"Não sei quem quero ser, só sei quem não quero ser."
"Esses egípcios malucos, colocam todo o dinheiro deles na vida após a morte."
Woody Allen é sempre bom, com diálogos maestrais. O filme nos leva a refletir a cerca da idealização dos relacionamentos, sejam amorosos, familiares ou profissionais, onde nem sempre a verdade corresponde a realidade.
Nossa vida está repleta de traições, mas por não serem "escandalosas", não nos damos conta da corrosão que elas causam em nossa vida. Talvez a ambição seja a maior revelação da fraqueza e dos questionamentos. No fim, somos todos iguais em uma certa medida, carentes de amor.
Para Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica as suas funções mentais superiores, dá forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planeamento da ação. Neste sentido a linguagem sistematiza a experiência direta da criança e, por isso, adquire uma função central no seu desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos em desenvolvimento ao pensamento. Ou seja, ambos ocorrem de forma simultânea (BRITES e CÁSSIA, 2012).
Através e por meio da interação entre os homens que os signos se originam, vindo a constituir-se como instrumentos que possibilitam a troca e a comunicação entre as pessoas. Assim, signos são palavras e a palavra é parte inerente da linguagem. Portanto, é necessário que aja convívio entre seres humanos para a configuração ou caracterização humana, pois a herança genética não é o suficiente.
Podemos ver tais conceitos perfeitamente através de Nell, afinal, a maneira de pensar de Nell está de acordo com sua linguagem, os símbolos e as palavras que ela utiliza representam aquilo que ela entende do mundo à sua volta, de seu meio. Nell fez uma associação em sua mente, dos significados das palavras ensinadas por sua mãe.
No decorrer da relação com outros indivíduos, Nell teve reflexos em sua fala e pensamento. É para comunicar que o homem cria e utiliza os sistemas de linguagem, e é a necessidade de comunicar que impulsiona o seu desenvolvimento.
Na experiência para com uma nova cultura e linguagem, Nell, de certa maneira, introduziu esta nova realidade em sua vida.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra". (Douglas MacArthur)
A angustia gerada pela sensação de que qualquer um pode morrer domina o filme, não vemos americanos patriotas destemidos, mas soldados australianos e neozelandeses lutando juntos, com medos, sonhos e esperança, soldados humanos.
Wild Rose é uma xícara de chocolate quente, que aquece o coração em um dia frio.
Maternidade, esperança, liberdade, família, união feminina, perdão, choque de realidade. Wild Rose revela os desafios de Jessie Buckley, mas desenvolve a trama de maneira encantadora, com ótimas atuações, especialmente de Jessie Buckley, além de uma boa fotografia e belas canções.
Nem sempre um ideário de sonho é o melhor, ou se quer pode ser alcançado, mas a jornada nos leva ao amadurecimento, a reconhecer as consequências, e ser responsável por elas.
Ótimo filme filme de terror para a década de 70, que assim como Rosemary's Baby (1968) se propõe a construir um terror atmosférico, somos tomados pelo desconforto na incerteza da morte. Carpenter não utiliza artifícios apelativos, como mortes sangrentas, a mente do telespectador é quem gera o medo maior.
Fiquei surpreso ao descobrir que a música tema pertence a este filme, já havia ouvido antes, mas não sabia que era de Halloween. Simplesmente marcante!
Apenas algumas questões me incomodaram, como a câmera se delongando em filmar os pais estáticos juntamente com Myers no início do filme, visto que Myers possuía uma faca ensaguentada na mão. A cena não transmite naturalidade, afinal, a atitude mais lógica dos pais seria contestar Myers a respeito da faca e entrar imediatamente na casa.
E afinal, como Myers escapou? O roteiro ignora esta questão, que poderia ser facilmente resolvida, com uma apenas uma fala dizendo que os guardas da ala de Myers foram encontrados mortos.
Mas o que mais me incomodou foi a facilidade que Myers teve em deixar a faca cair de sua mão ao enfrentar Laurie, isso acontece duas vezes! A propósito, que faca é essa que consegue manter uma pessoa pendurada em uma porta de armário?
Por fim, como Myers se recuperou tão rápido dos tiros no final do filme, se uma agulha de tricô perfurada no pescoço o fez desmaiar?
Vim assistir este filme por conta de um comentário na seção de Triângulo do Medo,afirmando que este é melhor, criei expectativa, mas me decepcionei, não considero a obra ruim, mas está longe da expectativa.
Na metade do terceiro ato já estava claro o plot twist, mas o filme faz questão de explicitar de maneira totalmente óbvia, inserindo um close no personagem ao longo das fases da vida, além de mostrar a cicatriz em Ethan Hawke, pra que isso?
E para que a necessidade de tanto sofrimento na vida da protagonista? Apenas para recruta-la? A justificativa para tal ato é muito fraca, visto que Mr. Robertson diz que tais ações são necessárias para que ela não tenha passado, tornando-se livre da História, mas ela está inserida na História sim, ela possui passado, já que nasceu no espaço-tempo. Era muito mais fácil te-la recrutado na seleção em que foi recusada, ou recrutado qualquer outra pessoa capacitada, pois tecnicamente não faria diferença na execução das missões.
A montagem do filme fez parecer que o tempo que John passa com Jane foi em um período muito curto, até mesmo o passar de um dia para o outro, fazendo com que a gravides fosse um elemento um tanto artificial na narrativa.
E como pode um agente que viaja no tempo ter uma mira tão ruim e ser tão despreparado em uma situação que já conhecia? Ethan Hawke já sabia que atirar com uma pistola no terrorista não o deteria, mas assim mesmo repete a ação. Por quê não utilizar uma arma automática, ou posicionar-se como um sniper? O terrorista estava bem na frente! E como uma versão velha luta tão bem com a versão nova? No final, a versão velha está até mancando, mas na luta, é ágil, até mesmo aplicando um chute!
Detalhe para o "trabalho" de maquiagem na versão velha do Ethan Hawke, ter cabelo longo desleixado, barba grisalha e dente amarelado não lhe torna velho, mas um mendigo! Tinha barba grisalha, mas nem uma ruga se via no rosto.
Proposta interessante, o suspense toma conta do filme, meu coração chegou a palpitar em dois momentos. Somos levados a refletir em como o passado é imutável, cada ação gera uma consequência e devemos lidar com elas.
Porém, o filme possui certas inconsistências, como a inserção abrupta do mito de Sísifo, como personagens que representavam pessoas comuns saberiam de uma informação tão específica? O que aconteceu com Heather? Se ela simplesmente morreu nos primeiros minutos de filme, para que inseri-la? Por que Jess tinha de matar seus colegas? Não era mais fácil aparecer na frente de todos e convencê-los a sair do navio?
Até tenho minhas críticas quanto a "The Dead Don't Die", mas não o considero ruim, muito pelo contrário, é um bom filme, até mesmo, contendo elementos inovadores como os zumbis não possuírem sangue, mas pó.
Jim Jarmusch utiliza um humor não convencional, mais para Monty Python, onde o objetivo não é gargalhar de rir, mas dar um sorriso e dizer, peguei a referência! Algo que particularmente me agrada muito. A metalinguagem é interessante e os personagens são minuciosos, alguns referenciando personagens de outros filmes do diretor, suas caricaturas não são exageradas, mas na medida certa.
O filme busca subverter as expectativas do telespectador, acreditamos que a personagem de Selena Gomez irá enfrentar zumbis, visto que a atriz é famosa e a personagem foi inserida como uma mulher autônoma, mas não, ela simplesmente morre sem nem que víssemos. Os personagens rapidamente acreditam na existência dos zumbis, sendo bem informados a respeito da mitologia, fazendo com que pensemos que estarão bem preparados para quando os ataques começarem, mas eles morrem sem muita dificuldade. O ápice está no terceiro ato, quando a nave alienígena aparece, o diálogo do personagem de Adam Driver com o do Bill Murray neste momento é muito bom!
Jim Jarmusch poderia ser menos expositivo, apesar de boas piadas, em diversos momentos sua expositividade parece subestimar o telespectador, a expositividade está presente não apenas em diversas piadas, mas em diálogos que falam a respeito de referências a outros filmes, como no momento em que Bobby elogia o carro de Zoe, dizendo que ele é do estilo de George A. Romero, pra que dizer isso? Deixe que o telespectador pegue a referência por si só! Mas o que mais me incomodou foi a crítica do filme, a crítica ao consumismo já foi explorada anteriormente, inclusive melhor do que este, chegando ao ponto de um narrador descrever a crítica do filme na cena final, sendo que ela era obvia!
Para mim é top 3 Tarantino. Assisti a primeira vez no cinema, mas revi em casa e gostei ainda mais.
É impressionante como não existem furos no roteiro, cada elemento do desfecho foi apresentado e desenvolvido ao longo do filme. Tarantino está mais maduro do que nunca, refletindo a respeito do cinema e se auto questionando através de metalinguagem. Fotografia e trilha sonora deslumbrantes, conduzidos por uma ambientação arrebatadora, nos sentimos em 1969.
Uma das animações esquecidas no tempo mais legais que já vi, tratando de amizade, lealdade, companheirismo e fuga da realidade. Cada personagem é um toque de doçura!
Assisti quando era criança, mas me lembro da forma bizarra que o Brasil foi representado, é impressionante como diversos filmes estrangeiros parecem achar que o Brasil é um país repleto de macacos, onde todos sabem lutar capoeira e falar português como se fosse espanhol.
Amer homenageia o gênero Giallo, com uma proposta artística incrível. Sua linha narrativa não convencional, fotografia belíssima e falas extremamente reduzidas, possibilita uma experiência sensorial arrebatadora.
Aberto a interpretações, Amer expõe a vida de Ana em três atos, infância, juventude e fase adulta, com foco em sua sexualidade. As representações metafóricas são bem desenvolvidas e interessantes.
A água está diretamente associada a sexualidade, na infância, representa a menstruação, já na fase adulta representa o orgasmo. A masculinidade é sempre distante e ameaçadora para Ana, na infância o pai é enquadrado longe de Ana, na juventude e fase adulta, todos os homens são vistos com desconfiança, os enquadramentos transmitem uma tensão sexual, seus olhares são sempre frígidos, desaguando no terceiro ato, onde a desconfiança se tona em realidade.
O primeiro ato e o terceiro possuem figuras "sobrenaturais", apenas o segundo não, talvez a volta a casa da infância tenha trazido o medo de volta na fase adulta. No primeiro ato, afigura é a vó de Ana, no terceiro, um homem misterioso, em ambos os casos, as figuras se vestem de preto, seus rostos são encobertos, além de ambos representarem perigo a Ana. Talvez na infância, a vó represente uma repressão sexual, enquanto que no terceiro ato, o homem misterioso represente a opressão sexual masculina, ou seu próprio medo.
O primeiro e o terceiro ato são os mais sombrios, principalmente o primeiro, visto que é na infância a fase de maior fantasia e medo frente as descobertas, na juventude, um senso de autossuficiência não dá lugar a tais elementos, porém, na fase adulta, a fragilidade retorna de certa maneira, abrindo margem para a volta do medo e a lembrança da fantasia.
Por fim, vemos uma perseguição no terceiro ato, Ana desiste da fuga e decide enfrentar o homem, uma faca perfura o peito de perseguidor, um corte rápido mostra a surpresa na face de Ana, outro corte e Ana está "morta" em uma mesa funerária, "alguém" a maque ia, aos poucos sua cor reaparece, Ana retorna à vida. Seria o homem misterioso ela própria "personificada" no medo? Portanto Ana teria matado esta barreira, e retornado para uma nova fase da vida.
A sexualidade é parte de quem somos, nos moldando e modificando a forma de vermos o mundo.
Este filme me remeteu a "O Experimento de Aprisionamento de Stanford", de 2015, outro filme que acaba com seu psicológico, revelando a falta de limites do ser humano, manipulável por conta de uma autoridade.
Apesar de considerar os filmes anteriores melhores, este é ótimo por si só, me emocionou, nem sei quantas vezes chorei neste filme. Toy Story 4 traz uma nova proposta, com protagonistas femininas e questionamentos existenciais dos brinquedos.
Vi que o filme estava mal avaliado, mas li a sinopse e achei interessante, depois assisti ao trailer, o que me convenceu.
Assisti ao filme, estava gostando do foco da busca dos vikings, uma hora de filme se passou e eu pensei, este é o tipo de filme que ninguém gosta menos eu. Mas eis que surge um plot twist,e o filme começa a cair de qualidade vertiginosamente, resultando em um final horrível!
Por que filmes de terror de baixo orçamento insistem em querer mostrar as criaturas sobrenaturais se não possuem dinheiro para faze-las bem feitas? A criatura é tosca, os efeitos especiais já nasceram datados. A cena em que Nanna vai para uma outra realidade chega a dar vergonha alheia, devido a baixa qualidade.
O terceiro ato não é apenas tecnicamente problemático, mas seu roteiro é mal desenvolvido. O filme apresentava um ritmo lento até o segundo ato, nos inserindo na jornada dos personagens, até que de repente acelera no terceiro ato, por que? Não sei se o roteirista se perdeu, ou não sabia como chegar no resultado final.
Os personagens chegaram relativamente rápido no local da floresta em que foram atacados, por que não voltaram pelo mesmo caminho quando as criaturas começaram a aparecer? Não faz sentido o fato de Nanna ser a garota que estava causando tudo, se ela foi convidada para ir na jornada, algo que a princípio não aconteceria, é muita coincidência. Os guerreiros são atormentados pela criatura por um longo tempo na batalha, mas no fim, um deles se "sacrifica" ao enfrentar uma criatura, para que Nanna e o outro guerreiro se salvem, apenas por olhar na criatura ele já é tomado, como funciona o tempo de ataque da criatura? Uma ora é devagar, outra ora é rápido.
A criatura não deveria ser mostrada, até mesmo deixando dúbio se o sobrenatural era real ou fruto do medo e do cansaço. Ao invés de tentar assustar o telespectador com cenas apelativas, o filme poderia continuar desenvolvendo uma construção atmosférica.
- O que aprendemos, Palmer? - Não sei, senhor. - Eu também não.
Burn After Reading explora o peso das consequências proveniente de nossas ações. Cada personagem possui um desejo egoísta, é isso que os torna semelhantes e revela nossa verdadeira condição humana. O desejo se torna em ação, a ação traz consequências, as consequências trazem o medo, que por sua vez, se torna em paranoia.
A CIA representa a comodidade, as ações dos personagens não lhes interessam, a vida humana não possui valor, seu único interesse é para com o sigilo de informações.
A aleatoriedade toma conta da vida dos personagens, gostamos de pensar que as consequências da vida são proporcionais as ações, porém não vemos punição para os personagens, afinal, a vida não acumula créditos, se isso faz sentido ou não, pouco importa, é assim que funciona.
Assassinos por Natureza
4.0 1,1K Assista AgoraSimplesmente insano! Destaque para a montagem arrebatadora.
Um Dia de Chuva em Nova York
3.2 294 Assista Agora"Todos os jornais são tabloids."
"Não sei quem quero ser, só sei quem não quero ser."
"Esses egípcios malucos, colocam todo o dinheiro deles na vida após a morte."
Woody Allen é sempre bom, com diálogos maestrais. O filme nos leva a refletir a cerca da idealização dos relacionamentos, sejam amorosos, familiares ou profissionais, onde nem sempre a verdade corresponde a realidade.
Nossa vida está repleta de traições, mas por não serem "escandalosas", não nos damos conta da corrosão que elas causam em nossa vida. Talvez a ambição seja a maior revelação da fraqueza e dos questionamentos. No fim, somos todos iguais em uma certa medida, carentes de amor.
Nell
3.7 221 Assista AgoraPara Vygotsky, pensamento e linguagem são processos interdependentes desde o início da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica as suas funções mentais superiores, dá forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planeamento da ação. Neste sentido a linguagem sistematiza a experiência direta da criança e, por isso, adquire uma função central no seu desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos em desenvolvimento ao pensamento. Ou seja, ambos ocorrem de forma simultânea (BRITES e CÁSSIA, 2012).
Através e por meio da interação entre os homens que os signos se originam, vindo a constituir-se como instrumentos que possibilitam a troca e a comunicação entre as pessoas. Assim, signos são palavras e a palavra é parte inerente da linguagem. Portanto, é necessário que aja convívio entre seres humanos para a configuração ou caracterização humana, pois a herança genética não é o suficiente.
Podemos ver tais conceitos perfeitamente através de Nell, afinal, a maneira de pensar de Nell está de acordo com sua linguagem, os símbolos e as palavras que ela utiliza representam aquilo que ela entende do mundo à sua volta, de seu meio. Nell fez uma associação em sua mente, dos significados das palavras ensinadas por sua mãe.
No decorrer da relação com outros indivíduos, Nell teve reflexos em sua fala e pensamento. É para comunicar que o homem cria e utiliza os sistemas de linguagem, e é a necessidade de comunicar que impulsiona o seu desenvolvimento.
Na experiência para com uma nova cultura e linguagem, Nell, de certa maneira, introduziu esta nova realidade em sua vida.
Bacurau
4.3 2,8K Assista Agora- Dor de cabeça, enjoou e vontade de morrer!
- Tu tá de ressaca.
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 850 Assista Agora"No fim o filho paga os pecados dos pais". (Roy McBride)
Perigo Iminente
3.3 17 Assista Agora"Só os mortos conhecem o fim da guerra". (Douglas MacArthur)
A angustia gerada pela sensação de que qualquer um pode morrer domina o filme, não vemos americanos patriotas destemidos, mas soldados australianos e neozelandeses lutando juntos, com medos, sonhos e esperança, soldados humanos.
Um filme que merece ser conhecido!
As Loucuras de Rose
3.5 46Wild Rose é uma xícara de chocolate quente, que aquece o coração em um dia frio.
Maternidade, esperança, liberdade, família, união feminina, perdão, choque de realidade. Wild Rose revela os desafios de Jessie Buckley, mas desenvolve a trama de maneira encantadora, com ótimas atuações, especialmente de Jessie Buckley, além de uma boa fotografia e belas canções.
Nem sempre um ideário de sonho é o melhor, ou se quer pode ser alcançado, mas a jornada nos leva ao amadurecimento, a reconhecer as consequências, e ser responsável por elas.
Halloween: A Noite do Terror
3.7 1,2K Assista AgoraÓtimo filme filme de terror para a década de 70, que assim como Rosemary's Baby (1968) se propõe a construir um terror atmosférico, somos tomados pelo desconforto na incerteza da morte. Carpenter não utiliza artifícios apelativos, como mortes sangrentas, a mente do telespectador é quem gera o medo maior.
Fiquei surpreso ao descobrir que a música tema pertence a este filme, já havia ouvido antes, mas não sabia que era de Halloween. Simplesmente marcante!
Apenas algumas questões me incomodaram, como a câmera se delongando em filmar os pais estáticos juntamente com Myers no início do filme, visto que Myers possuía uma faca ensaguentada na mão. A cena não transmite naturalidade, afinal, a atitude mais lógica dos pais seria contestar Myers a respeito da faca e entrar imediatamente na casa.
E afinal, como Myers escapou? O roteiro ignora esta questão, que poderia ser facilmente resolvida, com uma apenas uma fala dizendo que os guardas da ala de Myers foram encontrados mortos.
Mas o que mais me incomodou foi a facilidade que Myers teve em deixar a faca cair de sua mão ao enfrentar Laurie, isso acontece duas vezes! A propósito, que faca é essa que consegue manter uma pessoa pendurada em uma porta de armário?
Por fim, como Myers se recuperou tão rápido dos tiros no final do filme, se uma agulha de tricô perfurada no pescoço o fez desmaiar?
O Predestinado
4.0 1,6K Assista AgoraVim assistir este filme por conta de um comentário na seção de Triângulo do Medo,afirmando que este é melhor, criei expectativa, mas me decepcionei, não considero a obra ruim, mas está longe da expectativa.
Na metade do terceiro ato já estava claro o plot twist, mas o filme faz questão de explicitar de maneira totalmente óbvia, inserindo um close no personagem ao longo das fases da vida, além de mostrar a cicatriz em Ethan Hawke, pra que isso?
E para que a necessidade de tanto sofrimento na vida da protagonista? Apenas para recruta-la? A justificativa para tal ato é muito fraca, visto que Mr. Robertson diz que tais ações são necessárias para que ela não tenha passado, tornando-se livre da História, mas ela está inserida na História sim, ela possui passado, já que nasceu no espaço-tempo. Era muito mais fácil te-la recrutado na seleção em que foi recusada, ou recrutado qualquer outra pessoa capacitada, pois tecnicamente não faria diferença na execução das missões.
A montagem do filme fez parecer que o tempo que John passa com Jane foi em um período muito curto, até mesmo o passar de um dia para o outro, fazendo com que a gravides fosse um elemento um tanto artificial na narrativa.
E como pode um agente que viaja no tempo ter uma mira tão ruim e ser tão despreparado em uma situação que já conhecia? Ethan Hawke já sabia que atirar com uma pistola no terrorista não o deteria, mas assim mesmo repete a ação. Por quê não utilizar uma arma automática, ou posicionar-se como um sniper? O terrorista estava bem na frente! E como uma versão velha luta tão bem com a versão nova? No final, a versão velha está até mancando, mas na luta, é ágil, até mesmo aplicando um chute!
Detalhe para o "trabalho" de maquiagem na versão velha do Ethan Hawke, ter cabelo longo desleixado, barba grisalha e dente amarelado não lhe torna velho, mas um mendigo! Tinha barba grisalha, mas nem uma ruga se via no rosto.
Triângulo do Medo
3.5 1,3K Assista AgoraProposta interessante, o suspense toma conta do filme, meu coração chegou a palpitar em dois momentos. Somos levados a refletir em como o passado é imutável, cada ação gera uma consequência e devemos lidar com elas.
Porém, o filme possui certas inconsistências, como a inserção abrupta do mito de Sísifo, como personagens que representavam pessoas comuns saberiam de uma informação tão específica? O que aconteceu com Heather? Se ela simplesmente morreu nos primeiros minutos de filme, para que inseri-la? Por que Jess tinha de matar seus colegas? Não era mais fácil aparecer na frente de todos e convencê-los a sair do navio?
Os Mortos Não Morrem
2.5 465 Assista Agora"Tudo isso acabará mal". (Ronnie)
Até tenho minhas críticas quanto a "The Dead Don't Die", mas não o considero ruim, muito pelo contrário, é um bom filme, até mesmo, contendo elementos inovadores como os zumbis não possuírem sangue, mas pó.
Jim Jarmusch utiliza um humor não convencional, mais para Monty Python, onde o objetivo não é gargalhar de rir, mas dar um sorriso e dizer, peguei a referência! Algo que particularmente me agrada muito. A metalinguagem é interessante e os personagens são minuciosos, alguns referenciando personagens de outros filmes do diretor, suas caricaturas não são exageradas, mas na medida certa.
O filme busca subverter as expectativas do telespectador, acreditamos que a personagem de Selena Gomez irá enfrentar zumbis, visto que a atriz é famosa e a personagem foi inserida como uma mulher autônoma, mas não, ela simplesmente morre sem nem que víssemos. Os personagens rapidamente acreditam na existência dos zumbis, sendo bem informados a respeito da mitologia, fazendo com que pensemos que estarão bem preparados para quando os ataques começarem, mas eles morrem sem muita dificuldade. O ápice está no terceiro ato, quando a nave alienígena aparece, o diálogo do personagem de Adam Driver com o do Bill Murray neste momento é muito bom!
Jim Jarmusch poderia ser menos expositivo, apesar de boas piadas, em diversos momentos sua expositividade parece subestimar o telespectador, a expositividade está presente não apenas em diversas piadas, mas em diálogos que falam a respeito de referências a outros filmes, como no momento em que Bobby elogia o carro de Zoe, dizendo que ele é do estilo de George A. Romero, pra que dizer isso? Deixe que o telespectador pegue a referência por si só! Mas o que mais me incomodou foi a crítica do filme, a crítica ao consumismo já foi explorada anteriormente, inclusive melhor do que este, chegando ao ponto de um narrador descrever a crítica do filme na cena final, sendo que ela era obvia!
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraPara mim é top 3 Tarantino. Assisti a primeira vez no cinema, mas revi em casa e gostei ainda mais.
É impressionante como não existem furos no roteiro, cada elemento do desfecho foi apresentado e desenvolvido ao longo do filme. Tarantino está mais maduro do que nunca, refletindo a respeito do cinema e se auto questionando através de metalinguagem. Fotografia e trilha sonora deslumbrantes, conduzidos por uma ambientação arrebatadora, nos sentimos em 1969.
A Perseguição
3.2 850 Assista AgoraO filme é ruim, mas tem uma boa fotografia, além da mensagem ser interessante. O poema me marcou.
Mais uma vez na briga.
Na última boa batalha que eu jamais conhecerei.
Viver e morrer neste dia.
Viver e morrer neste dia.
O Rei
3.6 404"É bastante assombroso que os grandes movimentos da história encontrem suas origens, tão frequentemente, em minúcias de família."
"Somos líderes de terras e povos. Porém é a família que nos faz agir. A família nos consome."
Flashdance: Em Ritmo de Embalo
3.4 643 Assista AgoraNunca deixo de me surpreender em como as crianças dos anos 80 estavam expostas ao apelo sexual... kkkk
Bolt: Supercão
3.3 534 Assista AgoraUma das animações esquecidas no tempo mais legais que já vi, tratando de amizade, lealdade, companheirismo e fuga da realidade. Cada personagem é um toque de doçura!
Um Natal Brilhante
2.6 126 Assista AgoraTodo natal este filme passa na TV aberta, como pode?
Demolidor: O Homem sem Medo
2.7 1,0K Assista AgoraBen Affleck deve ter pesadelos no meio da noite, recordando sua participação nesta obra do cinema bizarro.
Bem-Vindo à Selva
2.9 266 Assista AgoraAssisti quando era criança, mas me lembro da forma bizarra que o Brasil foi representado, é impressionante como diversos filmes estrangeiros parecem achar que o Brasil é um país repleto de macacos, onde todos sabem lutar capoeira e falar português como se fosse espanhol.
Amargo
3.6 43 Assista AgoraAmer homenageia o gênero Giallo, com uma proposta artística incrível. Sua linha narrativa não convencional, fotografia belíssima e falas extremamente reduzidas, possibilita uma experiência sensorial arrebatadora.
Aberto a interpretações, Amer expõe a vida de Ana em três atos, infância, juventude e fase adulta, com foco em sua sexualidade. As representações metafóricas são bem desenvolvidas e interessantes.
A água está diretamente associada a sexualidade, na infância, representa a menstruação, já na fase adulta representa o orgasmo. A masculinidade é sempre distante e ameaçadora para Ana, na infância o pai é enquadrado longe de Ana, na juventude e fase adulta, todos os homens são vistos com desconfiança, os enquadramentos transmitem uma tensão sexual, seus olhares são sempre frígidos, desaguando no terceiro ato, onde a desconfiança se tona em realidade.
O primeiro ato e o terceiro possuem figuras "sobrenaturais", apenas o segundo não, talvez a volta a casa da infância tenha trazido o medo de volta na fase adulta. No primeiro ato, afigura é a vó de Ana, no terceiro, um homem misterioso, em ambos os casos, as figuras se vestem de preto, seus rostos são encobertos, além de ambos representarem perigo a Ana. Talvez na infância, a vó represente uma repressão sexual, enquanto que no terceiro ato, o homem misterioso represente a opressão sexual masculina, ou seu próprio medo.
O primeiro e o terceiro ato são os mais sombrios, principalmente o primeiro, visto que é na infância a fase de maior fantasia e medo frente as descobertas, na juventude, um senso de autossuficiência não dá lugar a tais elementos, porém, na fase adulta, a fragilidade retorna de certa maneira, abrindo margem para a volta do medo e a lembrança da fantasia.
Por fim, vemos uma perseguição no terceiro ato, Ana desiste da fuga e decide enfrentar o homem, uma faca perfura o peito de perseguidor, um corte rápido mostra a surpresa na face de Ana, outro corte e Ana está "morta" em uma mesa funerária, "alguém" a maque ia, aos poucos sua cor reaparece, Ana retorna à vida. Seria o homem misterioso ela própria "personificada" no medo? Portanto Ana teria matado esta barreira, e retornado para uma nova fase da vida.
A sexualidade é parte de quem somos, nos moldando e modificando a forma de vermos o mundo.
Obediência
3.4 309Este filme me remeteu a "O Experimento de Aprisionamento de Stanford", de 2015, outro filme que acaba com seu psicológico, revelando a falta de limites do ser humano, manipulável por conta de uma autoridade.
Toy Story 4
4.1 1,4K Assista AgoraApesar de considerar os filmes anteriores melhores, este é ótimo por si só, me emocionou, nem sei quantas vezes chorei neste filme. Toy Story 4 traz uma nova proposta, com protagonistas femininas e questionamentos existenciais dos brinquedos.
Draug
2.3 5Vi que o filme estava mal avaliado, mas li a sinopse e achei interessante, depois assisti ao trailer, o que me convenceu.
Assisti ao filme, estava gostando do foco da busca dos vikings, uma hora de filme se passou e eu pensei, este é o tipo de filme que ninguém gosta menos eu. Mas eis que surge um plot twist,e o filme começa a cair de qualidade vertiginosamente, resultando em um final horrível!
Por que filmes de terror de baixo orçamento insistem em querer mostrar as criaturas sobrenaturais se não possuem dinheiro para faze-las bem feitas? A criatura é tosca, os efeitos especiais já nasceram datados. A cena em que Nanna vai para uma outra realidade chega a dar vergonha alheia, devido a baixa qualidade.
O terceiro ato não é apenas tecnicamente problemático, mas seu roteiro é mal desenvolvido. O filme apresentava um ritmo lento até o segundo ato, nos inserindo na jornada dos personagens, até que de repente acelera no terceiro ato, por que? Não sei se o roteirista se perdeu, ou não sabia como chegar no resultado final.
Os personagens chegaram relativamente rápido no local da floresta em que foram atacados, por que não voltaram pelo mesmo caminho quando as criaturas começaram a aparecer? Não faz sentido o fato de Nanna ser a garota que estava causando tudo, se ela foi convidada para ir na jornada, algo que a princípio não aconteceria, é muita coincidência. Os guerreiros são atormentados pela criatura por um longo tempo na batalha, mas no fim, um deles se "sacrifica" ao enfrentar uma criatura, para que Nanna e o outro guerreiro se salvem, apenas por olhar na criatura ele já é tomado, como funciona o tempo de ataque da criatura? Uma ora é devagar, outra ora é rápido.
A criatura não deveria ser mostrada, até mesmo deixando dúbio se o sobrenatural era real ou fruto do medo e do cansaço. Ao invés de tentar assustar o telespectador com cenas apelativas, o filme poderia continuar desenvolvendo uma construção atmosférica.
Queime Depois de Ler
3.2 1,3K Assista Agora- O que aprendemos, Palmer?
- Não sei, senhor.
- Eu também não.
Burn After Reading explora o peso das consequências proveniente de nossas ações. Cada personagem possui um desejo egoísta, é isso que os torna semelhantes e revela nossa verdadeira condição humana. O desejo se torna em ação, a ação traz consequências, as consequências trazem o medo, que por sua vez, se torna em paranoia.
A CIA representa a comodidade, as ações dos personagens não lhes interessam, a vida humana não possui valor, seu único interesse é para com o sigilo de informações.
A aleatoriedade toma conta da vida dos personagens, gostamos de pensar que as consequências da vida são proporcionais as ações, porém não vemos punição para os personagens, afinal, a vida não acumula créditos, se isso faz sentido ou não, pouco importa, é assim que funciona.