Apesar da inevitável propaganda política pró-OTAN bancada pelo Pentágono (como também aconteceu no longa de 86), é realmente bom como cinema de ação, com cenas bem montadas e ótima edição de som. Muito superior ao filme original.
É, por outro lado, mais uma preocupante evidência, como também Mad Max 4 e Blade Runner 2, do quanto Roliúde acaba tendo alguns de seus melhores exemplares de cinemão de massa em sequências tardias de filmes dos cada vez mais longínquos anos oitenta, ao invés de ter calibre de criar cultura pop do zero como acontecia naquela década.
Boa premissa de versar sobre o "amor líquido" do Bauman em forma de filme de terror. Infelizmente, no entanto, a execução dessa (boa) ideia deixou muito a desejar.
Embora não seja nada de particularmente extraordinário, é criativo desde os créditos de abertura e conta com boas tiradas e verniz artístico feito com carinho, com direito à trilha musical memorável.
Junto com REI LEÃO da Disney e HOMEM MAU DORME BEM do Kurosawa, é uma das versões mais autorais, atrevidas e eloquentes da história que rendeu obra-prima de Shakespeare no teatro.
Visualmente ótimo, elenco homogêneo e tem uma cena de virada com a Nicole Kidman que é absolutamente impagável!
De ruim, só a insistência de Robert Eggers em querer incorporar os mitos sobrenaturais numa narrativa que no todo é bastante realista e pé no chão. se fosse um épico "ateu" que se recusasse a fazer essas incorporações intrusivas religiosas, mais na linha no que sabiamente decidiu fazer o TROIA de 2004, seria ainda melhor.
Prato cheio pra uma boa análise freudiana de relações mal resolvidas do complexo de Édipo, principalmente a partir do "sequestro" que acontece da metade pro fim do filme.
Mais um bom suspiro criativo da ala "OTAN involuntária" da civilização sínica (tal qual a Coeria do Sul). Não chega a reinventar a roda dos filmes de zumbi como os mais entusiasmados chegam a insinuar, mas chega perto e tem um resultado final primoroso, sem arregar do começo ao fim.
Nosso "lugar de fala" é o de classe oprimida proletária.
O resto é lenga-lenga identitário pra colocar distorções como o negro de classe mé(r)dia - e como fez falta favela nesse filme! - como "oprimido" pelo branco pobre, no pior estilo GREEN BOOK. Todas as opressões de Gênero, etnia, sexualidade e etc estão aquém e subordinadas à opressão estrutural fundamental, que é a opressão de CLASSE, de rico contra pobre.
E olha, se o futuro da esquerda latino-americana for dessa linha identitária a la Gabriel Boric (ou Guilherme Boulos, pra pegar um exemplo mais tupiniquim), o imperialismo vai jantar isso aqui com farofa na moleza...
Filme em duas partes do boçal niilista dinamarquês que nos trouxe patacoadas como aquele musical insuportável vitimizando a personagem da Bjork.
Mas nesse aqui, surpresa, sua análise de moral e hedonismo na personagem que dá título ao filme (e duas partes) acabou saindo muito melhor do que eu esperava. Recursos narrativos inteligentes (como a contagem das "bombadas" na perda do cabaço), reviravoltas intrigantes, metáforas afiadas como a dos três amantes e as três partes do órgão musical.
Esquemático e banal, apesar de bem intencionado, ficando atrás de um filme de temática e contemporaneidade semelhante como O MAURITANO. Se comparar com um TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE, então, toma uma surra de 7x1.
Melhor filme do outrora genial Ridley Scott em décadas, provando que a estrutura conceitual padrão RASHOMON - que questiona narrativas e coloca a verdade histórica em dúvida - ainda tem muito a dizer na sétima arte.
Assisti em janeiro e desde então não sai da memória, o que é sempre um ótimo sinal. Pra atingir essa experiência plena, o filme não pode ser encarado na sua camada mais "ponta do iceberg", ou seja, como um retrato do trabalho escravo, mas sim como, primeiro, um retrato das relações sociais capitalistas entre patrões e empregados de modo GERAL (sendo que o ferro velho do Luca é só uma personificação mais aparente e escrachada); segundo, como um filme sobre o arco dramático do processo de cooptação político-ideológica de UM prisioneiro (sendo todos os demais coadjuvantes nesse arco, diferente do que sugere o título).
Depois do excelente A JAULA DE OURO, infelizmente filmes do norte da América Latina com essa pegada "naturalista" só conseguiram ser modorrentos e esquecíveis.
Teatro filmado acima da média e com roteiro que vai revelando a tragédia aos poucos, concomitante com as repercussões emocionais dos quatro personagens. Desse modo, quanto menos você souber sobre o roteiro antes de assistir, melhor. Faltou, contudo, uma conclusão mais arrebatadora, um pitaco mais direto do cineasta sobre os comos e porquês daquilo ter acontecido.
O elenco é bom, embora a atriz que faz a mãe de cabelo curto está visivelmente aquém dos outros três. De fato, Ann Dowd (a impagável Tia Lydia de O CONTO DA AIA) manda bem, porém quem rouba a cena é o pai em eterno luto - e na também eterna (e compreensível) revolta - feito por Jason Isaacs.
Drama de guerra do ponto de vista dos civis e/ou dos cercados e acuados tem aos montes, tipo DUNKIRK. Esse aqui está longe de acrescentar algo relevante.
Infelizmente raso e sem um roteiro claro. O tema da relação (política e cultural) das ex-repúblicas soviéticas com a Mãe Rússia merecia muito mais, sobretudo visto no contexto de hoje.
Vem Dançar Comigo
3.6 108 Assista AgoraFilme acima da média de um diretor piegas e cafona que normalmente não gosto. Agora é conferir a biografia do Elvis.
Arremessando Alto
3.7 284 Assista AgoraTal qual o ótimo JOIAS BRUTAS, é mais uma evidência do quanto Adam Sandler se sai melhor no drama que na comédia.
Top Gun: Maverick
4.2 1,1K Assista AgoraApesar da inevitável propaganda política pró-OTAN bancada pelo Pentágono (como também aconteceu no longa de 86), é realmente bom como cinema de ação, com cenas bem montadas e ótima edição de som. Muito superior ao filme original.
É, por outro lado, mais uma preocupante evidência, como também Mad Max 4 e Blade Runner 2, do quanto Roliúde acaba tendo alguns de seus melhores exemplares de cinemão de massa em sequências tardias de filmes dos cada vez mais longínquos anos oitenta, ao invés de ter calibre de criar cultura pop do zero como acontecia naquela década.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraBoa premissa de versar sobre o "amor líquido" do Bauman em forma de filme de terror. Infelizmente, no entanto, a execução dessa (boa) ideia deixou muito a desejar.
O Sol Branco do Deserto
3.5 3Embora não seja nada de particularmente extraordinário, é criativo desde os créditos de abertura e conta com boas tiradas e verniz artístico feito com carinho, com direito à trilha musical memorável.
O Homem do Norte
3.7 935 Assista AgoraJunto com REI LEÃO da Disney e HOMEM MAU DORME BEM do Kurosawa, é uma das versões mais autorais, atrevidas e eloquentes da história que rendeu obra-prima de Shakespeare no teatro.
Visualmente ótimo, elenco homogêneo e tem uma cena de virada com a Nicole Kidman que é absolutamente impagável!
De ruim, só a insistência de Robert Eggers em querer incorporar os mitos sobrenaturais numa narrativa que no todo é bastante realista e pé no chão. se fosse um épico "ateu" que se recusasse a fazer essas incorporações intrusivas religiosas, mais na linha no que sabiamente decidiu fazer o TROIA de 2004, seria ainda melhor.
Encaixotando Helena
3.1 307Prato cheio pra uma boa análise freudiana de relações mal resolvidas do complexo de Édipo, principalmente a partir do "sequestro" que acontece da metade pro fim do filme.
Comunista
3.7 2Razoável homenagem ao operário médio do início da União Soviética. Dá pro gasto. Tem até uma ponta do Lênin, interpretado por um ator muito parecido.
Klondike - A Guerra Na Ucrânia
3.3 5 Assista AgoraTentativa modorrenta e arrastada de satanizar os separatistas da região do Dombass.
A Tristeza
3.4 231Mais um bom suspiro criativo da ala "OTAN involuntária" da civilização sínica (tal qual a Coeria do Sul). Não chega a reinventar a roda dos filmes de zumbi como os mais entusiasmados chegam a insinuar, mas chega perto e tem um resultado final primoroso, sem arregar do começo ao fim.
Medida Provisória
3.6 432Nosso "lugar de fala" é o de classe oprimida proletária.
O resto é lenga-lenga identitário pra colocar distorções como o negro de classe mé(r)dia - e como fez falta favela nesse filme! - como "oprimido" pelo branco pobre, no pior estilo GREEN BOOK. Todas as opressões de Gênero, etnia, sexualidade e etc estão aquém e subordinadas à opressão estrutural fundamental, que é a opressão de CLASSE, de rico contra pobre.
E olha, se o futuro da esquerda latino-americana for dessa linha identitária a la Gabriel Boric (ou Guilherme Boulos, pra pegar um exemplo mais tupiniquim), o imperialismo vai jantar isso aqui com farofa na moleza...
Escape Room: O Jogo
3.1 754 Assista AgoraMais um dessa linha JOGOS MORTAIS. Esse aqui dá pro gasto, embora não chegue aos pés de um BATTLE ROYALE.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraFilme em duas partes do boçal niilista dinamarquês que nos trouxe patacoadas como aquele musical insuportável vitimizando a personagem da Bjork.
Mas nesse aqui, surpresa, sua análise de moral e hedonismo na personagem que dá título ao filme (e duas partes) acabou saindo muito melhor do que eu esperava. Recursos narrativos inteligentes (como a contagem das "bombadas" na perda do cabaço), reviravoltas intrigantes, metáforas afiadas como a dos três amantes e as três partes do órgão musical.
Superou minha expectativa com muita folga.
O Relatório
3.5 110 Assista AgoraEsquemático e banal, apesar de bem intencionado, ficando atrás de um filme de temática e contemporaneidade semelhante como O MAURITANO. Se comparar com um TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE, então, toma uma surra de 7x1.
O Último Duelo
3.9 325Melhor filme do outrora genial Ridley Scott em décadas, provando que a estrutura conceitual padrão RASHOMON - que questiona narrativas e coloca a verdade histórica em dúvida - ainda tem muito a dizer na sétima arte.
7 Prisioneiros
3.9 318Assisti em janeiro e desde então não sai da memória, o que é sempre um ótimo sinal. Pra atingir essa experiência plena, o filme não pode ser encarado na sua camada mais "ponta do iceberg", ou seja, como um retrato do trabalho escravo, mas sim como, primeiro, um retrato das relações sociais capitalistas entre patrões e empregados de modo GERAL (sendo que o ferro velho do Luca é só uma personificação mais aparente e escrachada); segundo, como um filme sobre o arco dramático do processo de cooptação político-ideológica de UM prisioneiro (sendo todos os demais coadjuvantes nesse arco, diferente do que sugere o título).
A Jaula de Ouro
4.2 84O longa não sai da minha memória por anos e lembro dele com muita frequência, o que é sempre ótimo sinal.
A Noite do Fogo
3.8 34 Assista AgoraDepois do excelente A JAULA DE OURO, infelizmente filmes do norte da América Latina com essa pegada "naturalista" só conseguiram ser modorrentos e esquecíveis.
Mass
4.0 69 Assista AgoraTeatro filmado acima da média e com roteiro que vai revelando a tragédia aos poucos, concomitante com as repercussões emocionais dos quatro personagens. Desse modo, quanto menos você souber sobre o roteiro antes de assistir, melhor. Faltou, contudo, uma conclusão mais arrebatadora, um pitaco mais direto do cineasta sobre os comos e porquês daquilo ter acontecido.
O elenco é bom, embora a atriz que faz a mãe de cabelo curto está visivelmente aquém dos outros três. De fato, Ann Dowd (a impagável Tia Lydia de O CONTO DA AIA) manda bem, porém quem rouba a cena é o pai em eterno luto - e na também eterna (e compreensível) revolta - feito por Jason Isaacs.
O Bombardeio
3.8 157 Assista AgoraDrama de guerra do ponto de vista dos civis e/ou dos cercados e acuados tem aos montes, tipo DUNKIRK. Esse aqui está longe de acrescentar algo relevante.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraLista com todos os vencedores de quatro ou mais Oscars: https://filmow.com/listas/vencedores-de-quatro-ou-mais-oscars-l106480/
Ela
2.9 1Infelizmente raso e sem um roteiro claro. O tema da relação (política e cultural) das ex-repúblicas soviéticas com a Mãe Rússia merecia muito mais, sobretudo visto no contexto de hoje.
Os Amores de Pandora
3.6 23Agora um poema...
O Animal Cordial
3.4 617 Assista AgoraIdeia ok, execução nem tanto.