Queria entender quem ta falando que esse é um filme espetacular. Na realidade, eu tenho algumas suspeitas do porque desse efeito manada. Mas, bem, é um filme legal. Cinco minutos depois que acabou já tinha esquecido.
o Edward morreu e que o livro foi uma "carta de suicídio". Isso é a cabeça maluca de vocês querendo engrossar a sutileza da simbologia, o filme todo é abstrato. Só pq o Tony morre, não quer dizer que o Edward morreu. Aquela morte "acidental", tentando lidar com a situação, é o simbolismo de que ele foi até onde deu dentro do conflito interno dele, não conseguiu, até que finalmente ele pereceu diante daquela situação.
Ao escrever o livro e reconhecer isso, ele se livrou dessa culpa e desse autoflagelo de que perdeu a esposa e filhx por ser fraco, por não ter feito o que poderia, etc. O livro, na verdade, é ele finalmente superando, entendendo e se impondo. Não vejo como carta de suícidio nem de derrota, pelo contrário, é a vitória dele e a porta de entrada dele pra ter a vida de volta. Ali ele se vinga e ali ele segue em frente. É ele falando "eu tava lidando com isso errado". Agora que entendeu o que aconteceu com ele e sofreu tudo que tinha que sofrer até esgotar (até morrer no livro), eu agora posso falar sobre o que eu passei e mandar você tomar no olho do seu cú.
A versão do cinema é um bom filme, mas a versão do diretor é um filme completamente diferente. Eu não conheço um filme em que a versão completa mude tanto o filme, acrescente tanto, mude tanto a dinâmica e o sentido de alguns plots.
Eu acho uma pena Cruzada ter sofrido tanto. O filme é incrivelmente subestimado e enchincalhado, sem razão nenhuma a não ser o espírito de maria vai com as outras. Pra quem não sabe, o filme sofreu u boicote absurdo nos Estados Unidos principalmente, por conta de campanha da Igreja Católica Romana. Isso enfraqueceu demais. Se vc pegar, as criticas do filme não são ruins, mas ficou tão fragilizado o lancamento dele e ficou tão meia bomba que isso acabou passando pra opinião das pessoas também.
Claro, é filme primariamente de gênero, ele é epico hardcore. Mais do que isso, é um recorte, é sobre uma Cruzada ao contrario, basicamente. Não entendo quem fala mal, nao ouço um argumento de pq não gostam e pq gente grande ai influenciou seus fãs e seguidores a não curtir. Uma pena. Vão atrás da versão do diretor, vale muito a pena.
Revisitei Interstellar depois de anos. Só tinha visto uma vez, no cinema mesmo. Minha opinião mudou, eu gostei do filme dessa vez. É um bom filme, acho implicância demais de quem reclama do terceiro ato e das soluções, como também acho um exagero infantil de quem coloca ele como um filme espetacular.
A vontade de que esse filme seja um musical daqueles de antigamente é tão grande que as pessoas estão cegas de que ele não é nada disso, é um filme nota oito e com um problema gravíssimo na escalação do protagonista masculino. Mas cinéfilos teens leite com pêra que chamam tudo de "hino" e "filmão desses, bicho" jamais aceitarão. Por enquanto, pelo menos.
Não entendo a reação negativa das pessoas. Sério mesmo. Não li o livro. Tenho a impressão de que seja melhor que o filme mesmo.
Mas eu sou muito mais fã de cinema do que de literatura, e este filme aqui funciona. Eu adorei, me surpreendi. Fui com a expectativa bem pé atrás e tive uma surpresa muito agradável. Imagino que não corresponda a expectativa (infantil, na minha opinião) de querer algo bombástico, de desgostar do ritmo, etc. Ele é cadenciado, tem paciência, a Emily Blunt destrói de linda. Rebecca Ferguson ta matando a pau (cada vez mais me apaixono por ela, que atriz interessante!). Ninguém destoa em atuação, embora eu desgoste do casting do Luke Evans. Não acho que seja um filme fraco, nem filme B ou filme de locadora. Acho que ele se sustenta sim, embora não tenha uma fotografia de gente grande, etc. Mas isso não importa muito pra mim quando roteiro e atuação encaixam. Sendo assim, a direção não atrapalha tanto.
O filme tem substância e essa substância compensa alguns momentos de suspensão de descrença que você teria se não fosse isso, o que entendo que é muito mais mérito do livro, mas o roteiro entrega bem e a Emily Blunt segura lindamente. Ela eleva demais, impressionante como ela é uma das atrizes mais subestimadas de Hollywood, pra mim ela ta hoje no top 10 de atrizes na ativa, fácil.
Como gênero talvez não agrade quem esperava um thriller ou suspense, ele não é agudo em nenhum dos dois, já que se mistura muito ao drama. É um filme que eu vi sozinho e acho que pra ver com galera, por exemplo, não é a melhor opção de suspense para a maioria.
No fim das contas, durante o filme inteiro eu quis ninar a Rachel, queria oferecer meu casaco pra ela e dar um abraço. E isso se manteve durante toda a duração, não mudou. Mérito da atriz e, embora não seja nada demais e escorregue lindamente em certos momentos, Tate Taylor toma algumas decisões bem interessantes. Fiquei temeroso pela Rachel como raramente fico com personagens, raramente mesmo. E isso é êxito. O restante, até as revelações, elas compõem bem mas estão abaixo e a serviço da personagem. Ela é quem importa.
Por causa desse carinho que criei pela Rachel em menos de duas horas, entra nos meus favoritos. A Garota do Trem podia ser melhor, mas não me deveu nada. Gostei muito. Me fez feliz. Quatro estrelas.
Ótimo filme de gênero. De Niro em certo momento interpreta igual um personagem muito famoso de um filme do Scorsese que ficou marcado na carreira dele. Idêntico. O que não torna ruim por soar parecido, até porque é incrível. Não faz mal reciclar. Funciona.
Meu Pai Celeste, que decepção! Quase tudo puramente preguiçoso, fora de lugar, mal feito. Um filme em que o Matt Damon parece inclusive que não ta no papel, não conseguiu entrar de volta naquele cara. Damon envelheceu, e o filme não usa isso a seu favor. Bourne não parece Bourne, parece um Jack Ryan genérico.
O trunfo desse filme pra construir uma linha ainda com o que ficou era a personagem da Julia Stiles, e você ao invés de usar a mina de ouro que era o relacionamento dos dois, você joga ela fora? Pra que? O roteiro cria outra coisa nova (querendo enfiar na nossa goela como se já tivesse lá e devêssemos importar com um flashback com um cara que nunca ouvimos falar antes) ao invés de explorar tanta coisa mal resolvida entre Bourne e a Nicky, que o terceiro filme foi muito bom e sutil ao deixar a ponta aberta pra depois ser aproveitado. Lamentável.
Nada neste filme é afiado. A direção é surpreendentemente sem inspiração, as atuações são sem inspiração, as cenas de ação são irreconhecíveis da série, parece um filme genérico. A trilha sonora do John Powell não voltou legal, embora ainda lembre de leve os anteriores. E isso é que me espanta. Toda a equipe voltou, todo mundo, e ninguém ta afiado. Que preguiça, que desperdício. Que vontade é essa de jogar tudo que o Bourne pode ter fora. Jogaram fora a Marie no segundo filme (muito bem jogado, ali teve propósito) e agora jogaram fora a Nicky também. Eu não entendo. Bourne sempre foi profundo pelas incógnitas, mas agora que não tem mais nenhuma, ele não é nada além de um cara que SEQUER consegue ficar um passo a frente com aquele estilo de antes. Cadê o Bourne que ta te olhando do prédio da frente enquanto fala com você no celular? Cadê o cara que conta passos daqui até lá pra arquitetar algo certinho por conhecer tão bem a CIA? Cadê o cara que sabe sair de qualquer situação sem ser simplesmente entrar em algum lugar dando tiro? A única coisa inteligente e tática que Bourne usa o filme inteiro é criar o tumulto pra pegar o Smith (por uma plot totalmente nada a ver e quem se importa, inclusive), coisa que ele já usou tanto no Ultimato quanto na Supremacia. O cara tá mais velho, devia ser ainda mais tático do que na força. O cara precisa que alguém avise pra ele que tem equipes chegando, coisa que nos filmes anteriores ele saberia exatamente quanto tempo teria. Como que Jason Bourne fica exposto na frente de uma janela gigante de um prédio enquanto lê arquivos confidenciais? Quem escreveu isso e como ninguém falou "gente, peraí..."? Inacreditável.
A única coisa que é excelente no longa é a personagem da Alicia Vikander e todo seu lance de "trazer ele de volta". A Heather Lee é a melhor personagem da franquia inteira. Ela é melhor que o Bourne, desde a escalação da atriz, a composição dela, ao figurino dela, ao jeito de olhar enquanto fala, a motivação compreensível e ao mesmo tempo incerta. VIkander manda muito bem e tem um potencial de ser muito bem explorada, mas já começa num filme assim? Com uma origem dessas? Fantástica e mal utilizado num filme chato, mal montado (quem diria você falar isso de um filme do Paul Greengrass), caindo na idiotice de usar VIncent Cassel como antagonista clichè sem back nenhum (ele é simplesmente o Vincent Cassel, pronto, eis o vilão físico), o que sequer precisava. Os outros três filmes não aprofundavam no "vilão físico", porque o foco era inclusive deixar claro que todo cara de campo é puramente peão e nada mais. Tommy Lee Jones é um repeteco ruim e totalmente sem noção de mais um engravatado dos filmes de antes. Quem é esse cara? Porque eu me importo com ele e porque o filme tenta me colocar que já deviamos ter conhecido ele antes? Fala sério.
Você termina o terceiro filme com a imagem do Bourne saindo nadando vivo do rio, imaginando a nova vida dele, pra tu não me mostrar nada além de cena de luta no começo da vida dele? Pra fazer um filme com a batida dinâmica de chefões do governo coordenando operações dando ordens a funcionários de fone de ouvido em frente a um telão? Pra me mostrar Jason Bourne dirigindo um Audi de luxo na Alemanha?
Eu acho que nunca levei um soco na cara tão forte quanto o que levei assistindo "Réquiem Para Um Sonho".
Além disso, Aronofsky dá uma aula! De longe o melhor filme dele, mas de longe! E não me venha dizer que Cisne Negro chega aos pés disso aqui, porque não chega. Aronofsky é este filme, é esta fotografia, é essa montagem, é aquela cena final e é essa mensagem forte na sua cara que de alguma forma ta dizendo que o vício é inerente ao ser humano. Todos nós temos.
E o que cria esses vícios? O que cria essa fuga? O que é essa fuga, se não uma vontade humilhante dentro da gente de voltar para aquilo que a gente mais ama? Que faz a gente achar que tem valor?
Mano, esse filme é um buraco sem fundo de profundidade. É um espelho na nossa cara. É uma obra de arte do cinema, com C maíusculo 72 negrito em Times New Roman.
Bravo, Sr. Aronofsky. O senhor não precisa fazer mais filmes, ta? E se for pegar seu último filme como prova de um dos seus exemplares, é até um conselho isso: pare. Já temos sua obra prima, e por isso somos eternamente gratos.
Ainda não entendo como alguém consegue criticar esse filme. Os "defeitos" tais quais a Carrie Fischer atuando pessimamente mal são quase um sacrilégio de serem levados em conta, pelo amor de Deus.
Por este motivo "Star Wars: O Despertar da Força" é um filme perfeito, dentro do possível. Talvez o filme mais embebido de emoção e de nostalgia não-jogados-na-sua-cara-de-qualquer-jeito já produzido.
Não tem como não amar. A conexão emocional que esse filme não precisava de muito pra ter feito, e a escolha dele de ainda assim fazer, e tudo com tanto cuidado e de modo tão carinhoso, é estrondosa.
Não tem o que falar. Não tem o que opinar, o que criticar. Eu só tenho a agradecer. Eu assisti quatro vezes no cinema, com companhias diferentes, e foram quatro sensações incríveis e diferentes. Só não chorei na quarta vez.
Revi hoje. Só tinha assistido uma vez, no cinema, numa das sessões mais divertidas que já tive o prazer de estar. Meu amigo Ciro estava comigo. Precisamos fazer isso mais vezes, toda vez que vou ao cinema com ele a sessão coincide em um filme hiper divertido e público animado.
Enfim, confesso que a sessão ajudou. O filme não foi tão espetaculoso e divertido quando eu lembrava, mas ainda é bom. Foi um pouco decepcionante, porque eu lembrava ser MUITO bom. Minha nota aqui estava em 4,5 estrelas.
Vou diminuir. 3 estrelas. É um bom filme, um dos melhores da Marvel. Eu julgava ser o melhor, e é essa própria fórmula Marvel que põe ele pra baixo. Como um filme têm um vilão que o próprio filme na metade perde o interesse nele e se interessa em um que mal está no filme e será o antagonista de outros? Tira totalmente o peso do cara, que sequer é trabalhado. É só um vilão, que ganha muito mais valor na nossa cabeça pelo ódio que um dos protagonistas sente por ele, mas que nunca é aprofundado (o que acho que também só prejudicaria o longa) o suficiente.
O carisma dos guardiões levam o filme nas costas. Tem momentos no final que as cenas de ação nem te importam, ficam chatas, porque você só quer ver de novo a interação dos caras juntos. O filme é isso. O resto, é bem genérico.
Aliás, falando em genérico e em fórmula Marvel, vocês já se tocaram que NENHUMA trilha sonora incidental de NENHUM filme da Marvel é marcante? Tirando a trilha do primeiro Vingadores, do Alan Silvestri, todas são genéricas do começo ao fim. Esse é o espírito da fórmula Marvel, filmes com interesse an passant neles mesmos, se não em seus personagens e em algo futuro que eles terão que enfrentar.
Talvez por isso tenhamos tantos vilões whatevers e mal feitos nos filmes do estúdio, tirando o vilão do Vingadores (de novo).
É uma pena, porque James Gunn acerta muito aqui, e eu lamento pelo Kevin Feige e sua fórmula de produtos vendidos em pacote. Dá muito mais dinheiro, te mantém fisgado em um universo. Mas como consumidor de cinema, eu estou interessado em filmes, não em um universo. Acho a importância invertida aí. Os filmes deveriam valorizar o universo, mas Kevin Feige tem o pensamento contrário. Por algum motivo ele acha que os universos potenciais são suficiente pra tornar os filmes legais.
Essa é a minha opinião. Nada disso tira o mérito de Guardiões da Galáxiacomo um filme que consegue superar isso tudo e ter personalidade. Ansioso pelo Vol. 2.
Um dos melhores filmes de zumbi que eu já vi. Não sou fã do tema, o que é prova de como pra mim o longa transcende o gênero e me trouxe pra dentro dele.
como por exemplo uma gestante sobreviver a isso tudo e o fato de um antagonista bem trabalhado até os 40 do segundo tempo ir se tornando em um mero vilão bobo no final.
Mas, no fim das contas, eu entrei achando que teria que suspender muito mais, e me surpreendi. Filme coreano sobre zumbi? Eu fui esperando galhofa pura, e por 30 segundos quando a primeira infectada aparece, eu achei que teria exatamente isso. E não. Não tive.
É um bom filme, não só de gênero. Se avaliado dentro do que se propõe, se sai melhor ainda. Envolve, tem paciência na construção do roteiro e demonstra saber o que está fazendo, por maior parte do filme.
Acho que tem momentos em que o diretor se mostra muito preocupado em mostrar que "está ali dirigindo" ao invés de nos deixar envolver lá pro final, com algumas coisas até de edição que ficam transparentes em questão de maniqueísmo até, mas que de forma alguma te tiram do filme e só se destacam porque durante todo o filme a direção parece bem redondinha. Dentro da proposta, suspendendo poucas coisas, é um filme que passa.
Bom ator esse Gong-Yoo, inclusive. E quando você bota no papel que ele tinha tudo pra ser um filme apelativo e não foi, construído direitinho, ganha mais pontos. É um filme bem sólido e merece o buzz que ta tendo internacionalmente, até porque ele foi claramente pensado em agradar não só coreanos. Tem um quê de que foi pensado muito em agradar o público ocidental, até por conta do tema.
ontem a noite minha estimada namorada me levou para assistir o novo filme de Woody Allen; protagonizado por Lex Luthor, Bella Swan, Michael Scott e Serena van der Woodsen.
Meus amigos, um dos melhores filmes do ano! Woody Allen em ótima forma, fazendo o de sempre, e o de sempre é fantástico! O de sempre feito bem, com coração, sem precisar ter propósito nenhum a não ser contar a mesma história sobre um mesmo alter ego do criador em mais uma história de mundo paralelo onde ele gostaria de estar e reviver os mesmos padrões.
Eu adoro Woody Allen e confesso que esperaria pra ver este filme em casa, mas fui muito bem convencido por minha namorada a vermos Café Society e ela é prova de que durante o filme inteiro eu estava com um sorriso aberto no rosto. Que maravilha, gente. Pra quem não gosta de Woody Allen (ou não está familiarizado e venha a não gostar vendo-o pela primeira vez) será um lamento, um filme "sem propósito", uma besteira. O que é uma pena, porque eu me deliciei com este filme como não me delicio com um filme de Woody Allen desde "Meia-noite em Paris". E se Allen foi mais universal em "Meia-noite em Paris", aqui ele volta ao seu humor tradicional e sua trama nova-iorquina com um Jesse Eissenberg que põe muito dele mas se vê a direção de Allen afiada para transformá-lo em mais um alter ego.
Eu adorei. Dá pra você ver em cada cena o Woody Allen ali, sentado em um banquinho assistindo seus atores, ao invés de ficar olhando-os pelo monitor da câmera. Um dos únicos diretores hoje em dia que ainda é assim. E valeu cada fotograma.
Não vamos ver "Café Society" indicado a nada. Não é um dos melhores roteiros, não é uma das melhores direções nem nada do Allen. Mas é sim, um dos melhores filmes dele no quesito principal pra mim: filme do Woody Allen. É isso que eu espero, e foi isso que eu recebi com louvores.
Quanto mais eu paro pra pensar, mais esse filme se torna genial. Eu dei quatro estrelas na época, e o filme me incomodou muito. Gente aqui reclamando muito que é repetitivo, que ele é quase explícito, longo, exagerado, contra a moral, etc.
GENTE!
Você percebe o quanto Scorsese é gênio quando vê que o efeito que ele queria acontece, e pior: isso faz parte do filme! Essa reação de tantos que eu to vendo aqui e vi (e eu fui um, caindo como um patinho ao sair do cinema com um gosto ruim na boca) é exatamente o ponto.
É quase dar um spoiler, apesar de não ser nenhuma revelação, mas fica a dica: porque será que é exagerado? Porque será que ele te cansa, sem pausa, sem break, te deixando enjoado sem parar? Porque ele continua dando pancada no seu senso de moral quando você já disse mentalmente "chega, né... ta bom!"?
Veja direitinho que a resposta está lá, em tudo que você está olhando mas não está endo. Esse filme é um dos POUQUÍSSIMOS filmes recentes em que o cinema é usado como arte, e leva a discussão (que não é mais discussão, é realidade) se cinema é arte ou entretenimento. Num mundo contemporâneo onde o cinema virou um subtopico da cultura pop e tem que estar interligado com quadrinho, com livro, etc (e sua qualidade é mensurada paralelo ao seu "material original"), aqui temos um cinemão, sem essa coisa multimídia que o Birdman do Iñarritu (que eu nem gosto tanto) colocou um pouco. Cinema não é mais cinema, infelizmente. Virou um pedaço da pipoca da cultura pop, e com isso a gente perde. Cinema não é sétima arte por acaso.
Um dos melhores Scorseses e um Oscar não dado ao DiCaprio que foi CRIMINOSO, o cara está um monstro num filme que dá pra estudar. Fantástico. Scorsese brinca de dirigir, DiCaprio brinca de atuar, se doa, digno de aplausos. Leonardo DiCaprio é o Marlon Brando da nossa geração: o cara que nasceu como um sex symbol que não era nem um bobo na atuação, mas descobriram no meio do caminho um ator colossal que só melhora com a idade.
Eu gostei, sinto muito. Acho que não é nada sábio colocar opinião aqui, com tanto fanboy imaturo. Aqui tudo se resume a "espetacular" ou "lixo". Lamentável.
P.S.: Não dá pra não falar da "atuação" vergonhosa dessa Cara Delevingne. Gente, pelo amor de Deus! Alguém me explica quem inventou essa menina, porque alguém dá dinheiro pra essa mulher ser "atriz" em um filme desse tamanho. Volta pra passarela, querida. Se não levar Framboesa de Ouro, é uma das maiores injustiças da premiação. Vão você e o Jesse Lex Luthor Zuckerberg fazerem dobradinhas de ator coadjuvante.
A maior decepção do ano pra mim. Não tanto por este, mas por mexer com o original. O que é até inofensivo, porque esse filme é tão abaixo de qualquer filme da Pixar antes de "voltar" a Disney de verdade que nem chega a ser levado a sério.
Sabe o que esse filme parece? Rei Leão 2. Pocahontas 2. Mulan 2. Algum filme que foi direto pra DVD só pras crianças se divertirem, mas não conta como algo oficial. É assim que eu me sinto com Procurando Dory. E eu começo a temer de verdade pelo futuro artístico da Pixar, que vai continuar ganhando dinheiro (e ainda tem muito crédito pra fazer filmes medíocres antes que nego pare de puxar saco de qualquer coisa que eles façam).
Sabemos que a produção foi conturbada, mas pega Ben-Hur que é de um ano antes e compara com a produção, o figurino, os efeitos, o texto, os diálogos. Tudo é gritantemente inferior. E Kirk Douglas que me desculpe, mas Charlton Heston canastrão faz um revoltado contra Roma um bilhão de vezes melhor.
Sinto muito, mas não dá pra pagar pau. Tem coisa na época infinitamente melhor no gênero.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraQueria entender quem ta falando que esse é um filme espetacular. Na realidade, eu tenho algumas suspeitas do porque desse efeito manada. Mas, bem, é um filme legal. Cinco minutos depois que acabou já tinha esquecido.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraMé.
Yesterday: A Trilha do Sucesso
3.4 1,0KLindo filme! Lindo! Um dos melhores do ano. Pra mim, o melhor roteiro do ano.
Coração Valente
4.1 1,3K Assista AgoraComo que esse filme só tem 4.1 aqu?
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraEu só quero dizer aqui que eu discordo de todo mundo ai que ta dizendo que
o Edward morreu e que o livro foi uma "carta de suicídio". Isso é a cabeça maluca de vocês querendo engrossar a sutileza da simbologia, o filme todo é abstrato. Só pq o Tony morre, não quer dizer que o Edward morreu. Aquela morte "acidental", tentando lidar com a situação, é o simbolismo de que ele foi até onde deu dentro do conflito interno dele, não conseguiu, até que finalmente ele pereceu diante daquela situação.
Ao escrever o livro e reconhecer isso, ele se livrou dessa culpa e desse autoflagelo de que perdeu a esposa e filhx por ser fraco, por não ter feito o que poderia, etc. O livro, na verdade, é ele finalmente superando, entendendo e se impondo. Não vejo como carta de suícidio nem de derrota, pelo contrário, é a vitória dele e a porta de entrada dele pra ter a vida de volta. Ali ele se vinga e ali ele segue em frente. É ele falando "eu tava lidando com isso errado". Agora que entendeu o que aconteceu com ele e sofreu tudo que tinha que sofrer até esgotar (até morrer no livro), eu agora posso falar sobre o que eu passei e mandar você tomar no olho do seu cú.
Essa é a minha visáo.
Cruzada
3.4 631 Assista AgoraA versão do cinema é um bom filme, mas a versão do diretor é um filme completamente diferente. Eu não conheço um filme em que a versão completa mude tanto o filme, acrescente tanto, mude tanto a dinâmica e o sentido de alguns plots.
Eu acho uma pena Cruzada ter sofrido tanto. O filme é incrivelmente subestimado e enchincalhado, sem razão nenhuma a não ser o espírito de maria vai com as outras. Pra quem não sabe, o filme sofreu u boicote absurdo nos Estados Unidos principalmente, por conta de campanha da Igreja Católica Romana. Isso enfraqueceu demais. Se vc pegar, as criticas do filme não são ruins, mas ficou tão fragilizado o lancamento dele e ficou tão meia bomba que isso acabou passando pra opinião das pessoas também.
Claro, é filme primariamente de gênero, ele é epico hardcore. Mais do que isso, é um recorte, é sobre uma Cruzada ao contrario, basicamente. Não entendo quem fala mal, nao ouço um argumento de pq não gostam e pq gente grande ai influenciou seus fãs e seguidores a não curtir. Uma pena. Vão atrás da versão do diretor, vale muito a pena.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraEu estou estupefato com os comentários e resenhas aqui. Vocês são malucos!
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraRevisitei Interstellar depois de anos. Só tinha visto uma vez, no cinema mesmo. Minha opinião mudou, eu gostei do filme dessa vez. É um bom filme, acho implicância demais de quem reclama do terceiro ato e das soluções, como também acho um exagero infantil de quem coloca ele como um filme espetacular.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraUm colosso.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraA vontade de que esse filme seja um musical daqueles de antigamente é tão grande que as pessoas estão cegas de que ele não é nada disso, é um filme nota oito e com um problema gravíssimo na escalação do protagonista masculino. Mas cinéfilos teens leite com pêra que chamam tudo de "hino" e "filmão desses, bicho" jamais aceitarão. Por enquanto, pelo menos.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraNão entendo a reação negativa das pessoas. Sério mesmo. Não li o livro. Tenho a impressão de que seja melhor que o filme mesmo.
Mas eu sou muito mais fã de cinema do que de literatura, e este filme aqui funciona. Eu adorei, me surpreendi. Fui com a expectativa bem pé atrás e tive uma surpresa muito agradável. Imagino que não corresponda a expectativa (infantil, na minha opinião) de querer algo bombástico, de desgostar do ritmo, etc. Ele é cadenciado, tem paciência, a Emily Blunt destrói de linda. Rebecca Ferguson ta matando a pau (cada vez mais me apaixono por ela, que atriz interessante!). Ninguém destoa em atuação, embora eu desgoste do casting do Luke Evans. Não acho que seja um filme fraco, nem filme B ou filme de locadora. Acho que ele se sustenta sim, embora não tenha uma fotografia de gente grande, etc. Mas isso não importa muito pra mim quando roteiro e atuação encaixam. Sendo assim, a direção não atrapalha tanto.
O filme tem substância e essa substância compensa alguns momentos de suspensão de descrença que você teria se não fosse isso, o que entendo que é muito mais mérito do livro, mas o roteiro entrega bem e a Emily Blunt segura lindamente. Ela eleva demais, impressionante como ela é uma das atrizes mais subestimadas de Hollywood, pra mim ela ta hoje no top 10 de atrizes na ativa, fácil.
Como gênero talvez não agrade quem esperava um thriller ou suspense, ele não é agudo em nenhum dos dois, já que se mistura muito ao drama. É um filme que eu vi sozinho e acho que pra ver com galera, por exemplo, não é a melhor opção de suspense para a maioria.
No fim das contas, durante o filme inteiro eu quis ninar a Rachel, queria oferecer meu casaco pra ela e dar um abraço. E isso se manteve durante toda a duração, não mudou. Mérito da atriz e, embora não seja nada demais e escorregue lindamente em certos momentos, Tate Taylor toma algumas decisões bem interessantes. Fiquei temeroso pela Rachel como raramente fico com personagens, raramente mesmo. E isso é êxito. O restante, até as revelações, elas compõem bem mas estão abaixo e a serviço da personagem. Ela é quem importa.
Por causa desse carinho que criei pela Rachel em menos de duas horas, entra nos meus favoritos. A Garota do Trem podia ser melhor, mas não me deveu nada. Gostei muito. Me fez feliz. Quatro estrelas.
O Amigo Oculto
3.6 1,2K Assista AgoraÓtimo filme de gênero. De Niro em certo momento interpreta igual um personagem muito famoso de um filme do Scorsese que ficou marcado na carreira dele. Idêntico. O que não torna ruim por soar parecido, até porque é incrível. Não faz mal reciclar. Funciona.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraBesta com os comentários aqui.
Jason Bourne
3.5 460 Assista AgoraMeu Pai Celeste, que decepção! Quase tudo puramente preguiçoso, fora de lugar, mal feito. Um filme em que o Matt Damon parece inclusive que não ta no papel, não conseguiu entrar de volta naquele cara. Damon envelheceu, e o filme não usa isso a seu favor. Bourne não parece Bourne, parece um Jack Ryan genérico.
O trunfo desse filme pra construir uma linha ainda com o que ficou era a personagem da Julia Stiles, e você ao invés de usar a mina de ouro que era o relacionamento dos dois, você joga ela fora? Pra que? O roteiro cria outra coisa nova (querendo enfiar na nossa goela como se já tivesse lá e devêssemos importar com um flashback com um cara que nunca ouvimos falar antes) ao invés de explorar tanta coisa mal resolvida entre Bourne e a Nicky, que o terceiro filme foi muito bom e sutil ao deixar a ponta aberta pra depois ser aproveitado. Lamentável.
Nada neste filme é afiado. A direção é surpreendentemente sem inspiração, as atuações são sem inspiração, as cenas de ação são irreconhecíveis da série, parece um filme genérico. A trilha sonora do John Powell não voltou legal, embora ainda lembre de leve os anteriores. E isso é que me espanta. Toda a equipe voltou, todo mundo, e ninguém ta afiado. Que preguiça, que desperdício. Que vontade é essa de jogar tudo que o Bourne pode ter fora. Jogaram fora a Marie no segundo filme (muito bem jogado, ali teve propósito) e agora jogaram fora a Nicky também. Eu não entendo. Bourne sempre foi profundo pelas incógnitas, mas agora que não tem mais nenhuma, ele não é nada além de um cara que SEQUER consegue ficar um passo a frente com aquele estilo de antes. Cadê o Bourne que ta te olhando do prédio da frente enquanto fala com você no celular? Cadê o cara que conta passos daqui até lá pra arquitetar algo certinho por conhecer tão bem a CIA? Cadê o cara que sabe sair de qualquer situação sem ser simplesmente entrar em algum lugar dando tiro? A única coisa inteligente e tática que Bourne usa o filme inteiro é criar o tumulto pra pegar o Smith (por uma plot totalmente nada a ver e quem se importa, inclusive), coisa que ele já usou tanto no Ultimato quanto na Supremacia. O cara tá mais velho, devia ser ainda mais tático do que na força. O cara precisa que alguém avise pra ele que tem equipes chegando, coisa que nos filmes anteriores ele saberia exatamente quanto tempo teria. Como que Jason Bourne fica exposto na frente de uma janela gigante de um prédio enquanto lê arquivos confidenciais? Quem escreveu isso e como ninguém falou "gente, peraí..."? Inacreditável.
A única coisa que é excelente no longa é a personagem da Alicia Vikander e todo seu lance de "trazer ele de volta". A Heather Lee é a melhor personagem da franquia inteira. Ela é melhor que o Bourne, desde a escalação da atriz, a composição dela, ao figurino dela, ao jeito de olhar enquanto fala, a motivação compreensível e ao mesmo tempo incerta. VIkander manda muito bem e tem um potencial de ser muito bem explorada, mas já começa num filme assim? Com uma origem dessas? Fantástica e mal utilizado num filme chato, mal montado (quem diria você falar isso de um filme do Paul Greengrass), caindo na idiotice de usar VIncent Cassel como antagonista clichè sem back nenhum (ele é simplesmente o Vincent Cassel, pronto, eis o vilão físico), o que sequer precisava. Os outros três filmes não aprofundavam no "vilão físico", porque o foco era inclusive deixar claro que todo cara de campo é puramente peão e nada mais. Tommy Lee Jones é um repeteco ruim e totalmente sem noção de mais um engravatado dos filmes de antes. Quem é esse cara? Porque eu me importo com ele e porque o filme tenta me colocar que já deviamos ter conhecido ele antes? Fala sério.
Você termina o terceiro filme com a imagem do Bourne saindo nadando vivo do rio, imaginando a nova vida dele, pra tu não me mostrar nada além de cena de luta no começo da vida dele? Pra fazer um filme com a batida dinâmica de chefões do governo coordenando operações dando ordens a funcionários de fone de ouvido em frente a um telão? Pra me mostrar Jason Bourne dirigindo um Audi de luxo na Alemanha?
Sinto muito, mas este não é Jason Bourne.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraEu acho que nunca levei um soco na cara tão forte quanto o que levei assistindo "Réquiem Para Um Sonho".
Além disso, Aronofsky dá uma aula! De longe o melhor filme dele, mas de longe! E não me venha dizer que Cisne Negro chega aos pés disso aqui, porque não chega. Aronofsky é este filme, é esta fotografia, é essa montagem, é aquela cena final e é essa mensagem forte na sua cara que de alguma forma ta dizendo que o vício é inerente ao ser humano. Todos nós temos.
E o que cria esses vícios? O que cria essa fuga? O que é essa fuga, se não uma vontade humilhante dentro da gente de voltar para aquilo que a gente mais ama? Que faz a gente achar que tem valor?
Mano, esse filme é um buraco sem fundo de profundidade. É um espelho na nossa cara. É uma obra de arte do cinema, com C maíusculo 72 negrito em Times New Roman.
Bravo, Sr. Aronofsky. O senhor não precisa fazer mais filmes, ta? E se for pegar seu último filme como prova de um dos seus exemplares, é até um conselho isso: pare. Já temos sua obra prima, e por isso somos eternamente gratos.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraAinda não entendo como alguém consegue criticar esse filme. Os "defeitos" tais quais a Carrie Fischer atuando pessimamente mal são quase um sacrilégio de serem levados em conta, pelo amor de Deus.
Por este motivo "Star Wars: O Despertar da Força" é um filme perfeito, dentro do possível. Talvez o filme mais embebido de emoção e de nostalgia não-jogados-na-sua-cara-de-qualquer-jeito já produzido.
Não tem como não amar. A conexão emocional que esse filme não precisava de muito pra ter feito, e a escolha dele de ainda assim fazer, e tudo com tanto cuidado e de modo tão carinhoso, é estrondosa.
Não tem o que falar. Não tem o que opinar, o que criticar. Eu só tenho a agradecer. Eu assisti quatro vezes no cinema, com companhias diferentes, e foram quatro sensações incríveis e diferentes. Só não chorei na quarta vez.
Eu só agradeço, aplaudo e espero por dezembro.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraRevi hoje. Só tinha assistido uma vez, no cinema, numa das sessões mais divertidas que já tive o prazer de estar. Meu amigo Ciro estava comigo. Precisamos fazer isso mais vezes, toda vez que vou ao cinema com ele a sessão coincide em um filme hiper divertido e público animado.
Enfim, confesso que a sessão ajudou. O filme não foi tão espetaculoso e divertido quando eu lembrava, mas ainda é bom. Foi um pouco decepcionante, porque eu lembrava ser MUITO bom. Minha nota aqui estava em 4,5 estrelas.
Vou diminuir. 3 estrelas. É um bom filme, um dos melhores da Marvel. Eu julgava ser o melhor, e é essa própria fórmula Marvel que põe ele pra baixo. Como um filme têm um vilão que o próprio filme na metade perde o interesse nele e se interessa em um que mal está no filme e será o antagonista de outros? Tira totalmente o peso do cara, que sequer é trabalhado. É só um vilão, que ganha muito mais valor na nossa cabeça pelo ódio que um dos protagonistas sente por ele, mas que nunca é aprofundado (o que acho que também só prejudicaria o longa) o suficiente.
O carisma dos guardiões levam o filme nas costas. Tem momentos no final que as cenas de ação nem te importam, ficam chatas, porque você só quer ver de novo a interação dos caras juntos. O filme é isso. O resto, é bem genérico.
Aliás, falando em genérico e em fórmula Marvel, vocês já se tocaram que NENHUMA trilha sonora incidental de NENHUM filme da Marvel é marcante? Tirando a trilha do primeiro Vingadores, do Alan Silvestri, todas são genéricas do começo ao fim. Esse é o espírito da fórmula Marvel, filmes com interesse an passant neles mesmos, se não em seus personagens e em algo futuro que eles terão que enfrentar.
Talvez por isso tenhamos tantos vilões whatevers e mal feitos nos filmes do estúdio, tirando o vilão do Vingadores (de novo).
É uma pena, porque James Gunn acerta muito aqui, e eu lamento pelo Kevin Feige e sua fórmula de produtos vendidos em pacote. Dá muito mais dinheiro, te mantém fisgado em um universo. Mas como consumidor de cinema, eu estou interessado em filmes, não em um universo. Acho a importância invertida aí. Os filmes deveriam valorizar o universo, mas Kevin Feige tem o pensamento contrário. Por algum motivo ele acha que os universos potenciais são suficiente pra tornar os filmes legais.
Essa é a minha opinião. Nada disso tira o mérito de Guardiões da Galáxiacomo um filme que consegue superar isso tudo e ter personalidade. Ansioso pelo Vol. 2.
Invasão Zumbi
4.0 2,0K Assista AgoraUm dos melhores filmes de zumbi que eu já vi. Não sou fã do tema, o que é prova de como pra mim o longa transcende o gênero e me trouxe pra dentro dele.
Lógico que você precisa suspender muita coisa,
como por exemplo uma gestante sobreviver a isso tudo e o fato de um antagonista bem trabalhado até os 40 do segundo tempo ir se tornando em um mero vilão bobo no final.
É um bom filme, não só de gênero. Se avaliado dentro do que se propõe, se sai melhor ainda. Envolve, tem paciência na construção do roteiro e demonstra saber o que está fazendo, por maior parte do filme.
Acho que tem momentos em que o diretor se mostra muito preocupado em mostrar que "está ali dirigindo" ao invés de nos deixar envolver lá pro final, com algumas coisas até de edição que ficam transparentes em questão de maniqueísmo até, mas que de forma alguma te tiram do filme e só se destacam porque durante todo o filme a direção parece bem redondinha. Dentro da proposta, suspendendo poucas coisas, é um filme que passa.
Bom ator esse Gong-Yoo, inclusive. E quando você bota no papel que ele tinha tudo pra ser um filme apelativo e não foi, construído direitinho, ganha mais pontos. É um filme bem sólido e merece o buzz que ta tendo internacionalmente, até porque ele foi claramente pensado em agradar não só coreanos. Tem um quê de que foi pensado muito em agradar o público ocidental, até por conta do tema.
Bom filme. Uma surpesa. Nota 4/5.
Café Society
3.3 530 Assista AgoraMeus queridos amores,
ontem a noite minha estimada namorada me levou para assistir o novo filme de Woody Allen; protagonizado por Lex Luthor, Bella Swan, Michael Scott e Serena van der Woodsen.
Meus amigos, um dos melhores filmes do ano! Woody Allen em ótima forma, fazendo o de sempre, e o de sempre é fantástico! O de sempre feito bem, com coração, sem precisar ter propósito nenhum a não ser contar a mesma história sobre um mesmo alter ego do criador em mais uma história de mundo paralelo onde ele gostaria de estar e reviver os mesmos padrões.
Eu adoro Woody Allen e confesso que esperaria pra ver este filme em casa, mas fui muito bem convencido por minha namorada a vermos Café Society e ela é prova de que durante o filme inteiro eu estava com um sorriso aberto no rosto. Que maravilha, gente. Pra quem não gosta de Woody Allen (ou não está familiarizado e venha a não gostar vendo-o pela primeira vez) será um lamento, um filme "sem propósito", uma besteira. O que é uma pena, porque eu me deliciei com este filme como não me delicio com um filme de Woody Allen desde "Meia-noite em Paris". E se Allen foi mais universal em "Meia-noite em Paris", aqui ele volta ao seu humor tradicional e sua trama nova-iorquina com um Jesse Eissenberg que põe muito dele mas se vê a direção de Allen afiada para transformá-lo em mais um alter ego.
Eu adorei. Dá pra você ver em cada cena o Woody Allen ali, sentado em um banquinho assistindo seus atores, ao invés de ficar olhando-os pelo monitor da câmera. Um dos únicos diretores hoje em dia que ainda é assim. E valeu cada fotograma.
Não vamos ver "Café Society" indicado a nada. Não é um dos melhores roteiros, não é uma das melhores direções nem nada do Allen. Mas é sim, um dos melhores filmes dele no quesito principal pra mim: filme do Woody Allen. É isso que eu espero, e foi isso que eu recebi com louvores.
Bravo! (5/5 estrelas)
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraQuanto mais eu paro pra pensar, mais esse filme se torna genial. Eu dei quatro estrelas na época, e o filme me incomodou muito. Gente aqui reclamando muito que é repetitivo, que ele é quase explícito, longo, exagerado, contra a moral, etc.
GENTE!
Você percebe o quanto Scorsese é gênio quando vê que o efeito que ele queria acontece, e pior: isso faz parte do filme! Essa reação de tantos que eu to vendo aqui e vi (e eu fui um, caindo como um patinho ao sair do cinema com um gosto ruim na boca) é exatamente o ponto.
É quase dar um spoiler, apesar de não ser nenhuma revelação, mas fica a dica: porque será que é exagerado? Porque será que ele te cansa, sem pausa, sem break, te deixando enjoado sem parar? Porque ele continua dando pancada no seu senso de moral quando você já disse mentalmente "chega, né... ta bom!"?
Veja direitinho que a resposta está lá, em tudo que você está olhando mas não está endo. Esse filme é um dos POUQUÍSSIMOS filmes recentes em que o cinema é usado como arte, e leva a discussão (que não é mais discussão, é realidade) se cinema é arte ou entretenimento. Num mundo contemporâneo onde o cinema virou um subtopico da cultura pop e tem que estar interligado com quadrinho, com livro, etc (e sua qualidade é mensurada paralelo ao seu "material original"), aqui temos um cinemão, sem essa coisa multimídia que o Birdman do Iñarritu (que eu nem gosto tanto) colocou um pouco. Cinema não é mais cinema, infelizmente. Virou um pedaço da pipoca da cultura pop, e com isso a gente perde. Cinema não é sétima arte por acaso.
Um dos melhores Scorseses e um Oscar não dado ao DiCaprio que foi CRIMINOSO, o cara está um monstro num filme que dá pra estudar. Fantástico. Scorsese brinca de dirigir, DiCaprio brinca de atuar, se doa, digno de aplausos. Leonardo DiCaprio é o Marlon Brando da nossa geração: o cara que nasceu como um sex symbol que não era nem um bobo na atuação, mas descobriram no meio do caminho um ator colossal que só melhora com a idade.
Cinco estrelas, fácil. Filmaço!
(E obrigado por nos apresentar a Margot Robbie).
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraEu gostei, sinto muito. Acho que não é nada sábio colocar opinião aqui, com tanto fanboy imaturo. Aqui tudo se resume a "espetacular" ou "lixo". Lamentável.
P.S.: Não dá pra não falar da "atuação" vergonhosa dessa Cara Delevingne. Gente, pelo amor de Deus! Alguém me explica quem inventou essa menina, porque alguém dá dinheiro pra essa mulher ser "atriz" em um filme desse tamanho. Volta pra passarela, querida. Se não levar Framboesa de Ouro, é uma das maiores injustiças da premiação. Vão você e o Jesse Lex Luthor Zuckerberg fazerem dobradinhas de ator coadjuvante.
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraA maior decepção do ano pra mim. Não tanto por este, mas por mexer com o original. O que é até inofensivo, porque esse filme é tão abaixo de qualquer filme da Pixar antes de "voltar" a Disney de verdade que nem chega a ser levado a sério.
Sabe o que esse filme parece? Rei Leão 2. Pocahontas 2. Mulan 2. Algum filme que foi direto pra DVD só pras crianças se divertirem, mas não conta como algo oficial. É assim que eu me sinto com Procurando Dory. E eu começo a temer de verdade pelo futuro artístico da Pixar, que vai continuar ganhando dinheiro (e ainda tem muito crédito pra fazer filmes medíocres antes que nego pare de puxar saco de qualquer coisa que eles façam).
A Lenda de Tarzan
3.1 793 Assista AgoraUm dos piores roteiros do ano, diálogos vergonhosos, atuações sem vida, personagens nulos e uma direção pedestre e aborrecida.
Um dos piores longas do ano.
Spartacus
4.0 344 Assista AgoraSabemos que a produção foi conturbada, mas pega Ben-Hur que é de um ano antes e compara com a produção, o figurino, os efeitos, o texto, os diálogos. Tudo é gritantemente inferior. E Kirk Douglas que me desculpe, mas Charlton Heston canastrão faz um revoltado contra Roma um bilhão de vezes melhor.
Sinto muito, mas não dá pra pagar pau. Tem coisa na época infinitamente melhor no gênero.