esperava que fosse ser mais sujo. achei muito ''arrumadinho''. até ensaia em alguns momentos uma textura mais granulada e esverdeada que cairia bem na violência que propõe, mas no fim optou pela versão mais higienizada. ainda assim, é decente (melhor que o último do woo, por exemplo).
como eu imaginava, um filme-sinopse. no caso, não tem muito ao que oferecer além do plot instigante, mas obviamente limitado. pra mim, é insuficiente. e para um filme 'minimalista' é mão pesada demais. claro, é legal a ideia de tentar conduzir uma narrativa focada em personagens inseridos no contexto mais maligno possível, mas, de novo, não transcende o interesse da sinopse. pior filme do glazer.
o moll é um puta diretor que só fui conhecer agora. ele tem aquele lance kubrickiano de transitar por gêneros e estilos bem distintos, mas tentar sempre fazer algo marcante. às vezes faz pro mal, mas não dá pra negar que tudo que ele produz é, no mínimo, interessante. esse em específico é sóbrio demaaaais. se tem uma coisa que ele se consolidou foi em garantir uma estética primorosa e nem isso esse ostenta pq é sóbrio demaaaaais. mas... personagens interessantes, bem desenvolvido, embora cometa essa falha inaceitável de adiantar no início o spoiler de que o crime não foi resolvido e estragar a experiência. a frustração com o final inconclusivo seria um anti-payoff bem-vindo, mas até no spoiler ele foi sóbrio demaaaais.
ps.: se eu fosse professor de cinema faria uma sessão tripla com esse, zodíaco e memórias de um assassino para estudo.
a estrutura é divertida. esteticamente irrepreensível. porém, não dá né, forçado demais. é cômico. a parte do tarado é bem engraçada até, mas de resto não tem como.
bem decente. mas esperava uma galhofa mais prolongada e convicta. a cena da black friday tem o tom perfeito, por exemplo, mas o filme em si parece se levar sério demais em contraste com a premissa. violência pontual demais também, eu diria, queria o eli roth desinibido do hostel. mas bom, acima da média.
quando vi o nome do retardado do damon albarn na trilha sabia que não viria coisa boa. mas me surpreendeu, negativamente. (ainda assim, a trilha do albarn conseguiu ser a pior coisa).
mais de 100 anos que existe o cinema e as pessoas não entenderam o básico ainda: quer retrato fidedigno histórico? assiste documentário, porra!
eu gostei bastante! desprezo quase tudo que o scott fez nos últimos, vá lá... 15 anos (?), mas esse realmente me conquistou. até que enfim algo que tirou ele do piloto automático. autoral (!), divertido, ótima performance do phoenix. e, mais do que tudo, uma abordagem inesperada para um projeto que se ensaiava como algo previsível e preguiçoso vindo da equação scott + épico.
e como é bom ver finalmente um filme grandioso no cinema novamente que faz jus às potencialidades técnicas de se ver algo no cinema, diferente do falso grandioso que foi oppenheimer, por exemplo.
ah, sou ferrenho opositor ao vício que se tornou qualquer coisa ter 2h30 hoje em dia, mas ouso dizer que veria a famigerada versão do diretor de 4h30 de napoleão!
o dicaprio é o menino neymar do cinema, não adianta, tenta parecer adulto, mas não dá pra levar a sério. o cara parecer ter eternamente 18 anos. se é pra assistir 3 horas de de niro e di caprio conversando então eles que me paguem uma janta!!! história foda. scorsese se reveste da suposta consciência histórica, mas na hora de escolher o protagonista opta pelo mais aborrecido de todos, enquanto a indígena lá seria obviamente a escolha correta. e é no mínimo de mau gosto o cara inserir aquela violência estilizada e alívio cômico num filme que requer uma seriedade que flertaria com gênero horror facilmente. de bom: a mollie; os personagens avulsos (índio depressivo, velhote contratado pra matar ele, velhote cagueta, etc.); atuação do de niro legal; passa tmb o arco do tom white. de ruim: estética capenga quase de telefilme (que é aquele início? bagunça do caralho —e cena da primeira jorrada de petróleo parece gravada com samsung); montagem duvidosa em alguns momentos; até o áudio parece cagado aqui e ali (inacreditável né, convenhamos); três horas que parecem três dias; final egocêntrico e medonho. enfim... filme obviamente feito por alguém gagá. o triste é que quando anunciaram esse filme eu pensei 'hum, impossível adaptar aquele livro'. só que vendo o filme deu pra perceber que rolaria, sim, adaptar, contanto que fosse com algum diretor mais adequado! sério, pensa só se fosse essa estrutura:
SPOILER
dividido em capítulos:
1 - história de mollie. mostra infância dela, quando descobrem petróleo, passa por ela conhecendo o dicaprio e se apaixonando, começam as mortes, desgraceira total. termina capítulo com ela ficando doente (quase um fim de arco, você pensa 'putz, chegou a vez dela').
2 - segue tom white, do fbi. ele começa a investigar. vai até ponto que — somente então — descobrimos que de niro e di caprio estão envolvidos com as mortes. vejam só!, não seria essa chatice de expor desde o início que eles estão em conluio. termina com dicaprio aceitando (pela primeira vez testemunhar).
3 - capítulo do di caprio. vemos da perspectiva dele a história desde que ele chega na cidade, se relaciona com a mollie, se envolve nas tretas do tio, se envolve nos assassinatos. é preso. termina no tribunal, com ele confessando a participação.
medíocre, mas um medíocre honesto, daqueles que não vemos mais no cinema, infelizmente. pastiche de tudo, com o dramalhão tradicional de filme de opressão acessível. e dentro daqueles moldes para agradar espectador no fim da adolescência que daqui a dez anos vai rever e ter um pouco de constrangimento por ter gostado. enfim, um ruim respeitoso! só o nepo baby protagonista aí que tem zero carisma.
o tom prepotente do kleber fica latente aqui. por aí já começa a destoar da pretensão dele na abordagem afetiva. outro problema é a perspectiva crítica da coisa. ok, importante e tudo mais, mas convenhamos: urbanismo é assunto de burguês de esquerda alienado. também acho que a costura dos três atos não funciona como deveria. o primeiro, o mais autocentrado, ironicamente, é o melhor disparado. depois é só forma e pouco conteúdo. os personagens são interessantes, em tese, mas, de novo, soam como o clássico 'pobre acessório do burguês de esquerda'. naipe aqueles cases de documentários de faculdade pública que querem enaltecer personagens urbanos que só em teoria são realmente interessantes. sem contar que a humanização deles é exaurida na montagem, apenas. porque não tinha muita coisa realmente proveitosa a ser extraída dali (o depoimento mais emotivo, por exemplo, do senhorzinho do cinema lá, é uma visível distorção: o afeto dele pelo lugar é essencialmente uma dependência laboral). o último ato, de novo, lá vai o kleber interagir com o "pobre" em tom blasè desagradável. dito tudo isso, gostei do filme! o prepotente kleber é simpático, devo me render. e, principalmente, nesse ponto já dá pra admitir que o cinema dele tem duas coisas que carecem em muito no cinema nacional: alma e linguagem. enfim, a petra costa que deu certo!
i.a., espionagem, trairagem... porra, é o missão impossível último que deu certo! e quem discorda vem cair na porrada! mas real, pelo menos esse tem "humildes" duas horas, não se leva a sério e aquele arco do hartnett/grant é divertido demais. só a aubrey plaza que try too hard ser engraçada, mas fracassou nos últimos todos os filmes da vida dela. esse novo guy ritchie tá topzeiras, que continue!
estética legal, roteiro esperto. mas o personagem do matt johnson é forçado (porra, roteirista com mais de 30 anos não pode mais escrever personagem nerdola, supera oh johnson). não curto muito filmes biográficos (vi mais pq sou adorador de nirvanna the band the show), mas esse tá acima da média. e termina com the kinks então respeito! achei legal também essa abordagem de que não é uma história sobre fracasso. pelo contrário: é a história sobre uma invenção que deu o que tinha que dar até ser superada.
Guerra Civil
3.8 123uma estrelinha e meia pela dunst e pelo esposo dela que atuaram bem.
Farang
3.3 8esperava que fosse ser mais sujo. achei muito ''arrumadinho''. até ensaia em alguns momentos uma textura mais granulada e esverdeada que cairia bem na violência que propõe, mas no fim optou pela versão mais higienizada.
ainda assim, é decente (melhor que o último do woo, por exemplo).
Madame Teia
2.1 230 Assista Agoraprimoroso
Zona de Interesse
3.6 561 Assista Agoracomo eu imaginava, um filme-sinopse. no caso, não tem muito ao que oferecer além do plot instigante, mas obviamente limitado. pra mim, é insuficiente.
e para um filme 'minimalista' é mão pesada demais. claro, é legal a ideia de tentar conduzir uma narrativa focada em personagens inseridos no contexto mais maligno possível, mas, de novo, não transcende o interesse da sinopse.
pior filme do glazer.
Coup de Chance
3.3 11meia boca total. é o allen sem brilho dos últimos anos (e com estética fuleira)
Segredos de um Escândalo
3.6 262 Assista Agoramuito bom. num mundo justo o haynes ganharia todos os prêmios de direção do ano.
Homebodies
2.7 3muito bom!
Não Fale o Mal
3.6 666meh
A Noite do Dia 12
3.8 14o moll é um puta diretor que só fui conhecer agora. ele tem aquele lance kubrickiano de transitar por gêneros e estilos bem distintos, mas tentar sempre fazer algo marcante. às vezes faz pro mal, mas não dá pra negar que tudo que ele produz é, no mínimo, interessante.
esse em específico é sóbrio demaaaais. se tem uma coisa que ele se consolidou foi em garantir uma estética primorosa e nem isso esse ostenta pq é sóbrio demaaaaais.
mas... personagens interessantes, bem desenvolvido, embora cometa essa falha inaceitável de adiantar no início o spoiler de que o crime não foi resolvido e estragar a experiência. a frustração com o final inconclusivo seria um anti-payoff bem-vindo, mas até no spoiler ele foi sóbrio demaaaais.
ps.: se eu fosse professor de cinema faria uma sessão tripla com esse, zodíaco e memórias de um assassino para estudo.
Seules Les Bêtes
3.9 32a estrutura é divertida. esteticamente irrepreensível. porém, não dá né, forçado demais. é cômico. a parte do tarado é bem engraçada até, mas de resto não tem como.
Feriado Sangrento
3.1 394bem decente. mas esperava uma galhofa mais prolongada e convicta. a cena da black friday tem o tom perfeito, por exemplo, mas o filme em si parece se levar sério demais em contraste com a premissa. violência pontual demais também, eu diria, queria o eli roth desinibido do hostel. mas bom, acima da média.
Mortos de Fome
3.4 99quando vi o nome do retardado do damon albarn na trilha sabia que não viria coisa boa. mas me surpreendeu, negativamente. (ainda assim, a trilha do albarn conseguiu ser a pior coisa).
Napoleão
3.2 319 Assista Agoramais de 100 anos que existe o cinema e as pessoas não entenderam o básico ainda: quer retrato fidedigno histórico? assiste documentário, porra!
eu gostei bastante! desprezo quase tudo que o scott fez nos últimos, vá lá... 15 anos (?), mas esse realmente me conquistou. até que enfim algo que tirou ele do piloto automático. autoral (!), divertido, ótima performance do phoenix. e, mais do que tudo, uma abordagem inesperada para um projeto que se ensaiava como algo previsível e preguiçoso vindo da equação scott + épico.
e como é bom ver finalmente um filme grandioso no cinema novamente que faz jus às potencialidades técnicas de se ver algo no cinema, diferente do falso grandioso que foi oppenheimer, por exemplo.
ah, sou ferrenho opositor ao vício que se tornou qualquer coisa ter 2h30 hoje em dia, mas ouso dizer que veria a famigerada versão do diretor de 4h30 de napoleão!
Assassinos da Lua das Flores
4.1 602 Assista Agorao dicaprio é o menino neymar do cinema, não adianta, tenta parecer adulto, mas não dá pra levar a sério. o cara parecer ter eternamente 18 anos.
se é pra assistir 3 horas de de niro e di caprio conversando então eles que me paguem uma janta!!!
história foda. scorsese se reveste da suposta consciência histórica, mas na hora de escolher o protagonista opta pelo mais aborrecido de todos, enquanto a indígena lá seria obviamente a escolha correta. e é no mínimo de mau gosto o cara inserir aquela violência estilizada e alívio cômico num filme que requer uma seriedade que flertaria com gênero horror facilmente.
de bom: a mollie; os personagens avulsos (índio depressivo, velhote contratado pra matar ele, velhote cagueta, etc.); atuação do de niro legal; passa tmb o arco do tom white.
de ruim: estética capenga quase de telefilme (que é aquele início? bagunça do caralho —e cena da primeira jorrada de petróleo parece gravada com samsung); montagem duvidosa em alguns momentos; até o áudio parece cagado aqui e ali (inacreditável né, convenhamos); três horas que parecem três dias; final egocêntrico e medonho. enfim... filme obviamente feito por alguém gagá.
o triste é que quando anunciaram esse filme eu pensei 'hum, impossível adaptar aquele livro'. só que vendo o filme deu pra perceber que rolaria, sim, adaptar, contanto que fosse com algum diretor mais adequado! sério, pensa só se fosse essa estrutura:
SPOILER
dividido em capítulos:
1 - história de mollie. mostra infância dela, quando descobrem petróleo, passa por ela conhecendo o dicaprio e se apaixonando, começam as mortes, desgraceira total. termina capítulo com ela ficando doente (quase um fim de arco, você pensa 'putz, chegou a vez dela').
2 - segue tom white, do fbi. ele começa a investigar. vai até ponto que — somente então — descobrimos que de niro e di caprio estão envolvidos com as mortes. vejam só!, não seria essa chatice de expor desde o início que eles estão em conluio. termina com dicaprio aceitando (pela primeira vez testemunhar).
3 - capítulo do di caprio. vemos da perspectiva dele a história desde que ele chega na cidade, se relaciona com a mollie, se envolve nas tretas do tio, se envolve nos assassinatos. é preso. termina no tribunal, com ele confessando a participação.
4 - voltamos pra mollie pro fechamento.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 602 Assista Agorase aposenta oh scorsese!
Resistência
3.3 263 Assista Agoramedíocre, mas um medíocre honesto, daqueles que não vemos mais no cinema, infelizmente. pastiche de tudo, com o dramalhão tradicional de filme de opressão acessível. e dentro daqueles moldes para agradar espectador no fim da adolescência que daqui a dez anos vai rever e ter um pouco de constrangimento por ter gostado.
enfim, um ruim respeitoso! só o nepo baby protagonista aí que tem zero carisma.
Jogos de Azar
3.6 2filmaçoo
Retratos Fantasmas
4.2 225 Assista Agorao tom prepotente do kleber fica latente aqui. por aí já começa a destoar da pretensão dele na abordagem afetiva.
outro problema é a perspectiva crítica da coisa. ok, importante e tudo mais, mas convenhamos: urbanismo é assunto de burguês de esquerda alienado.
também acho que a costura dos três atos não funciona como deveria. o primeiro, o mais autocentrado, ironicamente, é o melhor disparado. depois é só forma e pouco conteúdo. os personagens são interessantes, em tese, mas, de novo, soam como o clássico 'pobre acessório do burguês de esquerda'. naipe aqueles cases de documentários de faculdade pública que querem enaltecer personagens urbanos que só em teoria são realmente interessantes. sem contar que a humanização deles é exaurida na montagem, apenas. porque não tinha muita coisa realmente proveitosa a ser extraída dali (o depoimento mais emotivo, por exemplo, do senhorzinho do cinema lá, é uma visível distorção: o afeto dele pelo lugar é essencialmente uma dependência laboral). o último ato, de novo, lá vai o kleber interagir com o "pobre" em tom blasè desagradável.
dito tudo isso, gostei do filme! o prepotente kleber é simpático, devo me render. e, principalmente, nesse ponto já dá pra admitir que o cinema dele tem duas coisas que carecem em muito no cinema nacional: alma e linguagem.
enfim, a petra costa que deu certo!
Entre Para Morrer
3.2 2É bom até deixar de ser. E para um filme que dependeria tanto de seu desfecho, acaba sendo fracassado.
Confissões de um Necrófilo
3.3 32genuinamente ruim.
Fale Comigo
3.6 957 Assista Agorasólido! da escola de hora do pesadelo e candyman.
dá uma escorregada pesada no terceiro ato, mas está acima da média com certeza.
O Pacto
3.9 240 Assista Agoraconsistente e envolvente. viva o novo guy ritchie!
Esquema de Risco: Operação Fortune
3.0 97 Assista Agorai.a., espionagem, trairagem... porra, é o missão impossível último que deu certo! e quem discorda vem cair na porrada!
mas real, pelo menos esse tem "humildes" duas horas, não se leva a sério e aquele arco do hartnett/grant é divertido demais. só a aubrey plaza que try too hard ser engraçada, mas fracassou nos últimos todos os filmes da vida dela.
esse novo guy ritchie tá topzeiras, que continue!
BlackBerry
3.5 58 Assista Agoraestética legal, roteiro esperto. mas o personagem do matt johnson é forçado (porra, roteirista com mais de 30 anos não pode mais escrever personagem nerdola, supera oh johnson).
não curto muito filmes biográficos (vi mais pq sou adorador de nirvanna the band the show), mas esse tá acima da média. e termina com the kinks então respeito! achei legal também essa abordagem de que não é uma história sobre fracasso. pelo contrário: é a história sobre uma invenção que deu o que tinha que dar até ser superada.