Apesar de ter uma queda pelos filmes do gênero (especialmente os que tem a Drew Barrymore no elenco), não consegui gostar desse. É bacana por abordar certos compartamentos estereotipados que circulam os relacionamentos, mas a maneira como faz isso é simplesmente mais do mesmo. O esquema de vários personagens cujas histórias se cruzam é geralmente interessante, mas, nesse caso, impediu que certos personagens e histórias se desenvolvesse o suficiente para se tornaram interessantes, estragando um elenco que não tem nenhum gênio, mas que chama atenção e que podia render um bom filme. As personagens de Jennifer Connelly e Jennifer Aniston simplesmente me constrangem. Elas são capazes de coisa melhor fácil, fácil.
A finalidade de uma comédia é, acima de tudo, fazer rir. "O Jovem Frankstein" leva isso a sério e mantém o espectador rindo do começo ao fim. E concordo com o @Manoel: a cena da dança é um marco.
Tenho esse filme aqui em casa há quase dez anos. Tentei assistir quando tinha uns 14 anos e achei incrivelmente chato, tirei antes da metade. Resolvi dar uma segunda chance, cinco anos depois, e não me arrependi.
Otto Preminger conduz a história de uma forma que até o desfecho da história satisfaz, apesar de se insinuar para o espectador desde a segunda meia hora de filme. Como já disseram anteriormente, todas as atuações do filme são convicentes. Mas, além das excelentes argumentações no tribunal, das atuações convicentes e direção sem erros, há algo que coloca esse longa na lista de filmes que todos os seres humanos deveriam assistir: a trilha sonora de Duke Ellington. Ver o velhinho sentado na frente do piano me fez lacrimejar.
A bela história sobre relacionamentos humanos, crescimento e amadurecimento, que Daniel Clowes não conseguiu conduzir muito bem na graphic novel de mesmo nome, foi consertada de forma magistral por Terry Zwigoff, que conseguiu com que Scarlett Johanson tivesse a melhor atuação de sua carreira, na minha opinião.
A história de Enid, Rebecca e Seymour retrata personalidades forjadas pelo modelo de relacionamento falso e superficial tão comum na nossa sociedade, mesmo quando essas personalidades negam tal modelo. Se sentem desajustados, inconfortáveis e, diferente do que Clowes defende na HQ, não tendem a superar tais sensações: o desfecho reescrito por Zwigoff nos diz que as únicas saídas são o enquadramento conformista, a aceitação dissumulada ou a solidão agonizante.
Esse foi o segundo filme que assisti de Zwigoff e não hesito em dizer que se trata do diretor que melhor sabe abordar a solidão e desorientação que sofrem aqueles que não se identificam nem nunca se identificarão com os arquétipos de perfeição propagandeados exaustivamente pela sociedade do consumo principalmente na segunda metade do século XX.
Contando a história de um orfão abandonado pela mãe que acaba sendo adotado pelo amável vagabundo Carlitos, Chaplin fez um belo filme, engraçado e tocante na medida certa. A dupla Carlitos/John é muito fofa e acho que é impossível não ficar com um sorriso besta nas cenas de carinho entre pai e filho.
Não é o meu preferido do Chaplin, mas os pontos abordados pela história confirmam a tendência de Chaplin a ser um crítico de sua sociedade, fato que fica explícito na adoção de um vagabundo como protagonista de seus filmes, retratando, assim, a maior parte da população estadunidense das primeiras décadas do século passado, que já permitiam a previsão de um crise sócio-econômica nos EUA antes mesmo do crack da bola de Nova Iorque em 29. Em "O Garoto", assim como na maior parte dos seus filmes, a mensagem que ele deixa é que mesmo quando outras necessidades são negligenciadas, a necessidade de ser feliz é sempre uma emergência.
Primeiro filme que assisto do célebre Inspetor Clouseau e, por azar, é justamente aquele em que ele menos aparece, já que Peter Selers morreu antes das filmagens serem concluídas, obrigando o roteiro a ser reescrito. No entanto, as poucas cenas de Sellers são hilárias o suficiente para justificar a homenagem logo no começo do filme - "to Peter, the one and only Inspector Clouseau". Os momentos "flashback", quando cenas dos outros filmes da franquia são mostradas, me deixaram com vontade de assistir mais das aventuras do detetive mais famoso da França e, principalmente, da obra de Peter Sellers.
Achei o filme muito fraco. O começo é um pouco empolgante, mas o rumo que a história toma é meio sem sentido. Ao pintar a protagonista, uma estrela pornô, como uma pessoa como qualquer outra, com sua história de vida, seus problemas e suas ambições, o longa dá a entender que vai investir na quebra de preconceitos e estereotipos, mas depois pinta a prória Moon como inconsequente, aproveitando para demonizar a indústria pornográfica - apesar de situações análogas às que o filme descreve acontecerem em praticamente todos os tipos de emprego.
No mais, a impressão que dá é de algo mal feito. A história de "falar com a câmera" foi muito mal utilizada e acaba perdendo a utilidade ao longo do filme, assim como o estilo "reality show", que acaba sendo pouco utilizado, ao contrário do que o começo do filme sugere. A fotografia é legal, mas apenas em alguns momentos. No mais, a sensação que tenho é que disperdicei 104 minutos da minha vida.
Fotografia legal às vezes + atuação do James Woods = 1,5/5.
Só a atuação do Norton na pele do Sheldon Mopes, uma estrela dos programas infantis completamente vegan e íntegra, já vale a pena. Um dia ainda vou assistir esse filme logo após uma sessão de "American X", só pra ficar mais nítido o quão genial Edward Norton é. Não é o melhor filme do mundo, mas me faz rir horrores.
Comédia bem ao estilo do Smith mesmo: dois carinhas sem perspectiva alguma de vida que perdem suas namoradas devido a essa falta de rumo e arranjam algumas confusões para tê-las de volta. E, sim, as piadas são geniais, rs.
Assistir esse filme fez surgir uma puta saudade do Jay e do Silent Bob em mim. Acho que vou assistir de novo os filmes do Kevin Smith só pra vê-los, rs. Esses dois entraram pra história do cinema, ctz.
Ultimamente tenho sido surpreendido por filmes: assisto-os a contra gosto e, quando eles acabam, eu me sinto tentado a assistir de novo. "Beijos e Tiros" foi um desses. A narrativa despretensiosa me conquistou desde o começo. Não me empolguei tanto com as atuações, o Downey Jr. tá num daqueles papeis que sempre costuma pegar, de carinha descolado e esquisitão, mas o Val Kilmer dá show como Perry! No entanto, o que as atuações não proporcionaram no sentido de me encantar, a história, a dinâmica e, acima de tudo, as piadas fizeram. Vai pra minha lista de favoritos, com certeza.
Bacana a maneira como o filme passa de momentos cômicos para cenas mais pesadas, como a cena em que a mulher do ferreiro seduz o diretor da companhia teatral e, em seguida, vem a cena em que a peça é interrompida pela galera se autoflagelando, com um monge(?) à frente, que dispara julgamentos aleatórios a todos os presentes, alertando pra certeza da morte. A ambientação histórica é muito boa, creio que muito por parte da qualidade das interpretações - sem desmerecer o roteiro e o trabalho de pesquisa que ele demanda, claro.
No entanto, o que mais me fascinou foi a relação do contexto da história narrada com o seu contexto de produção e lançamento do filme: a história de Antonius Block se passa na Idade Média, num período em que a Peste Negra causava morte e, principalmente, medo em toda a Europa...e foi filmada no final da década de 50, quando a Europa se olhou no espelho após duas guerras mundiais e se viu perdida em meio ao pânico provocado pela eminência de um confronto bélico nuclear entre os EUA e a URSS, que se tornaria ainda maior na década seguinte.
Pra fim de conversa: me agradou, pretendo rever, mas não acho que seja metade do que dizem. A "simbologia de difícil interpretação", apontada por muitos...é legal, mas será que a interpretação é tão difícil assim mesmo? Vejo nisso um pouco de narcisismo intelectual, "sou intelectual, logo se eu entendi e achei legal é porquê é complexo".
Com uma história que vai além da tragédia do Dr. Kyoji Fujisaki, ao adaptar a peça do dramaturgo japonês Kazuo Kikuta, Kurosawa fala sobre culpa, dor, dedicação e desespero, mas sem esquecer da simultaneidade das vidas: enquanto Kyoji é corroído internamente pelos desejos que não pode satisfazer, seus pacientes fazem festa com a recuperação do garoto que sofria de apendicite. Se a qualidade de um filme depende em 50% da história por ele contada, "Shizukanaru ketto" é um dos melhores já feitos. E ainda conta com atuações primorosas, com destaque pra Toshiro Mifune, que consegue passar de forma sutil e honesta os sentimentos e as contradições que rondam a cabeça do jovem médico, e Kenjiro Uemura, que, encarna na pele do soldado Nakada não um estereótipo, mas um comportamento social que abarca diversos grupos, pautado principalmente na negligência e na incapacidade de admitir e lidar com seus erros.
Apesar de ter sido filmado há mais de 60 anos, é admirável notar como, mesmo em uma história que se passa em um contexto histórico-social muito especfíco (a guerra da Manchúria, que se desenvoveu em paralelo à Segunda Guerra Mundial e a relativa crise moral que se abateu nos países participantes, principalmente na China, aonde culminou no fim da Guerra Civil e na Revolução Comunista Chinesa), Kurosawa consegue trabalhar temas universais. E, perdoem-me o anacronismo, mas numa sociedade aonde os workaholics se proliferam em escala logarítmica, preenchendo o vazio de suas vidas com o trabalho, o Dr. Kyoji me parece muito atual e verossímil.
É, acho que preciso assistir mais filmes desse cara.
É, rapaz, meu problema com musicais ficou no passado mesmo. Assisti "Singing in the Rain" por desencargo de consciência, por se tratar de um clássico, e fiquei fascinado! O Kelly tá estupendo e sua sincronia com o Donaldo O'Connor e com a Debbie Reynolds é algo de outro mundo. Realmente, não é à toa que é apontado por muitos como o melhor musical já feito.
Assisti o filme de novo...e não achei tão bacana. Continuo achando uma boa refilmagem, mas o impacto do final é menor na segunda vez que se assiste, diferente do original que continua te deixando puto mesmo após o 78º replay.
Segundo o IMDb, Tom Savini tem outros quatro trabalhos como diretor, todos para a TV, com cerca de uma hora de duração, e está no momento trabalhando na direção de seu segundo longa, chamado "Theatre Bizarre", que tem estréia prevista para esse ano. Pela ótima direção em "Night of the Living Dead", eu tô empolgado pra ver esse outro longa, e pretendo procurar esses trabalhos dele pra TV.
Excelente refilmagem. Aliás, perdoem-me os ortodoxos, mas eu prefiro esse remake à versão original de 1968. O final do original é mais frustrante, mas o fim desse filme fica no mesmo nível, ao propor uma outra interpretação do fenômeno dos zumbis - interpretação essa que não é tão inovadora, pois já havia sido sugerida pelo próprio Romero em outros filmes, como "Dawn of the Dead" e "Day of the Dead", só que de maneira implícita, ao passo que o Savini faz isso de forma bem clara com aquela afirmação da Barbara: "They're us. And we are them".
Em outras palavras: qualquer fã de filmes de zumbi que se preze não pode deixar de ter esse em sua videoteca.
Eu tenho uma cisma pessoal e inexplicável com o Tarantino. Talvez por, no auge dos meus 12 anos, ter comprado todo o hype criado em torno de Kill Bill e assistido ao filme esperando o melhor filme do mundo. Então, bem, assisti o filme com os dois pés atrás.
A primeira parte do filme não me agradou em nada, pra ser sincero. As atuações me pareceram forçadas demais, e só abri dois sorrisinhos: quando o filho da puta do Tarantino aparece como Warren, e quando vi o Eli Roth. No mais, o tédio me dominou. Eu diria que se o filme fosse apenas a segunda parte, eu dava 4,5 estrelas fácil, mas entendo que a primeira é necessária pra mostrar que o Stuntman Mike é insano, pra criar um certo temor em torno do personagem. Mas, putz, a segunda parte é MUITO do caralho!
Logo no começo tem a Mary Wlizabeth Winstead vestida de cheerleader e a Rosario Dawnson no banco de traz de um Mustang GT amarelo com listras pretas. Que combinação! E ainda tem a cena da guria no capô do carro! Isso, claro, sem contar com a atuação da Tracy Thoms. Depois dessa, minha antipatia pelo Tarantino virou passado. Antes de assistir o filme eu dei uma olhada nos comentários aqui e fiquei meio cabreiro. "Como assim Kurt Russel toma uma surra?", pensei, cá com meu orgulho de fanboy do eterno Snake Plissken. Mas...QUE SURRA BEM DADA, VIU!
Então acho que depois de deixar minha antipatia pra trás, vou assistir mais filmes desse cara. Até que não é de todo ruim ú.ú
Assisti "Moulin Rouge!" mais por desencargo de consciência do que qualquer coisa...e me surpreendi. Não tanto pela história de amor, mas pelo conjunto. Satine e Christian formam, ao meu ver, um casal tão marcante quanto Rose e Jack, graças à atuação dos protagonistas - aliás, não só eles mandam bem, mas todo o elenco do filme. E a trilha sonora é deslumbrante, não tanto pela capacidade musical de Nicole Kidman e Ewan McGregor, mas pelas inovações bacanas promovidas nas releituras de grands hits da cultura pop, em especial para "Heroes" do Bowie, "Roxanne" do Police, "Your Song" do Elton John e, claro, "Like a Virgin" da Madonna. E o que é aquela cena do tango? Muito bom, mesmo. Quatro estrelas, e me reservo o direito de pagar mais pau da segunda vez que assistir.
Quem lê algo de Crumb não passa da terceira página sem se deparar com questionamento: esse cara é doente ou tá só fingindo? No documentário, Terry Zwigoff, amigo de longa data de Robert Crumb não enrola muito e mostra que sim, ele é doente.
Eu, particularmente, nunca gostei muito da obra do quadrinista estadunidense, mas sempre fiquei intrigado pela sua personalidade. Depois de ver o filme e levar em consideração algumas obras do cara, não há dúvidas: Robert Crumb só não teve o mesmo final de seus irmãos porquê encontrou na nona arte uma forma de expurgar seus demônios interiores. Demônios esses, aliás, que não são característica particular da família Crumb; foram, e são, produzidos em massa pela sociedade do consumo, da aparência e do estereótipo.
Apesar de não gostar da obra de Crumb, é quase impossível não gostar desse filme. A direção, a fotografia e a trilha sonora são bacanas, mas ocupam o seu lugar no segundo plano dessa obra, que pode até não explicar de verdade como funciona a mente perturbada de Robert Crumb, mas explica muito de como as tensões sociais podem levar um indivíduo à loucura. Recomendo com força.
O Outro Lado de Hollywood
4.3 77"Fernando Ralfer disse:
Por ser um documentário de 1995, soa um pouco datado, mas ainda sim é muito válido."
1º)Qual produção, seja ela cinematográfica ou não, não é datada?
2º)Por ser datada, a(s) obra(s) deixa de ser válida?
O Outro Lado de Hollywood
4.3 77Documentário muito bom. Bacana ver como a homossexualidade tem sido abordada no cinema desde o começo do século XX.
Ele Não Está Tão a Fim de Você
3.3 1,6K Assista AgoraPra não dizer que não falei das flores: é legal ver Justin Long interpretando um personagem não tão moleque :)
Ele Não Está Tão a Fim de Você
3.3 1,6K Assista AgoraApesar de ter uma queda pelos filmes do gênero (especialmente os que tem a Drew Barrymore no elenco), não consegui gostar desse. É bacana por abordar certos compartamentos estereotipados que circulam os relacionamentos, mas a maneira como faz isso é simplesmente mais do mesmo. O esquema de vários personagens cujas histórias se cruzam é geralmente interessante, mas, nesse caso, impediu que certos personagens e histórias se desenvolvesse o suficiente para se tornaram interessantes, estragando um elenco que não tem nenhum gênio, mas que chama atenção e que podia render um bom filme. As personagens de Jennifer Connelly e Jennifer Aniston simplesmente me constrangem. Elas são capazes de coisa melhor fácil, fácil.
Resumindo: filme (ruim) de sessão da tarde.
O Jovem Frankenstein
4.0 253A finalidade de uma comédia é, acima de tudo, fazer rir. "O Jovem Frankstein" leva isso a sério e mantém o espectador rindo do começo ao fim. E concordo com o @Manoel: a cena da dança é um marco.
Anatomia de um Crime
4.1 133 Assista AgoraTenho esse filme aqui em casa há quase dez anos. Tentei assistir quando tinha uns 14 anos e achei incrivelmente chato, tirei antes da metade. Resolvi dar uma segunda chance, cinco anos depois, e não me arrependi.
Otto Preminger conduz a história de uma forma que até o desfecho da história satisfaz, apesar de se insinuar para o espectador desde a segunda meia hora de filme. Como já disseram anteriormente, todas as atuações do filme são convicentes. Mas, além das excelentes argumentações no tribunal, das atuações convicentes e direção sem erros, há algo que coloca esse longa na lista de filmes que todos os seres humanos deveriam assistir: a trilha sonora de Duke Ellington. Ver o velhinho sentado na frente do piano me fez lacrimejar.
Ghost World: Aprendendo a Viver
3.7 540A bela história sobre relacionamentos humanos, crescimento e amadurecimento, que Daniel Clowes não conseguiu conduzir muito bem na graphic novel de mesmo nome, foi consertada de forma magistral por Terry Zwigoff, que conseguiu com que Scarlett Johanson tivesse a melhor atuação de sua carreira, na minha opinião.
A história de Enid, Rebecca e Seymour retrata personalidades forjadas pelo modelo de relacionamento falso e superficial tão comum na nossa sociedade, mesmo quando essas personalidades negam tal modelo. Se sentem desajustados, inconfortáveis e, diferente do que Clowes defende na HQ, não tendem a superar tais sensações: o desfecho reescrito por Zwigoff nos diz que as únicas saídas são o enquadramento conformista, a aceitação dissumulada ou a solidão agonizante.
Esse foi o segundo filme que assisti de Zwigoff e não hesito em dizer que se trata do diretor que melhor sabe abordar a solidão e desorientação que sofrem aqueles que não se identificam nem nunca se identificarão com os arquétipos de perfeição propagandeados exaustivamente pela sociedade do consumo principalmente na segunda metade do século XX.
O Garoto
4.5 584 Assista AgoraContando a história de um orfão abandonado pela mãe que acaba sendo adotado pelo amável vagabundo Carlitos, Chaplin fez um belo filme, engraçado e tocante na medida certa. A dupla Carlitos/John é muito fofa e acho que é impossível não ficar com um sorriso besta nas cenas de carinho entre pai e filho.
Não é o meu preferido do Chaplin, mas os pontos abordados pela história confirmam a tendência de Chaplin a ser um crítico de sua sociedade, fato que fica explícito na adoção de um vagabundo como protagonista de seus filmes, retratando, assim, a maior parte da população estadunidense das primeiras décadas do século passado, que já permitiam a previsão de um crise sócio-econômica nos EUA antes mesmo do crack da bola de Nova Iorque em 29. Em "O Garoto", assim como na maior parte dos seus filmes, a mensagem que ele deixa é que mesmo quando outras necessidades são negligenciadas, a necessidade de ser feliz é sempre uma emergência.
A Trilha da Pantera Cor de Rosa
3.3 12 Assista AgoraPrimeiro filme que assisto do célebre Inspetor Clouseau e, por azar, é justamente aquele em que ele menos aparece, já que Peter Selers morreu antes das filmagens serem concluídas, obrigando o roteiro a ser reescrito. No entanto, as poucas cenas de Sellers são hilárias o suficiente para justificar a homenagem logo no começo do filme - "to Peter, the one and only Inspector Clouseau". Os momentos "flashback", quando cenas dos outros filmes da franquia são mostradas, me deixaram com vontade de assistir mais das aventuras do detetive mais famoso da França e, principalmente, da obra de Peter Sellers.
Maiores de 18
2.6 39Achei o filme muito fraco. O começo é um pouco empolgante, mas o rumo que a história toma é meio sem sentido. Ao pintar a protagonista, uma estrela pornô, como uma pessoa como qualquer outra, com sua história de vida, seus problemas e suas ambições, o longa dá a entender que vai investir na quebra de preconceitos e estereotipos, mas depois pinta a prória Moon como inconsequente, aproveitando para demonizar a indústria pornográfica - apesar de situações análogas às que o filme descreve acontecerem em praticamente todos os tipos de emprego.
No mais, a impressão que dá é de algo mal feito. A história de "falar com a câmera" foi muito mal utilizada e acaba perdendo a utilidade ao longo do filme, assim como o estilo "reality show", que acaba sendo pouco utilizado, ao contrário do que o começo do filme sugere. A fotografia é legal, mas apenas em alguns momentos. No mais, a sensação que tenho é que disperdicei 104 minutos da minha vida.
Fotografia legal às vezes + atuação do James Woods = 1,5/5.
Morra, Smoochy, Morra
3.0 65 Assista AgoraSó a atuação do Norton na pele do Sheldon Mopes, uma estrela dos programas infantis completamente vegan e íntegra, já vale a pena. Um dia ainda vou assistir esse filme logo após uma sessão de "American X", só pra ficar mais nítido o quão genial Edward Norton é. Não é o melhor filme do mundo, mas me faz rir horrores.
- Nunca vi ninguém tomar um porre de suco de laranja.
- Ah, meu amigo, você nunca experimentou esse extrato de alfafa...
Barrados no Shopping
3.6 158 Assista AgoraComédia bem ao estilo do Smith mesmo: dois carinhas sem perspectiva alguma de vida que perdem suas namoradas devido a essa falta de rumo e arranjam algumas confusões para tê-las de volta. E, sim, as piadas são geniais, rs.
Assistir esse filme fez surgir uma puta saudade do Jay e do Silent Bob em mim. Acho que vou assistir de novo os filmes do Kevin Smith só pra vê-los, rs. Esses dois entraram pra história do cinema, ctz.
Beijos e Tiros
3.6 232 Assista AgoraUltimamente tenho sido surpreendido por filmes: assisto-os a contra gosto e, quando eles acabam, eu me sinto tentado a assistir de novo. "Beijos e Tiros" foi um desses. A narrativa despretensiosa me conquistou desde o começo. Não me empolguei tanto com as atuações, o Downey Jr. tá num daqueles papeis que sempre costuma pegar, de carinha descolado e esquisitão, mas o Val Kilmer dá show como Perry! No entanto, o que as atuações não proporcionaram no sentido de me encantar, a história, a dinâmica e, acima de tudo, as piadas fizeram. Vai pra minha lista de favoritos, com certeza.
O Sétimo Selo
4.4 1,0KGostei, mas nem tanto. Aborda temas muito interessantes, os diálogos são muito bons e as atuações me deixaram fascinado.
Bacana a maneira como o filme passa de momentos cômicos para cenas mais pesadas, como a cena em que a mulher do ferreiro seduz o diretor da companhia teatral e, em seguida, vem a cena em que a peça é interrompida pela galera se autoflagelando, com um monge(?) à frente, que dispara julgamentos aleatórios a todos os presentes, alertando pra certeza da morte. A ambientação histórica é muito boa, creio que muito por parte da qualidade das interpretações - sem desmerecer o roteiro e o trabalho de pesquisa que ele demanda, claro.
No entanto, o que mais me fascinou foi a relação do contexto da história narrada com o seu contexto de produção e lançamento do filme: a história de Antonius Block se passa na Idade Média, num período em que a Peste Negra causava morte e, principalmente, medo em toda a Europa...e foi filmada no final da década de 50, quando a Europa se olhou no espelho após duas guerras mundiais e se viu perdida em meio ao pânico provocado pela eminência de um confronto bélico nuclear entre os EUA e a URSS, que se tornaria ainda maior na década seguinte.
Pra fim de conversa: me agradou, pretendo rever, mas não acho que seja metade do que dizem. A "simbologia de difícil interpretação", apontada por muitos...é legal, mas será que a interpretação é tão difícil assim mesmo? Vejo nisso um pouco de narcisismo intelectual, "sou intelectual, logo se eu entendi e achei legal é porquê é complexo".
- Você não pára de questionar?
- Nunca vou parar.
Um Grande Garoto
3.5 372 Assista AgoraNão me canso de assistir esse filme. E toda vez que assisto vejo a mesma beleza, a mesma simplicidade e me sinto muito bem :)
A Luta Solitária
3.8 13 Assista AgoraCom uma história que vai além da tragédia do Dr. Kyoji Fujisaki, ao adaptar a peça do dramaturgo japonês Kazuo Kikuta, Kurosawa fala sobre culpa, dor, dedicação e desespero, mas sem esquecer da simultaneidade das vidas: enquanto Kyoji é corroído internamente pelos desejos que não pode satisfazer, seus pacientes fazem festa com a recuperação do garoto que sofria de apendicite. Se a qualidade de um filme depende em 50% da história por ele contada, "Shizukanaru ketto" é um dos melhores já feitos. E ainda conta com atuações primorosas, com destaque pra Toshiro Mifune, que consegue passar de forma sutil e honesta os sentimentos e as contradições que rondam a cabeça do jovem médico, e Kenjiro Uemura, que, encarna na pele do soldado Nakada não um estereótipo, mas um comportamento social que abarca diversos grupos, pautado principalmente na negligência e na incapacidade de admitir e lidar com seus erros.
Apesar de ter sido filmado há mais de 60 anos, é admirável notar como, mesmo em uma história que se passa em um contexto histórico-social muito especfíco (a guerra da Manchúria, que se desenvoveu em paralelo à Segunda Guerra Mundial e a relativa crise moral que se abateu nos países participantes, principalmente na China, aonde culminou no fim da Guerra Civil e na Revolução Comunista Chinesa), Kurosawa consegue trabalhar temas universais. E, perdoem-me o anacronismo, mas numa sociedade aonde os workaholics se proliferam em escala logarítmica, preenchendo o vazio de suas vidas com o trabalho, o Dr. Kyoji me parece muito atual e verossímil.
É, acho que preciso assistir mais filmes desse cara.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraÉ, rapaz, meu problema com musicais ficou no passado mesmo. Assisti "Singing in the Rain" por desencargo de consciência, por se tratar de um clássico, e fiquei fascinado! O Kelly tá estupendo e sua sincronia com o Donaldo O'Connor e com a Debbie Reynolds é algo de outro mundo. Realmente, não é à toa que é apontado por muitos como o melhor musical já feito.
A Noite dos Mortos-Vivos
3.6 373 Assista AgoraAssisti o filme de novo...e não achei tão bacana. Continuo achando uma boa refilmagem, mas o impacto do final é menor na segunda vez que se assiste, diferente do original que continua te deixando puto mesmo após o 78º replay.
Acho que a metáfora dos zumbis para o comportamento das pessoas vivendo em sociedade é mais bacana quando deixada implícita mesmo.
Procurando Nemo
4.2 1,9K Assista AgoraOxi, como assim eu não tinha favoritado esse filme ainda? Uma das melhores histórias já contadas, fato.
A Noite dos Mortos-Vivos
3.6 373 Assista AgoraSegundo o IMDb, Tom Savini tem outros quatro trabalhos como diretor, todos para a TV, com cerca de uma hora de duração, e está no momento trabalhando na direção de seu segundo longa, chamado "Theatre Bizarre", que tem estréia prevista para esse ano. Pela ótima direção em "Night of the Living Dead", eu tô empolgado pra ver esse outro longa, e pretendo procurar esses trabalhos dele pra TV.
</fanboy>
A Noite dos Mortos-Vivos
3.6 373 Assista AgoraExcelente refilmagem. Aliás, perdoem-me os ortodoxos, mas eu prefiro esse remake à versão original de 1968. O final do original é mais frustrante, mas o fim desse filme fica no mesmo nível, ao propor uma outra interpretação do fenômeno dos zumbis - interpretação essa que não é tão inovadora, pois já havia sido sugerida pelo próprio Romero em outros filmes, como "Dawn of the Dead" e "Day of the Dead", só que de maneira implícita, ao passo que o Savini faz isso de forma bem clara com aquela afirmação da Barbara: "They're us. And we are them".
Em outras palavras: qualquer fã de filmes de zumbi que se preze não pode deixar de ter esse em sua videoteca.
À Prova de Morte
3.9 2,0K Assista AgoraEu tenho uma cisma pessoal e inexplicável com o Tarantino. Talvez por, no auge dos meus 12 anos, ter comprado todo o hype criado em torno de Kill Bill e assistido ao filme esperando o melhor filme do mundo. Então, bem, assisti o filme com os dois pés atrás.
A primeira parte do filme não me agradou em nada, pra ser sincero. As atuações me pareceram forçadas demais, e só abri dois sorrisinhos: quando o filho da puta do Tarantino aparece como Warren, e quando vi o Eli Roth. No mais, o tédio me dominou. Eu diria que se o filme fosse apenas a segunda parte, eu dava 4,5 estrelas fácil, mas entendo que a primeira é necessária pra mostrar que o Stuntman Mike é insano, pra criar um certo temor em torno do personagem. Mas, putz, a segunda parte é MUITO do caralho!
Logo no começo tem a Mary Wlizabeth Winstead vestida de cheerleader e a Rosario Dawnson no banco de traz de um Mustang GT amarelo com listras pretas. Que combinação! E ainda tem a cena da guria no capô do carro! Isso, claro, sem contar com a atuação da Tracy Thoms. Depois dessa, minha antipatia pelo Tarantino virou passado. Antes de assistir o filme eu dei uma olhada nos comentários aqui e fiquei meio cabreiro. "Como assim Kurt Russel toma uma surra?", pensei, cá com meu orgulho de fanboy do eterno Snake Plissken. Mas...QUE SURRA BEM DADA, VIU!
Então acho que depois de deixar minha antipatia pra trás, vou assistir mais filmes desse cara. Até que não é de todo ruim ú.ú
Moulin Rouge: Amor em Vermelho
4.1 1,8K Assista AgoraAssisti "Moulin Rouge!" mais por desencargo de consciência do que qualquer coisa...e me surpreendi. Não tanto pela história de amor, mas pelo conjunto. Satine e Christian formam, ao meu ver, um casal tão marcante quanto Rose e Jack, graças à atuação dos protagonistas - aliás, não só eles mandam bem, mas todo o elenco do filme. E a trilha sonora é deslumbrante, não tanto pela capacidade musical de Nicole Kidman e Ewan McGregor, mas pelas inovações bacanas promovidas nas releituras de grands hits da cultura pop, em especial para "Heroes" do Bowie, "Roxanne" do Police, "Your Song" do Elton John e, claro, "Like a Virgin" da Madonna. E o que é aquela cena do tango? Muito bom, mesmo. Quatro estrelas, e me reservo o direito de pagar mais pau da segunda vez que assistir.
Crumb
4.3 66Quem lê algo de Crumb não passa da terceira página sem se deparar com questionamento: esse cara é doente ou tá só fingindo? No documentário, Terry Zwigoff, amigo de longa data de Robert Crumb não enrola muito e mostra que sim, ele é doente.
Eu, particularmente, nunca gostei muito da obra do quadrinista estadunidense, mas sempre fiquei intrigado pela sua personalidade. Depois de ver o filme e levar em consideração algumas obras do cara, não há dúvidas: Robert Crumb só não teve o mesmo final de seus irmãos porquê encontrou na nona arte uma forma de expurgar seus demônios interiores. Demônios esses, aliás, que não são característica particular da família Crumb; foram, e são, produzidos em massa pela sociedade do consumo, da aparência e do estereótipo.
Apesar de não gostar da obra de Crumb, é quase impossível não gostar desse filme. A direção, a fotografia e a trilha sonora são bacanas, mas ocupam o seu lugar no segundo plano dessa obra, que pode até não explicar de verdade como funciona a mente perturbada de Robert Crumb, mas explica muito de como as tensões sociais podem levar um indivíduo à loucura. Recomendo com força.