Umberto Junior

É um filme sutil. Acompanhamos a história de Connor, cujo principal desafio é lidar com a doença de sua mãe. O arquétipo do monstro apresentado como um sábio misterioso que fala através de metáforas é explorado de forma criativa e visualmente encantadora, a atmosfera do mundo onírico e seus encontros com a realidade do Connor nos leva a ter uma boa relação com a história enquanto buscamos desvendar o suspense daquilo que já sabemos ser iminente.

"Vocês preferem acreditar em mentiras confortáveis mesmo sabendo a verdade dolorosa que torna tais mentiras necessárias."

Achei um filme fantástico. É a união da postura terrorista da idade média para com as religiões pagãs e a crença cega em obras como o Martelo das Feiticeiras. A interação desses dois fatores produz um excelente conto de horror.

The Witch não é nada mais que uma ótima história de terror sendo expressa em forma de película. A trilha sonora é intrigante, os sustos são pontuais e traz cenas perturbadoras que te fazem sentir como uma criança ouvindo um bom relato aterrorizante.

Não é o grande burburinho que se fez em volta do filme, mas carecemos de histórias como essa que não tem pretensão de ter uma história profunda repleta de mistérios. Tudo em Witch está na medida certa, é um filme enxuto, sem pontas soltas e que cria a dúvida entre a realidade e o misticismo.

A Batalha dos Cinco Exércitos fecha a trilogia oferecendo um gostinho do tom épico conhecido de Senhor dos Anéis. O clima despretensioso e divertido do primeiro filme, que enchia os olhos, veio como uma aventura e cumpriu seu papel. No terceiro filme o que vemos é a seriedade tomando conta, quase um vislumbre do sentimento que ocorre quando se assista ao O Senhor dos Anéis, uma atmosfera pesada que manteve o dinamismo de O Hobbit - Uma Jornada Inesperada.
No entanto coisa ou outra parece prejudicar o filme, os efeitos especiais deixando a desejar hora ou outra, o trabalho da produção que aparentemente se preocupou menos com detalhes. Gostei bastante das cenas de batalha, principalmente as corpo à corpo, achei bem emocionante no geral e bem mais empolgante que as do A Desolação de Smaug. O que não me desceu durante essas duas horas de filme foi a cena do

, o ator vinha executando um trabalho tão bom que, acredito eu, seria capaz de passar a mensagem correta sem esse tipo de artifício. Não sei se é como está descrito no livro, se o Peter Jackson quis ser fiel a descrição, mas isso quebrou todo meu envolvimento com a história e só recuperei num outro momento.
Enfim, é um ótimo filme, tem suas falhas, mas é absolutamente emocionante. Uma média geral de quatro estrelas tá bem servida.