"To Kill a Mockinbird" é um filme sóbrio, leve, tem um bom ritmo e não faz grandes alardes, mas traz importantes mensagens sobre tolerância, sobre enxergar a humanidade nas pessoas, sobre deixar de lado preconceitos, especialmente aqueles construídos por uma sociedade doente, como o racismo. Se hoje esses temas estão cada vez mais imporantes, imagina na década de 60 em um país ou cidade majoritariamente branco e racista. Recomendo a todos!
O filme é bem mais ou menos. Querem bons filmes de guerra até mais antigos que esse? Assistam "A Grande Ilusão" (1937), "O Intendente Sansho" (1954), "Os Sete Samurais" (1954), e "Trono Manchado de Sangue" (1957). Este aqui veio depois, mas parece que surgiu 20 anos antes.
Este filme aqui é dividido em duas partes: na primeira, acompanhamos o coronel liderando prisoneiros ingleses em um campo de concentração resistindo às ordens japonesas de construir uma ponte rapidamente; na segunda, acompanhamos um dos fugitivos realizando uma missão para voltar para lá e destruir a ponte. Bem, a base do roteiro por si só perde força em sua concepção, ao dividir o protagonismo dessa estória.
Na primeira parte, o objetivo do protagonista-coronel também é dividido: primeiro, ele quer resistir à construção da ponte; depois, ele insiste em honrar a construção da ponte. Como expectador, me soou forçada essa transição. Ele dá uma explicação que não engoli e seguimos adiante. O roteiro peca também quando constrói uma trama simplória, com cargas dramáticas que não se alteram ao longo do filme entre as forças presentes nele: na primeira parte, o Coronel inicia o filme com uma postura de superior, humilhando o comandante japonês ao desobedecê-lo, então quando ele alcança seu objetivo inicial ainda na primeira parte, a carga continua a mesma já que ele continua superior e o lado japonês está ainda mais humilhado que antes. Os personagens são previsíveis e a estória não te surpreende.
Na segunda parte do filme, a mais longa, o fugitivo facilmente aceita voltar para o lugar de onde fugiu, a missãoMesmo quando tinha tudo para dar errado durante os planos, tudo magicamente dá certo, nada sai do controle dos ingleses, deixando o roteiro entediante. Até quando dá errado, dá certo no final. O filme não é ruim, mas está longe de ser bom, ainda mais sabendo que existem muitos outros filmes da mesma época ou mais antigos que são superiores em todos os sentidos.
Sendo roteiro de Billy Wilder, autor de "Crepúsculo dos Deuses" e "Se Meu Apartamento Falasse" que são dois filmes absurdamente bem escritos, eu esperava mais. Porém, pela premissa, uma espécie de "As Branquelas, A Origem", não dava pra esperar muuuuito também. No entanto, sendo Billy Wilder, imaginava que, mesmo diante dessa premissa boba, a estória fosse mais inteligente, com diálogos mais sagazes como em "Se Meu Apartamento Falasse", que também é uma comédia. Mas é isso, o filme é o equivalente uma Sessão da Tarde dos anos 50 e, para isso, não decepciona. É divertido, tem personagens carismáticos e, obviamente, um SUPER destaque para Marylin Monroe. É o primeiro filme com ela que eu assisto e realmente dá pra ver que ela tem talento, e nem tô falando da beleza.
Como sempre, filmes metalinguísticos sendo supervalorizados. Não, não estou dizendo que o filme é ruim, longe disso. Mas este aqui está longe de ser um dos "10 melhores roteiros de todos os tempos" como vi em umas listas. E não tenho nada contra filmes metalinguísticos. Como comentaram aqui, Crepúsculo dos Deuses dá uma lavada neste aqui, é um filme brilhante.
All About Eve é um filme que tem personagens interessantes e alguns diálogos que chamam atenção, mas é desnecessariamente longo, cansativo e não tem nada de inovador. Existem filmes mais antigos que esse com personagens femininas mais reais e donas de si como em O Boulevard do Crime, de 1945. Aqui, 5 anos depois, as mulheres são retratadas sempre no papel da inveja, dissimulação, reféns dos homens.
A direção e a fotografia também se contentam em mostrar planos entediantes, repetitivos e teatrais ao longo do filme, sem falar das cenas fora de foco. Enfim, filme OK, mas excessivamente longo e pouco inovador (pra não dizer que é um filme comum para a época). Acredito mesmo que o destaque foi como disse no início, por ser um filme falando de atores, roteiristas e diretores (ainda que de teatro).
O filme sai de lugar algum pra lugar nenhum. Começa com 15 minutos de diálogos mundanos desinsteressantes e monoritmados, depois até existe uma boa experiência ao acompanharmos a telefonista descobrindo atividades suspeitas. Mas pena que alguns misterios que aparecem malmente são retomados depois. Perto do clímax, somos punidos com um longíssimo e 90% desnecessário monólogo de uma senhora. No final, temos uma sequência que não explora as consequências da invasão perante a cidade e um epílogo anticlimático.
É um filme trash obviamente. Tem coisas boas, como o ator que faz Peter ele é muito bom. Os outros são péssimos. Levando em conta que é trash, o filme até que poderia funcionar se não fosse aquele gigantesco monólogo expositivo da mulher no 3º ato e da falta de fluidez na progressão da loucura.
Quem sabe se tivessem excluído Goss da estória e focado mais na progressão da loucura, com maior embasamento para deixar ambíguo. O monólogo até tava funcionando quando eles falam do filho e do ex dela, mas aí depois o sentimento da cena já tinha morrido e a lógica entra num lugar totalmente nada a ver, mesmo para um filme trash. Talvez com mais 15 ou 20 minutos de filmes ficasse melhor distribuido
Gosto de filmes que não entregam tudo de vez, que crescem aos poucos quase como um terror psicológico como é o desenvolvimento deste em sua maior parte. É justamente aí que está o brilhantismo desse roteirista/diretor, assim como em Midsommar. No entanto, quando ele começa a se arriscar e a mostrar mais do terror tradicional, os efeitos sobrenaturais etc, ele pesa a mão, vem tudo de vez e às vezes arrisca até a beirar o cômico quando certas cenas perdem a lógica construída ou não tem um propósito, ou faltam contexto para que a gente possa acreditar.
Ari Aster tem um grande potencial, mas precisa abrir mão do terror tradicional e mergulhar em seu próprio estilo para realmente fazer uma obra digna, algo como O Sexto Sentido quem sabe! Espero que esse dia chegue
Trama sem pé nem cabeça desde a sua concepção, com "enigmas" baratos de ensino médio e atuações de quinta. Quando é revelado o final, fica tão coerente quanto construir um robô de 10 tolenadas pra matar uma barata, ao invés de usar um inseticida.
Gente, é A BRUXA DE BLAIR, não é Harry Potter não! Povo assiste ao filme sem nem ler a sinopse e fica reclamando porque não tem bruxa, não tem magia e vassoura voadora. kkkk
O filme claramente é sobre 3 jovens que desapareceram enquanto faziam um documentário sobre a LENDA da Bruxa de Blair. O filme é sobre a busca pelo desconhecido, é sobre estar perdido no meio da floresta diante cultos que você não compreende, é sobre a fragilidade do ser humano.
Eu entendo não dar nota alta no filme, porque realmente depois de um tempo fica difícil engolir que eles vão querer filmar o tempo todo, mas quem dá nota baixa certamente devia estar assistindo aos filmes da Disney ou qualquer um jumpscare barato desses que não fazem o menor sentido.
Sempre me causa estranheza quando vejo um roteiro bobo em um filme ou série violenta. Veja: a violência gráfica o torna impróprio para crianças. O roteiro bobo e personagens unidimensionais não o torna atrativo para o público mais experiente. Então é um pouco contraditório. E veja que os filmes da Pixar ou do Studio Gihbli que não tem violência grafica conseguem ser mais complexos e bem escritos que esse.
Tanto o lado político quanto o lado fantasia são tratados com superficialidade. O forte do filme mesmo é a maquiagem e arte. Fim. O resto é no máximo ok mas se você pegar a grande maioria dos filmes
Quem é o "Poderoso Chefão" na fila do churrasquinho de frango? Isso aqui é muito melhor. Esse sim merecia todos os prêmios.
Assisti a esse filme ainda na pre-adolescência quando não entendia nada de cinema, e ele me pegou em cheio. Agora, aos 34 anos, depois de 6 anos estudando cinema, posso dizer que não foi à toa. O filme é simplesmente perfeito em todas as suas arestas: personagens complexos, direção e atuações fenomenais, sem sobrar nadinha, narrativa não linear, conexto histórico, social e economico, baseado em estórias reais. Até mesmo a câmera tremida e fotografia caótica contribuem para esse filme. Simplesmente 10/10
Só é boa a introdução. O resto é ruim, salvo por um pequeno momento ou outro interessantezinho.
Nunca li o livro, mas essa obra aqui me deu a sensaçãõ de ser um filme-recorte-ilustrativo para quem assistiu ao filme e queria ver algumas cenas do livro na tela. O desenvolvimento dos personagens é muito fraco e súbito. A distribuição dos acontecimentos e da progressão narrativa é mal montada. Perde-se muito tempo contando o passado, mas ainda assim não se consegue aprofundar as bases dos personagens, como essa busca de Victor sobre o tema da morte.
A direção não sabe se conta um romance, um drama, um terror, fica perdido no tom e isso reflete em cenas melodramáticas, cômicas e anticlimáticas, como quando há vários takes de dois personagens importantes ficam escorregando igual os Trapalhões em uma cena que deveria ser impactante dramaticamente. Essa comicidade se repete diversas vezes durante o filme.
As atuações são extremamente teatrais e a trilha sonora insistente tenta arrancar à força algum sentimento inexistente nas cenas, mas acaba somente atrapalhando. Até mesmo a Criatura de Frankestein é mal feita e toda a sua apresentação é anticlimática. Felizmente era Robert De Niro com seu olhar profundo tentando salvar o personagem. Fosse qualquer outro ator, seria ainda mais patético. Tava torcendo pro filme acabar logo.
Filme mais ou menos. Ele mostra um personagem vivido por Jack Nicholson que temd dificuldade de formar laços com as pessoas, quase como se não tivesse sentimentos, e está sempre a fugir de seus problemas.
O problema é que a própria falta de amor o transforma em um personagem chato, propositalmente, sem que haja algum contraponto, algo que o cative, algo que ele dê valor. Isso não seria problema se o filme tivesse mais profundidade, um linguagem interessante como em "La Dolce Vita" de Fellini que fala sobre o vazio existencial e o ruído na comunicação em meio a um ambiente de glamour.
É um filme cujo protagonista não sofre qualquer mudança. Termina do mesmo jeito que começa.
Outro detalhe que me incomodou no meio do filme foi colocarem um personagem temporário racista e classista sem que houvesse qualquer argumento contrário. Na verdade, o argumento é até reforçado pelos outros personagens.
Só é bonzinho por causa do ritmo da direção (passa rápido) e porque Brendan Fraser trouxe muita honestidade ao personagem. Em momento algum eu parava pra pensar se ele estava fingindo as dores e as dificuldades de mobilidade. Atuação esplêndida.
Pena que aparentemente o roteiro original (de teatro) já era fraco, repetitivo e gordofóbico, e apenas transpuseram pro cinema, ao invés adaptar o texto (roteiro) e direção para o cinema e para os dias de hoje.
As atuações são demasiadamente exageradas (exceto de Brendan), os sentimentos são sempre explosivos, os diálogos são brutos e todos os personagens parecem que são o mesmo, até nas manias: quando alguém diz "oh..." sempre alguém responde "é, oh" mesmo aqueles que não se conhecem.
O roteiro é bem repetitivo e se sustenta em uma explicação com pouco argumento:
A ideia do pai se sacrificar para deixar o dinheiro para a filha tem VÁRIOS problema, começando por mostrar que ele não aprendeu nada com o passado, pois abandonou a filha aos 8 anos de idade, pediu desculpas e agora está abandonando de novo ao desistir da vida. Não é como se ele não tivesse opção. Além disso, ele prejudica não só a filha, mas a cunhada que ficou tanto tempo o ajudando e a ex-mulher. Se a filha tivesse precisando daquele dinheiro urgentemente para uma cirurgia que iria a salvar, OK, faria sentido. Mas quem tava precisando era ele!
O amor incondicional e não correspondido do pai inicalmente mostra uma resiliência e autenticidade admiráveis, mas todo mundo tem limites. Depois de um tempo, o "amor" dele soa como carência, ignorância, traços de alguém não admirável. Faria sentido se a filha demonstrasse amor por ele mesmo que sutilmente. Uma redação apenas não é argumento, afinal ele é HUMANO, e não apenas qualquer humano: alguém extremamente doente que está o tempo todo sendo maltratado por todos, sem nenhum tipo de alívio.
Não há nenhum equilíbrio dramático à narrativa, que sempre bate nas mesmas teclas da gordofobia ligada sempre a um lugar de nojeira e falta de amor, na tecla do "coitadismo" forçando o expectador a sentir pena do personagem do começo ao fim, com poucos toques de admiração até passar a sentir raiva mesmo. Não há contrapontos. Não há transformação nos personagens. Todos são teimosos, raivosos, rancorosos. Todos parecem ser a mesma pessoa.
A estética do filme também contribui para animalizar a figura de pessoas obesas, quando deveria ser o contrário: o filme deveria humanizá-las. Tudo bem que as pessoas no filme o enxerguem daquele modo, mas os momentos que ele está sozinho ou com alguém que o ama (infelizmente não tem), deveria mostrar outro lado dele, não ele comendo feito um porco, limpando as mãos na blusa.
Resumindo: não consegui me importar com nenhum personagem, não vi sentido na estória, nas relações, atuações, estética. A única coisa boa foi a atuação de Brendan e a relação dele com os alunos
Cru, realista e ultraviolento. O filme já inicia anunciando um pessimismo generalizado e de cara apresenta aquelas crianças pobres e delinquentes, carentes de qualquer afeto ou chances. O filme é bom, é dinâmico, tem bons personagens e te evolve, te faz torcer.
Ele só não é melhor porque é uma estória pouco profunda, que se encerra em si mesma. É quase como passar de trem por um bairro carente e seguir adiante. Até quando ele tenta aprofundar, fica na superficialidade quando basicamente culpa os pais pela delinquência por estes não darem amor aos filhos e os abandonarem, negando-lhes até a comida.
Ora, sabemos que tais problemas são mais profundos e tem muito mais nuances. A sensação que eu tinha era de assistir uma estória de adultos em miniatura vivendo um problema local causado por pais negligentes, não de crianças vivendo uma realidade socio-politica dura e cruel.
Recomendo assistirem "Ladrões de Bicicleta" e "Cafarnaum" pra entenderem do que estou falando. São filmes realistas que retratam crianças em situação de pobreza, mas elas não deixam de ser crianças, e também aprofundam ao denunciar um cenário macro causador dos problemas desse cenário micro retratado nos filmes.
Não sei se fui eu que não consegui me concentar, mas achei o roteiro e a direção confusas e frágeis. A própria montagem do filme que levou diferentes cortes já revela uma tentativa de corrigir isso. Tem versões menores e maiores, e por fim essa de 133 minutos que pra mim não funcionou. Mas tudo bem quem gostar também.
Os personagens da estória não me cativaram, começando pela protagonista infantilizada, sempre dependente e mimada, o que pareceu muito diferente da imagem da capa rsrsrs há quem diga que é dissimulação, mas faria sentido se fosse ela a mover a estória, manipulando as pessoas e ganhando sucesso, mas não é o o que acontece, pelo contrário.
Filme divertido, cativante e bem dirigido. O problema é o roteiro. Muita implausibilidade, diversas incoerências começando por colocar Blanc ali, já que ele não faz parte do grupo de amigos então nem embarcaria, ou seria mandado de volta
Visualmente impressionante, mas pra mim não passa daí. Pra mim, é inconcebível a quantidade de dinheiro investido em tecnologia pra esse filme de roteiro altamente genérico. Não foi por falta de tempo (10 anos) e não foi por falta de dinheiro. Um verdadeiro desperdício.
Basicamente o plot da estória é igual ao primeiro, mas bastante piorado. Começa que não existe mais aquele encantamento pelo novo universo, pela língua e pelo corpo novo. Tem o mundo aquático, mas nem de longe é tão encantador quanto o primeiro filme. Dá até preguiça. Nenhuma das escolhas dos personagens fazem sentido, nem do lado dos heróis nem dos vilões que poderiam ter matado Jake Sully várias vezes facilmente. Só não fizeram porque o filme precisava continuar. Todos os planos são ruins dos dois lados. Os vilões não acertam um tiro sequer e os Na'vi acertam todas as flechadas. Impressionante. Mesmo os vilões tendo perdido uma guerra uma vez, poderiam ter desenvolvido uma tecnologia contra eles, ou feito naves mais resistentes às flechas, mas não. Foi literalmente a mesma coisa.
MAAAAASS, pra quem tiver ali mais pela experiência do cinema e pelas cenas isoladamente, sem pensar muito, pode ser bom. Não é ruim o filme. O que me incomoda é que a parte mais importante do filme que deveria ser o roteiro, é negligenciado.
Lindíssimo filme, muito bem produzido, dirigido e atuado. Gosto muito de como a estória é amarrada, como existe uma relação de causa-consequência entre as sequências e como Pinocchio é verdadeiramente protagonista. Bem, pelo menos até a metade do filme. É aí que, pra mim, a estória enfraquece. Pinochio deixa de ser o protagonista de sua própria estória e passa apenas a seguir instruções ou ser salvo pelo acaso. A cena da baleia-monstro foi bem fraquinha, diria que anti-climático até. Lembro bem da animação, de como havia um clima de perda de esperanças dentro da baleia, até que uma chance surgia. Aqui as coisas andam muito depressa do meio pro final. Ainda assim, um ótimo filme para se assistir.
Aftersun é um filme que não promete muito e não entrega muito. Em sua essência, ele é bastante minimalista em todos os aspectos. É um filme pra não botar expectativa.
Ele é arrastado especialmente em sua primeira metade, trecho significativo do filme que particularmente achei "descartável" uma vez que não contribui muito para o avançar do sentimento ainda que subjetivo, emocional e temporal da estória, além não trazer nada esteticamente interessante que traga algum alívio ou justifique de alguma maneira.
A segunda metade do filme é quando ele realmente começa a acontecer. Aí temos as subjetividades em especial da menina sob seu amadurecimento, seu sentimento de deslocamento. Temos um desenvolvimento da relação pai-filha interrompida pela frieza do pai. E aqui vale destacar que, para uma estória que parece representar um pai melancólico, depressivo ou com distimia (assim como eu), senti falta de uma profundidade maior sobre esse personagem. No filme fica claro quais são as questões da filha, mas como alguém que tem distimia, senti um incômodo nessa retratação do pai um pouco superficial. Não dá pra saber qual a relação (ou não-relação) dele com as pessoas ao redor e com a vida.
Temos também a presença de alguns flashes que me deixaram confusos durante a estória. Não dá pra saber se é no futuro ou no passado. Também não dá pra saber como esses flashes contribuem para a narrativa, como eles são importantes. Então pra mim acabou servindo mais como uma distração do que qualquer outra coisa, além de gerar uma expectativa que ao terminar do filme não é cumprida.
Temos aqui um tema relevante e com várias camadas tratado de forma rasa pelo roteiro, direção e atuação.
Nada sabemos sobre as razões da protagonista ao entrar no mundo da pornografia, nada sabemos sobre seu histórico além de que ela "saiu da Suécia porque lá as pessoas eram idiotas". Ela é determinada a conquistar o glamour no mundo pornográfico, mas pouco sabemos sobre seus conflitos internos, sobre seus sentimentos, o que é atropelado pela direção e pela atuação já que a atriz pouco se expressa a não ser nos momentos óbvios de dor. Isso não seria problema se soubessemos claramente seus conflitos internos, ou seu background, suas motivações, mas não temos nada disso aqui.
O tema da pornografia abrange várias camadas como falei. Ele traz vários questionamentos como: O que faz alguém entrar nessa vida? Quais são as condições emocionais e financeiras que os levam até aí? Como as pessoas enxergam atrizes pornô no mundo real? Qual a relação entre sexo e pornografia? Como a pornografia afeta a vida das pessoas? Enfim, muitas questões que não são respondidas nesse filme. Aqui, eles focam apenas na questão do pornô hardcore, como se esse fosse o único problema da pornografia.
São muitas questões ruins nesse filme que eu poderia fazer uma crítica mais extensa, mas não vou. Agora citando os pontos positivos, só consigo ver que ele levanta a questão (superficialmente) da reprodução da pornografia no sexo, que na verdade nem era sexo, também era pornografia.
Assisti pela terceira vez e, poxa, o filme só cresce. Raramente gosto de rever filmes, mas esse aqui curti cada momento as 3 vezes. Muito bem escrito, mto bem dirigido e atuado. A narrativa inicia com o ser humano em sua versão mais animalesca possível, enlameado e literalmente saltando em uma presa para se alimentar. O filme todo é direcionado no sentido oposto conforme a trama avança até chegar em uma conclusão que...
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista Agora"To Kill a Mockinbird" é um filme sóbrio, leve, tem um bom ritmo e não faz grandes alardes, mas traz importantes mensagens sobre tolerância, sobre enxergar a humanidade nas pessoas, sobre deixar de lado preconceitos, especialmente aqueles construídos por uma sociedade doente, como o racismo. Se hoje esses temas estão cada vez mais imporantes, imagina na década de 60 em um país ou cidade majoritariamente branco e racista. Recomendo a todos!
A Ponte do Rio Kwai
4.1 198 Assista AgoraO filme é bem mais ou menos. Querem bons filmes de guerra até mais antigos que esse? Assistam "A Grande Ilusão" (1937), "O Intendente Sansho" (1954), "Os Sete Samurais" (1954), e "Trono Manchado de Sangue" (1957). Este aqui veio depois, mas parece que surgiu 20 anos antes.
Este filme aqui é dividido em duas partes: na primeira, acompanhamos o coronel liderando prisoneiros ingleses em um campo de concentração resistindo às ordens japonesas de construir uma ponte rapidamente; na segunda, acompanhamos um dos fugitivos realizando uma missão para voltar para lá e destruir a ponte. Bem, a base do roteiro por si só perde força em sua concepção, ao dividir o protagonismo dessa estória.
Na primeira parte, o objetivo do protagonista-coronel também é dividido: primeiro, ele quer resistir à construção da ponte; depois, ele insiste em honrar a construção da ponte. Como expectador, me soou forçada essa transição. Ele dá uma explicação que não engoli e seguimos adiante. O roteiro peca também quando constrói uma trama simplória, com cargas dramáticas que não se alteram ao longo do filme entre as forças presentes nele: na primeira parte, o Coronel inicia o filme com uma postura de superior, humilhando o comandante japonês ao desobedecê-lo, então quando ele alcança seu objetivo inicial ainda na primeira parte, a carga continua a mesma já que ele continua superior e o lado japonês está ainda mais humilhado que antes. Os personagens são previsíveis e a estória não te surpreende.
Na segunda parte do filme, a mais longa, o fugitivo facilmente aceita voltar para o lugar de onde fugiu, a missãoMesmo quando tinha tudo para dar errado durante os planos, tudo magicamente dá certo, nada sai do controle dos ingleses, deixando o roteiro entediante. Até quando dá errado, dá certo no final. O filme não é ruim, mas está longe de ser bom, ainda mais sabendo que existem muitos outros filmes da mesma época ou mais antigos que são superiores em todos os sentidos.
Quanto Mais Quente Melhor
4.3 853 Assista AgoraSendo roteiro de Billy Wilder, autor de "Crepúsculo dos Deuses" e "Se Meu Apartamento Falasse" que são dois filmes absurdamente bem escritos, eu esperava mais. Porém, pela premissa, uma espécie de "As Branquelas, A Origem", não dava pra esperar muuuuito também. No entanto, sendo Billy Wilder, imaginava que, mesmo diante dessa premissa boba, a estória fosse mais inteligente, com diálogos mais sagazes como em "Se Meu Apartamento Falasse", que também é uma comédia. Mas é isso, o filme é o equivalente uma Sessão da Tarde dos anos 50 e, para isso, não decepciona. É divertido, tem personagens carismáticos e, obviamente, um SUPER destaque para Marylin Monroe. É o primeiro filme com ela que eu assisto e realmente dá pra ver que ela tem talento, e nem tô falando da beleza.
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraComo sempre, filmes metalinguísticos sendo supervalorizados. Não, não estou dizendo que o filme é ruim, longe disso. Mas este aqui está longe de ser um dos "10 melhores roteiros de todos os tempos" como vi em umas listas. E não tenho nada contra filmes metalinguísticos. Como comentaram aqui, Crepúsculo dos Deuses dá uma lavada neste aqui, é um filme brilhante.
All About Eve é um filme que tem personagens interessantes e alguns diálogos que chamam atenção, mas é desnecessariamente longo, cansativo e não tem nada de inovador. Existem filmes mais antigos que esse com personagens femininas mais reais e donas de si como em O Boulevard do Crime, de 1945. Aqui, 5 anos depois, as mulheres são retratadas sempre no papel da inveja, dissimulação, reféns dos homens.
A direção e a fotografia também se contentam em mostrar planos entediantes, repetitivos e teatrais ao longo do filme, sem falar das cenas fora de foco. Enfim, filme OK, mas excessivamente longo e pouco inovador (pra não dizer que é um filme comum para a época). Acredito mesmo que o destaque foi como disse no início, por ser um filme falando de atores, roteiristas e diretores (ainda que de teatro).
A Vastidão da Noite
3.5 575 Assista AgoraO filme sai de lugar algum pra lugar nenhum. Começa com 15 minutos de diálogos mundanos desinsteressantes e monoritmados, depois até existe uma boa experiência ao acompanharmos a telefonista descobrindo atividades suspeitas. Mas pena que alguns misterios que aparecem malmente são retomados depois. Perto do clímax, somos punidos com um longíssimo e 90% desnecessário monólogo de uma senhora. No final, temos uma sequência que não explora as consequências da invasão perante a cidade e um epílogo anticlimático.
Possuídos
3.0 220É um filme trash obviamente. Tem coisas boas, como o ator que faz Peter ele é muito bom. Os outros são péssimos. Levando em conta que é trash, o filme até que poderia funcionar se não fosse aquele gigantesco monólogo expositivo da mulher no 3º ato e da falta de fluidez na progressão da loucura.
Quem sabe se tivessem excluído Goss da estória e focado mais na progressão da loucura, com maior embasamento para deixar ambíguo. O monólogo até tava funcionando quando eles falam do filho e do ex dela, mas aí depois o sentimento da cena já tinha morrido e a lógica entra num lugar totalmente nada a ver, mesmo para um filme trash. Talvez com mais 15 ou 20 minutos de filmes ficasse melhor distribuido
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraGosto de filmes que não entregam tudo de vez, que crescem aos poucos quase como um terror psicológico como é o desenvolvimento deste em sua maior parte. É justamente aí que está o brilhantismo desse roteirista/diretor, assim como em Midsommar. No entanto, quando ele começa a se arriscar e a mostrar mais do terror tradicional, os efeitos sobrenaturais etc, ele pesa a mão, vem tudo de vez e às vezes arrisca até a beirar o cômico quando certas cenas perdem a lógica construída ou não tem um propósito, ou faltam contexto para que a gente possa acreditar.
Ari Aster tem um grande potencial, mas precisa abrir mão do terror tradicional e mergulhar em seu próprio estilo para realmente fazer uma obra digna, algo como O Sexto Sentido quem sabe! Espero que esse dia chegue
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KSó o final é divertidinho. O resto é só aquele velho clichê de jovens estúpidos contra um monstro.... "agora com lasers" huehaeuhae
A Sala de Fermat
3.5 80Trama sem pé nem cabeça desde a sua concepção, com "enigmas" baratos de ensino médio e atuações de quinta. Quando é revelado o final, fica tão coerente quanto construir um robô de 10 tolenadas pra matar uma barata, ao invés de usar um inseticida.
A Bruxa de Blair
3.1 1,6KGente, é A BRUXA DE BLAIR, não é Harry Potter não! Povo assiste ao filme sem nem ler a sinopse e fica reclamando porque não tem bruxa, não tem magia e vassoura voadora. kkkk
O filme claramente é sobre 3 jovens que desapareceram enquanto faziam um documentário sobre a LENDA da Bruxa de Blair. O filme é sobre a busca pelo desconhecido, é sobre estar perdido no meio da floresta diante cultos que você não compreende, é sobre a fragilidade do ser humano.
Eu entendo não dar nota alta no filme, porque realmente depois de um tempo fica difícil engolir que eles vão querer filmar o tempo todo, mas quem dá nota baixa certamente devia estar assistindo aos filmes da Disney ou qualquer um jumpscare barato desses que não fazem o menor sentido.
O Labirinto do Fauno
4.2 2,9KSempre me causa estranheza quando vejo um roteiro bobo em um filme ou série violenta. Veja: a violência gráfica o torna impróprio para crianças. O roteiro bobo e personagens unidimensionais não o torna atrativo para o público mais experiente. Então é um pouco contraditório. E veja que os filmes da Pixar ou do Studio Gihbli que não tem violência grafica conseguem ser mais complexos e bem escritos que esse.
Tanto o lado político quanto o lado fantasia são tratados com superficialidade. O forte do filme mesmo é a maquiagem e arte. Fim. O resto é no máximo ok mas se você pegar a grande maioria dos filmes
Cidade de Deus
4.2 1,8K Assista AgoraQuem é o "Poderoso Chefão" na fila do churrasquinho de frango? Isso aqui é muito melhor. Esse sim merecia todos os prêmios.
Assisti a esse filme ainda na pre-adolescência quando não entendia nada de cinema, e ele me pegou em cheio. Agora, aos 34 anos, depois de 6 anos estudando cinema, posso dizer que não foi à toa. O filme é simplesmente perfeito em todas as suas arestas: personagens complexos, direção e atuações fenomenais, sem sobrar nadinha, narrativa não linear, conexto histórico, social e economico, baseado em estórias reais. Até mesmo a câmera tremida e fotografia caótica contribuem para esse filme. Simplesmente 10/10
Frankenstein de Mary Shelley
3.7 257 Assista AgoraSó é boa a introdução. O resto é ruim, salvo por um pequeno momento ou outro interessantezinho.
Nunca li o livro, mas essa obra aqui me deu a sensaçãõ de ser um filme-recorte-ilustrativo para quem assistiu ao filme e queria ver algumas cenas do livro na tela. O desenvolvimento dos personagens é muito fraco e súbito. A distribuição dos acontecimentos e da progressão narrativa é mal montada. Perde-se muito tempo contando o passado, mas ainda assim não se consegue aprofundar as bases dos personagens, como essa busca de Victor sobre o tema da morte.
A direção não sabe se conta um romance, um drama, um terror, fica perdido no tom e isso reflete em cenas melodramáticas, cômicas e anticlimáticas, como quando há vários takes de dois personagens importantes ficam escorregando igual os Trapalhões em uma cena que deveria ser impactante dramaticamente. Essa comicidade se repete diversas vezes durante o filme.
As atuações são extremamente teatrais e a trilha sonora insistente tenta arrancar à força algum sentimento inexistente nas cenas, mas acaba somente atrapalhando. Até mesmo a Criatura de Frankestein é mal feita e toda a sua apresentação é anticlimática. Felizmente era Robert De Niro com seu olhar profundo tentando salvar o personagem. Fosse qualquer outro ator, seria ainda mais patético. Tava torcendo pro filme acabar logo.
Cada Um Vive Como Quer
3.7 78 Assista AgoraFilme mais ou menos. Ele mostra um personagem vivido por Jack Nicholson que temd dificuldade de formar laços com as pessoas, quase como se não tivesse sentimentos, e está sempre a fugir de seus problemas.
O problema é que a própria falta de amor o transforma em um personagem chato, propositalmente, sem que haja algum contraponto, algo que o cative, algo que ele dê valor. Isso não seria problema se o filme tivesse mais profundidade, um linguagem interessante como em "La Dolce Vita" de Fellini que fala sobre o vazio existencial e o ruído na comunicação em meio a um ambiente de glamour.
É um filme cujo protagonista não sofre qualquer mudança. Termina do mesmo jeito que começa.
Outro detalhe que me incomodou no meio do filme foi colocarem um personagem temporário racista e classista sem que houvesse qualquer argumento contrário. Na verdade, o argumento é até reforçado pelos outros personagens.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraSó é bonzinho por causa do ritmo da direção (passa rápido) e porque Brendan Fraser trouxe muita honestidade ao personagem. Em momento algum eu parava pra pensar se ele estava fingindo as dores e as dificuldades de mobilidade. Atuação esplêndida.
Pena que aparentemente o roteiro original (de teatro) já era fraco, repetitivo e gordofóbico, e apenas transpuseram pro cinema, ao invés adaptar o texto (roteiro) e direção para o cinema e para os dias de hoje.
As atuações são demasiadamente exageradas (exceto de Brendan), os sentimentos são sempre explosivos, os diálogos são brutos e todos os personagens parecem que são o mesmo, até nas manias: quando alguém diz "oh..." sempre alguém responde "é, oh" mesmo aqueles que não se conhecem.
O roteiro é bem repetitivo e se sustenta em uma explicação com pouco argumento:
1.
A ideia do pai se sacrificar para deixar o dinheiro para a filha tem VÁRIOS problema, começando por mostrar que ele não aprendeu nada com o passado, pois abandonou a filha aos 8 anos de idade, pediu desculpas e agora está abandonando de novo ao desistir da vida. Não é como se ele não tivesse opção. Além disso, ele prejudica não só a filha, mas a cunhada que ficou tanto tempo o ajudando e a ex-mulher. Se a filha tivesse precisando daquele dinheiro urgentemente para uma cirurgia que iria a salvar, OK, faria sentido. Mas quem tava precisando era ele!
2.
O amor incondicional e não correspondido do pai inicalmente mostra uma resiliência e autenticidade admiráveis, mas todo mundo tem limites. Depois de um tempo, o "amor" dele soa como carência, ignorância, traços de alguém não admirável. Faria sentido se a filha demonstrasse amor por ele mesmo que sutilmente. Uma redação apenas não é argumento, afinal ele é HUMANO, e não apenas qualquer humano: alguém extremamente doente que está o tempo todo sendo maltratado por todos, sem nenhum tipo de alívio.
Não há nenhum equilíbrio dramático à narrativa, que sempre bate nas mesmas teclas da gordofobia ligada sempre a um lugar de nojeira e falta de amor, na tecla do "coitadismo" forçando o expectador a sentir pena do personagem do começo ao fim, com poucos toques de admiração até passar a sentir raiva mesmo. Não há contrapontos. Não há transformação nos personagens. Todos são teimosos, raivosos, rancorosos. Todos parecem ser a mesma pessoa.
A estética do filme também contribui para animalizar a figura de pessoas obesas, quando deveria ser o contrário: o filme deveria humanizá-las. Tudo bem que as pessoas no filme o enxerguem daquele modo, mas os momentos que ele está sozinho ou com alguém que o ama (infelizmente não tem), deveria mostrar outro lado dele, não ele comendo feito um porco, limpando as mãos na blusa.
Resumindo: não consegui me importar com nenhum personagem, não vi sentido na estória, nas relações, atuações, estética. A única coisa boa foi a atuação de Brendan e a relação dele com os alunos
Os Esquecidos
4.3 109Cru, realista e ultraviolento. O filme já inicia anunciando um pessimismo generalizado e de cara apresenta aquelas crianças pobres e delinquentes, carentes de qualquer afeto ou chances. O filme é bom, é dinâmico, tem bons personagens e te evolve, te faz torcer.
Ele só não é melhor porque é uma estória pouco profunda, que se encerra em si mesma. É quase como passar de trem por um bairro carente e seguir adiante. Até quando ele tenta aprofundar, fica na superficialidade quando basicamente culpa os pais pela delinquência por estes não darem amor aos filhos e os abandonarem, negando-lhes até a comida.
Ora, sabemos que tais problemas são mais profundos e tem muito mais nuances. A sensação que eu tinha era de assistir uma estória de adultos em miniatura vivendo um problema local causado por pais negligentes, não de crianças vivendo uma realidade socio-politica dura e cruel.
Recomendo assistirem "Ladrões de Bicicleta" e "Cafarnaum" pra entenderem do que estou falando. São filmes realistas que retratam crianças em situação de pobreza, mas elas não deixam de ser crianças, e também aprofundam ao denunciar um cenário macro causador dos problemas desse cenário micro retratado nos filmes.
A Caixa de Pandora
4.2 88 Assista AgoraNão sei se fui eu que não consegui me concentar, mas achei o roteiro e a direção confusas e frágeis. A própria montagem do filme que levou diferentes cortes já revela uma tentativa de corrigir isso. Tem versões menores e maiores, e por fim essa de 133 minutos que pra mim não funcionou. Mas tudo bem quem gostar também.
Os personagens da estória não me cativaram, começando pela protagonista infantilizada, sempre dependente e mimada, o que pareceu muito diferente da imagem da capa rsrsrs há quem diga que é dissimulação, mas faria sentido se fosse ela a mover a estória, manipulando as pessoas e ganhando sucesso, mas não é o o que acontece, pelo contrário.
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
3.5 651 Assista AgoraFilme divertido, cativante e bem dirigido. O problema é o roteiro. Muita implausibilidade, diversas incoerências começando por colocar Blanc ali, já que ele não faz parte do grupo de amigos então nem embarcaria, ou seria mandado de volta
(especialmente porque Bron era um assassino e a última coisa que ele ia querer era um detetive por perto)
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraIncoerência de roteiro:
Se o rapaz já sabia que ia morrer, por que ficou tirando foto dos pratos?
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraVisualmente impressionante, mas pra mim não passa daí. Pra mim, é inconcebível a quantidade de dinheiro investido em tecnologia pra esse filme de roteiro altamente genérico. Não foi por falta de tempo (10 anos) e não foi por falta de dinheiro. Um verdadeiro desperdício.
Basicamente o plot da estória é igual ao primeiro, mas bastante piorado. Começa que não existe mais aquele encantamento pelo novo universo, pela língua e pelo corpo novo. Tem o mundo aquático, mas nem de longe é tão encantador quanto o primeiro filme. Dá até preguiça. Nenhuma das escolhas dos personagens fazem sentido, nem do lado dos heróis nem dos vilões que poderiam ter matado Jake Sully várias vezes facilmente. Só não fizeram porque o filme precisava continuar. Todos os planos são ruins dos dois lados. Os vilões não acertam um tiro sequer e os Na'vi acertam todas as flechadas. Impressionante. Mesmo os vilões tendo perdido uma guerra uma vez, poderiam ter desenvolvido uma tecnologia contra eles, ou feito naves mais resistentes às flechas, mas não. Foi literalmente a mesma coisa.
MAAAAASS, pra quem tiver ali mais pela experiência do cinema e pelas cenas isoladamente, sem pensar muito, pode ser bom. Não é ruim o filme. O que me incomoda é que a parte mais importante do filme que deveria ser o roteiro, é negligenciado.
Pinóquio
4.2 542 Assista AgoraLindíssimo filme, muito bem produzido, dirigido e atuado. Gosto muito de como a estória é amarrada, como existe uma relação de causa-consequência entre as sequências e como Pinocchio é verdadeiramente protagonista. Bem, pelo menos até a metade do filme. É aí que, pra mim, a estória enfraquece. Pinochio deixa de ser o protagonista de sua própria estória e passa apenas a seguir instruções ou ser salvo pelo acaso. A cena da baleia-monstro foi bem fraquinha, diria que anti-climático até. Lembro bem da animação, de como havia um clima de perda de esperanças dentro da baleia, até que uma chance surgia. Aqui as coisas andam muito depressa do meio pro final. Ainda assim, um ótimo filme para se assistir.
Aftersun
4.1 705Aftersun é um filme que não promete muito e não entrega muito. Em sua essência, ele é bastante minimalista em todos os aspectos. É um filme pra não botar expectativa.
Ele é arrastado especialmente em sua primeira metade, trecho significativo do filme que particularmente achei "descartável" uma vez que não contribui muito para o avançar do sentimento ainda que subjetivo, emocional e temporal da estória, além não trazer nada esteticamente interessante que traga algum alívio ou justifique de alguma maneira.
A segunda metade do filme é quando ele realmente começa a acontecer. Aí temos as subjetividades em especial da menina sob seu amadurecimento, seu sentimento de deslocamento. Temos um desenvolvimento da relação pai-filha interrompida pela frieza do pai. E aqui vale destacar que, para uma estória que parece representar um pai melancólico, depressivo ou com distimia (assim como eu), senti falta de uma profundidade maior sobre esse personagem. No filme fica claro quais são as questões da filha, mas como alguém que tem distimia, senti um incômodo nessa retratação do pai um pouco superficial. Não dá pra saber qual a relação (ou não-relação) dele com as pessoas ao redor e com a vida.
Temos também a presença de alguns flashes que me deixaram confusos durante a estória. Não dá pra saber se é no futuro ou no passado. Também não dá pra saber como esses flashes contribuem para a narrativa, como eles são importantes. Então pra mim acabou servindo mais como uma distração do que qualquer outra coisa, além de gerar uma expectativa que ao terminar do filme não é cumprida.
Pleasure
3.4 113 Assista AgoraTemos aqui um tema relevante e com várias camadas tratado de forma rasa pelo roteiro, direção e atuação.
Nada sabemos sobre as razões da protagonista ao entrar no mundo da pornografia, nada sabemos sobre seu histórico além de que ela "saiu da Suécia porque lá as pessoas eram idiotas". Ela é determinada a conquistar o glamour no mundo pornográfico, mas pouco sabemos sobre seus conflitos internos, sobre seus sentimentos, o que é atropelado pela direção e pela atuação já que a atriz pouco se expressa a não ser nos momentos óbvios de dor. Isso não seria problema se soubessemos claramente seus conflitos internos, ou seu background, suas motivações, mas não temos nada disso aqui.
O tema da pornografia abrange várias camadas como falei. Ele traz vários questionamentos como: O que faz alguém entrar nessa vida? Quais são as condições emocionais e financeiras que os levam até aí? Como as pessoas enxergam atrizes pornô no mundo real? Qual a relação entre sexo e pornografia? Como a pornografia afeta a vida das pessoas? Enfim, muitas questões que não são respondidas nesse filme. Aqui, eles focam apenas na questão do pornô hardcore, como se esse fosse o único problema da pornografia.
São muitas questões ruins nesse filme que eu poderia fazer uma crítica mais extensa, mas não vou. Agora citando os pontos positivos, só consigo ver que ele levanta a questão (superficialmente) da reprodução da pornografia no sexo, que na verdade nem era sexo, também era pornografia.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraAssisti pela terceira vez e, poxa, o filme só cresce. Raramente gosto de rever filmes, mas esse aqui curti cada momento as 3 vezes. Muito bem escrito, mto bem dirigido e atuado. A narrativa inicia com o ser humano em sua versão mais animalesca possível, enlameado e literalmente saltando em uma presa para se alimentar. O filme todo é direcionado no sentido oposto conforme a trama avança até chegar em uma conclusão que...
Une os dois mundos e nos traz uma imensa paz