a fotografia, os ângulos e cortes, a iluminação, as músicas, as vozes, esse é o tipo de show que até msm uma pessoa que nunca ouviu Talking Heads curtiria. a sensibilidade com que é tratado todo o concerto é fenomenal e de uma atemporalidade profunda.
"Our president's crazy Did you hear what he said Business and pleasure Lie right to your face Divide it in sections And then give it away"
a beleza visual desse filme é exacerbante em toda obra, todas as cenas são brilhantemente encaixadas com uma história bem interessante que, embora seja emocionante em certos pontos, a falta de empatia para com todos os personagens (excluindo momentos específicos do protagonista) dá sensação de monotonia, o filme não se preocupa tanto em capturar os espectadores no início com sua trama, mas com certas "discrepâncias sociais" que existem nas cenas, bem comuns na filmografia do Yorgos. no momento é o melhor filme dele que eu assisti até agora. a mensagem tá ali, tá bem editado, as atuações são impecáveis, o nível do casting foi alto, a trilha sonora/edição de som tbm deve ser ressaltada, acho que foi a cereja do bolo no que diz respeito a ambientação. tbm achei a Léa especialmente bonita nessa fotografia, fotografia muito bem feita
De início, achei que seriam abordados os horrores da 2ª Guerra, especialmente essa ideia tenebrosa de eugenia, mas o assunto foi seguindo um curso mais pessoal e até intimista. Acho difícil falar sobre o real impacto desse filme. Com uma fotografia maravilhosa, a história se estende por 3 horas e a impressão que me chega é a de que o próprio Kurt (o personagem mesmo) fez a obra do início ao fim. Não há um significado claro ou absoluto, não há nem ao menos um desfecho.
ele descobriu ou não a verdade sobre o Seeband? Pq evocar um espírito, uma visão, ter tudo revelado numa pintura e mesmo assim não contar, não saber?
Poderia ter uma duração menor? Sim. Poderia ter um roteiro mais centrado ou mais substancial, algo palpável e que rendesse alguma empatia maior por parte do público? Sem dúvida. Mas há também aqui a liberdade e por mais que exista a sensibilidade da memória e tudo o mais, não é apelativo ou lúdico demais. Queria ter me identificado mais, porém dá pra se dizer que é um belo trabalho.
Um início de carreira brilhantíssimo, eu diria. Quem conhece pelo menos outros 2 filmes do Del Toro certamente, nessa obra, conseguiu sentir seu toque fantástico aterrorizante em cada segundo, seja nos silêncios sepulcrais ou no próprio contorno da história.
[que termina de maneira tão tensa e trágica com morte de um protagonista que fez de um tudo (com ajuda da sua netinha meio biruta vale ressaltar kkkkkk) para não matar ninguém, no fim você gosta dele e sente pena e quer que ele sobreviva, apesar de ser um vampiro]
Longe de ser perfeito, a narrativa ao mesmo tempo que se preocupou muito na ambientação e expressão das cenas, extrapolou um pouco na fantasia de um conto, algumas atitudes e cenas parecem meio desconexas se você pensar um pouco mais a respeito, a trilha sonora apesar de fazer parte da tensão achei um pouco exagerada em certas partes e a falta de cuidado que demonstrou em explicar o próprio Cronos que dá título ao filme me frustrou, já que estava encantado e aterrorizado com o dispositivo e pensei que fossem ser esclarecidas ao menos algumas de suas regras de funcionamento. Das suas origens temos uma história nos primeiros minutos de filme, porém a única coisa que o diretor deixa explícita é que ele garante a vida eterna, sem dizer como e nem a que preço. Totalmente claro que isso também faz parte do terror-mistério. Apesar de tudo isso, acredito que valha muito a pena conferir, principalmente se for fã do Del Toro ou goste particularmente desse tipo história.
Eu literalmente levei um susto quando o filme acabou. De início eu achei que a narrativa iria ser bem tortuosa pela dificuldade de ligação dos fatos, mas depois isso virou apenas uma inconsistência (que se arrasta até o final do filme) moderada. A história é muito boa, porém a sequência da narrativa é um pouco conturbada e a evolução dos personagens em diversos momentos fica perdida ou até confusa. A autenticidade me pareceu muito grande, o charme do Omar e do Johnny, apesar de poder ser considerado meio clichê-naif, me conquistou bastante. O Omar tem um brilho muito especial na primeira parte do filme que, logo em seguida, junto ao Johnny, me convenceram a assistir até o final. O filme acaba abruptamente. É mais fácil fazer uma lista das coisas que foram "concluídas" nele do que dos grandes pontos de interrogação na obra, contudo a mensagem está ali bem firme, muitos não considerariam um protesto, mas eu sim.
"Quero vê-lo estudando na universidade. Diga a ele, 'Vá para a Universidade'. Tem de se ter instrução. Todos nós temos de ter se quisermos ver claramente o que está sendo feito e a quem nesse país."
um filme lento e que faz uso de um simbolismo (não tão profundo, mas) bastante reflexivo. muita vezes me sinto encarando um quadro ou até mesmo uma fotografia. toda monotonia das cenas, a lentidão e repetição de tarefas domésticas, fazem brilhar os pequenos instantes em que saem desse micro cosmo solitário e arruinado. sou contra qualquer tipo de interpretação magnânima sobre a obra, aqui o que vale é a ampla interpretação e o que cada um consegue extrair de um filme tão duro e tão difícil (não difícil de entender, mas de assistir -e isso não é uma ofensa). por se tratar de uma obra inspirada num acontecimento da vida de Nietzsche, senti um pouco da essência dos seus livros e ensaios, coisa que por si só já geraria um bom debate, mas também senti que se tratava de uma despedida do próprio diretor (Béla Tarr), além da superexposição da condição humana, onde muitos podem achar o contexto do filme distante da compreensão ou que nada tem a ver com os tempos atuais, porém um olhar um pouco mais demorado percebe a alienação, o ostracismo, o silêncio (afora o vento carregando tudo que encontra pela frente) que abarca tanto o interno, quanto o externo. é preciso pensar não somente sobre o filme, mas tudo que o constrói desde o princípio até seu fim.
bom, bom, o filme não é, mas tem alguma coisa pra se pesar. achei a coisa toda com o Guilherme um erro, fizeram um troço tão superficial que pra mim pareceu que
ele só fez aquilo pra usar de desculpa pra quando a mãe perguntasse da Angela ou algo relacionado (como de fato ocorreu)
, o drama ficou um pouco de lado pra ter bastante sexo (não foi uma troca tão boa), pq n tocaram Letuce de novo? e será que alguém pode explicar pra esse menino q
em questões técnicas o filme ficou muito bom, mas quanto a narrativa e desenvolvimento da história ficou devendo bastante, boa parte da mensagem e da beleza do longa ficou soterrada em lances e desfechos pouco críveis ou nada palatáveis. algumas cenas são realmente incríveis e transmitem muito bem a sensibilidade do tema, mas o filme como um todo (com seu final, a meu ver, lamentável) perde-se na escolha de linguagem e poderia ter me tocado muito mais se não fossem algumas atitudes bem estúpidas do Harry.
temática abordada muito interessante, porém a obra em si não se aprofunda em nada. foi impossível sentir simpatia por qualquer um dos personagens, o pouco que se vê dos conflitos é ou tratado muito superficialmente ou feito de maneira atrapalhada demais (quando não os dois juntos).
a cena de sexo entre o Alvaro e Alex ficou muito "wtf?", me pareceu quase um estupro, pior ainda é o diálogo final entre o Alvaro e o pai (mais deprimente do que isso só minha mãe achando que sou hétero pq trago minhas amigas pra casa pensando q são "namoradinhas")
no lado oposto estão o background lindo, meio paradisíaco, meio desértico e uma certa melancolia da fotografia, como alguém lembrando do fim da infância.
Dolan mais uma vez mostrando que apesar da juventude consegue realizar um longa com maestria e extrema sensibilidade, pode se dizer que pouquíssimo ou nada passa sem significado, cada construção de cenário, ângulo de câmera, fotografia, soundtrack, tudo contribui para a imersão nessa transformação, sem nunca ser artificial ou deliberadamente forçado; gosto dos lances entre os altos e baixos da história, do caráter bruto e inacabado dos personagens e, não menos importante, a súbita aparição do Antoine Pilon, tão novo, já tinha a cara do amor da minha vida kkkkk
o jeito de contar uma história realmente faz muita diferença, apesar da trama não ser lá muito envolvente, os personagens são bem interessantes, mesmo sendo meio estúpidos quase o tempo todo. acho que o que mais conta nessa obra é a afinidade, para além de qualquer bem ou mal, entre os personagens e o que NÃO fazer quando sair de um hospital psiquiátrico
esteticamente é interessante, quanto a narrativa deixa bem a desejar, apesar da história começar bem interessante, toda aquela conversa no carro explicando as mesmas coisas para pessoas diferentes cansa e só quando aparece o turco que recupera um tico de fôlego. é um filme para refletir, sem dúvida, mas sobre o que exatamente não se sabe.
achei muito bom, produção bem redondinha, fotografia, corte, posicionamento tão bem construídos, o Milton García é a coisa mais linda em todo a película, só queria que tivessem dado um destino mais digno para o Silvano
inesperadamente belo, trilha sonora sensacional, as interpretações são incríveis e o paralelo entre o documentário e representação dá um salto muito interessante para o conjunto
interessante, romance um pouco meloso pro meu gosto, mas os efeitos visuais ficaram excelentes, a soundtrack tá maravilhosa. o roteiro é meio simples e pega todo o suporte em cima da relação da Elisa e da criatura (o que pode ser um tiro no escuro, pq ou vc gosta muito do casal e o resto n importa ou vc acha bonitinho e fica esperando algo mais profundo que nunca vem/virá). me lembrou muito de "Lady in the Water" (por razões bem óbvias) e que, a propósito, gostei bem mais.
fui assistir pensando "pow nem deve dar pra chorar", mas cara, q pena da Claire. filme super bem produzido, a história é clichê, mas é aquele clichê tão bem contado e os personagens são maravilhosos (confesso que às vezes tive vontade de bater na cabeça do Alex com uma chave de roda), os diálogos, edição, ficou lindo e vale MUITO a pena assistir!
Pra começar esse comentário com uma treta, queria perguntar sobre o porque das pessoas estarem comparando a versão coreana com essa. Não posso opinar muito a respeito disso, visto que, não assisti a versão coreana toda, mas existem discrepâncias absurdas quanto a essa versão comparada ao livro e a coreana (sem tirar o mérito de nenhuma delas). Sou imediatamente obrigado a dizer que essa versão não me decepcionou tanto quanto eu pensava, na verdade, posso até dizer que não me decepcionou em nada (okay, okay, senti muita falta da trilha sonora que apesar de ser muito interessante, ficou meio apagada na maior parte do filme e talvez um pouco mais de força dramática em certas partes da história), mas nada é perfeito. Assim como no livro, esse f*cking big hole no final da história só faz aumentar a vontade de acompanhar a trajetória do A. pelo mundo afora, talvez para um filme ou um livro isso não seja a melhor escolha, visto que muita gente gosta daqueles "happy endings" bem clichezão ou de qualquer conclusão banal para o destino final dos personagens, mas eu acho que não tem escapatória. Pra alguém que tem o amanhã mais incerto do que o nosso, eu diria que essa é uma tarefa impraticável, dar uma solução/fim a uma vida que é outras tantas e ainda será muitas. Além de assassinar friamente mensagens/questionamentos, tão essenciais, na obra: o que é ser diferente? o que é ser igual? como somos? a quem nos conectamos e o que e a quem fazemos parte?
filme interessantíssimo, apesar das "impossibilidades", partes da história sumirem aleatoriamente e não ter absolutamente nenhuma explicação plausível para a conclusão. em termos de técnica impecável, até a proposta do roteiro (me fez lembrar muito uma mistura de "Mean Creek" com "Paranoid Park") é interessante a partir do ponto q vai se juntando pontos ao acaso mas acaba dando num beco sem saída e é aí q a coisa sai do controle.
QUE FILME HARD! Por isso n vou ser nenhum pouco legal ao fazer esse comentário, but first things first.... o filme veio num formato bem curioso (no bom sentido), tem umas cenas belíssimas e Bjork trouxe essa personagem encantadora, carismática e luminosa para o filme, tive certa dificuldade de encontrar essa "mãe" no núcleo da Selma de início, parecia mais uma irmã, mas acredito q ela tenha chegado lá (posso dizer q até foi mais fundo q isso) no decorrer do longa. foi a primeira vez q vi Bjork atuando num longa, mas n tenho nenhum comentário para sua atuação além de impecável e muito visceral. agora quanto a trama, achei q fosse me emocionar muito mais. na primeira metade eu comprei totalmente a história, os personagens, embora, muita coisa ainda estivesse nebulosa até ali, então tudo muda na cena
em que o Bill espia onde ela guarda o dinheiro, de início achei q ele apenas queria saber se ela estava realmente cega, mas quando eu finalmente notei o olhar, compreendi/imaginei sobre o que o filme iria se tratar a partir dali. o primeiro espinho desceu atravessado, traição de um amigo está na lista de piores corrupções do ser humano (na minha opinião, claro), porém, totalmente crível, é muito fácil achar histórias piores na internet, mas a coisa sai um pouco dessa linha verossímil quando Bill morre naquela circunstância tão tremendamente desengonçada e trágica (me permito fazer referência ao ep. "Crocodille" da s4 de "Black Mirror", fiquei com parte daquilo na cabeça) e então vemos aquele lindo personagem murchar pouco a pouco e, do meu ponto de vista, sem razão alguma. contrariando até mesmo o que a própria Selma mostrava no início da película. ela queria tanto q o filho pudesse ter a oportunidade de enxergar q sacrificaria sua vida por isso, o que realmente me incomodou foi a ausência de luta, ela não move um dedo sequer para mudar sua sentença ou seu caminho, ela apenas se deixar dragar e arrastar pelas consequência desse crime (já cometido de maneira não muito palatável) e toma outra atitude mais ilógica ainda: aceita a sentença, sabendo que vai morrer (enforcamento? sério q ainda existe pena de morte dessa maneira? foi algo pra aumentar a dramaticidade?) e no final é evidente q ela n queria morrer. então a pergunta q fica é pq?
sei q existem dezenas de maneiras de explicar o que aconteceu nesse filme (eu mesmo durante e depois do longa me dei ao luxo de pensar em algumas para aliviar a falta de empatia com a história), mas nada me desceu até agora, a carga dramática em toda a obra é profunda, mas há também coisas q se extraviaram (pelo pouco q conheço da obra do Lars, ele tem essa mão pra exagerar em determinados pontos, algo q fica teatral demais quando posto na tela e que precisa se balancear e misturar com outros elementos para funcionar como deve), coisas muito importantes como a confiança de quem está assistindo ao filme. depois de tudo isso vale a pena assistir? se você gosta de musicais, Bjork, Lars von Trier e bad, definitivamente esse é o seu filme, mas acredite quando eu digo que a partir da segunda metade só existem duas reações possíveis: 1) você sofre com a personagem a partir dali e chora copiosamente até o fim ou 2) fica com uma expressão do tipo "wtf is happening?" até o quote nos segundos finais tentando engolir a coisa toda de uma maneira a não parecer insensível demais
o filme é bonitinho, a história vai se desenrolando em flashes que em alguns momentos conecta passado e presente, mais interessante é ver como essas duas vidas que se modificaram tanto uma longe da outra reagindo a essas lembranças, as fotos, as histórias, os jantares. o final me surpreendeu
(bem pode ser que meu histórico recente de filmes LGBT seja mais deprimente do que ouso admitir), mas o Matías voltar pelo Jeronimo faz muito sentido, apesar de bater muito forte no clichê do happy ending. é preciso ter mais filmes LGBT com happy ending, chega de mortes e seres humanos solitários largando amores q "poderiam ser" sem nunca se deram a chance de vivê-los.
a mensagem, que provavelmente aqui não veio grifada com letras garrafais de "luta contra homofobia", mas que se deixou notar nos atos que vão ao avesso da convenção social, no jeito como de repente você sabe que é livre para amar quem quiser e que quer isso, afinal de contas, sempre vale a pena arriscar, acho
odiei o efeito q botaram na cara dela, mas porra, que história do caralho! edição e roteiro foda, fotografia, cenário, figuro e as atuações nem se falam, filme foda e queria ter visto antes do Oscar :(
Realmente não sei dizer qual foi a melhor das melhores escolhas feitas na produção desse filme: casting, soudtrack, fotografia, corte, roteiro (etc, etc). Tudo começa de uma maneira tão despretensiosa e no final se torna algo muito íntimo, mesmo que fora da realidade de muita gente. Existe essa sutileza na relação familiar (até mesmo em outras relações) que é transmitida através de coisas tão pequenas. Esse filme tem todos os motivos do mundo pra ter feito o Xavier ser ovacionado em Cannes por 5 minutos e de pé (não é qualquer merda não). Esperei tanta pra conseguir ver esse filme, com as expectativas não tão altas, mas me surpreendi. Mas um filme do Dolan que entre pra vida.
Stop Making Sense
4.7 35a fotografia, os ângulos e cortes, a iluminação, as músicas, as vozes, esse é o tipo de show que até msm uma pessoa que nunca ouviu Talking Heads curtiria. a sensibilidade com que é tratado todo o concerto é fenomenal e de uma atemporalidade profunda.
"Our president's crazy
Did you hear what he said
Business and pleasure
Lie right to your face
Divide it in sections
And then give it away"
O Lagosta
3.8 1,5K Assista Agoraa beleza visual desse filme é exacerbante em toda obra, todas as cenas são brilhantemente encaixadas com uma história bem interessante que, embora seja emocionante em certos pontos, a falta de empatia para com todos os personagens (excluindo momentos específicos do protagonista) dá sensação de monotonia, o filme não se preocupa tanto em capturar os espectadores no início com sua trama, mas com certas "discrepâncias sociais" que existem nas cenas, bem comuns na filmografia do Yorgos. no momento é o melhor filme dele que eu assisti até agora. a mensagem tá ali, tá bem editado, as atuações são impecáveis, o nível do casting foi alto, a trilha sonora/edição de som tbm deve ser ressaltada, acho que foi a cereja do bolo no que diz respeito a ambientação. tbm achei a Léa especialmente bonita nessa fotografia, fotografia muito bem feita
Nunca Deixe de Lembrar
3.9 143 Assista AgoraDe início, achei que seriam abordados os horrores da 2ª Guerra, especialmente essa ideia tenebrosa de eugenia, mas o assunto foi seguindo um curso mais pessoal e até intimista. Acho difícil falar sobre o real impacto desse filme. Com uma fotografia maravilhosa, a história se estende por 3 horas e a impressão que me chega é a de que o próprio Kurt (o personagem mesmo) fez a obra do início ao fim. Não há um significado claro ou absoluto, não há nem ao menos um desfecho.
ele descobriu ou não a verdade sobre o Seeband? Pq evocar um espírito, uma visão, ter tudo revelado numa pintura e mesmo assim não contar, não saber?
Poderia ter uma duração menor? Sim. Poderia ter um roteiro mais centrado ou mais substancial, algo palpável e que rendesse alguma empatia maior por parte do público? Sem dúvida. Mas há também aqui a liberdade e por mais que exista a sensibilidade da memória e tudo o mais, não é apelativo ou lúdico demais. Queria ter me identificado mais, porém dá pra se dizer que é um belo trabalho.
Cronos
3.2 119Um início de carreira brilhantíssimo, eu diria. Quem conhece pelo menos outros 2 filmes do Del Toro certamente, nessa obra, conseguiu sentir seu toque fantástico aterrorizante em cada segundo, seja nos silêncios sepulcrais ou no próprio contorno da história.
[que termina de maneira tão tensa e trágica com morte de um protagonista que fez de um tudo (com ajuda da sua netinha meio biruta vale ressaltar kkkkkk) para não matar ninguém, no fim você gosta dele e sente pena e quer que ele sobreviva, apesar de ser um vampiro]
Longe de ser perfeito, a narrativa ao mesmo tempo que se preocupou muito na ambientação e expressão das cenas, extrapolou um pouco na fantasia de um conto, algumas atitudes e cenas parecem meio desconexas se você pensar um pouco mais a respeito, a trilha sonora apesar de fazer parte da tensão achei um pouco exagerada em certas partes e a falta de cuidado que demonstrou em explicar o próprio Cronos que dá título ao filme me frustrou, já que estava encantado e aterrorizado com o dispositivo e pensei que fossem ser esclarecidas ao menos algumas de suas regras de funcionamento. Das suas origens temos uma história nos primeiros minutos de filme, porém a única coisa que o diretor deixa explícita é que ele garante a vida eterna, sem dizer como e nem a que preço. Totalmente claro que isso também faz parte do terror-mistério.
Apesar de tudo isso, acredito que valha muito a pena conferir, principalmente se for fã do Del Toro ou goste particularmente desse tipo história.
Minha Adorável Lavanderia
3.5 72Eu literalmente levei um susto quando o filme acabou. De início eu achei que a narrativa iria ser bem tortuosa pela dificuldade de ligação dos fatos, mas depois isso virou apenas uma inconsistência (que se arrasta até o final do filme) moderada. A história é muito boa, porém a sequência da narrativa é um pouco conturbada e a evolução dos personagens em diversos momentos fica perdida ou até confusa. A autenticidade me pareceu muito grande, o charme do Omar e do Johnny, apesar de poder ser considerado meio clichê-naif, me conquistou bastante. O Omar tem um brilho muito especial na primeira parte do filme que, logo em seguida, junto ao Johnny, me convenceram a assistir até o final. O filme acaba abruptamente. É mais fácil fazer uma lista das coisas que foram "concluídas" nele do que dos grandes pontos de interrogação na obra, contudo a mensagem está ali bem firme, muitos não considerariam um protesto, mas eu sim.
"Quero vê-lo estudando na universidade. Diga a ele, 'Vá para a Universidade'. Tem de se ter instrução. Todos nós temos de ter se quisermos ver claramente o que está sendo feito e a quem nesse país."
O Cavalo de Turim
4.2 211um filme lento e que faz uso de um simbolismo (não tão profundo, mas) bastante reflexivo. muita vezes me sinto encarando um quadro ou até mesmo uma fotografia. toda monotonia das cenas, a lentidão e repetição de tarefas domésticas, fazem brilhar os pequenos instantes em que saem desse micro cosmo solitário e arruinado.
sou contra qualquer tipo de interpretação magnânima sobre a obra, aqui o que vale é a ampla interpretação e o que cada um consegue extrair de um filme tão duro e tão difícil (não difícil de entender, mas de assistir -e isso não é uma ofensa). por se tratar de uma obra inspirada num acontecimento da vida de Nietzsche, senti um pouco da essência dos seus livros e ensaios, coisa que por si só já geraria um bom debate, mas também senti que se tratava de uma despedida do próprio diretor (Béla Tarr), além da superexposição da condição humana, onde muitos podem achar o contexto do filme distante da compreensão ou que nada tem a ver com os tempos atuais, porém um olhar um pouco mais demorado percebe a alienação, o ostracismo, o silêncio (afora o vento carregando tudo que encontra pela frente) que abarca tanto o interno, quanto o externo. é preciso pensar não somente sobre o filme, mas tudo que o constrói desde o princípio até seu fim.
Anos 90
3.9 502Jonah Hill não tá de brincadeira nãoooo, que filme foda
Fala Comigo
2.9 183 Assista Agorabom, bom, o filme não é, mas tem alguma coisa pra se pesar. achei a coisa toda com o Guilherme um erro, fizeram um troço tão superficial que pra mim pareceu que
ele só fez aquilo pra usar de desculpa pra quando a mãe perguntasse da Angela ou algo relacionado (como de fato ocorreu)
NÃO SE GUARDA CAMISINHA USADA!!!!!
O Oitavo Dia
4.1 114em questões técnicas o filme ficou muito bom, mas quanto a narrativa e desenvolvimento da história ficou devendo bastante, boa parte da mensagem e da beleza do longa ficou soterrada em lances e desfechos pouco críveis ou nada palatáveis.
algumas cenas são realmente incríveis e transmitem muito bem a sensibilidade do tema, mas o filme como um todo (com seu final, a meu ver, lamentável) perde-se na escolha de linguagem e poderia ter me tocado muito mais se não fossem algumas atitudes bem estúpidas do Harry.
XXY
3.8 507 Assista Agoratemática abordada muito interessante, porém a obra em si não se aprofunda em nada. foi impossível sentir simpatia por qualquer um dos personagens, o pouco que se vê dos conflitos é ou tratado muito superficialmente ou feito de maneira atrapalhada demais (quando não os dois juntos).
a cena de sexo entre o Alvaro e Alex ficou muito "wtf?", me pareceu quase um estupro, pior ainda é o diálogo final entre o Alvaro e o pai (mais deprimente do que isso só minha mãe achando que sou hétero pq trago minhas amigas pra casa pensando q são "namoradinhas")
no lado oposto estão o background lindo, meio paradisíaco, meio desértico e uma certa melancolia da fotografia, como alguém lembrando do fim da infância.
Laurence Anyways
4.1 551 Assista AgoraDolan mais uma vez mostrando que apesar da juventude consegue realizar um longa com maestria e extrema sensibilidade, pode se dizer que pouquíssimo ou nada passa sem significado, cada construção de cenário, ângulo de câmera, fotografia, soundtrack, tudo contribui para a imersão nessa transformação, sem nunca ser artificial ou deliberadamente forçado; gosto dos lances entre os altos e baixos da história, do caráter bruto e inacabado dos personagens e, não menos importante, a súbita aparição do Antoine Pilon, tão novo, já tinha a cara do amor da minha vida kkkkk
Pura Adrenalina
3.4 90o jeito de contar uma história realmente faz muita diferença, apesar da trama não ser lá muito envolvente, os personagens são bem interessantes, mesmo sendo meio estúpidos quase o tempo todo. acho que o que mais conta nessa obra é a afinidade, para além de qualquer bem ou mal, entre os personagens e o que NÃO fazer quando sair de um hospital psiquiátrico
Gosto de Cereja
4.0 224 Assista Agoraesteticamente é interessante, quanto a narrativa deixa bem a desejar, apesar da história começar bem interessante, toda aquela conversa no carro explicando as mesmas coisas para pessoas diferentes cansa e só quando aparece o turco que recupera um tico de fôlego.
é um filme para refletir, sem dúvida, mas sobre o que exatamente não se sabe.
A Partida
3.4 70achei muito bom, produção bem redondinha, fotografia, corte, posicionamento tão bem construídos, o Milton García é a coisa mais linda em todo a película, só queria que tivessem dado um destino mais digno para o Silvano
Anti-Herói Americano
4.0 159 Assista Agorainesperadamente belo, trilha sonora sensacional, as interpretações são incríveis e o paralelo entre o documentário e representação dá um salto muito interessante para o conjunto
A Forma da Água
3.9 2,7Kinteressante, romance um pouco meloso pro meu gosto, mas os efeitos visuais ficaram excelentes, a soundtrack tá maravilhosa. o roteiro é meio simples e pega todo o suporte em cima da relação da Elisa e da criatura (o que pode ser um tiro no escuro, pq ou vc gosta muito do casal e o resto n importa ou vc acha bonitinho e fica esperando algo mais profundo que nunca vem/virá).
me lembrou muito de "Lady in the Water" (por razões bem óbvias) e que, a propósito, gostei bem mais.
Alex Strangelove - O Amor Pode Ser Confuso
3.2 365 Assista Agorafui assistir pensando "pow nem deve dar pra chorar", mas cara, q pena da Claire.
filme super bem produzido, a história é clichê, mas é aquele clichê tão bem contado e os personagens são maravilhosos (confesso que às vezes tive vontade de bater na cabeça do Alex com uma chave de roda), os diálogos, edição, ficou lindo e vale MUITO a pena assistir!
Todo Dia
3.4 426 Assista AgoraPra começar esse comentário com uma treta, queria perguntar sobre o porque das pessoas estarem comparando a versão coreana com essa. Não posso opinar muito a respeito disso, visto que, não assisti a versão coreana toda, mas existem discrepâncias absurdas quanto a essa versão comparada ao livro e a coreana (sem tirar o mérito de nenhuma delas).
Sou imediatamente obrigado a dizer que essa versão não me decepcionou tanto quanto eu pensava, na verdade, posso até dizer que não me decepcionou em nada (okay, okay, senti muita falta da trilha sonora que apesar de ser muito interessante, ficou meio apagada na maior parte do filme e talvez um pouco mais de força dramática em certas partes da história), mas nada é perfeito. Assim como no livro, esse f*cking big hole no final da história só faz aumentar a vontade de acompanhar a trajetória do A. pelo mundo afora, talvez para um filme ou um livro isso não seja a melhor escolha, visto que muita gente gosta daqueles "happy endings" bem clichezão ou de qualquer conclusão banal para o destino final dos personagens, mas eu acho que não tem escapatória. Pra alguém que tem o amanhã mais incerto do que o nosso, eu diria que essa é uma tarefa impraticável, dar uma solução/fim a uma vida que é outras tantas e ainda será muitas. Além de assassinar friamente mensagens/questionamentos, tão essenciais, na obra: o que é ser diferente? o que é ser igual? como somos? a quem nos conectamos e o que e a quem fazemos parte?
"Make marks. Leave traces."
Tempos Obscuros
3.3 266filme interessantíssimo, apesar das "impossibilidades", partes da história sumirem aleatoriamente e não ter absolutamente nenhuma explicação plausível para a conclusão. em termos de técnica impecável, até a proposta do roteiro (me fez lembrar muito uma mistura de "Mean Creek" com "Paranoid Park") é interessante a partir do ponto q vai se juntando pontos ao acaso mas acaba dando num beco sem saída e é aí q a coisa sai do controle.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraQUE FILME HARD! Por isso n vou ser nenhum pouco legal ao fazer esse comentário, but first things first....
o filme veio num formato bem curioso (no bom sentido), tem umas cenas belíssimas e Bjork trouxe essa personagem encantadora, carismática e luminosa para o filme, tive certa dificuldade de encontrar essa "mãe" no núcleo da Selma de início, parecia mais uma irmã, mas acredito q ela tenha chegado lá (posso dizer q até foi mais fundo q isso) no decorrer do longa. foi a primeira vez q vi Bjork atuando num longa, mas n tenho nenhum comentário para sua atuação além de impecável e muito visceral.
agora quanto a trama, achei q fosse me emocionar muito mais. na primeira metade eu comprei totalmente a história, os personagens, embora, muita coisa ainda estivesse nebulosa até ali, então tudo muda na cena
em que o Bill espia onde ela guarda o dinheiro, de início achei q ele apenas queria saber se ela estava realmente cega, mas quando eu finalmente notei o olhar, compreendi/imaginei sobre o que o filme iria se tratar a partir dali. o primeiro espinho desceu atravessado, traição de um amigo está na lista de piores corrupções do ser humano (na minha opinião, claro), porém, totalmente crível, é muito fácil achar histórias piores na internet, mas a coisa sai um pouco dessa linha verossímil quando Bill morre naquela circunstância tão tremendamente desengonçada e trágica (me permito fazer referência ao ep. "Crocodille" da s4 de "Black Mirror", fiquei com parte daquilo na cabeça) e então vemos aquele lindo personagem murchar pouco a pouco e, do meu ponto de vista, sem razão alguma. contrariando até mesmo o que a própria Selma mostrava no início da película. ela queria tanto q o filho pudesse ter a oportunidade de enxergar q sacrificaria sua vida por isso, o que realmente me incomodou foi a ausência de luta, ela não move um dedo sequer para mudar sua sentença ou seu caminho, ela apenas se deixar dragar e arrastar pelas consequência desse crime (já cometido de maneira não muito palatável) e toma outra atitude mais ilógica ainda: aceita a sentença, sabendo que vai morrer (enforcamento? sério q ainda existe pena de morte dessa maneira? foi algo pra aumentar a dramaticidade?) e no final é evidente q ela n queria morrer. então a pergunta q fica é pq?
sei q existem dezenas de maneiras de explicar o que aconteceu nesse filme (eu mesmo durante e depois do longa me dei ao luxo de pensar em algumas para aliviar a falta de empatia com a história), mas nada me desceu até agora, a carga dramática em toda a obra é profunda, mas há também coisas q se extraviaram (pelo pouco q conheço da obra do Lars, ele tem essa mão pra exagerar em determinados pontos, algo q fica teatral demais quando posto na tela e que precisa se balancear e misturar com outros elementos para funcionar como deve), coisas muito importantes como a confiança de quem está assistindo ao filme.
depois de tudo isso vale a pena assistir? se você gosta de musicais, Bjork, Lars von Trier e bad, definitivamente esse é o seu filme, mas acredite quando eu digo que a partir da segunda metade só existem duas reações possíveis: 1) você sofre com a personagem a partir dali e chora copiosamente até o fim ou 2) fica com uma expressão do tipo "wtf is happening?" até o quote nos segundos finais tentando engolir a coisa toda de uma maneira a não parecer insensível demais
Estuários
3.4 105 Assista Agorao filme é bonitinho, a história vai se desenrolando em flashes que em alguns momentos conecta passado e presente, mais interessante é ver como essas duas vidas que se modificaram tanto uma longe da outra reagindo a essas lembranças, as fotos, as histórias, os jantares.
o final me surpreendeu
(bem pode ser que meu histórico recente de filmes LGBT seja mais deprimente do que ouso admitir), mas o Matías voltar pelo Jeronimo faz muito sentido, apesar de bater muito forte no clichê do happy ending. é preciso ter mais filmes LGBT com happy ending, chega de mortes e seres humanos solitários largando amores q "poderiam ser" sem nunca se deram a chance de vivê-los.
a mensagem, que provavelmente aqui não veio grifada com letras garrafais de "luta contra homofobia", mas que se deixou notar nos atos que vão ao avesso da convenção social, no jeito como de repente você sabe que é livre para amar quem quiser e que quer isso, afinal de contas, sempre vale a pena arriscar, acho
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista Agoraodiei o efeito q botaram na cara dela, mas porra, que história do caralho! edição e roteiro foda, fotografia, cenário, figuro e as atuações nem se falam, filme foda e queria ter visto antes do Oscar :(
X + Y
4.0 105o que quebrou mesmo meu coração com aquele martelinho de nozes foi a cena que a Julie põe a batata no nariz e "Small Hands" começa a tocar. <3
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraRealmente não sei dizer qual foi a melhor das melhores escolhas feitas na produção desse filme: casting, soudtrack, fotografia, corte, roteiro (etc, etc). Tudo começa de uma maneira tão despretensiosa e no final se torna algo muito íntimo, mesmo que fora da realidade de muita gente. Existe essa sutileza na relação familiar (até mesmo em outras relações) que é transmitida através de coisas tão pequenas. Esse filme tem todos os motivos do mundo pra ter feito o Xavier ser ovacionado em Cannes por 5 minutos e de pé (não é qualquer merda não). Esperei tanta pra conseguir ver esse filme, com as expectativas não tão altas, mas me surpreendi. Mas um filme do Dolan que entre pra vida.