se fosse filmado ou animado de um jeito mais formal, seria mais profundamente analisado. os diálogos são muito bem executados pela dublagem e criam o nervosismo individual e o climão entre os dois juntos. me lembrou alguma coisa do woody allen
um estudo de animação e representação de gêneros muito interessante!! mesmo que tenha o tom violento do don hertzfeldt em muitos momentos, acho que é o mais cartoonesco dos seus curtas. vi um comentário falando que é meio roubado de um episódio do pernalonga. com certeza influenciou muitos desenhos bizarros dos 2000s, tipo um happy tree friends, que estrearia 3 anos depois desse curta
não acho que seja de humor - desde o começo fiquei com uma sensação de analogia à violência doméstica e abuso infantil. me deu a mesma vibe desconfortável de um salad fingers. a cena da criança vendo a outra de longe e acenando é heartbreaking
completamente absurdista, surpreende por ser de 2000 - esse estilo de desenho e humor viriam a ser muito populares como memes na internet, muitos anos depois. a cena final com as animações sendo destruídas com o papel é maravilhosa
trabalho de animação stop motion maravilhoso, acompanhando uma relação pai-filho em que o maior ensinamento e lembrança são sobre arrumar a mala antes de ir. cria momentos bem interessantes visualmente - como a cena que está na capa - e também sentimentalmente, como a cena
o pai do the lonely villa (1909) e suspense (1913). mostra a rápida evolução do cinema em menos de uma década: esse é totalmente teatro filmado, o de griffith há um melhor uso de montagem e o de weber totalmente cinematográfico - todos filmando a mesma história
é o primeiro curta da lois weber, ainda não tendo a personagem feminina com mais poder que os homens, bem presente nas suas futuras produções. e o curta não se chama suspense por acaso. com só 10 minutos, consegue inserir a origem da casa vazia, a invasão e a conclusão de uma maneira muito cinematográfica pro período. o plano com os 3 personagens na tela dividida foi bem interessante, mas o que mais me impressionou foi a escolha de perspectivas - a do carro vendo o espelho e a do bandido sendo visto de cima pela mulher. tem um ritmo muito bom pra 1913 e com certeza influenciou futuros diretores - me lembrou algumas coisas do hitchcock. importantíssimo!!!
ps: lois rouba total a estrutura e história de lonely villa (1909), é praticamente um remake. isso que o lonely villa já era um "remake" de le médecin du château (1908). por outro lado, serve pra mostrar a evolução do cinema com a mesma história em anos diferentes - a diferença de técnica cinematográfica desse pro griffith já é abismal. vale comparar como estudo
tem um uso bem interessante de enquadramentos e, principalmente, na montagem. a cenas alternadas no diálogo do telefone estavam bem a frente da época. ainda conseguiu criar tensão pro ato final principalmente pela troca de cenários, mas creio que resolveu o filme rápido demais
visualmente, é um espetáculo. as cenas em super 8 ficam ainda mais ricas com as marcas do tempo e é um documento histórico importantíssimo de dois cineastas geniais dos 60s em exílio por conta da ditadura. o texto da narração feita pela maravilhosa helena ignez, que por vezes acrescenta a dramaticidade necessária, escorrega em alguns artifícios como "oh! que saudade a gente tinha do brasil! a gente queria filmar lá!" num tom decorado que perdem a naturalidade e até a autenticidade de quem realmente passou por tudo aquilo
genial!!!!! curta da lois weber que coloca uma mulher no centro da história fazendo 3 caras de otários em >>1913!!!! é ótimo como a história corre sem usar cartelas de diálogos até a explicação final, que usam uma carta de uma maneira muito inteligente. triste que não tenha outros comentários aqui
truffaut trata de uma obsessão pré-adolescente de cinco meninos por uma mulher - bernadette - que tem um namorado. a narração dá um tom nostálgico, inocente e meio de relato, o que, de alguma forma, prepara o espectador pro final. os meninos vão seguindo e atormentando o casal enquanto, ao mesmo tempo, sabem que não poderiam estar com a bernadette por conta da idade. é uma questão total dos desejos pré-adolescentes. o final é uma sacada triste mas muito significativa. já que
por mais que os meninos ficassem tentando "se livrar" e incomodar o namorado de bernadette, sua morte os causa um choque de realidade.
é um curta que trata de muitos temas da pré-adolescência com nostalgia e sem deixar pesar o tom. a câmera sabe muito bem como valorizar a bernadette visualmente, além da própria atuação, óbvio
montagem maravilhosa!!! demonstra um conhecimento absurdo de cinema mudo e movimentos de vanguarda (aqui, principalmente o cinema soviético) - não só na linguagem visual, mas na musical. o ritmo é uma maluquice proposital que prende a atenção até o final, disparando palavras e cenas descontroladamente na tela. inacreditável ser de 2000
hipnotizante!!!! completamente sem piscar o olho por esses 7 minutos de MUITA qualidade - as imagens escolhidas, as transições, a edição de som, as frases soltas, as conexões. perfeito!!!! uma crítica enorme à alienação e à sociedade americana da época, no geral. não é por acaso que o kubrick é declaradamente fã
gosto da variação entre amor e ódio que o personagem entra no discurso mas sejamos sinceros que isso poderia ser uma esquete da zorra total se não fosse dirigida pelo godard
lindo lindo lindo lindo só com a premissa das três perguntas já seria muito interessante, mas a passagem de tempo até o final deixou a experiência ainda mais rica. é muito interessante notar as diferentes versões de vidas e as mudanças nas definições a si - os jovens adultos respondem mais o "quem é você" e os mais velhos respondem mais "o que você quer". a senhorinha de cem anos no final é maravilhosa
sganzerla completamente irreconhecível aqui. tudo é pouquíssimo inspirado. a edição, os enquadramentos, a câmera... aliás, só se percebe alguma ação da câmera quando ela dá aqueles zooms sem muito motivo no villaça. villaça interpreta bem o texto, porém, um texto claramente seguido a risca o de jean de léry, o que o deixa muito mecânico. aliás, é até um pouco irônico ver a dupla do revolucionário bandido da luz vermelha em ação nesse curta tão devagar e, de certa forma, religioso
ainda não vi o nem tudo é verdade (1986) mas, aqui, o rogério demonstra tanta admiração pelo orson que o documentário acaba dando importância a coisas muito mínimas. há uma fala, por exemplo, de alguém sobre o welles e não é revelado quem está falando. além disso, é colocada uma frase na tela que tinha acabado de ser dita pela narração (muito legal, por sinal, colocar o grande otelo) talvez atrapalhado pelo pouco tempo e pela emoção do tema, faltou um pouco de síntese. a edição, por outro lado, é bem legal
keaton aqui faz CINEMA. não é um filme apoiado em filmar suas gags, mas em saber valorizar elas com edição, cortes, montagem. a cena da perseguição pela casa é MUITO boa e muito bem feita - os desenhos animados beberam muito dessa fonte. é impressionante como tudo é muito bem "coreografado" e funciona no timing exato. como ninguém montou uma banda chamada the blinking buzzards?
há alguns momentos de edição incríveis pra época, além do físico do keaton ser sempre um destaque: todas as quedas e subidas na escada mecânica são impressionantes, assim como as cenas em velocidade. o começo no banco, mais pastelão, ainda funciona com algumas piadas - principalmente as da cola. esse quase terror que acontece no curta poderia ter sido bem mais aprofundado!!
rogério pareceu tirar leite de pedra com algumas fotos e documentos para fazer um curta, aparentemente ainda narrado por ele mesmo. sua aparição com o violão sem cordas é bonita. de uma forma, é uma grande homenagem ao noel rosa pelo rogério mesmo com poucos recursos - quase 10 anos depois faria Isto É Noel Rosa (1990) com mais duração
nem com 12 minutos de filme, o sganzerla conseguiu parar de ser obcecado pela vinda do welles no brasil. um pouco fora de tom quando se tinha joão gilberto, gilberto gil, caetano veloso e maria bethânia para filmar - esses que fazem a segunda metade ser muito boa, principalmente pelo bom entrosamento entre gil e caetano contrastando com a sobriedade do joão gilberto. as cores da filmagem são bem bonitas, por sinal. a edição veloz do início me lembra do rogério em histórias em quadrinhos (1969), interessante ver sua marca visual ainda presente após tantos anos de diferença entre os filmes
visualmente impecável. a composição das colagens e das animações é muito bem feita (principalmente por ser manual) e conversa muito bem com as temáticas que o frank entra. a narração, que é "atrapalhada" pela lista de palavras com f, é bem simpática - é a vida do frank e há muitos pontos interessantes, principalmente em sua jornada por arte, arquitetura, design gráfico, fotografia e cinema. a lista em certos pontos, complementa o que está sendo falado. ela também me forçou a prestar muito mais atenção na história do frank e ficar completamente concentrado e vendo as imagens - foi uma boa experiência. depois li que já foi categorizado como "hypnotic experimental collage", confirmando que foi proposital essa "concentração" visual por conta dos áudios!! incrível
Lily and Jim
3.7 22se fosse filmado ou animado de um jeito mais formal, seria mais profundamente analisado. os diálogos são muito bem executados pela dublagem e criam o nervosismo individual e o climão entre os dois juntos. me lembrou alguma coisa do woody allen
Genre
4.1 65um estudo de animação e representação de gêneros muito interessante!! mesmo que tenha o tom violento do don hertzfeldt em muitos momentos, acho que é o mais cartoonesco dos seus curtas. vi um comentário falando que é meio roubado de um episódio do pernalonga. com certeza influenciou muitos desenhos bizarros dos 2000s, tipo um happy tree friends, que estrearia 3 anos depois desse curta
O Que é o Amor
3.2 203completamente incel e machista. terrível
Balão do Billy
3.1 210não acho que seja de humor - desde o começo fiquei com uma sensação de analogia à violência doméstica e abuso infantil. me deu a mesma vibe desconfortável de um salad fingers. a cena da criança vendo a outra de longe e acenando é heartbreaking
Rejected
3.6 65completamente absurdista, surpreende por ser de 2000 - esse estilo de desenho e humor viriam a ser muito populares como memes na internet, muitos anos depois. a cena final com as animações sendo destruídas com o papel é maravilhosa
Espaço Negativo
4.3 59trabalho de animação stop motion maravilhoso, acompanhando uma relação pai-filho em que o maior ensinamento e lembrança são sobre arrumar a mala antes de ir. cria momentos bem interessantes visualmente - como a cena que está na capa - e também sentimentalmente, como a cena
em que há uma "aprovação" do pai sobre a mala arrumada
entendo a analogia do final mas a forma e situação em que ocorreu me pareceu mais uma tentativa de humor fora do tom do que uma frase a se pensar
Le médecin du château
4.1 1o pai do the lonely villa (1909) e suspense (1913). mostra a rápida evolução do cinema em menos de uma década: esse é totalmente teatro filmado, o de griffith há um melhor uso de montagem e o de weber totalmente cinematográfico - todos filmando a mesma história
Suspense
4.1 15é o primeiro curta da lois weber, ainda não tendo a personagem feminina com mais poder que os homens, bem presente nas suas futuras produções. e o curta não se chama suspense por acaso. com só 10 minutos, consegue inserir a origem da casa vazia, a invasão e a conclusão de uma maneira muito cinematográfica pro período. o plano com os 3 personagens na tela dividida foi bem interessante, mas o que mais me impressionou foi a escolha de perspectivas - a do carro vendo o espelho e a do bandido sendo visto de cima pela mulher. tem um ritmo muito bom pra 1913 e com certeza influenciou futuros diretores - me lembrou algumas coisas do hitchcock. importantíssimo!!!
ps: lois rouba total a estrutura e história de lonely villa (1909), é praticamente um remake. isso que o lonely villa já era um "remake" de le médecin du château (1908). por outro lado, serve pra mostrar a evolução do cinema com a mesma história em anos diferentes - a diferença de técnica cinematográfica desse pro griffith já é abismal. vale comparar como estudo
O Casarão Isolado
3.7 8tem um uso bem interessante de enquadramentos e, principalmente, na montagem. a cenas alternadas no diálogo do telefone estavam bem a frente da época. ainda conseguiu criar tensão pro ato final principalmente pela troca de cenários, mas creio que resolveu o filme rápido demais
Extratos
3.4 4visualmente, é um espetáculo. as cenas em super 8 ficam ainda mais ricas com as marcas do tempo e é um documento histórico importantíssimo de dois cineastas geniais dos 60s em exílio por conta da ditadura. o texto da narração feita pela maravilhosa helena ignez, que por vezes acrescenta a dramaticidade necessária, escorrega em alguns artifícios como "oh! que saudade a gente tinha do brasil! a gente queria filmar lá!" num tom decorado que perdem a naturalidade e até a autenticidade de quem realmente passou por tudo aquilo
How Men Propose
3.3 1genial!!!!! curta da lois weber que coloca uma mulher no centro da história fazendo 3 caras de otários em >>1913!!!! é ótimo como a história corre sem usar cartelas de diálogos até a explicação final, que usam uma carta de uma maneira muito inteligente. triste que não tenha outros comentários aqui
Os Pivetes
4.0 30truffaut trata de uma obsessão pré-adolescente de cinco meninos por uma mulher - bernadette - que tem um namorado.
a narração dá um tom nostálgico, inocente e meio de relato, o que, de alguma forma, prepara o espectador pro final. os meninos vão seguindo e atormentando o casal enquanto, ao mesmo tempo, sabem que não poderiam estar com a bernadette por conta da idade. é uma questão total dos desejos pré-adolescentes.
o final é uma sacada triste mas muito significativa. já que
por mais que os meninos ficassem tentando "se livrar" e incomodar o namorado de bernadette, sua morte os causa um choque de realidade.
é um curta que trata de muitos temas da pré-adolescência com nostalgia e sem deixar pesar o tom. a câmera sabe muito bem como valorizar a bernadette visualmente, além da própria atuação, óbvio
O Coração do Mundo
3.9 20montagem maravilhosa!!! demonstra um conhecimento absurdo de cinema mudo e movimentos de vanguarda (aqui, principalmente o cinema soviético) - não só na linguagem visual, mas na musical. o ritmo é uma maluquice proposital que prende a atenção até o final, disparando palavras e cenas descontroladamente na tela. inacreditável ser de 2000
Very Nice, Very Nice
4.1 5hipnotizante!!!! completamente sem piscar o olho por esses 7 minutos de MUITA qualidade - as imagens escolhidas, as transições, a edição de som, as frases soltas, as conexões. perfeito!!!! uma crítica enorme à alienação e à sociedade americana da época, no geral. não é por acaso que o kubrick é declaradamente fã
Charlotte e Seu Namorado
3.8 13gosto da variação entre amor e ódio que o personagem entra no discurso mas sejamos sinceros que isso poderia ser uma esquete da zorra total se não fosse dirigida pelo godard
Cabeças Falantes
4.6 62lindo lindo lindo lindo
só com a premissa das três perguntas já seria muito interessante, mas a passagem de tempo até o final deixou a experiência ainda mais rica. é muito interessante notar as diferentes versões de vidas e as mudanças nas definições a si - os jovens adultos respondem mais o "quem é você" e os mais velhos respondem mais "o que você quer".
a senhorinha de cem anos no final é maravilhosa
Viagem e descrição do Rio Guanabara por ocasião da França …
3.3 3sganzerla completamente irreconhecível aqui. tudo é pouquíssimo inspirado. a edição, os enquadramentos, a câmera... aliás, só se percebe alguma ação da câmera quando ela dá aqueles zooms sem muito motivo no villaça. villaça interpreta bem o texto, porém, um texto claramente seguido a risca o de jean de léry, o que o deixa muito mecânico. aliás, é até um pouco irônico ver a dupla do revolucionário bandido da luz vermelha em ação nesse curta tão devagar e, de certa forma, religioso
Linguagem de Orson Welles
3.4 7ainda não vi o nem tudo é verdade (1986) mas, aqui, o rogério demonstra tanta admiração pelo orson que o documentário acaba dando importância a coisas muito mínimas. há uma fala, por exemplo, de alguém sobre o welles e não é revelado quem está falando. além disso, é colocada uma frase na tela que tinha acabado de ser dita pela narração (muito legal, por sinal, colocar o grande otelo)
talvez atrapalhado pelo pouco tempo e pela emoção do tema, faltou um pouco de síntese. a edição, por outro lado, é bem legal
Melhor que a Encomenda
4.2 11keaton aqui faz CINEMA. não é um filme apoiado em filmar suas gags, mas em saber valorizar elas com edição, cortes, montagem. a cena da perseguição pela casa é MUITO boa e muito bem feita - os desenhos animados beberam muito dessa fonte. é impressionante como tudo é muito bem "coreografado" e funciona no timing exato. como ninguém montou uma banda chamada the blinking buzzards?
A Casa Maluca
4.1 8há alguns momentos de edição incríveis pra época, além do físico do keaton ser sempre um destaque: todas as quedas e subidas na escada mecânica são impressionantes, assim como as cenas em velocidade. o começo no banco, mais pastelão, ainda funciona com algumas piadas - principalmente as da cola. esse quase terror que acontece no curta poderia ter sido bem mais aprofundado!!
Noel por Noel
3.9 2rogério pareceu tirar leite de pedra com algumas fotos e documentos para fazer um curta, aparentemente ainda narrado por ele mesmo. sua aparição com o violão sem cordas é bonita. de uma forma, é uma grande homenagem ao noel rosa pelo rogério mesmo com poucos recursos - quase 10 anos depois faria Isto É Noel Rosa (1990) com mais duração
Brasil
3.8 8nem com 12 minutos de filme, o sganzerla conseguiu parar de ser obcecado pela vinda do welles no brasil. um pouco fora de tom quando se tinha joão gilberto, gilberto gil, caetano veloso e maria bethânia para filmar - esses que fazem a segunda metade ser muito boa, principalmente pelo bom entrosamento entre gil e caetano contrastando com a sobriedade do joão gilberto. as cores da filmagem são bem bonitas, por sinal. a edição veloz do início me lembra do rogério em histórias em quadrinhos (1969), interessante ver sua marca visual ainda presente após tantos anos de diferença entre os filmes
Celebramos Juntos
4.1 26feliz natal amigos
Frank Film
2.2 4visualmente impecável. a composição das colagens e das animações é muito bem feita (principalmente por ser manual) e conversa muito bem com as temáticas que o frank entra. a narração, que é "atrapalhada" pela lista de palavras com f, é bem simpática - é a vida do frank e há muitos pontos interessantes, principalmente em sua jornada por arte, arquitetura, design gráfico, fotografia e cinema. a lista em certos pontos, complementa o que está sendo falado. ela também me forçou a prestar muito mais atenção na história do frank e ficar completamente concentrado e vendo as imagens - foi uma boa experiência. depois li que já foi categorizado como "hypnotic experimental collage", confirmando que foi proposital essa "concentração" visual por conta dos áudios!! incrível