Surpreendentemente bom. Com um texto ágil e dinâmico. A edição também se destaca, dando um toque de leveza e particularidade as cenas. O filme tem todas as características de uma série, protagonista definida, porém com o elenco coadjuvante tendo seu espaço e suas tramas próprias. Como filme se perde um pouco, apesar de trabalhar muito bem entre a comédia e o drama. Em um seriado, tanto a sinopse, quanto os personagens ficariam perfeitos. Pois há espaço para se trabalhar muitas histórias em cima deles.
Filmes com os quais nos identificamos costumam chamar mais a atenção. Nos vemos na tela e partilhamos das emoções e atitudes dos personagens. Esse é o caso de Ruby Sparks, Calvin é um dos personagens mais auto-identificáveis do cinema. Um cara que sofreu uma decepção amorosa e tem dificuldades de se relacionar com garotas. Isolado em seu mundo e fazendo análise, cria uma namorada idealizada. Esta então misteriosamente ganha vida. É o verdadeiro sonho de todo mundo que tem sérios problemas de relacionamento. Mas o filme vai além, mostra que a perfeição não existe e que em uma relação deve-se saber respeitar as diferenças para com o outro. E que é nisto que se encontram a beleza das coisas. Usa como plano de fundo o fantástico para desenvolver cenas muito reais e situações tipicas na vida de um casal. Paul Dano eleva ao máximo a figura do nerd socialmente complexado, tem sua carreira marcada por muitos papeis semelhantes, mas aqui ele entrega uma profundidade ao personagem sem igual. Ruby Sparks se diferencia de uma comédia romântica comum, é quase como um tributo para aqueles que realmente acreditam no amor. E afinal, o amor não é lógico, é mágico.
Há quem diga que filmes políticos tendem a seres chatos, com seus diálogos muito técnicos e tramas arrastadas que não seduzem o espectador. O que eu digo? Argo fuck yourself. Ben Affleck atinge uma maturidade e excelência na direção, que não deixa nada a desejar para os diretores mais experientes, tendo em vista que esse é o seu terceiro filme, podemos concluir que o cara ainda vai render muito. Argo segue a história de um grupo de americanos, que após uma onda de ataques no Irã se refugiam na casa do embaixador Canadense. Cabe ao agente da CIA Tony Mendez a tarefa de tira-los de lá. Sem se render ao nacionalismo americano o filme equilibra muito bem a relação entre as nações envolvidas na trama. Aqui o foco é a história, ou melhor o filme, que na verdade não é um filme, é a única esperança de fuga para aquelas pessoas. Trabalho metalinguístico incrível. Não complicando demais a narrativa com coisas desnecessárias, o longa prende e atrai. O suspense é de tirar o folego, e o nervosismo é constante. As cenas no Irã são tensas e transmitem toda a apreensão da situação. Abusa um pouco no tom em algumas tomadas visando dar o máximo de aflição possível, telefones que são atendidos no último segundo ou mensagens que chegam na hora certa. Mas nada que prejudique o ritmo da fita. A melhor má ideia acabou se mostrando não tão má assim, e saber que foi baseado em uma história real, torna ainda mais extraordinário. Sem dúvidas um feito incrível da CIA, transformada em um filme que faz jus a sua magnitude. Ganhará o Oscar? Não creio, acredito que a Academia prefira premiar Lincoln, já que deve muito tanto ao ex-presidente quanto a Spielberg. Mas Bem Affleck ainda tem muito talento para mostrar, e se continuar neste nível sua estatueta não deve demorar a chegar.
Conta a história de uma menina que vive em uma ilha isolada, com seu pai. Quando uma tempestade atinge a comunidade, este adoece e Hushpuppy tem de aprender a se virar sozinha. O destaque obviamente é todo da protagonista Quvenzhané Wallis. Transborda emoção, inocência e coragem. Vemos através de seus olhos um mundo diferente, que apesar de parecer selvagem e hostil, se torna mágico ao ser explorado por esta menina. Na comunidade em que vive, ninguém parece se importar com as condições de vida, todos felizes e cantando em suas casas de madeira à beira de um rio. Até mesmo desdenham da vida das outras pessoas que moram do “outro lado.” Mostrando o contraste de dois povos que vivem tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Ali a natureza ganha vida é mais presente do quem qualquer outro lugar. Eles sabem disso e a respeitam em uma perfeita interação homem-selva.
O filme segue a linha: garota vive com o pai > pai adoece > ensina ela a viver sozinha> pai morre> garota fica sozinha e busca transformar aquele mundo.
Sim, este é o maior defeito do filme. O roteiro que apesar de simples se arrasta com cenas infinitas e outras pouco exploradas. Extremamente vago, não diz para onde que ir e muito menos aonde quer chegar. Ao fim do filme fica o pensamento, “Era só isso?”. A trama com a mãe da menina, por exemplo, seria um arco narrativo excelente se melhor aproveitado. Quando a fantasia se mistura com a realidade já é tarde demais. Hushpuppy vê nestes seres uma forma de escapismo e fuga do real. Talvez a única maneira de sobreviver aquilo seja se apegando a algo em que se acredite. Indomável Sonhadora corre por fora na disputa pelo Oscar, é aquele filme de baixo orçamento, mais intimista, simples, poético. Dificilmente ganhará a estatueta dourada, assim como Quvenzhané Wallis, que encantou o mundo com sua Hushpuppy. A garota de nome difícil tem um longo caminho pela frente antes de seu primeiro Oscar, porém já foi mais longe do que qualquer outro jamais ousou chegar.
Gostei muito do filme não focar na tragédia em si, mas nas pessoas que a sofreram. Mostrando o caos e o desespero após a onda. Se apega muito ao fato de ser uma história real, e algumas cenas só se justificam por isso. Faz o máximo para emocionar utilizando-se de todos os artifícios possíveis, de fato emociona. Porém muito mais por conta da entrega total atores do que pela história.
Destaque para o casal protagonista Greta Gerwig e Jake M. Johnson...não pera. Em uma comédia romântica quando os coadjuvantes mesmo aparecendo em duas ou três cenas formam um casal muito melhor que o principal, tem algo errado.
Falar da belíssima atuação de Marion Cotillard é chover no molhado, mas aqui ela é a alma do filme. Sustenta uma personagem difícil que vive um drama pesado, e que aos poucos junta forças nos pequenos prazeres da vida para reconstruir sua alma. Este drama é muito bem explorado pelo longa, retratando todas as fases da tragédia e mostrando de forma real as dificuldades e preconceitos da protagonista. O filme peca na relação entre o casal, e na construção do personagem de Matthias Schoenaerts. Pouco explorado em algumas cenas e muito em outras, o personagem causa uma certa antipatia que compromete o desenvolvimento do filme. Não há química entre os protagonistas e o seu relacionamento não transmite verdade. O grande feito do filme é tratar de um tema tão pesado de uma forma leve e sensível.
Amateur Night é uma das melhores histórias de terror que já vi até hoje. Curta excelente, assusta na medida certa. A atriz que interpreta a guria ficou perfeita para este papel. Faz você sentir medo e pena ao mesmo tempo, e consegue ainda engatar um "romance" em meio aquele caos todo. Uma pena que o resto das histórias não tenham o mesmo nível. Aliás são terríveis, chatas e confusas. Ainda assim o filme vale por Amateur Night. "I Like You"
É um filme leve e descompromissado. Mostra a trajetória de auto-descoberta e aceitação, de uma jovem desacreditada no amor. O roteiro é simples, mas funciona muito bem. O destaque maior fica por conta da edição e fotografia. As cenas entre o casal principal na cafeteria são as melhores. Durante sua jornada é visível a evolução da protagonista, e na sua volta ao café, ambos os personagens estão mais maduros. Porém jamais se esqueceram um do outro. Pessoas das quais nós encontramos em um dado momento da vida, e que nos tocam de tal forma, que é impossível nos desligarmos completamente delas. Sensível e com um clima aconchegante, Um Beijo Roubado é uma fábula moderna sobre o amor e sua importante em nossa vida. Não é perfeito, mas garante um sorriso no rosto de quem o assiste.
Com uma ideia muito interessante e um elenco perfeito para a proposta, eu realmente acreditei que fosse se diferenciar dessas comédias nacionais lançadas aos montes todo o ano. Porém Totalmente Inocentes falha vergonhosamente e acaba caindo naquela classe de filmes que fazem as pessoas criarem preconceito com o cinema nacional. Se o elenco é bom, foi mal aproveitado e seus personagens são sem graça e desinteressantes. Fotografia muito estranha que prejudicou o desenvolvimento do longa, escuras em certas horas e não condizendo com o que o filme mostrava no momento. Acabou se tornando aquilo que tentava satirizar.
O filme ataca pesadamente as indústrias de Fast-Food, expondo seus podres e toda a máfia por trás dessa rede. Ambientado na fronteira EUA/México, mostra a realidade de diferentes pessoas que dependem de uma fábrica alimentícia de Fast-Food. Desde o mais alto escalão executivo, aos imigrantes ilegais que trabalham sob péssimas condições. Pessoas que por mais que mostrem seu total desprezo ao esse tipo de indústria estão ligadas a empresa, e dependem de seu serviço. Contando com participações especias muito bem encaixadas em cena, de Avril Lavigne, Bruce Willis e Ethan Hawke. Esse último que parece se transformar sob as lentes de Richard Linklater, trazendo em poucos minutos diversos tipos de discussões e pensamentos. Nos passa a sensação de que seu personagem deveria ter sido mais aproveitado no longa. Mas este não é um filme de personagens, tanto que não criamos vínculo com nenhum, não há espaço para o desenvolvimento de personalidades. Fato que ao decorrer do filme faz com que o mesmo se torne por muitas vezes cansativo e arrastado. Não me fez deixar de comer carne, mas funciona muito bem como um alerta para os riscos que essa Nação Fast Food traz ao mundo.
O filme começa muito bem. A apresentação de Barnabas, sua origem, a tragédia, a transformação do homem em vampiro. Essa introdução é atraente e eficaz. Prende a atenção, e faz com queiramos ver o desenrolar da trama. A passagem de tempo acontece, e novamente somos surpreendidos pela bonita sequência de uma bela jovem em uma viajem de trem, buscando um rumo para a sua vida. Deve ser uns 15 min de filme, e infelizmente as melhores cenas já se foram. A partir daqui o longa se perde em uma mistura de terror com comédia, muito mal executada. Algumas cenas beirando a vergonha alheia. Com uma fotografia fantástica, cenários e figurinos belíssimos, o filme é esteticamente impecável. Porém seu roteiro é vazio e desinteressante. Chloe Moretz rouba toda a cena em que aparece, e se torna um raio de luz naquele amontoado de personagens deslocados e perdidos. Johnny Depp faz mais do mesmo, personagem excêntrico e estranho deslocado em um mundo diferente. A mesma coisa que ele faz com Tim Burton há anos. Porém a inusitada e bonita química que ele possui em cena com Bella Heathcote, salva ambos os personagens. As cenas entre eles se mostram verdadeiras. Destaque para a cena em que Barnabas conhece Victoria.
Filme totalmente construído em cima de diálogos. Somente dois atores, na maioria das cenas, sustentam o longa com uma química invejável. A câmera dupla dividindo a tela incomoda no começo, mas com o decorrer do filme nos acostumamos com ela, que nem notamos mais. E são essas perspectivas o maior charme do filme. Uma linha tênue entre o passado e o presente. Aos poucos vamos descobrindo a história que os dois personagens já tinham juntos, e de como isso influenciou em suas vidas. Poderiam ter dado mais foco ao passado, as cenas de flashback ficaram um tanto perdidas, destoando do carisma e espontaneidade dos dois atores nas cenas do presente. Lembrando muito Before Sunset, mas aqui não ha a idealização do amor, apenas duas pessoas tentando descobrir que rumo suas vidas tomaram e se fizeram as escolhas certas.
O filme conta três linhas temporais na vida de seus personagens, com uma montagem segura, não traz confusão ao espectador, sendo bem definido quando e onde acontecem cada cena. A fotografia, a trilha sonora e as paisagens são um espetáculo à parte. Com atuações bem contidas, o destaque todo fica por conta de Nathalia Dill, que chama a responsabilidade para si e com uma entrega total nos apresenta a personagem mais marcante de sua carreira. Romance, festas, drogas. Nada exagerado ou escrachado, tudo em ritmo harmonioso e na medida certa. Sem tentar fazer apologia ou campanhas de conscientização. Apesar de um roteiro um tanto vago, Paraísos Artificiais é um daqueles filmes bonitos de serem vistos devido a sua estética maravilhosa. Foi o que se propôs a ser, nem mais nem menos.
O filme se mostra vazio, com muitas tramas e sub-tramas que não levam a lugar nenhum. Personagens brasileiros totalmente estereotipados, sem profundidade e respeito. Um amontoamento de clichês, jogados em cena, em um filme que não segue um objetivo ou uma linha de raciocínio. Cenas de luta muito coreografadas e nem um pouco reais, com algumas atuações beirando o ridículo. Tenta ser muitas coisas mas acaba não sendo nada.
Tendo assistido ambos os filmes novamente, concluo que prefiro este a "Paris, Eu Te Amo". Puro gosto pessoal, me identifiquei mais com os curtas e o elenco de "Nova York, Eu Te Amo", e analisando individualmente se mostra superior. Isto em um nível bem elevado, pois os dois filmes, cada um a seu modo, possuem excelentes curtas com histórias envolventes.
Extremamente vaga a relação do casal. Não há um jogo de sedução, um envolvimento inicial, ou algo semelhante. Em um momento eles estão se conhecendo e no outro já estão na cama. Sem contexto nenhum, nem motivações aparentes ou ocultas. O filme gira em torno do casal protagonista, porém a química entre eles não existe. Não sabemos o porquê de estarem fazendo isso ou aquilo. São dois personagens soltos em um filme que se perde nos diálogos e na profundidade de seus protagonistas.
Jogos Vorazes tem uma premissa muito interessante, mas que se mostra irregular ao longo do filme. Quando se adapta um livro é obvio que muitas coisas ficam de fora, o problema é quando cortam partes essenciais para o entendimento da obra em si. Essa é a impressão que Jogos Vorazes causa. Não li os livros, mas acredito que sejam muito bons. Porém um filme precisa se sustentar sozinho sem precisarmos recorrer à obra em que foi baseado. Jogos Vorazes deve funcionar muito bem para quem já acompanhava a franquia literária, mas decepciona para o restante do publico. Falta de profundidade é o maior defeito, não deu a ênfase necessária ao explicar esse mundo tomado por Distritos, muito menos tentou explicar de maneira convincente como chegou aquele ponto. E já foi logo apresentando a protagonista e o ritual dos jogos. Fato que joga o espectador no meio do filme totalmente perdido, sem saber da onde surgiu tal coisa, e tentando pegar referências soltas. Muitos personagens não ganham a devida atenção. Woody Harrelson, por exemplo, por mais que seja um excelente ator, seu personagem é mal desenvolvido e sem motivações aparentes. Quem deveria ser o vilão do filme, é ridículo demais. Impossível para alguém que foi preparado a vida toda para aquilo agir daquela maneira, soltando frases de efeito e mostrando total desrespeito a tudo. Apesar do Josh Hutcherson ter o carisma de um copo de água, não compromete, e quando contracena com a protagonista, se torna bem convincente, mesmo o roteiro não ajudando em nada. Jennifer Lawrence é sem dúvidas a melhor coisa do filme. Sua personagem é segura e carismática ao mesmo tempo, fazendo com que torçamos por ela a todo o momento. Praticamente carrega o filme nas costas e o salva de ser um fracasso total. A franquia tem um enorme potencial, sua primeira parte foi muito mal adaptada, o que não significa que não possa melhorar nos próximos filmes.
A ideia central do filme é interessante. Aborda bons temas como o suicídio, a culpa, o valor de uma vida, e por que não, o amor. Porém o roteiro é mal desenvolvido, e sem nenhuma profundidade, coisas simplesmente acontecem sem sabermos o porquê. Não possui um bom protagonista, suas ações não se justificam dentro do filme. O que o torna chato e nos faz criarmos uma certa repulsa. Personagens como este tem de serem muito bem trabalhados, caso contrário acabamos por não simpatizarmos com ele. Fato que inevitavelmente compromete todo o desenvolvimento do longa. O destaque é todo de Winona Ryder, também prejudicada por um roteiro raso, mas nos entrega um show de atuação. São dela as melhores cenas, é o que realmente sustenta todo o filme. Com uma abordagem mais profunda no drama do personagem principal, e um roteiro que o favoreça, daria um excelente filme.
A V!da Acontece
3.1 106 Assista AgoraSurpreendentemente bom.
Com um texto ágil e dinâmico.
A edição também se destaca, dando um toque de leveza e particularidade as cenas.
O filme tem todas as características de uma série, protagonista definida, porém com o elenco coadjuvante tendo seu espaço e suas tramas próprias.
Como filme se perde um pouco, apesar de trabalhar muito bem entre a comédia e o drama.
Em um seriado, tanto a sinopse, quanto os personagens ficariam perfeitos.
Pois há espaço para se trabalhar muitas histórias em cima deles.
Jolene
3.7 52Nasce uma lenda...
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
3.8 1,4KFilmes com os quais nos identificamos costumam chamar mais a atenção.
Nos vemos na tela e partilhamos das emoções e atitudes dos personagens.
Esse é o caso de Ruby Sparks, Calvin é um dos personagens mais auto-identificáveis do cinema.
Um cara que sofreu uma decepção amorosa e tem dificuldades de se relacionar com garotas. Isolado em seu mundo e fazendo análise, cria uma namorada idealizada. Esta então misteriosamente ganha vida.
É o verdadeiro sonho de todo mundo que tem sérios problemas de relacionamento.
Mas o filme vai além, mostra que a perfeição não existe e que em uma relação deve-se saber respeitar as diferenças para com o outro. E que é nisto que se encontram a beleza das coisas.
Usa como plano de fundo o fantástico para desenvolver cenas muito reais e situações tipicas na vida de um casal.
Paul Dano eleva ao máximo a figura do nerd socialmente complexado, tem sua carreira marcada por muitos papeis semelhantes, mas aqui ele entrega uma profundidade ao personagem sem igual.
Ruby Sparks se diferencia de uma comédia romântica comum, é quase como um tributo para aqueles que realmente acreditam no amor.
E afinal, o amor não é lógico, é mágico.
Argo
3.9 2,5KHá quem diga que filmes políticos tendem a seres chatos, com seus diálogos muito técnicos e tramas arrastadas que não seduzem o espectador. O que eu digo? Argo fuck yourself.
Ben Affleck atinge uma maturidade e excelência na direção, que não deixa nada a desejar para os diretores mais experientes, tendo em vista que esse é o seu terceiro filme, podemos concluir que o cara ainda vai render muito.
Argo segue a história de um grupo de americanos, que após uma onda de ataques no Irã se refugiam na casa do embaixador Canadense. Cabe ao agente da CIA Tony Mendez a tarefa de tira-los de lá.
Sem se render ao nacionalismo americano o filme equilibra muito bem a relação entre as nações envolvidas na trama. Aqui o foco é a história, ou melhor o filme, que na verdade não é um filme, é a única esperança de fuga para aquelas pessoas. Trabalho metalinguístico incrível.
Não complicando demais a narrativa com coisas desnecessárias, o longa prende e atrai. O suspense é de tirar o folego, e o nervosismo é constante. As cenas no Irã são tensas e transmitem toda a apreensão da situação.
Abusa um pouco no tom em algumas tomadas visando dar o máximo de aflição possível, telefones que são atendidos no último segundo ou mensagens que chegam na hora certa. Mas nada que prejudique o ritmo da fita.
A melhor má ideia acabou se mostrando não tão má assim, e saber que foi baseado em uma história real, torna ainda mais extraordinário. Sem dúvidas um feito incrível da CIA, transformada em um filme que faz jus a sua magnitude.
Ganhará o Oscar? Não creio, acredito que a Academia prefira premiar Lincoln, já que deve muito tanto ao ex-presidente quanto a Spielberg. Mas Bem Affleck ainda tem muito talento para mostrar, e se continuar neste nível sua estatueta não deve demorar a chegar.
Indomável Sonhadora
3.8 1,2KConta a história de uma menina que vive em uma ilha isolada, com seu pai. Quando uma tempestade atinge a comunidade, este adoece e Hushpuppy tem de aprender a se virar sozinha.
O destaque obviamente é todo da protagonista Quvenzhané Wallis. Transborda emoção, inocência e coragem. Vemos através de seus olhos um mundo diferente, que apesar de parecer selvagem e hostil, se torna mágico ao ser explorado por esta menina.
Na comunidade em que vive, ninguém parece se importar com as condições de vida, todos felizes e cantando em suas casas de madeira à beira de um rio. Até mesmo desdenham da vida das outras pessoas que moram do “outro lado.” Mostrando o contraste de dois povos que vivem tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Ali a natureza ganha vida é mais presente do quem qualquer outro lugar. Eles sabem disso e a respeitam em uma perfeita interação homem-selva.
O filme segue a linha: garota vive com o pai > pai adoece > ensina ela a viver sozinha> pai morre> garota fica sozinha e busca transformar aquele mundo.
Quando a fantasia se mistura com a realidade já é tarde demais. Hushpuppy vê nestes seres uma forma de escapismo e fuga do real. Talvez a única maneira de sobreviver aquilo seja se apegando a algo em que se acredite.
Indomável Sonhadora corre por fora na disputa pelo Oscar, é aquele filme de baixo orçamento, mais intimista, simples, poético. Dificilmente ganhará a estatueta dourada, assim como Quvenzhané Wallis, que encantou o mundo com sua Hushpuppy. A garota de nome difícil tem um longo caminho pela frente antes de seu primeiro Oscar, porém já foi mais longe do que qualquer outro jamais ousou chegar.
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraGostei muito do filme não focar na tragédia em si, mas nas pessoas que a sofreram. Mostrando o caos e o desespero após a onda.
Se apega muito ao fato de ser uma história real, e algumas cenas só se justificam por isso.
Faz o máximo para emocionar utilizando-se de todos os artifícios possíveis, de fato emociona. Porém muito mais por conta da entrega total atores do que pela história.
Sexo Sem Compromisso
3.3 2,2K Assista AgoraDestaque para o casal protagonista Greta Gerwig e Jake M. Johnson...não pera.
Em uma comédia romântica quando os coadjuvantes mesmo aparecendo em duas ou três cenas formam um casal muito melhor que o principal, tem algo errado.
Dredd
3.6 1,4K Assista AgoraMuito slow-motion para pouco filme.
Ferrugem e Osso
3.9 822 Assista AgoraFalar da belíssima atuação de Marion Cotillard é chover no molhado, mas aqui ela é a alma do filme. Sustenta uma personagem difícil que vive um drama pesado, e que aos poucos junta forças nos pequenos prazeres da vida para reconstruir sua alma.
Este drama é muito bem explorado pelo longa, retratando todas as fases da tragédia e mostrando de forma real as dificuldades e preconceitos da protagonista.
O filme peca na relação entre o casal, e na construção do personagem de Matthias Schoenaerts. Pouco explorado em algumas cenas e muito em outras, o personagem causa uma certa antipatia que compromete o desenvolvimento do filme.
Não há química entre os protagonistas e o seu relacionamento não transmite verdade.
O grande feito do filme é tratar de um tema tão pesado de uma forma leve e sensível.
Simplesmente Amor
3.5 889 Assista AgoraMe comprometo assistir a este filme todo o final de ano pelo resto da minha vida.
Bom humor e inspiração na medida certa para se começar o novo ano.
V/H/S
3.0 748 Assista AgoraAmateur Night é uma das melhores histórias de terror que já vi até hoje.
Curta excelente, assusta na medida certa. A atriz que interpreta a guria ficou perfeita para este papel. Faz você sentir medo e pena ao mesmo tempo, e consegue ainda engatar um "romance" em meio aquele caos todo.
Uma pena que o resto das histórias não tenham o mesmo nível. Aliás são terríveis, chatas e confusas.
Ainda assim o filme vale por Amateur Night. "I Like You"
Um Beijo Roubado
3.5 606 Assista AgoraÉ um filme leve e descompromissado. Mostra a trajetória de auto-descoberta e aceitação, de uma jovem desacreditada no amor.
O roteiro é simples, mas funciona muito bem.
O destaque maior fica por conta da edição e fotografia.
As cenas entre o casal principal na cafeteria são as melhores.
Durante sua jornada é visível a evolução da protagonista, e na sua volta ao café, ambos os personagens estão mais maduros. Porém jamais se esqueceram um do outro.
Pessoas das quais nós encontramos em um dado momento da vida, e que nos tocam de tal forma, que é impossível nos desligarmos completamente delas.
Sensível e com um clima aconchegante, Um Beijo Roubado é uma fábula moderna sobre o amor e sua importante em nossa vida.
Não é perfeito, mas garante um sorriso no rosto de quem o assiste.
Totalmente Inocentes
1.9 467Com uma ideia muito interessante e um elenco perfeito para a proposta, eu realmente acreditei que fosse se diferenciar dessas comédias nacionais lançadas aos montes todo o ano.
Porém Totalmente Inocentes falha vergonhosamente e acaba caindo naquela classe de filmes que fazem as pessoas criarem preconceito com o cinema nacional.
Se o elenco é bom, foi mal aproveitado e seus personagens são sem graça e desinteressantes.
Fotografia muito estranha que prejudicou o desenvolvimento do longa, escuras em certas horas e não condizendo com o que o filme mostrava no momento.
Acabou se tornando aquilo que tentava satirizar.
Nação Fast Food: Uma Rede de Corrupção
3.1 212 Assista AgoraO filme ataca pesadamente as indústrias de Fast-Food, expondo seus podres e toda a máfia por trás dessa rede.
Ambientado na fronteira EUA/México, mostra a realidade de diferentes pessoas que dependem de uma fábrica alimentícia de Fast-Food.
Desde o mais alto escalão executivo, aos imigrantes ilegais que trabalham sob péssimas condições.
Pessoas que por mais que mostrem seu total desprezo ao esse tipo de indústria estão ligadas a empresa, e dependem de seu serviço.
Contando com participações especias muito bem encaixadas em cena, de Avril Lavigne, Bruce Willis e Ethan Hawke.
Esse último que parece se transformar sob as lentes de Richard Linklater, trazendo em poucos minutos diversos tipos de discussões e pensamentos.
Nos passa a sensação de que seu personagem deveria ter sido mais aproveitado no longa.
Mas este não é um filme de personagens, tanto que não criamos vínculo com nenhum, não há espaço para o desenvolvimento de personalidades.
Fato que ao decorrer do filme faz com que o mesmo se torne por muitas vezes cansativo e arrastado.
Não me fez deixar de comer carne, mas funciona muito bem como um alerta para os riscos que essa Nação Fast Food traz ao mundo.
Ferrugem e Osso
3.9 822 Assista AgoraSó falta a legenda. =/
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista AgoraO filme começa muito bem. A apresentação de Barnabas, sua origem, a tragédia, a transformação do homem em vampiro. Essa introdução é atraente e eficaz. Prende a atenção, e faz com queiramos ver o desenrolar da trama.
A passagem de tempo acontece, e novamente somos surpreendidos pela bonita sequência de uma bela jovem em uma viajem de trem, buscando um rumo para a sua vida.
Deve ser uns 15 min de filme, e infelizmente as melhores cenas já se foram.
A partir daqui o longa se perde em uma mistura de terror com comédia, muito mal executada. Algumas cenas beirando a vergonha alheia.
Com uma fotografia fantástica, cenários e figurinos belíssimos, o filme é esteticamente impecável. Porém seu roteiro é vazio e desinteressante.
Chloe Moretz rouba toda a cena em que aparece, e se torna um raio de luz naquele amontoado de personagens deslocados e perdidos.
Johnny Depp faz mais do mesmo, personagem excêntrico e estranho deslocado em um mundo diferente. A mesma coisa que ele faz com Tim Burton há anos.
Porém a inusitada e bonita química que ele possui em cena com Bella Heathcote, salva ambos os personagens. As cenas entre eles se mostram verdadeiras. Destaque para a cena em que Barnabas conhece Victoria.
"Com certeza não os deixe
chamarem-na de Vicky. O nome Victoria é tão bonito
que não aguentaria ser privado
de uma única sílaba dele."
Ah! Eva Green, não rouba a cena para si, mas sim o filme todo.
Nosso Amor do Passado
3.7 64Filme totalmente construído em cima de diálogos.
Somente dois atores, na maioria das cenas, sustentam o longa com uma química invejável.
A câmera dupla dividindo a tela incomoda no começo, mas com o decorrer do filme nos acostumamos com ela, que nem notamos mais.
E são essas perspectivas o maior charme do filme.
Uma linha tênue entre o passado e o presente.
Aos poucos vamos descobrindo a história que os dois personagens já tinham juntos, e de como isso influenciou em suas vidas.
Poderiam ter dado mais foco ao passado, as cenas de flashback ficaram um tanto perdidas, destoando do carisma e espontaneidade dos dois atores nas cenas do presente.
Lembrando muito Before Sunset, mas aqui não ha a idealização do amor, apenas duas pessoas tentando descobrir que rumo suas vidas tomaram e se fizeram as escolhas certas.
Paraísos Artificiais
3.2 1,8K Assista AgoraO filme conta três linhas temporais na vida de seus personagens, com uma montagem segura, não traz confusão ao espectador, sendo bem definido quando e onde acontecem cada cena.
A fotografia, a trilha sonora e as paisagens são um espetáculo à parte.
Com atuações bem contidas, o destaque todo fica por conta de Nathalia Dill, que chama a responsabilidade para si e com uma entrega total nos apresenta a personagem mais marcante de sua carreira.
Romance, festas, drogas. Nada exagerado ou escrachado, tudo em ritmo harmonioso e na medida certa. Sem tentar fazer apologia ou campanhas de conscientização.
Apesar de um roteiro um tanto vago, Paraísos Artificiais é um daqueles filmes bonitos de serem vistos devido a sua estética maravilhosa.
Foi o que se propôs a ser, nem mais nem menos.
Cinturão Vermelho
2.7 87 Assista AgoraO filme se mostra vazio, com muitas tramas e sub-tramas que não levam a lugar nenhum.
Personagens brasileiros totalmente estereotipados, sem profundidade e respeito.
Um amontoamento de clichês, jogados em cena, em um filme que não segue um objetivo ou uma linha de raciocínio.
Cenas de luta muito coreografadas e nem um pouco reais, com algumas atuações beirando o ridículo.
Tenta ser muitas coisas mas acaba não sendo nada.
Nova York, Eu Te Amo
3.2 607 Assista AgoraTendo assistido ambos os filmes novamente, concluo que prefiro este a "Paris, Eu Te Amo".
Puro gosto pessoal, me identifiquei mais com os curtas e o elenco de "Nova York, Eu Te Amo", e analisando individualmente se mostra superior.
Isto em um nível bem elevado, pois os dois filmes, cada um a seu modo, possuem excelentes curtas com histórias envolventes.
Perdas e Danos
3.4 288 Assista AgoraExtremamente vaga a relação do casal.
Não há um jogo de sedução, um envolvimento inicial, ou algo semelhante. Em um momento eles estão se conhecendo e no outro já estão na cama.
Sem contexto nenhum, nem motivações aparentes ou ocultas.
O filme gira em torno do casal protagonista, porém a química entre eles não existe. Não sabemos o porquê de estarem fazendo isso ou aquilo. São dois personagens soltos em um filme que se perde nos diálogos e na profundidade de seus protagonistas.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraJogos Vorazes tem uma premissa muito interessante, mas que se mostra irregular ao longo do filme.
Quando se adapta um livro é obvio que muitas coisas ficam de fora, o problema é quando cortam partes essenciais para o entendimento da obra em si. Essa é a impressão que Jogos Vorazes causa.
Não li os livros, mas acredito que sejam muito bons. Porém um filme precisa se sustentar sozinho sem precisarmos recorrer à obra em que foi baseado. Jogos Vorazes deve funcionar muito bem para quem já acompanhava a franquia literária, mas decepciona para o restante do publico.
Falta de profundidade é o maior defeito, não deu a ênfase necessária ao explicar esse mundo tomado por Distritos, muito menos tentou explicar de maneira convincente como chegou aquele ponto. E já foi logo apresentando a protagonista e o ritual dos jogos.
Fato que joga o espectador no meio do filme totalmente perdido, sem saber da onde surgiu tal coisa, e tentando pegar referências soltas.
Muitos personagens não ganham a devida atenção. Woody Harrelson, por exemplo, por mais que seja um excelente ator, seu personagem é mal desenvolvido e sem motivações aparentes.
Quem deveria ser o vilão do filme, é ridículo demais. Impossível para alguém que foi preparado a vida toda para aquilo agir daquela maneira, soltando frases de efeito e mostrando total desrespeito a tudo.
Apesar do Josh Hutcherson ter o carisma de um copo de água, não compromete, e quando contracena com a protagonista, se torna bem convincente, mesmo o roteiro não ajudando em nada.
Jennifer Lawrence é sem dúvidas a melhor coisa do filme. Sua personagem é segura e carismática ao mesmo tempo, fazendo com que torçamos por ela a todo o momento. Praticamente carrega o filme nas costas e o salva de ser um fracasso total.
A franquia tem um enorme potencial, sua primeira parte foi muito mal adaptada, o que não significa que não possa melhorar nos próximos filmes.
Férias Frustradas de Verão
3.2 715 Assista Agora-Você acredita em Deus?
-Eu acredito no amor.
The Last Word: A Última Palavra
2.8 7A ideia central do filme é interessante.
Aborda bons temas como o suicídio, a culpa, o valor de uma vida, e por que não, o amor.
Porém o roteiro é mal desenvolvido, e sem nenhuma profundidade, coisas simplesmente acontecem sem sabermos o porquê.
Não possui um bom protagonista, suas ações não se justificam dentro do filme. O que o torna chato e nos faz criarmos uma certa repulsa.
Personagens como este tem de serem muito bem trabalhados, caso contrário acabamos por não simpatizarmos com ele. Fato que inevitavelmente compromete todo o desenvolvimento do longa.
O destaque é todo de Winona Ryder, também prejudicada por um roteiro raso, mas nos entrega um show de atuação.
São dela as melhores cenas, é o que realmente sustenta todo o filme.
Com uma abordagem mais profunda no drama do personagem principal, e um roteiro que o favoreça, daria um excelente filme.