O filme não inova, mas acho que entrega de forma competente, o que se propõe, e o que os fãs de Rob Zombie e desses personagens esperam : Violência, obscenidades, falas espirituosas, tudo que Baby, Otis e agora Wolfman fazem desde o primeiro minuto de filme. Sheri Moon , nasceu pra esse papel, de "bad girl psico", ao mesmo tempo doce e animalesca. Rob tenta impor estilo, filma bem, tem boas ideias, nas cores e câmeras, o que as vezes pode causar aborrecimento, no meio q exagero de psicodelia e câmeras em slow, mas pra mim não chega a afetar. Boa trilha sonora cheia de rocks setentistas que em muitas circunstancias casam perfeitamente com o mostrado em cena. Personagens bizarros, algum gore..e "Rednecks" insanos, "A America sendo grande de novo."
Essa segunda temporada potencializou todos os acontecimentos da primeira, sendo rápida, amarrada, rebuscada na violência gráfica, e com algum "Gore",( na verdade muito, hahaha!!), não deixando cair a voltagem em nenhum momento. O texto rápido, ágil cheio de temas pertinentes nos dias de hoje, jogando luz para problemas atuais, mas sem perder o humor, negro, mordaz, ferino. Capitão Pátria continua sendo o personagem central, que sintetiza bem o momento do mundo que vivemos, nas suas falas ações no tom autoritário, acima do bem do mal. Gostei da dinâmica de grupo dos "rapazes", Hughie é o corpo estranho no meio deles, mas que mais do que nunca se faz necessário. Ótima trilha também, bem pontual, nos momentos oportunos, que faz com que a experiência seja ainda mais completa. Òtima temporada que ao mesmo tempo termina de forma coesa, mas abrindo um leque de possibilidades para o que pode vir acontecer na terceira. Aguardo ansioso.
Luta de classes universal, independente do idioma ela faz parte da vida de qualquer um que se identifica com esse moedor de carne humana, travestido de livre comercio, ou livre iniciativa, ou qualquer nome pomposo que sirva pra amenizar, o que realmente é. E o filme mostra, escancara, abre a ferida, a lacuna e expõe desigualdades. Bong Joon-ho, cria a alegoria perfeita, traveste em gêneros cinematográficos, e vc se diverte, se emociona e fica chocado até onde essa cadeia alimentar leva o ser humano. Impossível o distanciamento, impossível o não se importar, a não ser que vc tenha a vida de plástico da família rica do condomínio planejado, mas se em algum momento você sentiu na pele a opressão que a pobreza e a marginalização, por não ser da casta alta da sociedade, esse filme é para você. Direção primorosa desde o cuidado, e planejamento das cenas a escolha dos lugares a fotografia, que cria esses dois ambientes tão distintos que parecem serem tão distantes, mas ao mesmo tempo se encontram e se completam. O filme prima em vários aspectos, tanto na parte técnica, quanto no enredo...mesmo simples intrincado que poderia cair no drama raso, mas que a cada fala, ato e cena cresce e se transforma nesse turbilhão de emoções do qual impossível passar incólume. Prêmios merecidos e consagração justa, mas o melhor é levar pra tantas pessoas essa mensagem de que nem todos, ou até quase ninguém, vive nessa família perfeita, de família de comercial de margarina. Olhe com cuidado, olhe mais de perto. Perceba quem parasita quem.
Visto com baixa expectativa pelas criticas negativas, acho q o medo do lacre exacerbado ou do "empoderamento excessivo" fez com que as pessoas ja o taxasse negativamente. Me pergunto, e daí qual o problema ? Não vi o "lacre" se é que teve, de forma pretensiosa e o empoderamento, são mulheres lindas com uma legitimidade nisso, e com habilidades que não deixam a desejar quando exigidas no seus esforços para o cumprimento das missões. Esse é o mote das panteras, sempre foi, desde a série. Ha um bom "plot twist". cenas de ação ótimas e um carisma e uma quimica bem natural entre as protagonistas. Kristen esta linda e parece se divertir fazendo, meu crush por ela só aumentou. E pra quem exige expressões dela, aqui ela tem todas e consegue ser essa pessoa linda, sexy, mortal e sem filtro. Naomi Scott também esta ótima, um achado, na nerd e fofa sem saber direito onde se meteu. Um bom filme na competente direção de Elisabeth Banks, que também se sai bem como Bosley. Homens tolos e estereotipados podem ferir masculinidades fragéis, pra mim é divertido como as vezes ou na maioria delas, agimos como seres superiores, sem saber realmente do que se trata, hahaha !! Bom humor, boa musica e boa diversão. Uma pena as criticas pesadas, esperava ver se essa nova franquia podia ser tão divertida quanto a anterior. Capaz que nunca iremos saber.
"Millenials from Hell" dei risada de coisas toscas e absurdas como o "colar de bolinhas", e a Irmã do Thor, Annabelle, mais assustadora que a boneca, hahaha !! . Tem produção do Seth Rogen, imagino que muitas piadas toscas devem ter vindo dele. Stephen Merchant como "potencial pedofilo", comprador de card raro e boneca de treinamentos para primeiros socorros impagável. O filme tem esse senso de amizade e turma mas foge do clichê e brinca até com isso em algumas passagens, divertido engraçado e nada politicamente correto. Adorei !!
Muito se fala do esmero técnico, de toda a preocupação com cada cena, com cada frame..pensado, coreografado, cada "take". O plano sequencia que enche a tela e a experiencia vívida, e intensamente ocular, da luta pela sobrevivência em meio ao combate sangrento de uma guerra mundial. Mas todos cuidados técnicos e a exuberância da fotografia e a direção primorosa de Sam Mendes, não sobrepõe a humanidade da história, na verdade ela potencializa. Porque nos coloca tão perto dos eventos, tão junto dos jovens soldados que a imersão é imediata. E a experiencia é sublime e inesquecível. O filme brilha nos quesitos técnicos mas a relação dos dois jovens soldados ligados a missão de forma tão pessoal nos faz colar na cadeira(uma pena não ter visto no cinema). Muito se dá também pela atuação dos atores que conseguem impor uma carga emocional impressionante nas cenas, em seus dramas e atitudes. O filme é frenético, câmera nervosa documental, uma reconstituição de época perfeita e cuidadosa, mas ha momentos tão sublimes, emocionais e tão singelos e ao mesmo tempo cheios de significado que elevam o filme, não o relegando apenas ao lote de filme de guerra, não que também seja algum demérito, já que se posta como um dos melhores do gênero nos últimos anos. Mas ele é sobre sobreviver, sobre ir além e não desistir. Filmaço.
Se começa com Nirvana "Something in the way", não tem como errar. Charada, psicótico.Mulher gato ladra, um Bruce wayne, transtornado, e um Batman, sem filtro, inexperiente e violento. Pro pouco mostrado se ve que o filme promete, ótimo cartão de visitas de Matt Reeves. Esperar pelo filme com ansiedade a mil.
Taika conseguiu, talvez nunca mais veremos o humor tão bem acentuado sobre um assunto tão pesado, doloroso como esse. Não se trate talvez de humor, mas sim de expor ao ridículo o quanto uma massa de manobra sem identidade pode ser bastante permissiva com pensamentos supremacistas ridículos. O quanto uma criança solitária, e carente de amigos não tem controle sobre o meio ao qual é apresentado. O filme mostra "Rabbit" como o garoto ao mesmo tempo sensível e supremacista, sem nem ter certeza do que se trata isso, ele parece querer ser parte de um clube, ser aceito nele. O amadurecimento vem aos poucos, nos diálogos com a mãe (Scarlett magnifica de uma luminosidade !!) do contato com a garota judia (Thomasin McKenzie, um achado !), que vão tomando a atenção e afeto de Jojo, antes direcionado a um "amigo imaginário" um tanto quanto inconsequente, pra dizer o minimo. O humor é bem feito, não ha exagero, o humor é negro, ferino, coloca o dedo na ferida com a premissa de fazer rir, mas nunca esquecendo de demonstrar o ridículo de tais ideologias, onde uma mentira contada mil vezes tem o peso de verdades. O filme passeia por todas as emoções e acompanhamos o amadurecimento de Jojo, seja pelo amor, compaixão..pela perda. O filme emociona, mas é leve e deixa prevalecer a ideia de que no fim, vencemos.
A grande idéia, mérito e também poderia ter sido o grande problema de "Doom Patrol" era o afastamento continuo a cada episódio, da serie convencional e padrão de super heróis. A warner apostou nessa não convencional serie de heróis e até zombou das outras crias mais "softs" da CW. Acho que o elenco pontual e bem escolhido fez o diferencial, ajudando bastante na criação dessa família distópica. Diane Guerrero e April Bowlby, são os destaques, além de claro o sempre talentoso e carismático Brendan Frasier com seu "desmiolado robotman". Como nunca acompanhei os quadrinhos desses heróis, fica difícil traçar paralelo, com o material escrito. Mas o roteiro, ágil, divertido e muitas vezes nonsense, fazem da experiencia de assistir bastante prazerosa. Há o drama pelas histórias trágicas de cada personagem, e ha também a comedia muito a cargo da química conseguida entre os membros da equipe. Grata surpresa em serie de super heróis que como já disse, não escolheu o caminho fácil e clichê já bastante visitado. Mas sim explorando outro espectro, da coisa de super herói, um até mais ousado e inventivo do que "The Boys", mas alcançando o mesmo exito, aqui de uma forma mais leve e cômica.
Òtima ambientação, reconstituição de época, de um momento de ruptura dentro da musica. Que talvez tenha sido só por um breve momento,criando um pequeno nicho chamado "glam rock", mas que nos deu nomes tão fortes e icônicos até hoje : Bowie, Iggy, Marc Bolan (T-REX). O filme narra esses anos 70 sem perder o pique, usando de histórias bem conhecidas, mudando nomes e criando outros contextos, fica clara a relação Curt-Slade como Iggy Pop e David Bowie o que cria mais um atrativo pro fã da musica desse período. A relação conturbada desses dois "rockstars", tão carregadas de paixão, selvageria, e egos inflados, consegue tirar ótimas atuações do trio principal(Macgregor, Collette e Jonathan Rhys Meyers ). Cabendo ao jornalista Arthur (Christian Bale impecável como sempre !!) revisitar um passado que talvez hoje ele não sinta falta, mas que no decorrer, dos acontecimentos e situações revistas o fazem querer mais daquilo. O filme é irretocável tecnicamente, um visual belo exagerado como o próprio glam, o cuidado visual a direção de arte e figurino saltam aos olhos. Todd Haynes é exímio diretor de filmes onde a musica é tratada como personagem, como no ótimo "Não estou lá." O filme é intenso carregado de momentos lindos e viscerais, talvez um pouco subestimado, que eu demorei muito pra ver. Mas serve como retrato muito lindo e competente de um momento de transição de comportamento e da musica conhecida como rock. Òtimo !!
Nicolas Winding Refn, aqui também continua no seu emprego de cores e luzes como mais um personagem, e o neon que ele tanto gosta e busca, esta até no nome dessa sua obra. Ele tem seu estilo e mesmo no exagero, se sobressai o lindo e intenso jogo de luzes e cores. Como filme se assemelha pra mim a algo como "Suspiria", o de Argento, seja no plot da jovem e ingenua começando uma carreira promissora em um lugar diferente, e por vezes brutal, seja no jogo de vaidades com as novas "amigas". A trilha sonora também me remete a essa obra de Argento, seca, pulsante, incomôda. Elle Fanning é mesmo de beleza invejável, e guardado os exageros e clichês, o mundo da moda, é em maior ou menor grau, predatório. Boa participação de Keanu Reeves e Christina Hendricks linda e odiosa como a agenciadora de modelos. O filme é impactante e bizarro as vezes, mas sem danificar o apelo "assistivel" dele. Bom filme de Nicolas Winding Refn..que tenta diferenciar seus trabalhos, sem perder sua marca visual exagerada, para uns, e agradável e bela para outros.
Mais um bom retrato da segunda guerra que se não inova ao menos se coloca ao lado de ótimas obras modernas sobre esse tema. Se pode-se levar por inovação o ambiente, o espaço do qual se trata, o tanque, ja bem degradado de varias batalhas, o qual serve de espaço para seus operadores criarem um elo, tão forte de amizade, companheirismo que resulta também na coragem com que se embrenham em meio ao campo de batalha inimigo resultando em missões suicidas. Trabalho mais coeso e maduro dos que vi do bom diretor David Ayer (Esquadrão Suicida, Bright), ele consegue filmar uma obra densa realista que não exagera na violencia mas que retrata com realizade e crueza. E trabalha bem a equipe dos operadores do tanque dando dimensão, importância e tela para o elenco, desses 4 homens demonstrarem suas emoções, dramas, raivas, psicoses, sentimentos convergentes frente ao maior mal que o homem pode proporcionar a ele mesmo. Cabe ao jovem Norman o amadurecimento forçado frente a realidade das batalhas e de presenciar e causar mortes. Papel carregado perfeitamente por Logan Lerman. Cabe tbm adjetivos a Brad Pitt no frio, tarimbado Don, lider e mentor do jovem Norman num equilíbrio de atuação de Pitt. Os quatro estão ótimos, aqui Ayer encontro o ponto certo do trabalho em equipe, o que talvez faltou em seu "Esquadrão Suicida", onde o senso de equipe ficou meio capenga o que resultou num filme de regular, para ruim. Aqui não, ele conseguiu extrair o maximo dos ótimos atores em uma história simples e bem resolvida com pequenos cliches aqui e ali, mas que não estragam esse belo filme de guerra. Filmaço !
Uma ótima obra distópica bem criativa e de enredo envolvente, te prendendo desde o começo. Muito bem orquestrada por um promissor e desconhecido(pra mim pelo menos) diretor Norueguês Tommy Wirkola, que cria uma obra tensa, violenta e bem verossímil de um futuro hostil superpopuloso onde se toma medidas drásticas quanto a esse problema. Indo na contramão do problema do ótimo também "Filho da esperança", aqui a natalidade e a superpopulação, privam as famílias de mais filhos sendo aceito apenas um filho único. E Esse é o problema de Terrence Settman (Willen Defoe òtimo come sempre!!) e suas 7 netas. Todas vividas magistralmente por Noomi Rapace na fase adulta. A atriz consegue criar as personas das 7 irmãs de forma tão convincente que nem parece se tratarem da mesma atriz interpretando. Òtimo resultado que coloca uma verdade no filme e no drama das mulheres tão vivas e independentes, mas presas nessa unica personalidade.Uma grata surpresa, em mais uma obra futurista, que carrega na ação e em alguma violência mas que se sobressai, muito em conta no grande talento da protagonista. Filmaço !!
Filme simples de uma fotografia linda bucólica em preto e branco que retrata a cidade pequena, suas ruas e casas, de um interior americano parado no tempo. Que funciona metaforicamente pra esse relacionamento parado no tempo..no "e se"..em reticencias nunca expressas. A musica também simples minimalista que funciona como o silencio..no seu desconforto de ter o que falar, mas de não saber como. O roteiro é simples, nada muito rebuscado é só sobre relacionamento, ao mesmo tempo, infantil e marcante, cheio de uma ingenuidade colegial..que foi afrontado com a realidade de forma tão avassaladora..e quando se é jovem é normal a atitude de se assustar. Duplass é um ótimo ator, transmite toda a carga de ter parado no tempo de ter falhado de levar a vida a margem do que podia ter sido, uma vida tediosa modesta sem brilho ele coloca isso no olhar em cada fala e falta delas, ótima atuação, talvez facilitada por ter ajudado no roteiro.Sarah Paulson, mais brilhante, colorida até mesmo na melancolia, demonstra uma curiosidade genuína de como Jim viveu até ali..é saudosa, nostálgica, mais animada em reviver aquele passado bonitinho e piegas da época do colegial..mas sua caída em si..é triste e emocional. Os momentos de casal fofos, são tão genuínos, bobos e apaixonados no teatrinho de faz de conta e isso que nos faz (ao menos a mim) se identificar tanto com o filme. Essa pequena obra romântica que tinha tudo pra ser perfeita..mas o que é perfeição? Coisa são feitas pra quebrar. E o filme faz isso da forma mais singela, bonita e delicada. Mas não menos indolor.
Final de trilogia bem bom, bem feito, de acordo com o que o próprio J.J. Abrams começou em "despertar da força" sem ousar muito e colocando o drama e a carga emocional, o bastante para manter o fã da saga satisfeito. Como eu ja tinha dito em "Ultimos Jedi" é um filme de fã para fã. Talvez a critica esteja esperando algo diferente daquilo que o fã mais experiente goste, talvez com Star wars, não funcione assim. Quando tentaram fazer coisas novas, ou criar novos nucleos a coisa não foi tão bem..e tentaram voltar pro básico naquilo que o fã ja se acostumou. E isso me chateou um pouco, como a dinâmica Finn/Rose foi deixada de lado nesse, em vista do que foi criado em "ultimos jedi", muito se deu as criticas ferozes com a atriz Kelly Marie Tran..criticas as quais não compartilho. Como filme ao final, funcionou pra mim, porque sou fã incondicional da saga e mesmo esses personagens não sendo tão marcantes( Talvez Rey e Finn) qualquer pequeno contato com o universo dessa saga me deixa feliz. O filme tem nostalgia, tem "fanservice" pra todos os gostos e diverte. è competente tecnicamente, e se não é um primor de história..não da pra exigir muito de uma mitologia que se sustenta numa luta de bem ou mal..força e lado negro da força, onde o equilíbrio dessas duas "entidades", gerem o Universo. Nunca houve nada muito diferente disso. Talvez em novos filmes procurem algo diferente a explorar, um novo tom, algo mais simples mesmo como "The Mandalorian" que pra mim é uma grata surpresa. Conseguindo um nova direção a ser tomada quanto a esses personagens. Com a confirmação de Taika Waikiki a frente do projeto confio num bom futuro dentro dessa mitologia. Que fecha um ciclo agora de maneira ao menos respeitável e divertida.
Assisti o filme com baixas expectativas e não entendi as criticas tão pesadas e negativas em relação a ele. O filme é redondo, rápido, bem cuidado tecnicamente, Harbour, da um ar mais jovial e rebelde á Hellboy, quase me fazendo esquecer Ron Pearlman, que fora perfeito. O filme é bem mais sombrio que os de Del Toro, que tem uma visão mais bela límpida e fantasiosa do personagem. Esse parece ser espelho direto da obra sombria de Mignola. Os monstros e seres, são bem construídos, bem feitos..o clima de terror é bem construído e as criaturas estão bem inseridas(Baba Yaga, perfeita !!). O filme se assume grotesco, com violência exagerada, quase trash..e talvez foi pra isso que torceram o nariz? Não sei, pra mim foi ótimo, um hellboy desbocado e violento bem mais violento que os outros, e isso é bem positivo. E digo isso sendo fã do que Del Toro já tinha feito. Personagens coadjuvantes, ótimos com personalidade e com profundidade. Adorei Ben Daimio, na relutância de ser o que é, lutando contra si mesmo e as outras criaturas. Mesma coisa Hellboy de forma até mais profunda, lutando e destruindo seus semelhantes, questionamento que levanta com seu pai, e também com a Rainha de Sangue tentando mostrar seu lugar no Apocalipse vindouro. Milla sempre competente e intensa além de claro, muito linda !! Uma pena o filme não ter tido boa repercussão, por que pra mim o caminho pra uma nova franquia estaria aberto.Porque se o tom do filme se assemelha-se a esse, eu iria ver de bom grado. Uma boa e respeitosa leitura de da obra de MIke Mignola. Ah lobster johnson é foda !!
Filmaço !! Agudo, direto ao ponto, onde respirar não é uma opção. O enredo a ambientação de uma Londres totalitária, num futuro não tão distante assim, nem falo em questão de datas, mas sim de acontecimentos, uma caça ás bruxas, á imigrantes, especificamente falando. O trato com esse futuro se dá de forma bastante convincente em sua ambientação e em sua construção, o principal motivo pode ser inverossímil, mas e por que não ? A escassez de recursos levam a varias situações e também por que não a essa ? Os planos sequencias são perfeitos, esquematizados aumentam a tensão da situação a picos quase incontroláveis, Clive Owen parece tão incrédulo de escapar das ações tanto quanto nós, que só podemos assistir. A câmera tremula que parece ir no ombro, da essa sensação viva e documental, quase sufocante. Eximia técnica de um diretor resoluto e competente desde seu começo("E sua mãe também", "Princesinha" ) de carreira até em obras posteriores("Gravidade", ótimo !!). Um filme mais que necessário e atemporal por se tratar de um futuro obscuro (tanto quanto o nosso), onde pequenas liberdades, quando na verdade não são nada pequenas, nos são cerceadas a fórceps..por coisas que talvez em um primeiro momento não temos o poder de intervir. Mas hoje, mais do que nunca nos são mais que pertinentes.
Fim melancólico, para a história dos X-men, na fox, que começou bem, mas com a pressa em contar uma saga tão complexa como A fênix, tanto no final da primeira leva,quanto nessa, deixaram a desejar. O resultado foi um amontoado de situações sem aprofundamento, sem carga dramática necessária que essa história merece. Roteiro e direção parecem não pegarem o básico do material dessa saga e fazem o filme a muitas mãos, com revisões, erros de andamento, ordens dos fatos, enfim uma bagunça, que me parece apressado e sem rumo, e cheio de refilmagens. O filme é algo genérico, muito pouco a ver com o quadrinho. Para o fã dos personagens, e da saga nos gibis fica difícil levar em consideração o filme como a releitura do quadrinho. Talvez se tivesse feito, como guerra civil e aceitassem a limitação a levar aquele quadrinho pro cinema. Mas não..nem partiram da premissa direito. James Macvoy talvez o único que ainda consegue tirar algo do seu Charles, mas os outros pecam, não por eles, ótimos atores, mas pela pobreza da história e de uma direção burocrática e sem paixão de Kinberg. Mais uma coisa, porque Psylocke, não esta nesse, talvez o único acerto de "Apocalipse" não aparece, ela podia muito bem estar na vila do Magneto, mas optaram por mostrar mutantes genéricos sem nenhuma relevância, na mitologia.Tomara que pelas mãos da Marvel os mutantes voltem melhorados, com uma história clássica e digna do rico material já escrito em muitos dos seu anos.
A técnica apurada e o cuidado da animação salta aos olhos, em uma mistura de "animatronics", "stop and motion", miniaturas com expressões faciais tão ricas e detalhadas, Anderson mais uma vez meticuloso, com a técnica com enquadramentos no exímio tratamento visual. Como filme é bonito, singelo, uma história que coincide com atualidade, onde é facil apontar um culpado, plantar um na verdade..e elimina-lo, afasta-lo. Onde um governo extremista realiza um fim quase sem justificar seu meio. E se levantar contra isso..é ser submetido ao mesmo tratamento. Gostei da delicadeza, do humor acido e agridoce e do carisma dos cães protagonistas. Gostei da ideia dos felinos serem os queridos e vilanescos..num mundo onde os cães são marginalizados, hahha..bem atual isso..mesmo metaforicamente. A animação prima pela delicadeza assim como a história. Os personagens casam perfeitamente com seus interpretes(Cranston, Norton, Scarlett, ótimos !!) o que da uma identidade bem forte aos cães. Adorei a assistente do médico se chamar yoko e para minha surpresa quem faz sua voz é também Yoko Ono. Mais uma pequena perola de Wes Anderson.
A criação de um Jesus mais humanizado hesitante e temeroso, com seu destino, com seu poder entre os homens com o fardo a carregar na terra. Fazem desse filme de Scorsese, o mais ímpar em sua carreira, não que a religião, o catolicismo, não esteja presente em suas obras, desde o mais antigos, quanto em mais recentes(vide "silencio"). Mas aqui o mote é de um Jesus mais humano, hesitante quanto a sua divindade e com o medo de vivenciar o destino, o qual ajudou a infligir aos outros em colisão com os preceitos de Roma. Baseado no romance do grego Níkos Kazantzákis, que toma licença poética de certos escritos biblicos, causou polemica nos segmentos religiosos e muitos boicotes seja pela crueza real e despida de santidade de Jesus (De Foe impecável !!)na sugerida e filmada relação amorosa com Maria Madalena, na reconstrução mais humana e real de tal simbolo de fé. Como filme, é belo documento daquela época carregada de simbolismos e metaforas. Onde vemos um império tirano e aniquilador com aquilo que difere dos seus preceitos. Ha uma passagem de Saul/Paul que podemos perceber um alicerce do que podemos chamar de religião moderna. E Harvey Keitel entrega o Judas definitivo, amoroso, cruel servil e traidor. Filmaço de Scorsese que não faz filmes que não sejam no minimo competentes. Visto a essa distancia do seu lançamento ainda há os motivos pra tanta polemica, mas o que na verdade deveria ser o catalisador de nossa aproximação, não só com essa obra, mas também com nossa espiritualidade. Um jesus humano, erratico e mais temeroso. Feito a nossa semelhança.
Talvez o menos sério e sisudo, por isso gostei dele, depois do mais sombrio, a Salvação e do mediano Terminator 3, esse me soou mais agradável, com Schwarza, fazendo piada de sua situação, tanto dentro, quanto fora do personagem. E os momentos cômicos, se não primam pelo humor, ao menos são bizarros o que não chega a ser ruim. Emilia faz uma crível Sarah Connor, algo que ela construiu acredito no que foi feito por Linda Hamilton, e também por que não por Lena Headey, que tinha sido Sarah no seriado "Sarah Connor Chronicles", imagino as duas trocando informações no set de "Game Of Thrones". O roteiro meio que da uma bagunçada, ao dar conta de tantas viagens temporais, mas nada que um esforço a mais pra participar dessa viagem não resolva. Boas cenas de ação, dirigidas por um competente Alan Taylor (Thor e o próprio "GOT")se não tão marcantes quanto as de "Terminator 2", não comprometem o filme, bom filme, que vi com ressalvas pelas criticas negativas, mas foi bom divertimento.
Talvez o tratamento mais maduro e coerente em relação a um personagem do Universo Marvel envolvendo cinema e tv. E é tão triste ao final dessa terceira temporada, perceber que ficamos órfão de um material tão rico de uma ambientação tão cuidadosa e de um elenco tão talentoso, que levou com total cuidado e entrega essas 3 temporadas. Culminando num desfecho bem próximo do satisfatório, pq para mim, havia mais a explorar, mas não sei como Marvel/Netflix negociaram o final e também não me prenderei a isso. O importante é ressaltar a temporada perto da perfeição, na construção dos personagens, no enredo que demonstra com clareza toda a construção da escalada de Wilson Fisk na sua manipulação de bastidores, voltando a cidade contra o demolidor. O surgimento bem elaborado de Ben Poindexter "Dex" em um vilão atormentado, psicótico, e mortal, o embrião perfeito para o que viria a ser Bullseye/Mercenário. Episódios que me marcaram foram a invasão da prisão por por Matt e aquele que faz um apanhado na história de Karen Page, mas são tantas passagens marcantes que é difícil exemplificar. Gostaria de um longa, mesmo no serviço de Stream, para consagrar tamanha competência de elenco e produção e pra alegrar os fãs da série, vejo em um misto de alegria e preocupação os boatos da aparição de Demolidor num próximo filme de Homem Aranha, devido a natureza mais leve e cômica dos filmes do teioso até agora. Mas as história do "Homem sem medo" interpretado com maestria por Charlie Cox merecia melhor sorte.
Nunca fui fã de animes mas ao assistir "Gurren Lagan" todas aquelas coisas bem características de anime das quais eu torcia o nariz, parecem ter sido esquecidas. As lutas megalômanas, o exagero caricatural das situações e dos personagens, a sensualização exacerbada das personagens femininas, enfim gurren, tem tudo isso, em menor ou maior grau, mas isso passa quase despercebido, ou ao menos não atrapalham a ponto de vc desisitir. Adorei o "plot", sua construção, seus personagens a maluquice nonsense de Kamina que em meio a discursos rasteiros, injetam animo e confiança em toda tropa e principalmente no seu tímido e sem confiança irmão Simon. Personagem que no começo me irritava com suas fraquezas enquanto o altivo e doido, com complexo de macho alfa kamina parecia ser o principal, mas a mudança brusca e atordoante no desenrolar da história nos fez sentir, e continuar..assim como Simon. Foi um divisor de água, para algo mais maduro e emocional. Yoko é um personagem forte, sensualizada ás vezes, e o jeito que lida com isso..é engraçado..mas tem seu valor pra tropa sempre que colocado á prova, se mostra competente e valorosa, a despeito a atributos físicos e trajes, é uma personagem muito querida. Os estereótipos estão lá..mas a essência, as metáforas e as lições em gurren são mais marcantes. A amizade, a coragem, o crescimento como individuo, o não se curvar perante adversidades, são qualidades essenciais do ser humano, e isto por baixo da escrita de ficção, humanos com seus mechas, e muita destruição, é a mensagem que fica exemplificada.
A série conseguiu em oito episódios o que a nova trilogia não conseguiu : resgatar a mitologia de uma nova perspectiva, abraçando o novo, sem perder os resquícios tradicionais propostos por George Lucas la atras. Personagens cativantes,e um herói renegado, com um senso moral questionável até sua ultima caçada proposta pela "guilda". Pascal, perfeito monossilábico, com humor seco e uma ironia em cada fala. Favreau acertou a mão na narrativa, na construção de ambientes e personagens, mesmo os coadjuvantes, são ricos e com profundidade. "Baby Yoda", é perfeito, é docil e poderoso, angelical, fofo, mas dono de um poder até então nunca visto por Mando. Vários diretores de renome assinam episódios e cada um tem um jeito de ler e propor o material, mas que mantém essa coesão e equilibro. Destaques para Taika Waititi e Bryce Dallas Howard, com direções certeiras. Favreau acendeu o estopim la atrás do que hoje conhecemos como "Universo Cinematográfico Marvel", aqui ele inicia algo, que não sabemos se será tão grande, mas a primeira temporada cumpre com louvor o proposto, nos fazendo ansiosos já pela segunda.
Os 3 Infernais
2.7 143 Assista AgoraO filme não inova, mas acho que entrega de forma competente, o que se propõe, e o que os fãs de Rob Zombie e desses personagens esperam : Violência, obscenidades, falas espirituosas, tudo que Baby, Otis e agora Wolfman fazem desde o primeiro minuto de filme. Sheri Moon , nasceu pra esse papel, de "bad girl psico", ao mesmo tempo doce e animalesca. Rob tenta impor estilo, filma bem, tem boas ideias, nas cores e câmeras, o que as vezes pode causar aborrecimento, no meio q exagero de psicodelia e câmeras em slow, mas pra mim não chega a afetar. Boa trilha sonora cheia de rocks setentistas que em muitas circunstancias casam perfeitamente com o mostrado em cena. Personagens bizarros, algum gore..e "Rednecks" insanos, "A America sendo grande de novo."
The Boys (2ª Temporada)
4.3 647 Assista AgoraEssa segunda temporada potencializou todos os acontecimentos da primeira, sendo rápida, amarrada, rebuscada na violência gráfica, e com algum "Gore",( na verdade muito, hahaha!!), não deixando cair a voltagem em nenhum momento. O texto rápido, ágil cheio de temas pertinentes nos dias de hoje, jogando luz para problemas atuais, mas sem perder o humor, negro, mordaz, ferino. Capitão Pátria continua sendo o personagem central, que sintetiza bem o momento do mundo que vivemos, nas suas falas ações no tom autoritário, acima do bem do mal.
Gostei da dinâmica de grupo dos "rapazes", Hughie é o corpo estranho no meio deles, mas que mais do que nunca se faz necessário. Ótima trilha também, bem pontual, nos momentos oportunos, que faz com que a experiência seja ainda mais completa. Òtima temporada que ao mesmo tempo termina de forma coesa, mas abrindo um leque de possibilidades para o que pode vir acontecer na terceira. Aguardo ansioso.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraLuta de classes universal, independente do idioma ela faz parte da vida de qualquer um que se identifica com esse moedor de carne humana, travestido de livre comercio, ou livre iniciativa, ou qualquer nome pomposo que sirva pra amenizar, o que realmente é. E o filme mostra, escancara, abre a ferida, a lacuna e expõe desigualdades. Bong Joon-ho, cria a alegoria perfeita, traveste em gêneros cinematográficos, e vc se diverte, se emociona e fica chocado até onde essa cadeia alimentar leva o ser humano. Impossível o distanciamento, impossível o não se importar, a não ser que vc tenha a vida de plástico da família rica do condomínio planejado, mas se em algum momento você sentiu na pele a opressão que a pobreza e a marginalização, por não ser da casta alta da sociedade, esse filme é para você. Direção primorosa desde o cuidado, e planejamento das cenas a escolha dos lugares a fotografia, que cria esses dois ambientes tão distintos que parecem serem tão distantes, mas ao mesmo tempo se encontram e se completam. O filme prima em vários aspectos, tanto na parte técnica, quanto no enredo...mesmo simples intrincado que poderia cair no drama raso, mas que a cada fala, ato e cena cresce e se transforma nesse turbilhão de emoções do qual impossível passar incólume. Prêmios merecidos e consagração justa, mas o melhor é levar pra tantas pessoas essa mensagem de que nem todos, ou até quase ninguém, vive nessa família perfeita, de família de comercial de margarina. Olhe com cuidado, olhe mais de perto. Perceba quem parasita quem.
As Panteras
3.1 706 Assista AgoraVisto com baixa expectativa pelas criticas negativas, acho q o medo do lacre exacerbado ou do "empoderamento excessivo" fez com que as pessoas ja o taxasse negativamente. Me pergunto, e daí qual o problema ? Não vi o "lacre" se é que teve, de forma pretensiosa e o empoderamento, são mulheres lindas com uma legitimidade nisso, e com habilidades que não deixam a desejar quando exigidas no seus esforços para o cumprimento das missões. Esse é o mote das panteras, sempre foi, desde a série. Ha um bom "plot twist". cenas de ação ótimas e um carisma e uma quimica bem natural entre as protagonistas. Kristen esta linda e parece se divertir fazendo, meu crush por ela só aumentou. E pra quem exige expressões dela, aqui ela tem todas e consegue ser essa pessoa linda, sexy, mortal e sem filtro. Naomi Scott também esta ótima, um achado, na nerd e fofa sem saber direito onde se meteu. Um bom filme na competente direção de Elisabeth Banks, que também se sai bem como Bosley. Homens tolos e estereotipados podem ferir masculinidades fragéis, pra mim é divertido como as vezes ou na maioria delas, agimos como seres superiores, sem saber realmente do que se trata, hahaha !! Bom humor, boa musica e boa diversão. Uma pena as criticas pesadas, esperava ver se essa nova franquia podia ser tão divertida quanto a anterior. Capaz que nunca iremos saber.
Bons Meninos
3.5 227"Millenials from Hell" dei risada de coisas toscas e absurdas como o "colar de bolinhas", e a Irmã do Thor, Annabelle, mais assustadora que a boneca, hahaha !! . Tem produção do Seth Rogen, imagino que muitas piadas toscas devem ter vindo dele. Stephen Merchant como "potencial pedofilo", comprador de card raro e boneca de treinamentos para primeiros socorros impagável. O filme tem esse senso de amizade e turma mas foge do clichê e brinca até com isso em algumas passagens, divertido engraçado e nada politicamente correto. Adorei !!
1917
4.2 1,8K Assista AgoraMuito se fala do esmero técnico, de toda a preocupação com cada cena, com cada frame..pensado, coreografado, cada "take". O plano sequencia que enche a tela e a experiencia vívida, e intensamente ocular, da luta pela sobrevivência em meio ao combate sangrento de uma guerra mundial. Mas todos cuidados técnicos e a exuberância da fotografia e a direção primorosa de Sam Mendes, não sobrepõe a humanidade da história, na verdade ela potencializa. Porque nos coloca tão perto dos eventos, tão junto dos jovens soldados que a imersão é imediata. E a experiencia é sublime e inesquecível. O filme brilha nos quesitos técnicos mas a relação dos dois jovens soldados ligados a missão de forma tão pessoal nos faz colar na cadeira(uma pena não ter visto no cinema). Muito se dá também pela atuação dos atores que conseguem impor uma carga emocional impressionante nas cenas, em seus dramas e atitudes. O filme é frenético, câmera nervosa documental, uma reconstituição de época perfeita e cuidadosa, mas ha momentos tão sublimes, emocionais e tão singelos e ao mesmo tempo cheios de significado que elevam o filme, não o relegando apenas ao lote de filme de guerra, não que também seja algum demérito, já que se posta como um dos melhores do gênero nos últimos anos. Mas ele é sobre sobreviver, sobre ir além e não desistir. Filmaço.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraSe começa com Nirvana "Something in the way", não tem como errar. Charada, psicótico.Mulher gato ladra, um Bruce wayne, transtornado, e um Batman, sem filtro, inexperiente e violento. Pro pouco mostrado se ve que o filme promete, ótimo cartão de visitas de Matt Reeves. Esperar pelo filme com ansiedade a mil.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraTaika conseguiu, talvez nunca mais veremos o humor tão bem acentuado sobre um assunto tão pesado, doloroso como esse. Não se trate talvez de humor, mas sim de expor ao ridículo o quanto uma massa de manobra sem identidade pode ser bastante permissiva com pensamentos supremacistas ridículos. O quanto uma criança solitária, e carente de amigos não tem controle sobre o meio ao qual é apresentado. O filme mostra "Rabbit" como o garoto ao mesmo tempo sensível e supremacista, sem nem ter certeza do que se trata isso, ele parece querer ser parte de um clube, ser aceito nele. O amadurecimento vem aos poucos, nos diálogos com a mãe (Scarlett magnifica de uma luminosidade !!) do contato com a garota judia (Thomasin McKenzie, um achado !), que vão tomando a atenção e afeto de Jojo, antes direcionado a um "amigo imaginário" um tanto quanto inconsequente, pra dizer o minimo. O humor é bem feito, não ha exagero, o humor é negro, ferino, coloca o dedo na ferida com a premissa de fazer rir, mas nunca esquecendo de demonstrar o ridículo de tais ideologias, onde uma mentira contada mil vezes tem o peso de verdades. O filme passeia por todas as emoções e acompanhamos o amadurecimento de Jojo, seja pelo amor, compaixão..pela perda. O filme emociona, mas é leve e deixa prevalecer a ideia de que no fim, vencemos.
Patrulha do Destino (1ª Temporada)
4.2 156 Assista AgoraA grande idéia, mérito e também poderia ter sido o grande problema de "Doom Patrol" era o afastamento continuo a cada episódio, da serie convencional e padrão de super heróis. A warner apostou nessa não convencional serie de heróis e até zombou das outras crias mais "softs" da CW. Acho que o elenco pontual e bem escolhido fez o diferencial, ajudando bastante na criação dessa família distópica. Diane Guerrero e April Bowlby, são os destaques, além de claro o sempre talentoso e carismático Brendan Frasier com seu "desmiolado robotman". Como nunca acompanhei os quadrinhos desses heróis, fica difícil traçar paralelo, com o material escrito. Mas o roteiro, ágil, divertido e muitas vezes nonsense, fazem da experiencia de assistir bastante prazerosa. Há o drama pelas histórias trágicas de cada personagem, e ha também a comedia muito a cargo da química conseguida entre os membros da equipe. Grata surpresa em serie de super heróis que como já disse, não escolheu o caminho fácil e clichê já bastante visitado. Mas sim explorando outro espectro, da coisa de super herói, um até mais ousado e inventivo do que "The Boys", mas alcançando o mesmo exito, aqui de uma forma mais leve e cômica.
Velvet Goldmine
3.9 333 Assista AgoraÒtima ambientação, reconstituição de época, de um momento de ruptura dentro da musica. Que talvez tenha sido só por um breve momento,criando um pequeno nicho chamado "glam rock", mas que nos deu nomes tão fortes e icônicos até hoje : Bowie, Iggy, Marc Bolan (T-REX). O filme narra esses anos 70 sem perder o pique, usando de histórias bem conhecidas, mudando nomes e criando outros contextos, fica clara a relação Curt-Slade como Iggy Pop e David Bowie o que cria mais um atrativo pro fã da musica desse período. A relação conturbada desses dois "rockstars", tão carregadas de paixão, selvageria, e egos inflados, consegue tirar ótimas atuações do trio principal(Macgregor, Collette e Jonathan Rhys Meyers ). Cabendo ao jornalista Arthur (Christian Bale impecável como sempre !!) revisitar um passado que talvez hoje ele não sinta falta, mas que no decorrer, dos acontecimentos e situações revistas o fazem querer mais daquilo. O filme é irretocável tecnicamente, um visual belo exagerado como o próprio glam, o cuidado visual a direção de arte e figurino saltam aos olhos. Todd Haynes é exímio diretor de filmes onde a musica é tratada como personagem, como no ótimo "Não estou lá." O filme é intenso carregado de momentos lindos e viscerais, talvez um pouco subestimado, que eu demorei muito pra ver. Mas serve como retrato muito lindo e competente de um momento de transição de comportamento e da musica conhecida como rock. Òtimo !!
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraNicolas Winding Refn, aqui também continua no seu emprego de cores e luzes como mais um personagem, e o neon que ele tanto gosta e busca, esta até no nome dessa sua obra. Ele tem seu estilo e mesmo no exagero, se sobressai o lindo e intenso jogo de luzes e cores. Como filme se assemelha pra mim a algo como "Suspiria", o de Argento, seja no plot da jovem e ingenua começando uma carreira promissora em um lugar diferente, e por vezes brutal, seja no jogo de vaidades com as novas "amigas". A trilha sonora também me remete a essa obra de Argento, seca, pulsante, incomôda. Elle Fanning é mesmo de beleza invejável, e guardado os exageros e clichês, o mundo da moda, é em maior ou menor grau, predatório. Boa participação de Keanu Reeves e Christina Hendricks linda e odiosa como a agenciadora de modelos. O filme é impactante e bizarro as vezes, mas sem danificar o apelo "assistivel" dele. Bom filme de Nicolas Winding Refn..que tenta diferenciar seus trabalhos, sem perder sua marca visual exagerada, para uns, e agradável e bela para outros.
Corações de Ferro
3.9 1,4K Assista AgoraMais um bom retrato da segunda guerra que se não inova ao menos se coloca ao lado de ótimas obras modernas sobre esse tema. Se pode-se levar por inovação o ambiente, o espaço do qual se trata, o tanque, ja bem degradado de varias batalhas, o qual serve de espaço para seus operadores criarem um elo, tão forte de amizade, companheirismo que resulta também na coragem com que se embrenham em meio ao campo de batalha inimigo resultando em missões suicidas. Trabalho mais coeso e maduro dos que vi do bom diretor David Ayer (Esquadrão Suicida, Bright), ele consegue filmar uma obra densa realista que não exagera na violencia mas que retrata com realizade e crueza. E trabalha bem a equipe dos operadores do tanque dando dimensão, importância e tela para o elenco, desses 4 homens demonstrarem suas emoções, dramas, raivas, psicoses, sentimentos convergentes frente ao maior mal que o homem pode proporcionar a ele mesmo. Cabe ao jovem Norman o amadurecimento forçado frente a realidade das batalhas e de presenciar e causar mortes. Papel carregado perfeitamente por Logan Lerman. Cabe tbm adjetivos a Brad Pitt no frio, tarimbado Don, lider e mentor do jovem Norman num equilíbrio de atuação de Pitt. Os quatro estão ótimos, aqui Ayer encontro o ponto certo do trabalho em equipe, o que talvez faltou em seu "Esquadrão Suicida", onde o senso de equipe ficou meio capenga o que resultou num filme de regular, para ruim. Aqui não, ele conseguiu extrair o maximo dos ótimos atores em uma história simples e bem resolvida com pequenos cliches aqui e ali, mas que não estragam esse belo filme de guerra. Filmaço !
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraUma ótima obra distópica bem criativa e de enredo envolvente, te prendendo desde o começo. Muito bem orquestrada por um promissor e desconhecido(pra mim pelo menos) diretor Norueguês Tommy Wirkola, que cria uma obra tensa, violenta e bem verossímil de um futuro hostil superpopuloso onde se toma medidas drásticas quanto a esse problema. Indo na contramão do problema do ótimo também "Filho da esperança", aqui a natalidade e a superpopulação, privam as famílias de mais filhos sendo aceito apenas um filho único. E Esse é o problema de Terrence Settman (Willen Defoe òtimo come sempre!!) e suas 7 netas. Todas vividas magistralmente por Noomi Rapace na fase adulta. A atriz consegue criar as personas das 7 irmãs de forma tão convincente que nem parece se tratarem da mesma atriz interpretando. Òtimo resultado que coloca uma verdade no filme e no drama das mulheres tão vivas e independentes, mas presas nessa unica personalidade.Uma grata surpresa, em mais uma obra futurista, que carrega na ação e em alguma violência mas que se sobressai, muito em conta no grande talento da protagonista. Filmaço !!
Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraFilme simples de uma fotografia linda bucólica em preto e branco que retrata a cidade pequena, suas ruas e casas, de um interior americano parado no tempo. Que funciona metaforicamente pra esse relacionamento parado no tempo..no "e se"..em reticencias nunca expressas. A musica também simples minimalista que funciona como o silencio..no seu desconforto de ter o que falar, mas de não saber como. O roteiro é simples, nada muito rebuscado é só sobre relacionamento, ao mesmo tempo, infantil e marcante, cheio de uma ingenuidade colegial..que foi afrontado com a realidade de forma tão avassaladora..e quando se é jovem é normal a atitude de se assustar. Duplass é um ótimo ator, transmite toda a carga de ter parado no tempo de ter falhado de levar a vida a margem do que podia ter sido, uma vida tediosa modesta sem brilho ele coloca isso no olhar em cada fala e falta delas, ótima atuação, talvez facilitada por ter ajudado no roteiro.Sarah Paulson, mais brilhante, colorida até mesmo na melancolia, demonstra uma curiosidade genuína de como Jim viveu até ali..é saudosa, nostálgica, mais animada em reviver aquele passado bonitinho e piegas da época do colegial..mas sua caída em si..é triste e emocional. Os momentos de casal fofos, são tão genuínos, bobos e apaixonados no teatrinho de faz de conta e isso que nos faz (ao menos a mim) se identificar tanto com o filme. Essa pequena obra romântica que tinha tudo pra ser perfeita..mas o que é perfeição? Coisa são feitas pra quebrar. E o filme faz isso da forma mais singela, bonita e delicada. Mas não menos indolor.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraFinal de trilogia bem bom, bem feito, de acordo com o que o próprio J.J. Abrams começou em "despertar da força" sem ousar muito e colocando o drama e a carga emocional, o bastante para manter o fã da saga satisfeito. Como eu ja tinha dito em "Ultimos Jedi" é um filme de fã para fã. Talvez a critica esteja esperando algo diferente daquilo que o fã mais experiente goste, talvez com Star wars, não funcione assim. Quando tentaram fazer coisas novas, ou criar novos nucleos a coisa não foi tão bem..e tentaram voltar pro básico naquilo que o fã ja se acostumou. E isso me chateou um pouco, como a dinâmica Finn/Rose foi deixada de lado nesse, em vista do que foi criado em "ultimos jedi", muito se deu as criticas ferozes com a atriz Kelly Marie Tran..criticas as quais não compartilho. Como filme ao final, funcionou pra mim, porque sou fã incondicional da saga e mesmo esses personagens não sendo tão marcantes( Talvez Rey e Finn) qualquer pequeno contato com o universo dessa saga me deixa feliz. O filme tem nostalgia, tem "fanservice" pra todos os gostos e diverte. è competente tecnicamente, e se não é um primor de história..não da pra exigir muito de uma mitologia que se sustenta numa luta de bem ou mal..força e lado negro da força, onde o equilíbrio dessas duas "entidades", gerem o Universo. Nunca houve nada muito diferente disso. Talvez em novos filmes procurem algo diferente a explorar, um novo tom, algo mais simples mesmo como "The Mandalorian" que pra mim é uma grata surpresa. Conseguindo um nova direção a ser tomada quanto a esses personagens. Com a confirmação de Taika Waikiki a frente do projeto confio num bom futuro dentro dessa mitologia. Que fecha um ciclo agora de maneira ao menos respeitável e divertida.
Hellboy
2.6 423 Assista AgoraAssisti o filme com baixas expectativas e não entendi as criticas tão pesadas e negativas em relação a ele. O filme é redondo, rápido, bem cuidado tecnicamente, Harbour, da um ar mais jovial e rebelde á Hellboy, quase me fazendo esquecer Ron Pearlman, que fora perfeito. O filme é bem mais sombrio que os de Del Toro, que tem uma visão mais bela límpida e fantasiosa do personagem. Esse parece ser espelho direto da obra sombria de Mignola. Os monstros e seres, são bem construídos, bem feitos..o clima de terror é bem construído e as criaturas estão bem inseridas(Baba Yaga, perfeita !!). O filme se assume grotesco, com violência exagerada, quase trash..e talvez foi pra isso que torceram o nariz? Não sei, pra mim foi ótimo, um hellboy desbocado e violento bem mais violento que os outros, e isso é bem positivo. E digo isso sendo fã do que Del Toro já tinha feito. Personagens coadjuvantes, ótimos com personalidade e com profundidade. Adorei Ben Daimio, na relutância de ser o que é, lutando contra si mesmo e as outras criaturas. Mesma coisa Hellboy de forma até mais profunda, lutando e destruindo seus semelhantes, questionamento que levanta com seu pai, e também com a Rainha de Sangue tentando mostrar seu lugar no Apocalipse vindouro. Milla sempre competente e intensa além de claro, muito linda !! Uma pena o filme não ter tido boa repercussão, por que pra mim o caminho pra uma nova franquia estaria aberto.Porque se o tom do filme se assemelha-se a esse, eu iria ver de bom grado. Uma boa e respeitosa leitura de da obra de MIke Mignola. Ah lobster johnson é foda !!
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraFilmaço !! Agudo, direto ao ponto, onde respirar não é uma opção. O enredo a ambientação de uma Londres totalitária, num futuro não tão distante assim, nem falo em questão de datas, mas sim de acontecimentos, uma caça ás bruxas, á imigrantes, especificamente falando. O trato com esse futuro se dá de forma bastante convincente em sua ambientação e em sua construção, o principal motivo pode ser inverossímil, mas e por que não ? A escassez de recursos levam a varias situações e também por que não a essa ? Os planos sequencias são perfeitos, esquematizados aumentam a tensão da situação a picos quase incontroláveis, Clive Owen parece tão incrédulo de escapar das ações tanto quanto nós, que só podemos assistir. A câmera tremula que parece ir no ombro, da essa sensação viva e documental, quase sufocante. Eximia técnica de um diretor resoluto e competente desde seu começo("E sua mãe também", "Princesinha" ) de carreira até em obras posteriores("Gravidade", ótimo !!). Um filme mais que necessário e atemporal por se tratar de um futuro obscuro (tanto quanto o nosso), onde pequenas liberdades, quando na verdade não são nada pequenas, nos são cerceadas a fórceps..por coisas que talvez em um primeiro momento não temos o poder de intervir. Mas hoje, mais do que nunca nos são mais que pertinentes.
X-Men: Fênix Negra
2.6 1,1K Assista AgoraFim melancólico, para a história dos X-men, na fox, que começou bem, mas com a pressa em contar uma saga tão complexa como A fênix, tanto no final da primeira leva,quanto nessa, deixaram a desejar. O resultado foi um amontoado de situações sem aprofundamento, sem carga dramática necessária que essa história merece. Roteiro e direção parecem não pegarem o básico do material dessa saga e fazem o filme a muitas mãos, com revisões, erros de andamento, ordens dos fatos, enfim uma bagunça, que me parece apressado e sem rumo, e cheio de refilmagens. O filme é algo genérico, muito pouco a ver com o quadrinho. Para o fã dos personagens, e da saga nos gibis fica difícil levar em consideração o filme como a releitura do quadrinho. Talvez se tivesse feito, como guerra civil e aceitassem a limitação a levar aquele quadrinho pro cinema. Mas não..nem partiram da premissa direito. James Macvoy talvez o único que ainda consegue tirar algo do seu Charles, mas os outros pecam, não por eles, ótimos atores, mas pela pobreza da história e de uma direção burocrática e sem paixão de Kinberg. Mais uma coisa, porque Psylocke, não esta nesse, talvez o único acerto de "Apocalipse" não aparece, ela podia muito bem estar na vila do Magneto, mas optaram por mostrar mutantes genéricos sem nenhuma relevância, na mitologia.Tomara que pelas mãos da Marvel os mutantes voltem melhorados, com uma história clássica e digna do rico material já escrito em muitos dos seu anos.
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraA técnica apurada e o cuidado da animação salta aos olhos, em uma mistura de "animatronics", "stop and motion", miniaturas com expressões faciais tão ricas e detalhadas, Anderson mais uma vez meticuloso, com a técnica com enquadramentos no exímio tratamento visual. Como filme é bonito, singelo, uma história que coincide com atualidade, onde é facil apontar um culpado, plantar um na verdade..e elimina-lo, afasta-lo. Onde um governo extremista realiza um fim quase sem justificar seu meio. E se levantar contra isso..é ser submetido ao mesmo tratamento. Gostei da delicadeza, do humor acido e agridoce e do carisma dos cães protagonistas. Gostei da ideia dos felinos serem os queridos e vilanescos..num mundo onde os cães são marginalizados, hahha..bem atual isso..mesmo metaforicamente. A animação prima pela delicadeza assim como a história. Os personagens casam perfeitamente com seus interpretes(Cranston, Norton, Scarlett, ótimos !!) o que da uma identidade bem forte aos cães. Adorei a assistente do médico se chamar yoko e para minha surpresa quem faz sua voz é também Yoko Ono. Mais uma pequena perola de Wes Anderson.
A Última Tentação de Cristo
4.0 297 Assista AgoraA criação de um Jesus mais humanizado hesitante e temeroso, com seu destino, com seu poder entre os homens com o fardo a carregar na terra. Fazem desse filme de Scorsese, o mais ímpar em sua carreira, não que a religião, o catolicismo, não esteja presente em suas obras, desde o mais antigos, quanto em mais recentes(vide "silencio"). Mas aqui o mote é de um Jesus mais humano, hesitante quanto a sua divindade e com o medo de vivenciar o destino, o qual ajudou a infligir aos outros em colisão com os preceitos de Roma. Baseado no romance do grego Níkos Kazantzákis, que toma licença poética de certos escritos biblicos, causou polemica nos segmentos religiosos e muitos boicotes seja pela crueza real e despida de santidade de Jesus (De Foe impecável !!)na sugerida e filmada relação amorosa com Maria Madalena, na reconstrução mais humana e real de tal simbolo de fé. Como filme, é belo documento daquela época carregada de simbolismos e metaforas. Onde vemos um império tirano e aniquilador com aquilo que difere dos seus preceitos. Ha uma passagem de Saul/Paul que podemos perceber um alicerce do que podemos chamar de religião moderna. E Harvey Keitel entrega o Judas definitivo, amoroso, cruel servil e traidor. Filmaço de Scorsese que não faz filmes que não sejam no minimo competentes. Visto a essa distancia do seu lançamento ainda há os motivos pra tanta polemica, mas o que na verdade deveria ser o catalisador de nossa aproximação, não só com essa obra, mas também com nossa espiritualidade. Um jesus humano, erratico e mais temeroso. Feito a nossa semelhança.
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraTalvez o menos sério e sisudo, por isso gostei dele, depois do mais sombrio, a Salvação e do mediano Terminator 3, esse me soou mais agradável, com Schwarza, fazendo piada de sua situação, tanto dentro, quanto fora do personagem. E os momentos cômicos, se não primam pelo humor, ao menos são bizarros o que não chega a ser ruim. Emilia faz uma crível Sarah Connor, algo que ela construiu acredito no que foi feito por Linda Hamilton, e também por que não por Lena Headey, que tinha sido Sarah no seriado "Sarah Connor Chronicles", imagino as duas trocando informações no set de "Game Of Thrones". O roteiro meio que da uma bagunçada, ao dar conta de tantas viagens temporais, mas nada que um esforço a mais pra participar dessa viagem não resolva. Boas cenas de ação, dirigidas por um competente Alan Taylor (Thor e o próprio "GOT")se não tão marcantes quanto as de "Terminator 2", não comprometem o filme, bom filme, que vi com ressalvas pelas criticas negativas, mas foi bom divertimento.
Demolidor (3ª Temporada)
4.3 452 Assista AgoraTalvez o tratamento mais maduro e coerente em relação a um personagem do Universo Marvel envolvendo cinema e tv. E é tão triste ao final dessa terceira temporada, perceber que ficamos órfão de um material tão rico de uma ambientação tão cuidadosa e de um elenco tão talentoso, que levou com total cuidado e entrega essas 3 temporadas. Culminando num desfecho bem próximo do satisfatório, pq para mim, havia mais a explorar, mas não sei como Marvel/Netflix negociaram o final e também não me prenderei a isso. O importante é ressaltar a temporada perto da perfeição, na construção dos personagens, no enredo que demonstra com clareza toda a construção da escalada de Wilson Fisk na sua manipulação de bastidores, voltando a cidade contra o demolidor. O surgimento bem elaborado de Ben Poindexter "Dex" em um vilão atormentado, psicótico, e mortal, o embrião perfeito para o que viria a ser Bullseye/Mercenário. Episódios que me marcaram foram a invasão da prisão por por Matt e aquele que faz um apanhado na história de Karen Page, mas são tantas passagens marcantes que é difícil exemplificar. Gostaria de um longa, mesmo no serviço de Stream, para consagrar tamanha competência de elenco e produção e pra alegrar os fãs da série, vejo em um misto de alegria e preocupação os boatos da aparição de Demolidor num próximo filme de Homem Aranha, devido a natureza mais leve e cômica dos filmes do teioso até agora. Mas as história do "Homem sem medo" interpretado com maestria por Charlie Cox merecia melhor sorte.
Tengen Toppa Gurren Lagann
4.2 53Nunca fui fã de animes mas ao assistir "Gurren Lagan" todas aquelas coisas bem características de anime das quais eu torcia o nariz, parecem ter sido esquecidas. As lutas megalômanas, o exagero caricatural das situações e dos personagens, a sensualização exacerbada das personagens femininas, enfim gurren, tem tudo isso, em menor ou maior grau, mas isso passa quase despercebido, ou ao menos não atrapalham a ponto de vc desisitir. Adorei o "plot", sua construção, seus personagens a maluquice nonsense de Kamina que em meio a discursos rasteiros, injetam animo e confiança em toda tropa e principalmente no seu tímido e sem confiança irmão Simon. Personagem que no começo me irritava com suas fraquezas enquanto o altivo e doido, com complexo de macho alfa kamina parecia ser o principal, mas a mudança brusca e atordoante no desenrolar da história nos fez sentir, e continuar..assim como Simon. Foi um divisor de água, para algo mais maduro e emocional. Yoko é um personagem forte, sensualizada ás vezes, e o jeito que lida com isso..é engraçado..mas tem seu valor pra tropa sempre que colocado á prova, se mostra competente e valorosa, a despeito a atributos físicos e trajes, é uma personagem muito querida. Os estereótipos estão lá..mas a essência, as metáforas e as lições em gurren são mais marcantes. A amizade, a coragem, o crescimento como individuo, o não se curvar perante adversidades, são qualidades essenciais do ser humano, e isto por baixo da escrita de ficção, humanos com seus mechas, e muita destruição, é a mensagem que fica exemplificada.
O Mandaloriano: Star Wars (1ª Temporada)
4.4 532 Assista AgoraA série conseguiu em oito episódios o que a nova trilogia não conseguiu : resgatar a mitologia de uma nova perspectiva, abraçando o novo, sem perder os resquícios tradicionais propostos por George Lucas la atras. Personagens cativantes,e um herói renegado, com um senso moral questionável até sua ultima caçada proposta pela "guilda". Pascal, perfeito monossilábico, com humor seco e uma ironia em cada fala. Favreau acertou a mão na narrativa, na construção de ambientes e personagens, mesmo os coadjuvantes, são ricos e com profundidade. "Baby Yoda", é perfeito, é docil e poderoso, angelical, fofo, mas dono de um poder até então nunca visto por Mando. Vários diretores de renome assinam episódios e cada um tem um jeito de ler e propor o material, mas que mantém essa coesão e equilibro. Destaques para Taika Waititi e Bryce Dallas Howard, com direções certeiras. Favreau acendeu o estopim la atrás do que hoje conhecemos como "Universo Cinematográfico Marvel", aqui ele inicia algo, que não sabemos se será tão grande, mas a primeira temporada cumpre com louvor o proposto, nos fazendo ansiosos já pela segunda.