Não sei nem como começar a falar sobre esse filme. Incrivelmente triste, retrata a realidade sombria e miserável de duas meninas com autismo (oficialmente diagnosticadas como esquizofrenicas em sua época, mas parece claro que se trata de outro distúrbio). É preciso calçar o sapato delas para adentrar no filme. De outra forma, o vemos com a mesma impaciência que as pessoas geralmente têm ao lidar com alguém com limitações. Os dizemos lentos, cansativos, detalhados demais. Narrar a história das duas não poderia ter sido de outra forma. Eu teria inclusive estendido o filme ainda mais, tamanho é meu fascínio por ele. Gosto de filmes que dissequem personalidades, comportamentos. Emoções, porquês. E esse, pra mim, entregou. Revejo se tiver a chance.
É certo que as meninas já aparentavam ter algum tipo de distúrbio quando bem novinhas, mas a partir dos 8 anos, quando se mudaram para o UK e sofreram com a adaptação e racismo, as coisas pioraram de vez e elas fizeram o tal pacto de silêncio. Me faz pensar no quanto a vida em sociedade intensifica nossos problemas- e nossas qualidades, talvez.
Sofreram e se retraíram. Se isolaram, pioraram. Que fazer, José?
Sensacional! Um dos melhores documentários sobre o tema; deveria ser visto por cada ser humano. Se vc for professor, por favor-por favorzinho, mostre-o aos seus alunos
- Chavismo - Pobreza - Corrupção e compra de votos/troca favores políticos - Sexualização de crianças - Gravidez na adolescência - Precarização de moradias e falta de saneamento - Poluição fluvial/morte vida marítima - Síndrome do pequeno poder - Sexismo - Violência animal
Tudo envolto por uma das melhores direções de fotografia que vi nos últimos tempos. Vale demais assistir
Me faz pensar nas construções sociais a que somos submetidos. Alguém que cuida de um banheiro e auxilia seus usuários tem um emprego e rendimentos tão honestos quanto um porteiro. A beleza do uniforme bem desenhado e cortado foi, então, capaz de elevar seu status em sua vizinhança e até de garantir o respeito de seus familiares? Teria aquela função de porteiro um pouco de pequeno poder incrustrado (ordenar que o taxi venha, dar ordens aos carregadores de malas, interagir diretamente com os clientes abastados...) e é disso que ele mais sentiria falta?
Perda de status e poder, imagem arranhada. E não é que dá mesmo pra fazer um paralelo com a situação da Alemanha no pós Guerra?
Enquanto filme é uma obra prima. É fluído, entretém, a fotografia é espetacular. Perfeito para quem não gosta de filmes apressados e roteiristas fantasiosos. Por outro lado...
Alguns filmes são rápidos, explicitos, óbvios. Comerciais, talvez.
Esse não. Esse entrega sentimentos através de sutilezas, através de cenas que concatenam a angústia que o personagem sente com o tempo que se passa lá fora. Que mostra como só uma vida pode arruinar tantas outras. Que o amor pode vir acompanhado de tragédias e martírios, e que alguém vivo pode estar tão apagado quanto os que já se foram.
Tenso ao ponto de deprimir a alma de quem assiste.
Um filme sobre o luto de amores irreais.
Que sejamos abençoados com mais obras como esta, porque de filmes rasos o cinema está cheio.
Eu poderia escrever mil linhas sobre esse filme e ainda assim nao conseguir descrever o desconforto que senti mesmo horas depois de assisti-lo. Feliz pq alguem soube contar uma historia tao bem; triste por ter a certeza de que essa realidade, ou parte dela, acontece com muitas mulheres.
Muitos pais abortam seus filhos logo ao saber que a mulher com quem tiveram relacoes engravidou. Esse do filme conseguiu tirar-lhe a vida em todas suas fases.
seja a versão acabada de tudo aquilo que depositaram nele enquanto construía sua personalidade quando criança: seco, emocionalmente reprimido, apático, indiferente ao mundo. Ele mesmo, um escudo ambulante que tenta se proteger daquilo que tanto o afetou em seus primeiros anos de vida; uma proteção que impede que algo de fora venha e o machuque novamente, mas que nao permite que o que ja está ali dentro saia.
E assim ele segue: revisitando e intensificando suas vivências de todos os ângulos possíveis antes de ter podido se blindar; fazendo disso seu passado, presente e futuro. Nada entra, nada sai. Se não estivesse encenando tudo aquilo em um palco, talvez no teatro subconsciente de sua mente todos aqueles traumas que moldaram sua personalidade estariam igualmente atuando de alguma forma.
- Todas as pessoas à volta dele se assustaram com sua nova aparência
- A esposa ficou horrorizada ao passar as mãos em seus cabelos e e descobrir que ele havia posto ali maquiagem ( e até ameaçou ir embora deposi do primeiro botox)
- Os amigos e antigos colegas tinham até vergonha de lhe dirigir o olhar
- O próprio filho, uma criança, fez chacota da aparência do pai
Mas as mulheres não passam por procedimentos estéticos de todos os graus de loucura o tempo todo? Sim, passam, sendo tal comportamento naturalizado e, talvez, até esperado e desejável.
Enquanto crítica achei sensacional. Resguardados os devidos excessos, estariam os homens se inclinando nessa busca pela juventude infinita? Ao invés deles se lançarem nesse abismo, será que nós mulheres não deveríamos dar alguns passos para trás e cultivar nossas vidas de forma mais leve sem nos preocuparmos tanto com a aparência? E se eles ainda assim decidirem fazer tais procedimentos, por que as mulheres podem e eles não? Por que e para que envergonhar a pessoa daquela forma?
Enquanto filme, achei sofrível. Faltam obras no mercado com essa temática e essa infelizmente foi apelativa demais; poderia ter tratado as cenas, a transição, as reações e a auto-percepção do personagem de forma mais sensível e menos pronunciada.
dedica a vida a ajudar os outros ou se ajuda os outros para preencher as lacunas de sua vida pouco colorida. Seria essa uma forma de cooperar com a solidão?
Estou vendo muitos comentários sobre a pessoa do Che... Acho que aqui no site vale mais olhar para a obra cinematográfica produzida. Te prendeu a atenção? Os atores mandaram bem? E a fotografia?
É bem fácil esquecermos da obra em si e discutir o assunto/pessoa tratado, mas nesse caso o filme foi conduzido tão bem que considero injusto dar a ele uma nota baixa por conta de posições políticas.
OK, qq coisa que envolva woodie Allen já me revolve o estômago por conta do histórico pessoal desse senhor, então eu tentei dissociar o quanto eu desgostei do filme por causa dele e quanto foi por conta da película em si. Como às vezes quero aproveitar a companhia de alguns amigos, acabo correndo o risco de ver filmes desse cara...
As atuações me pareceram bem forçadas e superficiais, assim como incontáveis cenas. São tantas as perguntas que me faço....
Pq diabos insistir na fórmula vovô professor bonzão + garotinha tonta? O que foram aquelas cenas do galã abordando a menina no parque e posteriormente a levando para conhecer o barco? E o amigo barbudo elogiando as fotos da mãe da menina? Exposição, hein? E aquele rompimento entre a menina e o vovô? E ele esculachando as crianças? Cara são tantas cenas ruins que a única coisa que quero é esquecer essa droga de filme.
A construção dos personagens me pareceu fake demais: sobraram atuações rasas recheadas de falas vazias e faltou personalidade, envolvimento. Não consegui me entreter com a história de qualquer um dos personagens, todos me pareceram insignificantes, incluindo aqueles cuja transição de sexualidade foi mostrada quase que em etapas. Acho que houve ali uma ânsia por querer parecer liberal, por entregar algo que as pessoas não estão acostumadas a ver (cenas com maconha já não surpreendem mais ninguém ha anos kkkk), só que o resultado, talvez por conta do roteiro limitado e das atuações rasas, deixou tudo muito forçado. Tem filme bem menos aclamado da época da minha vó que entregou esse tipo de tema com maestria.
Ainda, me parece que esse filme foi feito para, (in)diretamente, enaltecer o ego do "gênio" Allen. O personagem e o diretor se mesclam e não é preciso muito esforço para sentir que várias das insistentes afirmações narcisistas do protagonista remetem de alguma forma a ele. Um punhado de frases inteligentes colocadas aqui e ali não fazem um filme- pode ajudar se o filme for bom ou forçar se a barra ele já estiver meia boca
.
Agora sim me direcionando somente à persona allen: acho uma pena haver tantos diretores talentosos e negligenciados por aí enquanto um cara que já não entrega mais bons filmes se recusa a largar o osso e continua recebendo financiamentos polpudos da indústria.
Não gostei muito, não achei envolvente. Tem duas coisas que precisei separar muito bem na minha cabeça para dizer se gostei ou não do filme:
1) as "cenas" de que mais gostei na vdd só gostei pq envolvem frases que o próprio Strzeminski falou em vida - ou seja, admirei a idéia, o fato real, e não necessariamente a atuação no filme.
2) achei vários dos atores fracos e a edição um pouco preguiçosa. Não estou dizendo que é um filme ruim, mas nem de longe despertou em mim aquele sentimento de que havia sido um ingresso bem pago. Faltou intensidade e desperdiçou cenas com imenso potencial, como aquelas em que Strzeminski conversava com sua filha. Já outras foram meio que mal trabalhadas, o que me lembrou o artificialismo de alguns filmes hollywoodianos (não me crucifiquem por isso kkkkk).
Voltando ao início: pode até servir para instigar algum interesse na história do Strzeminski, mas enquanto filme é uma produção bem razoável.
Tori e Lokita
3.8 8Sonhos não alcançados,
Tantos nãos ouvidos.
Abusos repetidos,
Um fim abrupto.
É só mais um imigrante que veio e se foi.
The Silent Twins
2.8 12Não sei nem como começar a falar sobre esse filme. Incrivelmente triste, retrata a realidade sombria e miserável de duas meninas com autismo (oficialmente diagnosticadas como esquizofrenicas em sua época, mas parece claro que se trata de outro distúrbio). É preciso calçar o sapato delas para adentrar no filme. De outra forma, o vemos com a mesma impaciência que as pessoas geralmente têm ao lidar com alguém com limitações. Os dizemos lentos, cansativos, detalhados demais. Narrar a história das duas não poderia ter sido de outra forma. Eu teria inclusive estendido o filme ainda mais, tamanho é meu fascínio por ele. Gosto de filmes que dissequem personalidades, comportamentos. Emoções, porquês. E esse, pra mim, entregou. Revejo se tiver a chance.
É certo que as meninas já aparentavam ter algum tipo de distúrbio quando bem novinhas, mas a partir dos 8 anos, quando se mudaram para o UK e sofreram com a adaptação e racismo, as coisas pioraram de vez e elas fizeram o tal pacto de silêncio. Me faz pensar no quanto a vida em sociedade intensifica nossos problemas- e nossas qualidades, talvez.
Sofreram e se retraíram. Se isolaram, pioraram. Que fazer, José?
A História do Plástico
3.8 2Sensacional! Um dos melhores documentários sobre o tema; deveria ser visto por cada ser humano. Se vc for professor, por favor-por favorzinho, mostre-o aos seus alunos
Era Uma Vez na Venezuela
4.0 3Fenomenal. A cada cena um tiro diferente:
- Chavismo
- Pobreza
- Corrupção e compra de votos/troca favores políticos
- Sexualização de crianças
- Gravidez na adolescência
- Precarização de moradias e falta de saneamento
- Poluição fluvial/morte vida marítima
- Síndrome do pequeno poder
- Sexismo
- Violência animal
Tudo envolto por uma das melhores direções de fotografia que vi nos últimos tempos. Vale demais assistir
A Última Gargalhada
4.2 102 Assista AgoraMe faz pensar nas construções sociais a que somos submetidos. Alguém que cuida de um banheiro e auxilia seus usuários tem um emprego e rendimentos tão honestos quanto um porteiro. A beleza do uniforme bem desenhado e cortado foi, então, capaz de elevar seu status em sua vizinhança e até de garantir o respeito de seus familiares?
Teria aquela função de porteiro um pouco de pequeno poder incrustrado (ordenar que o taxi venha, dar ordens aos carregadores de malas, interagir diretamente com os clientes abastados...) e é disso que ele mais sentiria falta?
Perda de status e poder, imagem arranhada. E não é que dá mesmo pra fazer um paralelo com a situação da Alemanha no pós Guerra?
Nosferatu
4.1 628 Assista AgoraDe 1922, e ainda da um pau na vasta maioria dos filmes lancados atualmente.
Gente no Domingo
3.8 8Enquanto filme é uma obra prima. É fluído, entretém, a fotografia é espetacular. Perfeito para quem não gosta de filmes apressados e roteiristas fantasiosos. Por outro lado...
Boy lixo é mesmo um problema de todas as épocas
A Vida de Uma Mulher
3.1 43 Assista AgoraAlguns filmes são rápidos, explicitos, óbvios. Comerciais, talvez.
Esse não. Esse entrega sentimentos através de sutilezas, através de cenas que concatenam a angústia que o personagem sente com o tempo que se passa lá fora. Que mostra como só uma vida pode arruinar tantas outras. Que o amor pode vir acompanhado de tragédias e martírios, e que alguém vivo pode estar tão apagado quanto os que já se foram.
Tenso ao ponto de deprimir a alma de quem assiste.
Um filme sobre o luto de amores irreais.
Que sejamos abençoados com mais obras como esta, porque de filmes rasos o cinema está cheio.
A Raposa Má
3.8 23Ai, que filme mais fofinho, gente!!!
Meu Bebê
3.5 18"Você nos ama demais. Isso toma muito espaço"
Um Amor Impossível
3.7 45 Assista AgoraQue embrulho no estomago, mds...
Eu poderia escrever mil linhas sobre esse filme e ainda assim nao conseguir descrever o desconforto que senti mesmo horas depois de assisti-lo. Feliz pq alguem soube contar uma historia tao bem; triste por ter a certeza de que essa realidade, ou parte dela, acontece com muitas mulheres.
Muitos pais abortam seus filhos logo ao saber que a mulher com quem tiveram relacoes engravidou. Esse do filme conseguiu tirar-lhe a vida em todas suas fases.
A Última Loucura de Claire Darling
3.2 24 Assista AgoraFoi-se a casa,
Foram-se as coisas.
Foi-se ela,
Libertou-se a filha.
O exorcismo funcionou.
O Golpe Corporativo
3.7 2E os vários paralelos que dá pra fazer com o Brasel?
Marvin
3.7 71 Assista AgoraTalvez o ator adulto
seja a versão acabada de tudo aquilo que depositaram nele enquanto construía sua personalidade quando criança: seco, emocionalmente reprimido, apático, indiferente ao mundo. Ele mesmo, um escudo ambulante que tenta se proteger daquilo que tanto o afetou em seus primeiros anos de vida; uma proteção que impede que algo de fora venha e o machuque novamente, mas que nao permite que o que ja está ali dentro saia.
E assim ele segue: revisitando e intensificando suas vivências de todos os ângulos possíveis antes de ter podido se blindar; fazendo disso seu passado, presente e futuro. Nada entra, nada sai. Se não estivesse encenando tudo aquilo em um palco, talvez no teatro subconsciente de sua mente todos aqueles traumas que moldaram sua personalidade estariam igualmente atuando de alguma forma.
O que fizeram com Marvin?
O que Martin faz dele?
Rock n' Roll: Por Trás da Fama
3.1 33Curioso como
- Todas as pessoas à volta dele se assustaram com sua nova aparência
- A esposa ficou horrorizada ao passar as mãos em seus cabelos e e descobrir que ele havia posto ali maquiagem ( e até ameaçou ir embora deposi do primeiro botox)
- Os amigos e antigos colegas tinham até vergonha de lhe dirigir o olhar
- O próprio filho, uma criança, fez chacota da aparência do pai
Mas as mulheres não passam por procedimentos estéticos de todos os graus de loucura o tempo todo? Sim, passam, sendo tal comportamento naturalizado e, talvez, até esperado e desejável.
Enquanto crítica achei sensacional. Resguardados os devidos excessos, estariam os homens se inclinando nessa busca pela juventude infinita? Ao invés deles se lançarem nesse abismo, será que nós mulheres não deveríamos dar alguns passos para trás e cultivar nossas vidas de forma mais leve sem nos preocuparmos tanto com a aparência?
E se eles ainda assim decidirem fazer tais procedimentos, por que as mulheres podem e eles não? Por que e para que envergonhar a pessoa daquela forma?
Enquanto filme, achei sofrível. Faltam obras no mercado com essa temática e essa infelizmente foi apelativa demais; poderia ter tratado as cenas, a transição, as reações e a auto-percepção do personagem de forma mais sensível e menos pronunciada.
Valeu assistir pelos questionamentos
Eu Não Sou um Homem Fácil
3.5 737 Assista AgoraE aquela "arte"
no peitoral dele?
Pra vermos o quanto as mulheres se sujeitam a coisas toscas sem perceber que com o tempo sao normalizadas...
Metrópolis
4.4 631 Assista Agora"De quem é a carne que alimenta as máquinas? De quem é o sangue que lubrifica suas engrenagens?"
O Incrível Homem Que Encolheu
4.1 116...E,de uma forma ou outra, todos ao final voltamos ao pó
A Vida de Diane
3.3 11Difícil dizer se ela
dedica a vida a ajudar os outros ou se ajuda os outros para preencher as lacunas de sua vida pouco colorida. Seria essa uma forma de cooperar com a solidão?
Dezessete
3.8 122 Assista AgoraQue difícil decidir se a cena do roubo da vaca ganha da do roubo do cachorro
Diários de Motocicleta
3.9 827Estou vendo muitos comentários sobre a pessoa do Che... Acho que aqui no site vale mais olhar para a obra cinematográfica produzida. Te prendeu a atenção? Os atores mandaram bem? E a fotografia?
É bem fácil esquecermos da obra em si e discutir o assunto/pessoa tratado, mas nesse caso o filme foi conduzido tão bem que considero injusto dar a ele uma nota baixa por conta de posições políticas.
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraO que era pra ter sido
E não foi
Quase foi de novo
Mas se foi outra vez
Tudo Pode Dar Certo
4.0 1,1KOK, qq coisa que envolva woodie Allen já me revolve o estômago por conta do histórico pessoal desse senhor, então eu tentei dissociar o quanto eu desgostei do filme por causa dele e quanto foi por conta da película em si. Como às vezes quero aproveitar a companhia de alguns amigos, acabo correndo o risco de ver filmes desse cara...
As atuações me pareceram bem forçadas e superficiais, assim como incontáveis cenas. São tantas as perguntas que me faço....
Pq diabos insistir na fórmula vovô professor bonzão + garotinha tonta? O que foram aquelas cenas do galã abordando a menina no parque e posteriormente a levando para conhecer o barco? E o amigo barbudo elogiando as fotos da mãe da menina? Exposição, hein? E aquele rompimento entre a menina e o vovô? E ele esculachando as crianças? Cara são tantas cenas ruins que a única coisa que quero é esquecer essa droga de filme.
A construção dos personagens me pareceu fake demais: sobraram atuações rasas recheadas de falas vazias e faltou personalidade, envolvimento. Não consegui me entreter com a história de qualquer um dos personagens, todos me pareceram insignificantes, incluindo aqueles cuja transição de sexualidade foi mostrada quase que em etapas. Acho que houve ali uma ânsia por querer parecer liberal, por entregar algo que as pessoas não estão acostumadas a ver (cenas com maconha já não surpreendem mais ninguém ha anos kkkk), só que o resultado, talvez por conta do roteiro limitado e das atuações rasas, deixou tudo muito forçado. Tem filme bem menos aclamado da época da minha vó que entregou esse tipo de tema com maestria.
Ainda, me parece que esse filme foi feito para, (in)diretamente, enaltecer o ego do "gênio" Allen. O personagem e o diretor se mesclam e não é preciso muito esforço para sentir que várias das insistentes afirmações narcisistas do protagonista remetem de alguma forma a ele. Um punhado de frases inteligentes colocadas aqui e ali não fazem um filme- pode ajudar se o filme for bom ou forçar se a barra ele já estiver meia boca
Agora sim me direcionando somente à persona allen: acho uma pena haver tantos diretores talentosos e negligenciados por aí enquanto um cara que já não entrega mais bons filmes se recusa a largar o osso e continua recebendo financiamentos polpudos da indústria.
Afterimage
4.0 29 Assista AgoraNão gostei muito, não achei envolvente. Tem duas coisas que precisei separar muito bem na minha cabeça para dizer se gostei ou não do filme:
1) as "cenas" de que mais gostei na vdd só gostei pq envolvem frases que o próprio Strzeminski falou em vida - ou seja, admirei a idéia, o fato real, e não necessariamente a atuação no filme.
2) achei vários dos atores fracos e a edição um pouco preguiçosa. Não estou dizendo que é um filme ruim, mas nem de longe despertou em mim aquele sentimento de que havia sido um ingresso bem pago. Faltou intensidade e desperdiçou cenas com imenso potencial, como aquelas em que Strzeminski conversava com sua filha. Já outras foram meio que mal trabalhadas, o que me lembrou o artificialismo de alguns filmes hollywoodianos (não me crucifiquem por isso kkkkk).
Voltando ao início: pode até servir para instigar algum interesse na história do Strzeminski, mas enquanto filme é uma produção bem razoável.