Uma fábula surrealista ambientada em mundo decadente, pífio e superficial. A aventura empreendida por Fando e Lis (jovens vítimas, mas também parte desse sistema) em busca de um mundo perfeito representa brilhantemente a nossa constante procura em DAR sentido à vida (e não em SABER o sentido dela), baseada em conquistas, que, quando atingidas, não necessariamente significam o fim de nossos problemas, pelo contrário talvez o início de muitos outros. E o que dizer quando nem alcançamos esses pequenos momentos de felicidade?
Com uma bela fotografia em preto e branco, roteiro brilhante, lindas canções, personagens bizarros reflexos de um mundo não tão estranho aos nossos olhos, Fando e Lis é uma obra-prima profunda, inesquecível e emocionamte.
Hamaca (rede em português), palavra de origem indígena usada em espanhol para designar o utensílio doméstico para se dormir, descansar ou simplesmente deixar o tempo passar, foi o elemento que a diretora Paz Encina usou para metaforizar o comportamento dos paraguaios (e porque não de todo o povo latino-americano, já que a rede talvez seja um dos costumes indígenas mais comuns em todo o continente?), que vivem reclamando e à espera de que algo aconteça, mas sem nunca fazer nada para mudar, por medo ou por resignação. Apesar do caráter pessimista do filme, a cineasta parece acreditar que dias melhores virão, aqui representado pela velhice do casal e pela chuva que cai. Muy creativo!!!
Wow! Esse filme de cara me lembrou duas estórias e para mim se encontra justamente no meio destes dois universos: Alice no País das Maravilhas e o Bebê de Rosemary. O primeiro pelo mundo belo e surreal em que Alice mergulha após ter sua viagem de carro interrompida durante uma tempestade. O segundo pelo clima angustiante e pertubador em que se encontra Alice, sem saber realmente o que está acontecendo e do qual somos também obrigados a compartilhar. Com sua determinação, calma, beleza e inocência, Alice é sem dúvida mais uma personagem marcante e inesquecível do cinema.
Mais famoso pelos seus filmes sangüinários, Takashi Miike nos apresenta aqui uma aventura fantástica por um mundo desconhecido (aqui representado pela magnífica China). Quanto mais os personagens se afastam daquilo que eles entendem como civilização, maiores são as descobertas e aprendizagens. No final, terão que decidir o mundo que desejam para si e para as demais pessoas que os cercam. Eternamente atual!!!
Um dos filmes mais insanos e sangüinários que eu já vi. Puro teste de nervos!!! Apesar de não ser o tipo de filme que me agrada, devido ao realismo das torturas e mutilações, o roteiro super inteligente e envolvente me fez ver o filme com ânimo até o final.
Um dos filmes mais marcantes que eu já vi. Primeiro por ter sido o meu primeiro de Fellini. Segundo por ter visto num cinema lotado, digno de lançamentos blockbusters. Finalmente, apesar de ser um dos filme menos comentados e vistos do cineasta, Satyricon talvez seja a produção mais audaciosa de Fellini. Aqui a gente percebe praticamente todos os elementos que brilhantemente o diretor criou ou se utilizou em seus filmes: fotografia e cenários inesquecíveis; muitas (digo muitas mesmo) criaturas bizarras, exóticas e de beleza de tirar o fôlego; crítica inteligente aos costumes da sociedade; e, logicamente, a atmosfera circense.
Obra simples, mas belíssima e sinceramentre profunda. A sensação de estar contemplando ao mesmo tempo um filme e uma pintura, provocado principalmente pela encantadora fotografia e movimentos lentos ou quase ausência deles, faz de Mãe e Filho uma experiência única e obrigatória. Pra ver incontáveis vezes!!!
Acompanhar as mudanças de estação (do inverno até o outono) em paralelo com as experiências sexuais e a evolução da própria Miranda é sem dúvida o grande triunfo deste filme. Difícil também não ficar encantado com a personagem, que consegue provocar as mesmas reações nos homens que estão na tela e fora dela. Eu não me contentaria em ficar apenas uma estação com Miranda.
Inspirado no conto O Cobrador de Rubem Fonseca, o filme nos apresenta várias situações de selvageria ambientadas em Nova York, Miami, Cidade do México, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Buenos Aires. Tenta assim retratar a violência urbana, convidando o público a achar as respostas para a origem da mesma. Utilizando-se de poucos diálogos ou mesmo palavras (Lázaro Ramos, por exemplo permanece calado o filme todo, mas detona na interpretação como sempre), o diretor Paul Leduc parece querer fazer dos personagens do filme um retrato daquilo que mais falta hoje entre as pessoas: entendimento. Não que o filme se resuma a apenas esse questionamento/provocação. O próprio subtítulo, Em Deus Confiamos (lema nacional dos EUA!), nos remete a muitas coisas.
Ahhhhh...não poderia deixar de mencionar a belíssima trilha sonora à base de Tom Zé.
Do início ao (início do) fim, somos bombardeados por cenas que desafiam qualquer noção de realidade (?). Fantástico, irônico, provocativo, bizarro, tenso, revelador, surreal, belo e repugnante, não é por menos que A Montanha Sagrada é quase sinônimo de Alejandro Jodorowsky. Verdade que é um filme para poucos dos poucos, mas com muitos dos muitos bom apreciadores da sétima arte.
Se eu tivesse tempo, ia passar horas e horas no dicionário à procura de todas as palavras que descrevessem positivamente essa "película" argentina. Sendo obrigado a ser sucinto, posso dizer que La Antena, apesar de automaticamente nos fazer lembrar de clássicos como Metrópolis de Fritz Lang, é um filme que esbanja originalidade e criatividade. Certamente ter assistido La Antena foi uma das experiências cinematográficas e de vida mais inesquecíveis e importantes pelas quais já passei.
Certamente quem assistir a este filme depois de outros trabalhos anteriores de Kusturica vai ter a sensação de que algo está faltando. Mas mesmo assim tem seu valor pela dosagem certa de comédia, drama, romance e história.
Por incrível que pareça, o drama familiar (propriamente captado pelas câmeras) e a miséria (in)visível de algum lugar das Filipinas (representada ora pelo próprio cinema, ora pelas rápidas tomadas do mundo lá fora) chamam mais atenção que as cenas de sexo que acontecem no cinema pornô. Mas nada comparado à cabrita que rouba literalmente a cena...
Formidável registro da gravação de um formidável CD da música brasileira. Ney Matogrosso juntamente com Pedro Luís e A Parede se auto-completam em cada música. Destaque para a gravação da faixa título, Vagabundo, em que Ney Matogrosso se depara com dificuldades em entonar dois versos da música e diz que vai tentar até acertar, nem que isso lhe custe 3 horas. Perfeição da perfeição. Imperdível!!!!!
"Estilhaços, bombas, bumbos e mil gritos de araras O ruido luminoso, alto e claro desse sol na minha cara"
O que este filme tem de "confuso", tem também de cômico. Nada muito estranho aos olhos de quem já viu outros filmes com roteiro de Kaufman. Pode-se dizer que o sentido do filme está nos detalhes , então só muita atenção e assistí-lo várias vezes vai revelar muitas coisas antes despercebidas. Só pra ter uma idéia do que tou dizendo, nos primeiros 5 minutos de filme, há uma excelente metáfora sobre como o tempo passa rapidamente sem que o percebemos (graças a nossa tediosa rotina). Ao acordar, o rádio relógio de Caden nos diz que é 1º de Setembro. Ao chegar na cozinha, a televisão diz que é Halloween (31 de outubro), e logo depois seu jornal nos mostra que é 14 de Novembro. Enfim, pra quem tiver paciência e tempo, vale usar as teclas pause, retroceder e até zoom do seu controle remoto em algumas cenas, mas só depois de vê-lo inteiro sem interrupção. Boa diversão a todos! :P
Visualmente lindo e pertubador. Mistura perfeita de horror, drama, humor, romance, erotismo e surrealismo. Além da impactante cena inicial, sem dúvida são impagáveis da memória as cenas com o cortejo do caixão do elefante e a perfeição da manipulação das mãos de Fenix como se fossem os de sua mãe durante um dos seus espetáculos.
Coisas Insignificantes é mais um daqueles filmes em que diversos personagens com problemas pessoais acabam se cruzando de alguma maneira. Mas aqui os laços entre os personagens são também representados por algumas coisas (in)significantes em suas vidas que por obsessão de uma das personagens acabam todos indo parar numa caixa. Interessante a maneira como o enredo é conduzido para explicar determinado drama pessoal e a origem de alguns objetos da caixa.
Que nem em Delicatessen, ao mesmo tempo que somos apresentados a um mundo com atmosfera bem apocalíptica, nos deparamos com personagens com características bem circenses, sendo que os vilões são os responsáveis em nos provocar as melhores risadas ao longo do filme. Estória interessante, mas longe de ser um marco entre as grandes fábulas, a não ser pela maneira bem bizarra de conduzir os acontecimentos.
Junte um pouco da cultura cigana, um monte de personagens e situações bizarras, belas paisagens, cenários ricos em detalhes e, logicamente, muita (muita mesmo) música bálcânica. Temos assim mais um grande filme de Emir Kusturica. Consideravelmente menos drámatico que seu antecesssor, Mentiras de Guerra, mas mesmo assim trazendo muitos conflitos intra e interpessoais, comuns e incomuns aos nossos olhos, Gato Preto Gato Branco é uma divertida e mágica comédia de costumes para se guardar na memória por muito tempo.
Quase impossível não encontrar alguém que nunca tenha visto esse filme, pelo menos entre os que eram ligados no Cine Trash. Sem dúvida, Shakma é um clássico para rever de tempos em tempos e assunto de bar entre amigos e desconhecidos.
Primeiramente o título brasileiro é rídiculo. Reforça a idéia de que se trata de mais uma estória de suspense e somente isso. Lembro que decidi ver esse filme na época do seu lançamento em dvd, quando alguém na locadora fez um comentário que o filme era horrível!!!! Ao dar de cara com o título original e a sinopse, percebi o motivo. Se o filme é uma decepção policial, por outra lado é uma grande sátira de costumes e uma boa representação de dois mundos, tão próximos e distantes ao mesmo tempo...
NYC Foetus é a oportunidade única de conhecer um pouco mais desse genial prolífico artista da música contemporânea, que há quase 30 anos faz música e outras formas de arte, praticamente sob total desconhecimento da sociedade
Sem tomar partido, Godard nos apresenta várias divergências ideológicas entre as pessoas de maneira bem inusitada, ao ponto de dar vontada de bater palmas ao longo do filme. Destaque para o percurso lento, de ida e volta, que a câmera faz ao longo da fábrica e do supermercado, fazendo-nos acompanhar ao mesmo tempo vários ambientes, personagens e comportamentos.
Underground é sem dúvida a maneira mais fantástica e genial de acompanhar a História da antiga Iugoslávia. Mesclando ficção com fatos reais, Emir Kusturica proporciona uma obra surreal, em que situações dramáticas convivem simultaneamente com momentos cômicos, tudo isso sob uma atmosfera tipicamente balcânica, criando-se assim naturalmente um clima circense, o que de cara nos faz lembrar de muitos filmes de Federico Fellini (grande influência de Kusturica). Para quem é interessado na cultura dos Bálcãs, que nem eu, ver e ter este filme é mais do que obrigatório.
Fando e Lis
3.9 61Uma fábula surrealista ambientada em mundo decadente, pífio e superficial. A aventura empreendida por Fando e Lis (jovens vítimas, mas também parte desse sistema) em busca de um mundo perfeito representa brilhantemente a nossa constante procura em DAR sentido à vida (e não em SABER o sentido dela), baseada em conquistas, que, quando atingidas, não necessariamente significam o fim de nossos problemas, pelo contrário talvez o início de muitos outros. E o que dizer quando nem alcançamos esses pequenos momentos de felicidade?
Com uma bela fotografia em preto e branco, roteiro brilhante, lindas canções, personagens bizarros reflexos de um mundo não tão estranho aos nossos olhos, Fando e Lis é uma obra-prima profunda, inesquecível e emocionamte.
Hamaca Paraguaya
3.9 14Hamaca (rede em português), palavra de origem indígena usada em espanhol para designar o utensílio doméstico para se dormir, descansar ou simplesmente deixar o tempo passar, foi o elemento que a diretora Paz Encina usou para metaforizar o comportamento dos paraguaios (e porque não de todo o povo latino-americano, já que a rede talvez seja um dos costumes indígenas mais comuns em todo o continente?), que vivem reclamando e à espera de que algo aconteça, mas sem nunca fazer nada para mudar, por medo ou por resignação. Apesar do caráter pessimista do filme, a cineasta parece acreditar que dias melhores virão, aqui representado pela velhice do casal e pela chuva que cai. Muy creativo!!!
Alice Ou a Última Fuga
4.0 31Wow! Esse filme de cara me lembrou duas estórias e para mim se encontra justamente no meio destes dois universos: Alice no País das Maravilhas e o Bebê de Rosemary. O primeiro pelo mundo belo e surreal em que Alice mergulha após ter sua viagem de carro interrompida durante uma tempestade. O segundo pelo clima angustiante e pertubador em que se encontra Alice, sem saber realmente o que está acontecendo e do qual somos também obrigados a compartilhar. Com sua determinação, calma, beleza e inocência, Alice é sem dúvida mais uma personagem marcante e inesquecível do cinema.
The Bird People In China
4.1 16Mais famoso pelos seus filmes sangüinários, Takashi Miike nos apresenta aqui uma aventura fantástica por um mundo desconhecido (aqui representado pela magnífica China). Quanto mais os personagens se afastam daquilo que eles entendem como civilização, maiores são as descobertas e aprendizagens. No final, terão que decidir o mundo que desejam para si e para as demais pessoas que os cercam. Eternamente atual!!!
Ichi: O Assassino
3.7 303 Assista AgoraUm dos filmes mais insanos e sangüinários que eu já vi. Puro teste de nervos!!! Apesar de não ser o tipo de filme que me agrada, devido ao realismo das torturas e mutilações, o roteiro super inteligente e envolvente me fez ver o filme com ânimo até o final.
Satyricon de Fellini
3.8 145 Assista AgoraUm dos filmes mais marcantes que eu já vi. Primeiro por ter sido o meu primeiro de Fellini. Segundo por ter visto num cinema lotado, digno de lançamentos blockbusters. Finalmente, apesar de ser um dos filme menos comentados e vistos do cineasta, Satyricon talvez seja a produção mais audaciosa de Fellini. Aqui a gente percebe praticamente todos os elementos que brilhantemente o diretor criou ou se utilizou em seus filmes: fotografia e cenários inesquecíveis; muitas (digo muitas mesmo) criaturas bizarras, exóticas e de beleza de tirar o fôlego; crítica inteligente aos costumes da sociedade; e, logicamente, a atmosfera circense.
Mãe e Filho
3.9 38Obra simples, mas belíssima e sinceramentre profunda. A sensação de estar contemplando ao mesmo tempo um filme e uma pintura, provocado principalmente pela encantadora fotografia e movimentos lentos ou quase ausência deles, faz de Mãe e Filho uma experiência única e obrigatória. Pra ver incontáveis vezes!!!
Miranda
3.0 10Acompanhar as mudanças de estação (do inverno até o outono) em paralelo com as experiências sexuais e a evolução da própria Miranda é sem dúvida o grande triunfo deste filme. Difícil também não ficar encantado com a personagem, que consegue provocar as mesmas reações nos homens que estão na tela e fora dela. Eu não me contentaria em ficar apenas uma estação com Miranda.
O Cobrador: In God We Trust
3.6 7Inspirado no conto O Cobrador de Rubem Fonseca, o filme nos apresenta várias situações de selvageria ambientadas em Nova York, Miami, Cidade do México, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Buenos Aires. Tenta assim retratar a violência urbana, convidando o público a achar as respostas para a origem da mesma. Utilizando-se de poucos diálogos ou mesmo palavras (Lázaro Ramos, por exemplo permanece calado o filme todo, mas detona na interpretação como sempre), o diretor Paul Leduc parece querer fazer dos personagens do filme um retrato daquilo que mais falta hoje entre as pessoas: entendimento. Não que o filme se resuma a apenas esse questionamento/provocação. O próprio subtítulo, Em Deus Confiamos (lema nacional dos EUA!), nos remete a muitas coisas.
Ahhhhh...não poderia deixar de mencionar a belíssima trilha sonora à base de Tom Zé.
A Montanha Sagrada
4.3 468 Assista AgoraDo início ao (início do) fim, somos bombardeados por cenas que desafiam qualquer noção de realidade (?). Fantástico, irônico, provocativo, bizarro, tenso, revelador, surreal, belo e repugnante, não é por menos que A Montanha Sagrada é quase sinônimo de Alejandro Jodorowsky. Verdade que é um filme para poucos dos poucos, mas com muitos dos muitos bom apreciadores da sétima arte.
A Antena
4.1 79 Assista AgoraSe eu tivesse tempo, ia passar horas e horas no dicionário à procura de todas as palavras que descrevessem positivamente essa "película" argentina. Sendo obrigado a ser sucinto, posso dizer que La Antena, apesar de automaticamente nos fazer lembrar de clássicos como Metrópolis de Fritz Lang, é um filme que esbanja originalidade e criatividade. Certamente ter assistido La Antena foi uma das experiências cinematográficas e de vida mais inesquecíveis e importantes pelas quais já passei.
A Vida é um Milagre
3.8 22Certamente quem assistir a este filme depois de outros trabalhos anteriores de Kusturica vai ter a sensação de que algo está faltando. Mas mesmo assim tem seu valor pela dosagem certa de comédia, drama, romance e história.
Serviço
3.4 29 Assista AgoraPor incrível que pareça, o drama familiar (propriamente captado pelas câmeras) e a miséria (in)visível de algum lugar das Filipinas (representada ora pelo próprio cinema, ora pelas rápidas tomadas do mundo lá fora) chamam mais atenção que as cenas de sexo que acontecem no cinema pornô. Mas nada comparado à cabrita que rouba literalmente a cena...
Ney Matogrosso, Pedro Luís e A Parede: Vagabundo
4.7 4Formidável registro da gravação de um formidável CD da música brasileira. Ney Matogrosso juntamente com Pedro Luís e A Parede se auto-completam em cada música. Destaque para a gravação da faixa título, Vagabundo, em que Ney Matogrosso se depara com dificuldades em entonar dois versos da música e diz que vai tentar até acertar, nem que isso lhe custe 3 horas. Perfeição da perfeição. Imperdível!!!!!
"Estilhaços, bombas, bumbos e mil gritos de araras
O ruido luminoso, alto e claro desse sol na minha cara"
Sinédoque, Nova York
4.0 477O que este filme tem de "confuso", tem também de cômico. Nada muito estranho aos olhos de quem já viu outros filmes com roteiro de Kaufman. Pode-se dizer que o sentido do filme está nos detalhes , então só muita atenção e assistí-lo várias vezes vai revelar muitas coisas antes despercebidas. Só pra ter uma idéia do que tou dizendo, nos primeiros 5 minutos de filme, há uma excelente metáfora sobre como o tempo passa rapidamente sem que o percebemos (graças a nossa tediosa rotina). Ao acordar, o rádio relógio de Caden nos diz que é 1º de Setembro. Ao chegar na cozinha, a televisão diz que é Halloween (31 de outubro), e logo depois seu jornal nos mostra que é 14 de Novembro. Enfim, pra quem tiver paciência e tempo, vale usar as teclas pause, retroceder e até zoom do seu controle remoto em algumas cenas, mas só depois de vê-lo inteiro sem interrupção. Boa diversão a todos! :P
Santa Sangre
4.2 151Visualmente lindo e pertubador. Mistura perfeita de horror, drama, humor, romance, erotismo e surrealismo. Além da impactante cena inicial, sem dúvida são impagáveis da memória as cenas com o cortejo do caixão do elefante e a perfeição da manipulação das mãos de Fenix como se fossem os de sua mãe durante um dos seus espetáculos.
Coisas Insignificantes
3.8 98Coisas Insignificantes é mais um daqueles filmes em que diversos personagens com problemas pessoais acabam se cruzando de alguma maneira. Mas aqui os laços entre os personagens são também representados por algumas coisas (in)significantes em suas vidas que por obsessão de uma das personagens acabam todos indo parar numa caixa. Interessante a maneira como o enredo é conduzido para explicar determinado drama pessoal e a origem de alguns objetos da caixa.
Ladrão de Sonhos
3.8 120Que nem em Delicatessen, ao mesmo tempo que somos apresentados a um mundo com atmosfera bem apocalíptica, nos deparamos com personagens com características bem circenses, sendo que os vilões são os responsáveis em nos provocar as melhores risadas ao longo do filme. Estória interessante, mas longe de ser um marco entre as grandes fábulas, a não ser pela maneira bem bizarra de conduzir os acontecimentos.
Gata Preta, Gato Branco
4.2 44Junte um pouco da cultura cigana, um monte de personagens e situações bizarras, belas paisagens, cenários ricos em detalhes e, logicamente, muita (muita mesmo) música bálcânica. Temos assim mais um grande filme de Emir Kusturica. Consideravelmente menos drámatico que seu antecesssor, Mentiras de Guerra, mas mesmo assim trazendo muitos conflitos intra e interpessoais, comuns e incomuns aos nossos olhos, Gato Preto Gato Branco é uma divertida e mágica comédia de costumes para se guardar na memória por muito tempo.
Shakma: A Fúria Assassina
3.1 126 Assista AgoraQuase impossível não encontrar alguém que nunca tenha visto esse filme, pelo menos entre os que eram ligados no Cine Trash. Sem dúvida, Shakma é um clássico para rever de tempos em tempos e assunto de bar entre amigos e desconhecidos.
Assassinato em Gosford Park
3.5 190Primeiramente o título brasileiro é rídiculo. Reforça a idéia de que se trata de mais uma estória de suspense e somente isso. Lembro que decidi ver esse filme na época do seu lançamento em dvd, quando alguém na locadora fez um comentário que o filme era horrível!!!! Ao dar de cara com o título original e a sinopse, percebi o motivo. Se o filme é uma decepção policial, por outra lado é uma grande sátira de costumes e uma boa representação de dois mundos, tão próximos e distantes ao mesmo tempo...
NYC Foetus
4.8 1NYC Foetus é a oportunidade única de conhecer um pouco mais desse genial prolífico artista da música contemporânea, que há quase 30 anos faz música e outras formas de arte, praticamente sob total desconhecimento da sociedade
Tudo Vai Bem
3.9 15Sem tomar partido, Godard nos apresenta várias divergências ideológicas entre as pessoas de maneira bem inusitada, ao ponto de dar vontada de bater palmas ao longo do filme. Destaque para o percurso lento, de ida e volta, que a câmera faz ao longo da fábrica e do supermercado, fazendo-nos acompanhar ao mesmo tempo vários ambientes, personagens e comportamentos.
Underground: Mentiras de Guerra
4.3 79 Assista AgoraUnderground é sem dúvida a maneira mais fantástica e genial de acompanhar a História da antiga Iugoslávia. Mesclando ficção com fatos reais, Emir Kusturica proporciona uma obra surreal, em que situações dramáticas convivem simultaneamente com momentos cômicos, tudo isso sob uma atmosfera tipicamente balcânica, criando-se assim naturalmente um clima circense, o que de cara nos faz lembrar de muitos filmes de Federico Fellini (grande influência de Kusturica). Para quem é interessado na cultura dos Bálcãs, que nem eu, ver e ter este filme é mais do que obrigatório.