Vez ou outra Dan Gilroy (roteirista e diretor) escorrega no quesito verossimilhança - afinal de contas, a obra se pretende realística -, mas é inegável que sua estreia com o drama/thriller crítico à mídia do "espetáculo" é chocante e surpreendente, ainda mais contando com mais uma ótima atuação do comumente desprestigiado Jake Gyllenhaal. Merecia mais indicações ao Oscar...
'Negócios de Família' é um filme um tantinho inconsistente - me refiro a trama em si -, pois não sabe se "quer ser" um filme de assalto, um drama familiar, uma comédia de costumes, enfim, vez ou outra parece "perdidinho" (hoje abracei com força os diminutivos!), mas a química do trio principal (Sean Connery, Dustin Hoffman e Matthew Broderick) e o "clima leve" do longa acabam por compensar seu "desbalanceamento", por assim dizer. É verdade que pouco se nota de Sidney Lumet na obra, mas quando este dá as caras é de se encher os olhos. Um exemplo? Repare nas transposições de imagens e na sequência que foca o reflexo das personagens através da vidraçaria de um prédio... grande Lumet!
Não sou um sujeito religioso. A bem verdade, meu pragmatismo me faz passar longe disso. Todavia, me envolvo bastante com filmes de horror/terror/suspense que passeiam pelo místico, que discutem ou expõem assuntos relacionados as crenças, comportamentos ou dogmas das religiões. Isso, óbvio, quando estas se apresentam de forma coerente, crível, alinhadas a construção narrativa/cinematográfica proposta pela obra. 'O Exorcismo de Emily Rose' é um dos filmes que, ao meu ver, trabalha o oculto, a fé e a religião de forma inteligente, instigante e por isso merece atenção especial. Esta estreia cinematográfica de Scott Derrickson como diretor - o mesmo havia dirigido uma sequência de 'Hellraiser' lançada diretamente em home-video - não se mostra eficaz apenas em seu conteúdo, mas também (e principalmente) em sua forma - a construção da trama como um "filme de tribunal" é exemplar. Somado a estes atrativos temos uma montagem eficiente e um elenco comprometido com a história contada, que acaba por transformar um filme promissor numa obra inteligente e divertidíssima de se assistir. É notório que dez anos atrás a obra possuía mais "poder de fogo", mas sua essência continua rica e, francamente, isto é o mais importante.
Um ótimo exemplar do cinema nacional. Drama? Thriller? Horror? Tudo isso e nada disso. Certamente não agradará aqueles mais conservadores, mas é inegável a criatividade dos cineastas Juliana Rojas e Marco Dutra.
Refilmagem do clássico de 1957 feita para a televisão pelo mestre William Friedkin, '12 Homens e uma Sentença' é extremamente feliz ao manter a estrutura e o clima do original, além de apresentar um elenco tão competente quando o daquele. Friedkin conduz a obra quase que emulando o estilo abraçado por Sidney Lumet no clássico dos anos 1950, o que pode ser positivo ou negativo, ficando à critério do espectador. É certo que a fotografia em branco e preto do original mantém-se superior a esta nova abordagem em cores, mas a química do elenco (destaque para os veteranos Jack Lemmon, George C. Scott e Armin Mueller-Stahl) e a condução segura de Friedkin fazem desta "refilmagem-homenagem" da obra de Lumet tão interessante quanto. Seria perfeito se já não tivesse sido anteriormente...
Quando um documentário te apresenta um enredo tão curioso e impactante quanto qualquer obra de ficção é mais do que certo que temos uma grande obra diante de nossos olhos. 'A Fotografia Oculta de Vivian Maier' é surpreendentemente bom do início ao fim.
A trilha sonora minimalista (Rob Simonsen e West Dylan Thordson), as composições de personagem de Steve Carell, Mark Ruffallo e Channing Tatum (injustamente preterido pelo Oscar e Globo de Ouro) e o desfecho acachapante e imprevisível - especialmente para quem, como eu, não conhecia os eventos apresentados pelo filme - fazem com que o ritmo compassado e a construção de trama até certo ponto "convencional" acabem por se tornar elementos essenciais para a "explosão" que se mostra 'Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo ' (péssimo subtítulo tupiniquim). Um filme para aqueles que duvidam do eterno jogo de azar que é nossa vida terrena...
Obs.: Difícil entender por que, dentre dez possíveis opções, 'Foxcatcher' foi preterido à categoria melhor filme, enquanto seu diretor, Bennett Miller, recebeu uma indicação por seu trabalho. Enquanto isso, 'Whiplash' (filmaço!) abocanhou uma indicação de melhor filme, mas não de direção (Damien Chazelle). Vai entender a lógica da Academia... ...
Filme naturalista dirigido por Jean-Pierre e Luc Dardenne, 'Dois Dias, Uma Noite' talvez seja um dos trabalhos mais arrojados a tratar de um dos maiores maus que acometem a humanidade, a depressão. Contando com uma atuação exemplar de Marion Cotillard (indicada ao Oscar) e uma fotografia impressionante, esta é uma mais do que bem vinda apresentação ao cinema dos irmãos irmãos Dardenne.
A premissa e os eventos apresentados em '72 Horas' são para lá de surreais - será? -, mas a construção e o clima proporcionados pelo roteirista e diretor Paul Haggis e a compenetração de Russel Crowe como um pai/marido atormentado em busca de uma solução para reaver sua esposa (Elizabeth Banks) são tão intensos que qualquer dúvida quanto a verossimilhança do filme ficam em segundo plano. Certamente a obra não mudará paradigmas, mas isto não quer dizer que não seja um thriller competente.
Tomando-o mais como uma metáfora, como um exercício acerca de até onde o ser humano pode ir e menos como um retrato realista de um desaparecimento, 'A Busca', de Luciano Moura pode ser considerado um dos filmes mais poderosos do cinema nacional nos últimos anos. Todavia, se for levado ao "pé da letra", buracos no roteiro serão notados de tal forma que nem mesmo as emocionantes (e emocionadas) atuações de Wagner Moura e Mariana Lima conseguirão "tampá-las".
Filme que marca a estreia de Jeff Nichols como cineasta, 'Shotgun Stories' já apresenta alguns dos elementos que tornaram sua (até então) curta filmografia tão impactante: clima intimista, estudo de personagens, utilização da tensão como instrumento narrativo, fotografia contemplativa, dentre outros. Estrelado por Michael Shannon (parceiro recorrente do diretor), o filme pode até sofrer um pouco no quesito ritmo, mas não deixa de fisgar o espectador desde o início ao conduzi-lo por uma trama que perpassa os instintos mais básicos do ser humano.
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Filmes de Jeff Nichols comentados no CineMografia: - O Abrigo (Take Shelter, 2011). http://www.cinemografia.com/2012/10/o-abrigo-take-shelter-eua-2011.html - Amor Bandido (Mud, 2012). http://www.cinemografia.com/2013/12/amor-bandido-mud-eua-2012.html
Keanu Reeves não é (e nunca fui) um campeão em performances dramáticas, mas é inegável a entrega que o mesmo faz em papeis cujo esforço físico encontra-se em primeiro plano. 'De Volta ao Jogo' - ao lado de 'Homem do Tai Chi' - marca o retorno de Reeves ao cinema de ação e este não poderia ser melhor. O astro de Matrix promove "absurdos" em tela e capitaneia o filme de estreia como diretor do dublê Chad Stahelski, cuja matriz (perdão pela citação) parece um casamento entre a franquia 'Busca Implacável', estrelada por Liam Neeson, com o divertidíssimo 'Mandando Bala', liderado por Clive Owen. Entrecortando momentos de humor (especialmente ironia e sarcasmo) com cenas de cunho non-sense e sequências de ação (e coreografias) de tirar o fôlego, 'De Volta ao Jogo' é um produto de ação divertidíssimo, cujo roteiro básico (e raso, por quê não?) serve como muleta para um sem número de cenas absurdas e entusiasmantes e o atesta como um dos filmes de ação "independentes" mais bacanas dos últimos anos. Reeves' back!
Gostava da versão de cinema de 'Cruzada', mas ao conferir sua versão estendida acabei por me deparar com um filme ainda mais vigoroso, profundo e dinâmico. A crítica ao belicismo e à dominação em nome da religião - a metáfora serve a todas, mas o objeto do filme é o cristianismo e o islamismo - torna-se ainda mais contundente, enquanto o desenvolvimento dos personagens - inclusive com a presença de alguns que não constavam no corte para cinema - e a construção da épica batalha final mostram-se ainda mais satisfatórios. É bem verdade que Orlando Bloom (Balian de Ibelin) não é um ator dos mais impressionantes, mas é perceptível o esforço deste em conduzir o espectador através de seus olhos. Os personagens de Marton Csokas (Guy de Lusignan) e Brendan Glesson (Renaud de Châtillon) continuam a incomodar pelo "vilanismo caricato", mas não a ponto de atrapalhar a imersão neste épico crítico. Eva Green esbanja beleza, enquanto Edward Norton (Rei Balduíno IV) emociona com uma interpretação que transborda delicadeza e hombridade, mesmo que seu personagem permanece "mascarado" por praticamente toda a projeção. Já David Thewlis (personagem não nominado da ordem dos Cavaleiros Hospitalários) é puro carisma. Tecnicamente não o que reclamar: figurinos, maquiagem, direção de arte / design de produção, trilha sonora (Harry Gregson-Williams), fotografia (John Mathieson)... tudo quase perfeito, mantendo a verossimilhança e o clima propostos há quase uma década (o lançamento do filme se deu em maio de 2005) intactos. Por fim, impossível não destacar o roteiro de William Monahan (cuja trama passa por cima de alguns personagens problemáticos e algumas decisões que pecam pela "obviedade") e, principalmente, a condução de Ridley Scott, cujo trabalho e dedicação são perceptíveis a cada frame, sendo este certamente um dos bons trabalhos em sua filmografia para lá de irregular. Por fim, apesar da obra não ter sido bem recebida pela crítica (em parte, devido as lacunas presentes no corte original do filme, mas também pelo tema "polêmico" - apesar de notório) e pouco prestigiada pelo público (a obra rendeu menos que o esperado nas bilheterias), 'Cruzada' é um épico esteticamente belo e dono de um conteúdo forte e marcante, cuja "sorte" em 2005 não faz jus a grandeza que carrega. Recomendo a visita ao filme, especialmente a sua versão estendida, cujo corte excede em 50 minutos o original.
Mais do que um tributo ao jazz, 'Whiplash - Em Busca da Perfeição' é um estudo do caráter humano, da fixação do homem à busca do "fogo de Prometeu". A superação de limites, a busca pelo fixar-se como uno, incomparável, inimitável, mito... O jovem cineasta Damien Chazelle consegue apresentar uma obra de grande profundidade de uma forma agradável, que passa longe do didatismo e da "masturbação" intelectual. Há transpiração e inspiração nas composições dos personagens de Milles Tiller (injustamente não agraciado com uma indicação ao Oscar) e J. K. Simmons (favoritíssimo a levar o prêmio de coadjuvante no prêmio coqueluche do cinema mundial), há expansão e contágio na seleção musical e trilha sonora conduzida por Justin Hurwitz. Enfim, existem camadas sobre camadas neste épico conduzido e idealizado por Chazelle, cuja direção segura e tato para a condução de emoções fazem sua ausência à lista dos indicados a melhor direção no Oscar 2015 parecer piada. Com todo o respeito aos (possivelmente) merecidos indicados Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste), Alejandro González Iñárritu (Birdman), Richard Linklater (Boyhood), Bennett Miller (Foxcatcher) e Morten Tyldum (The Immitation Game), mas Chazelle deveria estar ocupando algum destes lugares.
O que compromete o filme dirigido por David Dobkin é o excesso de "gordura", seja devido a sua metragem ser esticada em demasia ou a exploração de elementos por parte do roteiro (Nick Shenck, BIll Dubuque) que, sob um olhar mais atento, acaba não contribuindo para o desenrolar do plot principal. Todavia, isto não quer dizer que 'O Juiz' seja um filme decepcionante. Longe disso. Só o fato de apresentar uma performance sensacional de Robert Duvall e Robert Downey Jr. sendo ele mesmo - uma vez mais -, porém, de forma inspirada. É bem verdade que falta um pouco do drama de tribunal ao filme, mas o enredo que mistura relacionamento familiar - o dualismo entre os personagens dos Robert é muito bem escrito - e investigação criminal consegue ganhar o espectador de imediato, que saboreará uma obra recheada de boas atuações e enredo atrativo, ou seja, uma peça de entretenimento com um pouco de reflexão. Indico a visita...
Leve, mas contundente, 'Tucker: Um Homem e seu Sonho' promove ao mesmo tempo um resgate histórico e uma crítica veemente ao modelo político-econômico vigente nos Estados Unidos (e no resto do globo a reboque) desde finda a II Guerra Mundial. O bom humor pode prevalecer durante quase toda a projeção, mas esta produção assinada por Francis Ford Coppola e estrelada por Jeff Bridges, Joan Allen e Martin Landeau é seríssima em sua crítica ao lobby e aos jogos de interesses promovidos pelos (e entre) grandes conglomerados empresariais/industriais e representantes políticos.
Projeto único que reúne três dos maiores talentos da história do cinema norte-americano, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody Allen, 'Contos de Nova York' é uma antologia de três contos em média metragem, cada um dirigido por um dos três nomes citados, cujo laço se dá através da "Big Apple" como personagem (ou pano de fundo) das três histórias. Apesar da grande sacada, é notório que faltou um tantinho de inspiração aos cineastas na construção (especialmente no âmbito de roteiro) de cada um dos filmetes, sendo o mais interessante aquele conduzido por Allen, apesar de não trazer novidades em comparação a sua filmografia à época. Quanto aos demais, é certo que o dirigido por Coppola (baseado em argumento de sua filha Sofia, à época adolescente) configura-se como o menos interessante, enquanto o abraçado por Scorsese sagra-se mediano, apresentando bons e maus momentos. Mais interessante pelos nomes envolvidos que pelo resultado final, 'Contos de Nova York' merecia várias sequências, especialmente para colecionar diversos outros cineastas que têm a cidade como fonte mor para sua cinematografia...
Horror gótico que privilegia o incômodo no fato de se amar o "impossível", esta versão de Francis Ford Coppola ao clássico de Bram Stoker revela um visual estonteante e uma das melhores - senão a melhor - composição de Drácula para o cinema (palmas para o magnético Gary Oldman), além de revelar um elenco excepcional - desfilam em cena nomes como Winona Ryder, Anthony Hopkins, Billy Campbell, Cary Elwes e o "amuleto" de Coppola, Tom Waits -. Uma pena que a montagem (Nicholas C. Smith, Glen Scantlebury e Anne Goursaud) acabe sabotando o poder do roteiro adaptado por James V. Hart, que vez ou outra parece "jogado" ou omisso. Certo mesmo é que 'Drácula de Bram Stoker' é uma ópera estilosíssima, que presta reverência as artes literária, teatral e, especialmente, à era de ouro do cinema.
Fabulesco e reverente, 'Vidas Sem Rumo' é um belo tributo de Francis Ford Coppola há uma época em que a distinção de classes poderia ser resolvida a socos e pontapés, mas também com abraços fraternais.
Mais conhecido como o filme que "afundou" Francis Ford Coppola e fez com que este ficasse "preso" a projetos de encomenda até meados da década de 1990 para sanar dívidas, 'O Fundo do Coração' foi fracasso de bilheteria e até hoje é visto com ressalvas pela comunidade de críticos, nem sempre de forma justa. Tudo bem que este musical cheio de "estilo" sofre por apresentar um roteiro raso e até mesmo convencional, mas o visual marcante e as canções assinadas Crystal Gale e Tom Waits, além do sempre competente trabalho de direção de Coppola, alçam este filme um degrau acima do fiasco publicizado, mas não tem poder de fogo de deixá-lo pelo menos três degraus afastados das grandes obras do cineasta ítalo-americano.
Literatura pulp, estética teatral - resquício de Drácula? - e um ar de filme de John Carpenter *em sua fase mais B possível) pode ajudar a compreender um pouco melhor este mais recente exercício cinematográfico promovido por Francis Ford Coppola. "Vendida" como uma obra de horror, sua "pegada" está mais próxima a de um filme de mistério do que de sustos (praticamente nulos, por sinal). Há muita "liberdade artística" aqui, logo, é fácil de desgostar do que é apresentado em tela. Apesar de estar longe de ser o desastre defendido por tantos - há pontos positivos no longa, especialmente em sua fotografia (o jogo de luzes em uma de suas sequências finais é belíssimo) -, é fato que 'Virgínia' é um filme problemático, seja por conta de sua montagem (Robert Schafer) perdida, seja pela verborragia do roteiro (que mesmo assim não ajuda ao "entendimento" do espectador). A bem verdade a melhor palavra para descrevê-lo é incoerente. Não é ruim, mas também não chega a ser bom. Ainda mais quando o homem por trás da bagaça é ninguém menos que Francis Ford Coppola...
Último filme dirigido pelo Coppola "mainstream", 'O Homem Que Fazia Chover', adaptação de obra de John Grisham, é talvez o melhor filme "de encomenda" realizado pelo célebre cineasta. Composto de forma a agradar tanto ao público médio quanto aos amantes dos filmes mais celebrados de sua filmografia, 'O Homem Que Fazia Chover' é uma fábula coerente e um tanto pessimista do universo advocatício, transmutando um universo recheado de camadas em tons de cinza, cuja luz nem sempre atravessa. Fantástico acompanhar um Francis Ford Coppola empolgado em produzir uma obra comercial com pouquíssimas concessões - a exceção talvez seja o arco dramático envolvendo a personagem vivida por Claire Danes (apaixonante, por sinal), já que "quebra" um pouco a urgência pretendida pelo filme, dando-lhe uma conotação romântica que não encaixa tão bem ao cerne da trama - e um elenco recheado de (à época) jovens talentos (Matt Damon e Danes) e figuras consagradas do cinema (Jon Voight, Danny DeVito, Mickey Rourke, Danny Glover, Virginia Madsen e Roy Scheider) tão dispostos, entregando performances instigantes. Pouco se falou sobre à época de seu lançamento e hoje este é praticamente esquecido pelo público cinéfilo. Todavia, uma obra tão relevante e bem cuidada deveria ser redescoberta por público e crítica o mais rápido possível.
Dentre as recentes produções voltadas ao público "young adult", 'Maze Runner - Correr ou Morrer' encontra-se dentre as mais interessantes. Dirigida com competência pelo marinheiro de primeira viagem Wes Ball e apresentando uma trama que desperta interessa (mesmo que longe de original), a produção tem lá seus problemas, especialmente no que se refere a alguns elementos de sua "mitologia" e na condução de seu desfecho, mas mostra ser bastante promissora. Ao contrário de outras franquias "irmãs", acompanharei a sequência desta com gosto...
Esta sequência de 'Anjos da Lei' não guarda o "frescor" do filme anterior, mas mostra-se divertida e comprova a química entre Channing Tatum e Jonah Hill. Se fosse uns 15 minutos mais curto certamente estaria nivelado ao filme "original". Um passatempo sem compromisso...
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraVez ou outra Dan Gilroy (roteirista e diretor) escorrega no quesito verossimilhança - afinal de contas, a obra se pretende realística -, mas é inegável que sua estreia com o drama/thriller crítico à mídia do "espetáculo" é chocante e surpreendente, ainda mais contando com mais uma ótima atuação do comumente desprestigiado Jake Gyllenhaal. Merecia mais indicações ao Oscar...
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Negócios de Família
3.0 35'Negócios de Família' é um filme um tantinho inconsistente - me refiro a trama em si -, pois não sabe se "quer ser" um filme de assalto, um drama familiar, uma comédia de costumes, enfim, vez ou outra parece "perdidinho" (hoje abracei com força os diminutivos!), mas a química do trio principal (Sean Connery, Dustin Hoffman e Matthew Broderick) e o "clima leve" do longa acabam por compensar seu "desbalanceamento", por assim dizer. É verdade que pouco se nota de Sidney Lumet na obra, mas quando este dá as caras é de se encher os olhos. Um exemplo? Repare nas transposições de imagens e na sequência que foca o reflexo das personagens através da vidraçaria de um prédio... grande Lumet!
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O Exorcismo de Emily Rose
3.5 1,5K Assista AgoraNão sou um sujeito religioso. A bem verdade, meu pragmatismo me faz passar longe disso. Todavia, me envolvo bastante com filmes de horror/terror/suspense que passeiam pelo místico, que discutem ou expõem assuntos relacionados as crenças, comportamentos ou dogmas das religiões. Isso, óbvio, quando estas se apresentam de forma coerente, crível, alinhadas a construção narrativa/cinematográfica proposta pela obra. 'O Exorcismo de Emily Rose' é um dos filmes que, ao meu ver, trabalha o oculto, a fé e a religião de forma inteligente, instigante e por isso merece atenção especial. Esta estreia cinematográfica de Scott Derrickson como diretor - o mesmo havia dirigido uma sequência de 'Hellraiser' lançada diretamente em home-video - não se mostra eficaz apenas em seu conteúdo, mas também (e principalmente) em sua forma - a construção da trama como um "filme de tribunal" é exemplar. Somado a estes atrativos temos uma montagem eficiente e um elenco comprometido com a história contada, que acaba por transformar um filme promissor numa obra inteligente e divertidíssima de se assistir. É notório que dez anos atrás a obra possuía mais "poder de fogo", mas sua essência continua rica e, francamente, isto é o mais importante.
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Trabalhar Cansa
3.6 211Um ótimo exemplar do cinema nacional. Drama? Thriller? Horror? Tudo isso e nada disso. Certamente não agradará aqueles mais conservadores, mas é inegável a criatividade dos cineastas Juliana Rojas e Marco Dutra.
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12 Homens e Uma Sentença
4.1 148 Assista AgoraRefilmagem do clássico de 1957 feita para a televisão pelo mestre William Friedkin, '12 Homens e uma Sentença' é extremamente feliz ao manter a estrutura e o clima do original, além de apresentar um elenco tão competente quando o daquele. Friedkin conduz a obra quase que emulando o estilo abraçado por Sidney Lumet no clássico dos anos 1950, o que pode ser positivo ou negativo, ficando à critério do espectador. É certo que a fotografia em branco e preto do original mantém-se superior a esta nova abordagem em cores, mas a química do elenco (destaque para os veteranos Jack Lemmon, George C. Scott e Armin Mueller-Stahl) e a condução segura de Friedkin fazem desta "refilmagem-homenagem" da obra de Lumet tão interessante quanto. Seria perfeito se já não tivesse sido anteriormente...
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A Fotografia Oculta de Vivian Maier
4.4 106Quando um documentário te apresenta um enredo tão curioso e impactante quanto qualquer obra de ficção é mais do que certo que temos uma grande obra diante de nossos olhos. 'A Fotografia Oculta de Vivian Maier' é surpreendentemente bom do início ao fim.
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Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 808 Assista AgoraA trilha sonora minimalista (Rob Simonsen e West Dylan Thordson), as composições de personagem de Steve Carell, Mark Ruffallo e Channing Tatum (injustamente preterido pelo Oscar e Globo de Ouro) e o desfecho acachapante e imprevisível - especialmente para quem, como eu, não conhecia os eventos apresentados pelo filme - fazem com que o ritmo compassado e a construção de trama até certo ponto "convencional" acabem por se tornar elementos essenciais para a "explosão" que se mostra 'Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo ' (péssimo subtítulo tupiniquim). Um filme para aqueles que duvidam do eterno jogo de azar que é nossa vida terrena...
Obs.: Difícil entender por que, dentre dez possíveis opções, 'Foxcatcher' foi preterido à categoria melhor filme, enquanto seu diretor, Bennett Miller, recebeu uma indicação por seu trabalho. Enquanto isso, 'Whiplash' (filmaço!) abocanhou uma indicação de melhor filme, mas não de direção (Damien Chazelle). Vai entender a lógica da Academia...
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Dois Dias, Uma Noite
3.9 543Filme naturalista dirigido por Jean-Pierre e Luc Dardenne, 'Dois Dias, Uma Noite' talvez seja um dos trabalhos mais arrojados a tratar de um dos maiores maus que acometem a humanidade, a depressão. Contando com uma atuação exemplar de Marion Cotillard (indicada ao Oscar) e uma fotografia impressionante, esta é uma mais do que bem vinda apresentação ao cinema dos irmãos irmãos Dardenne.
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72 Horas
3.6 838 Assista AgoraA premissa e os eventos apresentados em '72 Horas' são para lá de surreais - será? -, mas a construção e o clima proporcionados pelo roteirista e diretor Paul Haggis e a compenetração de Russel Crowe como um pai/marido atormentado em busca de uma solução para reaver sua esposa (Elizabeth Banks) são tão intensos que qualquer dúvida quanto a verossimilhança do filme ficam em segundo plano. Certamente a obra não mudará paradigmas, mas isto não quer dizer que não seja um thriller competente.
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A Busca
3.4 714 Assista AgoraTomando-o mais como uma metáfora, como um exercício acerca de até onde o ser humano pode ir e menos como um retrato realista de um desaparecimento, 'A Busca', de Luciano Moura pode ser considerado um dos filmes mais poderosos do cinema nacional nos últimos anos. Todavia, se for levado ao "pé da letra", buracos no roteiro serão notados de tal forma que nem mesmo as emocionantes (e emocionadas) atuações de Wagner Moura e Mariana Lima conseguirão "tampá-las".
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Separados Pelo Sangue
3.8 29Filme que marca a estreia de Jeff Nichols como cineasta, 'Shotgun Stories' já apresenta alguns dos elementos que tornaram sua (até então) curta filmografia tão impactante: clima intimista, estudo de personagens, utilização da tensão como instrumento narrativo, fotografia contemplativa, dentre outros. Estrelado por Michael Shannon (parceiro recorrente do diretor), o filme pode até sofrer um pouco no quesito ritmo, mas não deixa de fisgar o espectador desde o início ao conduzi-lo por uma trama que perpassa os instintos mais básicos do ser humano.
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Filmes de Jeff Nichols comentados no CineMografia:
- O Abrigo (Take Shelter, 2011). http://www.cinemografia.com/2012/10/o-abrigo-take-shelter-eua-2011.html
- Amor Bandido (Mud, 2012). http://www.cinemografia.com/2013/12/amor-bandido-mud-eua-2012.html
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraKeanu Reeves não é (e nunca fui) um campeão em performances dramáticas, mas é inegável a entrega que o mesmo faz em papeis cujo esforço físico encontra-se em primeiro plano. 'De Volta ao Jogo' - ao lado de 'Homem do Tai Chi' - marca o retorno de Reeves ao cinema de ação e este não poderia ser melhor. O astro de Matrix promove "absurdos" em tela e capitaneia o filme de estreia como diretor do dublê Chad Stahelski, cuja matriz (perdão pela citação) parece um casamento entre a franquia 'Busca Implacável', estrelada por Liam Neeson, com o divertidíssimo 'Mandando Bala', liderado por Clive Owen. Entrecortando momentos de humor (especialmente ironia e sarcasmo) com cenas de cunho non-sense e sequências de ação (e coreografias) de tirar o fôlego, 'De Volta ao Jogo' é um produto de ação divertidíssimo, cujo roteiro básico (e raso, por quê não?) serve como muleta para um sem número de cenas absurdas e entusiasmantes e o atesta como um dos filmes de ação "independentes" mais bacanas dos últimos anos. Reeves' back!
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Cruzada
3.4 633 Assista AgoraGostava da versão de cinema de 'Cruzada', mas ao conferir sua versão estendida acabei por me deparar com um filme ainda mais vigoroso, profundo e dinâmico. A crítica ao belicismo e à dominação em nome da religião - a metáfora serve a todas, mas o objeto do filme é o cristianismo e o islamismo - torna-se ainda mais contundente, enquanto o desenvolvimento dos personagens - inclusive com a presença de alguns que não constavam no corte para cinema - e a construção da épica batalha final mostram-se ainda mais satisfatórios. É bem verdade que Orlando Bloom (Balian de Ibelin) não é um ator dos mais impressionantes, mas é perceptível o esforço deste em conduzir o espectador através de seus olhos. Os personagens de Marton Csokas (Guy de Lusignan) e Brendan Glesson (Renaud de Châtillon) continuam a incomodar pelo "vilanismo caricato", mas não a ponto de atrapalhar a imersão neste épico crítico. Eva Green esbanja beleza, enquanto Edward Norton (Rei Balduíno IV) emociona com uma interpretação que transborda delicadeza e hombridade, mesmo que seu personagem permanece "mascarado" por praticamente toda a projeção. Já David Thewlis (personagem não nominado da ordem dos Cavaleiros Hospitalários) é puro carisma.
Tecnicamente não o que reclamar: figurinos, maquiagem, direção de arte / design de produção, trilha sonora (Harry Gregson-Williams), fotografia (John Mathieson)... tudo quase perfeito, mantendo a verossimilhança e o clima propostos há quase uma década (o lançamento do filme se deu em maio de 2005) intactos. Por fim, impossível não destacar o roteiro de William Monahan (cuja trama passa por cima de alguns personagens problemáticos e algumas decisões que pecam pela "obviedade") e, principalmente, a condução de Ridley Scott, cujo trabalho e dedicação são perceptíveis a cada frame, sendo este certamente um dos bons trabalhos em sua filmografia para lá de irregular.
Por fim, apesar da obra não ter sido bem recebida pela crítica (em parte, devido as lacunas presentes no corte original do filme, mas também pelo tema "polêmico" - apesar de notório) e pouco prestigiada pelo público (a obra rendeu menos que o esperado nas bilheterias), 'Cruzada' é um épico esteticamente belo e dono de um conteúdo forte e marcante, cuja "sorte" em 2005 não faz jus a grandeza que carrega. Recomendo a visita ao filme, especialmente a sua versão estendida, cujo corte excede em 50 minutos o original.
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Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraMais do que um tributo ao jazz, 'Whiplash - Em Busca da Perfeição' é um estudo do caráter humano, da fixação do homem à busca do "fogo de Prometeu". A superação de limites, a busca pelo fixar-se como uno, incomparável, inimitável, mito...
O jovem cineasta Damien Chazelle consegue apresentar uma obra de grande profundidade de uma forma agradável, que passa longe do didatismo e da "masturbação" intelectual. Há transpiração e inspiração nas composições dos personagens de Milles Tiller (injustamente não agraciado com uma indicação ao Oscar) e J. K. Simmons (favoritíssimo a levar o prêmio de coadjuvante no prêmio coqueluche do cinema mundial), há expansão e contágio na seleção musical e trilha sonora conduzida por Justin Hurwitz. Enfim, existem camadas sobre camadas neste épico conduzido e idealizado por Chazelle, cuja direção segura e tato para a condução de emoções fazem sua ausência à lista dos indicados a melhor direção no Oscar 2015 parecer piada. Com todo o respeito aos (possivelmente) merecidos indicados Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste), Alejandro González Iñárritu (Birdman), Richard Linklater (Boyhood), Bennett Miller (Foxcatcher) e Morten Tyldum (The Immitation Game), mas Chazelle deveria estar ocupando algum destes lugares.
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O Juiz
3.8 783 Assista AgoraO que compromete o filme dirigido por David Dobkin é o excesso de "gordura", seja devido a sua metragem ser esticada em demasia ou a exploração de elementos por parte do roteiro (Nick Shenck, BIll Dubuque) que, sob um olhar mais atento, acaba não contribuindo para o desenrolar do plot principal. Todavia, isto não quer dizer que 'O Juiz' seja um filme decepcionante. Longe disso. Só o fato de apresentar uma performance sensacional de Robert Duvall e Robert Downey Jr. sendo ele mesmo - uma vez mais -, porém, de forma inspirada. É bem verdade que falta um pouco do drama de tribunal ao filme, mas o enredo que mistura relacionamento familiar - o dualismo entre os personagens dos Robert é muito bem escrito - e investigação criminal consegue ganhar o espectador de imediato, que saboreará uma obra recheada de boas atuações e enredo atrativo, ou seja, uma peça de entretenimento com um pouco de reflexão. Indico a visita...
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Tucker - Um Homem e seu Sonho
3.6 58 Assista AgoraLeve, mas contundente, 'Tucker: Um Homem e seu Sonho' promove ao mesmo tempo um resgate histórico e uma crítica veemente ao modelo político-econômico vigente nos Estados Unidos (e no resto do globo a reboque) desde finda a II Guerra Mundial. O bom humor pode prevalecer durante quase toda a projeção, mas esta produção assinada por Francis Ford Coppola e estrelada por Jeff Bridges, Joan Allen e Martin Landeau é seríssima em sua crítica ao lobby e aos jogos de interesses promovidos pelos (e entre) grandes conglomerados empresariais/industriais e representantes políticos.
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Contos de Nova York
3.5 267 Assista AgoraProjeto único que reúne três dos maiores talentos da história do cinema norte-americano, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody Allen, 'Contos de Nova York' é uma antologia de três contos em média metragem, cada um dirigido por um dos três nomes citados, cujo laço se dá através da "Big Apple" como personagem (ou pano de fundo) das três histórias. Apesar da grande sacada, é notório que faltou um tantinho de inspiração aos cineastas na construção (especialmente no âmbito de roteiro) de cada um dos filmetes, sendo o mais interessante aquele conduzido por Allen, apesar de não trazer novidades em comparação a sua filmografia à época. Quanto aos demais, é certo que o dirigido por Coppola (baseado em argumento de sua filha Sofia, à época adolescente) configura-se como o menos interessante, enquanto o abraçado por Scorsese sagra-se mediano, apresentando bons e maus momentos. Mais interessante pelos nomes envolvidos que pelo resultado final, 'Contos de Nova York' merecia várias sequências, especialmente para colecionar diversos outros cineastas que têm a cidade como fonte mor para sua cinematografia...
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Drácula de Bram Stoker
4.0 1,4K Assista AgoraHorror gótico que privilegia o incômodo no fato de se amar o "impossível", esta versão de Francis Ford Coppola ao clássico de Bram Stoker revela um visual estonteante e uma das melhores - senão a melhor - composição de Drácula para o cinema (palmas para o magnético Gary Oldman), além de revelar um elenco excepcional - desfilam em cena nomes como Winona Ryder, Anthony Hopkins, Billy Campbell, Cary Elwes e o "amuleto" de Coppola, Tom Waits -. Uma pena que a montagem (Nicholas C. Smith, Glen Scantlebury e Anne Goursaud) acabe sabotando o poder do roteiro adaptado por James V. Hart, que vez ou outra parece "jogado" ou omisso. Certo mesmo é que 'Drácula de Bram Stoker' é uma ópera estilosíssima, que presta reverência as artes literária, teatral e, especialmente, à era de ouro do cinema.
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Vidas Sem Rumo
3.8 259Fabulesco e reverente, 'Vidas Sem Rumo' é um belo tributo de Francis Ford Coppola há uma época em que a distinção de classes poderia ser resolvida a socos e pontapés, mas também com abraços fraternais.
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O Fundo do Coração
3.5 61Mais conhecido como o filme que "afundou" Francis Ford Coppola e fez com que este ficasse "preso" a projetos de encomenda até meados da década de 1990 para sanar dívidas, 'O Fundo do Coração' foi fracasso de bilheteria e até hoje é visto com ressalvas pela comunidade de críticos, nem sempre de forma justa. Tudo bem que este musical cheio de "estilo" sofre por apresentar um roteiro raso e até mesmo convencional, mas o visual marcante e as canções assinadas Crystal Gale e Tom Waits, além do sempre competente trabalho de direção de Coppola, alçam este filme um degrau acima do fiasco publicizado, mas não tem poder de fogo de deixá-lo pelo menos três degraus afastados das grandes obras do cineasta ítalo-americano.
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Virgínia
2.3 256 Assista AgoraLiteratura pulp, estética teatral - resquício de Drácula? - e um ar de filme de John Carpenter *em sua fase mais B possível) pode ajudar a compreender um pouco melhor este mais recente exercício cinematográfico promovido por Francis Ford Coppola. "Vendida" como uma obra de horror, sua "pegada" está mais próxima a de um filme de mistério do que de sustos (praticamente nulos, por sinal). Há muita "liberdade artística" aqui, logo, é fácil de desgostar do que é apresentado em tela. Apesar de estar longe de ser o desastre defendido por tantos - há pontos positivos no longa, especialmente em sua fotografia (o jogo de luzes em uma de suas sequências finais é belíssimo) -, é fato que 'Virgínia' é um filme problemático, seja por conta de sua montagem (Robert Schafer) perdida, seja pela verborragia do roteiro (que mesmo assim não ajuda ao "entendimento" do espectador). A bem verdade a melhor palavra para descrevê-lo é incoerente. Não é ruim, mas também não chega a ser bom. Ainda mais quando o homem por trás da bagaça é ninguém menos que Francis Ford Coppola...
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O Homem Que Fazia Chover
3.8 148Último filme dirigido pelo Coppola "mainstream", 'O Homem Que Fazia Chover', adaptação de obra de John Grisham, é talvez o melhor filme "de encomenda" realizado pelo célebre cineasta. Composto de forma a agradar tanto ao público médio quanto aos amantes dos filmes mais celebrados de sua filmografia, 'O Homem Que Fazia Chover' é uma fábula coerente e um tanto pessimista do universo advocatício, transmutando um universo recheado de camadas em tons de cinza, cuja luz nem sempre atravessa. Fantástico acompanhar um Francis Ford Coppola empolgado em produzir uma obra comercial com pouquíssimas concessões - a exceção talvez seja o arco dramático envolvendo a personagem vivida por Claire Danes (apaixonante, por sinal), já que "quebra" um pouco a urgência pretendida pelo filme, dando-lhe uma conotação romântica que não encaixa tão bem ao cerne da trama - e um elenco recheado de (à época) jovens talentos (Matt Damon e Danes) e figuras consagradas do cinema (Jon Voight, Danny DeVito, Mickey Rourke, Danny Glover, Virginia Madsen e Roy Scheider) tão dispostos, entregando performances instigantes. Pouco se falou sobre à época de seu lançamento e hoje este é praticamente esquecido pelo público cinéfilo. Todavia, uma obra tão relevante e bem cuidada deveria ser redescoberta por público e crítica o mais rápido possível.
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Maze Runner: Correr ou Morrer
3.6 2,1K Assista AgoraDentre as recentes produções voltadas ao público "young adult", 'Maze Runner - Correr ou Morrer' encontra-se dentre as mais interessantes. Dirigida com competência pelo marinheiro de primeira viagem Wes Ball e apresentando uma trama que desperta interessa (mesmo que longe de original), a produção tem lá seus problemas, especialmente no que se refere a alguns elementos de sua "mitologia" e na condução de seu desfecho, mas mostra ser bastante promissora. Ao contrário de outras franquias "irmãs", acompanharei a sequência desta com gosto...
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Anjos da Lei 2
3.5 748 Assista AgoraEsta sequência de 'Anjos da Lei' não guarda o "frescor" do filme anterior, mas mostra-se divertida e comprova a química entre Channing Tatum e Jonah Hill. Se fosse uns 15 minutos mais curto certamente estaria nivelado ao filme "original". Um passatempo sem compromisso...
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