Que série divertida. Primeira temporada finalizada. O mundo destruído por bombas, a humanidade dividida, o visual com padrões agradáveis de cores, as músicas antigas na trilha sonora, o estilo de design retrofuturista. Gostei de cada arco de personagens. Nunca joguei os jogos. No aguardo da segunda temporada.
Essa versão da Netflix, mais juvenil, mais deslocada, saiu meses depois da versão da HBO, mais séria, mais detalhada. Sei que existem outros documentários tb, além de filme (e tem mais projetos a caminho). É um ocorrido que rendeu bem.
Uma versão mais internet e meme do resumo do que foi o caso da Gamestop. Funciona bem como resumo, dá pra entender as coisas e tem vários entrevistados. Mas faltou algo e não sei ao certo o que. Quanto ao formato de série, foi apenas pra dividir os temas, pq dura um longa.
Tudo muito interessante. A parte 1 se foca em falar mais do caso da Gamestop, enquanto a parte 2 explora todo o impacto das revelações de fraudes no mercado.
Interessante documentário sobre um assassinato ocorrido num submarino. Em dois episódios, falam das jornadas tanto da vítima quanto do assassino. O doc reforça os feitos da Kim Wall em vida, cita algumas de suas reportagens, mostra seu legado, mas tb fala da trajetória do outro dito cujo, cita seus inventos, tenta explorar sua mente, e tudo com depoimentos de próximos ou envolvidos, além de algumas gravações dos próprios. RIP Kim.
A produção é bem feita. É uma série narrativa padrão, mas com cenas de entrevistas aqui e ali falando sobre determinados momentos ou assuntos da história de Moisés, seguindo o que é visto no judaísmo, no cristianismo e no islamismo. Os tais depoimentos no meio da narrativa dão um reforço pra explicar certas passagens. Quem espera questionamentos sobre sobre veracidade dos acontecimentos e afins (por se vender como documentário com teólogos e historiadores), esqueçam. É muito mais uma produção bíblica que busca reforçar o que está escrito, e não em provar algo além, do que alguma outra coisa. É uma longa jornada de mais de três horas de conteúdo, então tem que ter certa paciência pra ver. Há alguns pontos interessantes, como o questionamento de algumas traduções, algumas interpretações abertas e, principalmente, um destaque das personagens femininas da trama. Independente, ainda é uma adaptação do arco de Moisés assim como várias das adaptações já feitas, só vendida de forma diferente.
Doc sobre o famoso caso de poltergeist em Enfield, que atualmente ficou mais popular por ser tema do filme Invocação do Mal 2. Ele se utiliza da técnica de dramatizar os ocorridos usando atores por cima das vozes originais da investigação. Vale muito citar antes que, por melhor que seja o filme, esqueçam ele por aqui. Esqueçam os Warren tb, brevemente citados, pq eles não são os astros como tentaram vender no cinema. Temos a família, os investigadores e outros envolvidos que vem e vão.
Por mais documentado que o ocorrido seja, repleto de supostas provas, o doc muito provavelmente não vai fazer ninguém acreditar ou desacreditar, mas ele entrega, ao longo de seus quatro episódios lentos, (demonstrando que tem que não só ter paciência como tb gostar muito da temática), muitas gravações da época, em grande parte áudios, além de entrevistas atuais com alguns envolvidos.
Foi interessante saber mais detalhadamente das coisas, mas, particularmente, o caso ao todo não me convenceu não. Eu fiquei bem cético num geral e acredito que pelo menos grande parte foi armado (intencional ou não, vide a situação da família e da própria garota). E com "grande parte" implica que um ponto ou outro me deixou pensando nas possibilidades rs Mas daí bate muito na confiabilidade das fontes tb.
Mais um combo de alternativas que ninguém se perguntou, mas como a Marvel sabe entreter, consegue divertir. Vi umas opiniões bem divididas e extremas, uns dizendo que essa segunda temporada foi bem melhor que a primeira, outros dizendo que foi bem pior. Achei inferior. Se antes tínhamos um punhado de "e se...?" diferentes onde, ao fim, alguns deles se uniam num grande crossover, nesse até seguem em parte esse modelo, mas tb resgatam universos anteriores e inserem a Capitã Carter como protagonista. É narrativamente mais ligado, por assim dizer. A qualidade dos episódios é tão variável quanto antes, com alguns bons e outros nada demais, embora metade seja esquecível.
"Resident Evil: No Escuro Absoluto". A série animada de RE que a Netflix lançou e caiu no esquecimento.
Essa tal série provavelmente foi um quarto título da franquia animada que transformaram em minissérie, pq não tem justificativa pra ter a mesma duração em formato diferente. Independente, a trama traz mais do mesmo. Uma trama batida, rasa, apressada... Que reforça que, se era pra ser uma série, poderiam ter desenvolvido melhor e ter posto mais episódios ou durado mais tempo.
Não há tantas surpresas (umas duas que funcionam, talvez, pelo menos?) nem tantas cenas marcantes, e algumas situações que as vezes prometem algo e cumprem e outras só ficam na promessa mesmo, mas há o básico e esse básico agrada em parte. Não considero a premissa ruim (clichê não é nem um pouco sinônimo de ruindade) e há boas cenas de ação (uma galera reclamou de ter poucas cenas disso, mas pra mim foi na medida).
Um detalhe que não chega a incomodar tanto, mas gostaria de citar: Há um flashback que guia quase toda a série e em parte ele funciona bem, até por narrativamente se utilizarem da velha técnica de ir revelando as coisas aos poucos para ter impacto junto a sua cena correspondente no presente. Só que tem vezes que não parece ter necessidade de ficarem picotando o passado e menos ainda necessidade de ficarem estendendo ou simplesmente repetindo trechos apenas para mostrar as ligações. Poderiam ter usado esses momentos pra mostrar mais de outras coisas (tipo a cena do submarino, que constrói tudo aquilo mostrado pra nada). Mas ok.
Um ponto negativo creio que seja o final e que isso tenha desmotivado muitos. Os três primeiros episódios são bons até, apesar de algumas coisas, mas o quarto/último destoa do tom até ali e meio que vira uma grande cena clímax que pouco empolga, pouco impacta, pouco agrega. É bobo e não leva a nada. Ainda tem um encerramento medíocre. Se existia alguma linha de curiosidade antes, aqui jogam fora e apostam no seguro da pior forma.
O Leon é o protagonista e seu arco é ok, mas o arco da Claire parece uma repetição do arco do Leon, pq, enquanto ela cuida da parte de investigação, ele está no campo de batalha, mas ambos vão descobrindo as coisas meio que ao mesmo tempo. Fica a sensação de que o arco da Claire pouco serviu de algo ao final, pois ela pouco ou nada influencia a trama. Os poucos encontros entre eles tb não tem quase peso nenhum, nem mesmo no grand finale.
Quando comecei escrevendo isso, pretendia dar uma nota maior, mas, quanto mais refletia, mais a nota descia. "No Escuro Absoluto" poderia ter sido o início de uma série animada de RE na Netflix, mas acabou sendo só essa obra esquecível mesmo. Esquecível, com problemas, mas ainda assim nem por isso uma porcaria. Mal sabiam todos o que a Netflix lançaria depois haha
Uma divertida série de comédia e ação pós-apocalíptica baseada na franquia de jogos de corrida Twisted Metal. Produção Peacock. Tava desconfiado da qualidade, mas logo me empolgou. Não parece ter tido um orçamento alto, mas conseguiram se virar muito bem com o que tinham. São muitos personagens ao longo dos curtos 10 episódios e várias situações que criam pequenos arcos que vão se mesclando até chegar ao grand finale. A estrutura da temporada é dinâmica na maior parte do tempo, mesmo que em alguns momentos dêem uma pausa mais longa pra desenvolver a relação dos principais. Apesar do protagonista (leiteiro), da sua parceira (silêncio) e do vilão principal (policial), quem mais rouba a cena é o palhaço (louco). Por curiosidade, quando se fala de Twisted Metal é o palhaço que é mais lembrado mesmo. Algumas cenas possuem um toque de gore e de humor ácido, como nas do palhaço surtando e fazendo seu show. Há tb flashbacks interessantes, como as da mulher e de seu irmão, numa clara crítica a exploração trabalhista. O resultado é bom e a segunda temporada promete. Disponível tardiamente na HBO MAX.
Uma homenagem a Sulli, que nos deixou a poucos anos. Ela seria a protagonista da segunda temporada de Persona, mas chegou a gravar apenas um episódio completo e parte de outro. Decidiram lançar o primeiro curta como parte dessa suposta minissérie.
O primeiro episódio é o tal curta, onde Sulli interpreta uma mulher que vive num matadouro e precisa confessar seus pecados pra poder ir pra um lugar melhor e recomeçar. Ela tá sozinha numa sala pequena, com uma máquina do outro lado da parede, e em suas lembranças no matadouro vemos ela criando um vínculo com o porco morto que ela deveria fatiar. Obviamente é tudo uma metáfora pra um significado maior.
O segundo episódio é na verdade um documentário/entrevista de Jinri/Sulli. Há um segmento principal, da entrevista que ela deu quando foi gravar a série, alternando entre outros vídeos, seja de entrevistas tb, seja vídeos pessoais, alternando tb com referências a O Mágico de Oz. É um doc bem lento, com muitas e muitas cenas de silêncio e reflexão. A artista todas as vezes parece estar buscando alguma forma de responder as perguntas, buscando palavras certas, ao mesmo tempo que parece se segurar, sendo cautelosa no que dizer. São temas sensíveis pra ela. Não a toa tem momentos que ela chora, mesmo contida. É uma confissão, por vezes mais aberta e por vezes mais tímida, sobre o peso que a fama deixou nela e seus conflitos internos, vindos da época que ela era uma famosa artista de kpop até depois de tomar novos rumos.
Ao fim, tanto queria muito ter visto a tal segunda temporada de Persona quanto queira muito que essa entrevista tivesse durado mais tempo. Querida Sulli.
"Scott Pilgrim: A Série" (Netflix). A nova adaptação animada de Scott Pilgrim não é bem uma readaptação da HQ ou do live-action e menos ainda uma versão estendida do filme. Nem mesmo é sobre o Scott contra a liga dos ex-namorados. O resultado tá mais pra uma releitura. O Scott sai de cena, mesmo que ele seja o tema de tudo na maior parte do tempo, pra dar mais espaço aos outros personagens. A Ramona é meio que a protagonista. Assim como na HQ teve tempo de desenvolver melhor os personagens, o que no filme, por motivos óbvios, foi encurtado, no anime exploram melhor, apesar de todas as mudanças. Fizeram algo novo com a mesma base. Começa igualzinho, até muito mudar ao final do primeiro episódio. Foi um misto de surpresa e decepção ao mesmo tempo por um momento, mas acabei gostando do que vi. Menos frenético que o filme, apelam mais pra um cotidiano e exploram outros caminhos alternativos com os elementos do original. Comparar é meio injusto, pq a trama do filme e da HQ são muito mais legais naquela premissa fechada e viajada, e a edição do filme ajuda demais com aquele ritmo doido e aqueles cortes certeiros, mas essa nova obra parte do princípio do "e se...?", como se o público já tivesse familiarizado com o filme, com as HQs, com o jogo, mesmo com tantos anos passados desde seus lançamentos. Talvez possa até se perguntar "Se tem melhor, pra que ver o anime?", e é uma pergunta boa mesmo, mas a proposta é justamente trazer uma renovação pra franquia. Quem sabe vai além e façam mais temporadas. O que fizeram foi feito, então sei lá, devemos avaliar o resultado. E ficou bom. Ainda desenvolveram melhor as coisas. Quem quiser ver as lutas do Scott (ou rever, o que farei rs), basta rever o longa com atores e ler os quadrinhos. Quem quiser novidades, basta ver ou rever o anime.
Loki (S2) (Disney+). Uma temporada única de 10 episódios sairia melhor, pq essa segunda parece que esticaram pra caber no formato. Muito inferior a ótima primeira. Mas se eu disser que foi ruim estaria mentindo. Toda a temática ainda é interessante, por mais que as vezes os ocorridos pareçam sem rumo. Ainda tem vários bons momentos. Mas é uma temporada que fica morna na maior parte do tempo, mostrando seu melhor só na reta final. Nunca curti muito o Loki, então o destino do personagem pra mim não emocionou o suficiente, mas vi que a galera curtiu bastante. Teve uma boa sacada. A série em si termina muito bem. E nessas fases do UCM onde televisão e cinema andam se unindo, bora ver se teremos um grande impacto dessa série na próxima fase, tanto na questão de multiverso quanto na questão do Kang.
Novamente muito bom. Se utilizando de elementos da vida e das obras de Edgar Alan Poe, o diretor de A Maldição da Residência Hill e a Maldição da Mansão Bly entrega um drama/terror sobre a queda de uma família rica, poderosa e podre. Trazendo a mesma pegada de revirar o passado, dessa vez toda a trama é contada por flashbacks.
Os filhos de um CEO de uma empresa farmacêutica morreram e ele decide relatar ao seu "amigo", um procurador que busca derrubar os Usher pelos seus crimes, sobre como cada um se foi e a verdade por trás de tudo. É uma trama que prende a atenção do início ao fim e há diversas referências ao Poe. A série não é baseada apenas no conto que dá nome a ela, mas sim em vários, adaptando tudo a uma única história com várias sub-tramas interligadas e adaptando aos dias atuais. É como uma antologia que ao todo é uma coisa só. E a forma que fazem isso é muito boa.
Nas mãos erradas poderia ficar cansativo, já que sabemos parcialmente o desfecho e os episódios seguem um mesmo padrão, mas felizmente as mãos certas fizeram disso um ótimo trabalho que não cansa. Dá vontade de ver tudo de uma vez só. Diria até que o maior mistério, a explicação por trás de tudo, é o de menos. O desenvolvimento que é o grande forte. Saber a trajetória de cada um dos personagens e suas conexões. Recomendo.
Nenhum comentário sobre? Eu sei que é Brasil Paralelo e já li muito que distorcem as coisas, mas os caras colocaram três escritores no mesmo doc e não tem como não ter alguma curiosidade kk
Muito bacana o documentário. Os três episódios foram bem naturais e pareceram contar bem a trajetória dos envolvidos antes, durante e depois do Balão Mágico. Eu nasci só na década seguinte ao grupo, então muita coisa no doc foi novidade, mas lembro de ouvir as músicas quando criança. Superfantástico é atemporal. Gostei da forma como os integrantes trataram os assuntos e é visível as concordâncias e discordâncias em alguns pontos entre eles e alguns dos demais envolvidos nos bastidores de tudo aquilo.
Começa bem, termina bem... Bem tanto faz (rs). Que potencial desperdiçado. Reduziram o que poderia render uma fase inteira no cinema numa minissérie levando ao literal e ao mínimo da premissa. Pq a ideia é boa, skrulls infiltrados, e a série vai desenvolvendo isso, mas depois fica na mesmice, não avança e ainda termina sem que tudo isso tenha algum impacto relevante.
A graça nos quadrinhos, por exemplo, era de que os skrulls fizeram sua "invasão secreta" e na hora da descoberta já era, não se podia confiar em ninguém, qualquer um poderia ser skrull, até mesmo os principais, até os heróis. Daí que na série os skrulls escondidos em sua grande maioria são aleatórios e desimportantes, a invasão é bem secreta mesmo (kk), não há quase nenhuma morte impactante, ninguém liga pros skrulls, na hora do vamos ver não traz nada de grandioso, resolvem tudo muito rápido e ainda desperdiçam a surpresa do último episódio.
A série até tem cenas bem construídas (exceto quando algum ponto soa artificial ou quando entregam algo de bandeja), tem algumas interações que funcionam mesmo e são divertidas de ver, então no conjunto tem seus pontos positivos, mas ao mesmo tempo deixa a desejar demais por não levar a lugar nenhum e correr pra terminar de qualquer forma.
O que eu gostava em Sintonia era o equilíbrio entre os arcos de funk, tráfico e igreja. Três contrapontos sobre a vida na favela. Após a primeira temporada, conforme a trama crescia e avançava de forma decente, tb era visível certo desgaste, como se não precisasse de toda aquela duração de tela mesmo com temporadas tão curtas. Essa quarta faz uma reformulação ao tirar o arco da igreja pra colocar o arco judicial. Tira parte dos contrapontos, já que o arco da Rita acaba se entrelaçando tão mais com o do Nando, a ponto de deslocar o arco do Doni, mas funciona. A temporada flui melhor que as últimas. Souberam prender a atenção até o fim. Se tiver uma quinta, que tragam mais novidades. Vale dizer que a série não faz divisão de certo e errado, então vemos a trama pelos pontos de vista de seus protagonistas e demais personagens de seus núcleos, mas até aí nenhuma novidade, né, quarta temporada já.
Fallout (1ª Temporada)
4.2 164Que série divertida. Primeira temporada finalizada. O mundo destruído por bombas, a humanidade dividida, o visual com padrões agradáveis de cores, as músicas antigas na trilha sonora, o estilo de design retrofuturista. Gostei de cada arco de personagens. Nunca joguei os jogos. No aguardo da segunda temporada.
GameStop Contra Wall Street
3.7 8 Assista AgoraEssa versão da Netflix, mais juvenil, mais deslocada, saiu meses depois da versão da HBO, mais séria, mais detalhada. Sei que existem outros documentários tb, além de filme (e tem mais projetos a caminho). É um ocorrido que rendeu bem.
GameStop Contra Wall Street
3.7 8 Assista AgoraUma versão mais internet e meme do resumo do que foi o caso da Gamestop. Funciona bem como resumo, dá pra entender as coisas e tem vários entrevistados. Mas faltou algo e não sei ao certo o que. Quanto ao formato de série, foi apenas pra dividir os temas, pq dura um longa.
Gaming Wall st
4.2 1 Assista AgoraTudo muito interessante. A parte 1 se foca em falar mais do caso da Gamestop, enquanto a parte 2 explora todo o impacto das revelações de fraudes no mercado.
Submersa: O Desaparecimento de Kim Wall
3.9 8 Assista AgoraInteressante documentário sobre um assassinato ocorrido num submarino. Em dois episódios, falam das jornadas tanto da vítima quanto do assassino. O doc reforça os feitos da Kim Wall em vida, cita algumas de suas reportagens, mostra seu legado, mas tb fala da trajetória do outro dito cujo, cita seus inventos, tenta explorar sua mente, e tudo com depoimentos de próximos ou envolvidos, além de algumas gravações dos próprios. RIP Kim.
Testamento: A História de Moisés
3.9 6A produção é bem feita. É uma série narrativa padrão, mas com cenas de entrevistas aqui e ali falando sobre determinados momentos ou assuntos da história de Moisés, seguindo o que é visto no judaísmo, no cristianismo e no islamismo. Os tais depoimentos no meio da narrativa dão um reforço pra explicar certas passagens. Quem espera questionamentos sobre sobre veracidade dos acontecimentos e afins (por se vender como documentário com teólogos e historiadores), esqueçam. É muito mais uma produção bíblica que busca reforçar o que está escrito, e não em provar algo além, do que alguma outra coisa. É uma longa jornada de mais de três horas de conteúdo, então tem que ter certa paciência pra ver. Há alguns pontos interessantes, como o questionamento de algumas traduções, algumas interpretações abertas e, principalmente, um destaque das personagens femininas da trama. Independente, ainda é uma adaptação do arco de Moisés assim como várias das adaptações já feitas, só vendida de forma diferente.
Raël: O Último Profeta
2.7 9O caso é interessante. A gente vê cada coisa... kk Pena que o doc é extremamente repetitivo. Achei muito cansativo de ver.
O Poltergeist de Enfield
3.6 6Doc sobre o famoso caso de poltergeist em Enfield, que atualmente ficou mais popular por ser tema do filme Invocação do Mal 2. Ele se utiliza da técnica de dramatizar os ocorridos usando atores por cima das vozes originais da investigação. Vale muito citar antes que, por melhor que seja o filme, esqueçam ele por aqui. Esqueçam os Warren tb, brevemente citados, pq eles não são os astros como tentaram vender no cinema. Temos a família, os investigadores e outros envolvidos que vem e vão.
Por mais documentado que o ocorrido seja, repleto de supostas provas, o doc muito provavelmente não vai fazer ninguém acreditar ou desacreditar, mas ele entrega, ao longo de seus quatro episódios lentos, (demonstrando que tem que não só ter paciência como tb gostar muito da temática), muitas gravações da época, em grande parte áudios, além de entrevistas atuais com alguns envolvidos.
Foi interessante saber mais detalhadamente das coisas, mas, particularmente, o caso ao todo não me convenceu não. Eu fiquei bem cético num geral e acredito que pelo menos grande parte foi armado (intencional ou não, vide a situação da família e da própria garota). E com "grande parte" implica que um ponto ou outro me deixou pensando nas possibilidades rs Mas daí bate muito na confiabilidade das fontes tb.
What If...? (2ª Temporada)
3.4 68Mais um combo de alternativas que ninguém se perguntou, mas como a Marvel sabe entreter, consegue divertir. Vi umas opiniões bem divididas e extremas, uns dizendo que essa segunda temporada foi bem melhor que a primeira, outros dizendo que foi bem pior. Achei inferior. Se antes tínhamos um punhado de "e se...?" diferentes onde, ao fim, alguns deles se uniam num grande crossover, nesse até seguem em parte esse modelo, mas tb resgatam universos anteriores e inserem a Capitã Carter como protagonista. É narrativamente mais ligado, por assim dizer. A qualidade dos episódios é tão variável quanto antes, com alguns bons e outros nada demais, embora metade seja esquecível.
Resident Evil: No Escuro Absoluto
2.8 110"Resident Evil: No Escuro Absoluto". A série animada de RE que a Netflix lançou e caiu no esquecimento.
Essa tal série provavelmente foi um quarto título da franquia animada que transformaram em minissérie, pq não tem justificativa pra ter a mesma duração em formato diferente. Independente, a trama traz mais do mesmo. Uma trama batida, rasa, apressada... Que reforça que, se era pra ser uma série, poderiam ter desenvolvido melhor e ter posto mais episódios ou durado mais tempo.
Não há tantas surpresas (umas duas que funcionam, talvez, pelo menos?) nem tantas cenas marcantes, e algumas situações que as vezes prometem algo e cumprem e outras só ficam na promessa mesmo, mas há o básico e esse básico agrada em parte. Não considero a premissa ruim (clichê não é nem um pouco sinônimo de ruindade) e há boas cenas de ação (uma galera reclamou de ter poucas cenas disso, mas pra mim foi na medida).
Um detalhe que não chega a incomodar tanto, mas gostaria de citar: Há um flashback que guia quase toda a série e em parte ele funciona bem, até por narrativamente se utilizarem da velha técnica de ir revelando as coisas aos poucos para ter impacto junto a sua cena correspondente no presente. Só que tem vezes que não parece ter necessidade de ficarem picotando o passado e menos ainda necessidade de ficarem estendendo ou simplesmente repetindo trechos apenas para mostrar as ligações. Poderiam ter usado esses momentos pra mostrar mais de outras coisas (tipo a cena do submarino, que constrói tudo aquilo mostrado pra nada). Mas ok.
Um ponto negativo creio que seja o final e que isso tenha desmotivado muitos. Os três primeiros episódios são bons até, apesar de algumas coisas, mas o quarto/último destoa do tom até ali e meio que vira uma grande cena clímax que pouco empolga, pouco impacta, pouco agrega. É bobo e não leva a nada. Ainda tem um encerramento medíocre. Se existia alguma linha de curiosidade antes, aqui jogam fora e apostam no seguro da pior forma.
O Leon é o protagonista e seu arco é ok, mas o arco da Claire parece uma repetição do arco do Leon, pq, enquanto ela cuida da parte de investigação, ele está no campo de batalha, mas ambos vão descobrindo as coisas meio que ao mesmo tempo. Fica a sensação de que o arco da Claire pouco serviu de algo ao final, pois ela pouco ou nada influencia a trama. Os poucos encontros entre eles tb não tem quase peso nenhum, nem mesmo no grand finale.
Quando comecei escrevendo isso, pretendia dar uma nota maior, mas, quanto mais refletia, mais a nota descia. "No Escuro Absoluto" poderia ter sido o início de uma série animada de RE na Netflix, mas acabou sendo só essa obra esquecível mesmo. Esquecível, com problemas, mas ainda assim nem por isso uma porcaria. Mal sabiam todos o que a Netflix lançaria depois haha
Chicken Nugget
2.9 9 Assista AgoraPremissa inusitada.
Twisted Metal (1ª Temporada)
3.6 57 Assista AgoraUma divertida série de comédia e ação pós-apocalíptica baseada na franquia de jogos de corrida Twisted Metal. Produção Peacock. Tava desconfiado da qualidade, mas logo me empolgou. Não parece ter tido um orçamento alto, mas conseguiram se virar muito bem com o que tinham. São muitos personagens ao longo dos curtos 10 episódios e várias situações que criam pequenos arcos que vão se mesclando até chegar ao grand finale. A estrutura da temporada é dinâmica na maior parte do tempo, mesmo que em alguns momentos dêem uma pausa mais longa pra desenvolver a relação dos principais. Apesar do protagonista (leiteiro), da sua parceira (silêncio) e do vilão principal (policial), quem mais rouba a cena é o palhaço (louco). Por curiosidade, quando se fala de Twisted Metal é o palhaço que é mais lembrado mesmo. Algumas cenas possuem um toque de gore e de humor ácido, como nas do palhaço surtando e fazendo seu show. Há tb flashbacks interessantes, como as da mulher e de seu irmão, numa clara crítica a exploração trabalhista. O resultado é bom e a segunda temporada promete. Disponível tardiamente na HBO MAX.
Persona: Sulli
4.5 2Uma homenagem a Sulli, que nos deixou a poucos anos. Ela seria a protagonista da segunda temporada de Persona, mas chegou a gravar apenas um episódio completo e parte de outro. Decidiram lançar o primeiro curta como parte dessa suposta minissérie.
O primeiro episódio é o tal curta, onde Sulli interpreta uma mulher que vive num matadouro e precisa confessar seus pecados pra poder ir pra um lugar melhor e recomeçar. Ela tá sozinha numa sala pequena, com uma máquina do outro lado da parede, e em suas lembranças no matadouro vemos ela criando um vínculo com o porco morto que ela deveria fatiar. Obviamente é tudo uma metáfora pra um significado maior.
O segundo episódio é na verdade um documentário/entrevista de Jinri/Sulli. Há um segmento principal, da entrevista que ela deu quando foi gravar a série, alternando entre outros vídeos, seja de entrevistas tb, seja vídeos pessoais, alternando tb com referências a O Mágico de Oz. É um doc bem lento, com muitas e muitas cenas de silêncio e reflexão. A artista todas as vezes parece estar buscando alguma forma de responder as perguntas, buscando palavras certas, ao mesmo tempo que parece se segurar, sendo cautelosa no que dizer. São temas sensíveis pra ela. Não a toa tem momentos que ela chora, mesmo contida. É uma confissão, por vezes mais aberta e por vezes mais tímida, sobre o peso que a fama deixou nela e seus conflitos internos, vindos da época que ela era uma famosa artista de kpop até depois de tomar novos rumos.
Ao fim, tanto queria muito ter visto a tal segunda temporada de Persona quanto queira muito que essa entrevista tivesse durado mais tempo. Querida Sulli.
Scott Pilgrim: A Série
4.0 58"Scott Pilgrim: A Série" (Netflix). A nova adaptação animada de Scott Pilgrim não é bem uma readaptação da HQ ou do live-action e menos ainda uma versão estendida do filme. Nem mesmo é sobre o Scott contra a liga dos ex-namorados. O resultado tá mais pra uma releitura. O Scott sai de cena, mesmo que ele seja o tema de tudo na maior parte do tempo, pra dar mais espaço aos outros personagens. A Ramona é meio que a protagonista. Assim como na HQ teve tempo de desenvolver melhor os personagens, o que no filme, por motivos óbvios, foi encurtado, no anime exploram melhor, apesar de todas as mudanças. Fizeram algo novo com a mesma base. Começa igualzinho, até muito mudar ao final do primeiro episódio. Foi um misto de surpresa e decepção ao mesmo tempo por um momento, mas acabei gostando do que vi. Menos frenético que o filme, apelam mais pra um cotidiano e exploram outros caminhos alternativos com os elementos do original. Comparar é meio injusto, pq a trama do filme e da HQ são muito mais legais naquela premissa fechada e viajada, e a edição do filme ajuda demais com aquele ritmo doido e aqueles cortes certeiros, mas essa nova obra parte do princípio do "e se...?", como se o público já tivesse familiarizado com o filme, com as HQs, com o jogo, mesmo com tantos anos passados desde seus lançamentos. Talvez possa até se perguntar "Se tem melhor, pra que ver o anime?", e é uma pergunta boa mesmo, mas a proposta é justamente trazer uma renovação pra franquia. Quem sabe vai além e façam mais temporadas. O que fizeram foi feito, então sei lá, devemos avaliar o resultado. E ficou bom. Ainda desenvolveram melhor as coisas. Quem quiser ver as lutas do Scott (ou rever, o que farei rs), basta rever o longa com atores e ler os quadrinhos. Quem quiser novidades, basta ver ou rever o anime.
Loki (2ª Temporada)
4.0 188Loki (S2) (Disney+). Uma temporada única de 10 episódios sairia melhor, pq essa segunda parece que esticaram pra caber no formato. Muito inferior a ótima primeira. Mas se eu disser que foi ruim estaria mentindo. Toda a temática ainda é interessante, por mais que as vezes os ocorridos pareçam sem rumo. Ainda tem vários bons momentos. Mas é uma temporada que fica morna na maior parte do tempo, mostrando seu melhor só na reta final. Nunca curti muito o Loki, então o destino do personagem pra mim não emocionou o suficiente, mas vi que a galera curtiu bastante. Teve uma boa sacada. A série em si termina muito bem. E nessas fases do UCM onde televisão e cinema andam se unindo, bora ver se teremos um grande impacto dessa série na próxima fase, tanto na questão de multiverso quanto na questão do Kang.
A Queda da Casa de Usher
4.0 286 Assista AgoraNovamente muito bom. Se utilizando de elementos da vida e das obras de Edgar Alan Poe, o diretor de A Maldição da Residência Hill e a Maldição da Mansão Bly entrega um drama/terror sobre a queda de uma família rica, poderosa e podre. Trazendo a mesma pegada de revirar o passado, dessa vez toda a trama é contada por flashbacks.
Os filhos de um CEO de uma empresa farmacêutica morreram e ele decide relatar ao seu "amigo", um procurador que busca derrubar os Usher pelos seus crimes, sobre como cada um se foi e a verdade por trás de tudo. É uma trama que prende a atenção do início ao fim e há diversas referências ao Poe. A série não é baseada apenas no conto que dá nome a ela, mas sim em vários, adaptando tudo a uma única história com várias sub-tramas interligadas e adaptando aos dias atuais. É como uma antologia que ao todo é uma coisa só. E a forma que fazem isso é muito boa.
Nas mãos erradas poderia ficar cansativo, já que sabemos parcialmente o desfecho e os episódios seguem um mesmo padrão, mas felizmente as mãos certas fizeram disso um ótimo trabalho que não cansa. Dá vontade de ver tudo de uma vez só. Diria até que o maior mistério, a explicação por trás de tudo, é o de menos. O desenvolvimento que é o grande forte. Saber a trajetória de cada um dos personagens e suas conexões. Recomendo.
Johnny Depp x Amber Heard
2.8 46 Assista AgoraA HBO tb tem dois docs sobre o tema.
As Novas Aventuras das Formiguinhas - Luz da Bíblia
4.8 1Smilinguido genérico?
Guerra do Imaginário
4.5 2Nenhum comentário sobre? Eu sei que é Brasil Paralelo e já li muito que distorcem as coisas, mas os caras colocaram três escritores no mesmo doc e não tem como não ter alguma curiosidade kk
Além do Guarda-Roupa
3.5 9 Assista AgoraBom?
Legend of the Galactic Heroes
4.8 21 Assista AgoraAcabei de saber dessa obra e agora tô muito interessado.
A Superfantástica História do Balão
4.0 44 Assista AgoraMuito bacana o documentário. Os três episódios foram bem naturais e pareceram contar bem a trajetória dos envolvidos antes, durante e depois do Balão Mágico. Eu nasci só na década seguinte ao grupo, então muita coisa no doc foi novidade, mas lembro de ouvir as músicas quando criança. Superfantástico é atemporal. Gostei da forma como os integrantes trataram os assuntos e é visível as concordâncias e discordâncias em alguns pontos entre eles e alguns dos demais envolvidos nos bastidores de tudo aquilo.
Invasão Secreta
2.8 181 Assista AgoraComeça bem, termina bem... Bem tanto faz (rs). Que potencial desperdiçado. Reduziram o que poderia render uma fase inteira no cinema numa minissérie levando ao literal e ao mínimo da premissa. Pq a ideia é boa, skrulls infiltrados, e a série vai desenvolvendo isso, mas depois fica na mesmice, não avança e ainda termina sem que tudo isso tenha algum impacto relevante.
A graça nos quadrinhos, por exemplo, era de que os skrulls fizeram sua "invasão secreta" e na hora da descoberta já era, não se podia confiar em ninguém, qualquer um poderia ser skrull, até mesmo os principais, até os heróis. Daí que na série os skrulls escondidos em sua grande maioria são aleatórios e desimportantes, a invasão é bem secreta mesmo (kk), não há quase nenhuma morte impactante, ninguém liga pros skrulls, na hora do vamos ver não traz nada de grandioso, resolvem tudo muito rápido e ainda desperdiçam a surpresa do último episódio.
A série até tem cenas bem construídas (exceto quando algum ponto soa artificial ou quando entregam algo de bandeja), tem algumas interações que funcionam mesmo e são divertidas de ver, então no conjunto tem seus pontos positivos, mas ao mesmo tempo deixa a desejar demais por não levar a lugar nenhum e correr pra terminar de qualquer forma.
Sintonia (4ª Temporada)
3.9 30O que eu gostava em Sintonia era o equilíbrio entre os arcos de funk, tráfico e igreja. Três contrapontos sobre a vida na favela. Após a primeira temporada, conforme a trama crescia e avançava de forma decente, tb era visível certo desgaste, como se não precisasse de toda aquela duração de tela mesmo com temporadas tão curtas. Essa quarta faz uma reformulação ao tirar o arco da igreja pra colocar o arco judicial. Tira parte dos contrapontos, já que o arco da Rita acaba se entrelaçando tão mais com o do Nando, a ponto de deslocar o arco do Doni, mas funciona. A temporada flui melhor que as últimas. Souberam prender a atenção até o fim. Se tiver uma quinta, que tragam mais novidades. Vale dizer que a série não faz divisão de certo e errado, então vemos a trama pelos pontos de vista de seus protagonistas e demais personagens de seus núcleos, mas até aí nenhuma novidade, né, quarta temporada já.