolescentes de Knives não tocarem mais Scott, mas principalmente pelo surgimento de Ramona que, na prática, representa tudo que ele queria ser: ela tem um emprego, é descolada, mora só, é independente...é adulta. A luta contra os 7 ex-namorados significaria, então, muito mais do que uma história nos moldes dos games old school de "beat 'n walk"; ao derrotar os ex-namorados de Ramona, Scott não apenas passa de fase, ele adquire experiência enfrentando, acima de tudo, seus medos e inseguranças.
Achei que o filme deu à história uma dinâmica nova, principalmente nas cenas de luta. A fotografia, a trilha sonora, os efeitos visuais e sonoros, tudo ajudou a compor cenas que nem o mais fanático dos fanboys colocaria defeito. Eu, inclusive, pensei seriamente em colocar 5 estrelas na minha avaliação, mas não deu: o Michael Cera, apesar de nem estar tão fodido assim, quebra a vida do peão. Bem que o Jesse Eiselberg podia ter pego esse papel, né?
HA, acho um barato: se você não gosta de alguma coisa, é porquê não teve capacidade intelectual pra entender. Acho lindo esse mundo aonde existem "interpretações certas", pena que não vivo nele, rs.
Não gostei do filme como conjunto, apenas da fotografia e algumas cenas esporádicas.
Adorei absolutamente tudo no filme. A fotografia, as atuações, a trilha sonora...tudo. Ouvi/li algumas pessoas dizendo que o filme poderia abordar melhor a revolução que o facebook significou para as redes sociais. Meu conselho: assistam novamente. O filme faz muito mais.
A cena inicial, em que o Mark tem uma conversa completamente não-linear com sua namorada, abordando 3 assuntos ao mesmo tempo, assim como sua revolta após ser dispensado, me parece um retrato da minha geração, chamada carinhosamente de "geração y": nós, ao mesmo tempo que lemos algum artigo na wikipedia, ouvimos música, conversamos com alguém no msn, olhamos a vida alheia no facebook e tweetamos sobre algo que, muito provavelmente, não tem nada a ver com nenhuma dessas ações que estamos executando.
No caso do filme, isso fica claro na cena que o Mark está hackeando as páginas dos dormitórios de Harvard, escrevendo em seu blog e programando um site que compara as fotos das garotas desses dormitórios, tudo isso enquanto ignora de forma natural seu colega de quarto, que está sentado logo atrás dele, bêbado. A fala rápida do Zuckerberg só é, na verdade, um reflexo da sua mente doentia e genial, ele simplesmente não para de pensar e pensa em coisas desconexas o tempo todo. Dessa forma, a cena, alternando o tempo todo, mostrando as janelas abertas no PC do Zuckerbeg, as pessoas recebendo o seu recém-criado site e seu rosto atônito.
A falta de habilidade de Mark em manter sua única amizade verdadeira pode também ser encarada como uma generalização em cima de um comportamento comum dessa geração: enxergar apenas o mundo que gira ao redor do seu umbigo. A forma que Zuckerberg, por estar muito ocupado comprando a ambição expansionista que lhe foi ofertada por Parker, simplesmente não dá atenção quando Saverin lhe fala ao telefone que havia desistido do estágio em NY para ter mais tempo de correr atrás de anunciantes pode parecer original, mas só denuncia uma postura tão antiga quanto a própria humanidade: agir por conveniência. A diferença é o motivo: Zuckerberg e os outros bilhões de jovens que, de uma forma ou de outra, se encaixam no mesmo estereotipo, podem justificar seu egocentrismo alegando que suas relações pessoais são superficiais e virtuais por que esse é o único tipo de relação possível de ser mantido honestamente; não tem pudores para quebrar seus vínculos com as pessoas por quê eles não são constituídos por sentimentos e experiências, mas sim por bits.
No final das contas, através de uma narrativa contando a história do facebook, Fincher, Sorkin e Mezrich fazem um retrato dessa geração y com uma maestria de dar inveja a qualquer antropológo. O Zuckerberg do filme nada mais é do que um jovem que faz parte dessa geração que é inundada por informação o tempo todo e que faz desse negócio uma maneira de perpetuar um comportamente já comum à vida social de uma forma geral há alguns séculos - o de viver cada vez menos e ostentar cada vez mais.
Zeitgeist: Moving Forward
4.0 114@Fernando Rocha:
"Zeitgeist pode ter erros e até mentiras, mas beeeem menos erros e mentiras que a religião e a sociedade atual têm."
HA, deixa eu ver se entendi: é legal mentir, desde que o objetivo seja derrubar outras mentiras já existentes? Isso é que é revolução de pensamento,rs.
Zeitgeist: Moving Forward
4.0 114Achei fraco demais. As informações contidas no documentário não são novas pra mim e acho que poderia ter sido feito de forma mais clara. Os discursos presentes no filme transbordam uma profundidade aparente mas, na verdade, são muito rasos. Quer dizer, os caras não vêem nada demais em encher o documentário de palavras "complicadas", afim de dar um fundo mais científico à coisa, mas esquecem de explicar em que momento especificamente da História a Economia deixou de ser econômica? Um adendozinho de 3 minutos falando sobre a Crematística grega seria o suficiente.
E a proposta de solução deles? Construir uma sociedade nova em um novo planeta? Bacana, mas, hey, e fazer o quê com essa, desse planeta? Tanto a Terra quanto as sociedades humanas estão exauridas, é verdade, mas isso é solução? "Ah, a porra tá inchando, vou sair daqui antes que exploda". Bizarro, muito bizarro.
Enfim, o filme deve ser bacana pra quem nunca parou pra se perguntar sobre a dinâmica da nossa sociedade. Mas pra quem já pensou sobre o assunto e aprofundou um pouco esse debate, meu conselho: não assista.
Chumbo Grosso
3.9 532 Assista AgoraNão consigo me lembrar de um filme que consiga misturar ação, mistério e comédia com tamanha maestria. Simon Pegg e Nick Frost tem um entrosamento perfeito e o Edgar Wright é, deifnitivamente, um dos melhores diretores dos últimos anos.
</fanboy>
Ironias do Amor
3.6 714 Assista AgoraO começo é bacaninha e fiquei empolgado pra ver o Jesse Stanford, já fazia uns anos que eu não via algum filme com ele, e a Elisha Cuthbert, que eu gosto pacas desde "The Girl Next Door"...mas decepcionei. O final é tocante, mas o resto dá vontade de dormir...
Maria Antonieta
3.7 1,3K Assista AgoraDos que vi da Coppola, esse me pareceu o pior.
Armadilhas do Coração
3.0 57As traduções possíveis do título já são "empata foda", porquê tira metade da graça. Esse título então, benza Deus...mas vou assistir. É preciso muito esforço pra estragar algo baseado numa obra de Wilde :)
Apenas o Fim
3.7 1,1K Assista AgoraGostei muito. A história, o humor, e, principalmente, o caráter um tanto quanto esterotípico do casal (um carinha nerd e meio alternativo e uma guria alternativa e meio nerd)fisgam o espectador pela identificação. Além disso, a trilha sonora é bacana e a fotografia é muito legal. Mas, putz, o que é essa Erika Mader? Menina feia e com uma atuação muito forçada. Fiquei até curioso de ver mais alguma coisa do Gregório Duvivier. Gostei da interpretação dele, mas acho que talvez fato dele contracenar com uma porta o filme todo pode me fazer supervalorizar a interpretação dele.
E, é, lembra um pouco o "Before the Sunrise", do Linklater, só que mais voltado ao público que elegeu como alvo - enquanto os personagens do Ethan Hawke e da Julie Delpy cativam e convencem pelo espírito jovial, Tom e Adriana cativam pelas suas idiossincrasias, que compartilham com a maior parte dos espectadores. E, desculpa, mas não vi nada de Annie Hall no filme; talvez um pouco do Woody Allen no Tom, no seu humor desastrado e sem jeito, mas só.
Assistirei novamente :)
Resident Evil: O Hóspede Maldito
3.4 1,1K Assista AgoraMesmo sendo um fanboy da série de jogos, tenho que admitir que a primeira adaptação, apesar de ter "inventado" um pouco, foi um grande filme. Pena que a franquia desandou...
007: Cassino Royale
3.8 881 Assista AgoraDaniel Craig me fez gostar de James Bond.
Twister
3.1 615 Assista AgoraRapaz, eu ADORAVA esse filme quando era guri. HAHA, deu vontade de rever :)
Nove Canções
2.6 384O filme é bacana, como disseram anteriormente: é só uma história de um casal, com amor, sexo e rock 'n roll. Não é uma obra prima, mas acabei de assisistí-lo pela terceira vez e percebi algo interessante: quanto mais velho eu fico, melhor me parecem as atuações desse filme. Deve ser a bagagem de experiências influenciando na hora de interpretar.
E a cena da última foda deles antes dela viajar me faz chorar, admito. Dá pra sentir a saudade antecipada, o arrependimento contido e a raiva dissimulada nos movimentos corporais e gemidos...mas se os indies dizem que é só um "pornô indie", quem sou eu pra discordar, não é mesmo?
Laranja Mecânica
4.3 3,8K Assista AgoraDepois de ouvir toda a humanidade falar maravilhas do filme resolvi assistí-lo e não fiquei tão impressionado. O filme tem pontos fortes, fortíssimos, como a atuação do McDowell, cenas antológicas e fotografia exuberante, e eu gostei, mas não achei isso tudo.
A terceira parte do filme, por exemplo, em que o Alex é "curado" do seu instinto trangressor, me pareceu uma tentativa de apelar pra velha máxima do "aqui se faz, aqui se paga".
O Pacto
3.2 265A crítica à sociedade japonesa é bacana...e só. O filme é chato e, na minha modesta opinião, a tentativa de "assustar e fazer pensar" não foi tão bem sucedida, pelo menos não como um todo. Me decepcionei.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraO filme te prende durante todo o tempo, mas o final estraga a expectativa criada no decorrer da história - acho que o se o Travis morresse, seria muito mais bacana; vê-lo elevado à categoria de herói, sendo exaltado pelos tipos que despreza, quebra o caráter "santo revoltado" do personagem. O De Niro tá genial na pele do Travis, excelente atuação. A solidão e a revolta dele são quase palpáveis, impossível não compreender. Mas, no final das contas, achei o filme muito pretensioso. Aborda assuntos bacanas, mas de uma forma que não me agradou muito.
Três estrelas pela atuação do De Niro e pelo contexto histórico da produção: em 1976, depois da contracultura ter vencido a Guerra do Vietnam, lançarem um filme cujo personagem principal é reacionário,preconceituoso e revoltado até o talo, além de representar, até certo ponto, o crescente movimento punk, e ainda conseguir quatro indicações para os prêmios da hipócrita Academia de Cinema, é algo a ser respeitado.
Digam o Que Quiserem
3.7 352Não conheço muito do Crowe, mas gostei das coisas que vi dele. Acho que qualquer ser humano dotado da capacidade de amar se identifica com as histórias, os personagens e, principalmente, as situações apresentadas em seus filmes.
E eu jurava que essa seria apenas mais uma comédia romântica que me faria sorrir e da qual eu me lembraria de forma doce. Mas a cena em que ela termina com ele no carro por medo de estragar sua carreira e desagradar seu pai me acertou com força, não pelas motivações, mas pela situação em si.
- Don't be a guy. There's plenty of guys out there. Be a man.
Sim Senhor!
3.5 1,9K Assista AgoraFazia tempo que eu não via uma comédia com o Jim Carrey. Não me arrependi e é bom ver que o Jim ainda tem a mesma disposição pra comédia. Agora, vem cá: é impressão minha ou o Carl Allen é um Stanley Ypkis mais velho?
Dia dos Mortos
3.7 304 Assista AgoraFui com muito pouca expectativa pra ver esse filme: assisti o "Night of the Living Dead" de 68 e o "Dawn of the Dead" de 78 e, apesar de perceber claramente a evolução que ocorreu nos dez anos que separam os dois filmes - não apenas tecnólogica, mas principalmente conceitual -, nenhum deles me fez pirar o cabeção e pensei que o mesmo aconteceria em "Day of the Dead": um filme bacaninha de zumbis e nada mais.
No entanto, as reflexões acerca da civilidade, sua conveniência em momentos extremos, e, principalmente, a aceitação da premissa de uma "alma imortal", coisa aliás, que nunca simpatizei, tornam esse um dos melhores filmes de zumbi já feitos. E Bub é, de longe, o melhor zumbi de todos os tempos.
É, Romero é mestre mesmo.
Monty Python em Busca do Cálice Sagrado
4.2 741 Assista AgoraAdoro esse discurso de "se não gostou é porquê não entendeu" - deve funcionar perfeitamente nos mundos de um só habitante.
O filme tem algumas sacadas bem bacanas, como o lance da comunidade anarcossindicalista de camponeses, mas pouquíssimas delas me fizeram rir de fato - em 91 minutos de filme, eu dei, no máximo, umas cinco risadas. E, pra mim, uma comédia que não faz rir não é lá grande coisa, seja um filme do Monty Python, do Jim Carrey ou Didi Mocó.
Meninos Não Choram
4.2 1,4K Assista AgoraImpossível assistir esse filme e não passar mal. E o que dói mais é saber que essa história, com algumas modificações, claro, se repete diariamente, ao redor do mundo.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraO filme termina com a Summer casada com o primeiro homem que amou na vida - ou que, pelo menos, amou o suficiente para fazê-la abrir mão de seu discurso antiromântico. E o Tom aprende que o protagonista da vida dele tem que ser ele mesmo, que não adianta depositar suas esperanças de felicidade e autorealização nos relacionamento.
Isso não é um final feliz? Porquê, ao meu ver, é.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraEsse filme só me fez lembrar uma frase de um outro filme:
"Love is not a feeling, is an ability".
Scott Pilgrim Contra o Mundo
3.9 3,2K Assista AgoraEm casos de adaptações de HQs para o cinema, é muito comum ver fanboys histéricos surtando após assistir ao filme, dizendo que a HQ é muito melhor que o filme. Bem, esse não é o caso de Scott Pilgrim.
Li a quase toda a HQ no primeiro semestre, com exceção do último volume, que foi publicado em Agosto, se não me engano, e pirei o cabeção. A epopéia do nerd do jovem Scott me atingiu como um soco no estômago, não apenas por se tratar de uma HQ com inúmeras referências ao mundo dos games, do rock e da cultura nerd em geral, mas por retratar o modelo de jovem ocidental que vem se tornando bem comum: vinte e poucos anos, nenhum emprego, mantido pelos pais, sem nenhuma perspectiva de vida e que se apega com toda a força que tem a pequenos detalhes de sua vida que permitam que ele não se encare como um adulto.
No caso de Scott, essa "Síndrome de Peter Pan" é exteriorizada com seu namoro com a Knives. No entanto, a consciência de que, apesar de não querer, a idade proporciona a ele uma visão um tanto quanto mais profunda que a dela faz com que um abismo suja entre eles, formado não apenas pelo fato dos dramas adolescentes de Knives não tocarem mais Scott, mas principalmente pelo surgimento de Ramona que, na prática, representa tudo que ele queria ser: ela tem um emprego, é descolada, mora só, é independente...é adulta. A luta contra os 7 ex-namorados significaria, então, muito mais do que uma história nos moldes dos games old school de "beat 'n walk"; ao derrotar os ex-namorados de Ramona, Scott não apenas passa de fase, ele adquire experiência enfrentando, acima de tudo, seus medos e inseguranças.
Achei que o filme deu à história uma dinâmica nova, principalmente nas cenas de luta. A fotografia, a trilha sonora, os efeitos visuais e sonoros, tudo ajudou a compor cenas que nem o mais fanático dos fanboys colocaria defeito. Eu, inclusive, pensei seriamente em colocar 5 estrelas na minha avaliação, mas não deu: o Michael Cera, apesar de nem estar tão fodido assim, quebra a vida do peão. Bem que o Jesse Eiselberg podia ter pego esse papel, né?
Elefante
3.6 1,2K Assista AgoraHA, acho um barato: se você não gosta de alguma coisa, é porquê não teve capacidade intelectual pra entender. Acho lindo esse mundo aonde existem "interpretações certas", pena que não vivo nele, rs.
Não gostei do filme como conjunto, apenas da fotografia e algumas cenas esporádicas.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraAdorei absolutamente tudo no filme. A fotografia, as atuações, a trilha sonora...tudo. Ouvi/li algumas pessoas dizendo que o filme poderia abordar melhor a revolução que o facebook significou para as redes sociais. Meu conselho: assistam novamente. O filme faz muito mais.
A cena inicial, em que o Mark tem uma conversa completamente não-linear com sua namorada, abordando 3 assuntos ao mesmo tempo, assim como sua revolta após ser dispensado, me parece um retrato da minha geração, chamada carinhosamente de "geração y": nós, ao mesmo tempo que lemos algum artigo na wikipedia, ouvimos música, conversamos com alguém no msn, olhamos a vida alheia no facebook e tweetamos sobre algo que, muito provavelmente, não tem nada a ver com nenhuma dessas ações que estamos executando.
No caso do filme, isso fica claro na cena que o Mark está hackeando as páginas dos dormitórios de Harvard, escrevendo em seu blog e programando um site que compara as fotos das garotas desses dormitórios, tudo isso enquanto ignora de forma natural seu colega de quarto, que está sentado logo atrás dele, bêbado. A fala rápida do Zuckerberg só é, na verdade, um reflexo da sua mente doentia e genial, ele simplesmente não para de pensar e pensa em coisas desconexas o tempo todo. Dessa forma, a cena, alternando o tempo todo, mostrando as janelas abertas no PC do Zuckerbeg, as pessoas recebendo o seu recém-criado site e seu rosto atônito.
A falta de habilidade de Mark em manter sua única amizade verdadeira pode também ser encarada como uma generalização em cima de um comportamento comum dessa geração: enxergar apenas o mundo que gira ao redor do seu umbigo. A forma que Zuckerberg, por estar muito ocupado comprando a ambição expansionista que lhe foi ofertada por Parker, simplesmente não dá atenção quando Saverin lhe fala ao telefone que havia desistido do estágio em NY para ter mais tempo de correr atrás de anunciantes pode parecer original, mas só denuncia uma postura tão antiga quanto a própria humanidade: agir por conveniência. A diferença é o motivo: Zuckerberg e os outros bilhões de jovens que, de uma forma ou de outra, se encaixam no mesmo estereotipo, podem justificar seu egocentrismo alegando que suas relações pessoais são superficiais e virtuais por que esse é o único tipo de relação possível de ser mantido honestamente; não tem pudores para quebrar seus vínculos com as pessoas por quê eles não são constituídos por sentimentos e experiências, mas sim por bits.
No final das contas, através de uma narrativa contando a história do facebook, Fincher, Sorkin e Mezrich fazem um retrato dessa geração y com uma maestria de dar inveja a qualquer antropológo. O Zuckerberg do filme nada mais é do que um jovem que faz parte dessa geração que é inundada por informação o tempo todo e que faz desse negócio uma maneira de perpetuar um comportamente já comum à vida social de uma forma geral há alguns séculos - o de viver cada vez menos e ostentar cada vez mais.