Acredito que o elemento central de qualquer sci fi seja o argumento. Por isso, o equilíbrio do roteiro é fundamental. Há, sim, maior liberdade criativa, mas não se deve abusar da inteligência do espectador. É gratificante quando um longa, principalmente um sci fi, respeita seu público.
A prova de que uma comédia romântica pode sim ir além do simples entretenimento. O local das filmagens, o ritmo leve e fluido do roteiro e a química assustadora de Carrel e Binoche fazem do longa uma viagem deliciosa de assistir. Destaque para Steve que nos faz sentir presos junto a sua agonia. Um filme que fica grudado na memória.
Tom Cruise é um cara esperto. Percebeu que o seu público, depois do fiasco do segundo filme, não é bobo - mesmo o estadunidense - e entregou nas mãos de ninguém menos que JJ Abrams a missão impossível de salvar a série. O filho da puta não só aceitou e cumpriu a missão como elevou a parada lá no teto e entregou o melhor longa da franquia - o mesmo que Sam Mendes fez com 007. Feliz por Brad Bird e Christopher McQuarrie manterem o alto nível.
Não espere que uma animação estadunidense aborde as dificuldades de sobreviver na sociedade em que vivemos. Ninguém passa fome em Hollywood. Essa é a beleza do cinema europeu e latino-americano.
Isso é o que eu chamo de filme honesto. Robert Benton não tem medo de mostrar a dor e o sofrimento de forma crua e direta sem apelar para o melodrama. Arte é isso, honestidade, acima de tudo.
Só a presença de Anna Mouglalis e de Mads Mikkelsen já vale o longa. Maquiagem, figurino e direção de arte entregam a ambientação perfeita, requisito básico de filmes de época. A paleta de cores traz o espírito moderno e austero da personagem. A metalinguagem e as rimas sonoro-visuais enriquecem a narrativa, expondo angústias e sentimentos dos amantes, além de contribuir para a imersão do espectador na caótica apresentação de Stravinsky no Théâtre des Champs-Élysées. O roteiro não tem pressa em construir a relação dos dois artistas, algo que a fotografia de David Ungaro aproveita com elegância para abusar na contemplação do excelente trabalho técnico de ambientação. A câmera de Ungaro é fluida e corajosa, combinando takes longos, close-ups e posicionamentos que enudecem as personagens, como se alguém as observasse para captar suas emoções. Mas infelizmente...
... Ao invés de fechar o longa com a execução da nova sinfonia de Stravinsky, o diretor era mão e nos entrega flashbacks e saltos temporais insatisfatórios, tirados de telenovelas e melodramas baratos, uma decepção.
Ron Howard dá uma aula de cinema e entrega um filme completo. Incrível como ele consegue balancear e alternar as cenas dramáticas e as humorísticas de maneira saudável e crível sem que o filme perca o ritmo, apele para o dramalhão ou se torne um pastelão. Sobriedade é importante quando o filme é baseado em fatos reais. Por isso, ele também tem a decência de ser honesto com o espectador e mostrar a gravidade dos ferimentos dos pilotos e não desviar a câmera durante o acidente e o tratamento de Nikki Lauda. Chega a ser cruel, mas assim é a realidade, nua e crua. Destaque também para a competente fotografia de Anthony Dod Mantle que faz o filme saltar da tela. A combinação de lentes e filtros antigos com paletas de cores vibrantes dá vida aos anos 70 e mantém a frescura e a modernidade do longa. Os close ups capturam as emoções dos pilotos, as IndiCams registram os pequenos detalhes do cockpit, o posicionamento e o movimento das câmeras contribuem para a imersão do espectador e a manutenção da adrenalina - objetivo o qual a dupla de edição também foi responsável por alcançar. Aquela cena em que o som ao redor de Nikki some quando ele fechar o capacete, ilustrando a sua introspecção e concentração é uma rima bastante simples, mas tão eficiente e inesperada que para mim chega a ser uma poesia. Vale ressaltar que Mantle entrou literalmente nas chamas para emular o terror de Lauda no cockpit - isso sim é coragem, comprometimento e paixão pela fotografia. O design de produção, a direção de arte, o figurino e a maquiagem corroboram ainda mais para a competente ambientação do longa. A mixagem e edição de som também valem elogios, afinal, quando o ronco dos motores faz a sala tremer é de arrepiar, tudo muito bem equalizado para não soar gratuito, alto ou agressivo demais. E o que falar do elenco principal? Chris está bem à vontade no papel e mostra que sabe aproveitar uma grande oportunidade. Mas e sobre Brühl? Incrível como as premiações fecharam os olhos para uma interpretação tão apaixonada e acima da média. Impossível não se emocionar com a personagem. Por fim, não consigo tirar o tema de Hans Zimmer da cabeça!
Uma grande decepção. O longa nem mesmo cumpre a sua proposta. A ideia inspirada no Apartheid era excepcional: simular um documentário sobre a coexistência de dois coletivos conflitantes. Infelizmente, a dificuldade do público médio em se identificar com o coletivo forçou a individualização da história em uma personagem central, destruindo o coletivismo inovador da proposta. Outro problema é o desnecessário uso da ação para dar urgência à história e garantir o famoso entretenimento light ao público médio, arruinando de vez a abordagem sci fi e documental do longa.
Depois de Kubrick satirizar os bastidores da Guerra Fria, é a vez de Lumet satirizar os bastidores da mídia. Sua direção hipnótica e de ritmo crescente combinada ao roteiro corrosivo de Paddy Chayefsky e às atuações afiadíssimas do grande elenco formam o propulsor do trem que corre desenfreado em direção ao clímax do longa. Network não é somente o retrato dos bastidores da mídia, mas também uma pequena amostra do verdadeiro espírito do capitalismo.
Patrick é um ilustração da patologia e da ultraviolência que a sociedade do consumo, a modernidade líquida, o mito da dignificação do trabalho e a falácia do sonho americano são capazes de criar
Junte o peso da direção de Refn, a overacting brilhante de Tom Hardy, a fotografia claustrofóbica, a trilha-sonora surreal, a ultraviolência, o humor-negro e uma pitada de cromo para fazer um moloko vellocet fresquinho, salute!
Mais que apenas uma aula cinematográfica ou um estudo de personagem, Trainspotting é uma ilustração trágica da sociedade pós-moderna. Boyne nos entrega um filme coeso em todos os aspectos, mostrando como o conjunto da obra é importantíssimo para o cinema arte.
Metrópolis
4.0 62 Assista AgoraO clímax é uma obra-prima
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraEu vi oq vc fez na cena da igreja, viu Matthew ;)
Scott Pilgrim Contra o Mundo
3.9 3,2K Assista AgoraRamona Flowers *.*
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraAcredito que o elemento central de qualquer sci fi seja o argumento. Por isso, o equilíbrio do roteiro é fundamental. Há, sim, maior liberdade criativa, mas não se deve abusar da inteligência do espectador. É gratificante quando um longa, principalmente um sci fi, respeita seu público.
Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada
3.2 390A prova de que uma comédia romântica pode sim ir além do simples entretenimento. O local das filmagens, o ritmo leve e fluido do roteiro e a química assustadora de Carrel e Binoche fazem do longa uma viagem deliciosa de assistir. Destaque para Steve que nos faz sentir presos junto a sua agonia. Um filme que fica grudado na memória.
Hacker
2.5 283 Assista AgoraDá pra acreditar que o Michael Mann fez esse filme?
Missão: Impossível 3
3.4 513 Assista AgoraTom Cruise é um cara esperto. Percebeu que o seu público, depois do fiasco do segundo filme, não é bobo - mesmo o estadunidense - e entregou nas mãos de ninguém menos que JJ Abrams a missão impossível de salvar a série. O filho da puta não só aceitou e cumpriu a missão como elevou a parada lá no teto e entregou o melhor longa da franquia - o mesmo que Sam Mendes fez com 007. Feliz por Brad Bird e Christopher McQuarrie manterem o alto nível.
Missão: Impossível - Nação Secreta
3.7 805 Assista AgoraComo é bom ver referências da franquia sendo usadas de maneira inteligente
Ernest e Célestine
4.4 319Não espere que uma animação estadunidense aborde as dificuldades de sobreviver na sociedade em que vivemos. Ninguém passa fome em Hollywood. Essa é a beleza do cinema europeu e latino-americano.
Patton, Rebelde ou Herói?
3.9 133 Assista Agora"Não se conhece completamente uma ciência enquanto não se souber da sua história" - Auguste Comte
Kramer vs. Kramer
4.1 546 Assista AgoraIsso é o que eu chamo de filme honesto. Robert Benton não tem medo de mostrar a dor e o sofrimento de forma crua e direta sem apelar para o melodrama. Arte é isso, honestidade, acima de tudo.
Coco Chanel & Igor Stravinsky
3.6 110Só a presença de Anna Mouglalis e de Mads Mikkelsen já vale o longa. Maquiagem, figurino e direção de arte entregam a ambientação perfeita, requisito básico de filmes de época. A paleta de cores traz o espírito moderno e austero da personagem. A metalinguagem e as rimas sonoro-visuais enriquecem a narrativa, expondo angústias e sentimentos dos amantes, além de contribuir para a imersão do espectador na caótica apresentação de Stravinsky no Théâtre des Champs-Élysées. O roteiro não tem pressa em construir a relação dos dois artistas, algo que a fotografia de David Ungaro aproveita com elegância para abusar na contemplação do excelente trabalho técnico de ambientação. A câmera de Ungaro é fluida e corajosa, combinando takes longos, close-ups e posicionamentos que enudecem as personagens, como se alguém as observasse para captar suas emoções. Mas infelizmente...
... Ao invés de fechar o longa com a execução da nova sinfonia de Stravinsky, o diretor era mão e nos entrega flashbacks e saltos temporais insatisfatórios, tirados de telenovelas e melodramas baratos, uma decepção.
Contatos Imediatos do Terceiro Grau
3.7 578 Assista Agora"Trust the light" - Steven Spielberg
d-e-c-C-G!
Rush: No Limite da Emoção
4.2 1,3K Assista AgoraRon Howard dá uma aula de cinema e entrega um filme completo. Incrível como ele consegue balancear e alternar as cenas dramáticas e as humorísticas de maneira saudável e crível sem que o filme perca o ritmo, apele para o dramalhão ou se torne um pastelão. Sobriedade é importante quando o filme é baseado em fatos reais. Por isso, ele também tem a decência de ser honesto com o espectador e mostrar a gravidade dos ferimentos dos pilotos e não desviar a câmera durante o acidente e o tratamento de Nikki Lauda. Chega a ser cruel, mas assim é a realidade, nua e crua. Destaque também para a competente fotografia de Anthony Dod Mantle que faz o filme saltar da tela. A combinação de lentes e filtros antigos com paletas de cores vibrantes dá vida aos anos 70 e mantém a frescura e a modernidade do longa. Os close ups capturam as emoções dos pilotos, as IndiCams registram os pequenos detalhes do cockpit, o posicionamento e o movimento das câmeras contribuem para a imersão do espectador e a manutenção da adrenalina - objetivo o qual a dupla de edição também foi responsável por alcançar. Aquela cena em que o som ao redor de Nikki some quando ele fechar o capacete, ilustrando a sua introspecção e concentração é uma rima bastante simples, mas tão eficiente e inesperada que para mim chega a ser uma poesia. Vale ressaltar que Mantle entrou literalmente nas chamas para emular o terror de Lauda no cockpit - isso sim é coragem, comprometimento e paixão pela fotografia. O design de produção, a direção de arte, o figurino e a maquiagem corroboram ainda mais para a competente ambientação do longa. A mixagem e edição de som também valem elogios, afinal, quando o ronco dos motores faz a sala tremer é de arrepiar, tudo muito bem equalizado para não soar gratuito, alto ou agressivo demais. E o que falar do elenco principal? Chris está bem à vontade no papel e mostra que sabe aproveitar uma grande oportunidade. Mas e sobre Brühl? Incrível como as premiações fecharam os olhos para uma interpretação tão apaixonada e acima da média. Impossível não se emocionar com a personagem. Por fim, não consigo tirar o tema de Hans Zimmer da cabeça!
A Canção do Oceano
4.4 300 Assista AgoraMusic is the only true revolution
Kumiko, a Caçadora de Tesouros
3.6 62"Death is the road to awe" - The Fountain
Distrito 9
3.7 2,0K Assista AgoraUma grande decepção. O longa nem mesmo cumpre a sua proposta. A ideia inspirada no Apartheid era excepcional: simular um documentário sobre a coexistência de dois coletivos conflitantes. Infelizmente, a dificuldade do público médio em se identificar com o coletivo forçou a individualização da história em uma personagem central, destruindo o coletivismo inovador da proposta. Outro problema é o desnecessário uso da ação para dar urgência à história e garantir o famoso entretenimento light ao público médio, arruinando de vez a abordagem sci fi e documental do longa.
Rede de Intrigas
4.2 360 Assista AgoraDepois de Kubrick satirizar os bastidores da Guerra Fria, é a vez de Lumet satirizar os bastidores da mídia. Sua direção hipnótica e de ritmo crescente combinada ao roteiro corrosivo de Paddy Chayefsky e às atuações afiadíssimas do grande elenco formam o propulsor do trem que corre desenfreado em direção ao clímax do longa. Network não é somente o retrato dos bastidores da mídia, mas também uma pequena amostra do verdadeiro espírito do capitalismo.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraPatrick é um ilustração da patologia e da ultraviolência que a sociedade do consumo, a modernidade líquida, o mito da dignificação do trabalho e a falácia do sonho americano são capazes de criar
Terra de Ninguém
3.9 193O longa já seria assustador o bastante se a história não fosse baseada em fatos reais
Um Dia de Cão
4.2 733 Assista AgoraUma bica na boca - da falácia - do sonho americano. Não é à toa que Sonny se torna um "herói" para os marginalizados.
O Espírito da Colméia
4.2 145 Assista AgoraQuando Terrence Malick e Guillermo Del Toro se encontram
Bronson
3.8 426Junte o peso da direção de Refn, a overacting brilhante de Tom Hardy, a fotografia claustrofóbica, a trilha-sonora surreal, a ultraviolência, o humor-negro e uma pitada de cromo para fazer um moloko vellocet fresquinho, salute!
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraMais que apenas uma aula cinematográfica ou um estudo de personagem, Trainspotting é uma ilustração trágica da sociedade pós-moderna. Boyne nos entrega um filme coeso em todos os aspectos, mostrando como o conjunto da obra é importantíssimo para o cinema arte.