O primor técnico e as atuações impecáveis são de admirar, e o roteiro não fica atrás, o desenrolar da trama é sufocante, angustiante e não te deixa piscar os olhos.
The Lighthouse é um mergulho sombrio na psique humana e ao mesmo tempo um conto mitológico.
Interessante que em A Bruxa, Robert Eggers trabalhou sobre o desejo feminino e agora em seu segundo filme ele traz justamente a metáfora paterna.
Para a psicanálise, é a inscrição da lei do pai que irá circunscrever a falta e possibilitar ao sujeito desejar.
Temos então dois belos filmes que tratam sobre a constituição do desejo humano, os entraves a sua realização, a possibilidade de operar a partir desses entraves ou a transgressão com suas consequências.
A sutileza desse filme me encantou. Não vi a hora passar, só fiquei lá admirando Isabelle e Gérard e refletindo sobre como a vida nos afasta daquelas pessoas que deviariam ser as mais próximas.
Tentando se libertar de uma relação que a consome psicológicamente, Dani precisa adentrar em um mundo de ritos e mitos onde poderá reavaliar seus ideiais de família, amor e morte.
Um mundo simbólico criado por Ari Aster que choca ao nos colocar frente à frente com nossos impulsos mais primitivos, levando-nos a refletir acerca de nossa constituição enquanto sociedade e os valores que dela emanam.
Tenho a impressão de que as pessoas demonizam qualquer remake ou readaptação e isso influencia suas opiniões sobre o filme. E é muito engraçado como automaticamente passam a endeusar os originais.
Cemitério Maldito de 1989 se tornou um clássico cult por ser um filme tosco, mal feito, porém divertido. Agora, falar que o filme é uma grande obra de terror é forçar muito a barra. O roteiro é problemático, a direção pior ainda, as atuações são muito forçadas. Enfim, é um filme cheio de defeitos.
Ai vem uma readaptação muito mais eficiente, que embora não seja excepcional, é muito bem feita. Com um tom mais sóbrio, uma boa atmosfera, atuações mais profundas, personagens com mais camadas, tudo melhor, e as pessoas ficam choramingando porque não conseguem desapegar do original.
Poxa, dá pra gostar dos dois. Quanto a alcançar a atmosfera do livro, isso é extremamente difícil, então nem é justo comparar. Mas não dá pra negar que enquanto obra cinematográfica essa segunda versão é incomparavelmente melhor.
Ótimo filme, com uma direção super competente. Lembra A Bruxa em vários aspectos, porém menos impactante.
Apenas incomoda as pessoas por estarem acostumadas com roteiros mastigados. The Wind não explica absolutamente nada. Cabe a cada um interpretar os diversos símbolos e metáforas que a trama traz.
Foi uma ótima experiência, e a fotografia desta obra é um show à parte.
Filme magnífico, desde a primeira cena fica implícito a invisibilidade de Cleo, desprovida de sua individualidade, de sua voz. As questões referentes às mulheres desse filme também são certeiras. E, meu deus, que filme triste.
Único problema que tive com Roma, foi que durante toda a trama fiquei com a impressão de já ter visto este filme antes, por conta de "Que horas ela volta?", aí ficou difícil não comparar e, na comparação, "Que horas ela volta?" é um pouco superior.
Mas Roma é um filme que preciso ser visto, discutido e que suas reflexões ganhem os espaços de debate, afinal o tempo continua passando e as Cleos da vida real continuam sendo invisibilizadas.
Acho que a primeira temporada tinha uma trama mais amarrada. Essa possui muitas histórias paralelas, então fugia um pouco do foco. Mas não consegui desgrudar da TV até ver tudo. Continua uma excelente série. E um adendo: Carrie Coon sempre incrível.
Sensacional, um enredo surpreendente! A representação da sociedade brasileira atual está contida em todos os detalhes. O animal cordial, vulgo cidadão de bem, acha que ainda tem controle sobre alguma coisa, mas não há mais espaço para ele, e seu fim é apenas um.
É como assistir uma mistura de Um Lugar Silencioso com Ensaio Sobre a Cegueira e The Happening. O que este filme traz de diferente dos demais é uma reflexão sobre a maternidade, que em alguns pontos chega a ser interessante, mas não basta para segurar o filme..
Enquanto jornada de sobrevivência não empolga, é mais do mesmo.
A metáfora das criaturas, que já é óbvia demais, ainda é estragada por vários diálogos expositivos.
Todos os personagens coadjuvantes são unidimensionais e estereotipados.
Sarah Paulson tem pouquíssimo espaço, mas tem a melhor cena do filme.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraThe Lighthouse é uma experiência.
O primor técnico e as atuações impecáveis são de admirar, e o roteiro não fica atrás, o desenrolar da trama é sufocante, angustiante e não te deixa piscar os olhos.
The Lighthouse é um mergulho sombrio na psique humana e ao mesmo tempo um conto mitológico.
Interessante que em A Bruxa, Robert Eggers trabalhou sobre o desejo feminino e agora em seu segundo filme ele traz justamente a metáfora paterna.
Para a psicanálise, é a inscrição da lei do pai que irá circunscrever a falta e possibilitar ao sujeito desejar.
Temos então dois belos filmes que tratam sobre a constituição do desejo humano, os entraves a sua realização, a possibilidade de operar a partir desses entraves ou a transgressão com suas consequências.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraÉ bom, mas são basicamente 2h17m de "já vi isso antes e melhor".
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraUm povo que valoriza sua história e sua essência não é derrotado por ninguém.
Elle
3.8 886Só queria dizer de novo que esse filme é perfeito. PER-FEI-TO. E Isabelle Huppert é, de longe, a melhor atriz da atualidade.
O Vale do Amor
3.2 40A sutileza desse filme me encantou. Não vi a hora passar, só fiquei lá admirando Isabelle e Gérard e refletindo sobre como a vida nos afasta daquelas pessoas que deviariam ser as mais próximas.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraUm conto de fadas macabro.
Tentando se libertar de uma relação que a consome psicológicamente, Dani precisa adentrar em um mundo de ritos e mitos onde poderá reavaliar seus ideiais de família, amor e morte.
Um mundo simbólico criado por Ari Aster que choca ao nos colocar frente à frente com nossos impulsos mais primitivos, levando-nos a refletir acerca de nossa constituição enquanto sociedade e os valores que dela emanam.
Obsessão
2.9 482 Assista AgoraHouve um tempo em que Isabelle Huppert não fazia filmes pro povão... Saudades.
Mas ainda é Isabelle Huppert, então faz valer o filme.
Cemitério Maldito
2.7 891Tenho a impressão de que as pessoas demonizam qualquer remake ou readaptação e isso influencia suas opiniões sobre o filme. E é muito engraçado como automaticamente passam a endeusar os originais.
Cemitério Maldito de 1989 se tornou um clássico cult por ser um filme tosco, mal feito, porém divertido. Agora, falar que o filme é uma grande obra de terror é forçar muito a barra. O roteiro é problemático, a direção pior ainda, as atuações são muito forçadas. Enfim, é um filme cheio de defeitos.
Ai vem uma readaptação muito mais eficiente, que embora não seja excepcional, é muito bem feita. Com um tom mais sóbrio, uma boa atmosfera, atuações mais profundas, personagens com mais camadas, tudo melhor, e as pessoas ficam choramingando porque não conseguem desapegar do original.
Poxa, dá pra gostar dos dois. Quanto a alcançar a atmosfera do livro, isso é extremamente difícil, então nem é justo comparar. Mas não dá pra negar que enquanto obra cinematográfica essa segunda versão é incomparavelmente melhor.
Um Monstro no Caminho
2.6 178 Assista AgoraÉ um filme sobre relação mãe e filha, sobre vícios, sobre amadurecer antes da hora. Não vá esperando um filme de terror.
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraUm filme lindo, simbólico, forte... e gostei mais do que do original.
Terra Assombrada
3.0 74 Assista AgoraÓtimo filme, com uma direção super competente. Lembra A Bruxa em vários aspectos, porém menos impactante.
Apenas incomoda as pessoas por estarem acostumadas com roteiros mastigados. The Wind não explica absolutamente nada. Cabe a cada um interpretar os diversos símbolos e metáforas que a trama traz.
Foi uma ótima experiência, e a fotografia desta obra é um show à parte.
The OA (Parte 2)
4.3 407Perfeita! Só isso.
A Festa de Casamento
3.9 23 Assista AgoraFilmaço! Os conflitos familiares são muito realistas. Cada embate nos machuca tanto quanto aos personagens.
Dizem Que é Pecado
3.7 16 Assista AgoraIsso é que é um roteiro bem escrito!
Os 4 Filhos de Adão
3.7 3 Assista AgoraA beleza de Ingrid Bergman só não era maior que seu talento. É uma dupla alegria vê-la em cena.
Megarrromântico
3.1 565 Assista Agora1 hora e 20 minutos de críticas aos clichês, de mensagens de amor próprio, tudo isso para... terminar da forma mais clichê possível.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraCada uma jogando um jogo diferente e ninguém venceu.
Que filme mais gostoso de assistir!
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraFilme magnífico, desde a primeira cena fica implícito a invisibilidade de Cleo, desprovida de sua individualidade, de sua voz. As questões referentes às mulheres desse filme também são certeiras. E, meu deus, que filme triste.
Único problema que tive com Roma, foi que durante toda a trama fiquei com a impressão de já ter visto este filme antes, por conta de "Que horas ela volta?", aí ficou difícil não comparar e, na comparação, "Que horas ela volta?" é um pouco superior.
Mas Roma é um filme que preciso ser visto, discutido e que suas reflexões ganhem os espaços de debate, afinal o tempo continua passando e as Cleos da vida real continuam sendo invisibilizadas.
Halloween
3.4 1,1KTem coisas bem absurdas, mas relevei porque achei o filme bom. O final é incrível. Achei uma homenagem muito digna.
The Sinner (2ª Temporada)
3.6 352Acho que a primeira temporada tinha uma trama mais amarrada. Essa possui muitas histórias paralelas, então fugia um pouco do foco. Mas não consegui desgrudar da TV até ver tudo. Continua uma excelente série. E um adendo: Carrie Coon sempre incrível.
Channel Zero: The Dream Door (4ª Temporada)
3.4 37Infelizmente, a pior entre todas as temporadas.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KA premissa começa promissora, mas logo a gente vê que não vai dar em nada.
De que adiada escolher se não tem nenhuma consequência interessante?
O filme todo se sustenta na interatividade, mas isso não é suficiente. Ainda vale mais um bom roteiro do que essas firulas.
O Animal Cordial
3.4 618 Assista AgoraSensacional, um enredo surpreendente! A representação da sociedade brasileira atual está contida em todos os detalhes.
O animal cordial, vulgo cidadão de bem, acha que ainda tem controle sobre alguma coisa, mas não há mais espaço para ele, e seu fim é apenas um.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraÉ como assistir uma mistura de Um Lugar Silencioso com Ensaio Sobre a Cegueira e The Happening. O que este filme traz de diferente dos demais é uma reflexão sobre a maternidade, que em alguns pontos chega a ser interessante, mas não basta para segurar o filme..
Enquanto jornada de sobrevivência não empolga, é mais do mesmo.
A metáfora das criaturas, que já é óbvia demais, ainda é estragada por vários diálogos expositivos.
Todos os personagens coadjuvantes são unidimensionais e estereotipados.
Sarah Paulson tem pouquíssimo espaço, mas tem a melhor cena do filme.