OS CRIMES DA VIÚVA NEGRA, sem sombra de dúvidas passa de longe de ser o melhor filme baseado em fatos reais sobre assassinos em potencial. Aqui, mulher psicótica troca de homem como quem troca de roupa, mata o marido e amante e fará nova vítima cujo acabara de conquistar. Não lembro se este telefilme passou alguma vez na TV aberta. Achei que fosse melhor, achei o roteiro minguado e não gostei dos depoimentos fictícios durante a projeção. Elizabeth Montgomery até que convence no papel, porém, faltou uma direção e roteiro melhor.
O tom cartunesco de DICKY TRACY marcaria o que foi os anos noventa, em se tratando de adaptação de quadrinhos e os filmes de super heróis (Batman foi o maior exemplo em suas sequências posteriores). Os cenários e as cores são coloridas e a ambientação 'fake' caiu bem. O elenco todo está bem, especialmente, Al Pacino. Muita gente boa na produção. Teve até um love affair na época entre Warren Beatty e Madonna. No entanto, vendo hoje perdeu o impacto e não envelheceu muito bem. Vale mais como curiosidade histórica sob o panorama dos filmes baseados em Cartoon e quadrinhos .
O SEQUESTRO DO METRÔ, é considerado um verdadeiro cult do cine-sequestro de metrô. Os diálogos e as farpas entre os personagens são muito boas, de modo que, as dificuldades policialescas de chegarem próximo ao metrô condiz muito com as fitas clichês estadunidenses e as pitadas de humor são empregadas no roteiro de forma eficiente. Entretanto, achei que se arrastou um pouco fosse mais curto e coeso, funcionaria melhor para mim. O elenco é talentoso e a direção é firme.
Sissy Spacek está bem como uma dona de casa que abandona o marido, após ser traída e sai de casa com dois filhos pequenos numa conservadora e cruel Texas dos anos 40 em pleno período de guerra. Para sustentar seus filhos, acaba topando trabalhar numa telefônica em uma casa distante da pequena cidade texana. Um dia um jogo bem marinheiro passa por lá em busca de informação e acaba ficando em sua casa sendo o protetor da família. O MALTRAPILHO, é um filme no qual retrata a situação difícil que as Mulheres viveram no período de guerra, a hipocrisia e a misoginia local chega a ser cruel e desumana. Claro, que Sissy Spacek tira de letra o personagem que é dotada de doçura, mas ao mesmo tempo, uma força de enfrentar a vida sozinha. E Eric Roberts debutando no cinema surge jovial e sensual mostrando uma veia diferente de seus tantos papéis de bandidos que interpretaria ao longo de sua carreira. É um filme bonito, bem fotografado e atuado. Longe de ser aquele drama classudo, mas ao menos nos envolve com personagens carismáticos.
Talvez seja um dos filmes mais fracos de Charles Bronson, e nem é culpa dele. Charles Bronson está muito bem como rancheiro desconfiado, amargurado e temperamental. O problema aqui são as subtramas que nada ou pouco agregam ao enredo principal e o roteiro perdido. O filme desperdiça um bom elenco com nomes como; George Kennedy, Brian Keith, Ben Johnson, Lee. J. Cobb e DeForest Kelly, todos bons atores numa trama perdida e sem um pingo de personalidade.
Fui com muita curiosidade assistir a este filme e não me decepcionei: Tem aquele charme dos filmes europeus, mas precisamente, a estória das duas irmãs insanas se passa no interior da Espanha. Locações ótimas de uma cidadezinha onde dá o clima necessário para este conto macabro. Irmãs assassinam turistas, mas precisamente mulheres para manter os seus valores morais. Os assassinatos são chocantes pela frieza com que são realizados. As irmãs são medonhas enclausuradas em seus vestes morais e cheias de complexos psicanalíticos acerca de suas sexualidades latentes, porém, oprimidas. Gostei muito desta obra espanhola, das atuações, cenários, locações, ambientação e direção de arte rústica. Só faltou um desfecho melhor... achei que ficou um tanto inconcluso.
Apesar da maioria dos cinéfilos cultuar SHAFT, um detetive negro que caça bandidos e neste filme investiga o sumiço de uma jovem, filha de um chefão do crime não achei o filme tão bom como deveria ser O status de cult deve ser mais pela ascensão do cinema blaxploitation que o filme em si. O ator que faz o detetive John Shaft, em algumas situações não convenceu muito. Contudo, os cenários navaiorquinos com ruas sujas, violência traficantes e consumidores de drogas e os diálogos infames, preconceituosos e misóginos conclui o bons ingredientes para o cinemão blaxploitation. Mas pensei que fosse bem melhor!
Boa adaptação da obra de Ághata Christie com um elenco de respeito. O roteiro apesar de ser um tanto maçante, deixa a revelação do mistério no final, como de praxe nas obras da autora. Essa adaptação dirigida pelo Guy Hamilton soube muito bem aproveitar-se do elenco talentoso. A começar pela simpática, carismática e talentosa Angela Lansbury como a senhora-detetive. Destaca-se também, Elizabeth Taylor e Kim Novak como duas atrizes rivais que se odeiam. Os diálogos afiados e as alfinetadas entre as duas, rendem bons momentos. Edward Fox é o sobrinho da Miss Jane detetive discreto com o habitual charme inglês. E Rock Hudson faz o diretor de cinema preocupado em rodar um filme no sossegado vilarejo londrino. Todos estão bem em seus respectivos papéis.
Confesso que pelo o estrondoso elenco e por ser do Lawrence Kasdan esperava mais do filme. Uma história meio borocoxô com muitos diálogos e momentos dispersos. Mas as aparições do time de astros são boas, assim como, a bela fotografia e a trilha sonora assinada pelo John Baylei garantem a sessão.
Tudo bem que Paul Newman super convence como treinador, em plenos 52 anos de idade, e em forma. Mas incomodou-me, sobremaneira , os chistes machistas que alguns personagens expõe aos montes. E para um filme que não tem muito a dizer, achei-o extenso por demais. George Roy Hill já fez bem melhor que este, mas confesso que o roteiro não ajudou muito.
UM GRITO DENTRO DA NOITE, é um suspense inglês setentista com ótimo elenco, mas nem dentro da média. A história é arrastada além da conta contando em seu enredo o caso de uma escola para meninos cujo mulher recém-casada vai residir no local, por causa de seu recente marido (professor) da instituição. Ela percebe coisas estranhas e está sendo perseguida por um homem que usa luvas pretas e tem um braço mecânico. Peter Cushing e Joan Collins não tem muito tempo em cena, por isso, não conseguem brilhar. Já Ralph Bates como professor da escola e marido da protagonista consegue se destacar como marido preocupado. Judy Geeson tem boa atuação e consegue passar a aflição e o trastorno de uma mulher que foi atacada. Apesar do ritmo lento, o cenário o de se ocorre a estória é instigante e macabro. E o plot twist final foi bem pensado. Um suspense inglês da produtora HAMMER que é curioso, lembra em algumas tomadas de cena os giallos italianos.
O silêncio da longa introdução que o personagem de Charles Bronson arquiteta um atentado a um mafioso dá o tom deste bom suspense dirigido por Michael Winner. ASSASSINO A PREÇO FIXO, passava nas sessões noturnas globais dos anos 80. Charles Bronson, quase não-verbal no filme é econômico em seus diálogos, mas muito perspicaz e frio (característico em suas atuações. Jan-Michael Vincent é o parceiro perfeito jovem, ambicioso e, comumente, frio como o seu parceiro. Jill Ireland tem uma participação inexpressiva e rápida. Está ali para ser caso sexual do protagonista. O roteiro é bem construído, o suspense entre a desconfiança entre ambos, vai aumentando gradativamente. Daqueles bons títulos que passava nas sessões madrugais.
Nada como um romance espirita e classudo dirigido pelo ótimo Joseph L. Mankiewicz. Mulher recém-viúva quer viver sozinha com sua empregada e filha pequena. Chegando ao litoral se encanta com uma casa próximo da praia cujo era de o proprietário da casa que cometera suicídio. Os diálogos e a fotografia são ótimas! O roteiro também proporciona muito romance nos diálogos afiados dois dois protagonistas. E os personagens são ótimos! E gostei deveras como a personagem de Gene Tierney ultrapassa a fronteira do conservadorismo e dos valores arcaicos do século XIX, inclusive, tem momentos que sua personagem faz sempre alusão que as coisas mudaram e não são mais como os tempos de outrora, provando que era uma mulher antenada e a frente de seu tempo, mesmo estando no início do século XX. Além de tudo, Gene Tierney está belíssima. E Rex Harrison faz o fantasma turrão esbanja charme e carisma. Achei um ótimo romance e como gostaria de poder ter visto ao lado de minha mãe (In Memori).
Fui com muita sede ao pote: explico o trocadilho. Pensei que fosse aquele romance arrebatador de dois jovens apaixonados que enfrentam todas as situações adversas possíveis pelo seu amor. Contudo, a trama e as situações roteirísticas não se sustentam. E o final é concluído da pior forma possível. Se sobressai alguns pontos; a fotografia é um rejeite aos nossos olhos. O par romântico, Robert Redford e Natalie Wood esbanjam talento e beleza juntos. São deles os melhores momentos do filme. Entretanto, as coadjuvações da mãe e da irmã, a primeira uma megera e a segunda uma flor, também chamam a nossa atenção. Achei a revelação final mui forçada. E Charles Bronson surge pouco tempo em tela já demonstrando seu jeito carrancudo. Vale apenas como curiosidade.
Paul Newman era muito talentoso, tanto quanto ator e diretor de cinema. Das suas o investidas este drama melancólico chama a atenção pela ótima interpretação de sua então esposa, Joanne Woodward num papel triste, amargo e melancólico.
O elenco, a bela fotografia e os planos abertos mostrando riquíssimos detalhes da cenografia são melhores que o roteiro em si, de modo que, a narrativa é sonolenta e sem muito emoção. Norman Jewison e Steve MacQueen, amboa rodaram filmes melhores. Pelo o menos as locações da bela cidade da Louisiana e a trilha jaizística retrata bem o lado boêmio e noturno da cidade no perigoso e arriscado jogos de poker.
Acabei gostando por demais do clima frio, escuro e pesado de ASSASSINO NA CIDADE, que foi exibido nas madrugadas globais em outros tempos (a TV nas madrugadas eram proporcionavam mais interesse em varar a noite para assistir a bons filmes). Dizer que Kirk Douglas é carismático e talentoso é chover no malhado, aqui ele brilha como uma homem de meia idade, introvertido, professor de biologia de uma pequena cidade do Canadá vive só após a separação da sua mulher que agora quer manter contato com seu filho 'não biológico" e se aproximar de sua ex-esposa, agora casada com outro homem. Mas, tudo isso num jogo psicótico de perseguição e insistência. Para chamar a atenção de sua ex-esposa, começa a assassinar pessoas inocentes nas noites escuras da cidade. A direção de Daniel Petrie assemelha-se aquelas produções para TV americana com baixo-orçamento e limitações técnicas visíveis, no entanto, ele consegue filmar um bom filme com baita ambientação e bom suspense. Curto por demais o clima, a ambientação e a iluminação destes filmes de suspense dos anos 70 e 80. Embora seja simplório em narrativa e feitura, aproveitou-se e muito da boa ambientação noturna, interna e externa e das atuações acima da média, e logicamente, da interpretação sempre brilhante do carismático Kirk Douglas. Bom filme!
Walter Hill foi o cineasta dos grandes filmes de ação dos anos 80, a exemplo, O LIMITE DA TRAIÇÃO, foi sem dúvida, uma ótima amostra do cinema de ação costurado com um bom roteiro. Nesse título, os personagens são dotados de uma interpretação caricatural de "machos" "alfa" violentos e mulherengos, o personagem de Nick Nolte, Powers Boothe e Clance Brown, são os protótipos machos. O elenco como um todo está excelente! O filme também rende uma justa homenagem a outro macho do cinema americano, o mentre Sam Peckinpah. Tiroteios aos borbotões e um desfecho explosivo, mostra o quão a intenção era prestar uma homenagem ao mestre das fitas de ação, nesta época já falecido. Gostei muito de sua trama, do roteiro, do baita elenco e das atuações over. Grata surpresa puder ver este faroeste modernizado.
Passei minha vida ouvindo minha mãe (In Memori) dizer que este filme era lindo, mas nunca o tinha visto. Só hoje me deparei com ele e minha mãe estava coberta de razão: EM CADA CORAÇÃO UMA SAUDADE, é um drama daqueles que arrancam lágrimas até pessoas com coração empedernido. A tocante história de um casal de imigrantes que chega ao meio-oeste americano da Escócia e se estabelece com muitas dificuldades, tendo constituído filhos e a árdua tarefa de educá-los, é simplesmente enternecedor. O elenco é ótimo e as crianças são todas maravilhosas! A fotografia é linda! Imagino o quanto minha mãe deve ter chorado! Uma preciosidade de filme! Dramático e comovente. Repleto de lições!
A SOMBRA DE UM PESADELO, é um filme de ação/suspense noventista com uma pegada bem característica dos filmes da época. Jovem retorna a uma cidade pequena no interior americano em busca de vingar-se da morte de seus pais cometidos por homens inescrupulosos da pequena cidade. O clima da cidade desértica e sem perspectiva, é muito boa. A trilha engendrada de solos de guitarra dá o tom meio road movie. E C. Thomas Howell está deveras sério como um jovem atormentado pelo assassinato de seus pais. Após, este filme, o ator faria um seguimento de papéis em filmes nesta mesma pegada. Achei um filmes simples em feitura, mas agradável de acompanhar.
Via de regra, filmes de ataques de abelhas são sempre meia-boca à ruins, de modo que este, ABELHAS SELVAGENS, consegue ser um pouco mais movimentado pelo seu final inusitado. Entretanto, o roteiro vago, as situações inverossímeis e a falta de mais mortes e tensão (exceto no final), deixou a desejar um filme que até poderia ser melhor. Não obstante, "a praga" de abelhas nocivas e perigosas adveio da America do Sul, mas precisamente, do Brasil, e uma espécie ainda mais agressiva "abelhas africanas". Os americanos sempre julgando o resto do mundo como nocivos a sua nação. Hoje, este tipo de filme nem faz mais sentido, pois, as abelhas são essenciais para existência humana aqui na terra, são elas que distribuem pólen e traz vida a terra e, na realidade atual, essas abelhas estão ficando em extinção pelo mundo. Cargueiro vindo da America do Sul, chega a Nova Orleans com abelhas africanas que, acidentalmente, se espalham na região. O elenco tem gente famosa como Michael Parks e Ben Johnson, atuando neste telefilme para se distraírem. Assim como, seu antecessores e sucessores, é um filme bem chinfrim.
Marchei para encontrar este filme de terror satanista dos anos 70, Encontrei-o no site OK.RU numa versão excelente de imagem e áudio original com legendadas. O elenco chama atenção; Joan Collins como a mãe perturbada e amaldiçoada. Donald Pleasence como médico responsável pelo parto (costumeiro sua presença em fitas de horror nos anos 60 e 70). Ralph Bates como marido atormentado, mas apaixonado pela esposa. E por fim, uma discreta participação da sensual Caroline Munro. A trama chega a ser envolvente, assim como o clima propício. A fotografia e as locações externas da cidade londrina, dão o tom do que foi o gênero terror nos anos 70. Provavelmente, O FILHO DO DEMÔNIO, deve ter sido exibido na TV aberta nos anos 80. Era bastante comum, estes filmes de terror serem exibidos nas programações noturnas aos borbotões.
Sidney J. Furie ainda não tinha caído em desgraça quando rodou O ENIGMA DO MAL, contando um caso baseado em história real de uma dona de casa de Los Angeles em 1976 que dizia que havia sido estuprada por um fantasma. A interpretação de Barbara Hershey é ótima e passa toda a angústia que a personagem precisava. E a discussão entre professores da Universidade Psiquiatria versus parapsicologia rendem boas discussões e reflexões sobre a área da mente humana ou/ o que é extraordinário e inexplicável. O Enigma do Mal tem um trilha carregada e tensa, revendo hoje acho até que resistiu bem só tempo, apesar de alguns exageros, porém, acredito que uma refilmagem nas mãos de um cineasta talentoso viria bem a calhar. Perturbador!
Foi inexplicável como a atriz Piper Laurie (indicada ao Oscar por sua excelente interpretação no terror Carrie - A Estranha, de Brian De Palma) caiu neste terror espirita obscuro, de terceira categoria. O enredo é até interessante se ao menos fosse dirigido competentemente, de modo que, a direção amadorística de Curtis Harrington proporciona somente cenas horrendas de tão mal dirigidas (como a cena em que a personagem de Laurie está a deriva no espaço do Drive in e tantas outras) e nem preciso falar dos efeitos especiais, todos capengas demais. Provavelmente o cineasta tem melhores longa-metragem que este e sem dúvida a atriz Piper Laurie (que com certeza tirou a boa impressão do excelente filme anterior que havia participado). Ao menos, este arremedo de filme até que diverte cujo alguns personagens absurdamente estúpidos são mal explorados e em ver a esquisita Janit Baldwin ser possuída pelo espirito de um mafioso encenando tal qual a Linda Blair em O Exocista (paródia ou pastiche???). No mais, AMANTE DIABÓLICA, prende a nossa atenção pela curiosidade e diversão escapista.
Os Crimes da Viúva Negra
2.7 1OS CRIMES DA VIÚVA NEGRA, sem sombra de dúvidas passa de longe de ser o melhor filme baseado em fatos reais sobre assassinos em potencial. Aqui, mulher psicótica troca de homem como quem troca de roupa, mata o marido e amante e fará nova vítima cujo acabara de conquistar.
Não lembro se este telefilme passou alguma vez na TV aberta. Achei que fosse melhor, achei o roteiro minguado e não gostei dos depoimentos fictícios durante a projeção. Elizabeth Montgomery até que convence no papel, porém, faltou uma direção e roteiro melhor.
Dick Tracy
3.2 140O tom cartunesco de DICKY TRACY marcaria o que foi os anos noventa, em se tratando de adaptação de quadrinhos e os filmes de super heróis (Batman foi o maior exemplo em suas sequências posteriores).
Os cenários e as cores são coloridas e a ambientação 'fake' caiu bem. O elenco todo está bem, especialmente, Al Pacino. Muita gente boa na produção. Teve até um love affair na época entre Warren Beatty e Madonna. No entanto, vendo hoje perdeu o impacto e não envelheceu muito bem. Vale mais como curiosidade histórica sob o panorama dos filmes baseados em Cartoon e quadrinhos .
O Sequestro do Metrô
3.8 44 Assista AgoraO SEQUESTRO DO METRÔ, é considerado um verdadeiro cult do cine-sequestro de metrô. Os diálogos e as farpas entre os personagens são muito boas, de modo que, as dificuldades policialescas de chegarem próximo ao metrô condiz muito com as fitas clichês estadunidenses e as pitadas de humor são empregadas no roteiro de forma eficiente. Entretanto, achei que se arrastou um pouco fosse mais curto e coeso, funcionaria melhor para mim. O elenco é talentoso e a direção é firme.
O Maltrapilho
3.4 7 Assista AgoraSissy Spacek está bem como uma dona de casa que abandona o marido, após ser traída e sai de casa com dois filhos pequenos numa conservadora e cruel Texas dos anos 40 em pleno período de guerra. Para sustentar seus filhos, acaba topando trabalhar numa telefônica em uma casa distante da pequena cidade texana. Um dia um jogo bem marinheiro passa por lá em busca de informação e acaba ficando em sua casa sendo o protetor da família.
O MALTRAPILHO, é um filme no qual retrata a situação difícil que as Mulheres viveram no período de guerra, a hipocrisia e a misoginia local chega a ser cruel e desumana. Claro, que Sissy Spacek tira de letra o personagem que é dotada de doçura, mas ao mesmo tempo, uma força de enfrentar a vida sozinha. E Eric Roberts debutando no cinema surge jovial e sensual mostrando uma veia diferente de seus tantos papéis de bandidos que interpretaria ao longo de sua carreira.
É um filme bonito, bem fotografado e atuado. Longe de ser aquele drama classudo, mas ao menos nos envolve com personagens carismáticos.
Chumbo Quente
2.9 13Talvez seja um dos filmes mais fracos de Charles Bronson, e nem é culpa dele. Charles Bronson está muito bem como rancheiro desconfiado, amargurado e temperamental. O problema aqui são as subtramas que nada ou pouco agregam ao enredo principal e o roteiro perdido. O filme desperdiça um bom elenco com nomes como; George Kennedy, Brian Keith, Ben Johnson, Lee. J. Cobb e DeForest Kelly, todos bons atores numa trama perdida e sem um pingo de personalidade.
Uma Vela para o Diabo
3.7 3Fui com muita curiosidade assistir a este filme e não me decepcionei: Tem aquele charme dos filmes europeus, mas precisamente, a estória das duas irmãs insanas se passa no interior da Espanha. Locações ótimas de uma cidadezinha onde dá o clima necessário para este conto macabro. Irmãs assassinam turistas, mas precisamente mulheres para manter os seus valores morais. Os assassinatos são chocantes pela frieza com que são realizados. As irmãs são medonhas enclausuradas em seus vestes morais e cheias de complexos psicanalíticos acerca de suas sexualidades latentes, porém, oprimidas.
Gostei muito desta obra espanhola, das atuações, cenários, locações, ambientação e direção de arte rústica. Só faltou um desfecho melhor... achei que ficou um tanto inconcluso.
Shaft
3.6 55 Assista AgoraApesar da maioria dos cinéfilos cultuar SHAFT, um detetive negro que caça bandidos e neste filme investiga o sumiço de uma jovem, filha de um chefão do crime não achei o filme tão bom como deveria ser O status de cult deve ser mais pela ascensão do cinema blaxploitation que o filme em si. O ator que faz o detetive John Shaft, em algumas situações não convenceu muito. Contudo, os cenários navaiorquinos com ruas sujas, violência traficantes e consumidores de drogas e os diálogos infames, preconceituosos e misóginos conclui o bons ingredientes para o cinemão blaxploitation. Mas pensei que fosse bem melhor!
A Maldição do Espelho
3.4 31Boa adaptação da obra de Ághata Christie com um elenco de respeito. O roteiro apesar de ser um tanto maçante, deixa a revelação do mistério no final, como de praxe nas obras da autora. Essa adaptação dirigida pelo Guy Hamilton soube muito bem aproveitar-se do elenco talentoso. A começar pela simpática, carismática e talentosa Angela Lansbury como a senhora-detetive. Destaca-se também, Elizabeth Taylor e Kim Novak como duas atrizes rivais que se odeiam. Os diálogos afiados e as alfinetadas entre as duas, rendem bons momentos. Edward Fox é o sobrinho da Miss Jane detetive discreto com o habitual charme inglês. E Rock Hudson faz o diretor de cinema preocupado em rodar um filme no sossegado vilarejo londrino. Todos estão bem em seus respectivos papéis.
O Reencontro
3.5 42 Assista AgoraConfesso que pelo o estrondoso elenco e por ser do Lawrence Kasdan esperava mais do filme. Uma história meio borocoxô com muitos diálogos e momentos dispersos. Mas as aparições do time de astros são boas, assim como, a bela fotografia e a trilha sonora assinada pelo John Baylei garantem a sessão.
Vale Tudo
3.2 15 Assista AgoraTudo bem que Paul Newman super convence como treinador, em plenos 52 anos de idade, e em forma. Mas incomodou-me, sobremaneira , os chistes machistas que alguns personagens expõe aos montes. E para um filme que não tem muito a dizer, achei-o extenso por demais. George Roy Hill já fez bem melhor que este, mas confesso que o roteiro não ajudou muito.
Um Grito Dentro da Noite
3.2 13UM GRITO DENTRO DA NOITE, é um suspense inglês setentista com ótimo elenco, mas nem dentro da média. A história é arrastada além da conta contando em seu enredo o caso de uma escola para meninos cujo mulher recém-casada vai residir no local, por causa de seu recente marido (professor) da instituição. Ela percebe coisas estranhas e está sendo perseguida por um homem que usa luvas pretas e tem um braço mecânico.
Peter Cushing e Joan Collins não tem muito tempo em cena, por isso, não conseguem brilhar. Já Ralph Bates como professor da escola e marido da protagonista consegue se destacar como marido preocupado. Judy Geeson tem boa atuação e consegue passar a aflição e o trastorno de uma mulher que foi atacada.
Apesar do ritmo lento, o cenário o de se ocorre a estória é instigante e macabro. E o plot twist final foi bem pensado. Um suspense inglês da produtora HAMMER que é curioso, lembra em algumas tomadas de cena os giallos italianos.
Assassino a Preço Fixo
3.6 66 Assista AgoraO silêncio da longa introdução que o personagem de Charles Bronson arquiteta um atentado a um mafioso dá o tom deste bom suspense dirigido por Michael Winner. ASSASSINO A PREÇO FIXO, passava nas sessões noturnas globais dos anos 80. Charles Bronson, quase não-verbal no filme é econômico em seus diálogos, mas muito perspicaz e frio (característico em suas atuações. Jan-Michael Vincent é o parceiro perfeito jovem, ambicioso e, comumente, frio como o seu parceiro. Jill Ireland tem uma participação inexpressiva e rápida. Está ali para ser caso sexual do protagonista. O roteiro é bem construído, o suspense entre a desconfiança entre ambos, vai aumentando gradativamente. Daqueles bons títulos que passava nas sessões madrugais.
O Fantasma Apaixonado
4.1 44 Assista AgoraNada como um romance espirita e classudo dirigido pelo ótimo Joseph L. Mankiewicz. Mulher recém-viúva quer viver sozinha com sua empregada e filha pequena. Chegando ao litoral se encanta com uma casa próximo da praia cujo era de o proprietário da casa que cometera suicídio.
Os diálogos e a fotografia são ótimas!
O roteiro também proporciona muito romance nos diálogos afiados dois dois protagonistas. E os personagens são ótimos!
E gostei deveras como a personagem de Gene Tierney ultrapassa a fronteira do conservadorismo e dos valores arcaicos do século XIX, inclusive, tem momentos que sua personagem faz sempre alusão que as coisas mudaram e não são mais como os tempos de outrora, provando que era uma mulher antenada e a frente de seu tempo, mesmo estando no início do século XX. Além de tudo, Gene Tierney está belíssima.
E Rex Harrison faz o fantasma turrão esbanja charme e carisma.
Achei um ótimo romance e como gostaria de poder ter visto ao lado de minha mãe (In Memori).
Esta Mulher é Proibida
3.8 36Fui com muita sede ao pote: explico o trocadilho. Pensei que fosse aquele romance arrebatador de dois jovens apaixonados que enfrentam todas as situações adversas possíveis pelo seu amor. Contudo, a trama e as situações roteirísticas não se sustentam. E o final é concluído da pior forma possível. Se sobressai alguns pontos; a fotografia é um rejeite aos nossos olhos.
O par romântico, Robert Redford e Natalie Wood esbanjam talento e beleza juntos. São deles os melhores momentos do filme. Entretanto, as coadjuvações da mãe e da irmã, a primeira uma megera e a segunda uma flor, também chamam a nossa atenção. Achei a revelação final mui forçada. E Charles Bronson surge pouco tempo em tela já demonstrando seu jeito carrancudo. Vale apenas como curiosidade.
O Preço da Solidão
4.0 15Paul Newman era muito talentoso, tanto quanto ator e diretor de cinema. Das suas o investidas este drama melancólico chama a atenção pela ótima interpretação de sua então esposa, Joanne Woodward num papel triste, amargo e melancólico.
A Mesa do Diabo
3.8 38 Assista AgoraO elenco, a bela fotografia e os planos abertos mostrando riquíssimos detalhes da cenografia são melhores que o roteiro em si, de modo que, a narrativa é sonolenta e sem muito emoção. Norman Jewison e Steve MacQueen, amboa rodaram filmes melhores. Pelo o menos as locações da bela cidade da Louisiana e a trilha jaizística retrata bem o lado boêmio e noturno da cidade no perigoso e arriscado jogos de poker.
Assassino na Cidade
3.3 8Acabei gostando por demais do clima frio, escuro e pesado de ASSASSINO NA CIDADE, que foi exibido nas madrugadas globais em outros tempos (a TV nas madrugadas eram proporcionavam mais interesse em varar a noite para assistir a bons filmes).
Dizer que Kirk Douglas é carismático e talentoso é chover no malhado, aqui ele brilha como uma homem de meia idade, introvertido, professor de biologia de uma pequena cidade do Canadá vive só após a separação da sua mulher que agora quer manter contato com seu filho 'não biológico" e se aproximar de sua ex-esposa, agora casada com outro homem. Mas, tudo isso num jogo psicótico de perseguição e insistência. Para chamar a atenção de sua ex-esposa, começa a assassinar pessoas inocentes nas noites escuras da cidade.
A direção de Daniel Petrie assemelha-se aquelas produções para TV americana com baixo-orçamento e limitações técnicas visíveis, no entanto, ele consegue filmar um bom filme com baita ambientação e bom suspense. Curto por demais o clima, a ambientação e a iluminação destes filmes de suspense dos anos 70 e 80.
Embora seja simplório em narrativa e feitura, aproveitou-se e muito da boa ambientação noturna, interna e externa e das atuações acima da média, e logicamente, da interpretação sempre brilhante do carismático Kirk Douglas. Bom filme!
O Limite da Traição
3.4 18Walter Hill foi o cineasta dos grandes filmes de ação dos anos 80, a exemplo, O LIMITE DA TRAIÇÃO, foi sem dúvida, uma ótima amostra do cinema de ação costurado com um bom roteiro. Nesse título, os personagens são dotados de uma interpretação caricatural de "machos" "alfa" violentos e mulherengos, o personagem de Nick Nolte, Powers Boothe e Clance Brown, são os protótipos machos. O elenco como um todo está excelente! O filme também rende uma justa homenagem a outro macho do cinema americano, o mentre Sam Peckinpah. Tiroteios aos borbotões e um desfecho explosivo, mostra o quão a intenção era prestar uma homenagem ao mestre das fitas de ação, nesta época já falecido. Gostei muito de sua trama, do roteiro, do baita elenco e das atuações over. Grata surpresa puder ver este faroeste modernizado.
Em Cada Coração uma Saudade
4.1 16Passei minha vida ouvindo minha mãe (In Memori) dizer que este filme era lindo, mas nunca o tinha visto. Só hoje me deparei com ele e minha mãe estava coberta de razão: EM CADA CORAÇÃO UMA SAUDADE, é um drama daqueles que arrancam lágrimas até pessoas com coração empedernido. A tocante história de um casal de imigrantes que chega ao meio-oeste americano da Escócia e se estabelece com muitas dificuldades, tendo constituído filhos e a árdua tarefa de educá-los, é simplesmente enternecedor.
O elenco é ótimo e as crianças são todas maravilhosas! A fotografia é linda!
Imagino o quanto minha mãe deve ter chorado!
Uma preciosidade de filme! Dramático e comovente. Repleto de lições!
A Sombra de Um Pesadelo
3.2 8A SOMBRA DE UM PESADELO, é um filme de ação/suspense noventista com uma pegada bem característica dos filmes da época. Jovem retorna a uma cidade pequena no interior americano em busca de vingar-se da morte de seus pais cometidos por homens inescrupulosos da pequena cidade.
O clima da cidade desértica e sem perspectiva, é muito boa. A trilha engendrada de solos de guitarra dá o tom meio road movie. E C. Thomas Howell está deveras sério como um jovem atormentado pelo assassinato de seus pais. Após, este filme, o ator faria um seguimento de papéis em filmes nesta mesma pegada. Achei um filmes simples em feitura, mas agradável de acompanhar.
Abelhas Selvagens
2.2 5Via de regra, filmes de ataques de abelhas são sempre meia-boca à ruins, de modo que este, ABELHAS SELVAGENS, consegue ser um pouco mais movimentado pelo seu final inusitado. Entretanto, o roteiro vago, as situações inverossímeis e a falta de mais mortes e tensão (exceto no final), deixou a desejar um filme que até poderia ser melhor.
Não obstante, "a praga" de abelhas nocivas e perigosas adveio da America do Sul, mas precisamente, do Brasil, e uma espécie ainda mais agressiva "abelhas africanas". Os americanos sempre julgando o resto do mundo como nocivos a sua nação.
Hoje, este tipo de filme nem faz mais sentido, pois, as abelhas são essenciais para existência humana aqui na terra, são elas que distribuem pólen e traz vida a terra e, na realidade atual, essas abelhas estão ficando em extinção pelo mundo.
Cargueiro vindo da America do Sul, chega a Nova Orleans com abelhas africanas que, acidentalmente, se espalham na região. O elenco tem gente famosa como Michael Parks e Ben Johnson, atuando neste telefilme para se distraírem. Assim como, seu antecessores e sucessores, é um filme bem chinfrim.
O Filho do Demônio
2.9 4Marchei para encontrar este filme de terror satanista dos anos 70, Encontrei-o no site OK.RU numa versão excelente de imagem e áudio original com legendadas. O elenco chama atenção; Joan Collins como a mãe perturbada e amaldiçoada. Donald Pleasence como médico responsável pelo parto (costumeiro sua presença em fitas de horror nos anos 60 e 70). Ralph Bates como marido atormentado, mas apaixonado pela esposa. E por fim, uma discreta participação da sensual Caroline Munro. A trama chega a ser envolvente, assim como o clima propício. A fotografia e as locações externas da cidade londrina, dão o tom do que foi o gênero terror nos anos 70. Provavelmente, O FILHO DO DEMÔNIO, deve ter sido exibido na TV aberta nos anos 80. Era bastante comum, estes filmes de terror serem exibidos nas programações noturnas aos borbotões.
O Enigma do Mal
3.4 126Sidney J. Furie ainda não tinha caído em desgraça quando rodou O ENIGMA DO MAL, contando um caso baseado em história real de uma dona de casa de Los Angeles em 1976 que dizia que havia sido estuprada por um fantasma. A interpretação de Barbara Hershey é ótima e passa toda a angústia que a personagem precisava.
E a discussão entre professores da Universidade Psiquiatria versus parapsicologia rendem boas discussões e reflexões sobre a área da mente humana ou/ o que é extraordinário e inexplicável.
O Enigma do Mal tem um trilha carregada e tensa, revendo hoje acho até que resistiu bem só tempo, apesar de alguns exageros, porém, acredito que uma refilmagem nas mãos de um cineasta talentoso viria bem a calhar.
Perturbador!
Amante Diabólica
2.8 7Foi inexplicável como a atriz Piper Laurie (indicada ao Oscar por sua excelente interpretação no terror Carrie - A Estranha, de Brian De Palma) caiu neste terror espirita obscuro, de terceira categoria.
O enredo é até interessante se ao menos fosse dirigido competentemente, de modo que, a direção amadorística de Curtis Harrington proporciona somente cenas horrendas de tão mal dirigidas (como a cena em que a personagem de Laurie está a deriva no espaço do Drive in e tantas outras) e nem preciso falar dos efeitos especiais, todos capengas demais.
Provavelmente o cineasta tem melhores longa-metragem que este e sem dúvida a atriz Piper Laurie (que com certeza tirou a boa impressão do excelente filme anterior que havia participado).
Ao menos, este arremedo de filme até que diverte cujo alguns personagens absurdamente estúpidos são mal explorados e em ver a esquisita Janit Baldwin ser possuída pelo espirito de um mafioso encenando tal qual a Linda Blair em O Exocista (paródia ou pastiche???).
No mais, AMANTE DIABÓLICA, prende a nossa atenção pela curiosidade e diversão escapista.