E não é que conseguiram fazer um filme ainda melhor que o primeiro? Quando o longa terminou, senti um pouco o fato de a história não ter se transformado numa série. Tanto o primeiro quanto este segundo filme, principalmente, dariam uma minissérie de 3 ou 4 episódios tranquilamente. Boa notícia (sem spoiler do final): todos os elementos para um novo filme estão postos aqui, após o desfecho dessa história que é tão, ou mais genial, que o primeiro roteiro. E, sim, vou fazer a egípcia para o Henry Cavill completamente desnecessário na história.
Pra quem, assim como eu, gosta das histórias da Jane Austen, posso dizer que a direção se esforçou absurdamente para entregar o mínimo. Persuasão passa longe de "Emma" ou do famoso "Orgulho e Preconceito" em termos de reviravoltas e tudo mais, o que faz da trama por si só meio parada. Mas, as sacadas da direção e a atuação da Dakota Johnson salvam o filme do marasmo total. Mesmo com todo o esforço, que inclusive lhe rendeu um belo trailer, não posso dar uma avaliação muito alta. Não seria justo.
Típico humor besteirol nacional, com poucos momentos risíveis. Mas, a direção e os atores se esforçam para entregar um filme que não faz a gente ter vontade de desistir (e nisso, pelo menos, eles conseguiram). Destaque para o Felipe Abib e para a Letícia Lima, maravilhosos em seus papéis. Daniel Rocha convence, mas é muito fraquinho.
Viola Davis impecável como sempre, num filmaço que tenta ser cult, mas acaba se tornando um blockbuster. A história impressionante das guerreiras africanas poderia ser mais profunda se Hollywood não quisesse apenas vender. Tem uma espécie de reviravolta muito grande no meio do filme, com uma sacada inteligente, mas facilmente descoberta. Penso que ele peca pelo tamanho. Achei longo demais. Destaque para a cativante personagem de Lashana Lynch. Izogie é a coadjuvante que a gente ama.
Não é o meu tipo de filme favorito, mas é muito inteligente. Não se deixe enganar pelo protagonismo do Tom Holland, pra mim ele é mais coadjuvante que todos os demais que aparecem no poster do filme. Recheado de ação, aventura e reviravoltas. Mas, como disse, não é o meu tipo de filme favorito e não me empolgou tanto assim.
Filmaço com Ben Affleck e Ana de Armas, embora eu reconheça que o Ben tem feito o mesmo tipo de papel desde Garota Exemplar. Esse drama/thriller psicológico (e com boas doses de erotismo) faz a gente se questionar sobre amor, cumplicidade, fidelidade, lealdade e valores inerentes aos relacionamentos conjugais (sobretudo aqueles duradouros). Até que ponto há amor; até que ponto há fachada; ou, pior ainda, até que ponto há um pouco de um, e um pouco do outro? Muito bom.
Um filme de animação pouco óbvio e que, por isso mesmo, é tão genial. Desde a representatividade da protagonista, que reside no fato de ela ser negra, incluindo a criatura fofinha (um mote de filmes de animação que sempre encanta os telespectadores, recurso muito utilizado pela Disney/Pixar/DreamWorks) e a não tão fofinha assim. A história te envolve e é recheada de ação e aventura. Um primor de direção. Muito bem acabado. Realmente eu gostei muito.
Eu acho que em primeiro lugar devemos sempre exaltar a genialidade do senhor Renato Manfredini Júnior, vulgo Renato Russo, porque afinal de contas ter dois filmes produzidos usando letras das suas músicas como argumento para o desenvolvimento de roteiros é algo para poucos.
Tal como me ocorreu em "Faroeste Caboclo" é importante sempre reverenciar o fato de que a Legião Urbana integra o imaginário cultural e agrega à identidade brasiliense. Podemos sentir isso ao longo das tomadas em locações belíssimas da capital federal que é onde a história se desenvolve.
Para um filme que conta a história de um casal apaixonado os destaques são totalmente voltados para as atuações da Alice Braga e do Gabriel Leone. Os dois tem muita química juntos e passam o "carisma tímido" das personagens sem que isso recaia em algo insosso ou que nos faça torcer o nariz para um ou para o outro. A beleza de Eduardo e Mônica (e isso vale também para a música) está nos detalhes.
E como não poderia deixar de ser em uma balada romântica escrita e ambientada em Brasília, a discussão política está presente de uma maneira séria, mas ao mesmo tempo leve e inteligente.
É um bom filme desde que você não vá com as expectativas altas demais. O trailer vende super bem a proposta, mas não vá achando que você estará diante de uma obra magnífica cheia de easter eggs ou que segue cronologicamente o que está escrito na música.
O roteiro tem uma dinâmica própria que permite inclusive nos aprofundarmos mais na vida dos dois protagonistas com direito, inclusive, a mini-histórias paralelas.
É cobra comendo cobra na sempre chuvosa Gotham City. Trata-se de uma trama em espécie de "efeito dominó" genuinamente inteligente. O filme é tão bom que tem histórias paralelas igualmente envolventes à trama principal. Roteiro excelente.
Um thriller/suspense da melhor qualidade e um Batman genuinamente adulto e com todos os dramas controversos do personagem bem explorados à máxima potência. Afinal, não é por acaso que ele leva a alcunha de "vingança" - e a trama explica bem esse apelido. É um filme cru até demais que não faz questão de esconder equívocos - algo difícil de engolir no caso de um herói de histórias em quadrinhos. É uma ode à maldade humana e ao desafio de enfrentá-la com seus trancos e barrancos.
Esse filme capta elementos contemporâneos com uma maestria típica dos filmes do homem morcego. Apenas os filmes do Batman, com seus personagens psicologicamente profundos - loucos mesmo - conseguem criar essa atmosfera de distopia genuína, já que o nosso salvador é apenas um cara rico numa cidade grande que não tem nenhum super poder além da intuição (e da grana). É um herói que precisa de ajuda, e isso nos aproxima muito dele.
Alguns detalhes precisam ser exaltados: a cena da perseguição é simplesmente uma das melhores e mais convincentes que eu já assisti nesse tipo de longa que é sempre tão inverossímil. É uma tomada visceral, mas acaba se tornando só um bom detalhe diante de tudo aquilo que ainda estaria por vir.
Sobre interpretações: a atuação do Colin Farrell, meus amigos, é digna de um Oscar. E a equipe que trabalhou na caracterização dele merece ser premiada igualmente. E eu simplesmente amei o Robert Pattinson como Bruce Wayne e vou passar quantos quilos de pano forem necessários. Ele foi a escolha perfeita para um herói que exige mais lógica e menos músculos - embora ele também os tenha e quantidade mais que suficiente.
Desde o primeiro filme ficou claro que a história do pouco carismático Newt Scamander e sua turma de nomes esquecíveis não era suficientemente interessante para a construção de uma saga tal qual ocorreu a Harry Potter. Os filmes vem numa escala descendente de qualidade e relevância.
Particularmente nunca gostei da direção do David Yates. Os melhores filmes de Harry Potter, aliás, passaram bem longe do comando dele por trás das câmeras - ao contrário dos controversos "Harry Potter e a Ordem da Fênix" e "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", alvos de reclamações frequentes dos fãs. Jogo a culpa de muitos defeitos dos filmes dessa saga nas costas do diretor, que adora tomadas escuras e baixa agilidade na trama.
Mas, apesar de decepcionante no sentido "macro" alguns pequenos detalhes ainda encantam. O filme em geral consegue ser um pouco - mas não muito - melhor que 'Os Crimes de Grindelwald', mas na real mesmo toda a série é bem mediana, já que até o carisma do Jacob Kowalski conseguiram matar.
Essa franquia está me fazendo criar ranço do Dumbledore. Um personagem sabidamente controverso, mas cuja personalidade de fazer merda e colocar outras pessoas para limpar - Newt e Harry, respectivamente - segue sendo forte. Quais eram "os segredos" que dão nome ao filme, afinal? O fato de não aceitarem a sua sexualidade? A Ariana morreu por isso? Putz mana, o auge, já que pelo visto a promessa de expor mais detalhes do affair gay entre ele e o Grindelwald ficou restrito a algumas frases somente.
Vamos aos pontos positivos: o Grindelwald parece ter sido feito para o Mads Mikkelsen, que está muito bem no papel e, sobretudo para nós brasileiros, a Maria Fernanda Cândido fez uma ponta de luxo convincente dentro do ínfimo espaço reservado à Vicência Santos.
Desses 3,5 pelo menos 0,5 ponto eu dei por pura relação afetiva.
A produção é de centavos, né? O pior é que eu nem julgo os efeitos especiais de um filme com mais de 50 anos, mas tem umas cenas cujas interpretações são extremamente sofríveis. O roteiro no geral é bem bom e tem todos os elementos de um filme de ação e de espionagem de alta qualidade. Acredito que deve ter passado para o telespectador a mesma impressão que nós temos nos filmes atuais da franquia.
Evidentemente o destaque é todo do Sean Connery. Nem teria como ser diferente. O papel cai como uma luva para ele. Vou assistir todos os filmes recém disponibilizados na Amazon para tirar mais conclusões.
Um bom filme com uma alta carga dramática. Direção sem grandes malabarismos e que conseguiu exprimir o roteiro de forma correta, sem exageros. A atuação do Mads Mikkelsen dispensa comentários.
O que mais me chamou a atenção é a forma como a questão principal foi abordada, mas mais do que isso: a forma como uma sociedade contemporânea não-latina trata questões sexuais. Na cena que antecede a denúncia da menina em si, há elementos sutis de "confusão psicológica"/prematuridade afetiva, mas mesmo assim ninguém fez um escândalo ou tomou atitudes que seriam naturais para nós brasileiros, por exemplo.
É claro que o problema vira uma bola de neve para o Lucas depois, mas eu fiquei muito pensativo sobre como a educação e a forma de enxergar o mundo nesses locais são diferentes da nossa.
Confesso que eu gostei mais do primeiro filme, mas esse também é muito bom. É o tipo de entretenimento inocente que faz falta nos dias de hoje. O universo de Maurício de Sousa é riquíssimo e genuinamente brasileiro. Interessante foi ver algumas coisas que nunca vimos nos gibis acontecerem nesse filme. Muito legal também explorarem a turma da Tina. Recomendo.
Eu tenho um certo problema com musicais, mas esse é bom. O Ryan Gosling e a Emma Stone tem química, não há como negar, e estão extremamente imersos em seus respectivos papéis que nos convencem facilmente de suas personalidades. As músicas... Bem... Existem músicas boas (destaco a primeira, que abre o filme) e não tão boas assim, mas não chega a ser cansativo. A ideia de dividir o filme em estações do ano dá uma noção interessante do enredo e tem impacto direto nas canções, também. Eu vi algumas (muitas) referências - Fred Astaire e Gene Kelly - mas mesmo assim, eu entendo (porque já havia visto antes) a razão pela qual a Academia preferiu 'Moonlight'. Esse musical é bom, mas ainda passa alguma coisa quase que de superficial no roteiro. Ele é... Just OK, o que para um musical significa que valeu a pena.
Almodóvar não faz filme ruim. Eu adoro como os filmes são dirigidos com cor e intensidade em diálogos e em posicionamentos. O roteiro se torna óbvio em determinada altura, mas talvez isso aconteça porque nós tivemos casos semelhantes, muito famosos, semelhantes àquele que é fio condutor do longa. Mais um ótimo trabalho do diretor espanhol.
Eu sou novo na saga, então não consigo dimensionar direito o hate que os fãs tem sobre esse filme, mas pra mim ele contém todos os elementos dos outros dois que eu assisti. O enredo é bem redondinho (um pouco enfadonha a parte da corrida, mas faz parte).
Eu amo filmes com estética noir, e é incrível como o diretor conseguiu desenrolar uma história envolvente e excitante em pouquíssimos cenários. Na guerra, o bar de Rick era como a Suíça. Uma das minhas cenas favoritas desse clássico é a execução dos hinos.
Para a época, é um filme moderníssimo. Trata-se tão somente de um folhetim com começo, meio e um excelente fim. É um daqueles filmes que tem ápice, embora não passe por nenhum momento de apatia.
Eu gostei bastante, sobretudo por se tratar de uma história real. As locações são lindíssimas, as interpretações muito mais que convincentes.
Curioso perceber que histórias como a que foi retratada nesse filme são mais comuns do que se imagina. Quem mora em algum lugar no interior do Brasil (sobretudo em cidades históricas) já deve ter se deparado com amores impossíveis em que é necessário fugir para se viver esse sentimento.
E, vamos combinar, Patrícia Pillar e Glória Pires estavam tão bem servidas que saíram no lucro ao gravar esse longa com dois homens lindíssimos. rs
Enola Holmes 2
3.6 208E não é que conseguiram fazer um filme ainda melhor que o primeiro? Quando o longa terminou, senti um pouco o fato de a história não ter se transformado numa série. Tanto o primeiro quanto este segundo filme, principalmente, dariam uma minissérie de 3 ou 4 episódios tranquilamente. Boa notícia (sem spoiler do final): todos os elementos para um novo filme estão postos aqui, após o desfecho dessa história que é tão, ou mais genial, que o primeiro roteiro. E, sim, vou fazer a egípcia para o Henry Cavill completamente desnecessário na história.
Persuasão
2.7 182 Assista AgoraPra quem, assim como eu, gosta das histórias da Jane Austen, posso dizer que a direção se esforçou absurdamente para entregar o mínimo. Persuasão passa longe de "Emma" ou do famoso "Orgulho e Preconceito" em termos de reviravoltas e tudo mais, o que faz da trama por si só meio parada. Mas, as sacadas da direção e a atuação da Dakota Johnson salvam o filme do marasmo total. Mesmo com todo o esforço, que inclusive lhe rendeu um belo trailer, não posso dar uma avaliação muito alta. Não seria justo.
Quem Vai Ficar Com Mário?
2.6 135 Assista AgoraTípico humor besteirol nacional, com poucos momentos risíveis. Mas, a direção e os atores se esforçam para entregar um filme que não faz a gente ter vontade de desistir (e nisso, pelo menos, eles conseguiram). Destaque para o Felipe Abib e para a Letícia Lima, maravilhosos em seus papéis. Daniel Rocha convence, mas é muito fraquinho.
A Mulher Rei
4.1 486 Assista AgoraViola Davis impecável como sempre, num filmaço que tenta ser cult, mas acaba se tornando um blockbuster. A história impressionante das guerreiras africanas poderia ser mais profunda se Hollywood não quisesse apenas vender. Tem uma espécie de reviravolta muito grande no meio do filme, com uma sacada inteligente, mas facilmente descoberta. Penso que ele peca pelo tamanho. Achei longo demais. Destaque para a cativante personagem de Lashana Lynch. Izogie é a coadjuvante que a gente ama.
Uncharted: Fora do Mapa
3.1 449 Assista AgoraNão é o meu tipo de filme favorito, mas é muito inteligente. Não se deixe enganar pelo protagonismo do Tom Holland, pra mim ele é mais coadjuvante que todos os demais que aparecem no poster do filme. Recheado de ação, aventura e reviravoltas. Mas, como disse, não é o meu tipo de filme favorito e não me empolgou tanto assim.
Águas Profundas
2.5 362 Assista AgoraFilmaço com Ben Affleck e Ana de Armas, embora eu reconheça que o Ben tem feito o mesmo tipo de papel desde Garota Exemplar. Esse drama/thriller psicológico (e com boas doses de erotismo) faz a gente se questionar sobre amor, cumplicidade, fidelidade, lealdade e valores inerentes aos relacionamentos conjugais (sobretudo aqueles duradouros). Até que ponto há amor; até que ponto há fachada; ou, pior ainda, até que ponto há um pouco de um, e um pouco do outro? Muito bom.
A Fera do Mar
3.7 237 Assista AgoraUm filme de animação pouco óbvio e que, por isso mesmo, é tão genial. Desde a representatividade da protagonista, que reside no fato de ela ser negra, incluindo a criatura fofinha (um mote de filmes de animação que sempre encanta os telespectadores, recurso muito utilizado pela Disney/Pixar/DreamWorks) e a não tão fofinha assim. A história te envolve e é recheada de ação e aventura. Um primor de direção. Muito bem acabado. Realmente eu gostei muito.
Eduardo e Mônica
3.6 366Eu acho que em primeiro lugar devemos sempre exaltar a genialidade do senhor Renato Manfredini Júnior, vulgo Renato Russo, porque afinal de contas ter dois filmes produzidos usando letras das suas músicas como argumento para o desenvolvimento de roteiros é algo para poucos.
Tal como me ocorreu em "Faroeste Caboclo" é importante sempre reverenciar o fato de que a Legião Urbana integra o imaginário cultural e agrega à identidade brasiliense. Podemos sentir isso ao longo das tomadas em locações belíssimas da capital federal que é onde a história se desenvolve.
Para um filme que conta a história de um casal apaixonado os destaques são totalmente voltados para as atuações da Alice Braga e do Gabriel Leone. Os dois tem muita química juntos e passam o "carisma tímido" das personagens sem que isso recaia em algo insosso ou que nos faça torcer o nariz para um ou para o outro. A beleza de Eduardo e Mônica (e isso vale também para a música) está nos detalhes.
E como não poderia deixar de ser em uma balada romântica escrita e ambientada em Brasília, a discussão política está presente de uma maneira séria, mas ao mesmo tempo leve e inteligente.
É um bom filme desde que você não vá com as expectativas altas demais. O trailer vende super bem a proposta, mas não vá achando que você estará diante de uma obra magnífica cheia de easter eggs ou que segue cronologicamente o que está escrito na música.
O roteiro tem uma dinâmica própria que permite inclusive nos aprofundarmos mais na vida dos dois protagonistas com direito, inclusive, a mini-histórias paralelas.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraÉ cobra comendo cobra na sempre chuvosa Gotham City. Trata-se de uma trama em espécie de "efeito dominó" genuinamente inteligente. O filme é tão bom que tem histórias paralelas igualmente envolventes à trama principal. Roteiro excelente.
Um thriller/suspense da melhor qualidade e um Batman genuinamente adulto e com todos os dramas controversos do personagem bem explorados à máxima potência. Afinal, não é por acaso que ele leva a alcunha de "vingança" - e a trama explica bem esse apelido. É um filme cru até demais que não faz questão de esconder equívocos - algo difícil de engolir no caso de um herói de histórias em quadrinhos. É uma ode à maldade humana e ao desafio de enfrentá-la com seus trancos e barrancos.
Esse filme capta elementos contemporâneos com uma maestria típica dos filmes do homem morcego. Apenas os filmes do Batman, com seus personagens psicologicamente profundos - loucos mesmo - conseguem criar essa atmosfera de distopia genuína, já que o nosso salvador é apenas um cara rico numa cidade grande que não tem nenhum super poder além da intuição (e da grana). É um herói que precisa de ajuda, e isso nos aproxima muito dele.
Alguns detalhes precisam ser exaltados: a cena da perseguição é simplesmente uma das melhores e mais convincentes que eu já assisti nesse tipo de longa que é sempre tão inverossímil. É uma tomada visceral, mas acaba se tornando só um bom detalhe diante de tudo aquilo que ainda estaria por vir.
Sobre interpretações: a atuação do Colin Farrell, meus amigos, é digna de um Oscar. E a equipe que trabalhou na caracterização dele merece ser premiada igualmente. E eu simplesmente amei o Robert Pattinson como Bruce Wayne e vou passar quantos quilos de pano forem necessários. Ele foi a escolha perfeita para um herói que exige mais lógica e menos músculos - embora ele também os tenha e quantidade mais que suficiente.
Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore
3.3 570Desde o primeiro filme ficou claro que a história do pouco carismático Newt Scamander e sua turma de nomes esquecíveis não era suficientemente interessante para a construção de uma saga tal qual ocorreu a Harry Potter. Os filmes vem numa escala descendente de qualidade e relevância.
Particularmente nunca gostei da direção do David Yates. Os melhores filmes de Harry Potter, aliás, passaram bem longe do comando dele por trás das câmeras - ao contrário dos controversos "Harry Potter e a Ordem da Fênix" e "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", alvos de reclamações frequentes dos fãs. Jogo a culpa de muitos defeitos dos filmes dessa saga nas costas do diretor, que adora tomadas escuras e baixa agilidade na trama.
Mas, apesar de decepcionante no sentido "macro" alguns pequenos detalhes ainda encantam. O filme em geral consegue ser um pouco - mas não muito - melhor que 'Os Crimes de Grindelwald', mas na real mesmo toda a série é bem mediana, já que até o carisma do Jacob Kowalski conseguiram matar.
Essa franquia está me fazendo criar ranço do Dumbledore. Um personagem sabidamente controverso, mas cuja personalidade de fazer merda e colocar outras pessoas para limpar - Newt e Harry, respectivamente - segue sendo forte. Quais eram "os segredos" que dão nome ao filme, afinal? O fato de não aceitarem a sua sexualidade? A Ariana morreu por isso? Putz mana, o auge, já que pelo visto a promessa de expor mais detalhes do affair gay entre ele e o Grindelwald ficou restrito a algumas frases somente.
Vamos aos pontos positivos: o Grindelwald parece ter sido feito para o Mads Mikkelsen, que está muito bem no papel e, sobretudo para nós brasileiros, a Maria Fernanda Cândido fez uma ponta de luxo convincente dentro do ínfimo espaço reservado à Vicência Santos.
Desses 3,5 pelo menos 0,5 ponto eu dei por pura relação afetiva.
007 Contra o Satânico Dr. No
3.7 293 Assista AgoraA produção é de centavos, né? O pior é que eu nem julgo os efeitos especiais de um filme com mais de 50 anos, mas tem umas cenas cujas interpretações são extremamente sofríveis. O roteiro no geral é bem bom e tem todos os elementos de um filme de ação e de espionagem de alta qualidade. Acredito que deve ter passado para o telespectador a mesma impressão que nós temos nos filmes atuais da franquia.
Evidentemente o destaque é todo do Sean Connery. Nem teria como ser diferente. O papel cai como uma luva para ele. Vou assistir todos os filmes recém disponibilizados na Amazon para tirar mais conclusões.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraUm bom filme com uma alta carga dramática. Direção sem grandes malabarismos e que conseguiu exprimir o roteiro de forma correta, sem exageros. A atuação do Mads Mikkelsen dispensa comentários.
O que mais me chamou a atenção é a forma como a questão principal foi abordada, mas mais do que isso: a forma como uma sociedade contemporânea não-latina trata questões sexuais. Na cena que antecede a denúncia da menina em si, há elementos sutis de "confusão psicológica"/prematuridade afetiva, mas mesmo assim ninguém fez um escândalo ou tomou atitudes que seriam naturais para nós brasileiros, por exemplo.
É claro que o problema vira uma bola de neve para o Lucas depois, mas eu fiquei muito pensativo sobre como a educação e a forma de enxergar o mundo nesses locais são diferentes da nossa.
Filmaço.
Red: Crescer é uma Fera
3.9 554 Assista AgoraFofo. Passa lições importantes com personagens cujas personalidades nos cativam. Eu fiquei simplesmente apaixonado na Mei. Ela é incrível.
Turma da Mônica: Lições
3.9 272 Assista AgoraConfesso que eu gostei mais do primeiro filme, mas esse também é muito bom. É o tipo de entretenimento inocente que faz falta nos dias de hoje. O universo de Maurício de Sousa é riquíssimo e genuinamente brasileiro. Interessante foi ver algumas coisas que nunca vimos nos gibis acontecerem nesse filme. Muito legal também explorarem a turma da Tina. Recomendo.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraEu tenho um certo problema com musicais, mas esse é bom. O Ryan Gosling e a Emma Stone tem química, não há como negar, e estão extremamente imersos em seus respectivos papéis que nos convencem facilmente de suas personalidades. As músicas... Bem... Existem músicas boas (destaco a primeira, que abre o filme) e não tão boas assim, mas não chega a ser cansativo. A ideia de dividir o filme em estações do ano dá uma noção interessante do enredo e tem impacto direto nas canções, também. Eu vi algumas (muitas) referências - Fred Astaire e Gene Kelly - mas mesmo assim, eu entendo (porque já havia visto antes) a razão pela qual a Academia preferiu 'Moonlight'. Esse musical é bom, mas ainda passa alguma coisa quase que de superficial no roteiro. Ele é... Just OK, o que para um musical significa que valeu a pena.
Amor, Sublime Amor
3.4 355 Assista AgoraEu achei muito chato. É esteticamente muito bonito, mas mal desenvolvido. Os personagens não tem carisma e as músicas definitivamente não são boas.
Mães Paralelas
3.7 411Almodóvar não faz filme ruim. Eu adoro como os filmes são dirigidos com cor e intensidade em diálogos e em posicionamentos. O roteiro se torna óbvio em determinada altura, mas talvez isso aconteça porque nós tivemos casos semelhantes, muito famosos, semelhantes àquele que é fio condutor do longa. Mais um ótimo trabalho do diretor espanhol.
Eu Sei Que Vou Te Amar
3.6 140Os diálogos... Meu Deus, os diálogos... Os diálogos!!!! Que filme foda.
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraEu sou novo na saga, então não consigo dimensionar direito o hate que os fãs tem sobre esse filme, mas pra mim ele contém todos os elementos dos outros dois que eu assisti. O enredo é bem redondinho (um pouco enfadonha a parte da corrida, mas faz parte).
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraQuase 30 anos na cara e só agora criei coragem de ver a franquia. É melhor do que eu imaginava.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraRecomendação importante: nunca assistir esse filme se você perdeu alguém recentemente. Faz a gente refletir muito. É muito lindo.
Encanto
3.8 804Representatividade, boas músicas e linda mensagem.
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraEu amo filmes com estética noir, e é incrível como o diretor conseguiu desenrolar uma história envolvente e excitante em pouquíssimos cenários. Na guerra, o bar de Rick era como a Suíça. Uma das minhas cenas favoritas desse clássico é a execução dos hinos.
Para a época, é um filme moderníssimo. Trata-se tão somente de um folhetim com começo, meio e um excelente fim. É um daqueles filmes que tem ápice, embora não passe por nenhum momento de apatia.
E como era linda a Ingrid Bergman...
O Quatrilho
3.2 132Eu gostei bastante, sobretudo por se tratar de uma história real. As locações são lindíssimas, as interpretações muito mais que convincentes.
Curioso perceber que histórias como a que foi retratada nesse filme são mais comuns do que se imagina. Quem mora em algum lugar no interior do Brasil (sobretudo em cidades históricas) já deve ter se deparado com amores impossíveis em que é necessário fugir para se viver esse sentimento.
E, vamos combinar, Patrícia Pillar e Glória Pires estavam tão bem servidas que saíram no lucro ao gravar esse longa com dois homens lindíssimos. rs