Lembro que me tornei fã de Einstürzende Neubauten ao escutar o álbum 1/2 Mensch, um dos trabalhos mais estranhos, bizarros e pertubadores que já tinha experimentado até então. Ver o filme de Sohgo Ishii logo depois só tornou a experiência de 1/2 Mensch um tanto quanto mais surreal!!! Até hoje tenho sonhos (senão pesadelos) vendo esses grandes artistas da música conteporânea tocando/experimentando no que restou de uma fábrica...
Nossa!!!! Finalmente consegui ver o tão cultuado Malpertuis. Mais bizarro, aterrorizante, hipnótico, fantástico, lindo e inesquicível do que eu imaginava. Fiquei o filme todo dizendo "foooooooda!", mas ao final já sabia que isso era insuficiente...
À medida que a viagem se sucede, os três personagens vão construindo uma trama, a partir das discussões entre si e dos eventos que ocorrem ao redor. O trem, logicamente, é o cenário de partida e final para as duas estórias que vemos na tela. Com atuações e fotografias no melhor estilo francês, Trans-Europ-Express é mais do que um filme sobre a criação de um filme. É uma amostra de como as nossas estórias, sejam elas reais ou fictícias, são construídas e reconstruídas pela nossa (perecepção da) realidade, imaginação e sonhos...
A proposta de Arthur Omar de apresentar os combates entre cavaleiros em movimentos quase em câmera lenta torna seu filme um dos mais difíceis que já tive a oportunidade de ver, mas também, contrariamente, um dos mais belos, já que aqui imagem e som são percebidos em seus mínimos detalhes. (Espírito Tarkovskyano)¹º? Filme pra poucos, ou melhor, pouquíssimos. As pessoas cochilando ou se levantando ao longo do filme no cinema são prova disso...
Energia é um verdadeiro tesouro para a música brasileira. Ver Jorge Ben Jor mais do que à vontade no palco, como se tivesse nascido nele e não no berço, atuando com artistas que dispensam qualquer apresentação é de tirar o fôlego. Parabéns a Biscoito Fino e logicamente a Rede Globo por oferecer esse registro ao público, talvez de valor incalculável!
Simplesmente fantástico!!! Tendo como título o mesmo nome de uma das obras do grande pintor belga René Magritte, La Belle Captive, é, além de um formidável deleite surreal, uma grande oportunidade de conhecer e/ou experimentar diversas obras (ou referências a elas) do próprio Magritte em movimento e com som. Entrando na trama. O que estava acontecendo, na verdade não estava acontecendo? Se não estava acontecendo, o que era afinal?
Tive o prazer de ver esse simples e excelente documentário no É Tudo Verdade em São Paulo. Pode parecer um registro clichê, mas samba é samba e qualquer coisa sobre ele sempre será novidade e muito bem-vindo. Verdade que Bebeto Arantes tenta ir além, mergulhando nas raízes do samba e colocando na tela algumas discussões que giram em torno dele, como a possibilidade de pagode também ser samba. Em suma: Imperdível!
Não se compara com A Voz do Coração, mas destaca-se por mostrar toda a turbulência política, econômica e artística de Paris dos anos 30, mais especificamente da periferia da cidade, onde as pequenas casas de shows (de musicais e stand-up) sobrevivem unicamente de seu próprio público, que já sente os efeitos da guerra que se aproxima. Terão os artistas condições, criatividade e, principalmente, motivação, para mantê-lo?
Obra louca, transgressora e inesquecível! Fãs de Godard certamente vão adorar, não somente pela clara e direta influência de suas obras no filme, como também pela comparação do mestre do cinema francês como Deus da sétima arte.
Interessante produção canadense que mostra metaforicamente a necessidade do ser humano em ser compreendido pelos outros para poder viver. A comunicação é sem dúvida a essência de toda a vida.
Filme sobre a máfia italiana sem glamour, adrenalina e qualquer sensibilidade. As imagens são apresentadas de maneira crua, real e cruel, sempre com uma fotografia e cenários marcantes e intrigantes, que podem ser a salvação para aqueles que começaram a ficar entediados com o "desenrolar" da estória, esperando algum clímax típico de filmes com semelhante temática.
Laurent Cantet beirou a perfeição ao tornar cada cena deste filme tão real e convincente. Como em outros filmes do próprio, aqui a crítica ao sistema é sutil, afiada e penetrante. O espetacular final nos silencia, mas deixando-nos pronto para sair deste estado com sabedoria.
Tenho orgulho de ter visto essa pequena obra prima e, principalmente, de saber que ela foi produzida no Brasil. Com um título belo, cartaz hipnotizante, sinopse intrigante e construção inovadora, o filme é ficcional e experimental, mas com uma mensagem um tanto quanto real e universal, afinal de contas há mais Josés Renatos da vida e lugares que se assemelham ao nosso fatídico sertão nordestino do que imaginamos ou queremos ver.
Definitivamente não há como não ser atraído pelo esdrúxulo nome deste filme russo, que depois descobri que se trata de um nome de um jogo (ou brincadeira) infantil na Rússia, do qual não consegui ter mais informações. Para os que assistiram ao grandioso filme "Alemanha, Ano Zero" de Roberto Rossellini, as comparações serão quase que automáticas, principalmente pela sua apresentação em preto e branco. De fato, em ambos os filmes vemos os pequenos protagonistas (Edmund na Alemanha e Valerka na Sibéria) vivendo o ápice de sua infância em uma terra arrasada, em pleno período pós II Guerra, alheios às tragédias que lhes rodeiam, até, logicamente, eles se tornarem a própria tragédia. Mas as semelhanças param ai. O fosso existente entre as estórias e destinos pessoais dos cidadãos da urbana Berlin e a interiorana Suchan é enorme. E a História (real) está ai para dizer tudo. Talvez por isso o filme tenha sofrido certos ajustes pela censura russa, que mesmo assim não foram suficintes para destruir sua essência, digna de uma pedra preciosa.
Este filme é uma jóia "perdida" italiana. Tendo como trama a velha estória de amor, cobiça e desgraça pessoais, surpreende pela domínio de técnicas cinematográficas e muitos outros dons artísticos. Filmado na belíssima cidade de Turin, abusa de cores e tons (nas paredes, roupas, objetos, cartazes, rostos etc) que dão a sensação de se estar a cada quadro diante de uma pintura impressionista. Estonteante!
Criar um filme sobre criar um filme não é definitivamente tarefa que todo diretor de cinema vai encarar em sua vida. Talvez por já ser temática batida ou por qualquer inovação na proposta exigir demais tanto do cineasta quanto do público. Epidemia vai além disso. Mais indigerível do que qualquer filme que o próprio diretor faria sob o Dogma 95, vale cada minuto logicamente para fãs de Trier e para quem está pronto para o que der e vier...
Kill Your Idols
3.9 5Um verdadeiro orgasmo audio-visual!!! Ainda mais com Lydia Lunch, Thurston Moore e meu amado maior, J. G. Thirlwell....PQP!!!
1/2 Mensch
4.3 4Lembro que me tornei fã de Einstürzende Neubauten ao escutar o álbum 1/2 Mensch, um dos trabalhos mais estranhos, bizarros e pertubadores que já tinha experimentado até então. Ver o filme de Sohgo Ishii logo depois só tornou a experiência de 1/2 Mensch um tanto quanto mais surreal!!! Até hoje tenho sonhos (senão pesadelos) vendo esses grandes artistas da música conteporânea tocando/experimentando no que restou de uma fábrica...
Malpertuis
4.0 15Nossa!!!! Finalmente consegui ver o tão cultuado Malpertuis. Mais bizarro, aterrorizante, hipnótico, fantástico, lindo e inesquicível do que eu imaginava. Fiquei o filme todo dizendo "foooooooda!", mas ao final já sabia que isso era insuficiente...
Trans-Europ-Express
3.9 8À medida que a viagem se sucede, os três personagens vão construindo uma trama, a partir das discussões entre si e dos eventos que ocorrem ao redor. O trem, logicamente, é o cenário de partida e final para as duas estórias que vemos na tela. Com atuações e fotografias no melhor estilo francês, Trans-Europ-Express é mais do que um filme sobre a criação de um filme. É uma amostra de como as nossas estórias, sejam elas reais ou fictícias, são construídas e reconstruídas pela nossa (perecepção da) realidade, imaginação e sonhos...
Os Cavalos de Goethe
2.3 1A proposta de Arthur Omar de apresentar os combates entre cavaleiros em movimentos quase em câmera lenta torna seu filme um dos mais difíceis que já tive a oportunidade de ver, mas também, contrariamente, um dos mais belos, já que aqui imagem e som são percebidos em seus mínimos detalhes. (Espírito Tarkovskyano)¹º? Filme pra poucos, ou melhor, pouquíssimos. As pessoas cochilando ou se levantando ao longo do filme no cinema são prova disso...
Eu Me Chamo Elisabeth
4.0 24J'aime les films français et avec enfants.
Todas as Mulheres Fazem
3.0 30O que esperar dos filmes de um diretor apaixonado por bundas e que tem bunda no nome (brASS)? E vai Diana!!!
Jorge Ben Jor: Energia
4.7 2Energia é um verdadeiro tesouro para a música brasileira. Ver Jorge Ben Jor mais do que à vontade no palco, como se tivesse nascido nele e não no berço, atuando com artistas que dispensam qualquer apresentação é de tirar o fôlego. Parabéns a Biscoito Fino e logicamente a Rede Globo por oferecer esse registro ao público, talvez de valor incalculável!
A Bela Prisioneira
3.6 7Simplesmente fantástico!!! Tendo como título o mesmo nome de uma das obras do grande pintor belga René Magritte, La Belle Captive, é, além de um formidável deleite surreal, uma grande oportunidade de conhecer e/ou experimentar diversas obras (ou referências a elas) do próprio Magritte em movimento e com som. Entrando na trama. O que estava acontecendo, na verdade não estava acontecendo? Se não estava acontecendo, o que era afinal?
As Batidas do Samba
4.7 7Tive o prazer de ver esse simples e excelente documentário no É Tudo Verdade em São Paulo. Pode parecer um registro clichê, mas samba é samba e qualquer coisa sobre ele sempre será novidade e muito bem-vindo. Verdade que Bebeto Arantes tenta ir além, mergulhando nas raízes do samba e colocando na tela algumas discussões que giram em torno dele, como a possibilidade de pagode também ser samba. Em suma: Imperdível!
Tusk
2.4 12Então...só sendo muito fã mesmo. Ainda tenho esperança de vê-lo em qualidade melhor...
WWIII Tour 2003
5.0 1É KMFDM! Tem no palco a bela Lucia Cifarelli e talvez o mais influente artista da música industrial, Raymond Watts. Não preciso dizer mais nada...
Paris 36
3.9 8Não se compara com A Voz do Coração, mas destaca-se por mostrar toda a turbulência política, econômica e artística de Paris dos anos 30, mais especificamente da periferia da cidade, onde as pequenas casas de shows (de musicais e stand-up) sobrevivem unicamente de seu próprio público, que já sente os efeitos da guerra que se aproxima. Terão os artistas condições, criatividade e, principalmente, motivação, para mantê-lo?
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraPreciso comprar a edição especial urgentemente. Obra desse naipe, preciso ter em casa em versão original!!
Nasci de uma Cegonha
3.7 16Obra louca, transgressora e inesquecível! Fãs de Godard certamente vão adorar, não somente pela clara e direta influência de suas obras no filme, como também pela comparação do mestre do cinema francês como Deus da sétima arte.
O que é Preciso para Viver
3.6 2Interessante produção canadense que mostra metaforicamente a necessidade do ser humano em ser compreendido pelos outros para poder viver. A comunicação é sem dúvida a essência de toda a vida.
Lavoura Arcaica
4.2 381 Assista AgoraBeira a perfeição!!!
Gomorra
3.3 130Filme sobre a máfia italiana sem glamour, adrenalina e qualquer sensibilidade. As imagens são apresentadas de maneira crua, real e cruel, sempre com uma fotografia e cenários marcantes e intrigantes, que podem ser a salvação para aqueles que começaram a ficar entediados com o "desenrolar" da estória, esperando algum clímax típico de filmes com semelhante temática.
Entre os Muros da Escola
3.9 363Laurent Cantet beirou a perfeição ao tornar cada cena deste filme tão real e convincente. Como em outros filmes do próprio, aqui a crítica ao sistema é sutil, afiada e penetrante. O espetacular final nos silencia, mas deixando-nos pronto para sair deste estado com sabedoria.
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo
3.9 502 Assista AgoraTenho orgulho de ter visto essa pequena obra prima e, principalmente, de saber que ela foi produzida no Brasil. Com um título belo, cartaz hipnotizante, sinopse intrigante e construção inovadora, o filme é ficcional e experimental, mas com uma mensagem um tanto quanto real e universal, afinal de contas há mais Josés Renatos da vida e lugares que se assemelham ao nosso fatídico sertão nordestino do que imaginamos ou queremos ver.
Não se Mova, Morra, Ressuscite
4.2 4Definitivamente não há como não ser atraído pelo esdrúxulo nome deste filme russo, que depois descobri que se trata de um nome de um jogo (ou brincadeira) infantil na Rússia, do qual não consegui ter mais informações. Para os que assistiram ao grandioso filme "Alemanha, Ano Zero" de Roberto Rossellini, as comparações serão quase que automáticas, principalmente pela sua apresentação em preto e branco. De fato, em ambos os filmes vemos os pequenos protagonistas (Edmund na Alemanha e Valerka na Sibéria) vivendo o ápice de sua infância em uma terra arrasada, em pleno período pós II Guerra, alheios às tragédias que lhes rodeiam, até, logicamente, eles se tornarem a própria tragédia. Mas as semelhanças param ai. O fosso existente entre as estórias e destinos pessoais dos cidadãos da urbana Berlin e a interiorana Suchan é enorme. E a História (real) está ai para dizer tudo. Talvez por isso o filme tenha sofrido certos ajustes pela censura russa, que mesmo assim não foram suficintes para destruir sua essência, digna de uma pedra preciosa.
Bubù
4.2 3Este filme é uma jóia "perdida" italiana. Tendo como trama a velha estória de amor, cobiça e desgraça pessoais, surpreende pela domínio de técnicas cinematográficas e muitos outros dons artísticos. Filmado na belíssima cidade de Turin, abusa de cores e tons (nas paredes, roupas, objetos, cartazes, rostos etc) que dão a sensação de se estar a cada quadro diante de uma pintura impressionista. Estonteante!
Antes da Chuva
4.1 62 Assista AgoraA fotografia neste filme diz tudo. Explêndida e de tirar o fôlego casa-se perfeitamente com o roteiro ousado, inteligente e provocativo.
Epidemia
3.0 42 Assista AgoraCriar um filme sobre criar um filme não é definitivamente tarefa que todo diretor de cinema vai encarar em sua vida. Talvez por já ser temática batida ou por qualquer inovação na proposta exigir demais tanto do cineasta quanto do público. Epidemia vai além disso. Mais indigerível do que qualquer filme que o próprio diretor faria sob o Dogma 95, vale cada minuto logicamente para fãs de Trier e para quem está pronto para o que der e vier...