Tipo de filme que se encaixaria perfeitamente na grade da sessão da tarde, se não fosse pelos rostos, comportamentos, ambiente e, logicamente, o sotaque finlandês que o torna bem característico. Vale a pena para quem quer assistir comendo pipoca e, principalmente, adora filmes de esportes.
Eis que depois de ver o filme, sou obrigado a concordar com o título em português "A Voz do Coração" ao invés de sua tradução direta do francês "Os Coristas". Enfim, poderia tentar listar as várias mensagens desse mágico filme, porém prefiro deixar a música continar tocando na memória...
Só a idéia desta tetralogia já é em si polêmica e audaciosa. Ver grandes líderes do século passado, que se achavam ou se comportavam como semi-deuses (ou semi-demônios), em seus últimos momentos como todo bom mortal é experiência única, principalmente quando quem estar por trás disso é Aleksandr Sokurov.
Aqui em Touro, vemos um Lênin debilitado. Ora calmo, ora agitado. Sensível, porém também arrogante. Muito pensativo, mas também proferindo palavras de afirmação e arrependimento, fruto de sua consciência ou talvez demência. Enfim, a impotência de um homem, que outrora se achava onipotente.
A sensação de estar diante de vários quadros de pintura a óleo é mais uma vez trazida por Sokurov, com a predominância dos tons verdes. Às vezes as imagens se ofuscam, como desejando sumir ou esconder algo (do passado) ou por ser realmente esse passado confuso...
O que torna Quando Voam as Cegonhas magnífico, poderoso e único, não é o que o filme apresenta, mas sim a maneira como o filme é apresentado, tornando-o sem dúvida uma obra perdida na vida de qualquer cinéfilo que ainda não teve a oportunidade de vê-lo. A essência do filme, digo da vida da personagem principal Verônica e de todos ao seu redor, é brilhantemente representado pelo vôo das cegonhas. Melhor, impossível!!!
Gostaria de ter visto toda a videografia de Angelopoulos antes de ver Poeira do Tempo, mas a sinopse deste filme me hipnotizou tanto que não resisti em vê-lo logo. Talvez assim hoje não tenha parâmetros suficientes para avaliar sua performance perante seu conjunto de obras, mas ficam aqui minhas primeiras considerações.
Penso que a construção do filme foi feita da maneira que foi feita para dar mesmo a impressão de construção, indefinição e confusão de fatos, imaginação e sonhos na vida do fictício diretor. Aqui tudo se mistura. Algumas cenas são tão "confusas" que lembram muito a improbabilidade das imagens que temos em alguns sonhos (e desejos) por mais reais que eles possam parecer. Assim, em vez de trazer à tona uma estória toda bonitinha e mastigada, Angelopoulos propõe aos telespectadores (fãs!) a possibilidade de sentir a dor(ou seria sacríficio?) mental que o processo de criação de um filme ocasiona na vida de um cineasta. E em se tratando especificamente desse tipo de filme o qual o próprio apresenta, é pura provação.
Aparentemente é mais um filme sobre o difícil relacionamento entre pai e filho, daqueles que a gente cresce vendo na TV vindos diretamente de Hollywood e blah blah blah, lah lah lah.
Ah, mas não é mesmo. Felizmente estamos diante de uma produção russa, que sabe unir os dois mundos. E pai e filho aqui representam justamente essas duas Rússias que lutam entre si, mas coexistem, pois o que poderia separá-las não é mais forte do que as unem. E podemos ver isso em cada bela imagem (cheia de significado) a que somos apresentados durante todo o filme.
Magnífico!! Béla Tarr com seu cinema de planos longos e detalhes transforma cada ambiente, andar, semblante, olhar, lágrima e qualquer outra coisa em puro deleite, apreciação e memórias. O Homem de Londres é cinema puro, arte e ode ao noir, feito para ser contemplado do início ao fim.
Seriam sonhos a fonte da imaginação ou a imaginação a fonte dos sonhos? Vendo Tuvalu, eu me deparo com essa pergunta. Não dá pra saber se o que vejo na tela procede ou antecede uma coisa ou outra. Só sei que ao vê-lo, sinto-me diante de um universo extraordinário, em que a única certeza que me passa é o prazer de que não preciso ficar dormindo sempre para continuar sonhando.
Tuvalu é filme universal, utilizando-se de algumas poucas palavras, provavelmente escolhidas por poderem ser entendidas por qualquer pessoa no mundo. Desfrute-o como um sonho!
Definitivamente não é um filme de terror para os tradicionais fãs de filmes de terror. Descobri Sauna quando procurava filmes no melhor estilo de Tarkovsky. Na minha opinião, lembra visualmente e até certo ponto internamente bastante Stalker. Talvez a decepção (para os tarkovskyanos) seja algumas poucas cenas de "assombração gore" para refletir o sentimento de culpa dos personagens, que para mim são totalmente dispensáveis, mas pela maneira como o filme é iniciado e finalizado acabam se tornando um mal necessário...
Uma divertida aventura dramática que esconde, entre as críticas claras e cristalinas contra o pensamento único, conformismo e imperialismo, uma bela mensagem: que devemos lutar pela preservação de nossa História, individual e coletiva.
Apresentado todo em tom sépia, lembrando assim um álbum cheio de fotografias velhas (tiradas por um genial fotógrafo, digo de passagem), Gartaspum é um convite para os telespectadores (russos e não-russos) olharem o passado, observarem o presente e se preocuparem com o futuro. Seria o desinteresse pelos importantes acontecimentos que ocorriam ao redor deles pura alienação ou sentimento de impotência diante dos fatos? Coincidência ou não, levando em consideração que o filme foi lançado em 2005, a Rússia será sede da copa em 2018. Ah...e Garpastum significa jogo de bola em latim. É um produção russa recente que resgata vários aspectos da tradição cinematográfica do país, como os trabalhos de Tarkovisky, mas feitas pelas mãos de alguém que parece querer também deixar sua própria marca.
Se você é fã de cinema, museu e arte abstrata, prepara-se para ter múltiplos orgarmos assistindo A Cor de Romã, porque este filme é exatamente cinema-museu-abstrato, ou em outras palavras, um museu de arte abstrata (lírica) em movimentos e sons, se é que estou me fazendo entender. Na minha leiga opinião o filme está longe de ser de difícil degustação de tão belo que é, muito menos de fácil digestão. Parajanov, ao trazer à tona (como em seus outros trabalhos) mais um relato do povo armênico mix de história e mitologia, faz isso com brilhantismo, poesia e unicidade.
Inteligente, provocador e interessante. Esse tipo de jogo deveria ser obrigatório entre as pessoas. Mas será que as pessoas gostariam de antecipar os conflitos que mais cedo ou mais tarde haverá entre elas? *silêncio*
É um filme sobre sobre o amor, sobre a inocência e pureza da infância, sobre os desejos e as escolhas da vida adulta, sobre parte da História da Hungria (e Europa), sobre duas visões de mundo (socialismo/capitalismo?), enfim...sobre a vida contemporânea, belamente contada por István Szabó em cenas inesquecíveis, incluindo a fala final de Kata.
E poderia haver melhores personagens para mostrar o choque entre mundos e as lições oriundas daí, mesmo que o encontro seja repentino? De um lado, uma criança tocadora de violino; do outro, um homem operador de máquina. Acho que hoje não vou dormir só pensando no que ainda vou descobrir...
E as superfícies refletoras, como espelhos e poças d'água, já apareciam em seu primeiro longa. Andrei Tarkovsky: FANTÁSTICO!!! Um filme cheio de símbolos, entre eles, como não poderia deixar de ser em se tratando de Tarkovsky, o caminho para a auto-descoberta. FODA!!!
Após 25 anos longe da sétima arte, provavelmente devido ao "fracasso" de Giliap (1975), eis que Roy Andersson meio que ressurge das cinzas e nos presenteia com talvez uma das maiores obras deste novo século. Cheio de simbolismo, começando pelo próprio título, o filme é uma grande parábola do estilo de vida da sociedade ocidental "civilizada" que se consolida com o fim do Segundo Milênio. Assustador e encantador ao mesmo tempo, Canções do Segundo Andar chegou para ser peça obrigatória para o cinema e para a humanidade.
Nenhum pouco INSANO. Este bizarro, avant-garde, erótico thriller, meio film noir, é mais uma amostra da capacidade de Tsukamoto em transformar o que poderia ser simples momentos torturantes aos olhos do espectador em pura arte para se consumir com toda voracidade.
Primeiro filme da chamada Triologia do Silêncio (seguido por O Cultivador de Abelhas e Paisagem na Neblina), Viagem a Citera é uma audaciosa e maravilhosa viagem em que mitologia e História gregas e a imaginação e a realidade de um grego se encontram e se misturam, tornando-a uma experiência de várias possibilidades. Um prato cheio para os amantes do velho 8 1/2 e do recente Sinédoque, Nova Iorque. Para ver várias vezes!!!
Bye Bye Blackbird foi paixão à primeira vista. O belíssimo cartaz já dizia tudo: circo, trapezismo e romance no ar. Será??? Visualmente de tirar o folego, é um filme que entra pra lista dos velhos clássicos do cinema de temática similar como Trapézio de Carol Reed. Mas Robinson Savary parece que quiz tornar seu filme, ao contrário de seus semelhantes, em algo além de deslumbre e tensão. Talvez influenciado por alguns trabalhos de Felline (artista que nos faz logo lembrar de circo), Bye Bye Blackbird nos apresenta um mundo onde a linha entre realidade, imaginação e insanidade é mais que tênue.
Fando e Lis
3.9 61Revi e roforço tudo que disse anteriormente. Obra-prima da humanidade!!!
Hermanoteu na Terra de Godah
4.1 403A participação da persoangem profetiza Dercy (uma homenagem à Dercy Gonçalves) é um show à parte. Impossível segurar o riso.
Cyclomania
3.5 1Tipo de filme que se encaixaria perfeitamente na grade da sessão da tarde, se não fosse pelos rostos, comportamentos, ambiente e, logicamente, o sotaque finlandês que o torna bem característico. Vale a pena para quem quer assistir comendo pipoca e, principalmente, adora filmes de esportes.
A Voz do Coração
4.3 260Eis que depois de ver o filme, sou obrigado a concordar com o título em português "A Voz do Coração" ao invés de sua tradução direta do francês "Os Coristas". Enfim, poderia tentar listar as várias mensagens desse mágico filme, porém prefiro deixar a música continar tocando na memória...
Justin Bieber: Never Say Never
2.4 1,7K Assista AgoraNossa, pessoal leva as coisas muito a sério mesmo!!!
Taurus
3.7 19Só a idéia desta tetralogia já é em si polêmica e audaciosa. Ver grandes líderes do século passado, que se achavam ou se comportavam como semi-deuses (ou semi-demônios), em seus últimos momentos como todo bom mortal é experiência única, principalmente quando quem estar por trás disso é Aleksandr Sokurov.
Aqui em Touro, vemos um Lênin debilitado. Ora calmo, ora agitado. Sensível, porém também arrogante. Muito pensativo, mas também proferindo palavras de afirmação e arrependimento, fruto de sua consciência ou talvez demência. Enfim, a impotência de um homem, que outrora se achava onipotente.
A sensação de estar diante de vários quadros de pintura a óleo é mais uma vez trazida por Sokurov, com a predominância dos tons verdes. Às vezes as imagens se ofuscam, como desejando sumir ou esconder algo (do passado) ou por ser realmente esse passado confuso...
Pra ver e não esquecer em todos os sentidos.
Quando Voam as Cegonhas
4.3 72O que torna Quando Voam as Cegonhas magnífico, poderoso e único, não é o que o filme apresenta, mas sim a maneira como o filme é apresentado, tornando-o sem dúvida uma obra perdida na vida de qualquer cinéfilo que ainda não teve a oportunidade de vê-lo. A essência do filme, digo da vida da personagem principal Verônica e de todos ao seu redor, é brilhantemente representado pelo vôo das cegonhas. Melhor, impossível!!!
A Poeira do Tempo
3.9 14Gostaria de ter visto toda a videografia de Angelopoulos antes de ver Poeira do Tempo, mas a sinopse deste filme me hipnotizou tanto que não resisti em vê-lo logo. Talvez assim hoje não tenha parâmetros suficientes para avaliar sua performance perante seu conjunto de obras, mas ficam aqui minhas primeiras considerações.
Penso que a construção do filme foi feita da maneira que foi feita para dar mesmo a impressão de construção, indefinição e confusão de fatos, imaginação e sonhos na vida do fictício diretor. Aqui tudo se mistura. Algumas cenas são tão "confusas" que lembram muito a improbabilidade das imagens que temos em alguns sonhos (e desejos) por mais reais que eles possam parecer. Assim, em vez de trazer à tona uma estória toda bonitinha e mastigada, Angelopoulos propõe aos telespectadores (fãs!) a possibilidade de sentir a dor(ou seria sacríficio?) mental que o processo de criação de um filme ocasiona na vida de um cineasta. E em se tratando especificamente desse tipo de filme o qual o próprio apresenta, é pura provação.
Estradas para Koktebel
3.8 6Aparentemente é mais um filme sobre o difícil relacionamento entre pai e filho, daqueles que a gente cresce vendo na TV vindos diretamente de Hollywood e blah blah blah, lah lah lah.
Ah, mas não é mesmo. Felizmente estamos diante de uma produção russa, que sabe unir os dois mundos. E pai e filho aqui representam justamente essas duas Rússias que lutam entre si, mas coexistem, pois o que poderia separá-las não é mais forte do que as unem. E podemos ver isso em cada bela imagem (cheia de significado) a que somos apresentados durante todo o filme.
O Homem de Londres
3.8 15Magnífico!! Béla Tarr com seu cinema de planos longos e detalhes transforma cada ambiente, andar, semblante, olhar, lágrima e qualquer outra coisa em puro deleite, apreciação e memórias. O Homem de Londres é cinema puro, arte e ode ao noir, feito para ser contemplado do início ao fim.
Tuvalu
3.9 7 Assista AgoraSeriam sonhos a fonte da imaginação ou a imaginação a fonte dos sonhos? Vendo Tuvalu, eu me deparo com essa pergunta. Não dá pra saber se o que vejo na tela procede ou antecede uma coisa ou outra. Só sei que ao vê-lo, sinto-me diante de um universo extraordinário, em que a única certeza que me passa é o prazer de que não preciso ficar dormindo sempre para continuar sonhando.
Tuvalu é filme universal, utilizando-se de algumas poucas palavras, provavelmente escolhidas por poderem ser entendidas por qualquer pessoa no mundo. Desfrute-o como um sonho!
Sauna
3.1 21Definitivamente não é um filme de terror para os tradicionais fãs de filmes de terror. Descobri Sauna quando procurava filmes no melhor estilo de Tarkovsky. Na minha opinião, lembra visualmente e até certo ponto internamente bastante Stalker. Talvez a decepção (para os tarkovskyanos) seja algumas poucas cenas de "assombração gore" para refletir o sentimento de culpa dos personagens, que para mim são totalmente dispensáveis, mas pela maneira como o filme é iniciado e finalizado acabam se tornando um mal necessário...
Coração de Fogo
3.7 7Uma divertida aventura dramática que esconde, entre as críticas claras e cristalinas contra o pensamento único, conformismo e imperialismo, uma bela mensagem: que devemos lutar pela preservação de nossa História, individual e coletiva.
Garpastum
3.9 3Apresentado todo em tom sépia, lembrando assim um álbum cheio de fotografias velhas (tiradas por um genial fotógrafo, digo de passagem), Gartaspum é um convite para os telespectadores (russos e não-russos) olharem o passado, observarem o presente e se preocuparem com o futuro. Seria o desinteresse pelos importantes acontecimentos que ocorriam ao redor deles pura alienação ou sentimento de impotência diante dos fatos? Coincidência ou não, levando em consideração que o filme foi lançado em 2005, a Rússia será sede da copa em 2018. Ah...e Garpastum significa jogo de bola em latim. É um produção russa recente que resgata vários aspectos da tradição cinematográfica do país, como os trabalhos de Tarkovisky, mas feitas pelas mãos de alguém que parece querer também deixar sua própria marca.
A Cor da Romã
4.1 133Se você é fã de cinema, museu e arte abstrata, prepara-se para ter múltiplos orgarmos assistindo A Cor de Romã, porque este filme é exatamente cinema-museu-abstrato, ou em outras palavras, um museu de arte abstrata (lírica) em movimentos e sons, se é que estou me fazendo entender. Na minha leiga opinião o filme está longe de ser de difícil degustação de tão belo que é, muito menos de fácil digestão. Parajanov, ao trazer à tona (como em seus outros trabalhos) mais um relato do povo armênico mix de história e mitologia, faz isso com brilhantismo, poesia e unicidade.
Roleta Chinesa
4.0 44Inteligente, provocador e interessante. Esse tipo de jogo deveria ser obrigatório entre as pessoas. Mas será que as pessoas gostariam de antecipar os conflitos que mais cedo ou mais tarde haverá entre elas? *silêncio*
Um Filme sobre o Amor
3.7 3É um filme sobre sobre o amor, sobre a inocência e pureza da infância, sobre os desejos e as escolhas da vida adulta, sobre parte da História da Hungria (e Europa), sobre duas visões de mundo (socialismo/capitalismo?), enfim...sobre a vida contemporânea, belamente contada por István Szabó em cenas inesquecíveis, incluindo a fala final de Kata.
O Rolo Compressor e o Violinista
4.0 47E poderia haver melhores personagens para mostrar o choque entre mundos e as lições oriundas daí, mesmo que o encontro seja repentino? De um lado, uma criança tocadora de violino; do outro, um homem operador de máquina. Acho que hoje não vou dormir só pensando no que ainda vou descobrir...
O Rolo Compressor e o Violinista
4.0 47E as superfícies refletoras, como espelhos e poças d'água, já apareciam em seu primeiro longa. Andrei Tarkovsky: FANTÁSTICO!!! Um filme cheio de símbolos, entre eles, como não poderia deixar de ser em se tratando de Tarkovsky, o caminho para a auto-descoberta. FODA!!!
Canções do Segundo Andar
4.1 67Após 25 anos longe da sétima arte, provavelmente devido ao "fracasso" de Giliap (1975), eis que Roy Andersson meio que ressurge das cinzas e nos presenteia com talvez uma das maiores obras deste novo século. Cheio de simbolismo, começando pelo próprio título, o filme é uma grande parábola do estilo de vida da sociedade ocidental "civilizada" que se consolida com o fim do Segundo Milênio. Assustador e encantador ao mesmo tempo, Canções do Segundo Andar chegou para ser peça obrigatória para o cinema e para a humanidade.
A Snake of June
3.7 16Nenhum pouco INSANO. Este bizarro, avant-garde, erótico thriller, meio film noir, é mais uma amostra da capacidade de Tsukamoto em transformar o que poderia ser simples momentos torturantes aos olhos do espectador em pura arte para se consumir com toda voracidade.
Viagem a Citera
4.2 17Primeiro filme da chamada Triologia do Silêncio (seguido por O Cultivador de Abelhas e Paisagem na Neblina), Viagem a Citera é uma audaciosa e maravilhosa viagem em que mitologia e História gregas e a imaginação e a realidade de um grego se encontram e se misturam, tornando-a uma experiência de várias possibilidades. Um prato cheio para os amantes do velho 8 1/2 e do recente Sinédoque, Nova Iorque. Para ver várias vezes!!!
Adeus, Pássaro Negro
4.4 3Ah...trilha oficial do filme é assinada por Mercury Rev. Morri!!!
Adeus, Pássaro Negro
4.4 3Bye Bye Blackbird foi paixão à primeira vista. O belíssimo cartaz já dizia tudo: circo, trapezismo e romance no ar. Será??? Visualmente de tirar o folego, é um filme que entra pra lista dos velhos clássicos do cinema de temática similar como Trapézio de Carol Reed. Mas Robinson Savary parece que quiz tornar seu filme, ao contrário de seus semelhantes, em algo além de deslumbre e tensão. Talvez influenciado por alguns trabalhos de Felline (artista que nos faz logo lembrar de circo), Bye Bye Blackbird nos apresenta um mundo onde a linha entre realidade, imaginação e insanidade é mais que tênue.