Com um roteiro truncado que se perde ao longo da trama, Jungleland perde a oportunidade de ser um filme Cult e se torna apenas um passatempo interessante para quem gosta deste gênero de dramas.
As boas atuações da dupla de protagonistas é o forte do filme, mas insuficiente para segurar sozinha o filme deixando um saldo não mais do que mediano.
O filme fala sobre segundas chances nas escolhas que fazemos e como estas afetam nosso futuro. Um roteiro já visto diversas vezes, mas feito com competência e uma reflexão sempre bem vinda em nossas vidas.
Aliás de segundas chances Kevin Sorbo entende, ele um ator mediano que teve a carreira prejudicada por ser muito franco em suas posições religiosas e politicas. Salvo engano, esta é a estreia de Kevin Sorbo em produções Gospel.
Longe de ser o desastre que a maioria dos críticos alardeiam por ai, Aquaman 2 é um filme adequado e um final digno para o personagem. Visualmente muito bonito, mas com um roteiro que sofreu pela demora no seu lançamento e as consequentes mudanças de direcionamento nos projetos do estúdio.
O excesso de piadas bobas, embora grande parte funcione muito bem vai incomodar sim. Assim como incomoda o fato de usarem novamente o mesmo vilão, ainda que este esteja mais ameaçador do que antes. Importante dizer que Yahya Abdul-Mateen II faz sua parte bem feita.
Jason Momoa continua Momoa e trás novamente o Aquaman do seu jeito, o estilo brucutu gente boa, aposta do estúdio desde a concepção do personagem. Ao lado de Patrick Wilson que talvez seja mais próximo do que seria o Aquaman dos quadrinhos, ambos seguram o filme nas costas.
Manter Amber Heard no elenco, frente a toda polêmica dos últimos anos foi um acerto, apesar da personagem ser muito mal aproveitada na trama. Aliás, quase todos os personagens são mal aproveitados.
Entre as idas e vindas do roteiro, com ideias jogadas e mal aproveitadas, assim como vários de seus personagens e a excessiva duração, temos como curtir o belíssimo visual, algumas maquinas\criaturas interessantes e uma dupla de protagonistas que faz o que pode e tem ótima interação.
Godzilla: Minus One conseguiu algo que parecia pouco provável. Trouxe novamente aos cinemas um filme de destruição que conseguiu agradar público e critica.
A trama de vingança obviamente que no estilo japonês, o que deve desagradar muitas pessoas, foca muito na honra e na desesperança. Shikishima personifica tudo aquilo que os japoneses sentiam ao final da segunda guerra e pior. Trazia dentro de si o sentimento de vergonha por ter feito menos do que deveria. Aqueles que conseguirem se conectar com este sentimento e com o protagonista terão certamente uma melhor imersão no filme.
O que mais impressiona aqui é o baixo orçamento gasto frente ao resultado visual gerado. Os japonese experientes neste tipo de filme souberam efetivamente como aproveitar o orçamento.
O final, excessivamente otimista é o ponto fraco do longa. Não que não estivéssemos torcendo por ele, mas o excesso de benesses do roteiro no final em minha opinião foi sim um ponto fraco da trama.
O filme é competente em criar um clima de isolamento e nos envolver nele, se mudar para o leste europeu e ainda enfrentar a barreira do idioma é ao mesmo tempo assustador e angustiante. Ponto para a obra que optou por não legendar o idioma local. A sensação de isolamento está sempre presente em uma cidade grande, aparentemente pouco habitada. Com tudo isso, o filme consegue nos fazer compartilhar os sentimentos da protagonista.
O filme não tem pressa para se desenvolver, pois é um filme investigativo, então não adianta ter pressa. Tão pouco usa de sustos fáceis.
A atuação de Maika Monroe é excelente, assim como a de Burn Gorman que aliás é foi perfeitamente escolhido.
Em suma, excluindo filmes clássicos como Janela Indiscreta ou outros de Hitchcock, posso dizer que foi o melhor filme do gênero que já assisti até onde posso recordar.
Uma falha que achei gritante foi o fato do marido não contar a ela, depois que vai ao outro prédio com o policial, que o morador era mesmo o homem que estava perseguindo-a. Poderia ao menos ter dito que só encontraram o velho, assim teria sido uma saída melhor. Apesar de não ser surpreendente gostei do final escolhido, ainda que ele confirme as suspeitas da protagonista. Claro que poderia ser surpreendente se por exemplo a Irina fosse a assassina, mas acho que escolheram a opção correta.
Nunca joguei o jogo então não posso fazer comparativos. Como filme achei legal, gosto da ambientação e do design das criaturas, mas achei que seria um tanto mais assustador ou angustiante. Talvez se não tivessem ficado no meio termo dentre as duas coisas poderia ter um resultado melhor. Ou seja, poderiam ter ousado mais, seja na violência gráfica ou no terror psicológico.
Radha Mitchell, aqui no seu auge, está bem e consegue convencer. Achei a atriz Jodelle Ferland visualmente perfeita, embora no quesito atuação fique devendo. Sean Bean está mais uma vez interpretando a ele mesmo
Não gostei muito do final, não achei a "batalha" na igreja bem executada, embora a ideia seja boa. No fim, o saldo é bastante positivo, traduzir várias horas de alguns jogos não é fácil e a julgar pelas opiniões de quem jogou me parece que foi uma adaptação bem sucedida.
Uma ideia interessante mesmo não sendo inovadora, uma duração curta para não cansar o espectador e ótimas atuações, tudo ia bem, mas faltou roteiro. Assim é Volume Morto.
A direção consegue criar um bom clima de suspense claustrofóbico, apoiado nas ótimas atuações somos levamos a uma trama intrigante, mas com final decepcionante.
As atuações foram ótimas, com destaque para Fernanda Vasconcellos e Julia Rabello.
Com dois pais que são verdadeiros sociopatas não é de se admirar que o filho também não seja normal. Porém, infelizmente o roteiro exagera demais algumas vezes, o que faz determinadas situações se tornarem inverossímeis. Como o modo como os pais rapidamente passam a lidar com a professora como inimiga parecendo mais interessados em puni-la do que em buscar ajudar o filho. Ainda que saibamos que o ser humano pode tomar atitudes impensadas, amarrar a moça desmaiada na cadeira, por exemplo, não parece uma delas. Ou a cena de trancar a professora no armário que em outra situação poderia agregar acabou sendo apenas ridícula.
Em suma, o roteiro sobe tanto o tom que deixa a conclusão anticlimática.
A premissa do filme é muito boa. E não é tão incomum assim essa conversa de pessoas que vivem como animais, embora na maioria dos casos as pessoas não levam a vida desta forma durante 100% do tempo.
O filme se divide em duas partes, até os 45 minutos temos uma espécie drama romântico onde sabemos o tempo todo que dará merda, depois a trama toma outros rumos que devem desagradar alguns, seja falta de gore ou pelas próprias ações da protagonista.
A atuação do Gard Fartein Løkke Goli como Christian me incomodou um pouco, acredito que com um ator melhor poderíamos ter um resultado bem mais interessante.
A mensagem do filme é a batida, mas real, cuidado ao se envolver com pessoas desconhecidas e nunca aceite ir sozinha a casa de milionários.
Duas cenas me impactaram mais: a cena do Frank pedindo ajuda foi sim uma ótima ideia e o final com o garotinho, provavelmente filho da Sigrid com o Frank aparecendo e sendo alimentado com comida de cachorro é bem bizarro mesmo. Lembrando que em cena anterior o casal discute a possibilidade de Sigrid e Frank fazerem sexo, onde a moça de brincadeira ou não se dispõe a isto.
Acho muito bom quando o cinema brasileiro lança obras com roteiros diferenciados. Aqui a ideia é boa, mas o roteiro tem falhas e situações mal exploradas. Também achei um pouco longo, poderiam cortar no mínimo uns 15 minutos.
Entendo que o orçamento é restritivo, mas o filme tem problemas técnicos perceptíveis, o mais grave é o som. Existem cenas (em ambiente fechado inclusive) onde não se entende muito do que é dito por falta de clareza do mesmo. Como observado abaixo o menino é uma graça, mas precisa melhorar a dicção sim. Ainda mais considerando o problema com o áudio, isto era algo que a diretora deixou passar e que poderia ter sido corrigido.
As atuações são boas, César Bordón e Maeve Jinkings fazem boa dupla e Camila Márdila é uma atriz que me agrada bastante, poderia ter mais tempo de tela. Outros coadjuvantes deixam a desejar.
Não vi muito sentido em esconderem um traficante por semanas e depois mata-lo sem explicação, isto para mim é falha do roteiro. E não adianta dizer que este era o plano inicial, pois queriam enterra-lo no lugar do velho. Não faz sentido, ora, se queimaram o velho desaparecendo com seu corpo, poderiam ter feito o mesmo com o Miguel. Qual motivo da "organização" gastar dinheiro pagando alguém para esconde-lo e depois mata-lo sem justificativa ?
O filme é interessante por mostrar a perspectiva de uma pessoa com problemas psiquiátricos e sua interação com a sociedade. Acompanhamos o filme inteiro sob sua perspectiva, o que de fato exige bastante da protagonista. Por outro lado, o foco em primeira pessoa também teve seus problemas e faz o filme perder a oportunidade de nos envolver mais. Lá pela metade já nos vemos distraídos e pouco interessados.
Madison Iseman é uma boa atriz e conduz muito bem a trama que depende dela, pois a acompanhamos por todo o tempo. Mas a sensação de que faltou algo me fez avaliar com uma nota menor. Particularmente acho que a relação dela com a mãe foi mal explorada.
A parte da vizinha e suas motivações para sequestrar uma criança também são fracas, assim como a falta de motivo da menina em algum momento ser colocada no sótão que ficava em frente a janela da vizinha.
Sacrifício é um thriller investigativo até interessante, desde que o espectador assista com boa dose de suspensão de descrença. A famosa diversão despretensiosa.
Acompanhamos uma investigadora, operadora de escavadeira e médica nas horas vagas que tenta desvendar um mistério após encontrar um corpo em sua propriedade. Apesar da duração de não ser longa, chega um determinado momento em que a trama cansa um pouco.
Radha Mitchell é uma boa atriz e segura bem o filme nas costas. Os coadjuvantes estão bem, considerando o padrão britânico de atuação.
Apesar da boa ideia o roteiro força bastante ao tentar mostrar uma espécie de seita (ou sociedade secreta) que possui até um hospital particular para realizar partos e fazer sacrifícios nas horas vagas. Sem falar que algumas atitudes de personagens não são muito verossímeis.
Feito durante uma época em que os filmes found footages ainda estavam em alta, The Conspiracy é um bom exemplo de como se pode trabalhar o gênero de forma correta. Felizmente muito bem realizado, o filme consegue trabalhar bem como falso documentário, usando cenas de câmera na mão, sem nos dar aquela sensação de estar completamente perdidos e alheios ao que está se passando em tela.
Além da boa direção e montagem, gosto das atuações da dupla de protagonistas, ainda que não sejam atores.
Aqui, dois documentaristas e um câmera discutem sobre as ditas Teorias da Conspiração com especialistas, ao mesmo tempo que acompanham um homem que dedica sua vida a estudar e divulgar várias destas teorias. Cabe destacar que desde o advento da internet e universalização de informações muitas das ditas teorias, não particularmente as mostradas no filme, se provaram reais. Com o desaparecimento repentino deste homem, os documentaristas resolvem mergulhar de vez no trabalho.
Os 84 minutos totais são bem distribuídos e quem conseguir passar dos primeiros 40 que exigem que se mergulhe mais na proposta, provavelmente irão gostar do resultado final. Particularmente acho o final um bom término, sendo uma boa escolha. Aliás, acho que escolhas é o mote do filme e perseguir a verdade geralmente cobra seu preço.
Um thriller psicológico repleto de reviravoltas que consegue prender a atenção do espectador. A trama flerta com o trash, andando na corda bamba, porém sem quedas. Determinadas convenções de roteiro também podem desagradar alguns.
As protagonistas Allison Williams e Logan Browning estão muito bem. Apesar de alguns exageros do roteiro, as duas controlam bem a situação e demonstram uma ótima sintonia em tela.
O filme peca em usar um efeito de rewind que além de incompatível com a proposta do filme, ao menos para mim, soa como um insulto a inteligência do espectador que tinha plenas condições de entender o que havia se passado.
A última cena considero bem desnecessária, mas já que foi feita poderiam ao menos caprichar mais nos efeitos, substituindo um fraco CGI por um bom efeito prático.
Paco Plaza é ótimo diretor, sabe criar climas de suspense, porém deixa mesmo a sensação de que falta algo aqui.
A proposta é interessante, os recursos são poucos, mas faltou algo. Achei demasiado minimalista o número de freitas e de alunas. Poderiam ter deixado claro que as irmãs transformaram o Mosteiro em escola devido a culpa, seria uma boa solução de roteiro.
Gostei da atriz, Aria Bedmar convence como a menina doce e em dúvida sobre seu “Dom”. Pena que outros personagens não são bem desenvolvidos e a personagem não tem muito com quem contracenar. Particularmente eu teria explorado mais a “resistência” das freiras em relação a ela.
Em fim, é um suspense com elementos de terror e horror que vale ser visto, mas sem grandes expectativas.
Clássico dos anos 80, ao menos no Brasil, Footloose é um filme divertido apesar da temática pesada em diversos aspectos. Mostra o novato Ren McCormack que vindo da cidade grande sente um choque com os costumes de uma cidade interiorana marcada por uma tragédia do passado que tenta controlar os jovens proibindo a bebida alcoólica e a dança.
Inicialmente rejeitado pela maioria Ren se encanta com Ariel, a filha do pastor, uma moça rebelde com atitudes autodestrutivas e que sonha em sair da cidade.
A dupla de protagonistas Kevin Bacon e Lori Singer vai bem, mostra boa química apesar da personagem da moça não ser exatamente adorável. Temos também o veterano John Lithgow que ajuda a segurar a trama, já que vários atores coadjuvantes estão sim, abaixo da critica.
A trilha sonora chama a atenção e prende, apesar de umas duas musicas que não convencem. E tem duas ótimas sequencias de dança do Bacon.
A premissa é interessante, mas na execução se perde. Temos então um filme aparentemente de terror transformado em um filme de ação genérica mal desenvolvido. Ou seja, o tipo de filme aonde é necessário embarcar na proposta da trama sem grandes questionamentos. Na verdade o diretor e roteirista Kevin Smith, conhecido ativista politico faz do filme um instrumento ativista sem se preocupar muito com os rumos da trama em si não se importando com o uso de soluções fáceis ou diálogos questionáveis.
O titulo Red State faz alusão aos ditos Estados Republicanos, aqueles que geralmente elegem candidatos do partido. Estes obviamente aparecem aqui de forma estereotipada, associando de forma clara sua população a pregação religiosa fundamentalista e malucos armados por razões questionáveis. Sobra também uma critica ao país, personificado em uma de suas agencias federais de segurança, no caso a ATF.
Nas atuações os destaques são o competente veterano Michael Parks que está ótimo como de costume e o jovem, porém não pouco experiente Michael Angarano que aqui é o único dos sequestrados que tem o devido espaço. Nem comento sobre o desperdício de John Goodman e suas longas e chatas conversas ao telefone.
Pena, pois a trama tem uma boa premissa e bons atores, mas desperdiça tudo com um roteiro ruim e decisões criativas equivocadas.
Uma boa trama policial protagonizado pelo Benicio Del Toro no personagem que marcou sua carreira, o policial durão, introspectivo e de passado duvidoso.
Assisti todos os seus 136 minutos sem ver o tempo passar e acredito que outros fãs de séries investigativas farão o mesmo. Logo, não concordo que a longa duração foi prejudicial. É aquele tipo de filme onde os detalhes revelam coisas que muita vezes só nos damos conta no final.
Quando o parceiro do Nichols "perde" a arma para o bandido e os policiais de fora da casa não combatem o criminoso já deu para perceber o plot do filme, corroborado pela insistência em se conceder uma medalha para uma ação que deveria ser uma vergonha para o departamento de policia. Se há algo que podemos criticar na trama é a certa demora do policial ligar o assassinato ao golpe imobiliário, algo bastante evidente e detectado já na primeira meio hora.
O elenco auxiliar vai bem, Justin Timberlake, Eric Bogosian e Alicia Silverstone cumprem bem seus papéis, apesar de achar Silverstone um pouco abaixo e fora de tom. A direção e a fotografia emulam muito do que víamos na série True Detectives, ou quase. Não fosse pela trilha sonora, algumas vezes exagerada e que abusa do clima pesado, por vezes, quase fúnebre.
Em suma, é um bom filme indicado para aqueles que gostam de obras investigativas e não para aqueles que esperam ação desenfreada ou filmes de 90 minutos e que acabam antes do balde de pipoca se esgotar.
É fato que adaptar obras do King para o cinema não é fácil, visto que os livros ganham muito o leitor na ambientação e na capacidade do autor de desenvolver locais e personagens das histórias, algo mais fácil de se fazer em séries do que filmes devido ao tempo de tela.
Aqui então dado o numero de personagens trancados no mesmo ambiente, a tarefa não é simples. Ainda assim, o filme é competente e consegue desenvolver bem os personagens, ainda que alguns achem a duração exagerada.
O roteiro debate temas como negação da realidade, estresse, fanatismo religioso e outros, fazendo um paralelo entre os monstros de dentro e os de fora do ambiente. Nos fazendo pensar até aonde podemos chegar em situações de ameaça extrema. Aqueles que criticam as atitudes de muitos personagens, talvez não tenho notado os absurdos vistos durante a pandemia, onde pessoas pediam e aplaudiam a prisão de outra baseados em uma espécie de falsa preocupação com o próximo.
Em que pese o fato de alguns efeitos serem considerados ruins (algo que discordo), lembrando que é preciso levar em conta o orçamento gasto. E a duração longa de fato, embora o roteiro consiga manter nosso interesse.
O corajoso final que já se tornou um clássico também é digno de elogios.
Assisti quando adolescente e revi agora, quase vinte anos depois e a opinião é a mesma: Um filmaço que merecia ter vencido mais Oscars.
O roteiro é muito bem feito e mal percebemos sua longa duração, fora a ótima direção do Parker transformam em um thriller investigativo excepcional que nos trás a possibilidade de fazer reflexões necessárias.
Gene Hackman e Willem Dafoe excepcionais. Aliás, todas as atuações são muito boas, destaque para Frances McDormand.
É triste ver que a investigação só começou a dar resultados quando os agentes começaram a ignorar as regras.
O filme mostra um período marcante da história dos EUA que sempre foi bastante debatido na rede de ensino americana, mas infelizmente tem perdido espaço nos últimos anos. É interessante ver o filme instigar pessoas a estudar o período e em refleti-lo. No Brasil, por exemplo, poucos sabem que a Klan foi fundada por membros do partido Democrata, atuando durante bom tempo como um braço armado dele.
O cerne do filme é visto na frase final do Agente Ward, de fato o medo nos coloca em estado de paralisia e nos torna incapazes de corrigir erros, mesmo quando os vemos acontecendo em nossa frente. Engraçado que vejo pessoas condenando os agressores do filme, mas estas mesmas compactuaram e aplaudiram o fato de pessoas sendo prezas por andar na rua na época de pandemia.
Um filme com a cara dos anos 90 e que sim, envelheceu mal. É preciso ser assistido como um filme feito exclusivamente para crianças e produzido em uma época em que não se tinha grandes preocupações com isto.
Apesar de alguns efeitos interessantes, se considerarmos a data de realização claro, o roteiro é fraco e o fato de focar nos efeitos o torna hoje algo extremamente datado.
Os atores não vão mal, porém os personagens não são carismáticos o suficiente.
Um clássico dos anos 90. Tipo de comédia que não se faz mais, ainda mais para crianças. Um humor politicamente incorreto feito em uma época em que as pessoas ainda não eram tão sensíveis.
O roteiro é simples e perfeitamente balanceado entre o humor e o drama familiar e é bem conduzido pelo talento humorístico de Williams.
Repetido a exaustão na TV aberta do Brasil, temos Robin Williams aqui talvez em seu papel mais marcante para o grande público. Vale muito a pena ser assistido, principalmente pelos mais jovens.
Divertido, faz o que se espera dele e tem boas cenas, mas acho que poderia ter uns 10 minutos a menos. Ainda assim, os fãs da série Kingdom irão gostar.
Um rapaz aparentemente sozinho no prédio e cercado por zumbis, não é nada novo. Similar ao francês A Noite Devorou o Mundo, a trama foca mais no drama e desespero do personagem do que no terror. Embora aqui tenhamos mais ação do que no Europeu. Principalmente nos vinte minutos finais.
Alguém mais havia reparado que fazem uns bons anos que não temos filmes com temática parecida ? Ao menos no circuito mundial não vejo.
Claro que temos um tema necessário. E dadas as possibilidades do tema, o filme passa a mensagem sem ser apelativo. Poderia ter ousado mais, porém entendo a intenção de atingir um público maior.
Jim Caviezel é ótimo ator e não decepciona. Inclusive por estar aqui limitado a um tipo durão.
Considerando o baixo orçamento fizeram um ótimo trabalho. Aliás, existe margem para uma continuação.
Terra Selvagem
3.1 31 Assista AgoraCom um roteiro truncado que se perde ao longo da trama, Jungleland perde a oportunidade de ser um filme Cult e se torna apenas um passatempo interessante para quem gosta deste gênero de dramas.
As boas atuações da dupla de protagonistas é o forte do filme, mas insuficiente para segurar sozinha o filme deixando um saldo não mais do que mediano.
E Se... Você Tivesse uma Segunda Chance
3.3 107 Assista AgoraO filme fala sobre segundas chances nas escolhas que fazemos e como estas afetam nosso futuro. Um roteiro já visto diversas vezes, mas feito com competência e uma reflexão sempre bem vinda em nossas vidas.
Aliás de segundas chances Kevin Sorbo entende, ele um ator mediano que teve a carreira prejudicada por ser muito franco em suas posições religiosas e politicas. Salvo engano, esta é a estreia de Kevin Sorbo em produções Gospel.
Aquaman 2: O Reino Perdido
2.9 296 Assista AgoraLonge de ser o desastre que a maioria dos críticos alardeiam por ai, Aquaman 2 é um filme adequado e um final digno para o personagem. Visualmente muito bonito, mas com um roteiro que sofreu pela demora no seu lançamento e as consequentes mudanças de direcionamento nos projetos do estúdio.
O excesso de piadas bobas, embora grande parte funcione muito bem vai incomodar sim. Assim como incomoda o fato de usarem novamente o mesmo vilão, ainda que este esteja mais ameaçador do que antes. Importante dizer que Yahya Abdul-Mateen II faz sua parte bem feita.
Jason Momoa continua Momoa e trás novamente o Aquaman do seu jeito, o estilo brucutu gente boa, aposta do estúdio desde a concepção do personagem. Ao lado de Patrick Wilson que talvez seja mais próximo do que seria o Aquaman dos quadrinhos, ambos seguram o filme nas costas.
Manter Amber Heard no elenco, frente a toda polêmica dos últimos anos foi um acerto, apesar da personagem ser muito mal aproveitada na trama. Aliás, quase todos os personagens são mal aproveitados.
Entre as idas e vindas do roteiro, com ideias jogadas e mal aproveitadas, assim como vários de seus personagens e a excessiva duração, temos como curtir o belíssimo visual, algumas maquinas\criaturas interessantes e uma dupla de protagonistas que faz o que pode e tem ótima interação.
Godzilla: Minus One
4.1 308Godzilla: Minus One conseguiu algo que parecia pouco provável. Trouxe novamente aos cinemas um filme de destruição que conseguiu agradar público e critica.
A trama de vingança obviamente que no estilo japonês, o que deve desagradar muitas pessoas, foca muito na honra e na desesperança. Shikishima personifica tudo aquilo que os japoneses sentiam ao final da segunda guerra e pior. Trazia dentro de si o sentimento de vergonha por ter feito menos do que deveria. Aqueles que conseguirem se conectar com este sentimento e com o protagonista terão certamente uma melhor imersão no filme.
O que mais impressiona aqui é o baixo orçamento gasto frente ao resultado visual gerado. Os japonese experientes neste tipo de filme souberam efetivamente como aproveitar o orçamento.
O final, excessivamente otimista é o ponto fraco do longa. Não que não estivéssemos torcendo por ele, mas o excesso de benesses do roteiro no final em minha opinião foi sim um ponto fraco da trama.
Guerra Civil
3.8 228Eu só queria saber de quem foi a ideia de que Califórnia e Texas se uniriam para lutar contra o resto do país.
Observador
3.4 280 Assista AgoraO filme é competente em criar um clima de isolamento e nos envolver nele, se mudar para o leste europeu e ainda enfrentar a barreira do idioma é ao mesmo tempo assustador e angustiante. Ponto para a obra que optou por não legendar o idioma local. A sensação de isolamento está sempre presente em uma cidade grande, aparentemente pouco habitada.
Com tudo isso, o filme consegue nos fazer compartilhar os sentimentos da protagonista.
O filme não tem pressa para se desenvolver, pois é um filme investigativo, então não adianta ter pressa. Tão pouco usa de sustos fáceis.
A atuação de Maika Monroe é excelente, assim como a de Burn Gorman que aliás é foi perfeitamente escolhido.
Em suma, excluindo filmes clássicos como Janela Indiscreta ou outros de Hitchcock, posso dizer que foi o melhor filme do gênero que já assisti até onde posso recordar.
Uma falha que achei gritante foi o fato do marido não contar a ela, depois que vai ao outro prédio com o policial, que o morador era mesmo o homem que estava perseguindo-a. Poderia ao menos ter dito que só encontraram o velho, assim teria sido uma saída melhor. Apesar de não ser surpreendente gostei do final escolhido, ainda que ele confirme as suspeitas da protagonista. Claro que poderia ser surpreendente se por exemplo a Irina fosse a assassina, mas acho que escolheram a opção correta.
Terror em Silent Hill
3.5 1,5K Assista AgoraNunca joguei o jogo então não posso fazer comparativos. Como filme achei legal,
gosto da ambientação e do design das criaturas, mas achei que seria um tanto mais assustador ou angustiante. Talvez se não tivessem ficado no meio termo dentre as duas coisas poderia ter um resultado melhor. Ou seja, poderiam ter ousado mais, seja na violência gráfica ou no terror psicológico.
Radha Mitchell, aqui no seu auge, está bem e consegue convencer. Achei a atriz Jodelle Ferland visualmente perfeita, embora no quesito atuação fique devendo. Sean Bean está mais uma vez interpretando a ele mesmo
(ao menos desta vez não morre)
Não gostei muito do final, não achei a "batalha" na igreja bem executada, embora a ideia seja boa. No fim, o saldo é bastante positivo, traduzir várias horas de alguns jogos não é fácil e a julgar pelas opiniões de quem jogou me parece que foi uma adaptação bem sucedida.
Volume Morto
2.8 43 Assista AgoraUma ideia interessante mesmo não sendo inovadora, uma duração curta para não cansar o espectador e ótimas atuações, tudo ia bem, mas faltou roteiro. Assim é Volume Morto.
A direção consegue criar um bom clima de suspense claustrofóbico, apoiado nas ótimas atuações somos levamos a uma trama intrigante, mas com final decepcionante.
As atuações foram ótimas, com destaque para Fernanda Vasconcellos e Julia Rabello.
Com dois pais que são verdadeiros sociopatas não é de se admirar que o filho também não seja normal. Porém, infelizmente o roteiro exagera demais algumas vezes, o que faz determinadas situações se tornarem inverossímeis. Como o modo como os pais rapidamente passam a lidar com a professora como inimiga parecendo mais interessados em puni-la do que em buscar ajudar o filho. Ainda que saibamos que o ser humano pode tomar atitudes impensadas, amarrar a moça desmaiada na cadeira, por exemplo, não parece uma delas. Ou a cena de trancar a professora no armário que em outra situação poderia agregar acabou sendo apenas ridícula.
Em suma, o roteiro sobe tanto o tom que deixa a conclusão anticlimática.
A parte que mais gostei foi quando Luiza é excluída do grupo.
Bom Garoto
2.5 166 Assista AgoraA premissa do filme é muito boa. E não é tão incomum assim essa conversa de pessoas que vivem como animais, embora na maioria dos casos as pessoas não levam a vida desta forma durante 100% do tempo.
O filme se divide em duas partes, até os 45 minutos temos uma espécie drama romântico onde sabemos o tempo todo que dará merda, depois a trama toma outros rumos que devem desagradar alguns, seja falta de gore ou pelas próprias ações da protagonista.
A atuação do Gard Fartein Løkke Goli como Christian me incomodou um pouco, acredito que com um ator melhor poderíamos ter um resultado bem mais interessante.
A mensagem do filme é a batida, mas real, cuidado ao se envolver com pessoas desconhecidas e nunca aceite ir sozinha a casa de milionários.
Duas cenas me impactaram mais: a cena do Frank pedindo ajuda foi sim uma ótima ideia e o final com o garotinho, provavelmente filho da Sigrid com o Frank aparecendo e sendo alimentado com comida de cachorro é bem bizarro mesmo. Lembrando que em cena anterior o casal discute a possibilidade de Sigrid e Frank fazerem sexo, onde a moça de brincadeira ou não se dispõe a isto.
Carvão
3.9 92 Assista AgoraAcho muito bom quando o cinema brasileiro lança obras com roteiros diferenciados. Aqui a ideia é boa, mas o roteiro tem falhas e situações mal exploradas. Também achei um pouco longo, poderiam cortar no mínimo uns 15 minutos.
Entendo que o orçamento é restritivo, mas o filme tem problemas técnicos perceptíveis, o mais grave é o som. Existem cenas (em ambiente fechado inclusive) onde não se entende muito do que é dito por falta de clareza do mesmo. Como observado abaixo o menino é uma graça, mas precisa melhorar a dicção sim. Ainda mais considerando o problema com o áudio, isto era algo que a diretora deixou passar e que poderia ter sido corrigido.
As atuações são boas, César Bordón e Maeve Jinkings fazem boa dupla e Camila Márdila é uma atriz que me agrada bastante, poderia ter mais tempo de tela. Outros coadjuvantes deixam a desejar.
Não vi muito sentido em esconderem um traficante por semanas e depois mata-lo sem explicação, isto para mim é falha do roteiro. E não adianta dizer que este era o plano inicial, pois queriam enterra-lo no lugar do velho. Não faz sentido, ora, se queimaram o velho desaparecendo com seu corpo, poderiam ter feito o mesmo com o Miguel. Qual motivo da "organização" gastar dinheiro pagando alguém para esconde-lo e depois mata-lo sem justificativa ?
Medo da Chuva
3.1 107 Assista AgoraO filme é interessante por mostrar a perspectiva de uma pessoa com problemas psiquiátricos e sua interação com a sociedade. Acompanhamos o filme inteiro sob sua perspectiva, o que de fato exige bastante da protagonista. Por outro lado, o foco em primeira pessoa também teve seus problemas e faz o filme perder a oportunidade de nos envolver mais. Lá pela metade já nos vemos distraídos e pouco interessados.
Madison Iseman é uma boa atriz e conduz muito bem a trama que depende dela, pois a acompanhamos por todo o tempo. Mas a sensação de que faltou algo me fez avaliar com uma nota menor. Particularmente acho que a relação dela com a mãe foi mal explorada.
A parte da vizinha e suas motivações para sequestrar uma criança também são fracas, assim como a falta de motivo da menina em algum momento ser colocada no sótão que ficava em frente a janela da vizinha.
Sacrifício
2.7 137Sacrifício é um thriller investigativo até interessante, desde que o espectador assista com boa dose de suspensão de descrença. A famosa diversão despretensiosa.
Acompanhamos uma investigadora, operadora de escavadeira e médica nas horas vagas que tenta desvendar um mistério após encontrar um corpo em sua propriedade. Apesar da duração de não ser longa, chega um determinado momento em que a trama cansa um pouco.
Radha Mitchell é uma boa atriz e segura bem o filme nas costas. Os coadjuvantes estão bem, considerando o padrão britânico de atuação.
Apesar da boa ideia o roteiro força bastante ao tentar mostrar uma espécie de seita (ou sociedade secreta) que possui até um hospital particular para realizar partos e fazer sacrifícios nas horas vagas. Sem falar que algumas atitudes de personagens não são muito verossímeis.
A Conspiração
3.2 66Feito durante uma época em que os filmes found footages ainda estavam em alta, The Conspiracy é um bom exemplo de como se pode trabalhar o gênero de forma correta. Felizmente muito bem realizado, o filme consegue trabalhar bem como falso documentário, usando cenas de câmera na mão, sem nos dar aquela sensação de estar completamente perdidos e alheios ao que está se passando em tela.
Além da boa direção e montagem, gosto das atuações da dupla de protagonistas, ainda que não sejam atores.
Aqui, dois documentaristas e um câmera discutem sobre as ditas Teorias da Conspiração com especialistas, ao mesmo tempo que acompanham um homem que dedica sua vida a estudar e divulgar várias destas teorias. Cabe destacar que desde o advento da internet e universalização de informações muitas das ditas teorias, não particularmente as mostradas no filme, se provaram reais. Com o desaparecimento repentino deste homem, os documentaristas resolvem mergulhar de vez no trabalho.
Os 84 minutos totais são bem distribuídos e quem conseguir passar dos primeiros 40 que exigem que se mergulhe mais na proposta, provavelmente irão gostar do resultado final. Particularmente acho o final um bom término, sendo uma boa escolha. Aliás, acho que escolhas é o mote do filme e perseguir a verdade geralmente cobra seu preço.
The Perfection
3.3 720 Assista AgoraUm thriller psicológico repleto de reviravoltas que consegue prender a atenção do espectador. A trama flerta com o trash, andando na corda bamba, porém sem quedas. Determinadas convenções de roteiro também podem desagradar alguns.
As protagonistas Allison Williams e Logan Browning estão muito bem. Apesar de alguns exageros do roteiro, as duas controlam bem a situação e demonstram uma ótima sintonia em tela.
O filme peca em usar um efeito de rewind que além de incompatível com a proposta do filme, ao menos para mim, soa como um insulto a inteligência do espectador que tinha plenas condições de entender o que havia se passado.
A última cena considero bem desnecessária, mas já que foi feita poderiam ao menos caprichar mais nos efeitos, substituindo um fraco CGI por um bom efeito prático.
Irmã Morte
3.1 124 Assista AgoraPaco Plaza é ótimo diretor, sabe criar climas de suspense, porém deixa mesmo a sensação
de que falta algo aqui.
A proposta é interessante, os recursos são poucos, mas faltou algo. Achei demasiado minimalista o número de freitas e de alunas. Poderiam ter deixado claro que as irmãs transformaram o Mosteiro em escola devido a culpa, seria uma boa solução de roteiro.
Gostei da atriz, Aria Bedmar convence como a menina doce e em dúvida sobre seu “Dom”. Pena que outros personagens não são bem desenvolvidos e a personagem não tem muito com quem contracenar. Particularmente eu teria explorado mais a “resistência” das freiras em relação a ela.
Em fim, é um suspense com elementos de terror e horror que vale ser visto, mas sem grandes expectativas.
Esse recurso de usar sonhos como muleta para mostrar cenas de horror não me agrada.Torei meia estrela por isto.
Footloose: Ritmo Louco
3.6 510 Assista AgoraClássico dos anos 80, ao menos no Brasil, Footloose é um filme divertido apesar da temática pesada em diversos aspectos. Mostra o novato Ren McCormack que vindo da cidade grande sente um choque com os costumes de uma cidade interiorana marcada por uma tragédia do passado que tenta controlar os jovens proibindo a bebida alcoólica e a dança.
Inicialmente rejeitado pela maioria Ren se encanta com Ariel, a filha do pastor, uma moça rebelde com atitudes autodestrutivas e que sonha em sair da cidade.
A dupla de protagonistas Kevin Bacon e Lori Singer vai bem, mostra boa química apesar da personagem da moça não ser exatamente adorável. Temos também o veterano John Lithgow que ajuda a segurar a trama, já que vários atores coadjuvantes estão sim, abaixo da critica.
A trilha sonora chama a atenção e prende, apesar de umas duas musicas que não convencem. E tem duas ótimas sequencias de dança do Bacon.
Seita Mortal
2.6 312 Assista AgoraA premissa é interessante, mas na execução se perde. Temos então um filme aparentemente de terror transformado em um filme de ação genérica mal desenvolvido. Ou seja, o tipo de filme aonde é necessário embarcar na proposta da trama sem grandes questionamentos. Na verdade o diretor e roteirista Kevin Smith, conhecido ativista politico faz do filme um instrumento ativista sem se preocupar muito com os rumos da trama em si não se importando com o uso de soluções fáceis ou diálogos questionáveis.
O titulo Red State faz alusão aos ditos Estados Republicanos, aqueles que geralmente elegem candidatos do partido. Estes obviamente aparecem aqui de forma estereotipada,
associando de forma clara sua população a pregação religiosa fundamentalista e malucos armados por razões questionáveis. Sobra também uma critica ao país, personificado em uma de suas agencias federais de segurança, no caso a ATF.
Nas atuações os destaques são o competente veterano Michael Parks que está ótimo como de costume e o jovem, porém não pouco experiente Michael Angarano que aqui é o único dos sequestrados que tem o devido espaço. Nem comento sobre o desperdício de John Goodman e suas longas e chatas conversas ao telefone.
Pena, pois a trama tem uma boa premissa e bons atores, mas desperdiça tudo com um roteiro ruim e decisões criativas equivocadas.
Camaleões
3.3 191 Assista AgoraUma boa trama policial protagonizado pelo Benicio Del Toro no personagem que marcou sua carreira, o policial durão, introspectivo e de passado duvidoso.
Assisti todos os seus 136 minutos sem ver o tempo passar e acredito que outros fãs de séries investigativas farão o mesmo. Logo, não concordo que a longa duração foi prejudicial. É aquele tipo de filme onde os detalhes revelam coisas que muita vezes só nos damos conta no final.
Quando o parceiro do Nichols "perde" a arma para o bandido e os policiais de fora da casa não combatem o criminoso já deu para perceber o plot do filme, corroborado pela insistência em se conceder uma medalha para uma ação que deveria ser uma vergonha para o departamento de policia. Se há algo que podemos criticar na trama é a certa demora do policial ligar o assassinato ao golpe imobiliário, algo bastante evidente e detectado já na primeira meio hora.
O elenco auxiliar vai bem, Justin Timberlake, Eric Bogosian e Alicia Silverstone cumprem bem seus papéis, apesar de achar Silverstone um pouco abaixo e fora de tom. A direção e a fotografia emulam muito do que víamos na série True Detectives, ou quase. Não fosse pela trilha sonora, algumas vezes exagerada e que abusa do clima pesado, por vezes, quase fúnebre.
Em suma, é um bom filme indicado para aqueles que gostam de obras investigativas e não para aqueles que esperam ação desenfreada ou filmes de 90 minutos e que acabam antes do balde de pipoca se esgotar.
O Nevoeiro
3.5 2,6K Assista AgoraÉ fato que adaptar obras do King para o cinema não é fácil, visto que os livros ganham muito o leitor na ambientação e na capacidade do autor de desenvolver locais e personagens das histórias, algo mais fácil de se fazer em séries do que filmes devido ao tempo de tela.
Aqui então dado o numero de personagens trancados no mesmo ambiente, a tarefa não é simples. Ainda assim, o filme é competente e consegue desenvolver bem os personagens, ainda que alguns achem a duração exagerada.
O roteiro debate temas como negação da realidade, estresse, fanatismo religioso e outros, fazendo um paralelo entre os monstros de dentro e os de fora do ambiente. Nos fazendo pensar até aonde podemos chegar em situações de ameaça extrema. Aqueles que criticam as atitudes de muitos personagens, talvez não tenho notado os absurdos vistos durante a pandemia, onde pessoas pediam e aplaudiam a prisão de outra baseados em uma espécie de falsa preocupação com o próximo.
Em que pese o fato de alguns efeitos serem considerados ruins (algo que discordo), lembrando que é preciso levar em conta o orçamento gasto. E a duração longa de fato, embora o roteiro consiga manter nosso interesse.
O corajoso final que já se tornou um clássico também é digno de elogios.
Mississipi em Chamas
4.2 332 Assista AgoraAssisti quando adolescente e revi agora, quase vinte anos depois e a opinião é a mesma: Um filmaço que merecia ter vencido mais Oscars.
O roteiro é muito bem feito e mal percebemos sua longa duração, fora a ótima direção do Parker transformam em um thriller investigativo excepcional que nos trás a possibilidade de fazer reflexões necessárias.
Gene Hackman e Willem Dafoe excepcionais. Aliás, todas as atuações são muito boas, destaque para Frances McDormand.
É triste ver que a investigação só começou a dar resultados quando os agentes começaram a ignorar as regras.
O filme mostra um período marcante da história dos EUA que sempre foi bastante debatido na rede de ensino americana, mas infelizmente tem perdido espaço nos últimos anos. É interessante ver o filme instigar pessoas a estudar o período e em refleti-lo. No Brasil, por exemplo, poucos sabem que a Klan foi fundada por membros do partido Democrata, atuando durante bom tempo como um braço armado dele.
O cerne do filme é visto na frase final do Agente Ward, de fato o medo nos coloca em estado de paralisia e nos torna incapazes de corrigir erros, mesmo quando os vemos acontecendo em nossa frente. Engraçado que vejo pessoas condenando os agressores do filme, mas estas mesmas compactuaram e aplaudiram o fato de pessoas sendo prezas por andar na rua na época de pandemia.
Inspetor Bugiganga
2.4 165Um filme com a cara dos anos 90 e que sim, envelheceu mal. É preciso ser assistido como um filme feito exclusivamente para crianças e produzido em uma época em que não se tinha grandes preocupações com isto.
Apesar de alguns efeitos interessantes, se considerarmos a data de realização claro, o roteiro é fraco e o fato de focar nos efeitos o torna hoje algo extremamente datado.
Os atores não vão mal, porém os personagens não são carismáticos o suficiente.
Uma Babá Quase Perfeita
3.4 717 Assista AgoraUm clássico dos anos 90. Tipo de comédia que não se faz mais, ainda mais para crianças. Um humor politicamente incorreto feito em uma época em que as pessoas ainda não eram tão sensíveis.
O roteiro é simples e perfeitamente balanceado entre o humor e o drama familiar e é bem conduzido pelo talento humorístico de Williams.
Repetido a exaustão na TV aberta do Brasil, temos Robin Williams aqui talvez em seu papel mais marcante para o grande público. Vale muito a pena ser assistido, principalmente pelos mais jovens.
#Alive
3.2 494 Assista AgoraDivertido, faz o que se espera dele e tem boas cenas, mas acho que poderia ter uns 10 minutos a menos. Ainda assim, os fãs da série Kingdom irão gostar.
Um rapaz aparentemente sozinho no prédio e cercado por zumbis, não é nada novo.
Similar ao francês A Noite Devorou o Mundo, a trama foca mais no drama e desespero do personagem do que no terror. Embora aqui tenhamos mais ação do que no Europeu. Principalmente nos vinte minutos finais.
Park Shin Hye é uma graça.
Som da Liberdade
3.8 482 Assista AgoraAlguém mais havia reparado que fazem uns bons anos que não temos filmes com temática parecida ? Ao menos no circuito mundial não vejo.
Claro que temos um tema necessário. E dadas as possibilidades do tema, o filme passa a mensagem sem ser apelativo. Poderia ter ousado mais, porém entendo a intenção de atingir um público maior.
Jim Caviezel é ótimo ator e não decepciona. Inclusive por estar aqui limitado a um tipo durão.
Considerando o baixo orçamento fizeram um ótimo trabalho. Aliás, existe margem para uma continuação.