É o novo "Bee movie". Além de ter piadas mais para adultos do que para crianças, tem uns momentos musicais que no mínimo são estranhos pois parecem deslocados da proposta do filme.
Há um certo deboche, mas também uma crença no que é contado. Mas no geral o filme acaba sendo mais sobre crença em um mal do que qualquer outra coisa. E isso acaba guiando o filme até o fim. É um filme de terror, só que é mais sobre a existência do diabo ou não.
Toda a parte envolvendo a relação do diretor com o cinema e o centro de Recife o filme cresce. Mas o resto acaba sendo algo apenas do diretor com ele mesmo, e fica difícil pra quem assiste ter algum tipo de contato com aquilo. Mas como o filme não é apenas só sobre isso, então há o que se salva.
Por mais improvável que seja, Fincher comenta o momento atual, se em "Clube da luta", ele falava sobre uma suposta crise de masculinidade e crítica a um sitema que faz todos de bobos. Já aqui é a perda de identidade, a facilidade para isso, mas também em como há um senso de quase um empregado exemplar, junto a um discurso de coach, há até um deboche em como Fincher mostra isso. Então não há um espetáculo sobre o trabalho que é feito, a dedicação, mesmo a cena de luta, não é um grande momento, mesmo sendo uma boa cena, e principalmente com uma certa crueza. O fim é grande ironia de tudo: uma postagem no instagram.
A meu ver o Green entende que o filme dos anos 1970 é incomparável, e com isso ele faz o prometido pelo filme que é ter algumas referências ao filme antigo, ao mesmo tempo que traz aspectos novos, e que estão dentro dessa proposta de trazer aspectos novos, mas revisitando o filme antigo com muito respeito até. Isso em certo ponto até prejudica o filme por haver uma certa indecisão nessa condução, mas no geral o filme é mais interessante do que eu poderia esperar.
Há uma liberdade maior nesse aqui, não parece tanto que eles estão recitando um texto, mas isso não salva o filme de uma direção fraca que não busca trazer nada novo sobre o caso.
Não é um mea culpa sobre como a fundação de um país foi fundada em mentiras, mas é mostrar que esse mito de foi forjado. O que traz a memória "Fort Apache" do John Ford, no caso do Ford há uma certa ingenuidade em mostrar uma união e respeitabilidade entre homens brancos e indígenas. Já Scorsese mostra que isso não foi possível, essa proximidade tinha ruídos. No que acabou gerando todo tipo de violência pensada. É também um tipo de faroeste revisionista, onde a conquista do Oeste norte americano é cheia de veneno.
É o típico filme em que alguns temas bem pesados são passados de forma rápida e rasa, e aí fica a pergunta: se não foi falado como deveria, pra quê falar?. Interessante observar que o filme serve como veículo para a Britney, mas ela tem a tem a trama mais mal planejada e exibida. E não há uma escolha pelo humor, ou pelo drama, é uma tentativa de misturar os dois e fica tudo muito ruim.
A ideia do confinamento, mais o lance da avó que está em um estado complicado é instigante, mas para por aí. Parece que o filme tem medo de sujar as mãos com o terror, e com isso deixa tudo para a resolução final. Até mesmo a loucura que a personagem principal passa é limpa demais. Mas de forma isolada tem uns bons momentos.
Isis Valverde é o único destaque aqui, fora isso pouco se aproveita. Faltou mais mostrar como era a repressão na época as mulheres, fica tudo em uns diálogos, fora toda a zona e a rapidez com que as coisas acontecem. E o momento mais tenso soa rídiculo, não sei como pode ser levado a sério. O melhor mesmo é ouvir o podcast "Praia dos ossos" sobre o caso.
Tão fraco quanto o primeiro. Aqui há um excesso de videoclipes, e além disso a trama parece não ir pra algum lugar mesmo que com as ameaças ao amor dos protagonistas. No fim os três filmes é sobre como o mundo vai ameaçar esse casal ficar junto.
É o melhor dos três, o que não quer dizer muita coisa. Explora um tipo de cinema muito específico que é esse do erótico com suspense. O caricato aqui faz bem. Mas o tom moroso cansa, assim como a quantidade de videoclipes.
Há uma tentativa bizarra de fazer um filme sério, e que torne o espectador parte daquilo, ou desperte um desejo. Mas falha em tudo. O que acaba sendo engraçado de forma involuntária.
Ao mesmo tempo que o diretor parece se satisfazer com a sátira, ele também precisa sinalizar o quão horrível era o Pinochet. Claro que ele é bem ciente disso já que esse não é o primeiro filme que aborda esse assunto, mas aqui ele se aproxima mais de algo feito em "Neruda" um tipo de realismo fantástico. Aqui no caso só tem o fantástico mesmo. Mas em determinado momento cansa, e fica rodando pelos mesmos lugares sem nenhum avanço.
A escolha é pelo ponto de vista do Bocheca, isso é uma escolha, mas fica ainda assim fica a falta da parte do Claudinho, principalmente o que ele estaria fazendo quando se separaram. Além de não ter a dimensão do quanto eles fizeram sucesso, em como a música deles tocavam. Mas pra quem cresceu ouvindo as músicas, e principalmente ver um pouco como o que é mostrado no filme bate bem forte momentos como o do Rap da Felicidade.
Acumula um monte de referências de filmes de invasão alienígena. E até consegue um bom efeito construindo um certo anacronismo, vide a direção de arte e o visual dos extraterrestres. Mas no fim que servir outra coisa, "algo maior", é nisso acaba se atrapalhando e fica solto sobre o que o filme é. Mesmo com o final amargo que ele tem.
A direção percebe o absurdo da situação, então há algo muito aberto entre o filme e o espectador. O que contribui muito é essa falsa realidade que o tempo inteiro se mostra. Mas há fragilidades com piadas que se repetem e também a própria trama que em alguns momentos parece não ir a lugar algum.
É uma versão de "Febre da selva" do Spike Lee, mas com jovens. A temática é até bem parecida em alguns momentos, incluindo os confrontos. Mas Thomar Carter não torna a cidade convidativa, é um lugar um tanto decadente, e por isso os personagens se agarram uns nos outros, como uma maneira de sobreviver.
Isso aqui não é muito diferente do "Sociedade dos poetas mortos", só que com pessoas com menos recursos. Está todo esquema ali, e é bem feito, no começo parece que o filme vai ir em direção a algo, mas ele vai para outro. Assim como no final que foge do que se pensa no sentido de que há um resolução para tudo. No fim o protagonista quis outra coisa desde o começo, e isso pode incomodar até mesmo o espectador, mas há uma justificativa.
Acerta em mostrar como todo um sistema funciona mal e prejudica a vida de várias pessoas. Mas há uma pressa nos acontecimentos, talvez seja pela pressa do protagonista em resolver a situação em que se encontra, mas ainda assim parece que o filme corre rápido para suas resoluções, não deixa transcorrer, tudo é muito intenso e tenso, mesmo em momentos onde poderia ser mais plácido. Para esse gênero onde emerge ali uma certa auto ajuda, até que o filme se sai bem.
Um grande problema do filme é a necessidade de explicar próximo ao fim o que une todas aquelas histórias. Aliás, isso é feito mais de uma vez. Mas no geral o filme é muito mais eficiente do que eu poderia imaginar. Ele tem algo dos filmes dos anos 1980, seja na trilha sonora, mas principalmente na fotografia. A direção não poupa o espectador em querer chocar, mas aqui eu até considero no bom sentido, de não ter medo que o espectador tenha que ter uma versão mais limpa. Comparado com o de 2004 esse aqui realmente é violento. O outro construia aos poucos o sobrenatural, esse aqui não tem sutilezas, e vai logo ao ponto. O que tem seus bons momentos, e também momentos ruins com sustos que poderiam não acontecer.
Sátiras sobre disputas políticas podem ser divertidas, ou apenas cair em um lugar comum do que já foi feito. No caso desse filme cai no lugar comum do que já foi feito. Toda parte do Gary chegando na cidade rende uns bons momentos, mas depois quando parte pra disputa em si, são usadas piadas ruins, e a sátira em si fica pelo caminho. Além disso não é um filme "acessível", uma pessoa que não saiba o minímo de como funciona a política nos EUA, vai ficar boiando em muitas coisas. Mas o final talvez seja a coisa mais fraca do filme, é como se tudo aquilo fosse feito pra nada.
Leo
3.6 130 Assista AgoraÉ o novo "Bee movie". Além de ter piadas mais para adultos do que para crianças, tem uns momentos musicais que no mínimo são estranhos pois parecem deslocados da proposta do filme.
Os Quatro Paralamas
3.6 24Mesmo com a quantidade de material de arquivo parece só um trabalho protocolar feito pra TV.
O Último Portal
3.2 461 Assista AgoraHá um certo deboche, mas também uma crença no que é contado. Mas no geral o filme acaba sendo mais sobre crença em um mal do que qualquer outra coisa. E isso acaba guiando o filme até o fim. É um filme de terror, só que é mais sobre a existência do diabo ou não.
Retratos Fantasmas
4.2 228 Assista AgoraToda a parte envolvendo a relação do diretor com o cinema e o centro de Recife o filme cresce. Mas o resto acaba sendo algo apenas do diretor com ele mesmo, e fica difícil pra quem assiste ter algum tipo de contato com aquilo. Mas como o filme não é apenas só sobre isso, então há o que se salva.
O Assassino
3.3 514Por mais improvável que seja, Fincher comenta o momento atual, se em "Clube da luta", ele falava sobre uma suposta crise de masculinidade e crítica a um sitema que faz todos de bobos. Já aqui é a perda de identidade, a facilidade para isso, mas também em como há um senso de quase um empregado exemplar, junto a um discurso de coach, há até um deboche em como Fincher mostra isso. Então não há um espetáculo sobre o trabalho que é feito, a dedicação, mesmo a cena de luta, não é um grande momento, mesmo sendo uma boa cena, e principalmente com uma certa crueza. O fim é grande ironia de tudo: uma postagem no instagram.
O Exorcista: O Devoto
2.1 395 Assista AgoraA meu ver o Green entende que o filme dos anos 1970 é incomparável, e com isso ele faz o prometido pelo filme que é ter algumas referências ao filme antigo, ao mesmo tempo que traz aspectos novos, e que estão dentro dessa proposta de trazer aspectos novos, mas revisitando o filme antigo com muito respeito até. Isso em certo ponto até prejudica o filme por haver uma certa indecisão nessa condução, mas no geral o filme é mais interessante do que eu poderia esperar.
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 217 Assista AgoraHá uma liberdade maior nesse aqui, não parece tanto que eles estão recitando um texto, mas isso não salva o filme de uma direção fraca que não busca trazer nada novo sobre o caso.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 607 Assista AgoraNão é um mea culpa sobre como a fundação de um país foi fundada em mentiras, mas é mostrar que esse mito de foi forjado. O que traz a memória "Fort Apache" do John Ford, no caso do Ford há uma certa ingenuidade em mostrar uma união e respeitabilidade entre homens brancos e indígenas. Já Scorsese mostra que isso não foi possível, essa proximidade tinha ruídos. No que acabou gerando todo tipo de violência pensada. É também um tipo de faroeste revisionista, onde a conquista do Oeste norte americano é cheia de veneno.
Crossroads: Amigas para Sempre
2.6 663 Assista AgoraÉ o típico filme em que alguns temas bem pesados são passados de forma rápida e rasa, e aí fica a pergunta: se não foi falado como deveria, pra quê falar?. Interessante observar que o filme serve como veículo para a Britney, mas ela tem a tem a trama mais mal planejada e exibida. E não há uma escolha pelo humor, ou pelo drama, é uma tentativa de misturar os dois e fica tudo muito ruim.
A Avó
3.0 166 Assista AgoraA ideia do confinamento, mais o lance da avó que está em um estado complicado é instigante, mas para por aí. Parece que o filme tem medo de sujar as mãos com o terror, e com isso deixa tudo para a resolução final. Até mesmo a loucura que a personagem principal passa é limpa demais. Mas de forma isolada tem uns bons momentos.
Angela
2.5 81Isis Valverde é o único destaque aqui, fora isso pouco se aproveita. Faltou mais mostrar como era a repressão na época as mulheres, fica tudo em uns diálogos, fora toda a zona e a rapidez com que as coisas acontecem. E o momento mais tenso soa rídiculo, não sei como pode ser levado a sério. O melhor mesmo é ouvir o podcast "Praia dos ossos" sobre o caso.
Cinquenta Tons de Liberdade
2.5 451Tão fraco quanto o primeiro. Aqui há um excesso de videoclipes, e além disso a trama parece não ir pra algum lugar mesmo que com as ameaças ao amor dos protagonistas. No fim os três filmes é sobre como o mundo vai ameaçar esse casal ficar junto.
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 763 Assista AgoraÉ o melhor dos três, o que não quer dizer muita coisa. Explora um tipo de cinema muito específico que é esse do erótico com suspense. O caricato aqui faz bem. Mas o tom moroso cansa, assim como a quantidade de videoclipes.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraHá uma tentativa bizarra de fazer um filme sério, e que torne o espectador parte daquilo, ou desperte um desejo. Mas falha em tudo. O que acaba sendo engraçado de forma involuntária.
O Conde
3.2 95 Assista AgoraAo mesmo tempo que o diretor parece se satisfazer com a sátira, ele também precisa sinalizar o quão horrível era o Pinochet. Claro que ele é bem ciente disso já que esse não é o primeiro filme que aborda esse assunto, mas aqui ele se aproxima mais de algo feito em "Neruda" um tipo de realismo fantástico. Aqui no caso só tem o fantástico mesmo. Mas em determinado momento cansa, e fica rodando pelos mesmos lugares sem nenhum avanço.
Nosso Sonho
3.8 178A escolha é pelo ponto de vista do Bocheca, isso é uma escolha, mas fica ainda assim fica a falta da parte do Claudinho, principalmente o que ele estaria fazendo quando se separaram. Além de não ter a dimensão do quanto eles fizeram sucesso, em como a música deles tocavam. Mas pra quem cresceu ouvindo as músicas, e principalmente ver um pouco como o que é mostrado no filme bate bem forte momentos como o do Rap da Felicidade.
Ninguém Vai Te Salvar
3.2 557 Assista AgoraAcumula um monte de referências de filmes de invasão alienígena. E até consegue um bom efeito construindo um certo anacronismo, vide a direção de arte e o visual dos extraterrestres. Mas no fim que servir outra coisa, "algo maior", é nisso acaba se atrapalhando e fica solto sobre o que o filme é. Mesmo com o final amargo que ele tem.
Vovó... Zona 2
2.6 255 Assista AgoraÉ uma grande repetição do primeiro, mas o problema maior mesmo é a falta de humor por conta de repetir o que já havia no filme anterior.
Vovó... Zona
2.6 441 Assista AgoraA direção percebe o absurdo da situação, então há algo muito aberto entre o filme e o espectador. O que contribui muito é essa falsa realidade que o tempo inteiro se mostra. Mas há fragilidades com piadas que se repetem e também a própria trama que em alguns momentos parece não ir a lugar algum.
No Balanço do Amor
3.2 194 Assista AgoraÉ uma versão de "Febre da selva" do Spike Lee, mas com jovens. A temática é até bem parecida em alguns momentos, incluindo os confrontos. Mas Thomar Carter não torna a cidade convidativa, é um lugar um tanto decadente, e por isso os personagens se agarram uns nos outros, como uma maneira de sobreviver.
Coach Carter: Treino para a Vida
4.0 381 Assista AgoraIsso aqui não é muito diferente do "Sociedade dos poetas mortos", só que com pessoas com menos recursos. Está todo esquema ali, e é bem feito, no começo parece que o filme vai ir em direção a algo, mas ele vai para outro. Assim como no final que foge do que se pensa no sentido de que há um resolução para tudo. No fim o protagonista quis outra coisa desde o começo, e isso pode incomodar até mesmo o espectador, mas há uma justificativa.
Brian Banks: Um Sonho Interrompido
3.9 36 Assista AgoraAcerta em mostrar como todo um sistema funciona mal e prejudica a vida de várias pessoas. Mas há uma pressa nos acontecimentos, talvez seja pela pressa do protagonista em resolver a situação em que se encontra, mas ainda assim parece que o filme corre rápido para suas resoluções, não deixa transcorrer, tudo é muito intenso e tenso, mesmo em momentos onde poderia ser mais plácido. Para esse gênero onde emerge ali uma certa auto ajuda, até que o filme se sai bem.
O Grito
1.9 331 Assista AgoraUm grande problema do filme é a necessidade de explicar próximo ao fim o que une todas aquelas histórias. Aliás, isso é feito mais de uma vez. Mas no geral o filme é muito mais eficiente do que eu poderia imaginar. Ele tem algo dos filmes dos anos 1980, seja na trilha sonora, mas principalmente na fotografia. A direção não poupa o espectador em querer chocar, mas aqui eu até considero no bom sentido, de não ter medo que o espectador tenha que ter uma versão mais limpa. Comparado com o de 2004 esse aqui realmente é violento. O outro construia aos poucos o sobrenatural, esse aqui não tem sutilezas, e vai logo ao ponto. O que tem seus bons momentos, e também momentos ruins com sustos que poderiam não acontecer.
Irresistível
3.0 38 Assista AgoraSátiras sobre disputas políticas podem ser divertidas, ou apenas cair em um lugar comum do que já foi feito. No caso desse filme cai no lugar comum do que já foi feito. Toda parte do Gary chegando na cidade rende uns bons momentos, mas depois quando parte pra disputa em si, são usadas piadas ruins, e a sátira em si fica pelo caminho. Além disso não é um filme "acessível", uma pessoa que não saiba o minímo de como funciona a política nos EUA, vai ficar boiando em muitas coisas. Mas o final talvez seja a coisa mais fraca do filme, é como se tudo aquilo fosse feito pra nada.